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    SINAPISISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E NDICES DA CONSTRUO CIVIL

    Verso: 005

    Vigncia: 06/2014

    ltima Atualizao: 05/2015

    MANUAL DE METODOLOGIAS

    E CONCEITOS

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    SINAPI - Manual de Metodologias e Conceitos

    CAIXA ECONMICA FEDERAL

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    SUMRIO - MANUAL DE METODOLOGIAS E CONCEITOS

    1. Apresentao.....................................................................................................................041.1.Histrico do SINAPI ....................................................................................................041.2.Engenharia de Custos e a Elaborao de Oramentos ..............................................06

    1.2.1. Oramentos ....................................................................................................061.3.Formao de Preo ....................................................................................................101.4.O SINAPI e a Formao de Preos Referenciais..........................................................121.5.O Papel do Oramentista ...........................................................................................14

    2. Conceitos Bsicos .............................................................................................................162.1.Insumos ......................................................................................................................162.2.Composies Unitrias de Servios ............................................................................16

    3. Metodologias e Conceitos do SINAPI ................................................................................18

    3.1.Insumos ......................................................................................................................183.1.1. Responsabilidades ...........................................................................................183.1.2. Coleta de Preos ..............................................................................................193.1.3. Manuteno dos Insumos................................................................................22

    3.2.Composies ..............................................................................................................233.2.1. Aferio ...........................................................................................................233.2.2. rvores de Fatores ..........................................................................................253.2.3. Cadernos Tcnicos ..........................................................................................273.2.4. Caractersticas e Condicionantes de Uso ........................................................273.2.5. Classificao ....................................................................................................29

    3.2.6. Codificao ......................................................................................................393.2.7. Nomenclatura e Situao.................................................................................41

    4. Recursos ............................................................................................................................445. Bibliografia ........................................................................................................................466. Anexos ...............................................................................................................................46

    Anexo I - Aferio ........................................................................................................47Anexo II - Custos Horrios de Equipamentos ..............................................................56Anexo III - Encargos Sociais .........................................................................................79Anexo IV - Encargos Sociais Complementares ..........................................................108

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    1. APRESENTAO

    Este Manual do SINAPI rene em uma publicao metodologias e conceitos gerais

    utilizados para a construo do sistema de referncia, bem como detalha de forma

    especfica aspectos anteriormente apresentados em documentos distintos (Custos Horrios

    de Equipamentos, Encargos Sociais e Encargos Sociais Complementares).

    O conhecimento do contedo aqui apresentado fundamental para a utilizao

    adequada das referncias do sistema.

    Este documento est disponvel na internet, sempre em sua verso mais atual noendereo (www.caixa.gov.br/sinapi).

    1.1 Histrico do SINAPI

    O Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e ndices da Construo Civil, mais

    conhecido como SINAPI, foi implementado em 1969, pelo BNH - Banco Nacional de

    Habitao, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, o IBGE.

    Inicialmente criado para fornecer informaes sobre custos e ndices da construo

    civil habitacional, o SINAPI foi adotado pela CAIXA em 1986, aps a extino do BNH. A partir

    da, tornou-se um sistema corporativo, utilizado como referncia de custos e ndices para

    obras habitacionais no Brasil.

    Em 1994, o Conselho Curador do FGTS publica a Resoluo 161, que estabeleceu

    CAIXA a uniformizao dos procedimentos de anlises de engenharia e a implantao de um

    sistema nacional de acompanhamento de custos. Este sistema de custos deveria abranger,alm de edificaes, obras de saneamento e infraestrutura urbana.

    Assim, o SINAPI foi ampliado, com a incluso de bancos de referncias de custos

    advindos de outras instituies pblicas e passou a ser utilizado como balizador no apenas

    para empreendimentos habitacionais, mas para outros empreendimentos financiados com

    recursos do fundo.

    No ano de 2003, a Lei de Diretrizes Oramentrias inclui os preos do SINAPI como

    balizador para servios contratados com recursos do Oramento Geral da Unio.

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    At a edio para 2013, a determinao foi mantida nas sucessivas edies da Lei,

    com pequenas alteraes. No ano de 2013, o tema foi suprimido da LDO para 2014 e passou

    a ser tratado pelo Decreto Presidencial N 7983/2013, que estabelece regras e critrios para

    elaborao do oramento de referncia de obras e servios de engenharia, contratados e

    executados com recursos dos oramentos da Unio, e d outras providncias.

    Indicando o SINAPI como a principal referncia de custos para obras urbanas, o

    decreto visa a dar carter permanente ao regramento de oramentao, reduzindo assim a

    sua dependncia s definies da LDO, que variavam conforme suas verses anuais.

    Em 2009, a CAIXA passa a publicar na internet os servios e custos do Banco

    Referencial, base de composies concebida a partir da consolidao de todos os bancos do

    SINAPI. O Banco Referencial torna-se ento a principal fonte de consulta pblica de custos

    da construo civil.

    No ano de 2013, iniciado na CAIXA o processo de aferio das composies do

    Banco Referencial do SINAPI.

    Este processo traz como resultado maior transparncia e preciso nos conceitos e

    indicadores de cada servio. Alm disso, vai atualizar as referncias existentes para

    acompanhar a evoluo das tcnicas e processos da construo civil (Figura 1).

    Figura 1: Histrico do Desenvolvimento do SINAPI

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    1.2 Engenharia de Custos e a Elaborao de Oramentos

    A Engenharia de Custos o ramo da engenharia que apresenta tcnicas para o

    estudo de custos de uma obra ou empreendimento, a formao do preo dessas

    intervenes e o controle destes custos durante sua execuo.

    A oramentao, uma das atividades inerentes ao profissional dessa rea, consiste na

    estimativa de custos antes que se transformem em despesas, sendo necessrio, aps isso,

    acompanh-los e gerenci-los medida que ocorrem. Atua tambm, na concepo do

    empreendimento, ao verificar sua viabilidade tcnico-econmica ou, ao realizar a anlise,

    diagnstica e prognstica, referencia ao aspecto financeiro almejado. Conforme definio daAmerican Association of Cost Engineering AACE, organizao de reconhecimento

    internacional no setor, a Engenharia de Custos pode ser definida como a rea da prtica da

    engenharia em que o julgamento e a experincia so utilizados na aplicao de tcnicas e

    princpios cientficos para o problema da estimativa de custo, controle do custo e

    lucratividade.

    1.2.1 Oramentos

    1.2.1.1Definio

    a identificao, descrio, quantificao, anlise e valorao de mo de obra,

    equipamentos, materiais, custos financeiros, impostos, riscos e margem de lucro desejada

    para adequada previso do preo final de um empreendimento. Conforme Baeta (2012), a

    previso de custos, considerada a remunerao do construtor, para a oferta de um preo,

    onde:

    a) Custo tudo aquilo que onera o construtor; representa todo o gasto envolvido na

    produo, ou seja, todos os insumos da obra, assim como toda a infraestrutura

    necessria para a produo;

    b) Preo o valor final pago ao contratado pelo contratante; o custo acrescido do

    lucro e despesas indiretas.

    1.2.1.2Atributos

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    Conforme Mattos (2006), um oramento de obras apresenta as seguintes caractersticas e

    propriedades.

    Aproximao

    Todo oramento aproximado, baseado em previses e estimativas. No se deve

    esperar que seja exato, porm, necessita ser preciso.

    Especificidade

    Todo oramento especfico e decorrente de caractersticas particulares como o

    porte da empresa apta a realizar a obra, s condies locais (clima, relevo, vegetao,

    condies do solo, qualidade da mo de obra, facilidade de acesso a matrias-primas etc.).

    Temporalidade

    O oramento representa a projeo dos recursos necessrios para a produo de

    uma obra num dado momento. Apesar da possibilidade de reajuste por ndices, existem

    flutuaes de preos individuais dos insumos, alteraes tributrias, evoluo dos mtodos

    construtivos, bem como diferentes cenrios financeiros e gerenciais. Deste modo, o

    oramento outrora realizado no vlido para momento e condies distintas daquelas

    consideradas.

    1.2.1.3Classificao por Grau de Detalhamento ou Preciso

    Segundo Baeta (2012), um oramento de obras pode ser classificado conforme seu grau de

    detalhamento ou preciso.

    Estimativa de Custo

    Avaliao expedita com base em custos histricos e comparao com projetos

    similares. Pode-se, inclusive, adotar ndices especficos conhecidos no mercado, como o CUB

    (NBR 12.721/06), ou o custo por MW de potncia instalada ou ainda, o custo por km de

    rodovia construda. Utilizada nas etapas iniciais do empreendimento, para avaliar a

    viabilidade econmica do projeto bsico e viabilidade da obra. o oramento utilizado na

    fase de Estudo Preliminar.

    Oramento Preliminar

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    Mais detalhado do que a estimativa de custos, pressupe o levantamento de

    quantidades dos servios mais expressivos e requer pesquisa de preos dos principais

    insumos. Seu grau de incerteza menor que o da estimativa de custos.

    Oramento Discriminado ou Detalhado

    Elaborado com composies de custos e extensa pesquisa de preos dos insumos.

    Procura chegar a um valor bem prximo do custo real, com reduzida margem de incerteza.

    Feito a partir de especificaes detalhadas e composies de custo especficas. Depende da

    existncia de projetos detalhados e especificaes em nvel suficiente para o levantamento

    preciso de quantitativos e para o entendimento da logstica de apoio necessria produo.

    1.2.1.4Classificao por Finalidade

    Gerenciais

    Servem para amparar decises gerenciais sobre o que se planeja executar, em

    determinada poca e local. So baseados nos estudos tcnicos preliminares elaborados nas

    fases iniciais do projeto da obra.

    Contratuais

    Amparam as aes de execuo de empreendimentos ou obras de construo.

    Podem ser balizados no anteprojeto, projeto bsico, executivo ou no as built e elaborados

    aps deciso gerencial inicial. Devem ser documentos suficientes para embasar a efetiva

    execuo e necessitam estar associados a critrios de medio, cadernos de encargos ou

    especificaes construtivas. Existem dois tipos:

    a) Contratuais de Referncia o oramento com base em referncias que espelhem a tendncia de mercado

    quanto a ndices de consumo de materiais, perdas, produtividade de mo de obra e preos

    de mercado.

    b) Contratuais Executivos

    aquele que considera as reais possibilidades das unidades produtivas da empresa

    ou de seus fornecedores, onde a tendncia de mercado ajustada por ndices

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    individualizados de consumo de materiais, perdas, produtividade de mo de obra e preos

    de mercado, ou seja, deve ter maior preciso e detalhamento dos servios pretendidos.

    Periciais ou de Auditoria

    Embasam decises sobre pendncias ou solucionam dvidas a respeito dos gastos

    necessrios para a execuo do empreendimento ou obra de construo. Esse tipo de

    oramento tende a mesclar mtodos de oramento e tcnicas de amostragem.

    1.2.1.5Classificao pela Apresentao de Informaes

    Sinttico

    Apresenta os custos de uma obra agrupando servios por macro itens ou por etapas

    (infraestrutura, superestrutura, vedaes, canteiro, etc.).

    Analtico

    Apresenta viso detalhada de macro itens ou etapas ao detalhar quantitativos e

    custos unitrios de cada servio a ser executado, alm das parcelas referentes aos custos

    indiretos.

    1.2.1.6Estrutura

    Custos Diretos

    Resultado da soma de todos os custos dos servios necessrios para a execuo fsica

    da obra, obtidos pelo produto das quantidades de insumos empregados nos servios,

    associados s respectivas unidades e coeficientes de consumo, pelos seus respectivos preos

    de mercado. Nestes custos esto os materiais, mo de obraacrescida dos Encargos Sociais

    cabveis, equipamentos e os Encargos Complementares: EPIs, transporte, alimentao,

    ferramentas, exames mdicos obrigatrios e seguros de vida em grupo.

    Custos Indiretos

    Custo da logstica, infraestrutura e gesto necessria para a realizao da obra.

    Corresponde soma dos custos dos servios auxiliares e de apoio obra, para possibilitar a

    sua execuo. Englobam os custos previstos para a Administrao Local, Mobilizao e

    Desmobilizao Canteiro e Acampamento e Seguros. Exemplo desses custos: remunerao

    da equipe de administrao e gesto tcnica da obra (engenheiros, mestres de obra,

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    encarregados, almoxarifes, apontadores, secretrias etc.); equipamentos no considerados

    nas composies de custos de servios especficos (gruas, cremalheiras, etc.); custos com a

    manuteno do canteiro (gua, energia, internet, suprimentos de informtica e papelaria);

    mobilizao e desmobilizao de ativos considerando seus locais de origem e a localizao

    da obra; dentre outros.

    Despesas Indiretas

    So despesas decorrentes da atividade empresarial que incidem de forma percentual

    sobre os custos da obra. Trata-se de recursos destinados ao pagamento de tributos; ao

    rateio dos custos da administrao central; remunerao ao construtor pela assuno de

    riscos do empreendimento; e compensao de despesas financeiras ocasionadas pelo

    intervalo decorrido entre gasto, medio e recebimento.

    Lucro ou Bonificao

    a parcela destinada remunerao da empresa pelo desenvolvimento de sua

    atividade econmica. Em conjunto com as Despesas Indiretas formam o BDI (LDI).

    1.3 Formao do Preo

    Para entender o processo de formao de preo de uma obra e a composio e

    aplicao do BDI Bonificao e Despesas Indiretas - nos oramentos, necessrio

    compreender a diferena entre custo, despesa e preo.

    Custo informao que importa, primordialmente, ao produtor e compreende o

    gasto correspondente produo de determinado bem ou servio. No caso da construo

    civil, pode ser conceituado como todo o valor investido diretamente na produo de

    determinada obra.

    Despesas so gastos que decorrem da atividade empresarial e podem ser fixas ou

    variveis em funo do volume de produo. Como exemplo de despesa fixa, h a

    manuteno da sede da empresa (imveis, remunerao de diretores e equipe

    administrativa etc.), e de despesa varivel, cita-se a tributao sobre o faturamento.

    Por sua vez, o preo a quantia financeira paga pelo comprador por determinado

    bem ou servio. No caso da construo, o valor contratual acordado para a obra, inclusos

    todos os custos da obra, as despesas e o lucro da empresa executora.

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    A formao do preo de uma obra depende da correta estimativa de custos e

    despesas e da definio da margem de lucro que se espera auferir ao final do contrato.

    Os custos diretos e indiretos de um oramento so estimados com base em dados

    extrados do projeto e do planejamento da obra, e so expressos em valor monetrio

    (quantitativos x preos unitrios). As demais parcelas da formao do preo so estimadas

    como um percentual a incidir sobre os custos, formado pelo lucro (B bonificao) e pelas

    despesas indiretas (DI), conforme Tabela 1.

    Tabela 1: Formao de Preo

    PREO

    CUSTO BDIDIRETO INDIRETO DESPESA BONIFICAO

    MateriaisMo de ObraEquipamentosFerramentas

    E.P.I.Construo de

    canteiroOutros

    RH Gesto TcnicaRH Administrativo

    Manuteno de CanteiroVeculos

    MobilizaoOutros

    TributosDespesas Financeiras

    RiscoAdm Central

    Outros

    Lucro

    OBRA SEDEEMPRESA

    A estimativa dos componentes do BDI obtida por meio de clculos que levam em

    conta caractersticas da obra, do contrato, da empresa contratada e da tributao incidente.

    O Decreto 7.983/2013, que estabelece regras e critrios para elaborao do

    oramento de referncia de obras e servios de engenharia, contratados e executados com

    recursos dos oramentos da Unio, faz referncia em seu Art. 9 aos itens que compem os

    custos de uma obra e aqueles que somados aos custos determinam o preo.

    Para as obras pblicas, o BDI vem sendo balizado por seguidas decises do Tribunal

    de Contas da Unio. O Acrdo mais recente a tratar do tema o 2.622/2013 - Plenrio, que

    apresenta, em planilhas diferenciadas por tipo de obra, alquotas mdias, alm daquelas

    localizadas no primeiro e no terceiro quartil da amostra estudada.

    Para as demais obras, empregam-se as referncias j citadas, fazendo as

    apropriaes devidas nos casos de tributao simplificada.

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    Cabe ressaltar que, assim como as parcelas de custo, os componentes do BDI de uma

    obra podem ser praticados e aceitos mesmo quando se apresentam superiores referncia,

    desde que haja justificativa tcnica coerente por parte do profissional responsvel pelo

    oramento.

    1.4 O SINAPI e a Formao de Preos Referenciais

    Como tratado anteriormente, a formao de preo varia em funo de uma srie de

    fatores, tais como:

    A empresa contratada, em decorrncia de itens como o peso da Administrao

    Central, o regime de tributao (lucro real ou presumido), o lucro esperado, a

    capacidade produtiva, a poltica de compras de insumos e o relacionamento com

    o mercado fornecedor e a capacidade de obteno de crdito;

    O contrato, pela definio de escopo e de riscos assumidos;

    O projeto, o plano de ataque de obra e as condies de instalao de canteiro;

    O local de execuo da obra, em funo da disponibilidade de insumos e da

    possvel necessidade de considerao de fretes e incidncias tributrias (ICMS);

    Excetuada a empresa a ser contratada, cujas caractersticas no so conhecidas

    durante a elaborao do oramento de referncia, as demais variveis podem ser

    observadas pelo oramentista. Para que seja possvel a realizao do oramento sem o

    conhecimento prvio de quem ir executar a obra, o profissional dever valer-se de

    referncias estabelecidas de produtividade e preo disponveis em publicaes tcnicas,

    bem como de padres aceitveis para estimar a Administrao Central, a tributao e olucro do construtor.

    Cabe ressaltar que o oramento de referncia um produto de responsabilidade do

    contratante e busca refletir o valor que se espera pagar pela contratao de determinado

    empreendimento, e no o preo final da obra pronta, que s poder ser efetivamente

    conhecido aps a concluso da obra.

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    Para o caso de obras executadas com recursos da Unio, os oramentos devem ser

    balizados pela mediana dos preos do SINAPI, conforme o seguinte trecho do Decreto

    7.983/2013:

    Art. 3o O custo global de referncia de obras e servios de

    engenharia, exceto os servios e obras de infraestrutura de

    transporte, ser obtido a partir das composies dos custos unitrios

    previstas no projeto que integra o edital de licitao, menores ou

    iguais mediana de seus correspondentes nos custos unitrios de

    referncia do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e ndices da

    Construo Civil - Sinapi, excetuados os itens caracterizados como

    montagem industrial ou que no possam ser considerados como de

    construo civil.

    As obras rodovirias devem ser balizadas pelo SICRO Sistema de Custos

    Rodovirios, de responsabilidade do DNIT.

    Deste modo, a parcela de custos de um oramento de referncia para obra pblica

    deve ser baseada em informaes do SINAPI e do SICRO (preos de insumos e composies

    de servios), ajustadas sempre que necessrio para refletir as condies especficas de cada

    obra.

    Todavia, a inexistncia de um insumo ou de um servio no sistema de referncia no

    constitui impeditivo para a contratao, conforme outro trecho do mesmo Decreto:

    Art. 6 Em caso de inviabilidade da definio dos custos conforme o

    disposto nos arts. 3, 4 e 5, a estimativa de custo global poder ser

    apurada por meio da utilizao de dados contidos em tabela de

    referncia formalmente aprovada por rgos ou entidades daadministrao pblica federal em publicaes tcnicas

    especializadas, em sistema especfico institudo para o setor ou em

    pesquisa de mercado.

    A importncia da padronizao de critrios, procedimentos e referncias para a

    elaborao de oramentos referenciais se apresenta de diversas formas:

    Padronizao dos oramentos do rgo/ Entidade/ Empresa;

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    Aderncia dos oramentos ao caderno de encargos do rgo/ Entidade/ Empresa

    (especificaes dos servios e critrios de medio e pagamento);

    Racionalizao dos servios: evita-se extenso trabalho de elaborao de

    composies de custo unitrio e a pesquisa do preo de centenas de insumos

    cada vez que um oramento for elaborado;

    Segurana para oramentistas e gestores pblicos;

    Transparncia e diminuio dos custos privados das construtoras para

    participao em certames licitatrios;

    Parmetros de avaliao objetivos para os rgos de controle;

    Servem como fonte de entrada para estatsticas oficiais sobre a variao dos

    custos da construo civil.

    1.5 O papel do Oramentista

    A legislao brasileira farta em indicaes dos aspectos relacionados atividade de

    oramentao de obras. A comear pela Lei de Licitaes e Contratos (8.666/93) queestabelece a anotao de responsabilidade tcnica pelas planilhas oramentrias (art. 6,

    inciso IX). Igualmente o art. 10 do Decreto 7.983/2013 exige a indicao no projeto do

    responsvel tcnico oramentista para obras e servios de engenharia contratados e

    executados com recursos dos oramentos da Unio.

    A atividade de oramentao de obras expressamente indicada no artigo 14 da Lei

    5.194/66, que regula o exerccio das profisses de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-

    Agrnomo:

    Art. 14. Nos trabalhos grficos, especificaes, oramentos,

    pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos, obrigatria

    alm da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade,

    instituio ou firma a que interessarem, a meno explcita do ttulo

    do profissional que os subscrever e do nmero da carteira referida no

    Ed. extra 56. (grifo nosso)

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    J o artigo 13 vincula a validade dos trabalhos de engenharia com a habilitao legal

    requerida pela prpria Lei 5.194/66:

    Art. 13. Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro

    trabalho de engenharia, de arquitetura e de agronomia, quer

    pblico, quer particular, somente podero ser submetidos ao

    julgamento das autoridades competentes e s tero valor jurdico

    quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com

    esta lei. (grifo nosso)

    A responsabilidade tcnica somente se materializa com o registro da respectiva

    Anotao de Responsabilidade Tcnica, instituda pela Lei 6.496/77, referente prestao

    dos servios de engenharia. Ou, da mesma forma, o Registro de Responsabilidade Tcnica da

    Lei 12.378/2010 que regulamentou as profisses de arquiteto e urbanista.

    Pelo exposto tem-se que a oramentao de obras pblicas representa atividade

    regulamentada e com responsabilidade legalmente definida.

    Deste modo, nos oramentos, sobretudo os que utilizam recursos pblicos federais, o

    profissional oramentista tem o dever de conhecer em detalhes as caractersticas dos

    sistemas de referncias de preos.

    O SINAPI passa por processo de aprimoramento, partindo da definio e implantao

    de premissas e conceitos claros e transparentes. Este processo longo e sua manuteno

    permanente, necessrio para acompanhar as mudanas do setor, garantindo que as

    referncias representem adequadamente o mercado da construo civil brasileira.

    Diante de toda responsabilizao que permeia a atividade dos oramentistas pblicos

    e tendo em vista as novidades em vigor, este Manual de Metodologia e Conceitos do SINAPI

    vem contribuir para o correto uso do sistema e divulgar as novas metodologias implantadasno SINAPI. Trata-se de material indispensvel na oramentao de obras pblicas, devendo o

    oramentista conhec-lo e aplic-lo.

    O Manual do SINAPI, entre outros itens, apresenta o Caderno Tcnico das

    Composies Unitrias de Servio. Neste documento possvel verificar, alm dos

    coeficientes de consumo dos materiais e de produtividade da mo de obra e de

    equipamentos, os critrios utilizados na obteno dos coeficientes, a indicao dos

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    parmetros para levantamento dos quantitativos, a forma de execuo de cada servio e as

    referncias bibliogrficas e normas vigentes aplicveis.

    O SINAPI, pelo seu papel de sistema de referncia, possui carter genrico e

    abrangente, sendo indispensvel e relevante o trabalho do oramentista de adequar as

    referncias ao caso especfico, com as particularidades da obra que deseja orar. O Caderno

    Tcnico das composies permite ao oramentista a escolha da referncia que melhor

    represente o servio, adequar ao caso particular ou ainda justificar o emprego de referncia

    distinta daquelas disponveis no SINAPI.

    A utilizao de referncias de preos para obras pblicas que no seja o SINAPI e o

    SICRO tem previso legal. o que est no artigo 8 do Decreto 7.983/2013, ao permitir a

    adoo de critrios de preos diferenciados em razo de especificidades locais ou de

    projeto, desde que justificado em relatrio tcnico elaborado por profissional habilitado.

    Assim, fundamental ao oramentista conhecer os critrios e aspectos tcnicos

    envolvidos no Sistema SINAPI, contribuindo para a contratao de empreendimentos

    exitosos.

    2. CONCEITOS BSICOS

    2.1 Insumos

    Elementos bsicos da construo civil; so os materiais (cimento, blocos, telhas,

    tbuas, ao etc.), equipamentos (betoneiras, caminhes, equipamentos de terraplenagem

    etc.) e mo de obra.

    2.2 Composies Unitrias de Servios

    Uma Composio Unitria relaciona a descrio, codificao e quantificao de cada

    insumo e/ou de composies auxiliares empregados para se executar uma unidade de

    servio (Figura 2). Em sua representao deve conter os nomes dos seus elementos, as

    unidades de quantificao e os indicadores de consumo e produtividade (coeficientes). O

    entendimento de uma composio dado por:

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    Descrio: caracteriza o servio, explicitando os fatores que impactam na

    formao de seus coeficientes e que diferenciam a composio unitria das

    demais;

    Unidade de medida: unidade fsica de mensurao do servio representado;

    Insumos/composies auxiliares (Item): elementos necessrios execuo de um

    servio, podendo ser insumos (materiais, equipamentos ou mo de obra) e/ou

    composies auxiliares;

    Coeficientes de consumo e produtividade: quantificao dos insumos e/ou

    composies auxiliares considerados na composio de custo de um determinado

    servio.

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    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    01.PARE.ALVE.001/01 ALVENARIA DE VEDAO DE BLOCOS VAZADOS DE

    CONCRETO DE 9X19X39CM (ESPESSURA 9CM) DE PAREDESCOM REA LQUIDA MENOR QUE 6M2 SEM VOS EARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPARO EMBETONEIRA. AF_06/2014

    M2Cdigo SIPCI

    87447

    Vigncia: 06/2014 ltima atualizao: 02/2015

    COMPOSIO

    Item Cdigo Descrio Unidade Coeficiente

    C 88309 PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,7200

    C 88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,3600I 650 BLOCO VEDAO CONCRETO 9X19X39CM UN 13,3500

    C 87292

    ARGAMASSA TRAO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIAMDIA) PARA EMBOO/MASSA NICA/ASSENTAMENTODE ALVENARIA DE VEDAO, PREPARO MECNICOCOM BETONEIRA 400 L. AF_06/2014

    M3 0,0088

    I 34557TELA DE ACO SOLDADA GALVANIZADA PARAALVENARIA, FIO 1,20 A 1,70 DE DIAMETRO, MALHA 15 X15 MM, LARGURA 7,5 CM E COMPRIMENTO 50,0 CM

    M 0,7850

    I 37395PINO DE AO COM FURO, HASTE = 27 MM (AODIRETA)

    CENTO 0,0094

    Figura 2: Exemplo de composio de servio analtica

    A multiplicao dos coeficientes apresentados nas composies pelos preos de

    insumos obtidos na coleta do IBGE resulta nos preos referenciais do SINAPI.

    3. METODOLOGIAS E CONCEITOS DO SINAPI

    3.1 Insumos

    Os insumos do SINAPI compem o Banco Nacional de Insumos, cujos relatrios de

    preos so divulgados mensalmente na pgina da CAIXA (www.caixa.gov.br/sinapi) para

    todas as capitais brasileiras.

    3.1.1 Responsabilidades

    https://www.caixa.gov.br/sinapihttps://www.caixa.gov.br/sinapihttps://www.caixa.gov.br/sinapihttps://www.caixa.gov.br/sinapi
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    Segundo o acordo de cooperao vigente entre IBGE Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatsticae a CAIXA para a gesto do SINAPI, cabe a cada uma das instituies,

    no que diz respeito aos insumos, as seguintes responsabilidades:

    3.1.1.1CAIXA

    Definio e atualizao, a partir de critrios de engenharia, das especificaes

    tcnicas dos insumos;

    Definio de conjuntos de famlias homognea com as especificaes dos

    insumos que as compem.

    3.1.1.2 IBGE

    Coleta mensal de preos de insumos (materiais, salrios, equipamentos e

    servios);

    Coleta extensiva peridica para subsidiar a reviso das famlias homogneas, a

    reviso dos coeficientes e a formao de novas famlias de insumos.

    3.1.2 Coleta de preos

    Os insumos do SINAPI so organizados em famlias homogneas (ex: Famlia de tubos

    em PVC para esgoto predial), para as quais selecionado o insumo mais recorrente (ex: 9863

    - TUBO PVC SERIE NORMAL - ESGOTO PREDIAL DN 100MM - NBR 5688) como insumo

    representativo, sendo os demais da mesma famlia denominados representados.

    O preo dos insumos representativos coletado mensalmente, enquanto que os

    preos dos demais insumos so obtidos por meio da utilizao de coeficientes de

    representatividade, os quais indicam a proporo entre o preo do chefe de famlia (insumo

    representativo) e os preos de cada um dos demais insumos da famlia.

    Esses coeficientes so obtidos nas coletas extensivas, quando so coletados os preos

    de todos os insumos de determinadas famlias e definida a proporo (correlao) existente

    entre eles.

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    Os preos dos insumos representativos na pesquisa mensal so coletados nas 27

    capitais do pas, em estabelecimentos regulares, para aquisio de uma unidade de

    comercializao de cada produto, para pagamento vista, e no incluem frete, exceto se

    indicado na descrio do insumo.

    No contemplam, portanto, diferenas entre preos praticados em capitais e outras

    regies da unidade da federao, e efeitos obtidos durante o processo de negociao e

    compra.

    A partir dos preos de referncia de 11/2014 divulgados na pgina da CAIXA, o

    usurio do SINAPI passou a contar com a informao da origem de preos para cada insumo

    por localidade, sendo necessrio observar a seguinte marcao no relatrio de insumos:

    Cpara preo coletado pelo IBGE no ms de referncia do relatrio;

    CR para preo obtido por meio do coeficiente de representatividade do insumo

    (metodologia famlia homognea de insumos);

    AS para preo atribudo com base no preo do insumo para a localidade de So

    Paulo (devido impossibilidade de definio de preo para localidade em funo da

    insuficincia de dados coletados)

    Em decorrncia da indicao da origem de preo para os insumos, foi necessrio

    tambm identificar que a composio pode ser formada por insumos com uma ou mais

    origem de preo, sendo adotada a seguinte marcao no relatrio de composies:

    Cquando todos os itens utilizados na composio tm preo coletado pelo IBGE no

    ms de referncia do relatrio;

    CRquando existe ao menos um item da composio com preo obtido por meio do

    coeficiente de representatividade do insumo, desde que no haja nenhum item com preo

    atribudo;ASquando existe ao menos um item da composio com preo atribudo com base

    no preo de insumo para a localidade de So Paulo.

    Os salrios so pesquisados junto s construtoras e as categorias profissionais

    tambm so divididas em famlias (insumos representativos e representados). Os custos de

    mo de obra do Sistema refletem mo de obra prpria, e no captam regimes de

    empreitada ou terceirizao.

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    Sobre os insumos de mo de obra incidem Encargos Sociais, de forma percentual,

    com clculo especfico para cada Estado do Brasil. Desde abril de 2013, a CAIXA divulga

    relatrios de preos (denominados desonerados) considerando os efeitos da desonerao da

    folha de pagamentos da construo civil (Lei n 12.844/2013), ou seja, obtidos com excluso

    dos custos com INSS no clculo do percentual relativo aos encargos sociais, e relatrios com

    encargos sociais que contemplam os 20% de INSS (denominados no desonerados).

    A metodologia e memria de clculo de Encargos Sociais do SINAPI podem ser

    encontradas no Anexo III deste manual e em verso mais atual no ambiente do SINAPI na

    pgina da CAIXA na internet(www.caixa.gov.br).

    A metodologia de coleta, bem como do tratamento estatstico empregado para a

    obteno do preo dos insumos, de responsabilidade do IBGE (www.ibge.gov.br).

    Cabe ressaltar que o oramentista, de posse de informaes sobre a origem dos

    preos e metodologia de coleta empregada, deve fazer o ajuste necessrio da referncia

    para o caso especfico que quer orar. Esta condio surge quando as premissas de coleta de

    preos de insumos do SINAPI so muito diferentes do caso particular do oramento. Como

    exemplo cita-se o caso de obras de grande porte, onde a compra de material seja

    predominante por atacado e/ou diretamente com fornecedores; de obras distantes da

    capital que tenham preos de insumos locais diferenciados ou que precisam ser

    transportados de outro centro urbano, com a necessidade de incluso de frete; o caso de

    insumo com preo AS atribudo e que muito representativo na curva ABC do oramento.

    3.1.2.1Insumos coletados pela CAIXA

    O processo de criao de novo insumo no sistema demanda longa interao entre a

    CAIXA e o IBGE para cumprimento de todas as etapas necessrias, desde a definio das

    caractersticas tcnicas at a validao final das informaes estatsticas a serem divulgadas

    nacionalmente.

    Para maior celeridade na gesto do sistema, a CAIXA realiza cotao de preos de

    alguns insumos considerados muito relevantes, em especial para o cadastramento e

    publicao de novas composies.

    So identificados pelo texto Coletados CAIXA includos ao final de sua descrio.

    Ainda, so cadastrados em banco distinto, denominado Banco Nacional Coletados CAIXA, eseus preos so obtidos por meio de coeficientes de representatividade.

    http://www.ibge.gov.br/http://www.ibge.gov.br/http://www.ibge.gov.br/http://www.ibge.gov.br/
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    Todos os insumos desse banco so, portanto, representados, e vinculados a insumos

    representativos da coleta mensal do IBGE. Seus preos so atualizados mensalmente a cada

    nova carga de preos no sistema, e os coeficientes de representatividade so monitorados

    pela CAIXA.

    Trata-se de excees no sistema, inseridas concomitantemente com a solicitao ao

    IBGE pela CAIXA para que o insumo seja criado no Banco Nacional. Uma vez concludo esse

    processo pelo IBGE, passam a valer os preos mensalmente coletados ou o coeficiente de

    representatividade fornecido pelo IBGE e o Insumo Coletado CAIXA desativado.

    3.1.3 Manuteno dos Insumos

    A manuteno da especificao dos insumos realizada com o objetivo de permitir a

    individualizao e identificao desses pelos pesquisadores do IBGE durante a coleta de

    preos e para permitir aos usurios do SINAPI informaes tcnicas que possam subsidiar a

    criao ou a manuteno de composies e oramentos.

    A identificao de insumos para criao no Banco Nacional decorrente do

    acompanhamento pela CAIXA da evoluo do mercado da construo civil e dos sistemas

    construtivos empregados com mais frequncia nas obras pblicas, processo que exige

    permanente reviso dos insumos e aferio das composies de servios.

    A seleo dos insumos realizada considerando a oferta regular pelo mercado

    nacional (indstria, produtores, atacado e varejo) possibilitando a obteno de preo pelo

    IBGE.

    No pretenso do SINAPI ter em seu Banco de Dados todos os insumos existentes

    no mercado brasileiro, mas aqueles com uso recorrente e que sejam mais representativos

    nos custos das obras pblicas.

    O Decreto 7.983/2013 orienta na elaborao de oramentos qual pode ser o

    procedimento nas situaes em que a referncia de preo no existe no SINAPI.

    Sendo identificado por qualquer usurio do SINAPI, sejam fabricantes, produtores,

    indstrias, representantes comerciais, construtoras ou oramentistas, a necessidade de

    incluso de insumos relevantes para obras pblicas nos relatrios divulgados pela CAIXA

    pode ser encaminhada sugesto para o endereo eletrnico [email protected] a qual

    passar por anlise tcnica para posterior incluso, se for o caso.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    A criao de insumo na Base Nacional do SINAPI precedida da elaborao da ficha

    de especificaes tcnicas do insumo, que tem por objetivo identificar as caractersticas do

    insumo, padronizando a pesquisa de preos e facilitando a sua utilizao pelos usurios do

    sistema.

    3.2 Composies

    As composies do SINAPI integram o Banco Referencial de Composies, cujos

    relatrios tambm so divulgados mensalmente na pgina da CAIXA para todas as capitais

    brasileiras.A fim de garantir a contemporaneidade e a aderncia s prticas de canteiro de obras

    e literatura tcnica, a CAIXA promove processo de aferio das composies do SINAPI.

    3.2.1 Aferio

    Aferir as composies significa dimensionar produtividades de mo de obra e

    equipamentos, alm de consumos e perdas de materiais envolvidos na execuo dos

    diversos servios da construo civil.

    Constitui objeto de aferio todos aqueles servios adotados para execuo de obras

    da construo civil identificadas como relevantes e recorrentes no cenrio nacional. O

    objetivo principal que norteia o processo de aferio representar da forma mais adequada

    a realidade das obras brasileiras, em termos de composies de servios uniformizando os

    critrios tcnicos adotados na concepo dessas referncias.

    As aferies das composies so baseadas, preferencialmente, em dados de campo,coletados e analisados com emprego de metodologia internacionalmente reconhecida na

    rea de estudo de produtividades e consumos, por equipe especializada no tema. So

    realizadas medies em canteiros de obras distribudos geograficamente pelo Pas, sendo

    contempladas na amostra obras pblicas e privadas, de pequeno e grande vulto, assim como

    executadas por empresas de diferentes portes e por equipes trabalhando sob diferentes

    regimes de contratao. A metodologia e as premissas empregadas na aferio so

    apresentadas mais detalhadamente no Anexo I desse Manual.

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    As composies de custo horrio de equipamentos foram aferidas atravs de

    pesquisa mercadolgica dos equipamentos disponveis, referncias bibliogrficas e manuais

    de fabricantes. Detalhes da metodologia so apresentados no Anexo II desse Manual.

    A aferio realizada por grupo de servios similares. O estudo parte da identificao

    dos fatores que impactam na produtividade (mo de obra e equipamentos) e consumo

    (materiais) de cada grupo de servios, que devem ser observados e mensurados durante a

    coleta.

    Os fatores confirmados a partir da anlise do conjunto de dados obtidos em obras

    so considerados para a concepo do grupo de composies representativas do servio em

    estudo e impactam os coeficientes das composies.

    Como cada servio observado em diversas obras, possvel reunir nmero

    significativo de dados objetivando extrair coeficientes mdios representativos da quantidade

    de tempo e materiais necessrios para a execuo do servio, conforme cada uma das

    combinaes dos fatores impactantes da produtividade. Cada composio aferida apresenta

    coeficientes estatisticamente determinados a partir de amostra constituda de medies

    dirias pelo prazo mnimo de 5 dias em cada obra.

    O processo de aferio promove a atualizao e ampliao do banco de composies,

    visando ainda incorporao de novos insumos e tcnicas construtivas e padronizao das

    premissas e critrios estabelecidos na concepo das referncias.

    3.2.1.1Tempos Produtivos, Improdutivos e Ociosos

    Para refletir a realidade das obras, adota-se a premissa de que a medio deve

    agregar tanto o tempo efetivo de execuo do servio como os tempos improdutivos que

    so necessrios e esto diretamente vinculados ao processo executivo. Dessa forma, ametodologia apropria nos coeficientes das composies o tempo improdutivo oriundo das

    paralisaes para instruo da equipe, preparao e troca de frente de trabalho,

    deslocamentos no canteiro etc.

    A metodologia adotada exclui os eventos extraordinrios (greve, acidentes de

    trabalho), esforo de retrabalho, impacto de chuvas e ociosidades oriundas de graves

    problemas de gesto da obra, pois seus custos ou devem ser considerados em outros itens

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    de um oramento de obras, ou so de responsabilidade exclusiva do contratado, ou ainda,

    devem ser tratados de modo particular durante a execuo do contrato.

    Considera-se, portanto:

    IMPRODUTIVIDADE: Parcela de tempo inerente ao

    processo construtivo, portanto, representada nos

    coeficientes das composies;

    OCIOSIDADE: Parcela de tempo prescindvel, cujo

    impacto desconsiderado nas composies.

    3.2.2 rvores de FatoresA metodologia de aferio prev a identificao dos fatores que impactam na

    produtividade (mo de obra e equipamentos) e consumo (materiais) de cada grupo de

    servios, que so observados e mensurados durante a coleta de dados em obra.

    Esses fatores so os elementos que caracterizam e diferenciam as composies

    dentro do Grupo. Para represent-los de forma mais apropriada, facilitando ao usurio a

    escolha da composio mais apropriada ao seu caso especfico, tm-se as denominadas

    rvores de Composiespara cada Grupo de servios similares (Figura 3).

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    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    01.REVE.EMBO.001/01 EMBOO OU MASSA NICA EM ARGAMASSA TRAO 1:2:8,PREPARO MECNICO COM BETONEIRA 400 L, APLICADA

    MANUALMENTE EM PANOS DE FACHADA COM PRESENADE VOS, ESPESSURA DE 25 MM. AF_06/2014

    MCdigo SIPCI

    87775

    Vigncia: 06/2014 ltima atualizao: 06/2014

    COMPOSIO

    Item Cdigo Descrio Unidade Coeficiente

    C 88309 PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,7800

    C 88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,7800

    C 87292

    ARGAMASSA TRAO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIAMDIA) PARA EMBOO/MASSA NICA/ASSENTAMENTO

    DE ALVENARIA DE VEDAO, PREPARO MECNICOCOM BETONEIRA 400 L. AF_06/2014

    M3 0,0314

    I 37631TELA METLICA ELETROSSOLDADA, GALVANIZADA ESEMIRGIDA, MALHA 25X25 MM E FIO DIMETRO 1,24 MM(BWG 18)

    M2 0,1388

    MASSA NICA(com tela metlica)

    APLICAOMANUAL

    PROJEOMECNICA

    SACADAINTERNA

    FACHADASACADAEXTERNA

    FACHADA COMVOS

    FACHADA SEMVOS

    e = 25 mm e = 35 mm

    MASSA NICA(sem tela metlica)

    e = 45 mm e 50 mm

    PREPARO COMBETONEIRA 400 l

    PREPARO COMMISTURADOR 300kg

    PREPARO MANUAL

    Figura 3: Composio e rvore do Grupo de Revestimento de Fachada com Massa nica, com os

    fatores presentes na composio destacados em preto

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    Os fatores destacados nessa rvore so aqueles representados na composio

    analtica apresentada. Todos os fatores destacados aparecem na descrio da composio.

    3.2.3 Cadernos Tcnicos

    Ao final do processo de aferio das composies, a expectativa da CAIXA de que o

    Banco SINAPI contar com mais de 7.000 composies publicadas de forma analtica com o

    respectivo Caderno Tcnico - documento que apresenta os componentes da composio e

    suas caractersticas, os critrios para quantificao do servio, os critrios de aferio, as

    etapas construtivas, alm de referncias bibliogrficas e normas tcnicas aplicveis.

    Os Cadernos Tcnicos no substituem os Cadernos de Encargos, de responsabilidadeda contratante, pois descrevem a tcnica construtiva observada e registram as condies

    detectadas nas obras que serviram de base para a apresentao dos insumos e indicadores

    das composies.

    Esses Cadernos Tcnicos fornecem informaes relevantes sobre a composio,

    permitindo selecionar com segurana a referncia que mais se adeque ao caso real. Podem

    embasar tambm os chamados Relatrios Tcnicos Circunstanciados, legalmente previstos

    para os casos em que as composies no representem com preciso aquilo que se quer

    orar, sendo necessrio, de parte do oramentista, a realizao de ajustes a fim de refletir

    adequadamente os custos do bem ou servio a ser produzido.

    3.2.4 Caractersticas e Condicionantes de Uso

    As referncias do SINAPI buscam retratar intervenes urbanas, as quais possuem

    caractersticas especficas, como interferncias decorrentes de trnsito de veculos, redes deconcessionrias de servios pblicos, disponibilidade de rea para logstica de canteiro,

    dentre outros.

    Deste modo, uma composio de servio retratada no SICRO sistema de referncia

    oficial (Decreto 7983/2013) gerido pelo DNIT e que baliza obras rodovirias e uma similar

    no SINAPI podem apresentar coeficientes distintos.

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    A ttulo de exemplo a Figura 4 demonstra a configurao tpica de operrios em

    canteiro de obra de edificao, com equipes diretasque trabalham nas frentes de servios,

    e equipes de apoio, responsveis pela produo intermediria que abastecer estas frentes

    (como produo de argamassa) e pelo transporte de materiais.

    Figura 4: Equipes envolvidas com os servios (Fonte: Revista Infraestrutura, fev 2014, Ed. PINI)

    O esforo das equipes diretas est contemplado nas composies principais: tanto a

    execuo do servio quanto o transporte de materiais no pavimento ou nas proximidades da

    frente de servio, que realizado junto a outras atividades pelo servente incluso nessas

    composies.

    Os esforos das equipes de apoio esto representados nas composies auxiliares e

    de transporte.

    A perda de materiais est contemplada nos coeficientes das composies principais e

    auxiliares, inclusive as eventuais perdas ocorridas em transporte, porm, no considerando

    perdas de peas unitrias, tais como: tanque, vaso sanitrio, bancada de pia.

    Outros custos, no contemplados nas composies do SINAPI, podem ser necessrios

    para a execuo de determinados servios, tais como: grua, elevador de carga, engenheiro

    de obra, encarregado de equipe, dentre outros. Esses recursos, por no serem atribudosdiretamente ao servio (exemplo: elevador de carga transporta insumos de toda a obra e

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    no s para a execuo do contrapiso), no so representados em composies unitrias.

    Seus custos devem ser computados de maneira distinta, conforme as caractersticas do

    canteiro, planejamento, plano de ataque e cronograma de cada caso especfico.

    3.2.5 Classificao

    A aferio das composies do SINAPI procura apropriar em cada etapa do servio os

    recursos necessrios para sua realizao. Significa dizer, por exemplo, que para a execuo

    de determinada parede, devem ser observados alguns servios, como: a execuo da

    alvenaria propriamente dita, a produo da argamassa utilizada no assentamento dos blocos

    inclusive a composio de custos para a utilizao da betoneira, o transporte da argamassae dos blocos (Figura 5).

    Figura 5: Viso analtica da execuo de um servio.

    A segregao em diferentes composies visa ao entendimento correto de cada

    etapa do processo e, especialmente, possibilidade de representar uma infinidade de

    formas de construo, por meio da combinao de composies.

    Para tal, as composies so classificadas em Principais, Auxiliares, de Custo Horrio

    de Equipamentos, de Custo Horrio de Mo de Obra, de Transportes, Combinaes e kitsdeComposies ou Representativa.

    Composies Principais

    Representam a execuo dos servios principais, como a composio de alvenaria

    tratada no exemplo anterior. Contemplam o esforo da mo de obra e equipamentos

    diretamente envolvidos no servio e so agrupadas de forma a apresentar as possibilidades

    de execuo representativas e mais recorrentes no mercado nacional, variando apenas

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    conforme os fatores que impactam em produtividade ou consumo. Cada grupo temtico

    representado por meio de sua rvore de composies.

    Composies Auxiliares

    Grupos criados com o intuito de representar a composio de custos de elementos

    que so empregados nos servios principais. Ainda no exemplo da alvenaria, a produo de

    argamassa considerada composio auxiliar.

    As composies auxiliares adequadas so indicadas nos Cadernos Tcnicos dos

    Grupos de composies principais. As composies principais esto combinadas com as

    auxiliares mais recorrentes em canteiros de obra, porm o oramentista pode fazer

    combinao distinta, a depender das especificaes de cada projeto.

    Composies de Custo Horrio de Equipamentos

    Definem os custos de propriedade e uso dos equipamentos existentes no SINAPI.

    Para cada equipamento existem composies para os custos horrios produtivos (CHP) e

    improdutivos (CHI), com base nas seguintes variveis:

    a) Custo de aquisio do equipamento;

    b) Vida til em anos (tempo de amortizao);

    c) Seguros e impostos;

    d) Horas trabalhadas por ano;

    e) Depreciao;

    f) Juros;

    g) Custos de manuteno;

    h) Custos de materiais na operao;

    i) Custo de mo de obra na operao.

    As composies que utilizam equipamentos apresentam os coeficientes produtivos e

    improdutivos a serem considerados para a execuo de uma unidade do servio.

    Os detalhes sobre as composies de custo horrio de equipamentos podem ser

    encontrados no Anexo II deste Manual.

    Composies de Custo Horrio de Mo de Obra

    O SINAPI incorpora aos custos de mo de obra horista os Encargos Sociais

    Complementares, por meio de composies de custo horrio de mo de obra. Essas

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    composies, alm do insumo principalo profissional representado em cada composio,

    incluem os custos de alimentao, transporte urbano, equipamentos de proteo individual,

    ferramentas, exames mdicos e seguros obrigatrios.

    Os custos so oriundos de exigncias estabelecidas nas convenes coletivas de cada

    estado do pas, obtidos atravs de pesquisa de mercado e representados por insumos do

    Banco Nacional.

    Os encargos sociais complementares includos no SINAPI esto contemplados apenas

    na mo de obra operria envolvida diretamente com a execuo dos servios, ou seja, a mo

    de obra alocada dentro das composies de custo unitrio. Esses encargos devem ser

    calculados e acrescentados pelo oramentista a toda mo de obra alocada na administrao

    local, tais como engenheiros, encarregados, e demais profissionais tcnicos e

    administrativos da obra.

    As premissas e a memria de clculo das composies de Encargos Complementares

    constam no Anexo IV deste Manual.

    Composies de Transportes

    Composies criadas para representar o esforo da mo de obra necessria, em

    alguns casos equipamentos, para o transporte de materiais dentro do canteiro de obras.Nos coeficientes das composies esto considerados os esforos do ciclo de

    transporte (carregamento, ida, descarregamento e volta) e as improdutividades decorrentes

    da falta de demanda pelo transporte (espera pela movimentao vertical e das paradas na

    inicializao, finalizao e almoo).

    Para a correta quantificao das composies de transporte deve ser observado que

    a distncia descrita na composio se refere ao trajeto de ida (carregado), e que podem ser

    apropriados diferentes percursos (Figura 6).

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    Figura 6: Distncias de transporte horizontal em obras: 1distncia entre o fornecimento e o

    estoque; 2- distncia entre o estoque e o processamento intermedirio; 3distncia entre o

    processamento intermedirio e o equipamento de transporte vertical; 4distncia entre o estoque

    e o equipamento de transporte vertical; 5distncia entre o fornecimento e o transporte vertical

    O transporte horizontal no pavimento de execuo no deve ser considerado por j

    estar contemplado nas composies principais dos servios.

    As composies de transporte somente devem ser utilizadas para distncias

    superiores a 15 metros, pois o esforo para distncias inferiores est contemplado na

    composio principal. As distncias representativas consideradas foram: acima de 15 at

    30m, acima de 30 at 50m, acima de 50 at 75m e acima de 75 at 100m. O oramentista

    pode utilizar outras distncias, conforme a caracterstica da obra em questo.

    Destaca-se, visando a otimizao da movimentao do material, que recomendadoconceber a organizao do canteiro com apenas uma das distncias iguais ou superiores a

    30m (trechos 1, 2 ou 3 da Figura 6).

    As composies so apresentadas na unidade de medida em que o insumo utilizado

    nas composies principais (exemplo: transporte de caixas de placas cermicas

    apresentado em m de cermica). Algumas excees so apresentadas nos Cadernos

    Tcnicos especficos, j com as devidas converses (exemplo: transporte de areia a granel

    apresentado em kg e utilizada em m nas composies finais).

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    importante salientar que as composies de transporte envolvendo pletes

    consideram a unidade paletizada no carregamento e descarregamento. A unidade da

    composio de servio permanece a mesma em que o insumo utilizado nas composies

    principais.

    O Caderno Tcnico do Grupo Transportes apresenta uma srie de consideraes

    especficas para cada tipo de insumo a ser transportado. Desse modo, os cadernos tcnicos

    de cada grupo de composies apresentam as opes para transporte adequadas ao caso.

    Destaca-se ainda a orientao de que as composies de transporte horizontal

    manual s devem ser utilizadas quando constatada a impossibilidade de se adotar outras

    formas de transporte, conforme indicao apresentada nos respectivos Cadernos Tcnicos.

    A forma de apropriar o custo de transporte de materiais em canteiro de obra uma

    deciso do oramentista, que deve considerar a situao especfica em questo. Tem-se

    algumas opes, dentre elas: (i) estimar o esforo de uma equipe dedicada ao transporte de

    materiais de toda a obra e alocar esse custo em uma linha de planilha, com horas de

    ajudante necessrias; (ii) empregar as composies de transporte de materiais do SINAPI

    como composies auxiliares de servio e agreg-las dentro das composies de servio

    (somar o custo do servio ao do transporte); (iii) empregar as composies de transporte de

    materiais do SINAPI e apresent-las em linhas de planilha do oramento.

    O dimensionamento do transporte de materiais em obra depende do arranjo do

    canteiro, impedindo que seja incorporado s composies unitrias com o risco de se criar

    referncias discrepantes da realidade de grande parte das obras.

    Combinaes e kitsde composies

    Com o intuito de facilitar a utilizao das referncias do sistema, a CAIXA cria

    combinaes entre servios principais e seus auxiliares, e estabelece kitsde composies de

    servios principais usualmente observados em conjunto, levando em conta as situaes mais

    representativas encontradas em campo durante o processo de aferio.

    Como exemplos de combinaes, podem ser citados os servios que utilizam

    argamassa como composio auxiliar (contrapiso, alvenaria de vedao, chapisco, massa

    nica, dentre outros). O SINAPI apresenta cada composio principal combinada a

    composies auxiliares de argamassa, adequadas para o caso, e consideradas as mais

    recorrentes no mercado. Como regra geral, so disponibilizadas combinaes com

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    argamassas do trao representativo preparadas manualmente, com preparo mecnico

    (betoneira e misturador) alm da opo com argamassa industrializada.

    Como tratado no item Composies Auxiliares, so disponibilizadas no SINAPI as

    demais possibilidades de argamassas para cada grupo, com diferentes traos e formas de

    preparo, e todas so indicadas nos Cadernos Tcnicos dos Grupos das composies

    principais, conforme exemplo a seguir, extrado do Caderno Tcnico do Grupo Contrapiso:

    As composies s]ao cadastradas como composies auxiliares de argamassa com

    trao 1:4 por ser o mais recorrente no mercado, com opes em preparo manual ou

    mecnico (betoneira e misturador de eixo horizontal), conforme Figura 7.

    Adicionalmente, constam no SINAPI as demais possibilidades de argamassas para

    Contrapiso, com diferentes traos e formas de preparo (Figura 8).

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    Cdigo Servio Cimento Areia Equipamento

    87301 Contrapiso 1,0 4,0 Betoneira 400 l

    87343 Contrapiso 1,0 4,0 Misturador 300 kg87373 Contrapiso 1,0 4,0 Manual

    87386 Contrapiso Argamassa pronta Misturador 300 kg

    87399 Contrapiso Argamassa pronta Manual

    Figura 7: Composies auxiliares de argamassa no grupo Contrapiso

    Cdigo Servio Cimento Areia Equipamento

    87298 Contrapiso 1,0 3,0 Betoneira 400 l87299 Contrapiso 1,0 3,0 Betoneira 600 l

    87302 Contrapiso 1,0 4,0 Betoneira 600 l

    87304 Contrapiso 1,0 5,0 Betoneira 400 l

    87305 Contrapiso 1,0 5,0 Betoneira 600 l

    87307 Contrapiso 1,0 6,0 Betoneira 400 l

    87308 Contrapiso 1,0 6,0 Betoneira 600 l

    87339 Contrapiso 1,0 3,0 Misturador 160 kg

    87340 Contrapiso 1,0 3,0 Misturador 300 kg

    87341 Contrapiso 1,0 3,0 Misturador 600 kg

    87342 Contrapiso 1,0 4,0 Misturador 160 kg

    87344 Contrapiso 1,0 4,0 Misturador 600 kg

    87345 Contrapiso 1,0 5,0 Misturador 160 kg

    87346 Contrapiso 1,0 5,0 Misturador 300 kg

    87347 Contrapiso 1,0 5,0 Misturador 600 kg

    87348 Contrapiso 1,0 6,0 Misturador 160 kg

    87349 Contrapiso 1,0 6,0 Misturador 600 kg

    87372 Contrapiso 1,0 3,0 Manual87374 Contrapiso 1,0 5,0 Manual

    87375 Contrapiso 1,0 6,0 Manual

    01.SEDI.ARGA.107/01 Contrapiso Argamassa industrializada Misturador 160 kg

    01.SEDI.ARGA.109/01 Contrapiso Argamassa industrializada Misturador 600 kg

    Figura 8: Composies auxiliares de argamassa adicionais presentes no SINAPI

    A argamassa utilizada no altera os coeficientes de produtividade do servio de

    contrapiso. Conforme necessidade do oramentista no atendimento de particularidades do

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    projeto, obra, condicionantes locais, etc, as composies do grupo podem ser combinadas a

    todas as composies de argamassas para contrapiso existentes no SINAPI.

    Os kitsde composies so criados como selees pr-definidas de composies de

    servios usualmente encontrados em conjunto nas obras, mesmo que executados em

    momentos diferentes.

    Exemplo de kits de composies do Grupo Louas e Metais, em que se criam

    referncias com os diversos servios de mesmo padro de acabamento de forma agrupada,

    selecionados como item nico, pode ser observada na composio 86945 (Figura 9), que

    engloba bancada em granito, cuba de embutir, vlvula, sifo, engate flexvel e misturador.

    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    02.INHI.ASLM.040/02 BANCADA DE GRANITO PRETO TIJUCA POLIDO 1,50 X 0,60 M,INCLUSO CUBA DE EMBUTIR DE AO INOXIDVEL MDIA,VLVULA TIPO AMERICANA, SIFO TIPO GARRAFA E ENGATEFLEXVEL 40CM EM METAL CROMADO E APARELHOMISTURADOR DE MESA, PADRO MDIO FORNECIMENTO EINSTALAO. AF_12/2013_P

    UNCdigo SIPCI

    86945

    Vigncia: 12/2013 ltima atualizao: 06/2014

    COMPOSIO

    Item Cdigo Descrio Unidade Coeficiente

    C 86891BANCADA DE GRANITO PRETO TIJUCA POLIDO PARAPIA DE COZINHA 1,50 X 0,60 M FORNECIMENTO EINSTALAO

    UN 1,0000

    C 86936

    CUBA DE EMBUTIR DE AO INOXIDVEL MDIA,INCLUSO VLVULA TIPO AMERICANA E SIFO TIPOGARRAFA EM METAL CROMADO FORNECIMENTO EINSTALAO

    UN 1,0000

    C 86887ENGATE FLEXVEL EM METAL CROMADO, 1/2" X 40CM FORNECIMENTO E INSTALAO

    UN 2,0000

    C 86908

    APARELHO MISTURADOR DE MESA PARA PIA DE

    COZINHA, PADRO MDIO FORNECIMENTO EINSTALAO

    UN 1,0000

    Figura 9: Composio de bancada de granito com cuba e acessrios

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    Composio Representativa

    Com o intuito de racionalizar a utilizao das referncias do sistema so criadas as

    Composies Representativas, que foram concebidas para os Grupos de Composies que

    exigem quantificao mais detalhada do servio, se comparada com os modelos prvios

    aferio iniciada em 2013.

    As Composies Representativas so referncias de simples utilizao, oriundas do

    agrupamento ponderado de composies, e representam as tipologias de projetos mais

    recorrentes.

    Como exemplo apresenta-se, na Figura 10, a Composio Representativa para o

    servio de alvenaria de vedao, concebida para edificao habitacional unifamiliar e

    edificao pblica padro. Pode-se verificar que so devidamente ponderadas as quatro

    diferentes composies unitrias que poderiam ser empregadas separadamente na

    formao do oramento (que consideram os fatores de presena ou no de vo e rea da

    parede). Dessa forma, vrios servios no oramento so unificados em apenas um servio

    representado em uma composio de referncia. Nesse exemplo, os coeficientes

    empregados foram obtidos a partir da ponderao das composies unitrias empregadas

    para projetos de casas e edificaes pblicas.As Composies Representativas, assim como as demais j submetidas ao processo

    de aferio, possuem Caderno Tcnico com as informaes necessrias para a compreenso

    e uso adequado da referncia.

    O estabelecimento de Composies Representativas pretende simplificar a etapa de

    quantificao dos servios, nos casos em que o oramentista no dispe de informaes

    tcnicas suficientes para elaborar a planilha oramentria no detalhe requerido por outras

    composies no representativas.

    A indicao que de a composio representativa est na descrio da composio

    (entre parnteses), estando detalhada em Caderno Tcnico de Grupo especfico, aes essas

    que visam destac-las no Relatrio de Composies e dentro do Grupo de referncias para o

    mesmo servio.

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    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    01.PARE.ALVE.043/01 (COMPOSIO REPRESENTATIVA) DO SERVIO DEALVENARIA DE VEDAO DE BLOCOS VAZADOS DECERMICA DE 9X19X19CM (ESPESSURA 9CM), PARAEDIFICAO HABITACIONAL UNIFAMILIAR (CASA) EEDIFICAO PBLICA PADRO. AF_11/2014

    M2Cdigo SIPCI

    89168

    Vigncia: 11/2014 ltima atualizao: 12/2014

    COMPOSIO

    Item Cdigo Descrio Unidade Coeficiente

    C 87495

    ALVENARIA DE VEDAO DE BLOCOS CERMICOSFURADOS NA HORIZONTAL DE 9X19X19CM (ESPESSURA9CM) DE PAREDES COM REA LQUIDA MENOR QUE 6MSEM VOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COMPREPARO EM BETONEIRA. AF_06/2014

    M2 0,2334

    C 87503

    ALVENARIA DE VEDAO DE BLOCOS CERMICOSFURADOS NA HORIZONTAL DE 9X19X19CM (ESPESSURA9CM) DE PAREDES COM REA LQUIDA MAIOR OU IGUALA 6M SEM VOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTOCOM PREPARO EM BETONEIRA. AF_06/2014

    M2 0,2028

    C 87511

    ALVENARIA DE VEDAO DE BLOCOS CERMICOSFURADOS NA HORIZONTAL DE 9X19X19CM (ESPESSURA9CM) DE PAREDES COM REA LQUIDA MENOR QUE 6MCOM VOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COMPREPARO EM BETONEIRA. AF_06/2014

    M2 0,2470

    C 87519

    ALVENARIA DE VEDAO DE BLOCOS CERMICOSFURADOS NA HORIZONTAL DE 9X19X19CM (ESPESSURA9CM) DE PAREDES COM REA LQUIDA MAIOR OU IGUALA 6M COM VOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTOCOM PREPARO EM BETONEIRA. AF_06/2014

    M2 0,3168

    Figura 10: Composio Representativa de Alvenaria de Vedao

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    3.2.6 Codificao

    Por definio metodolgica as composies do SINAPI, submetidas ao processo de

    aferio iniciado em 2013, possuem dois cdigos para sua identificao. O primeiro

    advindo do processo de aferio, propriamente dito, que identifica cada referncia de

    maneira estruturada. O segundo o cdigo sequencial gerado automaticamente quando do

    cadastramento da composio no sistema da CAIXA, denominado cd. SIPCI, sendo esse o

    cdigo que figura nos relatrios mensalmente divulgados na pgina da CAIXA/SINAPI na

    internet.

    O primeiro cdigo estruturado em:

    N LOTE (XX).CLASSE.GRUPO.NUM(XXX)/SEQUENCIAL(XX)

    O nmero do lote (N LOTE) formado por dois algarismos referentes identificao

    do lote ao qual est inserido o servio analisado. As composies foram divididas em trs

    lotes:

    Lote I (01): Habitao, Fundaes e Estruturas;

    Lote II (02): Instalaes Hidrulicas e Eltricas Prediais e Redes de Distribuio de

    Energia Eltrica;

    Lote III (03): Saneamento e Infraestrutura Urbana

    A CLASSE separa as composies em 29 macroetapas, sendo:

    ASTU: ASSENTAMENTO DE TUBOS E PECAS

    CANT: CANTEIRO DE OBRAS

    COBE: COBERTURA

    CHOR: CUSTOS HORRIOS DE MQUINAS E EQUIPAMENTOS

    DROP: DRENAGEM/OBRAS DE CONTENO/POOS DE VISITA E CAIXAS

    ESCO: ESCORAMENTO

    ESQV: ESQUADRIAS/FERRAGENS/VIDROS

    FOMA: FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

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    FUES: FUNDAES E ESTRUTURAS

    IMPE: IMPERMEABILIZAES E PROTEES DIVERSAS

    INEL: INSTALAO ELTRICA/ELETRIFICAO E ILUMINAO EXTERNA

    INPR: INSTALAES DE PRODUO

    INES: INSTALAES ESPECIAIS

    INHI: INSTALAES HIDROSSANITRIAS

    LIPR: LIGAES PREDIAIS GUA/ESGOTO/ENERGIA/TELEFONE

    MOVT: MOVIMENTO DE TERRA

    PARE: PAREDES/PAINEIS

    PAVI: PAVIMENTAO

    PINT: PINTURAS

    PISO: PISOS

    REVE: REVESTIMENTO E TRATAMENTO DE SUPERFCIES

    SEDI: SERVIOS DIVERSOS

    SEEM: SERVIOS EMPREITADOS

    SEES: SERVIOS ESPECIAIS

    SEOP: SERVIOS OPERACIONAIS

    SERP: SERVIOS PRELIMINARES

    SERT: SERVIOS TCNICOS

    TRAN: TRANSPORTES, CARGAS E DESCARGAS

    URBA: URBANIZAO

    Para cada CLASSE existe uma subdiviso em GRUPOS para melhor enquadrar o

    servio analisado.

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    O GRUPO representado por sigla da descrio principal do servio, com quatro

    letras. Por exemplo, o servio de execuo de Revestimento Decorativo em Monocamada

    MONOCAPA pertence ao grupo de sigla: RDMC, que significa Revestimento Decorativo

    Monocamada.

    O campo NUM formado por trs algarismos, correspondente ao nmero da

    composio em anlise para o grupo que foi aferido.

    O sequencial formado por dois algarismos, iniciado em 01, que corresponde

    numerao sequencial de combinaes entre a composio original e auxiliares. Exemplo

    disso so as composies de chapisco com diferentes formas de execuo da argamassa.

    Ambos os cdigos esto identificados em cada Caderno Tcnico, ao lado da descrio

    da composio unitria aferida.

    3.2.7 Nomenclatura e Situao

    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    01.PARE.ALVE.006/01 ALVENARIA DE VEDAO DE BLOCOS VAZADOS DECONCRETO DE 19X19X39CM (ESPESSURA 19CM) DEPAREDES COM REA LQUIDA MAIOR OU IGUAL A 6M SEM

    VOS E ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO COM PREPAROEM BETONEIRA. AF_06/2014

    MCdigo SIPCI

    87457

    Vigncia: 06/2014 ltima atualizao: 06/2014

    9 x 19 x 39 cm(espessura 9 cm)

    rea lquida < 6 m

    Bloco de concreto

    Com vosSem vos

    Bloco cermico comfuros na vertical

    19 x 19 x 39 cm(espessura 19 cm)

    14 x 19 x 39 cm(espessura 14 cm)

    rea lquida 6 m

    Preparo mecnicoPreparo manual

    Figura 11: Composio de alvenaria de vedao e rvore de fatores

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    A descrio das composies aferidas apresenta a combinao dos fatores de cada

    caso, ou seja, representa de forma escrita a mesma informao contida na rvore de

    composies e seus fatores destacados, representada na Figura 11.

    As composies aferidas so identificadas pela inscrio AF_XX/XXXX (sendo XX/XXXX

    o ms e o ano de incio de vigncia da composio).

    Existem no SINAPI trs statuspossveis para as composies aferidas a partir de 2013,

    que variam de acordo com a disponibilidade de preos de seus insumos do sistema:

    Situao 1Composio aferida e preo de referncia publicado;

    Situao 2Composio aferida sem preo de referncia publicado;

    Situao 3Composio aferida e preo de referncia publicado com pendncia.

    A Situao 1 ocorre quando h disponibilidade de preos para todos os insumos da

    composio, ocorre a publicao de seu Caderno Tcnico na pgina da CAIXA e a referncia

    figura nos relatrios mensais publicados na internet. Nesta situao a composio recebe a

    citada inscrio AF_XX/XXXX e um Cdigo SIPCI, como a composio 87071 apresentada na

    Figura 12.

    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    01.PISO.RGCP.001/01 CONTRAPISO EM ARGAMASSA TRAO 1:4 (CIMENTO EAREIA), PREPARO MECNICO COM BETONEIRA 400 L,APLICADO EM REAS SECAS MENORES QUE 10M SOBRELAJE, ADERIDO, ESPESSURA 2CM, ACABAMENTOREFORADO. AF_06/2014

    MCdigo SIPCI

    87071

    Vigncia: 06/2014 ltima atualizao: 06/2014

    Figura 12: Composio de contrapiso em argamassa trao 1:4, espessura 2 cm

    A Situao 2 ocorre quando no h disponibilidade de preo para algum insumo da

    composio, a CAIXA divulga seu Caderno Tcnico, porm a composio no figura nos

    relatrios mensais, pois no possvel gerar preo. A referncia vlida e pode ser utilizada,

    bastando a coleta de preo para o insumo faltante. Como na Figura 13 abaixo, a descrio da

    composio neste caso recebe a inscrio AF_XX/XXXX, porm no campo Cdigo SIPCI

    aparece XXXXX, indicando que a composio no est ativa no sistema. Assim que o insumo

    faltante passar a figurar na coleta regular, a composio ser ativada, integrar o relatrio

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    de preos, receber um cdigo SIPCI e seu caderno tcnico ser republicado alterando-se a

    data de ltima atualizao.

    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    01.PISO.RGCP.002/05 CONTRAPISO EM ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA, PREPAROMANUAL, APLICADO EM REAS SECAS MENORES QUE 10MSOBRE LAJE, ADERIDO, ESPESSURA 2CM, ACABAMENTONO REFORADO. AF_06/2014

    MCdigo SIPCI

    XXXXX

    Vigncia: 06/2014 ltima atualizao: 06/2014

    Figura 13: Composio de contrapiso em argamassa industrializada, espessura 2 cm

    A Situao 3 ocorre quando no h disponibilidade de preo para algum insumo que

    consta da composio aferida, entretanto a composio ativada adotando-se um dos

    seguintes procedimentos.

    i) o insumo faltante no tem representatividade no preo unitrio da composio,

    esse no utilizado na composio ativada (no consta da descrio analtica da

    composio), entretanto o insumo permanece indicado no Caderno Tcnico, pois

    necessrio para execuo adequada do servio, ou

    ii) o insumo substitudo na composio aferida por algum insumo com preo

    publicado que possua utilizao e preo similar ao indicado na aferio.

    As composies em qualquer dessas situaes recebem a indicao AF_XX/XXXX_P

    na descrio, bem como os insumos faltantes so identificados com asterisco (*) e as

    pendncias so claramente descritas no Caderno Tcnico, conforme exemplo que consta na

    Figura 14.

    Cdigo / Seq. Descrio da Composio Unidade

    02.INHI.AGFR.001TUBO, PVC, SOLDVEL, DN 20MM, INSTALADO EMRAMAL OU SUB-RAMAL DE GUA FORNECIMENTOE INSTALAO. AF_12/2014_P

    MCdigo SIPCI

    89355

    Vigncia: 12/2014 ltima atualizao: 12/2014

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    COMPOSIO

    Item Cdigo Descrio Unidade Coeficiente

    C 88267ENCANADOR OU BOMBEIRO HIDRULICOCOM ENCARGOS COMPLEMENTARES

    H 0,3190

    C 88248AUXILIAR DE ENCANADOR OU BOMBEIROHIDRULICO COM ENCARGOSCOMPLEMENTARES

    H 0,3190

    I 9867TUBO, PVC, SOLDVEL, DN 20 MM, PARAGUA FRIA

    M 1,0610

    I * LIXA D`GUA N 100 P/ PVC 225x275MM UN 0,1060

    Figura 14: Extrato do caderno tcnico da composio 89355 (instalao de gua fria)

    No caso dessa situao o Caderno Tcnico informa a pendncia: Como no h preo

    coletado para a LIXA DGUA N 100 PARA PVC, 225 X 275 MM, houve substituio pelo

    insumo INX 3767 LIXA EM FOLHA PARA PAREDE OU MADEIRA, NMERO 120 (COR

    VERMELHA).

    Neste caso, foi considerado o mesmo coeficiente.

    As composies com pendncias so ativadas no sistema SINAPI para permitir que

    seja gerado o preo para o servio e este figure no relatrio de composies publicado

    mensalmente na pgina da CAIXA.

    4. RECURSOS

    Toda a produo do SINAPI disponibilizada na internet, no endereo

    www.caixa.gov.br/sinapi. Nesse endereo, esto disponveis verses digitaisconstantemente atualizadas dos seguintes produtos e informaes:

    Relatrios de Insumos, preos com e sem desonerao, para as 27 capitais dos

    Estados e Distrito Federal;

    Relatrios de Composies Sintticas, preos com e sem desonerao, para as 27

    capitais dos Estados e Distrito Federal;

    Catlogos de Composies Analticas;

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    SINAPI - Manual de Metodologias e Conceitos

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    Cadernos Tcnicos de composies aferidas disponibilizados em Consulta Pblica;

    Cadernos Tcnicos das Composies Aferidas vigentes, para os Lotes 1, 2 e 3;

    Relao de Composies Aferidas;

    Relatrio de Manuteno de Insumos Banco Nacional;

    Relatrio de Composies Alteradas;

    Planilhas de Encargos Sociais, com e sem desonerao, para as 27 capitais dos

    Estados e Distrito Federal;

    Informaes para realizao de convnios entre a CAIXA e Instituies Pblicas

    para acesso ao SIPCI;

    Manual de Metodologias e Conceitos do SINAPI.

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    SINAPI - Manual de Metodologias e Conceitos

    46

    5. BIBLIOGRAFIA

    Acrdo N 1.736/2007TCUPlenrio

    Acrdo N 2.622/ 2013TCUPlenrio

    BAETA, Andr P. Oramento e Controle de Preos de Obras Pblicas. Ed. Pini, 2012.

    Decreto Presidencial N 7.983/2013 - Estabelece regras e critrios para elaborao do

    oramento de referncia de obras e servios de engenharia, contratados e

    executados com recursos dos oramentos da Unio, e d outras providncias.

    Lei 5.194/1966 - Regula o exerccio das profisses de Engenheiro, Arquiteto e

    Engenheiro-Agrnomo, e d outras providncias.

    Lei 6.496/1977 Institui a "Anotao de Responsabilidade Tcnica" na prestao de

    servios de engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criao, pelo

    Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mtua

    de Assistncia Profissional; e d outras providncias.

    Lei 8.666/1993 - Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal, institui

    normas para licitaes e contratos da Administrao Pblica e d outras

    providncias.

    Lei 12.378/2010 - Regulamenta o exerccio da Arquitetura e Urbanismo; cria o

    Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de

    Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAUs; e d outras

    providncias.

    MATTOS, Aldo Drea. Como Preparar Oramentos de Obras. Ed. Pini, 2006.

    6. ANEXOS

    Anexo IAferio

    Anexo IICustos Horrios de Equipamentos

    Anexo IIIEncargos Sociais

    Anexo IVEncargos Sociais Complementares

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    SINAPISISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E NDICES

    DA CONSTRUO CIVIL

    Verso: 003

    Vigncia: 12/2013

    ltima Atualizao: 02/2015

    ANEXO I

    Aferio

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    SUMRIO - ANEXO I - AFERIO

    1. Aspectos Gerais ..................................................................................................................49

    2. Fatores que Influenciam os Coeficientes Aferidos .............................................................493. Princpios para Anlise da Produtividade da Mo de Obra ................................................504. Princpios para Anlise do Consumo Unitrio / Perdas de Materiais .................................525. Princpios para Anlise da Eficincia dos Equipamentos ....................................................536. Etapas do Processo de Aferio ..........................................................................................54

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    Anexo IAferio

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    ANEXO IMETODOLOGIA DE AFERIO DO SINAPI

    Como tratado anteriormente, aferir composies significa dimensionar

    produtividades de mo de obra e equipamentos, alm de consumos e perdas de materiais

    envolvidos na execuo dos diversos servios da construo civil.

    No caso do SINAPI, esse dimensionamento realizado por meio da metodologia

    descrita a seguir e com base, preferencialmente, em dados obtidos em medies em obras.

    1. ASPECTOS GERAIS

    O clculo da produtividade fundamentado em abordagem denominada modelo de

    entradas-sadas, no qual a produtividade considerada como a eficincia em transformar

    recursos fsicos - materiais, mo de obra e equipamentos - em servios (Figura 1).

    Figura 1: Representao da definio de produtividade

    Deste modo, a aferio de uma composio deve apresentar os valores medidos de

    produtividade para os diferentes recursos que participam de um servio, quais sejam: mo

    de obra, materiais e equipamentos.

    2. FATORES QUE INFLUENCIAM OS COEFICIENTES AFERIDOS

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    Anexo IAferio

    50

    Os fatores que influenciam tanto o consumo de materiais quanto a produtividade da

    mo de obra e dos equipamentos podem ser associados a:

    - PRODUTO: relacionado ao tipo de servio a ser medido, s especificaes exigidas e

    detalhes de projeto que influenciam o esforo necessrio para sua execuo e as perdas a

    ele associadas. Por exemplo: no caso de revestimento cermico, o assentamento de placas

    grandes em ambientes pequenos tende a ocasionar perdas maiores devido necessidade de

    maior nmero de cortes nas peas;

    - PROCESSO: relacionado ao processo de execuo de um dado servio. Por exemplo:

    no caso de assentamento de blocos estruturais de concreto, a utilizao da ferramenta

    palheta ou bisnaga pode levar a uma perda menor de material e melhor produtividade que a

    utilizao de colher de pedreiro.

    3. PRINCPIOS PARA ANLISE DA PRODUTIVIDADE DA MO DE OBRA

    No caso de mo de obra, a eficincia decorre da relao entre o esforo empregado

    (HhHomem hora) e o resultado obtido (Qs Quantidade de servio), chamada de RUP

    Razo Unitria de Produo, dado pela frmula da Figura 2.

    Figura 2: Frmula para clculo da Razo Unitria de Produo (RUP).

    A produtividade extrada deste indicador relaciona o esforo despendido com a

    quantidade produzida. Quando este indicador refere-se ao esforo despendido e ao servio

    produzido durante em um dia de trabalho, tem-se a RUP diria.

    No setor da construo, a RUP diria tipicamente apresenta grandes variaes,

    exigindo que os servios sejam observados em uma sequncia de dias. A partir do conjunto

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    Anexo IAferio

    51

    de dados obtidos, em um determinado perodo, calculada a RUP cumulativa, que

    representa uma medida de tendncia central das observaes dirias.

    Para a devida apropriao da parcela de tempo improdutivo necessrio e inerente ao

    servio, e excluso do tempo ocioso que no deve ser contemplado nos coeficientes,

    empregam-se os conceitos de RUP diria, RUP cumulativa e RUP potencial.

    A RUP cumulativa, assim como a diria, apresenta parcela incorporada de tempos

    improdutivos e parte dos ociosos. Para extrair a parcela oriunda de ociosidade, realizada a

    anlise da relao entre a RUP cumulativa e a RUP potencial. A RUP potencial representa

    uma produtividade de bom desempenho possvel de ser alcanada, sendo calculada a partir

    das melhores RUP dirias, embora de difcil constncia por vrios dias seguidos (ver Figura

    3).

    O grfico a seguir apresenta as diferentes RUPs de um servio hipottico, medido em

    m, para o qual so analisados, durante 15 dias em uma obra, o esforo empregado (Hh) e a

    quantidade de servio executada (Qs).

    No processo de aferio cada servio observado em diversas obras, o que torna

    possvel reunir grande massa de dados objetivando extrair um coefici