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REALIZAÇÃO PATROCÍNIO SIMULADO ABERTO NACIONAL SIMULADO ABERTO NACIONAL UNESP UNESP UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA NOME N DE INSCRIÇÃO o TIPO H7

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REALIZAÇÃO PATROCÍNIO

SIMULADO ABERTO

NACIONALSIMULADO ABERTO

NACIONAL

UNESPUNESPUNESPUNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

NOME N DE INSCRIÇÃOoTIPO

H7

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2SIMULADO ABERTO NACIONAL - UNESP SISTEMA ANGLO DE ENSINO

SIMULADO ABERTO

NACIONALSIMULADO ABERTO

NACIONAL

INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA OS PARTICIPANTESDO SIMULADO ABERTO NACIONAL E SEUS FAMILIARES

Tão importante quanto acertar o maior número possível de questões é, após a prova, aprender a resolver as questões que errou.Para isso, o Simulado Aberto Nacional propõe a CORREÇÃO ONLINE. Veja como proceder:1. A partir das 19h, acesse o site ;2. Clique sobre CORREÇÃO ONLINE - UNESP;

www.simuladoaberto.com.br

3. Digite seu número de inscrição e data de nascimento, para ter acesso ao quadro de respostas eletrônico. Passe suas respostaspara o quadro eletrônico que estará na tela de seu computador e, em seguida, clique em “enviar”;4. Imediatamente você receberá um primeiro boletim informando seu número de acertos e quais das 90 questões você errou;5. Resolva novamente as questões erradas e informe as novas alternativas que julgar corretas para elas;6. O sistema fará outra correção e emitirá um segundo boletim, informando o novo número de acertos e quais as questões queainda continuam erradas;7. Se isso ocorrer, repita o procedimento 5 para obter um terceiro boletim definitivo;8. O prazo para você fazer essas duas tentativas de acerto termina às 18h da segunda-feira, dia 21 de setembro, quando serádisponibilizado no o gabarito da prova.www.simuladoaberto.com.br

Correção Online - UnespCOMO UTILIZAR A CORREÇÃO DA PROVA PARA MELHORAR O DESEMPENHO E UTILIZAR

A ESTRATÉGIA QUE VOCÊ IRÁ UTILIZAR NA HORA DA PRIMEIRA FASE DA UNESP, EM 08 DE NOVEMBROCOMO UTILIZAR A CORREÇÃO DA PROVA PARA MELHORAR O DESEMPENHO E UTILIZAR

A ESTRATÉGIA QUE VOCÊ IRÁ UTILIZAR NA HORA DA PRIMEIRA FASE DA UNESP, EM 08 DE NOVEMBRO

Exemplo de preenchimento CORRETO1

2

3

4

5

A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

31

32

33

34

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A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

Exemplo de preenchimento INCORRETO1

2

3

4

5

A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

31

32

33

34

35

A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

A B C D

Relatório de DesempenhoSERÁ PUBLICADO NO DIA 09 DE OUTUBRO NO SITE WWW.SIMULADOABERTO.COM.BR.SERÁ PUBLICADO NO DIA 09 DE OUTUBRO NO SITE WWW.SIMULADOABERTO.COM.BR.

SEU DESEMPENHO COMPARADO COM TODOS OS ESTUDANTES QUEPARTICIPARAM DO SIMULADO ABERTO NACIONAL DO SISTEMA ANGLO DE ENSINO.

SEU DESEMPENHO COMPARADO COM TODOS OS ESTUDANTES QUEPARTICIPARAM DO SIMULADO ABERTO NACIONAL DO SISTEMA ANGLO DE ENSINO.

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA1. Esta prova contém 90 questões de múltipla escolha, cada uma com 5 alternativas, das quais somente uma é correta. Assinale no cartão derespostas a alternativa que você julgar correta.2. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que estiver totalmente em branco.Assinale apenas uma alternativapara cada questão.3.Assinale a resposta preenchendo totalmente, a caneta (azul ou preta), o respectivo alvéolo, com o cuidado de não ultrapassá-lo. Não assinaleas respostas com “X”, pois essa sinalização não será considerada. Não use lápis ou caneta vermelha, em hipótese alguma, para assinalar asrespostas.

4. Não rasure nem amasse a folha de respostas. Não escreva nada no cartão de respostas fora do campo reservado.

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PORTUGUÊS

Texto para as questões 1 e 2

Os jornais vêm noticiando, quase semanalmente, mudançasimportantes em alguns dos principais exames de acesso aoensino superior. As três universidades públicas paulistasanunciaram alterações em seus vestibulares, algumas bas-tante relevantes, como é o caso das propostas pela Fuvest(…). Ao mesmo tempo, o Enem foi vitaminado e será a úni-ca forma de acesso para quase metade das universidadesfederais. Passará a ter 160 e 180 questões, contra 63 do mo-delo anterior, e vai requerer o domínio de uma matriz deconteúdos, o que não aconteceu nos dez anos de sua exis-tência. (…) É mesmo incompreensível que essas propostas sejam sim-plesmente anunciadas, sem maiores discussões, alterandoas regras no meio de um jogo que envolve o futuro de mi-lhares de jovens, trazendo instabilidade e incertezas para osalunos e suas famílias, desconcertando o planejamento pe-dagógico das escolas. O que há de difícil em estabelecer ca-rência mais longa para a vigência das mudanças?

(Arthur Fonseca Filho, “Mudanças nos vestibulares e o ensino médio”. Folha de S.Paulo, 5/6/09. Opinião, p. A3.)

1. Marque a alternativa que traduz incorretamente as idéiasdo autor do texto.A) A escolha do adjetivo “importantes” expressa a opinião

de que as mudanças são relevantes, merecendo ser dis-cutidas.

B) Em sua opinião, nem todas as mudanças têm o mesmograu de importância, sendo algumas mais relevantes doque outras.

C) Para Arthur Fonseca Filho, as propostas deveriam ter si-do mais discutidas, dada sua relevância.

D) As mudanças afetam mais diretamente os jovens do quesuas famílias ou a escola, porque é o futuro deles queestá em jogo.

E) As mudanças foram adotadas com precipitação, não dan-do tempo de adaptação às escolas, aos alunos e aos pais.

2. Sobre a seleção e combinação de palavras no texto, só não

é correto o que se afirma em:A) No segundo período do texto, o sujeito está no início,

dando destaque às três universidades públicas paulistasque sofreram mudanças em seus vestibulares.

B) O adjunto adverbial de tempo “semanalmente”, no pri-meiro período do texto, indica a alta freqüência das notí-cias de jornal sobre as mudanças nos vestibulares.

C) Os termos “instabilidade” e “incertezas”, no segundoparágrafo, funcionam como objeto direto de “trazendo”,indicando efeitos negativos das mudanças.

D) A escolha da forma verbal “desconcertando”, no segun-do parágrafo, indica uma ação negativa que incide sobreo complemento “planejamento pedagógico das esco-las”.

E) A oração subordinada adjetiva explicativa “que envolveo futuro de milhares de jovens” expressa a idéia de quetodo jogo, no final das contas, diz respeito ao futuro dosjovens.

Texto para as questões 3 e 4

As estrofes a seguir fazem parte do poema “O Sim contra oSim” de João Cabral de Melo Neto (1920-1999).

O SIM CONTRA O SIM

Miró sentia a mão direitademasiado sábia

e que de saber tantojá não podia inventar nada.

Quis então que desaprendesseo muito que aprendera,

a fim de reencontrara linha ainda fresca da esquerda.

Pois que ela não pôde, ele pôs-sea desenhar com estaaté que, se operando,

no braço direito ele a enxerta.

A esquerda (se não se é canhoto)é mão sem habilidade:reaprende a cada linha,

cada instante, a recomeçar-se.

Mondrian, também, da mão direitaandava desgostado;

não por ser ela sábia:porque, sendo sábia, era fácil.

Assim não a trocou de braço:queria-a mais honesta

e por isso enxertououtras mais sábias dentro dela.

Fez-se enxertar réguas, esquadrose outros utensíliospara obrigar a mão

a abandonar todo improviso.

Assim foi que ele, à mão direita,impôs tal disciplina:

fazer o que sabiacomo se o aprendesse ainda.

(João Cabral de Melo Neto. Obra Completa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1994,

p. 298-299)

3. Sem perder de vista a totalidade do texto, releia as estrofesa seguir, atentando para as ocorrências dos dois-pontos:

A esquerda (se não se é canhoto)é mão sem habilidade:reaprende a cada linha,

cada instante, a recomeçar-se.

Assim foi que ele, à mão direita,impôs tal disciplina:

fazer o que sabiacomo se o aprendesse ainda.

Indique a alternativa correta a respeito do efeito semânticodos dois-pontos empregados pelo poeta em cada uma de-las.A) Na primeira ocorrência os dois-pontos indicam a elipse

da conjunção e assumem valor conclusivo, ou seja, po-dem ser substituídos pela conjunção “portanto”; na se-gunda ocorrência, antecipam um esclarecimento, deter-minando o sentido da expressão “tal disciplina”.

B) Nas duas ocorrências os dois-pontos indicam elipse daconjunção, assumindo valor, respectivamente, adversa-tivo (admitindo a substituição por “mas”) e explicativo(admitindo a substituição por “pois”).

C) Nas duas ocorrências os dois-pontos antecipam a intro-dução de fragmento em discurso direto, expressando avoz, respectivamente, da mão esquerda e da mão direi-ta.

D) Nas duas ocorrências os dois-pontos antecipam um es-clarecimento, determinando, respectivamente, o sentidodas expressões “a esquerda” e “mão direita”.

E) Nos dois casos os dois-pontos introduzem citações dodiscurso popular a respeito do papel que o senso co-mum atribui a cada uma das mãos.

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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4. Observe as obras A e B. Uma é de autoria do pintor holan-dês Piet Mondrian (1872-1944), a outra, do pintor espanholJoan Miró (1893-1983).

A partir dos dados do poema e das características das obras,aponte a alternativa correta:A) ambas são compatíveis com as características que o poe-

ma atribui a Mondrian.B) ambas são compatíveis com as características que o poe-

ma atribui a Miró.C) ambas são incompatíveis com as características que o

poema atribui aos dois pintores.D) a obra A apresenta elementos compatíveis com as carac-

terísticas atribuídas a Miró, a B, com as característicasatribuídas a Mondrian.

E) a obra A apresenta elementos compatíveis com as carac-terísticas atribuídas a Mondrian, a B, com as característi-cas atribuídas a Miró.

5. (ENCCEJA-adaptada) —

Recado ao senhor 903

Vizinho.Quem fala aqui é o homem do 1.003. Recebi outro dia,

consternado, a visita do zelador, que me mostrou a cartaem que o senhor reclamava contra o barulho em meu apar-tamento. (…) Peço-lhe desculpas — e prometo silêncio.

Mas que me seja permitido sonhar com outra vida ecom outro mundo, em que um homem batesse à porta dooutro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã e ouvimúsica em tua casa. Aqui estou”. E o outro respondesse:“Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho.Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos quea vida é curta e a lua é bela”.

Rubem Braga. 100 Crônicas Escolhidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1953.

A reação do cronista do texto acima diante da reclamaçãoque lhe foi feita é deA) cordialidade. D) antipatia.B) indiferença. E) ressentimento.C) animosidade.

6. Com base no mesmo texto, assinale a alternativa cujo co-mentário não é sustentávelA) Nas palavras desculpas e descobrimos ocorre o mesmo

prefixo com o mesmo sentido.B) O sufixo dor da palavra zelador serve para formar subs-

tantivos a partir de verbos e dá idéia de executor de umaação.

C) Os trechos entre aspas são exemplos de citação em dis-curso direto.

D) Os trechos reproduzidos em discurso direto são escritosem linguagem informal.

E) O modo de dizer dos textos entre aspas tem um estiloperfeitamente compatível com o outro modo de vida so-nhado pelo cronista.

Observe o outdoor a seguir e responda às próximas duasquestões:

7. O efeito de humor dessa propaganda decorre:A) da polissemia da palavra “coroa”, que, no contexto, ad-

quire duplo sentido.B) da ambigüidade morfológica presente na expressão “ar-

rumar uma coroa”.C) da possibilidade de haver relacionamentos afetivos en-

tre idosos.D) da terceira idade ser apresentada como uma época jovial.E) da restrição de sentido da palavra “coroa”, que deixa de

remeter aos monarcas.

8. A imagem do indivíduo idoso nessa propaganda: A) indica que a morte, ao contrário do senso comum, deve-

ria ser vista como um momento de alegria e satisfação.B) reitera que as pessoas mais velhas precisam aceitar o

padrão de comportamento contemporâneo.C) mostra que todos deveriam preocupar-se mais com a

efemeridade da vida e, portanto, com o próprio funeral.D) sugere uma interpretação do texto que é descartada

quando se descobre quem é o anunciante da propagan-da.

E) denuncia a dificuldade que as pessoas mais velhas en-contram para ter uma vida mais digna.

Texto para as questões 9 e 10

Médicos que contam: esta é uma definição clássica, e bem--humorada, dos epidemiologistas, os detetives médicos. Édifícil dizer onde termina a estatística e onde começa a epi-demiologia. A estatística implica coletar, classificar e anali-sar dados para obter resultados confiáveis e significativos;já a epidemiologia é o estudo dos fatores determinantes eda distribuição dos eventos e agravos relativos à saúde empopulações — e aplicação destes estudos ao controle dosproblemas de saúde. O termo vem do grego -epi, sobre;demos, população — e está a indicar que a epidemiologiacorrelaciona-se com outros ramos do conhecimento: demo-grafia, sociologia, antropologia. É óbvio que os estudos epi-demiológicos não podem ser feitos sem números — semestatísticas. Epidemiologia e estatística constituem a lin-guagem da saúde pública. (Moacyr Scliar, Do mágico ao social — A trajetória da Saúde Pública.

Porto Alegre: L&PM, 1987, p. 60.)

9. De acordo com o texto, só não é correto o que se afirma em:A) os epidemiologistas são considerados os detetives da

medicina.B) segundo os médicos, não há uma fronteira nítida entre a

epidemiologia e a estatística.C) a epidemiologia é uma área de conhecimento interdisci-

plinar.D) a epidemiologia é um ramo de estudo da estatística.E) a epidemiologia e a estatística são duas áreas de conhe-

cimento fundamentais na saúde pública.

Composição A — 1920

tela A

Figura e pássaros — 1948

tela B

ANGLO VESTIBULARES

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10. Relacionado as informações do texto com seu conhecimen-to de mundo, pode-se dizer que:

A) a Aids não pode ser considerada um problema de saúdepública.

B) os números da gripe suína não indicam que se trata deuma epidemia.

C) nos estudos sobre o HIV, os pesquisadores utilizam co-nhecimentos em epidemiologia e estatística.

D) a disseminação da gripe suína não caracteriza um pro-blema de saúde pública.

E) as estatísticas da Aids e da gripe suína não refletem ograu de controle da saúde pública sobre essas doenças.

11. Leia a tirinha reproduzida a seguir:

Assinale a alternativa que contém um comentário insusten-tável sobre a tirinha:

A) O advérbio assim está funcionando como um anafóricoe tem como referência o que está dito na fala do perso-nagem à esquerda.

B) O conector mas introduz um trecho que se opõe ao quefoi dito anteriormente.

C) O advérbio só estabelece um marco temporal que temum limite preciso.

D) O efeito de humor reside na idéia de que não faz sentidousar o possessivo meu antes de Imposto de Renda.

E) A expressão facial do personagem à direita induz a pres-supor que o Imposto de Renda é um tipo de sócio inde-sejável.

12. Sobre a forma de linguagem usada na tirinha é inaceitávelapenas uma das alternativas a seguir:

A) A fala do personagem à direita é típica de uma variantelingüística popular.

B) A variante lingüística usada pelo personagem à direitaindicia um falante mais escolarizado que o outro.

C) Ambas as falas estão em desacordo com as normas dalíngua padrão.

D) Seria perfeitamente compatível com a língua padrão di-zer: Eu trabalho para eu mesmo me sustentar.

E) Pela expressão facial, há uma diferença nítida de humorentre os dois personagens.

INSTRUÇÃO: A questão 13 toma por base um poema deCecília Meireles (1901-1964), cujo tema é a natação, e umpoema de Joaquim Cardozo (1897-1978) sobre as vitórias doatleta brasileiro Ademar Ferreira da Silva no salto tríplice(medalha de ouro nas Olimpíadas de Helsinque, em 1952, ede Melbourne, em 1956, entre outras vitórias).

Nadador

O que me encanta é a linha aladadas tuas espáduas, e a curva que descreves, pássaro da água!É a tua fina, ágil cintura,

e esse adeus da tua gargantapara cemitérios de espuma!É a despedida, que me encanta,quando te desprendes ao vento,

fiel à queda, rápida e branda.E apenas por estar prevendo,longe, na eternidade da água,sobreviver teu movimento…

(Cecília Meireles. Jogos olímpicos. In: Poesias completas de Cecília Meireles — vol. IV. Rio de Janeiro: Editora

Civilização Brasileira, 1973, p. 44.)

O salto tripartido

Havia um arco projetado no soloPara ser recomposto em três curvas aéreas,Havia um vôo abandonado no chãoÀ espera das asas de um pássaro;

Havia três pontos incertos na pistaQue seriam contatos de pés instantâneos.Três jatos de fonte, contudo, ainda secos,Três impulsos plantados querendo nascer.

Era tudo assim expectativo e planoTudo além somente perspectivo e inerte;Quando Ademar Ferreira, com perfeição olímpica,Executou, em relevo, o mais alto,— Em notas de arpejo— Em ritmo iâmbicoO tripartido salto.

(Joaquim Cardozo, Poesias completas. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1971, p. 108.)

13. Embora a natação seja um esporte da água e o salto trípliceum esporte do solo, envolvem também manobras no planodo ar (o salto de partida, na natação, e os três saltos segui-dos, no salto tríplice), o que permite entender, nos poemasapresentados, a utilização de imagens que podem ser con-sideradas “aéreas”. Aponte a alternativa incorreta.

A) Os dois poemas convergem na medida em que ambosinventam imagens relacionadas com o plano do ar. Nopoema de Cecília: “linha alada” e “pássaro da água”; node Cardozo: “três curvas aéreas”, “vôo abandonado” e“asas de um pássaro”.

B) Os dois poemas divergem no que diz respeito ao pontode vista utilizado pelo eu-poemático para focalizar o te-ma. No poema de Joaquim Cardozo, as formas verbaissurgem na terceira pessoa, o que cria um distanciamen-to entre o eu-poemático e o evento narrado liricamente.Já no poema de Cecília Meireles, o eu-poemático assu-me a primeira pessoa do singular.

C) Ao assumir a primeira pessoa do singular, o eu lírico dopoema de Cecília cria um efeito sugestivo da aproxima-ção, pois o discurso do enunciador é explicitamente diri-gido ao interlocutor, referido em segunda pessoa (o na-dador, que não se pronuncia no texto): “tuas espáduas”,“que descreves”, “tua garganta”, “teu movimento”.

D) No poema de Cecília, os elementos descritivos não se li-mitam aos movimentos do nadador, pois também ex-pressam a vivência subjetiva do eu lírico: “O que me en-canta”. No poema de Cardozo, predominam os elemen-tos descritivos até o segundo verso da última estrofe; doterceiro verso até o fim desta estrofe, a descrição é subs-tituída por elementos puramente narrativos.

E) A abordagem da natação e do salto tríplice nos poemasapresentados se faz por meio de imagens e metáforasque nos apresentam de modo lírico aspectos objetivosdos esportes focalizados.

EU TRABALHO PRA EU MESMO.EU TAMBÉM PENSAVAASSIM, MAS SÓ ATÉ

A HORA DE PAGAR MEUIMPOSTO DE RENDA.

Bob Thaves. O Estado de S. Paulo (02.03.2007 – caderno 2)

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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INSTRUÇÃO: A questão 14 toma por base uma passagemde um romance do escritor naturalista brasileiro Aluísio Aze-vedo (1857-1913).

Afinal conseguiram chegar. Mas, ah! quando a pobreMagdá, toda trêmula e exausta de forças já no tope da pe-dreira, defrontou com o pavoroso abismo que se precipita-va debaixo de seus pés, soltou um grito rápido, fechou osolhos, e teria caído para trás, se o Conselheiro não lhe aco-de tão a tempo.

— Magdá, minha filha! Então! então!Ela não respondeu.— Está aí! está aí o que eu receava! Lembrar-se de su-

bir a estas alturas!… E agora a volta…?— Pode vossência ficar tranquilo por esse lado. — arris-

cou um dos cavouqueiros, que se havia aproximado, a co-çar a cabeça. — Se vossência quiser, eu cá estou para pôresta senhora lá embaixo, sem que lhe aconteça a ela a me-nor lástima.

— Ainda bem! — respondeu S. Exa. com um suspirode desabafo.

O trabalhador que se ofereceu para conduzir Magdáera um moço de vinte e tantos anos, vigoroso e belo de for-ça. Estava nu da cintura para cima e a riqueza dos seus mús-culos, bronzeados pelo sol, patenteava-se livremente comuma independência de estátua. Os cabelos, empastados desuor e pó de pedra, caíam-lhe em desordem sobre a testa esobre o pescoço, dando-lhe à cabeça uma satírica feição desensualidade ingênua.

— Vamos! Vamos! — apressou o Conselheiro, entre-gando-lhe a filha.

O rapaz passou um dos braços na cintura de Magdá ecom o outro a suspendeu de mansinho pelas curvas dos joe-lhos, chamando-a toda contra o seu largo peito nu. Ela sol-tou um longo suspiro e, na inconsciência da síncope, deixoupender molemente a cabeça sobre o ombro do cavouqueiro.E, seguidos de perto pelo velho, lá se foram os dois, abraça-dos, descendo, pé ante pé, a íngreme irregularidade do ca-minho.

Era preciso toda atenção e muito cuidado para não ro-larem juntos; o moço fazia prodígios de agilidade e de forçapara se equilibrar com Magdá nos braços. De vez em quan-do, nos solavancos mais fortes, o pálido e frio rosto da filhado Conselheiro roçava na cara esfogueada do trabalhador etingia-se logo em cor-de-rosa, como se lhe houvera rouba-do das faces uma gota daquele sangue vermelho e quente.Ela afinal teve um dobrado respirar de quem acorda, e en-treabriu com volúpia os olhos. Não perguntou onde estava,nem indagou quem a conduzia; apenas esticou nervosamen-te os músculos num espreguiçamento de gozo e estreitou-seem seguida ao peito do rapaz, unindo-se bem contra ele, cin-gindo-lhe os braços em volta do pescoço com a avidez dequem se apega nos travesseiros aquecidos para continuarum sono gostoso e reparador. E caiu depois num fundo en-torpecimento, bambeando as pálpebras; os olhos em bran-co, as narinas e os seios ofegantes; os lábios secos e despre-gados, mostrando a brancura dos dentes. Achava-se muitobem no tépido aconchego daquele corpo de homem; todaela se penetrava do calor vivificante que vinha dele; toda elaaspirava, até pelos poros, a vida forte daquela vigorosa eboa carnadura, criada ao ar livre e quotidianamente enrique-cida pelo trabalho braçal e pelo pródigo sol americano. Aque-le calor de carne sã era uma esmola atirada à fome do seumiserável sangue.

E Magdá, sentindo no rosto o resfolegar ardente e ace-lerado do cavouqueiro, e nas carnes macias da garganta oroçagar das barbas dele, ásperas e maltratadas, gemia e sus-pirava baixinho como se estivessem a acarinhá-la depoisde longa e assanhada pugna de amor.

Quando o moço, já embaixo, a depôs num banco depedra que ali havia, a enferma abriu de todo os olhos, dei-xou escapar um grito e cobriu logo o rosto com as mãos.

Agora não podia encarar com aquele homem de corpo nuque ali estava defronte dela, a tirar com os punhos o suorque lhe escorria em bagas pela testa.

Chorou de pejo.O seu pudor e o seu orgulho revoltaram-se, sem que

ela soubesse determinar a razão por quê. Uma cólera repen-tina, um sôfrego desejo de vingança, enchiam-lhe a gargan-ta com um novelo de soluços. O pranto parecia sufocá-laquando rebentou.

— Eu magoei-a, ó patroazinha?… — perguntou o tra-balhador com humildade, quase sem poder vencer ainda ocansaço. E o imprudente tocou com a mão no ombro deMagdá, procurando, coitado, dar-lhe a perceber o quantoestava consumido por vê-la chorar daquele modo. Ela es-tremeceu toda e fugiu com o corpo, nem que se houves-sem chegado um ferro em brasa; e abraçou-se ao pai, es-condendo no peito deste os soluços que agora borbotavamsem intermitência.

(Aluísio Azevedo. O homem. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1970, p. 94-97.)

Observe as asserções:

I. O homem se caracteriza como um romance naturalista,em que as decisões de caráter moral das personagensresultam de conflitos entre os condicionamentos fisioló-gicos e os psicológicos ou sociais. No excerto apresen-tado, os primeiros impõem-se sobre os segundos.

II. No universo da narrativa naturalista, Magdá vivencia umconflito entre instinto e consciência moral. Por um lado,deseja sexualmente o trabalhador que lhe ajudara; poroutro, o repudia, por força do sentimento de vergonha,decorrente de preconceitos culturais que marcavam amoralidade aristocrática oitocentista.

III. O cavouqueiro, no plano físico, apresenta como traçopositivo a força, o vigor e a beleza física; no plano psico-lógico, a nobreza de caráter evidenciada na generosida-de com que socorrera a moça em apuro no alto da pe-dreira.

14. AssinaleA) Se somente a asserção I for correta.B) Se somente as asserções I e III forem corretas.C) Se somente as asserções II e III forem corretas.D) Se todas as asserções forem corretas.E) Se somente a asserção III for correta.

INSTRUÇÃO: A questão 15 se baseia numa fala de persona-gem de uma peça de Millôr Fernandes (1923-) e num sone-to de Antero de Quental (1842-1891).

Atriz

(Rindo forçosamente depois que os atores saem.)Tem gente que continua achando que a vida é uma pia-

da. Ainda bem que tem gente que pensa que a vida é umapiada. Pior é a gente que pensa que o homem é o rei da cria-ção. Rei da criação, eu, hein? Um assassino nato, usufrui-dor da miséria geral — se você come, alguém está deixan-do de comer, a comida não dá para todos, não — de que éque ele se ri? De que se ri a hiena? Se não for atropelado fi-cará no desemprego, se não ficar desempregado vai pegarum enfisema, será abandonado pela mulher que ama —mas ama, hein? —, arrebentado pelos filhos — pelos pais,se for filho —, mordido de cobra ou ficará impotente. E seescapar de tudo ficará velho, senil, babando num asilo. Pia-da, é? Pode ser que haja vida inteligente em outro planeta,neste, positivamente, não. O homem é o câncer da Terra.Estou me repetindo? Pois é: corrompe a natureza, fura tú-neis, empesta o ar, emporcalha as águas, apodrece tudoonde pisa. Fique tranquilo, amigo: o desaparecimento doser humano não fará a mínima diferença à economia docosmos.

(Millôr Fernandes. Computa, computador, computa.3a ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1972, p. 85.)

ANGLO VESTIBULARES

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Solemnia verba

Disse ao meu coração: Olha por quantosCaminhos vãos andamos! ConsideraAgora, desta altura fria e austera,Os ermos que regaram nossos prantos…

Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!E noite, onde foi luz de primavera!Olha a teus pés o mundo e desesperaSemeador de sombras e quebrantos! —

Porém o coração, feito valenteNa escola da tortura repetida,E no uso do penar tornado crente,

Respondeu: Desta altura vejo o Amor!Viver não foi em vão, se é isto a vida,Nem foi demais o desengano e a dor.

(Antero de Quental. Os sonetos completos de Antero de Quental. 1a ed. Porto: Livraria Portuense de Lopes, 1886, p. 119; disponível

na internet em: http://purl.pt/122/1/P160.html)

15. Assinale a alternativa incorreta. A) Os dois textos apresentados se identificam por expres-

sar, sob pontos de vista distintos, a decepção e o pessi-mismo do homem com relação à vida e ao mundo. Dife-renciam-se, todavia, na atitude final que apresentam an-te essa decepção.

B) No texto I, a decepção do enunciador diante dos desca-minhos da existência do homem (ser destinado à misé-ria, ao abandono e à morte) culmina numa declaraçãoda desimportância do seu desaparecimento. Com ironia,nega-se que ele seja o “rei da criação”, permitindo infe-rir que é de fato o “rei da destruição”: por isso, se umdia deixar de existir, não afetará a “economia do cos-mos”.

C) No texto II, o enunciador de “Solemnia verba” concluique nenhuma dor ou desengano são suficientemente for-tes diante dos imperativos do amor. O amor, assim, sur-ge como valor maior diante da decepção, tornando váli-da a vida, isto é, dando sentido à existência.

D) O soneto “Solemnia verba” se desenvolve como umdiálogo entre duas personagens: o eu-poemático e seu“coração”. Este simboliza a consciência do eu lírico, quefaz um balanço da vida e ajuíza que ela não teria sido vã,apesar dos sofrimentos e desenganos, uma vez que o“Amor” a justificaria.

E) O raciocínio da personagem da peça de Millôr Fernan-des implica um silogismo perfeito, pois a conclusão ésuficientemente suportada pelas premissas:Premissa maior: Não há inteligência em ações causado-ras da destruição de quem as pratica. Premissa menor: As ações do homem o levarão à pró-pria destruição. Conclusão: Logo, não há vida inteligente na Terra.

INSTRUÇÃO: A questão 16 toma por base trechos de duasobras de Machado de Assis (1839-1908).

Texto 1

— Mas, enfim, que pretendes fazer agora? — pergun-tou-me Quincas Borba, indo pôr a xícara vazia no parapeitode uma das janelas.

— Não sei; vou meter-me na Tijuca; fugir aos homens.Estou envergonhado, aborrecido. Tantos sonhos, meu caroBorba, tantos sonhos, e não sou nada.

— Nada! — interrompeu-me Quincas Borba com umgesto de indignação.

Para distrair-me, convidou-me a sair; saímos para oslados do Engenho Velho. Íamos a pé, filosofando as coisas.

Nunca me há de esquecer o benefício desse passeio. Apalavra daquele grande homem era o cordial da sabedoria.

Disse-me ele que eu não podia fugir ao combate; seme fechavam a tribuna, cumpria-me abrir um jornal.

Chegou a usar uma expressão menos elevada, mos-trando assim que a língua filosófica podia, uma ou outravez, retemperar-se no calão do povo. — Funda um jornal —disse-me ele — e desmancha toda esta igrejinha.

— Magnífica idéia! Vou fundar um jornal, vou escachá--los, vou…

— Lutar. Podes escachá-los ou não; o essencial é quelutes. Vida é luta. Vida sem luta é um mar morto no centrodo organismo universal.

Daí a pouco demos com uma briga de cães; fato queaos olhos de um homem vulgar não teria valor.

Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eramdois. Notou que ao pé deles estava um osso, motivo daguerra, e não deixou de chamar a minha atenção para a cir-cunstância de que o osso não tinha carne. Um simples ossonu. Os cães mordiam-se, rosnavam, com o furor nos olhos…Quincas Borba meteu a bengala debaixo do braço, e pare-cia em êxtase.

(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.)

Texto 2

Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de leras Memórias póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmonáufrago da existência que ali aparece, mendigo, herdeiroinopinado, e inventor de uma filosofia [Humanitismo].

Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que chegou,enamorou-se de uma viúva, senhora de condição medianae parcos meios de vida, mas, tão acanhada, que os suspirosdo namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Pie-dade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo opossível para casá-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.

Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois ho-mens. (…)

Rubião achou um rival no coração de Quincas Borba —um cão, um bonito cão, meio tamanho, pêlo cor de chum-bo, malhado de preto. Quincas Borba levava-o para todaparte, dormiam no mesmo quarto. De manhã, era o cãoque acordava o senhor, trepando ao leito, onde trocavamas primeiras saudações. Uma das extravagâncias do donofoi dar-lhe o seu próprio nome; mas, explicava-o por doismotivos, um doutrinário, outro particular.

— Desde que Humanitas, segundo a minha doutrina, éo princípio da vida e reside em toda a parte, existe tambémno cão, e este pode assim receber um nome de gente, sejacristão ou muçulmano…

— Bem, mas por que não lhe deu antes o nome de Ber-nardo? — disse Rubião com o pensamento em um rival po-lítico da localidade.

— Esse agora é o motivo particular. Se eu morrer an-tes, como presumo, sobreviverei no nome do meu bom ca-chorro. Riste, não?

Rubião fez um gesto negativo.— Pois devias rir, meu querido. Porque a imortalidade é

o meu lote ou o meu dote, ou como melhor nome haja. Vi-verei perpetuamente no meu grande livro. Os que, porém,não souberem ler, chamarão Quincas Borba ao cachorro, e…

O cão, ouvindo o nome, correu à cama. Quincas Borba,comovido, olhou para Quincas Borba.

(Machado de Assis, Quincas Borba.)

Observe as asserções:

I. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, adota-se o foconarrativo em primeira pessoa, o que se evidencia, porexemplo, nos pronomes pessoais empregados pelo enun-ciador do fragmento (“perguntou-me”, “interrompeu-me”,“distrair-me” etc.). O fato de contar a própria vida favo-rece a manifestação da subjetividade do narrador, envol-vido nos fatos narrados. Contudo, a condição de “defun-to autor” permite-lhe o distanciamento que favorece areflexão irônica sobre os acontecimentos: “Chegou ausar uma expressão menos elevada, mostrando assimque a língua filosófica podia, uma ou outra vez, retem-perar-se no calão do povo.”

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II. No trecho transcrito de Memórias póstumas de Brás Cu-bas, está estampada uma oposição entre o lugar ocupadopor Quincas Borba, um filósofo e um “grande homem”, eas pessoas comuns. No plano linguístico, essa distinçãose manifesta de duas maneiras. De um lado, na correçãogramatical que Quincas Borba adota em suas falas (“Mas,enfim, que pretendes fazer agora?”), demonstrando umuso erudito da linguagem que só cede ao “calão do po-vo” em “uma ou outra vez”. De outro, no caráter senten-cioso que dá a algumas de suas afirmações, o que impli-ca sentimento de superioridade intelectual: “Vida sem lu-ta é um mar morto no centro do organismo universal”.

III. Em Quincas Borba, o protagonista do romance apresen-ta uma razão doutrinária e outra particular para haverdado seu próprio nome ao cachorro de estimação, res-pectivamente, a doutrina filosófica do Humanitismo, in-ventada por ele, e o desejo de sobreviver à própria mor-te “no nome do meu bom cachorro”. Contudo, os fatosnão são enunciados nem por ele, nem por seu herdeiroRubião, mas por um narrador em terceira pessoa, dota-do de onisciência.

16. AssinaleA) Se somente a asserção I for correta.B) Se somente as asserções I e II forem corretas.C) Se somente as asserções II e III forem corretas.D) Se todas as asserções forem corretas.E) Se somente a asserção III for correta.

Texto para as questões 17 e 18

A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagreci-do, o pêlo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avulta-vam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam esangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a in-chação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida.

Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com umprincípio de hidrofobia e amarrara-lhe no pescoço um rosá-rio de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre demal a pior, roçava-se nas estacas do curral ou metia-se nomato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as ore-lhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na ba-se, cheia de moscas, semelhante a uma cauda de cascavel.

Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingar-da de pederneira, lixou-a, limpou-a com o saca-trapo e feztenção de carregá-la bem para a cachorra não sofrer muito.

Sinha Vitória fechou-se na camarinha, rebocando os me-ninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cansa-vam de repetir a mesma pergunta: — Vão bulir com a Baleia?

Tinham visto o chumbeiro e o polvarinho, os modosde Fabiano afligiam-nos, davam-lhes a suspeita de que Ba-leia corria perigo.

Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntosos três, para bem dizer não se diferenciavam, rebolavam naareia do rio e no estrume fofo que ia subindo, ameaçavacobrir o chiqueiro das cabras. (…)

Fabiano percorreu o alpendre, olhando a baraúna e asporteiras, açulando um cão invisível contra animais invisí-veis: — Eco! Eco!

Em seguida entrou na sala, atravessou o corredor e che-gou à janela baixa da cozinha. Examinou o terreiro, viu Ba-leia coçando-se a esfregar as peladuras no pé de turco, le-vou a espingarda ao rosto. A cachorra espiou o dono des-confiada, enroscou-se no tronco e foi-se desviando, até fi-car no outro lado da árvore, agachada e arisca, mostrandoapenas as pupilas negras. Aborrecido com esta manobra,Fabiano saltou a janela, esgueirou-se ao longo da cerca docurral, deteve-se no mourão do canto e levou de novo a ar-ma ao rosto. Como o animal estivesse de frente e não apre-sentasse bom alvo, adiantou-se mais alguns passos. Aochegar às catingueiras, modificou a pontaria e puxou o ga-tilho. A carga alcançou os quartos traseiros e inutilizou umaperna de Baleia, que se pôs a latir desesperadamente.

(Graciliano Ramos [1892-1953], Vidas Secas.)

17. Observe as seguintes asserções críticas a respeito do textoanterior:

I. Em Vidas Secas, “bicho” e “gente” se aproximam de talforma que é possível detectar na obra um processo re-cíproco de antropomorfização e zoomorfização. A primei-ra propriedade encontra-se nos momentos em que oenunciador se refere à Baleia com termos normalmenteempregados a pessoas: “impaciência”, “manobra” e“perna”. A segunda manifesta-se quando se ressalta aextrema identidade dos meninos com o animal, tal co-mo se percebe no sexto parágrafo do fragmento.

II. Afastando-se do experimentalismo das vanguardas docomeço do século, o romance dos anos 1930 adota aclareza e a simplicidade da frase tradicionalmente asso-ciada à boa literatura, em busca da objetividade crítica.O fragmento examinado de Vidas Secas demonstra queGraciliano Ramos não partilha desse traço de estilo cole-tivo de sua geração.

III. Comparando o segundo e o terceiro parágrafos do frag-mento de Vidas Secas, observa-se uma diferença de tem-po nas ações, que se pode explicar pela idéia de anterio-ridade de umas ações com relação a outras. Tal grada-ção justifica o uso do pretérito-mais-que-perfeito (“ima-ginara”, “amarrara”) e do pretérito perfeito (“foi”, “li-xou”).

Assinale a alternativa correta:A) Se somente a asserção I for corretaB) Se somente as asserções I e II forem corretasC) Se somente a asserção III estiver corretaD) Se somente as asserções I e III estiverem corretasE) Se todas as asserções estiverem corretas

18. Observe com atenção os estágios da postura final assumi-da por Fabiano com relação à Baleia e assinale a alternativacorreta sobre sua disposição psicológica enquanto perso-nagem de ficção: A) Dominado por objetividade prática, desconsidera o afeto

dos meninos pela cachorra e a sacrifica como se fosseum caçador de animal silvestre, embora tenha pensadoem deixá-la em morrer sem sua intervenção.

B) Há indícios de que Sinhá Vitória tenha discordado da re-solução final de Fabiano, mas ele resolveu levar adiantesua decisão, mesmo contra a posição da mulher, quecontou com o apoio dos meninos.

C) Representando o patriarcalismo rural nordestino, Fabia-no procura demonstrar domínio sobre a família, desde-nhando os sentimentos da esposa e dos meninos paraimpor sua decisão sobre a cachorra, também considera-da parte simbólica do grupo.

D) Mesmo que acredite em medidas tidas como supersticio-sas em centros urbanos, Fabiano demonstra racionalida-de ao sacrificar Baleia, pois julga que deve preservar afamília de possível contaminação das doenças infeccio-sas do animal.

E) A medida final de Fabiano foi resultado de madura ob-servação da evolução dos males de Baleia, processo emque o sertanejo, nos limites de seus valores e conheci-mentos, demonstra sabedoria, prudência e piedade.

Texto para a questão 19

O que eu lhe dizia

Não sei se é certo ou não o que eu li outro dia,Onde, já não me lembra, ó minha noiva amada:— “A posse faz perder metade da valia

À cousa desejada.”

Não sei se após haver saciado no meu peito,Quando houver de possuir-te, esta ardente paixão,Eu sentirei em mim, de gozo satisfeito,

Menor o coração.

ANGLO VESTIBULARES

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Sei que te amo, e a teus pés a minh’alma abatidaBeija humilde e feliz o grilhão que a tortura;Sei que te amo, e este amor é toda a minha vida,

Toda a minha ventura.

Talvez haja entre mim que os passos te acompanho,E a abelha que a zumbir vai procurar a flor,— Alma ou asas movendo — o mesmo fluido estranho,

seja instinto ou amor;

Talvez o que eu presumo irradiação divina,Minha nobre paixão, meu fervoroso afeto,Por sua vez o sinta o verme da campina,

O inseto ao pé do inseto...(ALBERTO DE OLIVEIRA. Poesias — segunda série (1898-1903).

Rio de Janeiro: H. Garnier, 1906, p. 20-21.)

19. Lido o fragmento acima, extraído de um poema de Albertode Oliveira (1857-1937), observe as seguintes asserções crí-ticas sobre ele:

I. O poema apresenta reflexões sobre a natureza e a inten-sidade do amor. Particularmente na última estrofe, a re-flexão torna-se mais problematizante, pois levanta a hi-pótese de que o amor, sendo “irradiação divina”, podetambém se confundir com o instinto animal, presentetanto no verme quanto no inseto.

II. Sendo poeta parnasiano, Alberto de Oliveira preocupa--se com a descontração formal, donde decorre a familia-ridade de seu texto, que imita o estilo de carta ou diálo-go. Mas, sendo de fato um poema, a simplicidade de co-municação instaura-se pelo uso de versos irregulares,com evidente preferência por vocábulos coloquiais (“oque li outro dia”, “ardente paixão”, “irradiação divina”).

III. O poema possui estrutura de uma fala amorosa, em queum suposto noivo levanta uma hipótese sobre a duplici-dade de seu sentimento: tanto pode ser projeção elevadada espiritualidade quanto manifestação de desejo carnal.No limite, a noiva, se o ama de fato, deveria acatar asduas possibilidades, que podem não ser excludentes. As-sim, o que parece muito romântico possui aspecto acen-tuadamente realista, a que se liga a poética parnasianade Alberto de Oliveira.

Assinale a alternativa correta:

A) Se somente a asserção I for corretaB) Se somente a asserção III for corretaC) Se somente as asserções I e III forem corretasD) Se somente as asserções I e II forem corretasE) Se somente as asserções II e III forem corretas

20. Leia o seguinte soneto de Cruz e Sousa (1861-1898) e o tre-cho de uma carta de Mário de Andrade (1893-1945) a Ma-nuel Bandeira (1886-1968).

Alma fatigada

Nem dormir nem morrer na fria Eternidade!mas repousar um pouco e repousar um tanto,os olhos enxugar das convulsões do pranto,enxugar e sentir a ideal serenidade.

A graça do consolo e da tranqüilidadede um céu de carinhoso e perfumado encanto,mas sem nenhum carnal e mórbido quebranto,sem o tédio senil da vã perpetuidade.

Um sonho lirial d’estrelas desoladas,onde as almas febris, exaustas, fatigadaspossam se recordar e repousar tranqüilas!

Um descanso de Amor, de celestes miragens,onde eu goze outra luz de místicas paisagense nunca mais pressinta o remexer de argilas!

(Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro:Editora José Aguilar, 1961, p. 191-192.)

Carta a Manuel Bandeira, S. Paulo, 28-III-31

Manú,bom-dia. Amanhã é domingo pé-de-cachimbo, e levarei suacarta, (isto é vou ainda rele-la pra ver si a posso levar tal co-mo está, ou não podendo contarei) pra Alcantara com Loli-ta que tambem ficarão satisfeitos de saber que você já estámais fagueirinho e o acidente não terá consequencia nenhu-ma. Esse caso de você ter medo duma possivel doença com-prida e chupando lentamente o que tem de perceptivel nagente, pro lado lá da morte, é mesmo um caso serio. Deveser danado a gente morrer com lentidão, mas em todo casosempre me parece inda, não mais danado, mas semvergo-nhamente pueril, a gente morrer de repente. Eu jamais queimagino na morte, creio que você sabe disso. Aboli a mortedo mecanismo da minha vida e embora já esteja com meustrinteoito anos, faço projetos pra daqui a dez anos, quinze,como si pra mim a morte não tivesse de “vim”… como to-dos pronunciam. A idea da morte desfibra danadamente aatividade, dá logo vontade da gente deitar na cama e mor-rer, irrita. Aboli a noção de morte prá minha vida e tenhome dado bem regularmente com êsse pragmatismo inocen-te. Mas levado pela sua carta, não sei, mas acho que nãome desagradava não me pôr em contacto com a morte, verela de perto, ter tempo pra botar os meus trabalhos do mun-do em ordem que me satisfaça e diante da infalivel vence-dora, regularisar pra com Deus o que em mim sobrar deinutil pro mundo.

(Mário de Andrade. Cartas de Mário de Andrade a Manuel Bandeira. Rio de Janeiro: Organização

Simões, 1958, p. 269-270.)

Observe as semelhanças e as diferenças entre ambos os tex-tos, tanto do ponto de vista do significado quanto da forma,e assinale a alternativa incorreta sobre eles:

A) Os dois textos focalizam, sob pontos de vista distintos, arelação entre a vida e a morte ou entre a vida e a eterni-dade. O soneto de Cruz e Sousa, partindo de pressupos-to platônicos e românticos, demonstra espiritualidade tí-pica da estética simbolista, com a qual o autor se identi-fica. Para ele, a morte é superação de certas limitaçõeshumanas.

B) Embora procure manifestar para seu amigo Manú (Ma-nuel Bandeira) uma visão prática e uma preocupaçãomaior com a vida, Mário de Andrade deixa escapar certapreocupação com a vida após a morte. Essa preocupa-ção manifesta-se na passagem em que afirma que a mor-te é uma “infalível vencedora” e de que é necessárioentregar a Deus o que é “inútil pro mundo”, isto é, seuespírito.

C) Tanto Mário de Andrade quanto Cruz e Sousa procurammanter conexão com os princípios artísticos de seu tem-po: o primeiro, por meio da descontração e da informali-dade, o que causa certo contraste com a complexidadedo tema; o segundo, por meio de linguagem elevada eabstrata, procurando identidade entre o assunto e a ma-neira de abordá-lo.

D) No soneto de Cruz e Sousa, o vocábulo “carnal” (sétimoverso) associa-se à vida física, que o enunciador pre-tende abandonar para se entregar à espiritualidade do“remexer de argilas” (último verso), cuja ressonânciaabstrata remete às origens bíblicas da idéia de que ohomem se origina do pó. Na carta de Mário, percebe-seo mesmo descaso pelo tema da vida material, sobretudona passagem em que afirma “aboli a morte do mecanis-mo de minha vida”.

E) Em Mário de Andrade, o tema da morte e da eternidadesurge por necessidade de consolar um amigo em quemse suspeita doença fatal. Em Cruz e Sousa, o tema surgecomo necessidade de escapismo confessional do enun-ciador, que demonstra insatisfação diante dos limites damatéria.

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ARTES

Imagem para a questão 21

21. A imagem acima — “Anjo com cálice da Paixão” — é atri-buída ao artista Antonio Francisco Lisboa (1730-1814), oAleijadinho, figura atuante do Barroco Mineiro. Esta imagemevidencia os seguintes traços da estética em que se inclui oartista: A) Estabilidade e dinamismo.B) Concepção racionalista.C) Movimento e instabilidade.D) Emotividade e equilíbrio.E) Expressão contida.

Imagem para a questão 22

22. A obra “Atlas (Carlão)” (2008), do artista plástico brasileiroVik Muniz pertence a uma série denominada de “Imagensde Lixo”, porque é composta com cestos plásticos, latas detinta vazias, papéis diversos etc. A partir dos dados forneci-dos, pode-se dizer que a composição do quadro sugere:A) Busca de novos materiais para representação artística.B) Pobreza de expressão e falta de criatividade.

C) Barateamento do produto artístico, visando sua circula-ção no mercado.

D) Elogio e conformismo com a miséria humana.E) Desprezo pela arte e crítica da sociedade que a valoriza.

Imagem para a questão 23

23. Em “Paisagem da primavera” (1877), acima reproduzida,Pierre-Auguste Renoir mostra clara influência do Impressio-nismo, notadamente no seguinte traço:A) Mimetismo e figurativismo.B) Precisão dos traços definidores.C) Desconsideração pela imagem.D) Volta ao estilo clássico.E) Imprecisão de contornos.

Imagem para a questão 24

24. Observe o quadro acima e assinale a alternativa que me-lhor o caracterize:A) A obra explora as técnicas do Impressionismo do século

XIX, evidenciando na imprecisão de contornos das figu-ras reproduzidas.

B) Trata-se de uma obra própria do Realismo, preocupadaem reproduzir o real com fidelidade.

C) O quadro, pertencente ao Cubismo europeu, apresenta adeformação do real característica dessa escola.

D) A pintura pertence ao período clássico da arte helênica,evidenciado na perfeição física das personagens quecompõem a cena.

E) A simbologia e o psicologismo evidenciados na imagempretendem incluí-la no movimento de vanguarda deno-minado Surrealismo.

ANGLO VESTIBULARES

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INGLÊS

Texto para as questões 25 e 26

Land rights victory for Amazon Indians in Brazil

1 In what is being hailed as a victory for indigenous groupsin the Brazilian Amazon, Brazil’s Supreme Court sided withIndians from the Raposa Serra do Sol reservation in a 30-yearland dispute with large-scale farmers in the northern state of

5 Roraima, near the border with Venezuela, reports the AssociatedPress.

The 10-1 decision puts the 1.7 million-hectare (4.2 million-acre) reserve under legal control of some 18,000 indigenousAmazonians including members of the Macuxi, Wapichana,

10 Ingariko, Taurepang and Patamona tribes. Agricultural andindustrial interests had sought to break up the reservation andexploit the land for farming, logging and mining.

Nevertheless observers say the ruling is unlikely to endsometimes violent conflict that has plagued the area — farmers,

15 some of whom have occupied the land since the late 1980s,say they will fight for the land. Up to 600 people could bedisplaced.

Twenty two percent of the Brazilian Amazon has been setaside as reservations for indigenous people. 26 tribes in Brazil

20 live with little to no contact with the outside world, accordingto FUNAI, the country’s National Indian Foundation.

Research has shown that indigenous reserves havesubstantially lower rates of deforestation than unprotectedareas.

www.mongabay.com March 20, 2009.

25. De acordo com o texto:A) Após a decisão da Suprema Corte, os índios da Reserva

Raposa Serra do Sol têm o controle daquelas terras.B) A disputa entre fazendeiros e índios já ultrapassa 30 anos

e ainda não foi resolvida legalmente.C) A decisão da Suprema Corte sobre a Reserva Raposa

Serra do Sol pôs fim às hostilidades entre índios e fazen-deiros.

D) A FUNAI acredita que os índios destruirão o que restada Floresta Amazônica.

E) Em votação apertada, a Suprema Corte decidiu conceder22% da Amazônia brasileira à Reserva Raposa Serra doSol.

26. The Raposa Serra do Sol reservation, ___________ land wasin dispute, is now under the Indians’ legal control.A) whichB) whatC) whoD) whoseE) whom

Texto para as questões 27 a 30

Obama to fund stem cell research

1 President Obama will announce today that PresidentBush’s ban on the funding of embryonic stem cell research is tobe overturned. The move has been condemned by conservativegroups but welcomed by many American scientists.

5 For eight years American scientists have been banned bylaw from using taxpayer’s money to assist in work on mostembryonic stem cell lines. The result, according to manyscientists, has been a reduction in the effectiveness of theirresearch.

10 Embryonic stem cells can change into any cell in the body,and they might one day assist in curing chronic conditions suchas diabetes, Parkinson’s and Alzheimer’s. But their use involvesthe destruction of embryos, typically those left over fromfertility treatment.

15 America’s religious conservatives are deeply upset. Onecalled the Obama announcement “a slap in the face to Americanswho believe in the dignity of all human life”. The RepublicanParty is also opposing the move, which is yet another bold stepaway from the policies and ideology of the Bush years, in which

20 religious faith often won favor over scientific advice. Thatapproach, Mister Obama will make clear today, is over.

WEBB, Justin. Disponível em: www.bbc.co.uk/words in the news.

27. Uma outra maneira de dizer “The move has been condemnedby conservative groups” (linhas 3-4) seria:A) Conservative groups condemned the move.B) Conservative groups had condemned the move.C) Conservative groups have been condemned by the

move.D) Conservative groups have condemned the move.E) Conservative groups were condemned by the move.

28. No trecho “… chronic conditions such as diabetes, Parkinson’sand Alzheimer’s.” (linhas 11-12), a expressão such as:A) significa exceto.B) introduz exemplificação.C) dá idéia de comparação.D) poderia ser corretamente substituída por rather than.E) indica intensificação.

29. No trecho “One called the Obama announcement ‘a slap inthe face to Americans who believe in the dignity of allhuman life’.” (linhas 15-17), a expressão a slap in the face

pode ser entendida como:A) uma ação positiva.B) uma decisão difícil.C) uma atitude otimista.D) uma medida adequada.E) um insulto.

30. De acordo com o texto, a principal razão para o atraso naspesquisas com células tronco embrionárias nos EstadosUnidos, nos últimos anos, está relacionada:A) ao apoio do então Presidente Bush a essa causa.B) à falta de instalações médicas adequadas.C) à falta de financiamento por parte do governo Bush.D) à escassez de cientistas qualificados nessa área.E) à excessiva pressão por parte dos grandes laboratórios.

HISTÓRIA

31. (UNESP) — Um cronista do período colonial escreveu queos povoadores do Brasil, por mais ricos que sejam, tudo pre-tendem levar a Portugal e, se as fazendas e bens que pos-suem souberam falar, também lhe houveram de ensinar adizer como aos papagaios, aos quais a primeira coisa queensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo que-rem para lá.

(Frei Vicente do Salvador, História do Brasil, 1500-1627)

O texto do cronista revela queA) os colonizadores procuravam usufruir as riquezas da co-

lônia, não manifestando nenhum apego à terra.B) os povoadores objetivavam preservar a fauna e a flora

exóticas da nova terra, como os papagaios.C) o Brasil era visto pelos portugueses como região des-

provida de interesse comercial ou econômico.D) o Brasil, no entender dos colonizadores, deveria forne-

cer mão-de-obra barata para as indústrias portuguesas.E) os portugueses ocuparam o Brasil com a finalidade de

defendê-lo e de fundar uma nova pátria.

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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32. (UNESP) — “Nossa milícia, Senhor, é diferente da regularque se observa em todo o mundo. Primeiramente nossastropas com que vamos à conquista do gentio bravo dessevastíssimo sertão não é de gente matriculada no livro deVossa Majestade, nem obrigada por soldo, nem por paga-mento de munição.”

(Carta de Domingos Jorge Velho ao rei dePortugal, em 1694.)

De acordo com o autor da Carta, pode-se afirmar queA) os bandeirantes possuíam tropas de mercenários, pagas

pela metrópole, com o objetivo de exterminar indígenas.B) havia proibição oficial de capturar índios para a escravi-

zação e os bandeirantes pretendiam evitar ser punidospelos colonos e pelos espanhóis.

C) os exércitos portugueses, organizados na colônia, tinhama particularidade de serem compostos por indígenas es-pecializados em destruir quilombos.

D) algumas tribos indígenas ameaçavam a segurança doscolonos e as bandeiras eram tropas encarregadas detransportar os nativos para as reduções religiosas.

E) muitas das bandeiras paulistas eram constituídas porexércitos particulares, especializados em exterminar ecapturar indígenas para serem escravizados.

33. (UNESP) — A primeira Constituição brasileira [de 25 de mar-ço de 1824] nascia de cima para baixo, imposta pelo rei ao“povo”, embora devamos entender por “povo” a minoriade brancos e mestiços que votava e que de algum modo ti-nha participação na vida política.

(Boris Fausto, História do Brasil.)

Entre os dispositivos dessa Carta Constitucional estavampresentesA) a autonomia provincial, o fim do tráfico negreiro e o vo-

to secreto.B) o voto indireto e censitário, o Conselho de Estado e o

Poder Moderador.C) a divisão em três poderes, o fim do padroado e o ensino

laico e gratuito.D) o parlamentarismo, a cidadania dos índios e a separa-

ção Igreja e Estado.E) um parlamento unicameral, o centralismo político-admi-

nistrativo e o voto aberto.

34. (UNESP) — O poeta Olavo Bilac, numa carta endereçada aum amigo em 1887, construiu uma imagem negativa da ci-dade onde residia, São Paulo, que, segundo ele, era umabexiga. Isto não vale dois caracóis (…) Não posso viver nu-ma terra onde só há frio, garoa, lama, republicanos, separa-tistas e tupinambás.

Decênios depois, Patrícia Galvão (Pagu) apresentava umacidade diferente: São Paulo é o maior centro industrial daAmérica do Sul: o pessoal da tecelagem soletra no cocoru-to imperialista do [bonde] “camarão”. A italianinha matinaldá uma banana pro bonde.

(Parque industrial, 1933.)

Da data da carta de Bilac ao ano da publicação do livro dePagu, houve em São Paulo modificações provocadasA) pelos lucros advindos da exportação de produtos manu-

faturados e pela consolidação da república democrática.B) pela proteção governamental da indústria têxtil, em pre-

juízo da economia agro-exportadora.C) pela expansão da mão-de-obra assalariada e pelo cresci-

mento do mercado consumidor interno.D) pela implantação da indústria siderúrgica e pela eficácia

das leis estatais anti-imigratórias.E) pela instalação das primeiras linhas de estradas de ferro

e pelo comportamento submisso dos operários.

35. (UNESP) —

O grosso das manifestações de fidelidade ao Estado Novorepousava (…) nos estivadores e nos operários das fábricasde tecidos de Bangu. Os estivadores porque (…) estavamsujeitos a um rígido controle policial e ministerial. As cartei-ras profissionais eram apreendidas até a terminação da pa-rada e só podiam trabalhar no dia seguinte se tivessem pas-sado pelo visto de comparecimento. Quanto aos operáriosde Bangu, todos conheciam o íntimo grau de relações entreseus patrões e o Estado Novo. Havia livro de ponto e puni-ção aos faltosos. Um verdadeiro comboio de caminhões seencarregava de trazê-los e levá-los depois da “[manifesta-ção] trabalhista espontânea” (…)

(Afonso Henriques, Ascensão e queda de Getúlio Vargas.Apud Nosso Século (1930-1945). Adaptado.)

Acerca da imagem e do texto, é possível perceber, respecti-vamente, durante o Estado Novo:A) o isolamento do ditador das massas populares; a deter-

minação política dos trabalhadores mais politizados emapoiar o regime autoritário.

B) que a propaganda oficial exaltava valores da liberdade;que apenas os trabalhadores com carteira profissionalparticipavam das manifestações públicas.

C) que havia importante respeito às diversidades regionais;que as manifestações de apoio ao Estado Novo só conta-vam com o apoio de trabalhadores com baixa qualificação.

D) a defesa da formação militarizada da juventude; que ape-nas os sindicatos presentes nos atos políticos do EstadoNovo podiam ter representação nas casas legislativas.

E) o reforço da imagem paternal do presidente Vargas; queparcela das manifestações com a presença popular nãorepresentava a ação espontânea dos trabalhadores.

36. (FUVEST) — “Com efeito, a política científica evidencia quea separação entre o poder espiritual e o poder temporal é acondição indispensável de toda Ordem e de todo Progressona sociedade moderna”.

Miguel Lemos, Rio de Janeiro, 1890.

As afirmações apresentadas no texto correspondem às idéiasA) evolucionistas D) românticasB) positivistas E) republicanasC) católicas

37. (UEL-adaptada) — “Com a nova divisão da sociedade, qual-quer cidadão poderia participar das decisões do poder. Ape-nas os escravos, os metecos (estrangeiros) e as mulheresnão participavam das decisões políticas, pois não tinhamdireito de cidadania.”

A esse texto, sobre a Grécia antiga, pode-se associar:A) Drácon e a expansão colonial em direção ao Mediterrâneo.B) Sólon e a militarização da política espartana.

(Álbum do DIP. Apud Sonia de Deus Rodrigues Bercito,Nos tempos de Getúlio.)

ANGLO VESTIBULARES

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C) Pisístrato e a helenização da península Balcânica.D) Péricles e a hegemonia cultural grega no Peloponeso.E) Clístenes e a democracia escravista ateniense.

38. (UNIFESP/2007) — Sobre as cidades européias na época mo-derna (séculos XVI a XVIII), é correto afirmar que, em ter-mos gerais,A) mantiveram o mesmo grau de autonomia política que

haviam gozado durante a Idade Média.B) ganharam autonomia política na mesma proporção em

que perderam importância econômica.C) reforçaram sua segurança construindo muralhas cada

vez maiores e mais difíceis de serem transpostas.D) perderam, com os reis absolutistas, as imunidades polí-

ticas que haviam usufruído na Idade Média.E) conquistaram um tal grau de auto-suficiência econômica

que puderam viver isoladas do entorno rural.

39. Ao compararmos a Revolução Puritana de 1640 com a Re-volução Gloriosa de 1688-89, podemos dizer que:A) foram movimentos distintos, uma vez que liderados pe-

los camponeses, no primeiro caso, e pela aristocracia nosegundo.

B) foram movimentos semelhantes, pois liderados pela bur-guesia e resultaram na instalação de um regime republi-cano.

C) foram movimentos semelhantes, pois liderados pela bur-guesia (apesar da intensa participação popular no pri-meiro caso).

D) foram movimentos distintos, uma vez que resultaram nainstalação de uma República, no primeiro caso, e na res-tauração do absolutismo, no segundo caso.

E) foram movimentos semelhantes, pois partiram das cama-das populares e resultaram na abolição do Parlamento.

40. (UFSCar) — A 5 de outubro, oito ou dez mil mulheres forama Versalhes; muita gente as acompanhou. A Guarda Nacio-nal forçou o sr. de La Fayette a conduzi-las para lá na mes-ma noite. No dia 6, elas trouxeram o rei e obrigaram-no aresidir em Paris.

(…) Não devemos procurar aqui a ação dos partidos. Elesagiram, mas fizeram muito pouco.

A causa real, certa, para as mulheres, para a multidão maismiserável, foi uma só, a fome. Tendo desmontado um ca-valeiro, em Versalhes, mataram o cavalo e comeram-noquase cru.

(…) O que há no povo de mais povo, quero dizer, de maisinstintivo, de mais inspirado, são, por certo, as mulheres.Sua idéia foi esta: “Falta pão, vamos buscar o rei; se ele es-tiver conosco, cuidar-se-á para que o pão não falte mais.Vamos buscar o padeiro!”

(Jules Michelet. História da Revolução Francesa, 1989.)

Sobre aquele momento da Revolução Francesa, é correto

afirmar:A) o povo, constituído principalmente de funcionários da no-

breza, acreditava que era necessário separar o rei da cor-te, para que se pudessem fazer as reformas econômicas.

B) a Assembléia havia assinado a Declaração de Direitos doHomem e do Cidadão e o povo acreditava que o rei era seualiado para resolver o problema da circulação de cereais.

C) os revolucionários estavam negociando com o rei a assi-natura de sua deposição, visando a instalação de umaRepública na França.

D) o rei e a rainha eram vistos como inimigos do povo ecúmplices da aristocracia, responsabilizada pela criseeconômica.

E) o rei escolhera ficar em Versalhes, com a finalidade deproteger a nobreza dos ataques do povo.

41. (UNESP/2005) — A Exposição Internacional de Eletricidadefoi aberta ao público no Palácio da Indústria em Paris, emagosto de 1881 […]. A maior parte dos aparelhos expostosresultaram de descobertas moderníssimas […]. O bondeque transporta os visitantes; as máquinas eletromagnéticase o dínamo-elétrico em funcionamento; os focos luminososbrilhando; os telefones que nos permitem ouvir à distânciarepresentações de ópera — tudo isto é tão novo que nemsequer seu nome era conhecido cinco anos atrás.

(Revista A Natureza, 1881.)

As inovações mencionadasA) resultaram dos investimentos em tecnologia e da cria-

ção dos cursos técnicos nas universidades européias enorte-americanas.

B) foram conseqüências da Segunda Revolução Industrial,que explorou novas fontes de energia e desenvolveu no-vos processos produtivos.

C) ficaram restritas às camadas privilegiadas da sociedade,sem alterar o cotidiano da maioria dos habitantes da Eu-ropa.

D) possibilitaram a auto-suficiência dos países capitalistasadiantados e trouxeram dificuldades para os exportado-res de produtos primários.

E) determinaram a expansão dos regimes democráticos einiciaram a difusão dos conhecimentos científicos em di-ferentes sociedades.

42. (FUVEST/2008) — Com relação ao período colonial, tanto naAmérica Portuguesa quanto na América Espanhola, consi-dere as seguintes afirmações:

1. a mão-de-obra escrava africana, empregada nas ativida-des econômicas, era a predominante.

2. as Coroas controlavam as economias por intermédio demonopólios e privilégios.

3. os nascidos nas Américas não sofriam restrições para as-cender nas administrações civis e religiosas.

4. a alta hierarquia da Igreja Católica mantinha fortes laçospolíticos com as Coroas.

5. as rebeliões manifestavam as insatisfações políticas dediferentes grupos sociais.

Das afirmações acima, são verdadeiras apenasA) 1, 2 e 3B) 1, 3 e 4C) 2, 3 e 5D) 2, 4 e 5E) 3, 4 e 5

FILOSOFIA

43. (FUVEST/2007) — Das três seguintes formulações — primei-ro, a de Copérnico, a terra não é o centro do mundo, depoisa de Darwin, não nascemos de Deus mas viemos do maca-co, e, por último, a de Freud, não somos senhores de nossaprópria consciência — pode-se dizer queA) contribuem para tornar o homem cada vez mais confian-

te e orgulhoso de sua infalibilidade e perfeição.B) constituem os fundamentos da modernidade e desfe-

cham golpes profundos na pretensão do homem de sero centro do universo.

C) fortalecem a posição científica dos que criticam essespressupostos, tendo em vista sua falta de fundamenta-ção empírica.

D) perdem cada vez mais credibilidade com o avanço cien-tífico proporcionado pela astronomia, biologia e psicolo-gia.

E) harmonizam-se com as concepções dos que defendem atese criacionista, ou que propõem um desenho inteli-gente sobre a criação do universo.

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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44. (UFSCar/2006) — (…) os deputados do povo não são, nempodem ser, seus representantes; não passam de seus co-missários, nada podendo concluir definitivamente. É nulatoda lei que o povo diretamente não ratificar e, em absolu-to, não é lei. O povo inglês pensa ser livre e muito se enga-na, pois o é somente durante a eleição dos membros do par-lamento; logo que estes são eleitos, ele é escravo, não é na-da. Durante os breves momentos de sua liberdade, o usoque dela faz mostra que bem merece perdê-la.

Sobre as idéias e o autor do texto, é correto afirmar que são

A) discussões filosóficas renascentistas de Bodin, em defe-sa do absolutismo monárquico e contra a representativi-dade do povo no parlamento.

B) reflexões sobre a legitimidade de representação do po-vo inglês no parlamento, feitas por Locke, durante a fasemais radical da Revolução Francesa.

C) análise do poder, feita por Maquiavel, defendendo a cons-tituição de um Estado forte, fundado na relação de repre-sentação direta do povo diante do poder do príncipe.

D) críticas filosóficas iluministas feitas por Rousseau ao sis-tema político de representação, com a defesa da partici-pação direta do povo nas decisões do Estado.

E) estudo crítico socialista de Marx sobre a importância daparticipação direta do proletariado na organização dosistema político de representação parlamentar inglês.

45. (UNESP/2008) — É preciso dizer que, com a superioridadeexcessiva que proporcionam a força, a riqueza, [...] [os mui-to ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aosmagistrados [...] Ao contrário, aqueles que vivem em extre-ma penúria desses benefícios tornam-se demasiados humil-des e rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de man-dar, só sabem mostrar uma obediência servil e que outros,incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só sa-bem exercer uma autoridade despótica.

(Aristóteles, A Política.)

Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas eem outras cidades gregas, o bom exercício do poder políti-co pressupõe

A) o confronto social entre ricos e pobres.B) a coragem e a bondade dos cidadãos.C) uma eficiente organização militar do Estado.D) a atenuação das desigualdades entre cidadãos.E) um pequeno número de habitantes na cidade.

46. (UEL) — Mas logo em seguida, adverti que, enquanto euqueria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessaria-mente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notandoque esta verdade eu penso, logo existo era tão firme e tãocerta que todas as mais extravagantes suposições dos céti-cos não seriam capazes de abalar, julguei que poderia acei-tá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofiaque procurava.”

(DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 92.

Coleção Os Pensadores.)

De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o te-ma, assinale a alternativa correta.

A) Para Descartes, não podemos conhecer nada com certe-za, pois tudo quanto pensamos está sujeito à falsidade.

B) O “eu penso, logo existo” expressa uma verdade instávele incerta, o que fez Descartes ser vencido pelos céticos.

C) A expressão “eu penso, logo existo” representa a verda-de firme e certa com a qual Descartes fundamenta o co-nhecimento e a ciência.

D) As “extravagantes suposições dos céticos” impediramDescartes de encontrar uma verdade que servisse comoprincípio para a filosofia.

E) Descartes, ao acreditar que tudo era falso, colocava emdúvida sua própria existência.

47. (MACK/2006) — John Locke (1632-1704) é um dos fundadoresdo iluminismo. Atualmente, é pouco lido. Muito ganharíamos,entretanto, se nos ocupássemos novamente dos Tratados so-

bre o governo Civil, com a Carta sobre a Tolerância e, particu-larmente, com o Ensaio sobre o entendimento humano.

Assinale a alternativa que apresenta um fragmento do seupensamento.

A) O direito de propriedade é a base da liberdade humanaporque todo homem tem uma propriedade que é suaprópria pessoa. O governo existe para proteger esse di-reito.

B) Há uma busca de equilíbrio entre a autoridade do podere a liberdade do cidadão. Para que ninguém possa abu-sar da autoridade, é preciso que, pela disposição das coi-sas, o poder detenha o poder. Daí a separação entre po-deres legislativo, executivo e judiciário.

C) A organização do mundo e sua finalidade interna só seexplicam pela existência de um Criador inteligente: Estemundo me espanta e não posso imaginar / Que este re-lógio exista e não tenha relojoeiro.

D) Deve haver exaltação da razão e da dúvida: Existe, po-rém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo queo demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudoo que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso.Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas opróprio ato de duvidar é indubitável.

E) O regime democrático deve ser aquele que tem a aptidãode manter vigentes os termos do pacto social, bem comoos dispositivos garantidores da liberdade político-contra-tual. O povo inglês pensa ser livre, mas engana-se gran-demente; só o é durante a eleição dos membros do par-lamento: assim que estes são eleitos, é escravo; nada é.

48. (MACK/2008) — Verdadeiros fundadores da filosofia, os pen-sadores “pré-socráticos” inauguraram, a partir do século VIa.C., uma nova atitude mental ante a realidade material, subs-tituindo progressivamente as elaborações de cunho mitoló-gico por especulações de caráter científico-filosófico. A pro-pósito desse importante momento da história da filosofia,são feitas as seguintes afirmações:

I. Segundo a tradição, Tales de Mileto foi o primeiro filó-sofo a tratar a questão da origem e transformação de to-das as coisas. Para ele, “a água era o princípio de tudo”.

II. Atribui-se a Pitágoras de Samos (e a seus seguidores) aidéia de que “todas as coisas são como os números”,ou seja, de que todo o mundo — inclusive a alma — seforma segundo uma estrutura harmônica.

III. Os atomistas (Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera)afirmavam ser toda a matéria formada por átomos, ouseja, por “partículas minúsculas, eternas e indivisíveis”,que, em movimento, se chocavam entre si, provocandoassim o nascimento, a mudança e aniquilamento de to-das as coisas.

Assinale

A) se apenas I é correta.B) se apenas II é correta.C) se apenas III é correta.D) se apenas I e II são corretas.E) se I, II e III são corretas.

ANGLO VESTIBULARES

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GEOGRAFIA

49. Considerando as massas de ar que atuam no território bra-sileiro e alguns de seus efeitos, analise o quadro abaixo eescolha a associação correta.

50. Em 2006, o consumo de combustíveis no Brasil foi aproxi-madamente quatro vezes maior de gasolina (24.007.633m3)do que de álcool (6.186.553m3). Estudo da Fundação Getú-lio Vargas revela que, antes de 2010, o consumo mensal deálcool nos postos ultrapassará o da gasolina. Com isto, háprevisões de aumento da produção canavieira na maioriados estados, conforme o gráfico.

Assinale a alternativa que indica o significado desta mudan-ça na matriz de combustíveis, as três regiões brasileiras,em ordem decrescente, onde há previsão de maiores au-mentos de produção e o fator que explica os pequenos per-centuais de aumento atribuídos aos estados de Alagoas,Pernambuco e São Paulo.A) Inversão; Nordeste, Norte e Centro-Oeste; áreas tradicio-

nalmente grandes produtoras.B) Manutenção; Nordeste, Centro-Oeste e Norte; falta de

estímulo oficial e de crédito agrícola.C) Conservação; Sul, Sudeste e Centro-Oeste; escassez de

mão-de-obra e de infraestrutura.D) Alteração; Norte, Sul e Sudeste; áreas tradicionalmente

com pequena produção.E) Adaptação; Centro-Oeste, Nordeste e Norte; gastos ele-

vados com adubos e fertilizantes químicos.

51. Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais),o desmatamento em regiões na fronteira Brasil-Bolívia for-mou um grande arco ao longo de dois importantes rios.Observe o mapa.

Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norteonde esse fato está ocorrendo, os rios mencionados e trêscausas do desmatamento naquela área.A) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especula-

ção imobiliária e criação de gado leiteiro.B) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de

pastagens e de campos de soja.C) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária,

corte de madeiras nobres, formação de pastagens.D) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária,

corte de madeiras de lei, criação de gado entabulado.E) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de

madeiras nobres, criação extensiva de bovinos.

52. Analise o mapa e os gráficos:

Os climogramas I e II correspondem, respectivamente, àsáreas assinaladas no mapa com as letrasA) A e B.B) A e D.C) B e C.D) C e D.E) D e A.

I II

(Ferreira, 2000. Adaptado)

J MMJ SN

400

300

200

100

0

40

30

20

10

0

Precipitação(mm)

Temperatura(ºC)

J MMJ SN

400

300

200

100

0

40

30

20

10

0

Precipitação(mm)

Temperatura(ºC)

A

B

C

D

Hidrelétrica deSanto Antônio

Hidrelétricade Jirau

BOLÍVIA

área desmatada

BRASIL: AUMENTO DA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR,POR ESTADO, NA SAFRA 2007/2008, EM PORCENTAGEM.

AM0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0(%)

TO AL BA CE MA PE PB PI RN SE GO MS MT ES MG SP RJ PR RS

10,9

73,5 75,9

36,0

5,0

14,39,3

16,7

8,0

19,8

29,9

22,5

32,0

12,2

2,6

22,1

11,87,2

34,3

15,0

(CONAB, 2007. Adaptado)

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

– 15 –

MassaCaracterísticas

Principais Efeitos

de Ar regiões atingidas

Equatorial Quente Litoral Norte Formação deA) Atlântica e e chuvas e au-

(mEa) úmida Nordeste mento dos ventos

Equatorial QuenteInterior das Formação de

B) Continental eregiões Norte, ventos e diminui-

(mEc) secaCentro-Oeste ção da umidade

e Sul relativa do ar

Tropical QuenteFaixa litorânea Formação de

C) Atlântica edas regiões chuvas e dimi-

(mTa) úmidaNorte e nuição das tem-

Nordeste peraturas

Tropical Quente Sudeste, Sul, Aumento das D) Continental e parte do Nor- temperaturas e

(mTc) seca deste e Norte dos ventos

Polar FriaSudeste, Diminuição das

E) Atlântica eSul temperaturas e

(mPa) secae da umidade

Norte relativa do ar

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53. O Brasil ainda não conseguiu extinguir o trabalho em con-dições de escravidão, pois ainda existem muitos trabalha-dores nessa situação. Com relação a tal modalidade de ex-ploração do ser humano, analise as afirmações abaixo.

I. As relações entre os trabalhadores e seus empregadoresmarcam-se pela informalidade e pelas crescentes dívidasfeitas pelos trabalhadores nos armazéns dos empregado-res, aumentando a dependência financeira para com eles.

II. Geralmente, os trabalhadores são atraídos de regiões dis-tantes do local de trabalho, com a promessa de bons sa-lários, mas as situações de trabalho envolvem condiçõesinsalubres e extenuantes.

III. A persistência do trabalho escravo ou semi-escravo noBrasil, não obstante a legislação que o proíbe, explica-sepela intensa competitividade do mercado globalizado.

Está correto o que se afirma emA) I, somente. D) II e III, somente.B) II, somente. E) I, II e III.C) I e II, somente.

54. O comércio externo vem crescendo em três das sub-regiõesque formam o continente asiático. Observe:

Aponte a alternativa que interpreta de forma correta os da-dos apresentados:A) No Sudeste Asiático, a crescente participação do comér-

cio externo na formação do PIB foi impulsionada pelocrescimento das exportações dos Tigres Asiáticos.

B) Na Ásia Meridional, a participação do comércio externona formação do PIB é relativamente mais baixa que adas duas outras sub-regiões, mas o acelerado crescimen-to industrial da Índia na última década facilitou a amplia-ção das exportações regionais.

C) No Oriente Médio a crescente participação do comércioexterno na formação do PIB se associa à exploração dopetróleo, que serve de base para as exportações e im-pulsiona as importações.

D) A maior taxa de crescimento da participação do comér-cio na formação do PIB foi a da Ásia Meridional, já queela cresceu mais de 100% no período.

E) Todas as alternativas anteriores são corretas.

55. O investimento direto de capital estrangeiro (IDE) no setorde recursos minerais dos países subdesenvolvidos é bas-tante significativo, o que se explica exceto pela:A) vontade política dos países subdesenvolvidos em exer-

cer a sua soberania sobre as reservas minerais estratégi-cas de que dispõem em seus territórios.

B) inexistência ou carência de capitais e tecnologias de ex-ploração mineral nesses países.

C) necessidade dos países desenvolvidos de garantir o seuabastecimento mineral.

D) busca da consolidação do seu controle sobre o fluxo deprodução mineral no mundo, por parte das grandestransnacionais.

E) importância econômica dos minérios para o processo deexpansão industrial dos países desenvolvidos.

56. A ocorrência do El Niño provoca transformações climáticascom resultados quase sempre negativos e de repercussãomundial. O El Niño:A) provoca aumento na velocidade dos ventos, que ocorre

por razões ainda pouco conhecidas, sendo essa a suacausa principal.

B) determina quedas rápidas de temperaturas em áreastemperadas, o que diminui a produção agrícola dessasregiões.

C) é um fenômeno atmosférico, que se origina em mudan-ças de temperatura das águas oceânicas, mas que nãoafeta os transportes marítimos e a pesca.

D) provoca elevação sensível do índice de chuvas nas áreastradicionalmente muito secas, ao mesmo tempo em quediminui a incidência das chuvas tropicais sobre os ocea-nos.

E) afeta o fenômeno da ressurgência, que é a subida daságuas oceânicas mais profundas e frias para a superfí-cie, elevando-se a média térmica das águas superficiais.

57. Considerando o mapa da vegetação da África podemos re-lacionar as suas regiões (demarcadas por números) com osclimas, obtendo diversas relações de causa e efeito, exceto:

A) a vegetação da região 1, que ocupa os extremos norte esul do continente, se relaciona ao clima mediterrâneo erecebe os nomes de maquis ou garrigues.

B) a vegetação da região 2 no mapa, ocupando os desertosdo Saara e Calaari, se relaciona ao clima árido e recebeo nome de xerófita.

C) a vegetação da região 3 no mapa, ocupando as áreas demaior altitude da África, se relaciona ao clima tempera-do e recebe o nome de mata da araucária.

D) a vegetação da região 4 no mapa, ocupando o centro--norte e o centro-sul da África, se relaciona ao clima tro-pical e recebe o nome de savana.

E) a vegetação da região no mapa, ocupando a área centralafricana, se relaciona ao clima equatorial e recebe o no-me de floresta equatorial.

58. Leia o texto:

“O GIS, ou em português SIG (Sistema de Informações Geo-gráficas), combina informações geográficas com imagensde alta resolução produzidas por satélites. Usando essa tec-nologia uma empresa conseguiu a localização de todas ascasas que tinham piscina descoberta e passou a oferecerseus produtos diretamente aos usuários, mandando vende-dores de porta em porta”.

Adaptado de Eterna Vigilância — Ricardo Bonalume Neto, Folha de S.Paulo, 01/06/2003.

VEGETAÇÃO DA ÁFRICA

Trópico deCâncer

Equador

Trópico deCapricórnio

OceanoAtlântico

12

3

34

5

4

2

4

1

Fonte: BIRD e ONU 2009.

PARTICIPAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERNO NO PIB(em %)

01020304050607080

SudesteAsiático

ÁsiaMeridional

OrienteMédio

39

5564

2028

41

5967

73

1990

2000

2008

ANGLO VESTIBULARES

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Assinale a alternativa que se relaciona a esse assunto deforma correta: A) Para obter imagens que permitam a construção de ma-

pas com esse nível de detalhamento os satélites devemter órbitas muito baixas, o que torna perigoso o tráfegoaéreo comercial.

B) O Brasil produz imagens de satélites, mas o processa-mento dessas imagens necessita de tecnologia controla-da pelos Estados Unidos.

C) A tecnologia empregada para a produção de imagensdesse tipo é de uso exclusivo das forças armadas, o quedesmente a notícia.

D) O texto é absurdo, pois as imagens de satélites moder-nos não têm resolução tão elevada a ponto de permitir omapeamento de piscinas residenciais.

E) Os modernos satélites são capazes de produzir imagenscom resoluções menores que 1 metro, permitindo a cons-trução de mapas de elevado nível de detalhamento.

59. Observe os dados que comparam aspectos ligados à saúdeem países subdesenvolvidos e desenvolvidos:

Fonte: World Resources. A guide to the global environment. New York: 2004.

Com base nos dados apresentados e em seus conhecimen-tos geográficos, pode-se afirmar que:A) há uma nítida correlação entre o número de habitantes

por médico e a qualidade da saúde da população. B) nas sociedades mais pobres, onde a população rural é

normalmente numerosa, muitos nascimentos são feitosem condições precárias, contribuindo para a elevaçãodas taxas de mortalidade infantil.

C) as baixas taxas de mortalidade infantil são um excelenteindicador social da qualidade de vida de uma popula-ção.

D) qualquer um dos três aspectos sócio-econômicos acima,mesmo isoladamente, pode servir para indicar a quali-dade de vida da população.

E) todas as alternativas anteriores são corretas.

60. Segundo uma publicação recente da ONU, o Japão passarápor profundas transformações demográficas nas próximasdécadas, dentre as quais destacamos três:

Fonte: United Nations. Prospections 2008. New York: UN. 2009.

Com base nesses dados e nos conhecimentos sobre demo-grafia, indique a alternativa correta:A) A redução da população absoluta é explicada pela forte

emigração que esse país sofre e deverá crescer. B) A elevação da parcela de idosos é explicada pela forte

imigração que o país recebe.C) A elevação da expectativa de vida se explica pela queda

da taxa de natalidade e pela crescente urbanização. D) As previsões da ONU não são confiáveis, pois se baseiam

em dados antigos e não levam em conta as perspectivaseconômicas futuras.

E) A queda da taxa de natalidade será o principal fator res-ponsável pela redução da população absoluta e eleva-ção da parcela de idosos.

BIOLOGIA

61. (UNESP) — Num determinado vegetal, as sementes podemser amarelas (gene dominante) ou verdes (gene recessivo).As sementes, além disso, podem ser arredondadas (gene do-minante) ou enrugadas (gene recessivo). Um geneticista rea-liza um cruzamento entre uma planta duplo-heterozigota eoutra bi-recessiva. Obtém como resultado plantas que pro-duziram, no conjunto:

290 sementes amarelas e redondas310 sementes verdes e enrugadas292 sementes amarelas e enrugadas308 sementes verdes e redondas

Em função desses resultados, qual das alternativas abaixorepresenta uma conclusão a que o geneticista poderia terchegado?A) os genes para cor e forma, nesta espécie de vegetal, se

localizam em cromossomos diferentes.B) a segregação entre os genes para amarelo e para arre-

dondada é independente, o que não ocorre entre os ge-nes para verde e para enrugado.

C) os loci para a cor da semente e sua forma distam de 48unidades de recombinação.

D) se o cruzamento tivesse sido realizado entre dois hetero-zigotos, a proporção fenotípica obtida teria sido de1:1:1:1.

E) a porcentagem de recombinação entre os genes para core para forma foi de 24%.

62. Num experimento de laboratório, duas amostras de deter-minado microrganismo, anaeróbio facultativo, foram colo-cadas por duas horas em dois tubos com a mesma concen-tração de glicose. No entanto, no tubo A, a taxa de oxigêniofoi mantida alta, enquanto que no tubo B as condiçõeseram de anaerobiose total. Admita ainda, para responder àquestão, que tanto num caso quanto no outro, os micror-ganismos conseguiram obter do meio, ao final do experi-mento, a mesma quantidade de energia para seu metabo-lismo.Uma análise da concentração de glicose no tubo A e notubo B revelará, assim:A) a mesma concentração nos dois tubos, porém mais bai-

xa do que no início do experimento;B) a mesma concentração nos dois tubos, igual à do início

do experimento;C) ausência de glicose no tubo A e sua presença no B, po-

rém em concentração mais baixa do que no início do ex-perimento;

D) maior concentração de glicose no tubo A do que no B,porém em ambos a concentração era mais baixa do queno início do experimento;

E) concentração mais baixa de glicose no tubo A, e concen-tração inalterada no tubo B.

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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Número de Porcentagem Taxa de

Países habitantes por de partos em mortalidade

médico hospitais infantil (por mil)

Espanha 168 98 4

Noruega 297 100 3

Dinamarca 303 100 2

Angola 22.680 64 132

Chad 29.045 27 123

Niger 46.780 56 119

PREVISÃO DE EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO JAPONESA

2000 2050

População Absoluta (em milhões) 127 88

População acima de 60 anos (em %) 23 42

Expectativa de vida média (em anos) 81 90

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63. (UNESP/2008) —

UM OVO = UMA DOSE DE VACINA CONTRA A GRIPE.

O ovo de galinha é a principal matéria-prima da nova fábri-ca de vacinas contra gripe do Instituto Butantan, inaugura-da na quinta (26) na Avenida Brasil. … O vírus da doença éinjetado no ovo … . Depois de uma semana, o microrganis-mo está formado … . O vírus passa por outros processosindustriais e vira vacina mais tarde.

(Veja São Paulo, 02.05.2007.)

Considerando-se as condições necessárias à replicação dosvírus, pode-se dizer que o Instituto Butantan utiliza ovos

A) não fertilizados, nos quais não há um embrião que pos-sa apresentar reação imunológica à presença do vírus,impedindo sua replicação.

B) não fertilizados, os quais mantêm um ambiente internoestéril propício à replicação viral e protegido pela cascado ovo, que impede eventual contaminação bacteriana.

C) fertilizados, que contêm um embrião, de cujas células osvírus podem se utilizar para sua replicação.

D) fertilizados ou não fertilizados, nos quais os vírus se uti-lizam do vitelo da gema e das proteínas da clara para ob-terem os nutrientes necessários à sua replicação.

E) fertilizados ou não fertilizados pois, nas duas situações,haverá a presença de um núcleo celular, no qual os ví-rus realizam sua replicação.

64. (UNESP/2008) — A figura reproduz um experimento em queuma planta colocada em um vaso transparente recebe luzlateralmente, no caule e nas raízes, conforme indicam as se-tas. Após alguns dias, o caule apresenta-se voltado para afonte de luz e as raízes encontram-se orientadas em sentidooposto. Isso se deve à ação das auxinas, hormônio vegetalque atua no controle do crescimento de caules e raízes, pro-movendo o alongamento das células.

Podemos afirmar corretamente que, no caule, as auxinaspromoveram o crescimento do lado

A) não iluminado da planta, enquanto nas raízes promove-ram o crescimento do lado iluminado. A inclinação docaule e da raiz deve-se à maior concentração de auxinano lado não iluminado da planta.

B) iluminado da planta, enquanto nas raízes promoveram ocrescimento do lado não iluminado. A inclinação do cau-le e da raiz deve-se à maior concentração de auxina nolado iluminado da planta.

C) não iluminado da planta, assim como o fizeram nas raí-zes. A inclinação do caule e da raiz deve-se à maior con-centração de auxina no lado iluminado da planta.

D) iluminado da planta, assim como o fizeram nas raízes. Ainclinação do caule e da raiz deve-se à maior concen-tração de auxina no lado iluminado da planta.

E) não iluminado da planta, enquanto nas raízes promove-ram o crescimento do lado iluminado. A inclinação docaule deve-se à maior concentração de auxina no ladoiluminado, enquanto a inclinação da raiz deve-se à mai-or concentração de auxina no lado não iluminado.

65. (UNESP/2008) — João e Antônio apresentaram-se como vo-luntários para o experimento de um nutricionista. João, de-pois de passar um dia em jejum, foi alimentado com 500gde milho cozido. Antônio, também depois de jejuar, foi ali-mentado com 500g da carne de um frango que cresceu ali-mentado apenas com milho. Com relação à transferênciade energia ao longo da cadeia alimentar, pode-se dizer que,no experimento,A) a quantidade de energia obtida por Antônio foi igual àque-

la necessária para a formação de 500g de carne de frango.B) a quantidade de energia obtida por João foi igual àquela

necessária para a formação de 500g de milho.C) João e Antônio receberam a mesma quantidade de ener-

gia, igual àquela necessária para a formação de 500g demilho.

D) João e Antônio receberam mais energia que aquela neces-sária para a formação de 500g de milho.

E) João e Antônio receberam menos energia que aquela ne-cessária para a formação de 500g de milho.

66. (UNESP-julho/2006) — No homem, o processo químico dadigestão pode ser dividido em três etapas: insalivação, queocorre na boca; quimificação, que ocorre no estômago; qui-lificação, que ocorre no intestino.Em cada uma dessas etapas, enzimas específicas atuam aum determinado pH ótimo. O pH ótimo em cada uma des-sas etapas é, respectivamente,A) 2, 7 e 8.B) 7, 2 e 8.C) 7, 8 e 2.D) 8, 7 e 2.E) 8, 2 e 7.

67. Os gráficos abaixo apresentam as variações das temperatu-ras do ambiente e de uma flor de lótus (Nelumbo nucifera)e o consumo de oxigênio da flor ao longo de dois dias.

Os dados apresentados permitem deduzir queA) a flor se assemelha a um organismo ectotérmico, com

relação à manutenção da temperatura.B) o consumo noturno de oxigênio é menor do que o diur-

no, porque durante a noite a planta não faz fotossíntese.

FLOR

AR

50

40

30

20

10

Tem

per

atu

ra (

ºC)

4

3

2

1

012 0 12 0 12

FLOR

Co

nsu

mo

de

oxig

ênio

(mL/

min

)

Horas do dia

(Adaptado de Seymour. R.S. ScientificAmerican, março/97. p. 90-5.)

Fontedeluz

ANGLO VESTIBULARES

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C) o consumo de oxigênio independe da temperatura doar.

D) a flor se assemelha a um organismo endotérmico, comrelação à manutenção da temperatura.

E) quanto menor a temperatura ambiente, menor é o me-tabolismo da flor e, portanto, menor o consumo de oxi-gênio.

68. (UNESP) — Leia o texto a seguir, retirado de um artigo dojornal O Estado de São Paulo: “O grande temor da carne deporco nasce, historicamente, da cisticercose. Fuçando emmeio à sujeira, o animal acabava ingerindo fezes humanas,contaminadas com parasita. Os ovos da lombriga (Taeniasolium), em codições excepcionais, podem migrar para acarne do porco e, ingeridos por humanos, se encravar nosmúsculos e, inclusive, no cérebro. Ao eclodirem causam de-mência e morte. É raríssimo, mas terrível.”

(“Chorume suíno”, por Xico Graziano — O Estado de São Paulo,página A2, edição de 29/01/2008)

Ao discorrer sobre a cisticercose, o autor do artigo acimaincorreu em vários erros. Assinale a alternativa que apontacorretamente um desses erros:A) “… fuçando em meio à sujeira …”B) “… fezes humanas contaminadas com o parasita …”C) “… os ovos da lombriga …”D) “… carne do porco e, ingeridos por humanos …”E) “… nos músculos e, inclusive, no cérebro …”

QUÍMICA

69. (UNESP-julho/2009) — A maior disponibilidade dos alimen-tos, em especial os industrializados, resultou no aumentoda incidência da obesidade, tanto em crianças como emadultos. Em função disso, tem-se tornado comum a procurapelas denominadas dietas milagrosas que, em geral, ofere-cem grande risco à saúde. Também têm sido desenvolvi-dos diversos medicamentos para o emagrecimento commenores tempo e esforços. Uma das substâncias desenvol-vidas com essa finalidade é a sibutramina, comercializadacom diversas denominações e cuja fórmula estrutural éapresentada a seguir:

Com base na fórmula estrutural da sibutramina, é correto

afirmar que apresentaA) a função amina primária.B) apenas anéis alifáticos.C) apenas anéis aromáticos.D) isomeria geométrica.E) um átomo de carbono quiral.

70. (UNESP-julho/2009) — O petróleo é um dos principais cons-tituintes da matriz energética de todos os países do mundo.A gasolina é a denominação de uma fração extraída do pe-tróleo, constituída principalmente por hidrocarbonetos cu-jas moléculas apresentam 8 átomos de carbono e que po-dem conter, entre outros, os seguintes hidrocarbonetos:

I. n-octano — CH3(CH2)6CH3 , teb(I);II. 2,2,4-trimetilpentano — CH3C(CH3)2CH2CH(CH3)CH3 , teb(II);

III. 2-metileptano — CH3CH(CH3)(CH2)4CH3 , teb(III),

onde, teb(I), teb(II) e teb(III) são, respectivamente, as tempera-turas de ebulição dos hidrocarbonetos (I), (II) e (III).

Em relação aos hidrocarbonetos citados, é correto afirmar queA) podem ser formadas ligações de hidrogênio entre suas

moléculas.B) todos são formados por moléculas polares.C) todos apresentam o mesmo ponto de ebulição.D) seus pontos de ebulição obedecem à relação

teb(II) teb(III) teb(I).E) seus pontos de ebulição obedecem à relação

teb(I) teb(II) = teb(III).

71. (UNESP-julho/2009) — Há várias décadas, o ferro apresentagrande demanda em função de sua utilização nas indústriascomo, por exemplo, na automobilística. Uma das principaismatérias-primas utilizadas para a sua obtenção é um miné-rio cujo teor em Fe2O3 (hematita) é de cerca de 80%. O ferrometálico é obtido pela redução do Fe2O3 em alto-forno. Da-das as massas molares para o oxigênio (16g/mol), o ferro(56g/mol) e a hematita (160g/mol), e considerando-se que areação de redução apresente um rendimento de 100%, aquantidade, em toneladas, de ferro metálico que será obti-da a partir de 5 toneladas desse minério é igual aA) 2,8.B) 3,5.C) 4,0.D) 5,6.E) 8,0.

72. (UNESP-julho/2009) — No gráfico, encontra-se representa-da a curva de solubilidade do nitrato de potássio (em gra-mas de soluto por 1000g de água).

Para a obtenção de solução saturada contendo 200g de ni-trato de potássio em 500g de água, a solução deve estar auma temperatura, aproximadamente, igual aA) 12ºC.B) 17ºC.C) 22ºC.D) 27ºC.E) 32ºC.

73. (UNESP-julho/2009) — A indústria de fertilizantes químicos,para a obtenção dos compostos nitrogenados, utiliza o gásamônia (NH3) que pode ser sintetizado pela hidrogenaçãodo nitrogênio, segundo a equação química:

N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)

K = 1,67 ⋅ 10–3mol–2 ⋅ L2

Num procedimento de síntese, no sistema, em equilíbrio,as concentrações de N2(g) e de H2(g) são, respectivamente,iguais a 2,0mol ⋅ L–1 e 3,0mol ⋅ L–1. Nessas condições, a con-centração de NH3(g), em mol ⋅ L–1, será igual a

A) 0,30.B) 0,50.C) 0,80.D) 1,00.E) 1,30.

600

500

400

300

200

100

0 10 20 30 40Temperatura, ºC

So

lub

ilid

ade,

g/1

000

g H

2O

Cl —

N

sibutramina

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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74. (UNESP-julho/2009) — A China, sede das Olimpíadas de 2008,foi o berço de muitas invenções e descobertas de grandeimpacto para a humanidade, como o papel, a bússola e apólvora, entre outras. O uso bélico da pólvora implica aadequação da velocidade de sua queima ao tipo de arma aque se destina. Considerando-se a reação química da quei-ma da pólvora, representada pela equação:

4KNO3(s) + 7C(s) + S(s) → 3CO2(g) + 3CO(g) + 2N2(g) + K2CO3(s) + K2S(s)

identifique a alternativa que corresponde à melhor opçãopara aumentar a velocidade da explosão da pólvora.A) Promover a reação sob atmosfera de N2.B) Utilizar pólvora previamente refrigerada.C) Utilizar pólvora finamente pulverizada.D) Utilizar excesso de carvão.E) Usar uma solução supersaturada de pólvora.

75. (UFRGS/2008) — Considere a seguinte seqüência de rea-ções de formação dos compostos X, Y e Z.

As substâncias representadas por X, Y e Z são, respectiva-mente,

A) Ca(OH)2, Ca2S e CaCl.B) CaO2, CaS2 e CaCl2.C) CaOH, CaS e CaCl.D) CaO2, Ca2S e Ca2Cl.E) Ca(OH)2, CaS e CaCl2.

FÍSICA

76. Uma experiência simples, realizada com a participação deduas pessoas, permite medir o tempo de reação de um in-divíduo. Para isso, uma delas segura uma régua de madei-ra, de 1m de comprimento, por uma de suas extremidades,mantendo-a pendente na direção vertical. Em seguida pedeao colega para colocar os dedos em torno da régua, semtocá-la, próximos da marca correspondente a 50cm, e o ins-trui para agarrá-la tão logo perceba que foi solta.Em uma dessas experiências, um estudante agarrou a régua,depois dela ser solta, na marca 30cm. Adotando g = 10m/s2, otempo de reação desse estudante é:A) 0,1sB) 0,2sC) 0,3sD) 0,4sE) 0,5s

77. A quantidade máxima de carga elétrica a ser acumuladanuma bateria de automóvel de 12V é indicada na própriabateria. Por exemplo, uma bateria que tem indicada 60Ahacumula 60 ⋅ 3600 coulombs de carga elétrica. Para consu-mir esta carga elétrica é necessário que a bateria alimenteum circuito elétrico. Se as lâmpadas de um automóvel con-somem no conjunto a potência de 180W, quanto tempo du-raria a bateria num automóvel comum, em horas, sem re-carga?A) 6 B) 4 C) 3 D) 2 E) 5

Rascunho:

+H2S +HCl

H2SCaO

ZYXH2O

ANGLO VESTIBULARES

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78. Antônio, um estudante de Física ainda jovem, gostava dedirigir seu automóvel em alta velocidade até que um dia seacidentou e tomou juízo. O acidente ocorreu porque no ca-minho para a Universidade há na estrada uma lombada na-tural de perfil praticamente circular. Antônio ao passar poressa lombada, decolou e ao cair de volta à estrada perdeu ocontrole do carro que capotou. Observando o perfil da es-trada apresentado a seguir e supondo que o ponto de des-colamento da pista tenha sido muito próximo do ponto Pda figura, a alternativa que indica a menor velocidade deAntônio com a qual poderia sofrer o acidente é:

A) 80km/hB) 90km/hC) 100km/hD) 120km/hE) 200km/h

79. Uma bateria B, de força eletromotriz E = 12V e resistênciainterna r = 1,0, é conectada a um circuito elétrico que con-tém um resistor de resistência R = 3,0 e uma chave S. Como resistor R imerso em 240g de água, a chave S é ligada.Considere que não há dissipação de energia nos fios de li-gação e que a energia liberada no resistor é utilizada inte-gralmente para aquecer a água. Dados: calor específico da água = 1,0cal/g°C; 1,0J = 0,24cal

Assinale a alternativa que indica a variação da temperaturada água após 10min de funcionamento.A) 16,2°CB) 67,5°CC) 55,5°CD) 50,5°CE) 32,5°C

80. O Prius é um automóvel da Toyota que apresenta algumasinovações técnicas tais como a presença de um motor elé-trico além do motor a combustão interna que podem traba-lhar individualmente ou em conjunto conforme as necessi-dades. Uma outra inovação é o freio regenerativo. O siste-ma é tal que durante uma brecada, parte da energia cinéti-ca que seria dissipada em energia térmica é convertida porum gerador em energia elétrica que por sua vez é acumula-da na bateria. Suponha que um automóvel Prius (1200kgde massa) que estava a 20m/s teve sua velocidade reduzidaà metade e que o freio regenerativo foi acionado. Mesmoassim, 54% da energia cinética foi desperdiçada, quantaenergia foi acumulada na bateria?A) 82,8JB) 79,2kJC) 72,9JD) 82,8kJE) 79,2J

Rascunho:

S

R

E r

P

R = 90m

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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81. Ronaldo e Douglas se propõem a construir cada um delesuma câmera fotográfica simples, usando uma lente conver-gente como objetiva e colocando-a numa caixa fechada demodo que o filme inicialmente esteja no plano focal da len-te. Ronaldo utilizou uma lente de distância focal igual a 4,0cme Douglas uma lente de distância focal igual a 10,0cm. Am-bos foram testar suas câmeras fotografando um objeto si-tuado a 20,0cm de distância das respectivas lentes.Para essa situação, são feitas três afirmações.

I. Para que a máquina de Ronaldo forme uma imagem ní-tida sobre o filme, a lente de sua máquina deve ser afas-tada 1cm em relação ao filme, comparativamente à situa-ção inicial.

II. Para que a máquina de Douglas forme uma imagem níti-da sobre o filme, a lente de sua máquina deve ser afas-tada 10cm em relação ao filme, comparativamente à si-tuação inicial.

III. Se as lentes permanecerem na mesma posição inicial, aimagem formada no filme da câmera do Ronaldo é “me-nos borrada”, comparativamente àquela formada pela câ-mera de Douglas.

Com relação a essas afirmações, é (são) correta(s):

A) Apenas I.B) Apenas II.C) Somente I e II.D) Somente II e III.E) Todas.

82. A fim de determinar o calor específico de certa substância,Jorge Henrique montou um experimento. Colocou 0,4kg dasubstância no interior de um calorímetro, de capacidadetérmica 80J/ºC, constituído por um recipiente isolante tér-mico, ao qual estão acoplados um termômetro e um resis-tor elétrico de resistência elétrica constante e igual a 5Ω.Esperou que ambos estivessem em equilíbrio térmico e li-gou os terminais do resistor a uma fonte de tensão constantee igual a 20V.

A partir da leitura do termômetro, Jorge Henrique construiuo gráfico da temperatura T do conjunto substância/caloríme-tro em função do tempo t, mostrado na figura adiante.

O tempo t é medido a partir do instante em que a fonte quealimenta o resistor é ligada.

Considerando que toda energia térmica dissipada pelo re-sistor seja absorvida pelo calorímetro e pela substância, ocalor específico da substância em J/kg ⋅ ºC é:

A) 1200B) 2400C) 3600D) 4200E) 4800

Rascunho:

termômetro

calo

rím

etro

V

80

60

40

20

0 500 1000 t(s)

T(ºC)

ANGLO VESTIBULARES

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MATEMÁTICA

83. (UNESP/2009) — Numa campanha de preservação do meioambiente, uma prefeitura dá descontos na conta de águaem troca de latas de alumínio e garrafas de plástico (PET)arrecadadas. Para um quilograma de alumínio, o descontoé de R$2,90 na conta de água; para um quilograma de plás-tico, o abatimento é de R$0,17. Uma família obteve R$16,20de desconto na conta de água com a troca de alumínio egarrafas plásticas. Se a quantidade (em quilogramas) de plástico que a famíliaentregou foi o dobro da quantidade de alumínio, a quanti-dade de plástico, em quilogramas, que essa família entre-gou na campanha foiA) 5.B) 6.C) 8.D) 9.E) 10.

84. (UNESP-julho/2008) — Foi realizada uma eleição entre oscandidatos João e José. Deu-se início à apuração e, numdeterminado momento, quando já havia sido apurada aquantidade x dos votos, em porcentagem, o resultado par-cial era de 80% dos votos para José e 20% dos votos paraJoão. O valor máximo que x pode assumir de forma queJosé ainda não tenha assegurada a sua vitória éA) 80%.B) 62,5%.C) 52,5%.D) 40%.E) 36%.

85. (UNESP) — Um certo tipo de código usa apenas dois sím-bolos, o número zero (0) e o número um (1) e, consideran-do esses símbolos como letras, podem-se formar palavras.Por exemplo: 0, 01, 00, 001 e 110 são algumas palavras deuma, duas e três letras desse código.O número máximo de palavras, com cinco letras ou menos,que podem ser formadas com esse código é:A) 120B) 62C) 60D) 20E) 10

86. A projeção da quantidade a ser vendida de determinadoproduto para os próximos dois anos pode ser aproximada

pela equação Q(t) = 64 + 36 ⋅ sen , t em meses,

sendo t = 0 este mês em que estamos.

O conjunto de todos os valores de t, com t ∈ [0, 8], nosquais a quantidade vendida será igual a 100 unidades é:A) 2B) 0, 4, 8C) 4, 8D) 2, 8E) 4, 6

87. (UNESP/2009) — O altímetro dos aviões é um instrumentoque mede a pressão atmosférica e transforma esse resulta-do em altitude. Suponha que a altitude h acima do nível domar, em quilômetros, detectada pelo altímetro de um aviãoseja dada, em função da pressão atmosférica p, em atm, por

h(p) = 20 ⋅ log10 .

Num determinado instante, a pressão atmosférica medidapelo altímetro era 0,4atm. Considerando a aproximaçãolog102 = 0,3, a altitude h do avião nesse instante, em quilô-metros, era deA) 5.B) 8.C) 9.D) 11.E) 12.

88. A figura mostra um triângulo equilátero ABC e um ponto Pque dista 2cm do lado BC

——.

Se a área da região sombreada é 8√__3cm2, o perímetro do

triângulo ABC éA) 12cmB) 6√

__3cm

C) 12√__3cm

D) 6cmE) 18cm

89. Considere os pontos A(4, 5), B(–1, 1) e C(a, 0). Para que otriângulo ABC seja isósceles com base BC

——, o valor de a po-

derá serA) 0 ou 8B) 2 ou –2C) 1 ou 3D) √

__2 ou –√

__2

E) √__2 ou –1

90. No sistema cartesiano, o ponto da circunferência

x2 + y2 – 4x – 8y + 11 = 0

mais próximo do eixo das abscissas éA) (–2, 1)B) (–2, 3)C) (2, 0)D) (2, 1)E) (2, 4)

A

B C

P

1p

π ⋅ t4

PROVA DE CONHECIMENTOS GERAISUNESP — 09/2009

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