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Revista ShowRoom ed 92-2014 indústria premia design - casa cor - linha técnica - trade marketing cersaie prepare-se para as novidades

ShowRoom edição 92

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Revista ShowRoom jul/ago As novidades que serão vistas na Cersaie 2014, Casa COR, O Prêmio Design da Aspacer, Dicas de trade marketing de Carlos Altafini, Produtos técnicos da Portobello

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Revista ShowRoomed 92-2014

indústria premia design - casa cor - linha técnica - trade marketing

cersaie

prepare-se para as novidades

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32 Jul/Ago2014-ShowRoom

Publisher: Lazzaro [email protected](jornalista responsável)

Conselho Editorial

Edson Gaidiznski Jr.– pres. da ANFACER Cesar Gonçalves – pres. da ANICER Heitor Almeida Neto- pres. da ASPACERJosé O. A. Paschoal – pres. do CCBWalter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP

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ed 92 postagem em setembro 2014

editorial

Design é vitalO investimento correto sem-

pre será no desenvolvimento. Copiar é parte do processo até se atingir um patamar de produ-tividade mínimo. Daí para frente o que impulsiona é a diferenciação. Essa foi a lição que me passou certa vez José Paulo Silveira, di-retor de marketing da Cecrisa. As nações começam copiando, mas se pararem aí, começam a regre-dir. Este é o passo correto que o Brasil está dando neste momento.

Desde que ingressei no setor ce-râmico em 1985 não conseguia entender a pouca atenção dada ao desenvolvimento de produtos pela própria indústria. Afinal, é através de produtos bem conce-bidos que todos podem ganhar: consumidor, revendas, indústria. A louvável iniciativa da Aspacer em premiar os designers da ce-râmica brasileira vai trazer frutos muito palpáveis em breve para todos. Podem apostar. LM

46- O trade marketing ainda dei-xa dúvidas quanto à sua eficácia na gestão nas indústrias. Fun-dador da Marketplus fala sobre a importância das informações em tempo real e planejamento de ações

42- Exibição internacional de re-vestimentos cerâmicos e aces-sórios para banheiro chega a 32ª edição com grandes expec-tativas e lançamentos, fazendo valer o título de vitrine global de tendências do setor

40- Nova linha reúne sistemas industrializados de fachadas e pisos, e uma área técnica de suporte avançado, treinamentos em obras e desenvolvimento de novas tecnologias para o merca-do da construção civil

38- Casa Cor chega em sua 28ª edição com 79 ambientes. Fo-ram quartos, livings, cozinhas, banheiros e jardins desenvolvi-dos por profissionais como Sig Bergamin, David Bastos, Mar-celo Faisal, Esther Giobbi, Jóia Bergamo e João Armentano

34- Aspacer realizou evento em dois dias voltados para o seg-mento de design, reunindo gra-de de palestras sobre inovação e criação. 2º Prêmio Aspacer de Design premiou campeã com viagem a Milão

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Em parceria com o Centro Cerâmico do Brasil, a Aspacer realizou entre os dias 11 e 12 de agosto a segunda edição do Prêmio Aspacer de Design, na sede da entidade, em Santa Gertrudes. O evento lançado em 2010 objetiva fomentar o design de revestimentos cerâmicos na indústria nacional e valorizar os profissionais desenvolvedores de produtos. Ao todo, 27 empresas de todo o país participaram da ocasião e dez profissionais es-pecialistas e atuantes no setor de revestimentos cerâmicos foram convidados para avaliarem e julgarem os painéis. Marcos Sera-

fim, designer do Centro Cerâmico do Brasil, foi o presidente do Comitê dos jurados. Os responsá-veis pela avaliação e julgamento dos painéis, foram: Silvia Avanzi, editora da revista Minha Casa, Flávia Meller Amanti Moura, da C&C, Cláudia Regina Ribeiro, da Tendtudo, Maria Beatriz Ardinghi, arquiteta, especialista em design e professora da Unimep e Esamc, Gábio Galeazzo, designer de in-teriores e de produtos, Beto Gallo, arquiteto e designer de interiores; Celaine Refosco, artista plástica e designer, Anselmo Boschi e Fábio Melchiades, professores e doutores da UFSCar e Paulo

Sérgio Gonçalves, coordenador da escola técnica do Senai Rio Claro.

Categorias

O prêmio foi dividido nas ca-tegoria fabricantes – subdividi-do em via seca, porcelanato e pastilhas e peças especiais e categoria fornecedor.Dentre os participantes, os que se classi-ficaram em 1º lugar, receberam um cheque no valor de mil e quinhentos reais. O segundo lugar de cada categoria recebeu o valor de mil reais e menção honrosa. Este ano, a grande

Indústria premia seus talentos

Aspacer realizou evento em dois dias voltados para o segmento de design, reunindo grade de palestras sobre inovação e criação. 2º Prêmio Aspacer de

Design premiou campeã com viagem a Milão

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novidade na premiação foi a viagem para o Salão do Mobiliá-rio em Milão para o painél mais bem pontuado.A cerimônia do prêmio foi realizada dia 12, após

Showroom Av. Nações Unidas, 12.399 | São Paulo - SP | gail.com.br | Televendas (11) 2423.2626

A Gail comemora a primeira colocação no 2º Prêmio Nacional de Design da Aspacer. Esta conquista reflete os constantes investimentos da Empda Empresa em agregar design à alta performance e o compromisso em pensar diferente.

LINHA DECOR ART NO LUGAR MAIS ALTO DO PÓDIO.

o encerramento do 3º Fórum Nacional de Design, que contou com a curadoria do também ju-rado Anselmo Boschi e reuniu 12 palestrantes renomados de todo

o Brasil para falar sobre temas correlatos ao design de revesti-mento cerâmico e de superfície. Os vencedores de acordo com as categorias foram:

Equipe da Cerâmica Almeida comemora a conquista do 1º lugar em Via Seca

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design

Gail: Vencedora na categoria Peças Especiais, levou também o Grande Prêmio

Via seca

1º lugar - Jéssica Oliveira, Cerãmica Almeida2º lugar – Daniel Henrique Tonin, Cerâmica Cristofoletti

Porcelanato

1º lugar- Paulo Roberto Niehues, Cerâmica Portinari2º lugar - Gabriele Berlezze, Cerâmica Portobelo

Pastilhas e Peças Especiais:

1º lugar - Selma Ferrante, Cerâmica Gail2º lugar - Bruna Helena Domingues, Cerâmica Buschinelli

Fornecedor

1º lugar - Karina de Fátima Gonçalves Joaquim, Glazetech Indústria e Comércio de Produtos Cerâmicos

2º lugar - Luciano Amancio Alves, Icon Estampos e Moldes

Grande prêmio

Com a maior pontuação, a grande vencedora da premiação e da viagem para Milão foi Selma Ferrante, da Gail. A participante não pode estar presente e foi representada por Talita Carolina de Jesus.

Portinari: categoria Porcelanato

Glazetech: categoria Fornecedor

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O fascínio da cor

casa cor

Mostra chega em sua 28ª edição com 79 ambientes. Foram quartos, livings, cozinhas, banheiros e jardins desenvolvidos por profissionais como Sig Bergamin,

David Bastos, Marcelo Faisal, Esther Giobbi, Jóia Bergamo e João Armentano

Realizada em seu tradicional endereço no Jockey Club de São Paulo, de 27 de maio a 20 de julho, a mais completa mostra de arquitetura, decoração e paisa-gismo das Américas contou com a participação de renomados profissionais, criação de ambien-tes inovadores, além de diversas opções de entretenimento para toda a família. Foram 79 ambientes divididos em suítes, salas de almoço e jantar, livings, banheiros e jardins desenvolvidos unicamente para a ocasião que também apresentou raridades em decoração e paisagismo. Ao menos dois ambientes da mostra foram totalmente dedicados ao evento esportivo no país.

Os espaços Bar e Camarote, da arquiteta Joia Bérgamo e Arqui-bancada de Luana Matos e Edu Bianco. Ainda ligado ao esporte, o lounge Ayrton Senna Sempre homenageou o piloto de fórmula 1 falecido em 1994. O ambiente foi criado em parceria com o Instituto Ayrton Senna e teve a exposição de peças do acervo pessoal dele,

como macacão, troféus, capace-tes e fotos exclusivas. Assinado pelo arquiteto Leo Di Caprio, a ação faz parte do calendário das homenagens do circuito Ayrton Senna Sempre. Embora 10% menor que a edição passada, o Grupo Casa Cor planeja mais 10 novas mostras nos próximos cinco anos. Atualmente, são 21

franquias no Brasil e seis em países da América La-tina. A expertise do grupo inclui ainda a realização de mostras segmentadas como o Casa Hotel e o Casa Office e eventos de relacionamento como o Casa Cor Stars, que apre-senta nomes da arquitetura e design nacionais e inter-nacionais.Abertura da matéria: Lounge Galeria de Léo Shehtmann

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Loft Metrópole de Adriana Noya Jóia Bérgamo: abertura na chuva

Loft dos Colecionadores de Oscar MikailSala Íntima de Cida Portes

Cozinha e Lavanderia de Adriana Giacometti, inspirada em castelo vêneto Livros sem capas: inspiração européia

Di Caprio: 20 anos de Ayrton Senna

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técnica

Especificador virtual

Desde meados de 2013, a Portobello relançou no mercado sua linha técnica, composta por produtos desenvolvidos, otimiza-dos e ajustados às mais variáveis aplicações. As peças, em sua maioria, são voltadas ao mercado da construção civil, fator respon-sável por otimizar as vendas da empresa para construtoras que passaram de 5% para 40% no período. O gerente da linha, Luiz Manetti, nos conta os detalhes da produção de peças técnicas na empresa. Formado em engenharia civil pela Poli, com MBA em Ma-rketing pela ESPM, possui 13 anos de experiência na área de desen-volvimento de produtos e tecno-logias e desde 2011 acumulou o cargo de Secretário da Revisão da Norma de Desempenho NBR 15.575-2013 da Comat-Cbic.

SR- Como foi esse relança-mento da linha técnica e o que buscam esses produtos?

Manetti- Em 2002, nosso pre-sidente Cesar Jr. já pensava em agregar serviços às placas cerâ-micas como uma forma de dife-renciação de mercado, lançando em 2003 a Portobello Tech. Na época, a marca era voltada para a venda de sistemas aderidos de pisos e fachadas. Infelizmente, o Brasil sempre viveu um problema grave de mão de obra e sistemas

aderidos são muito dependentes da qualidade destes profissio-nais. Com isso, para a Portobello trabalhar direito neste mercado, teve que enfrentar altos custos de treinamento e manutenção de equipes, aumentando os preços e perdendo concorrências para o mercado informal. Com isso, em 2005 a Portobello Tech encerrou suas atividades. Em 2013, a Portobello voltou com uma ideia mais madura e agressiva e hou-ve minha contratação. Eu que já desempenhava a função de secretário da polêmica norma de desempenho e era coordenador de desempenho da Comat-Cbic, fui convidado para conduzir o projeto e após 1 ano de plane-jamento e estruturação, nasceu a Portobello Técnica, com novo nome e nova estratégia. A marca

Nova linha reúne sistemas industrializados de fachadas e pisos, e uma área técnica de suporte avançado, treinamentos em obras e desenvolvimento de novas

tecnologias para o mercado da construção civil

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passou a comercializar sistemas industrializados de fachadas e pi-sos, bem como uma área técnica de suporte avançado, treinamen-tos em obras e desenvolvimento de novas tecnologias com gran-des players do mercado, como 3M, Astra e Favenk. Estar à frente deste negócio inovador é um desafio muito grande, pois não temos referência no Brasil ou fora dele para mirar, fazendo com que as tarefas de desenvolvimento de novos serviços e produtos sejam muito bem estudadas para não errar o tiro. Já recebemos empre-sas da Itália, México e Espanha e gigantes brasileiras de outros mercados, interessadas em en-tender como conseguimos sair na frente, e nossos clientes mais fiéis já estão sentindo as melhorias por serem atendidos por uma empre-sa mais técnica e comprometida com o resultado final.

SR- Como são desenvolvidas as peças?

Manetti- Primeiramente, mu-damos totalmente a forma de pensar. A dinâmica deixou de ser focada no “produto” e passou a ser focada no “uso”. Isso é nossa maior dificuldade e ainda encon-tramos resistência até mesmo dentro da empresa. A forma pro-duto de pensar, consiste em criar algo bonito e depois ver para que serve. Essa forma é muito boa para fabricantes que possuem os homecenters como principais clientes. No entanto, quando se quer entrar no mercado de construtoras, a estética passa a não ser mais o ponto principal, e a técnica se sobressai. As vendas da Portobello para as construto-ras passaram de 5% para mais de 40% nos últimos anos, forçando a empresa a mudar a forma pro-duto de pensar. Hoje trabalhamos também com a forma uso, a qual primeiro são levantadas as ne-cessidades estabelecidas pela legislação específica e pelas normas técnicas de cada tipo de

edificação, para depois criar o produto que atenda. Cada seg-mento de mercado possui suas necessidades e é regulamenta-do por sua entidade, tal como Anvisa, MEC, Código de obras, Norma de desempenho, etc. Para organizar tudo, criamos um catá-logo com o resumo deste estudo e também um aplicativo on-line com a íntegra desta pesquisa. Este aplicativo conduz o arquiteto projetista ou especificador para a escolha perfeita do ponto de vista técnico, muitas vezes quebrando

antigos paradigmas de mercado como o uso de porcelanatos em hospitais e cozinhas industriais. Aparentemente trata-se da ques-tão de cruzar o que as normas pedem com o que temos na pra-teleira, o que significa que temos que saber tudo o que as normas pedem, e saber todos os dados técnicos de todos os nossos pro-dutos à venda, e isso representa a leitura de mais de 2 mil páginas de normas e a execução de apro-ximadamente 60 mil ensaios.

SR- Qual a importância da NBR 15.575:2013 no que diz respeito ao sistema de pisos?

Manetti- Eu costumo dizer que a norma de desempenho colocou cada um no seu quadrado, esta-belecendo as responsabilidades desde os fabricantes de insumos até o síndico do condomínio. Colocar tudo “preto no branco” aumenta a segurança jurídica das empresas e do morador, bem como deixa a concorrência mais justa entre as empresas que pas-sam a terem critérios mínimos de desempenho. No que diz respeito ao sistema de pisos, a norma terá impacto maior nos produtos natu-rais como rochas e madeiras, pois

Engº Luiz Manetti, gerente da Portobello Técnica

sempre utilizaram o argumento de produto natural como justificativa de defeitos reclamados pelos usuários. Mesmo sendo natural, ele não deixa de ser um produto beneficiado numa indústria e passa a ter que respeitar critérios mínimos de desempenho. Resis-tência à manchas, à umidade e atrito são os critérios mais críticos que a norma estabelece para esses produtos. Impacto, atrito e durabilidade, por outro lado, são os critérios mais críticos para os produtos cerâmicos.

SR- O que é o especificador virtual?

Manetti- O especificador virtu-al Portobello é uma ferramenta on-line de orientação técnica de revestimentos. Foi criado para atender qualquer tipo de revesti-mento, pedras, madeiras, metais, cerâmicas, carpetes, etc., infor-mando ao projetista quais são os valores técnicos mínimos reco-mendados para cada ambiente, bem como recomendações de detalhamento de projeto ou até mesmo informações ao usuário. Assim que o aplicativo informar os dados de projeto, o profis-sional pode mandar o programa cruzar esses dados técnicos com o portfolio da Portobello, eviden-ciando quais são nossos produ-tos que tecnicamente atendem aos requisitos informados. Por fim, o aplicativo pode gerar um PDF com todos os dados técni-cos do ambiente e dos produtos escolhidos.

“Norma de desempenho colocou cada um no seu

quadrado”

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Realizada anualmente na cidade de Bolonha, Itália, e con-siderada a maior feira do setor de revestimentos cerâmicos, a Cersaie contará este ano com a participação de 900 expositores em um espaço de 176.000 m². O evento reúne empresários, ar-quitetos, engenheiros, designers e jornalistas de todo o mundo para conhecer de perto as novas propostas e produtos para o setor e realizar contato com potenciais parceiros. Entre os dias 22 e 26 de setembro, mais de cem mil visitantes são esperados du-rante a ocasião que trará ainda uma programação de palestras e workshops com profissionais renomados. No primeiro dia de feira, Vittorio Borelli, presidente da Confindustria Ceramica falará sobre a história e as perspectivas

cersaie

O berço das novidades

Exibição internacional de revestimentos cerâmicos e acessórios para banheiro chega a 32ª edição com grandes expectativas e lançamentos, fazendo valer o

título de vitrine global de tendências do setor

do setor durante a Serata Cer-saie, evento entre as empresas expositoras. Este ano a ocasião celebrará o 50º aniversário da associação italiana. Nos semi-nários, a grade de palestras começará com o tema “Ceramic futures: from poetry to science fiction”, ministradas por Stefano Mirti, arquiteto, professor da Universidade Bocconi di Milano e coordenador de projetos do Interaction Design Lab e Marco Mancuso crítico e curador do campo das tecnologias digitais aplicadas à arte, design e cultura contemporânea. O dia 23 será marcado pela conferência “The Place of Sound”, que reunirá o especialista em acústica Higini Arau, o arquiteto e designer Lorenzo Palmeri e o músico Sa-turnino Celani para tratar o tema

da acústica na arquitetura, com especial referência aos proble-mas que surgem na construção de grandes auditórios e salas de concerto. A tarde será a vez da ar-quiteta espanhola Carmen Piños comentar suas obras e conceitos da arquitetura contemporânea. Dia 24, o protagonista do semi-nário será o arquiteto paraguaio Javier Corvalán. O penúltimo dia será palco do seminário “WELL-fare Persone e progetti per lo sviluppo”, que abordará projetos arquitetônicos em obras assisten-ciais. O último dia de seminário concentrará estudantes da região para uma rodada de perguntas e respostas com o arquiteto suíço Ricardo Blummer. Acompanhe uma amostra dos lançamentos internacionais e conheça o que há de novo na feira.

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CedirA linha Catarina Sforza traz o grês porcelanato em modelos no formato

20x20cm com 10,5 mm de espessura

Petracer’sColeção Carisma Italiano combina duas cores em

peças 60x60 cm que revestem pisos e paredes

Ceramiche CaesarO grês porcelanato da linha Verse reproduz os tons do cimento bruto

Imola CeramicaA coleção Cento por

Cento volta com novas opções de cores:

amêndoa, roxo, cinza escuro e champagne

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Ceramica Sant’Agostino A série Italian Dream

reúne decorações diferentes em uma

mesma peça, refinando a tendência de patchwork

Lea CeramicheA linha Type-32 Slimtech,

desenvolvida pelo designer Diego Grand

combina cores e grafismo

GabbianelliA linha Accordi reúne flores e geometria. As

peças possuem superfície brilhosa, três opções de

cores e formato 20x60 cm

Provenza Linha Zerodesign simula a cor e o movimento das

areias dos desertos

cersaie

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Casalgrande PadanaA linha Kerblock amplia a gama de produtos na área de pisos elevados.

Disponível nas cores avorio, beige e piombo e nos tamanhos 60x60 cm

com 20 mm de espessura

MarazziInspirada na resina, a

linha Block oferece sete opções de cores e cinco tamanhos, adequadas

para instalação de pisos e paredes de áreas

residenciais e comerciais

LaminamPietra Paesina, da

coleção Opificeo Mediceo faz alusão as pedras

preciosas da região de Firenze

Ceramiche PiemmeA linha Prestige traz peças nos tamanhos 30x30 cm e 30x60 cm com brilho acentuado e detalhes

metalizados que simulam a coloração das pérolas

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revenda

Atenção ao consumidor

Formado em administração de empresas pela PUC do Rio Grande do Sul, Carlos Altafini é conhecido personagem do setor cerâmico. Atuou como execu-tivo de negócios com foco em exportação na Portobello, entre os anos de 1990 e 2001, tendo representado a empresa no Chile. Em 2001 fundou a Marketplus, empresa que presta serviços na área de outsourcing e represen-tação comercial, marketing digital e internacionalização de marcas, atendendo a Gyotoku, Mosarte e Jatobá. Atualmente, presta out-sourcing comercial para empre-sas com base tecnológica, onde foi apresentado à ferramentas de

implantação e gestão de trade marketing nas indústrias.

Em entrevista a Revista Sho-wroom, o empresário comenta a importância da gestão de infor-mação para as ações de trade e afirma um mar de oportunidades no setor cerâmico.

SR- Qual essência do trade marketing e qual a relação com as vendas?

Carlos- O trade marketing é a área que orienta a relação entre indústria, representantes e canais de venda, agindo como uma es-pécie de ponte para o marketing e o comercial. Ele interliga toda a esfera existente entre marcas,

produtos, ponto de venda e o shopper (termo em inglês que usamos no marketing para designar quem tem o poder de compra), e a necessidade de gerenciar esses pontos se deu com o aumento de opções para o varejo. O consumidor passou a ter um leque de produtos de um mesmo segmento a sua es-colha e, a partir deste momento, cada marca teve que determi-nar seu território no ponto de venda. O varejo passou a exigir a presença de consultores e promotores para cumprir fun-ções que, até ali, eram de sua responsabilidade. A essência está nas informações geradas

O trade marketing ainda deixa dúvidas quanto à sua eficácia na gestão nas indústrias. Fundador da Marketplus fala sobre a importância das informações em

tempo real e planejamento de ações

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todos os dias entre ponto de venda/consumidor final e em como isso volta para a indústria. Uma cadeia completa de trade marketing costuma ser extensa, com vários pontos que, juntos, fazem a diferença na experiência de compra.

SR- Como isso funciona nas indústrias cerâmicas?

Carlos- Pelo que pude cons-tatar durante a Expo Revestir deste ano, o setor de materiais de construção, em especial o cerâmico, está muito atrasado em relação a outros segmentos, como o alimentício, eletrônico e o de cosmético. O próprio conceito do fazer trade marketing não está claro entre os administradores. O foco das ações ainda é o mer-chandising, que é apenas uma das tantas facetas do trade, ou a presença de promotoras no pon-to de venda, que muitas vezes nem possuem monitoramento ou treinamento adequado. Desde a feira tenho visitado empresas do setor e percebi que os processos são rudimentares. Como eu fui parte deste ecossistema por mui-tos anos e, atualmente, o observo de fora, vejo um mar de oportuni-dades na área cerâmica.

SR- O trade marketing é papel apenas das indústrias ou de outros agentes da cadeia de abastecimento?

Carlos- Costumeiramente, em nosso país o trade marketing é implantado pela indústria. Na cerâmica, em específico, muitas vezes as ações são repassadas para o canal de distribuição e, in-clusive, tenho escutado histórias a respeito, como por exemplo, algumas empresas que oferecem desconto aos varejistas para que coloquem e administrem o promotor da marca. Vale ressal-tar que a parte mais interessada em fidelizar o cliente, efetuando uma venda de qualidade, é a indústria.

SR- Quais as diretrizes corretas na hora de definir estratégias num ponto de venda?

Carlos- Tem uma frase que eu gosto muito que diz: “Só se gerencia aquilo que se mede”, e este é o caminho. Há muito tem-po precisamos acabar com os “achismos” e, na prática, a cultura de medir performance ainda é muito frágil no Brasil. As melhores ações são aquelas que indicam tudo que acontece no ponto de venda e monitoram cada passo realizado pela equipe. Hoje é possível controlar, em tempo real, estoques, preços, share de gôn-dola, produtos avariados, ações da concorrência, preços fora da faixa, campanhas e tantos outros quesitos. Cada ocorrência fora do planejamento deve gerar um alerta para que ações corretivas sejam tomadas com eficiência em um curto espaço de tempo. Apos-te no controle da jornada das

equipes externas com um ponto eletrônico mobile, comprovação das visitas aos pontos de venda, acompanhamento da execução do merchandising por meio de relatórios online, em uma ferra-menta de setorização no cálculo de rotas, entre outros.

SR- Qual o caminho para a dife-renciação das marcas cerâmicas no mercado?

Carlos- Quem não possui in-formação em tempo real tende a ficar pelo caminho. Já não é mais suficiente investir fortemente em uma feira, como a Expo Revestir, e não estar seguro em relação ao que foi lançado e como isso chegará, de fato, ao consumi-

dor final. Quem não tem esta visão joga recursos pela janela, já que um ponto de venda mal administrado pode colocar tudo a perder. Quando atuei na área, não foram poucas as vezes que despachei um expositor para um cliente e, quando cheguei por lá, o encontrei ainda embaladinho no depósito. Em muitas opor-tunidades encontrei peças da concorrência enfeitando o meu espaço. O caminho é valorizar a informação e investir em um planejamento específico de trade marketing.

SR- Quais as dicas para ini-ciar uma gestão eficiente nessa área?

Carlos- O primeiro passo é ob-servar os outros segmentos da indústria e verificar as ações que têm dado certo. Algumas empre-sas de tecnologia, como a que eu estou vinculado, também prestam consultorias, onde o contratante indica suas principais dores e o consultor prescreve o remédio, que na prática significa indicar as mecânicas que devem ser cria-das ou qualificadas para solucio-nar as necessidades apresenta-das. A terceirização já é bastante usual nesta área, principalmente entre as empresas menores. As maiores indústrias preferem optar pelas equipes próprias. Entretan-to, o ponto principal não é se a equipe é própria ou terceirizada. As duas alternativas me parecem válidas. O que importa é a gestão da informação ficar nas mãos da indústria.

“A parte mais interessada em fidelizar o cliente,

efetuando uma venda de qualidade, é a indústria”

Corlos [email protected]