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O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país
DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO, TERÇA-FEIRA, PASSEATA, 15H, SAINDO DO CAMPO GRANDE
Edição Diária 7233 | Salvador, quinta e sexta-feira, 15 e 16.06.2017 Presidente Augusto Vasconcelos
BANCOS PÚBLICOS
Sábado, acontece o Encontro dos Bancos Públicos, às 9h, no Sindicato da Bahia. Bancários estão mobilizados. O governo Temer mira todos os patrimônios nacionais. É preciso construir estratégias de defesa, para impedir o avanço do neoliberalismo. Participe. Página 3
Fortalecer a resistência
Bancários do BB, BNB e Caixa devem ampliar as mobilizações em defesa das empresas públicas. Estratégias começam a ser definidas
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, 15 e 16.06.20172 RESISTÊNCIA
Definição das ações é segunda-feira, às 18h30, no SindicatorEdAçã[email protected]
Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933
O BANCÁRIO
Assembleia discute greve geral
Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: rogaciano Medeiros - reg. MTE 879 drT-BA. Chefe de reportagem: rose Lima - reg. MTE 4645 drT-BA. repórteres: Ana Beatriz Leal - reg. MTE 4590 drT-BA e rafael Barreto. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Salete Maso. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.
O MOMENTO é de unidade e luta contra os retrocessos. Uma boa hora para mostrar ao gover-no Temer que não o apoia e quer eleição direta, é participando da greve geral do dia 30 de junho. Para definir a participação dos bancários da base do Sindi-cato da Bahia na paralisação, segunda-feira, às 18h30, tem as-sembleia geral, no auditório da
entidade, Mercês. A orientação do Comando
Nacional dos Bancários é pela participação da categoria na greve geral. A decisão foi toma-da na terça-feira, em reunião realizada em Brasília. Da Bahia, participa-ram o presidente da Federação dos Ban-cários da Bahia e Ser-gipe, Emanoel Souza, e a diretora do Sindi-cato, Jussara Santos Barbosa.
Agora, é funda-mental que a categoria parti-cipe da assembleia convocada para segunda-feira. Com as in-
OIT reafirma. Reforma trabalhista não dá
O RELATOR da reforma traba-lhista, o deputado Rogério Ma-rinho (PSDB/RN), afirmou que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) se posicionou a favor da mudança legislativa e que o projeto não compromete-ria os trabalhadores brasileiros. Tudo mentira.
Segundo denuncia do jor-nal Valor Econômico, depois de uma visita à Genebra, sede da OIT, Marinho divulgou nota di-zendo que a Organização tinha excluído o Brasil da lista de pos-
síveis infratores das normas tra-balhistas internacionais e que reconhecia que a reforma traba-lhista não retiraria direitos.
No entanto, a mentira do deputado tucano causou in-dignação da OIT, que desmen-tiu veementemente. Em nota, a organização esclarece que "o objetivo geral das Convenções é a promoção da negociação coletiva para encontrar um acordo sobre termos e con-dições de trabalho que sejam ainda mais favoráveis [ao tra-balhador] do que os previstos na legislação".
Base de Temer barra a PEC das Diretas DE NOvO, o Congresso Nacio-nal ignora o povo. Mesmo com as manifestações que ocorrem por todo o país por eleição di-reta, os deputados da base alia-da ao governo Temer barraram a votação da PEC das Diretas, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal.
O texto, que deveria ser apreciado na terça-feira, pede a realização de eleições diretas em caso de vacância nos cargos de presidente e vice-presidente, exceto nos últimos seis meses de mandato.
A obstrução foi feita por par-lamentares como José Carlos
Aleluia (DEM-BA), que deixou a sessão sem registrar presença, para que a proposta não fosse apreciada por falta de quórum. No momento da debandada, apenas deputados pelo PCdoB, PT, PSB, PDT, Psol e Rede, es-tavam dispostos a tratar a ques-tão. Os demais fugiram.
vestidas do governo Temer para acabar com os direitos dos tra-balhadores, o Sindicato entende
que a resistência deve ser am-pliada e continua na vanguarda das lutas a favor do Brasil.
Como em abril, o Brasil vai parar no dia 30 de junho. Bancários definem ações democraticamente, em assembleia, segunda-feira
deputados aliados ao governo ignoram o grito das ruas e boicotam a votação da PEC das diretas, na Comissão de Constituição e Justiça
Crescem os protestos por direitos
o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, 15 e 16.06.2017 3BANCOS PÚBLICOS
Evento acontece no sábado, a partir das 9h, no Sindicato rEdAçã[email protected]
Encontro define rumospara ampliar resistência
A ATENÇÃO tem de ser total. O governo de Michel Temer desmonta, com rapidez, o Ban-co do Brasil, BNB e Caixa. A intenção é clara: privatizar as estatais. Para impedir, é funda-mental uma forte reação de to-dos os bancários.
As estratégias de luta para defender o patrimônio nacio-nal serão debatidas no Encon-tro dos Bancos Públicos, sába-do, no Sindicato dos Bancários da Bahia, Mercês. As discus-
sões começam às 9h. É funda-mental que a categoria partici-pe e ajude a construir ações de mobilização.
Para entender a fundo o cená-rio nacional, é preciso ter uma clara noção sobre o panorama econômico. Quem trata sobre o assunto é a economista Ana Ge-orgina, do Dieese (Departamen-to Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A partir das 10h, o debate é
sobre a defesa dos bancos públi-cos. Na sequência, os bancários se dividem por banco para dis-cutir os assuntos específicos e eleger os delegados que vão para as conferências nacionais.
O Encontro dos Bancos Pú-blicos é aberto a todos os fun-cionários do BB, BNB e Caixa. Para ter direito a voto, é preciso se inscrever até às 11h. A contri-buição de todos é fundamental. Participe.
Política do BB prejudica os clientes
O GOvERNO Temer está mu-dando toda a política dos ban-cos públicos, que deveriam atu-ar para ajudar no crescimento do país, e quem sai prejudicado é o cidadão. No BB, por exem-plo, a partir de julho, os caixas vão deixar de receber pagamen-to de taxas, impostos munici-
pais e guia da dívida ativa da prefeitura.
Para quitar as dívidas, o cliente terá de recorrer aos caixas eletrônicos ou inter-net banking. No entanto, muita gente, sobretudo idosos e popu-lação carente, prefere utilizar o serviço humanizado.
Tem mais, uma boa parte da população não possui aces-so aos canais virtuais ou aos caixas de autoatendimento do banco. A medida ainda compli-ca a situação dos funcionários, pois pode provocar a extinção da função, facilitando a redução do quadro e o desmonte.
Desenbahia, só equívoco
O CLIMA na Desenbahia é de indignação total. A direção da Agência de Fomento do Estado da Bahia, comandada por Otto Alencar Filho, demite em mas-sa. Quase 60 funcionários estão sendo desligados de forma ar-bitrária. Os dispensados entra-ram na empresa antes de 1988 e dedicaram boa parte da vida ao crescimento da empresa.
A arbitrariedade vai além. Na lista dos desligados tem até fun-cionários de licença ou férias. A direção da empresa bloqueou o acesso dos trabalhadores às de-pendências do prédio e aplicou o contingenciamento para fazer o exame demissionário.
Para piorar, a Agência de Fo-mento ainda tirou dos emprega-dos a sala destinada às discus-sões da ASDEB (Associação dos Empregados da Desenbahia) e está dificultando o acesso do Sindicato dos Bancários à ins-tituição, no edifício 2 de Julho, avenida Paralela.
direção do BB empurra os clientes para os canais virtuais de atendimento
direção demite em massa. Abuso
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, 15 e 16.06.20174 RETROCESSO
Estado brasileiro foge daresponsabilidade e privatizaa saúde. É a lógica do capitalGEOrGE [email protected]
O governo Temer acaba com o SUS
SAQUE
A SOCIEDADE brasileira assiste ao des-monte das políticas públicas aliado à retira-da de direitos, via reformas, feitas pelo go-verno Temer. O objetivo agora é acabar com o SUS (Serviço Único de Saúde), oferecendo "planos acessíveis", como saída para uma redução do custo da saúde no orçamento.
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) demonstrou, em pesqui-sa, que nas 17 operadoras de convênios mé-dicos de 27 abordadas, há uma redução de 62% de hospitais oferecidos, entre o plano mais simples e o mais sofisticado. Em al-guns casos, o convênio mais barato só tem três hospitais disponíveis.
Na verdade, o governo atrofia o SUS, para forçar a população a pagar por um serviço de péssima qualidade ou que jamais terá acesso. Engana o povo com a falsa es-perança de melhorar a saúde, quando está sucateando.
A PEC 55, aprovada pelo Senado em de-zembro de 2016, que congela investimen-tos públicos por 20 anos, especialmente da educação e saúde, representa o desmonte do Estado e da capacidade de oferecer po-lítica pública como solução para os proble-mas sociais.
É lamentável que um serviço de saúde público, especialmente importante para os menos favorecidos, seja paulatinamente de-sidratado, para beneficiar as operadoras dos planos de saúde.
Chargista desenha Geddel e é demitido O jORNALISMO livre sofre mais um duro ataque com a demissão do chargista Os-mani Simanca do jornal A Tarde após de-senhar o ex-ministro Geddel Vieira Lima agarrado ao prédio em construção La Vue, na ladeira da Barra, razão de um escândalo que derrubou o peemedebista da Secretaria de Governo de Temer.
Segundo texto do próprio chargista, pu-blicado no Facebook, após mais de 15 anos no A Tarde, os desenhos passaram a ser
questionados e até censurados por pressões externas vindas do poderio econômico.
De acordo com Simanca, na última mu-dança da direção do jornal, foi "advertido para não mexer em determinados temas e personagens", uma tarefa, para ele, "impos-sível no meio da putrefação política e éti-ca em que se encontra o Brasil". De fato, o jornalismo livre não tem espaço onde quem manda é o poder econômico. A ética não importa. O que vale são as cifras.
SATÂNICA As evidências são claras. Não enxerga quem não quer. A mídia conservadora, a serviço do golpismo, tenta esconder os fatos. O acordão do PMDB e PSDB para salvar Temer e Aé-cio Neves caminha a todo vapor. Uma aliança que envolve figurões dos três po-deres – Executivo, Legislativo e, princi-palmente, Judiciário – mais a imprensa e Ministério Público. A mesma galera que protagonizou o golpe de agosto de 2016.
DIFÍCIL Para o cidadão comum, que precisa lutar diariamente para sobre-viver, a política é, cada vez mais, um mundo incompreensível. E sórdido. Por exemplo, como explicar a declaração do relator da Lava Jato no STF, ministro Ed-son Fachin, que Aécio Neves não pode ser preso porque não houve flagrante. O tucano foi flagrado, em grampo autori-zado judicialmente, tramando a obstru-ção da Justiça, além de cobrar propina da JBS e até planejar assassinato. Pois é ...
CLARO Enquanto a Lava Jato concen-tra todos os esforços possíveis para tentar encontrar provas capazes de inabilitar Lula à eleição presidencial do próximo ano, denúncias graves contra figurões da República permanecem nas gavetas. Os homens que prometem acabar com a corrupção no Brasil fingem desconhecer as sérias acusações contra Serra, Temer, Aécio, Alckmin, Rodrigo Maia, Eunício Oliveira, ministros do governo e outros do clube golpista. Nem disfarçam.
ÓTIMO Bem que o governo Temer poderia democratizar a malvadeza neo-liberal. Como tem sido implacável com os trabalhadores e o povo, poderia usar da mesma contundência para cobrar a dívida de quase R$ 1 bilhão que a Rede Globo, hoje inimiga declarada, tem com a Receita Federal. A sociedade brasileira seria a grande beneficiada.
QUEIXÃO A manipulação da infor-mação pela Rede Globo chega ao ponto de menosprezar a inteligência nacional. Em editorial, os veículos de comunica-ção dos irmãos Marinho chamam Temer de déspota, tirano, e o acusa de ameaçar a democracia brasileira. Como se ele não tivesse chegado à presidência da Repú-blica pelas mãos da Globo e de outros golpistas. Acreditam mesmo que o povo não tem memória.
Saúde pública e de qualidade é dever do Estado
