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SILVICULTURA DE ESPÉCIES FLORESTAIS NA AMAZÔNIA
Roberval M. B. de Lima
PPGCIFA 2013 SILVICULTURA TROPICAL-TURMA 2013
Histórico das pesquisas e dos empreendimentos
silviculturais
Década de 30 – Plantios de pau-rosa
Final Década 50 – Pesquisa Silvicultural
Décadas 50/60: Celulose e papel
Décadas de 60/70: Madeira para serraria
Décadas de 80/90/2000: Madeira para laminados e compensados e produção de carvão para fins siderúrgicos
Década Atual: Florestas energéticas, ILPF, SAF’s, florestas ambientais.
Histórico das pesquisas e dos empreendimentos
silviculturais
1933 – Plantios de pau-rosa – Usineiros
1958 – FAO (Curuá-Una) – SUDAM – FCAP/UFRA
1960: INPA (RF Adolfo Ducke -Manaus)
1971: IBDF/PNUD/FAO-PRODEPEF (Tapajós)
1976: Embrapa A. Ocidental
1978: Embrapa A. Oriental (Tapajós)
70´s: Jari-Gmelina, Pinus,Eucalipto
80´s: FOSNOR, EIDAI, CVRD
1987: Criação Curso Enga. Ftal (UFAM)
90-00´s: Tramontina, empresas siderúrgicas
2006: Serviço Florestal Brasileiro
Amazônia Legal e as Florestas Plantadas
[ 1] Lei Nº 5.173, 1966; [2] Imazon, 2010; SFB, 2010; [3] Abraf, 2010
4
Amazônia Legal1 5,21x106 km2
Área Florestal Amazônia Legal2 3,27x106km2
Área Desflorestada Amazônia Legal2 0,62x106 km2
1,1%
61% do Território Brasileiro
69 % das Florestas
Brasileiras
O PERCENTUAL DE FLORESTAS PLANTADAS EM RELAÇÃO AS ÁREAS DESFLORESTADAS NA
AMAZÔNIA LEGAL É DE ~ 1,1%
ÁreaFlorestal Plantada Amazônia Legal3 0,63x104 km2
Estado Espécie Plantada (mil hectares)
Total
Eucalyptus sp.
Hevea brasiliensis
Schizolobium amazonicum
Tectona grandis
Pinus sp.
Pará 139,72 118,22 257,94
Amapá 62,88 0,810 63,69
Mato Grosso 61,53 18,90 0,010 61,54
Tocatins 44,31 0,850 45,16
Outros Estados 129,85 46,33 195,09
Amazônia Legal 308,44 129,85 118,22 65,24 1,67 623,42
ÁREAS DE FLORESTA PLANTADA
NA AMAZÔNIA LEGAL1
[ 1] Imazon, 2010; [2] Gonçalves & Benedetti , 2000
Plantios na Amazônia
Pesquisa em Silvicultura de espécies para
reflorestamento
Quais árvores irão crescer sob um determinado sítio?
(crescimento)
Quanto será a taxa desse crescimento?
(predição))
O SUCESSO DO REFLORESTAMENTO
DEPENDE:
• Escolha da Espécie, Sistema (Método) de
Plantio e Manejo Silvicultural
Pesquisa em Silvicultura de espécies para
reflorestamento
1. ESCOLHA DA ESPÉCIE
• Objetivos da Produção
• Ambiente de Plantio (Sítio = clima, solo etc)
• Método de Plantio
• Disponibilidade de Sementes
Pesquisa em Silvicultura de espécies para
reflorestamento
2. ESCOLHA DO SISTEMA
• Objetivos da Produção
• Espécie a ser Plantada
• Disponibilidade de Mão-de-Obra
Pesquisa em Silvicultura de espécies para
reflorestamento
3. MANEJOSILVICULTURAL
• Preparo de área
• Manutenção
• Adubação
• Controle de pragas e doenças
• Regime de Desbastes
• Desrama
• Regime de exploração e regeneração
Pesquisa em Silvicultura de espécies para
reflorestamento
Pesquisa em Silvicultura de espécies para
reflorestamento
Mais de 100 espécies nativas e dezenas de exóticas plantadas experimentalmente()
Pesquisa em Silvicultura de espécies para
reflorestamento
Mais de 100 espécies nativas e dezenas de exóticas plantadas experimentalmente()
Resul-
tados de
pesquisa
Capoeira Mata
Andiroba Carapa guianensis
Araracanga Aspidosperma alba
Castanha-do-pará Betholletia excelsa
Cedrorana Cedrelinga catanaeformis
Cupiuba Goupia glabra
Fava amargosa Vataireopsis iglesiasii
Fava Bolota Park ia gigantocarpa
Freijó cinza Cordia goeldiana
Ipê Tabebuia serratifolia
Jutaí-açu Hymeneae courbaril
Marupá Simaruba amara
Mogno Swietenia macrophylla
Mogno africano Khaya ivorensis
Morototó Didymopanax morototoni
Parapará Jacaranda copaia
Paricá Schyzolobium amazonicum
Pau-rosa Aniba duckei
Quaruba verdadeira Vochysia maxima
Tatajuba Bagassa guianensis
Taxi-branco Sclerolobium paniculatum
Teca Tectona grandis
Ucuúba Virola surinamensis
SAFEnriquecimentoNome
VulgarNome Científico
Pleno
Sol
Fonte: Yared & Galeão (1990)
Resultados de pesquisa Nativas Uso Exigências Pleno
sol Enriquecimento
SAF
C. pentandra-samaúma L,M Solos boa fert. X X D. Excelsa –Angelim S,C,M Solos média fert. X X S. Amazonicum – paricá L, M Solos baixa fert. X X B. excelsa – castanheira-do-brasil
UM Solos baixa fert. X
S. paniculatum – taxi-branco
E Restauração do solo
X X
S. morototoni – morototó S Solos baixa fert. X X J. copaia – para-pará S Solos baixa fert X X C. multijuga - copaiba UM Solos baixa fert X X H. courbaril - Jatobá S,M Solos baixa fert X X C. guianensis - andiroba UM Solos média fert. X X D. Odorata - cumaru S, M Solos baixa fert. X
Exóticas Uso Exigências Pleno Sol
Enriquecimento
SAF
T. grandis S, M, N Solos boa fert. X A. mangium E, F Baixa exigência X X A. auriculiformes E, F Baixa exigëncia X X Eucaliptus var. urophylla x grandis
S,C,E Solos Média fert. X
L=Laminados; S=Serraria; E=energia; M=móveis; C=celulose; F=forrageira;
UM=uso múltiplo
Fonte: Lima, R.M. B. de (dados não publicados)
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Acrocarpus
Andiroba
Breu
Castanha
Cedro
Cumaru
Fava
Freijó
Guapuruvu
Ipê
Jatobá
Mogno
Morototó
Parapará
Paricá
Sorva
Sumauma
Tatajuba
Teca
Virola
% de empresas
Projetos de reposição florestal (PA)
Fonte: Galeão (2000)
No Amazonas: -C. do Brasil -Jatobá -Cumarú -Pau rosa
Araracanga (Aspidosperma
desmanthum; 23 anos de
idade)
Tatajuba (Bagassa guianensis;
23 anos de idade)
Freijó (Cordia goeldiana;
26 anos de idade)
Morototó (Didymopanax
morototoni; 26 anos de
idade)
Quaruba (Vochysia
maxima; 23 anos de idade)
Castanha-do-pará (Bertholletia
excelsa; 21 anos de idade)
Plantios experimentais das espécies florestais de crescimento rápido araracanga, tatajuba,
freijó, morototó, quaruba e castanha-do-pará com diferentes idades, município de
Belterra-PA.
Plantios experimentais com Plantios experimentais com mais de 30 anosmais de 30 anos
•• BelterraBelterra
•• Enriquecimento de Enriquecimento de capoieracapoiera
•• Área abertaÁrea aberta
•• Subsídios para créditoSubsídios para crédito
••
Plantações florestais:Plantações florestais:
Resultados de pesquisa
quaruba (23 anos)
fava amargosa (23 anos)
Resultados de pesquisa
jutaí-açu (23 anos)
Quaruba em Belterra-30 anos) Quaruba em Belterra-30 anos)
Plantações FlorestaisPlantações Florestais Espécies pEspécies promiossoras para Silvicultura de plantações a pleno sol (romiossoras para Silvicultura de plantações a pleno sol (paricá, paricá,
parapara--pará, morototó, taxipará, morototó, taxi--branco, castanhabranco, castanha––dodo--pará, araracanga)pará, araracanga)
Tatajuba em Belterra
Morototó em Belterra
Araracanga em Belterra
Marupá (Simaruaba amara), Ensaio
de Espécies Km 53 Santarém-Cuiabá
(Floresta Nacional do Tapajós), aos 9
anos de idade
Araracanga (Aspidosperma alba), Ensaio de Espécies Km 53 Santarém-Cuiabá (Floresta Nacional do Tapajós), aos 7 anos de idade
Cupiuba (Goupia glabra) em
Belterra (data de plantio:
1984)
TaxiTaxi--branco (Paragominas)branco (Paragominas)
Madeira p/energiaMadeira p/energia
Fava-bolota-fruto gigante (Flona Tapajós) – 30 anos
Plantio em Linha “Enriquecimento
de Capoeira”
Distribuição Espacial
Freijó
Espaçamento entre árvores
plantadas: 6 m x 6 m
FreijóCordia goeldiana
1976-2003
(4x4m)
FreijóCordia goeldiana
1976-2003
(4x4m)
Freijó – Cordia goeldiana
1976-2003
Sobrevivência = 93%
Distribuição Espacial
Fava-timbauba
Tatajuba
Morototó
Jutaí
Mogno
Espaçamento entre árvores
plantadas: 4 m x 4 m
Fava-timbaúba
1976-2003
Fava timbaúba – Enterolobium maximum
1976-2003
Sobrevivência =
64%
Tatajuba
1976-2003
Tatajuba – Bagassa guianensis
1976-2003
Sobrevivência =
82%
Morototó
1976-2003
Morototó – Dydimopanax morototoni
1976-2003
Sobrevivência = 67%
Jutaí
1976-2003
Jutaí açu – Hymenaea courbaril
1976-2003
Sobrevivência = 90%
SistemasSistemas AgroflorestaisAgroflorestais
FreijóFreijó e e CupuaçuCupuaçu
Sistema Seringueira e soja
Redenção – Sul do Pará
Clones com fustes linheiros
Sistema paricá - curauá
Aurora do Pará – Tramontina
Teca - mogno
Aurora do Pará – Tramontina
Integração
lavoura-pecuária-
silvicultura
(Sistema
Agrossilvipastoril
)
Paragominas -
Pará
Amazônia Oriental, Pará
Bubalinocultura
em diferentes módulos, incluindo a agricultura familiar
Espécies implantadas em Empresas/Produtores
paricá (Paragominas) paricá (Paragominas)
• Paricá (Schizolobium amazonicum)
• 50.000 ha plantados
• Corte 6-7 anos
• Indústria de lâminas e compensados
• Nordeste e leste do Pará
Paricá em monocultivo Paragominas
Toras de paricá Paragominas
Lâminas de paricá Don Eliseu
Lâminas de paricá Don Eliseu
Espécies implantadas em Empresas/Produtores
paricá + pau de balsa(Don Eliseo)
mogno africano + sumauma + acácia(Igarapé-açu)
Espécies implantadas em Empresas/Produtores
teca (Marabá-Redenção)
teca + paricá (Capitão Poço)
mogno africano (Igarapé-açu)
mogno brasileiro (Altamira)
mogno x pimenta (Paragominas)
paricá x pimenta x laranja (Capitão Poço)
Espécies implantadas em Empresas/Produtores
mogno x cacau (Uruará)
andiroba x pimenta (Pacajá)
Espécies implantadas em Empresas/Produtores
CastanhaCastanha--dodo--brasilbrasil
Fonte: Lima, 2012. PRODUÇÃO DE LITEIRA EM PLANTIO DE CASTANHEIRA-DO-BRASIL (Bertholletia excelsa ) NA AMAZÔNIA
CENTRAL (não publicado)
Florestas primárias: 8,9 Mg/ha
Aos 11 anos, a castanheira alcançou 4,4m de altura comercial e 8,0 de DAP.
A espécie deposita mensalmente 2,44 Mg/ha de resíduo (100% liteira fina). O
estoque foi de 6,46Mg/ha, dos quais 98% são compostos por liteira fina 2%
por liteira grossa.
46
Espécies implantadas em Empresas/Produtores
47
Espécies implantadas em Empresas/Produtores
Pragas e Doenças
mogno africano (inseto)
mogno brasileiro (inseto)
sumauma (inseto)
Nutrição
teca (deficiência de Mg)
Manejo
ipê
virola
teca
Taxi-branco, 7 anos
Acacia, 4 anos Castanha, 17 anos
Andiroba, 16 anos
Acacia, 4 anos
Jutaí-mirin, 16 anos
Copaiba, 16 anos
Jatobá, 16
anos
Angelim,10 anos
Morototó, 16 anos Para-pará, 16 anos
Espécies potenciais para plantios .
Fotos: Roberval Lima
Desafios de PD&I
Material propagativo (sementes x clonagem); Manejo: adubação, espaçamento, desbaste, Controle de pragas e doenças; Coeficientes técnicos (Financiamento). Melhoramento Genético das espécies. Banco de dados Silvicultura conservadora
OutrosDesafios
Cadeia produtiva
EmpreendedoresFlorestais
(alunos)
Regularização fundiária
mapa da Amazônia- 2030, assumindo-se
que os eventos climáticos dos 10 anos passados se
repetirão no futuro.
Fonte: Daniel C. Nepstad,2008
Qual a nossa contribuição para o futuro?