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RESOLUÇÃO Nº 02/2017DATA: 18/08/2017

Institui o Manual de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar, regulamentando procedimentos que visam a apuração de cometimento de infrações funcionais, aplicação de penalidades a empregados e colaboradores e outras providências.

Considerando a autorização da Assembleia Geral da Associação Mário Penna registrada na ata de reunião realizada em 01 de agosto de 2016;

Considerando o dever da Associação Mário Penna de zelar pela integridade do seu patrimônio financeiro e moral;

Considerando as disposições da Lei Federal n. 12.846, de 01 de agosto de 2013;

Considerando o interesse da Associação Mário Penna em instituir medidas de integridade;

Considerando, por fim, os princípios do devido processo legal e da ampla defesa insculpidos no artigo 5º, no inciso LV, da Constituição da República, a Diretoria Executiva RESOLVE:

Art. 1º. Instituir o Manual de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar, conforme anexo que é parte integrante desta Resolução, regulamentando os procedimentos e instrumentos pelos quais serão apuradas as infrações funcionais praticadas por colaboradores da Associação Mário Penna no exercício de suas atribuições ou que tenham relação com as atribuições de seu cargo ou função.

Art. 2º. Ficam criadas as Comissões de Sindicância e de Processo Administrativo Disciplinar, cada uma constituída por 6 (seis) membros, entre os quais 1 (um) será o presidente.

Art. 3º. Os integrantes das Comissões serão designados, mediante Portaria específica do Diretor Presidente da Diretoria Executiva, para mandato de 12 meses, podendo ser prorrogado.

Art. 4º. Os integrantes das Comissões deverão exercer suas atribuições com discrição e confidencialidade, observando, entre outros, os princípios da moralidade, eficiência, impessoalidade, boa-fé, busca da verdade real e, sendo o caso de processo administrativo disciplinar, da ampla defesa e do contraditório, atuando sempre de forma imparcial e sigilosa, preservando o bom andamento dos trabalhos e resguardando a imagem da entidade e dos colaboradores supostamente envolvidos.

Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua assinatura.

Belo Horizonte, 18 de agosto de 2017.

PAULO JOSÉ DE ARAÚJODIRETOR PRESIDENTE

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MANUAL DE SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARCAPÍTULO 1 – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. O Manual de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar prevê os procedimentos e instrumentos pelos quais serão apuradas as infrações funcionais praticadas por empregados e colaboradores da Associação Mário Penna no exercício de suas atribuições ou que tenham relação com as atribuições de seu cargo ou função.

Parágrafo único. Os procedimentos aqui previstos aplicam-se ao colaborador que tem ou teve vínculo empregatício ou funcional.

Art. 3º. Considerar-se-á, para os fins de aplicação desta norma, como infração funcional a inobservância, dolosa ou culposa, de qualquer norma prevista em Regulamento, Código de Ética e de Conduta, Regulamento de Compras, contrato de trabalho ou qualquer ato normativo regularmente expedido e publicado pela instituição, e da legislação em vigor.

§1º. Será objeto de Sindicância e PAD a infração funcional que cause danos à instituição ou a clientes e doadores.

§2º. Poderá ser objeto de Sindicância e PAD a infração funcional que, embora não imediatamente causadora de danos mensuráveis, seja considerada grave ou gravíssima em face da disciplina da instituição.

RESOLUÇÃO Nº 02/2017DATA: 18/08/2017

Art. 2º. A Sindicância, de caráter eminentemente preparatório e investigativo, deverá ser instaurada sempre que o Presidente da Comissão de Sindicância tiver notícia de possível cometimento de infração funcional via Núcleo de Controle de Integridade e que não seja possível identificar, de plano, indícios suficientes de autoria e materialidade da conduta ou omissão irregular.

§1º. A Portaria de instauração da Sindicância deverá conter:i. descrição de número e data;ii. descrição dos fatos e das condutas supostamente irregulares;iii. indicação dos membros da Comissão de Sindicância, sorteados para o feito;iv. prazo de duração dos trabalhos.

§2º. Havendo indícios suficientes de autoria e materialidade, poderá ocorrer a instauração direta do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), sendo assegurado ao colaborador acusado o direito à ampla defesa e ao contraditório.

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Art. 4º. Os autos da Sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar, dado o seu caráter sigiloso, só poderão ser manuseados pelos membros da respectiva comissão.

Art. 5º. Os integrantes das Comissões estão obrigados ao compromisso de sigilo sobre os documentos e assuntos que lhe sejam submetidos, sob pena de responsabilização.

Art. 6º. Todos os documentos pertinentes aos trabalhos das Comissões deverão ser autuados em ordem cronológica, com todas as folhas numeradas.

Art. 8º. Ao membro relator do processo, além da guarda, compete autuar e numerar os autos dos processos de Sindicância e dos Processos Administrativos Disciplinares.

§1º. A autuação dos procedimentos de Sindicância e Procedimento Administrativo Disciplinar será acompanhada de rubrica do membro que a promover.

§2º. O número e a descrição de cada procedimento seguirão a ordem interna de instauração, conforme os trâmites ordinários da instituição.

Art. 7º. As notificações serão remetidas pela via interna ordinária de tramitação de documentos.

Parágrafo único. A notificação dar-se-á via serviço postal, mediante envio de carta por correio, com aviso de recebimento, quando o destinatário não possuir vínculo com a instituição ou estiver lotado fora das suas dependências.

Art. 9º. A critério dos presidentes das Comissões, caso seja necessário para resguardar a instrução processual, os trabalhos poderão ser realizados em outra localidade diversa da sede da instituição.

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Art. 10. Instaurada Sindicância ou PAD, deverão ser sorteados, entre os membros da respectiva Comissão, aqueles que conduzirão o procedimento. §1º. Serão sorteados 3 (três) colaboradores entre os membros da respectiva Comissão, sendo o Relator o primeiro colaborador sorteado, cabendo-lhe a direção dos trabalhos e elaboração dos despachos, notificações, relatórios e demais documentos que irão instruir o processo.

§2º. Na hipótese de impedimento ou ausência de membro da turma por 3 (três) sessões consecutivas, deverá ser sorteado novo membro pelo Presidente da respectiva Comissão, de ofício ou mediante provocação.

§3º. O suplente sorteado nos termos do parágrafo anterior prosseguirá na mesma função do membro que vier a substituir, mantendo-se na função enquanto perdurar as razões do impedimento ou da ausência.

§4º. Sempre que a complexidade ou a gravidade da suposta infração funcional demandar, o Presidente da respectiva Comissão poderá indicar, mediante despacho fundamentado, além dos membros da própria Comissão, o acréscimo de integrantes complementares, em razão de conhecimento técnico, contábil ou jurídico, escolhidos entre colaboradores da instituição ou particulares contratados.

§5º. Os integrantes complementares das Comissões não terão competência decisória, devendo atuar com o fim exclusivo de prestar auxílio aos demais componentes na forma de aconselhamento, assessoramento ou consultoria.

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CAPÍTULO 2 -DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES DOS MEMBROS DAS COMISSÕES

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Art. 11. Ao Diretor Presidente da Diretoria Executiva compete:

i - designar os Presidentes das Comissões de Sindicância e de Processo Administrativo Disciplinar;

ii- designar os colaboradores integrantes das Comissões, bem como os integrantes complementares, nos termos do art. 10;

iii - decidir sobre eventuais conflitos entre as Comissões de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar.

Art. 12. Aos Presidentes das Comissões compete:

i - sugerir, quando demandado, ao Presidente da Diretoria Executiva, os nomes de colaboradores para compor a Comissão;

ii - proceder ao sorteio dos membros para exercício das funções;

iii - verificar a ocorrência de impedimentos ou de suspeições dos membros sorteados e, sendo necessário, efetuar o sorteio de membro suplente;

iv - zelar pelo cumprimento dos prazos;

v - apreciar e decidir acerca de eventual pedido de prorrogação do prazo para conclusão dos trabalhos das Turmas.

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CAPÍTULO 3 – DAS COMPETÊNCIASSeção I – Do Presidente da Diretoria Executiva

Seção II – Dos presidentes das comissões

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Art. 13. A ocorrência de supostas infrações no âmbito da AMP deverá ser levada ao conhecimento do Presidente da Comissão de Sindicância por meio do Núcleo de Controle de Integridade.

Parágrafo único. A Diretoria pode determinar de ofício a instauração de Sindicância, remetendo a decisão ao Presidente da Comissão para que tome as providências, conforme este Manual.

Art. 14. Não havendo indícios suficientes para permitir a análise preliminar acerca da viabilidade da instauração de Sindicância, o Presidente da Comissão devolverá o expediente ao seu subscritor, comunicando-lhe do indeferimento, facultando a emenda do pedido e sua instrução com maiores subsídios.

Art. 15. Havendo indícios suficientes do cometimento de infrações, o Presidente da Comissão de Sindicância deverá instaurar a Sindicância nos termos do art. 2º, deste Manual.

Art. 16. O Presidente da Comissão de Sindicância, verificando que a notícia dos fatos já permite identificar o(s) responsável(eis) pela infração funcional, bem como possibilita a pronta apuração de danos e prejuízos, poderá, mediante despacho fundamentado, remeter o expediente ao Presidente da Comissão de Processo Administrativo para que este avalie a instauração imediata do Processo Administrativo Disciplinar.

Art. 17. Após a autuação e instrução inicial da Sindicância, a Turma Sindicante deverá se reunir para análise e planejamento das providências a serem tomadas para apuração dos fatos, tais como oitiva de colaboradores, análise documental, consultas, oitiva dos possíveis autores das condutas e de terceiros, sendo admitidos todos os meios de prova legais para fins de apuração.

Art. 18. Ao colher os depoimentos, a Turma Sindicante deverá:

i. ouvir o depoente de forma individualizada, evitando que um depoente tenha conhecimento do teor do depoimento dos demais;

ii. reduzir os depoimentos a termo;

iii. autuar conforme este Manual a ata da sessão de oitivas, os termos de depoimento e os arquivos de áudio ou áudio e vídeo, caso existentes.

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CAPÍTULO 4 – DA SINDICÂNCIA

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Art. 19. Havendo conflito entre as versões dos fatos relatados por mais de um depoente, a Turma Sindicante poderá realizar acareação, confrontando depoentes e suas respectivas narrativas, buscando a verdade dos fatos.

Art. 20. Concluídos os depoimentos e as diligências necessárias, a Turma Sindicante deverá se reunir e decidir sobre a ocorrência ou não das infrações, assim como pela ocorrência de danos ou prejuízos à instituição, fazendo tudo constar no Relatório.

Art. 21. O Relatório deverá conter:

i. resumo dos fatos que originaram a Sindicância;

ii. síntese das diligências promovidas;

iii. análise das provas colhidas;

iv. conclusão sobre a remessa dos autos à Comissão de Processo Administrativo Disciplinar ou pelo arquivamento;

v. demais recomendações pertinentes e justificadas conforme os fatos elucidados.

Art. 22. Da decisão da Comissão Sindicante pelo arquivamento ou pelo encaminhamento à Comissão de Processo Administrativo Disciplinar não cabe recurso.

Parágrafo único. É possível o desarquivamento do processo de Sindicância, caso surjam novos indícios da suposta irregularidade e se estes forem levados a conhecimento do seu Presidente ou de algum dos seus membros, bem como da Diretoria.

Art. 23. A Sindicância deverá ser concluída em 30 (trinta) dias corridos.

Parágrafo único. O prazo acima estabelecido poderá ser prorrogado pelo Presidente da Comissão em despacho fundamentado.

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Art. 24. Recebido o Relatório Conclusivo da Comissão de Sindicância, deverá o Presidente da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, mediante despacho fundamentado:

i - facultar ao acusado a solução mediante formalização de Termo Circunstanciado Administrativo (TCA), caso estejam presentes os devidos requisitos, nos termos do Art. 51 deste Manual;

ii - remeter o expediente ao Presidente da Comissão de Sindicância para que este determine a realização de diligências para complementação do Relatório, verificando que o Relatório Conclusivo da Comissão de Sindicância não trouxe subsídios suficientes para identificar o(s) responsável(eis) pela infração funcional;

iii- instaurar o procedimento administrativo, promovendo-se o sorteio para a composição da Turma Processante;

iv- propor o arquivamento, sob referendo da autoridade competente para aplicação de eventual penalidade, quando for possível concluir, de plano, pela ausência de necessidade de instauração do procedimento, pela não ocorrência da infração funcional ou de danos ou prejuízos.

Art. 25. Sendo a situação passível de regularização por TCA, o Presidente da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar providenciará a notificação do acusado para que este tome ciência dos fatos que lhe são imputados e, no prazo de 5 (cinco) dias, manifeste interesse em firmar o TCA, nos termos do art. 51.

Parágrafo único. Caso o acusado não se manifeste no prazo ou decline da possibilidade de firmar o TCA, o processo prosseguirá com a designação da Turma Processante e a expedição de notificação para apresentação de defesa.

Art. 26. Caberá aos membros da Comissão sorteados a condução de cada processo de forma imparcial, praticando todos os atos necessários para a devida instrução processual, assegurado o direito de defesa.

Art. 27. Todos os documentos pertinentes à análise do caso deverão ser autuados ao Processo Administrativo Disciplinar em ordem cronológica e todos os atos praticados reduzidos a termo por seus membros, juntados nos autos do processo.

CAPÍTULO 5 – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARSeção I – Da instauração

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Art. 28. A Turma Processante expedirá notificação ao acusado para que este, querendo, apresente defesa no prazo de 15 (quinze) dias, ocasião em que poderá juntar documentos e solicitar a produção de provas, se houver, sendo facultado ao acusado a constituição de advogado.

§ 1º. Durante o prazo de defesa, o acusado e eventual advogado constituído terão vista dos autos para exercitar seu direito de defesa, podendo consultar, fazer anotações e obter cópias.

§2º. Não apresentada a defesa no prazo, o processamento do feito prosseguirá regularmente, podendo o acusado participar dos demais atos processuais subsequentes.

Art. 29. Apresentada a defesa ou transcorrido o prazo sem manifestação do acusado, serão analisadas em reunião as alegações e os documentos constantes da defesa, deliberando em seguida acerca de eventual pedido de produção de provas.

Art. 30. Será determinada a produção de todas as provas pertinentes à elucidação dos fatos, considerando o relato fático das supostas infrações funcionais, as alegações de defesa e aquelas que a Turma entender conveniente.

Parágrafo único. A Turma Processante poderá indeferir, em decisão fundamentada, os pedidos de produção de provas e demais diligências solicitadas sempre que essas se mostrem manifestamente impertinentes ou protelatórias.

Art. 31. A Comissão tomará todas as medidas necessárias para a produção das provas, tais como: expedição de ofícios, requisição de documentos, convocação para prestar esclarecimentos, depoimento pessoal do acusado, inquirição de testemunhas, entre outras.

Art. 32. Os depoimentos do acusado e das testemunhas deverão ser colhidos obrigatoriamente em audiência, ocasião em que os membros da Comissão, bem como o acusado, poderão efetuar as perguntas que entenderem necessárias.

Parágrafo único. O acusado e as testemunhas, a serem ouvidas em audiência deverão ser notificados com antecedência mínima de 3 (três) dias da sua realização.

Art. 33. Ao colher os depoimentos das testemunhas, a Turma Processante deverá fazê-lo de forma individualizada.

Art. 34. Havendo conflito entre as versões dos fatos relatados por mais de um depoente, poderá a Comissão proceder à acareação.

Art. 35. Se no curso da produção das provas originariamente pretendidas verificar-se a necessidade de realização de novas diligências, poderão os membros da Comissão proceder a produção de novas provas.

Art. 36. Encerrada a instrução processual com a produção de todas as provas pertinentes, redução a termo de todos os depoimentos, será notificado o acusado para, querendo, apresentar alegações finais no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 37. Apresentadas as alegações finais, ou decorrido o prazo sem a manifestação do acusado, os membros da Comissão deverão se reunir para analisar detidamente todo o conjunto probatório, elaborando, em seguida, o Parecer Conclusivo.

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Art. 38. Ao elaborar o Parecer Conclusivo, a Comissão deverá:i. relatar o trâmite do feito;ii. circunscrever o objeto do processo;iii. declinar as razões e os fundamentos que conduziram à conclusão da ocorrência de infração

funcional, de sua autoria, da extensão do dano ou da gravidade;iv. recomendar as penalidades aplicáveis pela autoridade julgadora.

Art. 39. Emitido o Parecer Conclusivo, os membros da Comissão encerrarão sua participação no Processo Administrativo Disciplinar, remetendo os autos à autoridade competente para julgar.

Art. 40. Proferida a decisão pelo arquivamento dos autos ou pela aplicação de penalidade, os autos deverão ser remetidos ao Presidente da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para que notifique o acusado de seu inteiro teor.

Art. 41. Da decisão proferida pela autoridade julgadora competente, será notificado o acusado, que terá o prazo de 15 (quinze) dias para interpor recurso, com efeito suspensivo.

Art. 42. O acusado poderá interpor recurso da decisão mediante protocolo de manifestação escrita, dirigida ao Presidente da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, expondo as razões de fato e de direito que fundamentam seu pedido de reforma.

Art. 43. Interposto o recurso, caberá ao Presidente da Comissão de Processo Administrativo remeter os autos do processo ao Presidente da nova Comissão competente para julgamento.

§1º Para julgamento do recurso será formada nova Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, composta pelos membros que não participaram da Comissão Originária, na forma do Art. 10 e seus parágrafos, deste Manual.

§2º O procedimento para julgamento do recurso seguirá, no que couber, as mesmas disposições relativas ao Processo Administrativo Originário.

Art. 44. O recurso deverá ser julgado em até 15 (quinze) dias e remetido à Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, que notificará o acusado da decisão proferida.

Seção II – Da decisão

Seção III – Dos recursos

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Art. 45. A Comissão Processante, considerando a gravidade da infração funcional, o grau de culpabilidade do acusado, os prejuízos e danos causados e ainda as medidas eventualmente tomadas pelo acusado para reparar ou mitigar os efeitos de sua conduta, indicará à autoridade competente, nos termos deste Manual e observando a cadeia hierárquica, a aplicação das seguintes penalidades:

i - advertência;

ii - suspensão por até 30 dias;

iii - demissão com justa causa.

Art. 46. A advertência dar-se-á por escrito e deverá constar dos registros funcionais do acusado.

Art. 47. Ao indicar a pena de suspensão, a Comissão Processante deverá levar em conta a gravidade da infração funcional cometida.

Art. 48. A demissão com justa causa, decorrente de Processo Administrativo Disciplinar, somente poderá ser aplicada na hipótese de infração funcional grave que configure uma das situações a seguir descritas:

i - ato de improbidade;

ii - incontinência de conduta ou mau procedimento;

iii - negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;

iv - condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;

v - desídia no desempenho das respectivas funções;

vi - embriaguez habitual ou em serviço;

vii- violação de segredo da empresa;

viii- ato de indisciplina ou de insubordinação;

ix - abandono de emprego;

x - ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

xi - ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

xii - prática constante de jogos de azar;

xiii - descumprimento de dever funcional previsto em regulamentos, códigos ou diplomas semelhantes.

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CAPÍTULO 6 – DAS PENALIDADES

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Art. 49. As penalidades somente serão aplicadas após a decisão final do recurso ou do transcurso do prazo recursal.

Art. 50. Aplicada a penalidade ao acusado, os autos deverão ser remetidos:

i - à gerência de RH para fins de instrumentalização da penalidade aplicada; e

ii - ao Jurídico, se caracterizado dano financeiro, patrimonial ou moral à instituição.

Art. 51. Sendo a infração funcional considerada de menor lesividade, será facultado pelo Presidente da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar ao acusado firmar Termo Circunstanciado Administrativo (TCA), suspendendo o Processo Administrativo Disciplinar, o que deverá ser homologado pela autoridade julgadora.

Parágrafo único. Será considerada infração de menor lesividade aquela que ensejou em danos ou prejuízo no valor máximo de R$5.000,00 (cinco mil reais), desde que o acusado não tenha agido com dolo ou má-fé.

Art. 52. O acusado que firmar o TCA prestará compromisso de ressarcir integralmente o valor do dano causado ao patrimônio da instituição no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da assinatura do respectivo termo.

§1º. Caso o acusado não cumpra com a obrigação assumida no TCA, o Processo Administrativo Disciplinar prosseguirá, sendo sorteados os integrantes da Comissão Processante que atuarão no feito.

§2º. Cumprida a obrigação assumida, o processo será arquivado sem aplicação de penalidades e sem registro na ficha funcional do empregado.

CAPÍTULO 7 – DO TERMO CIRCUNSTACIADO ADMINISTRATIVO

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Art. 53. Verificando-se a presença de fundado risco de que o colaborador use de suas funções para impedir ou tumultuar os trabalhos das Comissões, poderá o Diretor Presidente da Diretoria Executiva, em despacho fundamentado, determinar seu afastamento preventivo, sem prejuízo da sua remuneração, até que se ultimem os procedimentos previstos neste Manual.

§1º. O afastamento provisório poderá ser revogado quando as suspeitas de uso do cargo ou influência se mostrarem infundadas ao longo da apuração.

§2º. O afastamento preventivo poderá ser utilizado diante de supostas infrações funcionais de grande potencial lesivo e que, caso comprovadas, autorizem a demissão por justa causa do colaborador.

Art. 54. As Comissões que, no curso dos procedimentos previstos neste Manual, tomarem conhecimento de possível descumprimento contratual por parte das pessoas físicas ou jurídicas contratadas pela AMP deverão comunicar o fato à autoridade competente para providências cabíveis.

Art. 55. Aplicam-se subsidiariamente aos atos e procedimentos previstos neste Manual o Regulamento de Estrutura Organizacional e o Regimento Interno, bem como os princípios gerais de processo brasileiro.

Art. 56. Os prazos contar-se-ão da data de ciência do ato ou da decisão, mediante notificação, nos termos deste Manual e demais normas internas.

Art. 57. Na aplicação deste Manual, computar-se-ão os prazos excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento, nos termos da legislação processual vigente.

Art. 58. Os atos previstos neste Manual deverão ser realizados nos dias úteis.

Belo Horizonte, 18 de agosto de 2017.

PAULO JOSÉ DE ARAÚJODIRETOR PRESIDENTE

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CAPÍTULO 8 – DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

CAPÍTULO 9 – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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