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3/4/2014 Sinapse Química - Sistema Nervoso - InfoEscola http://www.infoescola.com/sistema-nervoso/sinapse-quimica/ 1/1 Por Marcelo Oliveira Sinapse Química A maioria das sinapses utilizadas para transmissão do sinal no sistema nervoso central da espécie humana são as sinapses químicas, que sempre transmitem esse sinal em uma direção, ou seja, possuem uma condução unidirecional. Essa é uma característica importante desse tipo de sinapse, permitindo que os sinais atinjam alvos específicos. Esse evento se inicia com a secreção de uma substância química chamada neurotransmissor, que irá atuar em proteínas receptoras presentes na membrana do neurônio subsequente, promovendo a excitação ou inibição. As substâncias neurotransmissoras mais conhecidas são: acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina, ácido gama‑aminobutírico, glicina, serotomina e glutamato. Na sinapse química o terminal pré‑sinático é separado do corpo celular do neurônio pós‑sinático pela fenda sináptica. O terminal pré‑sináptico possui vesículas transmissoras que contém substâncias transmissoras que serão liberadas na fenda sináptica, essa liberação é controlada por canais de cálcio dependentes de voltagem. O potencial de ação despolariza a membrana pré‑ sináptica, os canais de cálcio se abrem e íons de cálcio entram no terminal pré‑sináptico, que se ligam a proteínas especiais, chamadas de sítio de liberação, que se encontram na superfície interna da membrana pré‑sináptica, fazendo com que esses sítios se abram liberando as vesículas transmissoras, que podem ter função inibitória ou exitatória. As vesículas transmissoras, liberadas na fenda sináptica, passam para o terminal pós‑sináptico. A membrana do neurônio pós‑sináptico possui um grande número de proteínas receptoras, cujas moléculas podem possuir componentes de ligação onde o neurotransmissor, que está na fenda sináptica, se liga a um componente ionóforo, que atravessa toda a membrana pós‑ sináptica até alcançar o interior do neurônio pós‑sináptico. O componente ionóforo pode ser de canal iônico, que permite a passagem de tipos específicos de íons. Os canais iônicos podem ser do tipo catiônios, que conduzem íons de sódio, ou do tipo aniônico, que passam íons cloreto. Os canais catiônicos permitem a entrada de cargas positivas, promovendo a excitação do neurônio. Portanto as substâncias transmissoras que abrem esses canais são chamadas de transmissores excitatórios. Os canais aniônicos permitem a entrada de cargas negativas, promovendo a inibição do neurônio, desse modo as substâncias transmissoras que abrem esses canais são chamadas de transmissores inibitórios. O componente ionóforo também pode ser um ativador de segundo mensageiro, uma molécula que projeta‑se para o citoplasma da célula e ativa uma ou mais substâncias localizadas no interior do neurônio pós‑sináptico, promovendo aumento ou diminuição de funções celulares específicas. Fontes: http://www.fisiologia.kit.net/fisio/pa/2.htm Guyton, Arthur C. e Hall, John E.. Tratado de Fisiologia Médica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.

Sinapse Química - Sistema Nervoso - InfoEscola

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  • 3/4/2014 Sinapse Qumica - Sistema Nervoso - InfoEscola

    http://www.infoescola.com/sistema-nervoso/sinapse-quimica/ 1/1

    Por Marcelo Oliveira

    Sinapse Qumica

    A maioria das sinapses utilizadas para transmisso do sinal no sistema nervoso central daespcie humana so as sinapses qumicas, que sempre transmitem esse sinal em umadireo, ou seja, possuem uma conduo unidirecional. Essa uma caracterstica importantedesse tipo de sinapse, permitindo que os sinais atinjam alvos especficos.

    Esse evento se inicia com a secreo de uma substncia qumica chamadaneurotransmissor, que ir atuar em protenas receptoras presentes na membrana doneurnio subsequente, promovendo a excitao ou inibio.

    As substncias neurotransmissoras mais conhecidas so: acetilcolina, norepinefrina,epinefrina, histamina, cido gamaaminobutrico, glicina, serotomina e glutamato.

    Na sinapse qumica o terminal prsintico separado do corpo celular do neurnio pssinticopela fenda sinptica. O terminal prsinpticopossui vesculas transmissoras que contmsubstncias transmissoras que sero liberadas nafenda sinptica, essa liberao controlada porcanais de clcio dependentes de voltagem. Opotencial de ao despolariza a membrana prsinptica, os canais de clcio se abrem e ons declcio entram no terminal prsinptico, que seligam a protenas especiais, chamadas de stio de liberao, que se encontram na superfcieinterna da membrana prsinptica, fazendo com que esses stios se abram liberando asvesculas transmissoras, que podem ter funo inibitria ou exitatria. As vesculastransmissoras, liberadas na fenda sinptica, passam para o terminal pssinptico.

    A membrana do neurnio pssinptico possui um grande nmero de protenas receptoras,cujas molculas podem possuir componentes de ligao onde o neurotransmissor, que estna fenda sinptica, se liga a um componente ionforo, que atravessa toda a membrana pssinptica at alcanar o interior do neurnio pssinptico. O componente ionforo pode serde canal inico, que permite a passagem de tipos especficos de ons.

    Os canais inicos podem ser do tipo catinios, que conduzem ons de sdio, ou do tipoaninico, que passam ons cloreto.

    Os canais catinicos permitem a entrada de cargas positivas, promovendo a excitao doneurnio. Portanto as substncias transmissoras que abrem esses canais so chamadas detransmissores excitatrios. Os canais aninicos permitem a entrada de cargas negativas,promovendo a inibio do neurnio, desse modo as substncias transmissoras que abremesses canais so chamadas de transmissores inibitrios.

    O componente ionforo tambm pode ser um ativador de segundo mensageiro, umamolcula que projetase para o citoplasma da clula e ativa uma ou mais substnciaslocalizadas no interior do neurnio pssinptico, promovendo aumento ou diminuio defunes celulares especficas.

    Fontes:http://www.fisiologia.kit.net/fisio/pa/2.htmGuyton, Arthur C. e Hall, John E.. Tratado de Fisiologia Mdica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.AVISO LEGAL: As informaes disponibilizadas nesta pgina devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, no podendo, jamais, serem utilizadas em substituio a um diagnstico mdicopor um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da m utilizao das informaes aqui publicadas.