8
9 Clinical Update Publicação de Atualização P ublicação de Atualização P ublicação de Atualização P ublicação de Atualização P ublicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasil rofissional da Dentsply Brasil rofissional da Dentsply Brasil rofissional da Dentsply Brasil rofissional da Dentsply Brasil Silicones de Condensação Introdução Os elastômeros sintéticos não-aquosos foram desenvol- vidos principalmente para aplicações na área industrial. No entanto, tem sido considerados como materiais de sucesso devido ao grande potencial como material de moldagem de precisão para odontologia, superando os problemas de baixa resistência ao rasgamento e pobre estabilidade dimensional dos hidrocolóides. Dentre os elastômeros, destacamos como os de maior popularidade no mercado brasileiro que os silicones de polimerização por condensação, também chamados de polidimetilsiloxano. Atualmente sua apresentação comercial mais comumente encontrada é constituída de uma massa densa pesada (ISO tipo 0), uma pasta (leve) fluida (ISO tipo 3) e uma pasta catalisadora tanto para a pasta leve quanto para a pesada. O presente artigo discutirá os diversos aspectos técnicos relativos às propriedades físicas, técnicas de moldagem e manuseio clínico dos silicones de condensação, objetivando beneficiar o leitor no aprimoramento dos seus resultados clínicos. Composição Pasta Fluida e Massa Densa: A pasta fluida (leve) e a massa densa são polímeros de silicone a base de polidimetilsiloxano e com grupamentos terminais hidroxila. Cargas são adicionadas (sílica entre outras) para o controle da viscosidade e modificação das propriedades tal qual se faz em um compósito resinoso (ex. micropartículas, macropartículas, microhíbridas, etc...). Pigmentos são adicionados para se dar característi- cas de cor. Portanto, pode-se dizer que a massa densa pesada difere da leve praticamente no tocante à quantida- de de carga e a um pigmento diferente. Com isso esta massa apresenta uma menor contração de polimerização, maior resistência mecânica e menor grau de deformação permanente do que a pasta fluida. Em contrapartida, a pasta fluida apresenta uma superior capacidade de escoamento, rico registro de detalhes e maior flexibilida- de. Portanto, compreende-se que a combinação das duas consistências é de suma importância na obtenção de moldagens precisas. Mais ainda, estas diferenças possuem implicações clinicamente significativas tanto na manipu- lação do material quanto na técnica a ser empregada, fatos que serão discutidos mais a frente. Catalisador: O catalisador consiste de um agente de ligação cruzadas (responsável pela união entre as cadeias de polímeros) do tipo alquil silicato (tetraetilsilicato) a um composto de estanho (dibutildilaurato de estanho ou octoato estanoso) como catalisador. Cargas podem ser adiciona- das para auxílio na velocidade de reação e pigmentos para quando da mistura com a base (fluida ou densa) se verifique a obtenção de uma mistura homogênea livre de estrias, caracterizando uma boa mistura. Reação de Polimerização Após a mistura das pastas base e catalisadora, se inicia imediatemente uma reação na qual os grupamentos terminais hidroxila do polímero de silicone reagem com o agente de ligações cruzadas sob a influência do catalisador. Cada molécula de agente de ligação cruzada pode reagir com até quatro cadeias de polímeros de silicone ocasionando em um alto grau de ligações cruzadas entre os polímeros de silicone. Esta reação pode ser verificada pelo progressivo aumento de viscosidade e rápido desenvolvimento de propriedades elásticas. Durante esta reação ocorre a formação de um subproduto (álcool etílico), fato que clinicamente se traduz em uma contração do material. Ou seja, neste tipo de reação as cadeias de polímeros de silicone se condensam para formar uma maior cadeia de ligações cruzadas. Como resultado desta “condensação”, temos um subproduto e a eliminação deste ocasiona numa alteração dimensional da moldagem. Recomenda-se para estes materiais o vazamento do modelo de gesso dentro do prazo ideal de até 30 minutos, afim de que a volatili- zação deste subproduto não ocasione distorções significativas. Características · Memória elástica: Os silicones de condensação apresen- tam memória elástica superior aos polissulfetos, e ainda similar aos silicones de adição e poliéter. Em função desta propriedade, alguns autores preconizavam o retardamento do vazamento (por volta de 20 a 30 minutos) do gesso para que o molde de elastômero (material de comportamento viscoelástico) progressivamente obtivesse sua recuperação elástica. No entanto, este comportamento se faz mais pertinente aos polissulfetos, enquanto que nos silicones de condensação esta recuperação se faz mais rápido. Mais ainda, ressaltamos que simultaneamente à espera de eventual recuperação elástica dos silicones de condensa- ção, ocorre ao mesmo tempo uma contração devido a volatilização de seu subproduto. Vale a pena lembrar que entre os procedimentos de limpeza e desinfecção da moldagem e de preparo do gesso para o vazamento, transcorrem-se pelo menos 15 minutos, fato que permitirá com facilidade qualquer recuperação elástica “tardia”. Alguns autores consideram ainda que o termo vazamento imediato se restringiria em até 30 minutos após a remoção da moldagem. Para se obter o comportamento mais elástico possível, a moldagem de qualquer elastômero deve ser feito similar a dos alginatos, ou seja, em golpe único. Esta manobra clínica minimiza eventuais distorções e acelera a recuperação elástica. Por não serem tão rígidos quanto os poliéteres, os silicones de condensação são de fácil remoção em áreas retentivas sem distorção, bem como está facilitada a remoção do modelo de gesso e minimizada a chance de fratura do modelo ou de partes vitais deste (desde que o gesso tenha sido proporcionado e manipulado de modo ideal, mantendo-se assim sua resistência ideal). · Tempo de presa e de trabalho: A temperatura possui grande influencia nos tempos de trabalho e presa dos Departamento Técnico Dentsply

Silicones de Condensação

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Silicones de Condensação

9

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

Silicones de Condensação

Introdução

Os elastômeros sintéticos não-aquosos foram desenvol-vidos principalmente para aplicações na área industrial.No entanto, tem sido considerados como materiais desucesso devido ao grande potencial como material demoldagem de precisão para odontologia, superando osproblemas de baixa resistência ao rasgamento e pobreestabilidade dimensional dos hidrocolóides.Dentre os elastômeros, destacamos como os de maiorpopularidade no mercado brasileiro que os silicones depolimerização por condensação, também chamados depolidimetilsiloxano. Atualmente sua apresentaçãocomercial mais comumente encontrada é constituída deuma massa densa pesada (ISO tipo 0), uma pasta (leve)fluida (ISO tipo 3) e uma pasta catalisadora tanto para apasta leve quanto para a pesada.O presente artigo discutirá os diversos aspectos técnicosrelativos às propriedades físicas, técnicas de moldageme manuseio clínico dos silicones de condensação,objetivando beneficiar o leitor no aprimoramento dosseus resultados clínicos.

Composição

Pasta Fluida e Massa Densa:A pasta fluida (leve) e a massa densa são polímeros desilicone a base de polidimetilsiloxano e com grupamentosterminais hidroxila. Cargas são adicionadas (sílica entreoutras) para o controle da viscosidade e modificação daspropriedades tal qual se faz em um compósito resinoso(ex. micropartículas, macropartículas, microhíbridas,etc...). Pigmentos são adicionados para se dar característi-cas de cor. Portanto, pode-se dizer que a massa densapesada difere da leve praticamente no tocante à quantida-de de carga e a um pigmento diferente. Com isso estamassa apresenta uma menor contração de polimerização,maior resistência mecânica e menor grau de deformaçãopermanente do que a pasta fluida. Em contrapartida, apasta fluida apresenta uma superior capacidade deescoamento, rico registro de detalhes e maior flexibilida-de. Portanto, compreende-se que a combinação das duasconsistências é de suma importância na obtenção demoldagens precisas. Mais ainda, estas diferenças possuemimplicações clinicamente significativas tanto na manipu-lação do material quanto na técnica a ser empregada,fatos que serão discutidos mais a frente.

Catalisador:O catalisador consiste de um agente de ligação cruzadas(responsável pela união entre as cadeias de polímeros)do tipo alquil silicato (tetraetilsilicato) a um compostode estanho (dibutildilaurato de estanho ou octoatoestanoso) como catalisador. Cargas podem ser adiciona-das para auxílio na velocidade de reação e pigmentospara quando da mistura com a base (fluida ou densa) severifique a obtenção de uma mistura homogênea livre deestrias, caracterizando uma boa mistura.

Reação de Polimerização

Após a mistura das pastas base e catalisadora, se iniciaimediatemente uma reação na qual os grupamentosterminais hidroxila do polímero de silicone reagem como agente de ligações cruzadas sob a influência docatalisador. Cada molécula de agente de ligação cruzadapode reagir com até quatro cadeias de polímeros desilicone ocasionando em um alto grau de ligaçõescruzadas entre os polímeros de silicone. Esta reaçãopode ser verificada pelo progressivo aumento deviscosidade e rápido desenvolvimento de propriedadeselásticas. Durante esta reação ocorre a formação de umsubproduto (álcool etílico), fato que clinicamente setraduz em uma contração do material. Ou seja, neste tipode reação as cadeias de polímeros de silicone secondensam para formar uma maior cadeia de ligaçõescruzadas. Como resultado desta “condensação”, temosum subproduto e a eliminação deste ocasiona numaalteração dimensional da moldagem. Recomenda-se paraestes materiais o vazamento do modelo de gesso dentrodo prazo ideal de até 30 minutos, afim de que a volatili-zação deste subproduto não ocasione distorçõessignificativas.

Características

· Memória elástica: Os silicones de condensação apresen-tam memória elástica superior aos polissulfetos, e aindasimilar aos silicones de adição e poliéter. Em função destapropriedade, alguns autores preconizavam o retardamentodo vazamento (por volta de 20 a 30 minutos) do gesso paraque o molde de elastômero (material de comportamentoviscoelástico) progressivamente obtivesse sua recuperaçãoelástica. No entanto, este comportamento se faz maispertinente aos polissulfetos, enquanto que nos silicones decondensação esta recuperação se faz mais rápido. Maisainda, ressaltamos que simultaneamente à espera deeventual recuperação elástica dos silicones de condensa-ção, ocorre ao mesmo tempo uma contração devido avolatilização de seu subproduto. Vale a pena lembrar queentre os procedimentos de limpeza e desinfecção damoldagem e de preparo do gesso para o vazamento,transcorrem-se pelo menos 15 minutos, fato que permitirácom facilidade qualquer recuperação elástica “tardia”.Alguns autores consideram ainda que o termo vazamentoimediato se restringiria em até 30 minutos após a remoçãoda moldagem. Para se obter o comportamento maiselástico possível, a moldagem de qualquer elastômero deveser feito similar a dos alginatos, ou seja, em golpe único.Esta manobra clínica minimiza eventuais distorções eacelera a recuperação elástica. Por não serem tão rígidosquanto os poliéteres, os silicones de condensação são defácil remoção em áreas retentivas sem distorção, bemcomo está facilitada a remoção do modelo de gesso eminimizada a chance de fratura do modelo ou de partesvitais deste (desde que o gesso tenha sido proporcionadoe manipulado de modo ideal, mantendo-se assim suaresistência ideal).· Tempo de presa e de trabalho: A temperatura possuigrande influencia nos tempos de trabalho e presa dos

Departamento Técnico Dentsply

Page 2: Silicones de Condensação

10

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

elastômeros. Quanto maior a temperatura, menoresserão estes tempos. Isto também significa que, natemperatura da cavidade oral, estes materiais terão suareação acelerada. Os silicones de condensação possuemtempos de trabalho e presa similares aos dos siliconesde adição e a dos poliéteres. Os silicones de condensa-ção mais modernos podem ter seu tempo de presa etrabalho alongado em cerca de 10 a 15 segundos peloacréscimo de um pequeno percentual de pasta base oudiscreta redução na pasta catalisadora. No entanto, oprofissional deve atentar para as estritas recomendaçõesde cada fabricante que indicam se em seu produto istopode ser feito. Um tempo de presa longo como dospolissulfetos (de 8 a 12 minutos) pode causar extremodescomforto aos pacientes pela demora e uma remoçãoprecoce poderia levar a significativas distorções.

· Toxicidade: Os elastômeros de silicone são considera-dos essencialmente não tóxicos. No entanto, cuidadosdevem ser tomados para se evitar contato com os olhos,fato que poderia levar a reversíveis irritações.

· Manipulação: Ao contrário dos silicones de adição, ossilicones de condensação podem ser manipulados comluvas. Este fato em nada alteraria a presa destes materi-ais ao contrário dos de adição. Outro fato relevante é deque ao contrário dos polissulfetos, os silicones decondensação diante de acidentes não mancham perma-nentemente as roupas.

· Custo: Dentro de todos os elastômeros, os siliconesde condensação são os que apresentam menor custo.Ressaltamos que, respeitando-se sua necessidade devazamento dentro dos primeiros 30 minutos, além deseus requisitos de manipulação, os resultados clínicosobtidos são extremamente satisfatórios. A grandevantagem dos silicones de adição sobre os de condensa-ção estaria na estabilidade dimensional maior (em até 7dias em média) e na possibilidade de se verter mais deum modelo a partir de um mesmo molde. Por outrolado, diante de um erro de moldagem, o custo derepetição seria muito maior com os silicones de adição.

· Desinfecção: Para o procedimento de desinfecçãodas moldagens, recomenda-se a lavagem com águacorrente e posterior imersão por um tempo de 10minutos em uma solução de glutaraldeido a 2%.

· Ângulo de Contato: O ângulo de contato de umfluido pode ser traduzido clinicamente pela facilidadedeste fluido se espalhar por uma superfície (“molha-mento”), como durante uma moldagem por exemploou no caso inverso, quando se vaza o gesso sobre ummolde. Dentre os elastômeros, os silicones de conden-sação seriam os que tendem a possuir maior ângulo decontato. Isto se traduz na maior dificuldade de“molhamento” durante a moldagem ou de se permitirum escoamento mais fácil do gesso. No entanto,formulações de silicones de alta perfomance (“advan-ced performance silicones”) possuem uma pequena

quantidade de redutores de tensão superficial quesignificativamente tendem a reduzir o ângulo decontato. Independente do material de moldagemempregado, a área a ser moldada deve estar seca(isenta de saliva e sangue) e limpa (isenta de detritos)e o preparo deve ser nítido e bem definido. Nos casosde terminações intra-sulculares um correto afastamen-to gengival se faz necessário. Estas condições clínicasaliada a técnica adequada asseguram um resultadoclínico extremamente satisfatório. Para se reduzirainda mais a chance de bolhas decorrentes do vaza-mento do gesso, alguns profissionais após a desinfec-ção da moldagem aplicam um redutor de tensãosuperficial (anti-bolhas). Similar ao procedimento deinclusão para fundições, é imperativo que se use umamínima quantidade e deixe o produto evaporar apósalguns minutos. Isto não deve fazer com que seultrapasse os 30 minutos recomendados como tempolimite de vazamento do gesso.

· Indicações: Os silicones de condensação estãoindicados para todos os casos de próteses fixas (unitári-as e parciais). Além disso, a massa densa (pesada) podeser empregada como material para obtenção de modelosde estudo e antagonista em pacientes aos quais o maiorescoamento dos alginatos gera um desconforto durante amoldagem.

Técnicas de Moldagem com Silicones de CondensaçãoNestes materiais a massa pesada, que possui melhorespropriedades mecânicas e menor contração, tem afinalidade de constituir o corpo da moldagem oumesmo transformar-se em uma “moldeira individual”,enquanto que cabe à pasta fluida a captação e registrode detalhes do preparos, aos quais não se permiteregistrar com a massa densa (de baixo escoamento).Portanto, para os casos de prótese fixa, a combinaçãodas diferentes consistências se faz essencial. Duastécnicas são as mais recomendadas para se obterresultados clínicos excelentes e consistentes:

· Moldagem em passo único ou dupla mistura: Nesta técnica, as moldagens pesada e leve são

feitas simultaneamente. O profissional manipula apasta leve e injeta por intermédio de uma seringa paramoldagens o material no preparo. O excedente podeser injetado nas faces oclusais dos demais dentes. Aomesmo tempo, um auxiliar manipula a massa densa eentão o profissional assenta a moldeira com a massadensa na cavidade oral. Com isto, a massa densa iráfazer com que a pasta leve escoe mais ainda, limitan-do a esta o registro de detalhes aos quais a densa nãoregistraria (terminações cervicais, detalhes deretenções adicionais, etc...). Esta manobra requer umperfeito sincronismo entre profissional e auxiliar, poisos dois materiais tomarão presa juntos. As grandesvantagens desta técnica são a economia de tempo(pois a moldagem é feita em único passo) e limitar amassa leve (maior contração e menores propriedadesmecânicas) ao mínimo necessário.

Page 3: Silicones de Condensação

11

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

Sequência de moldagem em manequim.Técnica de passo único

Preparos cavitários

Medição da massa densa (putty)

Medição do Silon2 APS Catalisador. Observe que nocabo da colher medida existe a marcação da quantidadede catalisador a ser utilizada para cada medida

Início da mistura da massa densa com o catalisador. Obs.:este material pode ser manipulado com luvas de latex semque haja interferência no processo de polimerização.

Massa densa homogeneizada

Massa densa posicionada na moldeira

Simultaneamente à manipulação da massa densa deSilon2 APS, realizar a manipulação da massa fluida deSilon2 APS

Medição do Silon APS2 Fluido e do Catalizador

Mistura da massa fluida

Page 4: Silicones de Condensação

12

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

Aplicação da massa fluida nos preparos cavitários comauxílio de uma seringa

Preparos cavitários preenchidos com a massa fluida deSilon2 APS

Moldeira posicionada no local desejado. Observe que,nesta técnica, tanto a massa densa quanto a massa fluidasão levados até a cavidade bucal simultaneamente. Apresa também se dará simultaneamente.

Resultado final da moldagem

Resultado final da moldagem

Caso clínico realizado no curso de especialização da UNIGRANRIOCD Ilda Teresa

Resultados de moldagens clínicas realizadas comSILON2 APS. Preparo para confecção de coroa total ede cavidade tipo MOD com cobertura de cúspide.

Observe a qualidade dos bordos das moldagens e doombro do preparo MOD.

· Dupla moldagem ou pesada e leve em duas etapas: Nesta técnica, primeiramente transforma-se a moldagem

pesada em uma moldeira individual e posteriormente faz-seuma moldagem “corretiva” para que a pasta leve registre osdetalhes. O profissional inicia a manipulação da massadensa e a coloca na moldeira. Depois, deve cobrir a massadensa com uma folha de filme de PVC e realizar amoldagem. Esta película plástica bem fina terá o papelde realizar um mínimo e uniforme alívio permitindo oespaço para a futura moldagem com a pasta leve. Apósa presa da massa densa, a moldeira deve ser removida ea folha plástica descartada. Em seguida, o profissionaldeve manipular a pasta leve e injetá-la através de umaseringa para moldagens no preparo. O restante de pasta

Caso clínico realizado no curso de especialização da UNIGRANRIOCD Rodrigo Reis

Page 5: Silicones de Condensação

13

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

leve remanescente na placa de mistura deve forrar toda amoldagem densa e então inserir na cavidade oral dopaciente. Esta técnica consome mais tempo e exige oemprego de uma quantidade maior de pasta leve. Noentanto, pode facilmente ser executada sem o auxílio de umassistente. Vale a pena ressaltar que a não realização doalívio dificultará a reinserção da moldeira e o posiciona-mento original da moldagem preliminar (massa densa) epoderá acarretar em uma maior espessura de pasta leve,fatos que aumentam as chances de deformações.

Fotos: Sequência de moldagem em mane-quim. Técnica de dupla moldagem

Preparos cavitários

Medição da massa densa (putty)

Medição do Silon2 APS Catalisador. Observe que nocabo da colher medida existe a marcação da quantidadede catalisador a ser utilizada para cada medida

Início da mistura da massa densa com o catalisador.Obs.: este material pode ser manipulado com luvas de latexsem que haja interferência no processo de polimerização.

Massa densa homogeneizada

Material posicionado na moldeira com a presença de filmede poliéster para criar um alívio na moldagem

Moldagem sendo realizada

Page 6: Silicones de Condensação

14

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

Moldagem já realizada

Recorte da moldagem inicial para eliminar o excesso dematerial denso, que pode interferir no reposicionamentoda moldeira na cavidade bucal

Moldagem inicial recortada

Dosagem do Silon2 APS Fluido: três tiras de massafluida para uma tira do Catalisador.Obs: para se obter maior tempo de trabalho, pode-sedispensar uma quarta tira da massa fluida

Início da mistura

Material homogeneizado

Carregando a seringa de moldagem

Aplicação de Silon2 APS no preparo cavitário

Page 7: Silicones de Condensação

15

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

SILON 2 APS-DENSO

SILON 2 APS-FLUÍDO

Tipo Tipo 0alta consistência

Tipo 3baixa consistência

Dosagem Para cada colhermedida de Silon 2APS Denso usar 6cm de catalisador

Para cada 12,3 cm deSilon 2 APS Fluido

usar 2,8 cm decatalisador

Tempo demistura

30 segundos 30 segundos

Tempo deTrabalho

1 minuto1 minuto e 30

segundosTempo deespera na boca

2 minutos e 30segundos mínimo

4 minutos mínimo

Tempo de presatotal

3 minutos e 30segundos

5 minutos e 30segundos

Resistência àdeformação

1,2 – 2,5 % 12 – 16%

Recuperação dadeformação

99,5-100% 98,7-99,5%

Alteraçãodimencionallinear após 24h

0,35% 0,9%

Reprodução dedetalhes

0.05mm 0.02mm

Preparos cavitários preenchidos com Silon2 APS Fluido

Silon2 APS Fluido aplicado no interior da moldageminicial

Reposicionamento da moldeira no local dos preparoscavitários

Resultado final da moldagem

· Dicas clínicas para otimização dos resultados:

Relativos à precisão: Um campo limpo e seco permite um registro de

detalhes sem a ocorrência de bolhas ou rugosidades. Respeitar os tempo de trabalho, evitando se assentar a

moldeira com o material quase tomando presa. Aguarda a presa final antes da remoção da moldeira,

verificando se a perfuração feita com uma sonda explora-dora some rapidamente após a remoção do instrumento. Após assentamento da moldeira, não exercer pressão

excessiva, apenas mantenha a mesma na posição. Remoção da moldagem em golpe único favorece o

comportamento elástico. Desprezar moldagens nas quais o material parcialmen-

te se soltou da moldeira, pois isto resulta em distorções. Respeitar os tempo máximos de vazamento do gesso

que por sua vez deve ter sua proporção água/pó ideal.

Relativos à manipulação: Respeitar as proporções de base e catalisador

preconizados na bula. Diante do recomendação de armazenamento em

geladeira, retirar o material da mesma pelo menos 2horas antes de se realizar a moldagem. Uma mistura vigorosa da pasta leve aumenta ainda

mais a sua fluidez. Obter após a mistura (no menor espaço de tempo

possível) uma massa homogênea e livre de estrias. O aumento da pressão no êmbolo da seringa durante a

injeção aumenta mais ainda o escoamento da pasta leve. Respeitar os limites de tempo de trabalho.

Relativos às moldeiras Utilizar moldeiras rígidas (evita distorções), prefencial-

mente de aço inoxidável com retenções de canaleta ouperfuradas ou uma de plástico rígido perfurada (descartá-veis). Moldeiras de alumínio e plástico flexível podemsofrer pequenas deformações durante a remoção damoldagem que por conseguinte serão transmitidas amoldagem como um todo, gerando imprecisões. As moldeiras selecionadas devem permitir uma

espessura mínima de material de moldagem de 3 a 5mm.

Dados Técnicos segundo DIN EN 248234

Page 8: Silicones de Condensação

16

Clinical UpdatePPPPPublicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Publicação de Atualização Profissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasilrofissional da Dentsply Brasil

Leitura Recomendada

Anusavice, KJ. Materis Dentários de Phillips, 10a edição, 1996, Ed. Guanabara Koogan. Craig, RG. Restorative Dental Materials, 10 edição, 000, Ed. Mosby Craig. RG et al. Comparison of commercial elastomeric impression materials. Operative Dentistry 15, 94, 1990. Craig, RG, Sun Z. Trends in elastomeric impression materials. Operative Dentistry 19:138, 1994. Eduardo, CP, Matson E. Moldagem um Prótese Unitária, 1996 Ed. Santos McCabe JF, Walls AWG. Applied Dental Materials. 8a edição,1998,Ed. Blackwell Science. O´Brien WJ. Dental Materials: Properties and Selection. 1997, Ed. Quintessence. Shillingburg HT. Fundamentos de Prótese Fixa 3a edição, 1998, Ed. Quintessence.

Silon2APSAPSDosage Scale - Escala de Dosagem - Escala de DosificaciónDosage Scale - Escala de Dosagem - Escala de Dosificación

BRASILBRASIL

FluidFluido

CatalystCatalisadorCatalizador

For

Slo

wer

Settin

g:

add

This

Strip

ePa

raPr

esa

Est

endid

a:

Adic

ione

Est

aFa

ixa

Para

Fraguado

Lento

:A

ñada

Est

aFr

anja