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Ano XXIII • Edição 282 • SETEMBRO/2016 13.000 Exemplares
www.clicksindico.com.br
PORTO ALEGRE, SÃO LEOPOLDO
EXEMPLAR DO SÍNDICO
(51) 3072-8765
Os aspectos positivos que podemos ressaltar com a experiência desta cri-se política que estamos vivendo é que
nossa população entendeu que os corruptos foram eleitos democraticamente numa elei-ção direta, e quem os colocou lá fomos nós.
Sustentação política é a base para o cumprimento das promessas de campa-nha, e esta sustentação só é possível com uma bancada coesa em ideias e em nume-ro suficiente para manter estes projetos... E a oposição tem o mesmo peso, equili-brando a balança. Por isso a importância do voto consciente, seja qual for o candi-dato escolhido é fundamental a consciên-cia de que ele representará a situação ou oposição. Esta definição saída das urnas minimiza os conchavos os arranjos políti-cos, o famoso toma lá da cá.
Elegeremos o “Síndico” de nossa ci-dade assim como os “conselheiros fiscais, consultivos”, vamos definir a oposição e si-tuação, no voto. As legendas estão ai para isso, não vote no candidato a prefeito da legenda A e nos vereadores da legenda B.
SÍNDICO, UM FORMADOR DE OPINIÃO
Em seu condomínio, imagine que em sua gestão a oposição ocupasse os cargos do conselho? Possivelmente seu mandato seria gessado por interesses e opiniões di-vergentes. Por isso, sugerimos que todo o
formador de opinião fomente a discussão política, apartidária objetivando propostas que venham atender o bem comum.
Lembre-se, nenhum parlamentar deu golpe, pegou em armas para ocupar cargo
nos legislativos municipais, estaduais e fe-deral, é muito fácil troca-los, o difícil é tro-car quem os colocam lá, e é essa a nossa importância.
Airton Roxo
CREDITO FOTO: WWW.MARCIAWIRTH.COM.BR
Que dívida de condomínio pode levar à perda do imóvel não é novidade. Ape-sar de ser uma conta mensal com juros
e multa mais baixos – sempre candidata a ficar para depois quando o cinto aperta –, é uma das poucas dívidas que podem levar à perda do úni-co imóvel.
O que deixava isso mais longe da realidade era a forma como se buscava na Justiça a recupe-ração do débito, que possibilitava recursos até a fase de execução. Mas, desde março, existe uma alternativa que torna o processo mais rápido.
Ignorar completamente a dívida, fingindo que não existe, ficou perigoso porque, se o con-domínio decidir, pode entrar com uma ação de execução da dívida. Quando chega na mesa do juiz, ele não precisa pensar duas vezes: manda citar o morador de que tem três dias para pagar ou apontar bens para penhora.
– A diferença é que, agora, o doc do condo-mínio se torna um título executivo extrajudicial, ou seja, vale como um cheque, é líquido e cer-to. Mas, para ser esse tipo de título, o valor da taxa de condomínio não pode mudar todo mês, tem de ser fixo _ explica a vice-presidente do
COBRANÇA MAIS DURA PARA QUEMDEVE O CONDOMÍNIO JÁ ESTÁ VALENDO
IGNORAR A DÍVIDA DEIXA DEVEDOR MAIS PERTO DE PERDER IMÓVEL
Sindicato da Habitação do Estado (Secovi/RS), Simone Camargo.
INADIMPLÊNCIAO sindicato não sabe dizer, ainda, o efeito
que a nova opção está causando na inadim-plência de forma geral, por ser ainda considera-da recente. Mas quem atua na área já percebe mudanças de comportamento.
– Recebemos, diariamente, contato de de-vedores desesperados para parcelar a dívida
antes do ajuizamento da ação. A tendência é que a inadimplência diminua gradativamente – comenta o síndico profissional e professor do Curso de Formação de Síndicos da Puc-RS José Henrique Hornung.
Para optar pela ação de execução, o condo-mínio precisa ter orçamento anual aprovado em assembleia, garantindo o valor fixo mensal da taxa de condomínio (não confunda com o valor total, que pode variar se houver uma obra emer-gencial, por exemplo). Sem isso, a dívida até pode ser cobrada na Justiça, mas na modalidade anterior. Com a opção mais rápida, se o proprie-tário é notificado e não se manifesta no prazo, de pronto pode ter um bem penhorado, não neces-sariamente o imóvel. Mas se persistir na dívida, aí há a previsão de leilão por meio eletrônico.
– Teoricamente, o condomínio pode optar pela ação com qualquer tempo de atraso. Mas o ideal é esperar, pelo menos, três meses de inadimplência para cogitar essa opção – diz a advogada especialista em Direito Imobiliário Mara Anália Nóbrega.
Leandro RodriguesDiário Gaúcho
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EDIÇÕES DIRIGIDASPublicação Mensal da
ClickSíndico Publicações Ltda.CNPJ: 08.371.322/0001-59
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Diretor Comercial:Airton Roxo
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Diagramação: Fábio Ferreira
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Tiragem Comprovada: 13.000 Exemplares
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O CONTEÚDO DOS TEXTOS VEICULADOS NESTE INFORMATIVO É DE INTEIRA RESPONSABILIDADE
DE SEUS RESPECTIVOSAUTORES.
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SETEMBRO /2016 • Página 3
Neste mês de Março tivemos, lamentavelmente, mais um assalto ocorrido, no qual uma quadrilha invadiu um condomínio no Alto de Pinheiros, bairro nobre
da Capital/SP. O fato foi veiculado pela imprensa da seguinte forma:
“Quadrilha é presa na Zona Norte de SP após roubo a condomínio. Sete homens foram presos, nesta sexta-feira (18), no bairro de Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo, pelo roubo de euros, dólares, reais, celulares e joias dos mo-radores de um prédio em Alto de Pinheiros, na Zona Oeste, pela manhã. ... O crime aconteceu às 6h. O porteiro foi rendi-do pelos homens, que usavam máscaras cirúrgicas para não serem reconhecidos. Um a um, os moradores que desciam pelo elevador e os funcionários que chegavam para traba-lhar eram dominados pelo grupo.... De acordo com a polícia, ao menos um integrante da grupo já fez serviços no prédio e conhecia a rotina do lugar.” (Fonte: http://g1.globo.com/, de 18/03/2016).
Mais uma vez percebemos que as quadrilhas estão se utilizando dos mais diversos pretextos para entrarem, ar-dilosamente, nos condomínios, aproveitando de algumas falhas básicas no sistema de segurança para invadirem e co-meterem seus atos delituosos, quer sejam nos apartamen-tos, quer sejam nas áreas comuns.
Para tanto, é importante relembrar que as pessoas es-tranhas só entram no condomínio devidamente autorizadas pelos moradores, e isto diz respeito, também, aos prestado-res de serviços em geral. Portanto, o porteiro, ou mesmo o zelador, deverá, sempre, procurar certificar-se quem real-
mente é a pessoa que está querendo entrar no condomínio, e para isto deverá identificá-los, do lado externo do edifício, verificando sua identidade pessoal, analisar se possui crachá da empresa prestadora de serviço, além de confirmar a soli-citação com o condômino. Tudo antes de liberar sua entrada.
Além disto, deve-se observar a atitude e a maneira de agir destes prestadores de serviço, tomando cuidado com as perguntas que forem feitas por estes; os locais por onde circulam no interior do prédio; a curiosidade sobre os mora-dores, seus bens, veículos e funcionários, assim como as in-dagações sobre os sistemas de segurança. Deve-se, em caso
de dúvida, chamar imediatamente o zelador, o síndico ou mesmo o morador contratante, a fim de informá-los sobre tais procedimentos suspeitos e dirimir possíveis desacertos, a fim de não comprometer a segurança do condomínio.
Caso a dúvida persista, o funcionário, ou mesmo os mo-radores, deve acionar a Polícia Militar, pelo telefone 190, a fim de que uma viatura vá até o condomínio para checar o que está sendo informado pelos supostos prestadores de serviço.
Diante disto, fica claro sobre a prudência em se con-tratar bem os colaboradores do condomínio e domésti-cos, objetivando dificultar o aliciamento de tais pessoas para atuarem em conjunto com a quadrilha, agindo como informantes e facilitando a invasão do prédio. Cabe lem-brar sobre importância em qualificar os funcionários, bem como manter constante orientação dos moradores, visto que somente com conhecimento é que se minimiza-riam fatos semelhantes, onde ladrões se aproveitam do despreparo dos colaboradores condominiais e descuido dos condôminos para obterem sucesso em suas ações de-lituosas contra os prédios. Reforçando que o aperfeiçoa-mento dos empregados, não é uma despesa perdida, mas um investimento que reverterá em forma de benefícios ao próprio condomínio.
José Elias de Godoy - Especialista de Segurança em Condo-mínios e autor dos livros “Manual de Segurança em Condo-
mínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”. [email protected]
CUIDADOS CONTRA FALSOS PRESTADORES DE SERVIÇOSPESSOAS ESTRANHAS SÓ ENTRAM NO CONDOMÍNIO DEVIDAMENTE AUTORIZADAS PELOS MORADORES, E ISTO DIZ RESPEITO, TAMBÉM, AOS PRESTADORES DE SERVIÇOS EM GERAL.
Em meio a grandes cidades cada vez mais as pessoas estão ocupando os espaços públicos e privados, semeando ideias
para deixar as cidades menos cinzenta, atra-vés das hortas urbanas. Demonstram uma forma de conhecer melhor a vizinhança, re-vitalizar o uso do espaço urbano e mudar a maneira de produzir comida.
A ideia é facilitar o acesso a alimentos fres-cos e saudáveis, aumentar as áreas verdes nas metrópoles e diminuir o impacto do transporte de hortaliças, que hoje se baseia em um com-plexo mecanismo orquestrado de produção, transporte e distribuição. O conceito também já é utilizado em muitos locais em todo mun-do, a exemplo de Havana, em Cuba, nos EUA e Rússia. Nos Estados Unidos, por exemplo, vá-rias empresas estão criando planos de agricul-tura urbana, conselhos de política alimentar e mapas de locais potenciais para o plantio. Em-presas de paisagismo também têm incluído em seu portfolio os chamados projetos apelidados de “foodscape” (algo como “alternativa para a comida”), que inserem o cultivo agrícola em jardins, parques municipais, condomínios e até no telhado de estacionamentos gigantes.
A Eccos Recyclle, seguindo esta tendência mundial, é uma das pioneiras a lançar o Pla-no de Horta Urbana onde oferece com exce-lência a melhor assistência técnica e serviços agregados para pessoas que cultivam hortas, pomares e jardins em ambiente urbano den-tro de condomínios, através de uma ampla rede credenciada de acordo com as normas técnicas agronômicas com produção orgâni-ca, no Vale dos Sinos. Segundo o Engº Agrº Me. Roberto Silva, a ideia é reunir grupos de pessoas interessadas em trocar experiências de plantio doméstico de alimentos. Com te-mas de cultivo de ervas, frutas e hortaliças no quintal, em jardins verticais, sistemas hidropônicos ou até mesmo em varandas de apartamentos. Além disso, este concei-to pretende inspirar os vizinhos a se envol-verem no plantio voluntário de alimentos, até mesmo em áreas públicas. Fazendo com
PEQUENOS CULTIVOS EM CONDOMÍNIOSque qualquer um pode por a mão na terra, plantar, co-lher e levar para casa o que cultivou gratuitamente.
Para que essa realidade se espalhe, a Eccos faz trei-namentos mensais para que uma horta comunitária seja implantada em cada bair-ro, em cada escola, parque e núcleos de condomínios. Da mesma forma, o obje-tivo é produzir o próprio adubo em casa com os re-síduos orgânicos gerados em seu dia a dia, através da compostagem caseira, baseados na economia cir-cular; deixando de ir para os aterros sanitários, uma média de 0,5 kg/dia/pessoa de lixo orgânico, que serão reaproveitados como subs-trato dos cultivos caseiros. Entre outros objetivos a in-tenção é complementar o rendimento econômico das famílias, para fins de produção agrícolas e ou consumo próprio; Aprender a cultivar em uma parcela de terreno que se destina única e exclusivamente à produção de es-pécies hortícolas, plantas aromáticas, me-dicinais, pequenos frutos e flores de corte; Promover hábitos de alimentação saudá-vel, com recurso a produtos vegetais pro-venientes da agricultura orgânica; Responder às necessidades crescentes de contato da população urbana com o espaço ru-ral; Fortalecer a identida-de cultural e coletiva da comunidade, bem como o sentimento de perten-ça; Incentivar a requa-lificação ambiental de
terrenos abandonados, subaproveitados ou com uso inadequado; Sensibilizar ambien-tal e socialmente a comunidade e contribuir para diminuição dos efeitos das ‘ilhas de ca-lor’, fenômeno comum em metrópoles.
O coletivismo, responsabilidade social e ambiental, aproximação do homem com a terra e o seu processo de produção. Estas
são preocupações atuais sobre as futuras gerações e a horta urbana, aplicada a solu-ções que está sendo desenvolvida em todo mundo como forma de se alcançar um fu-turo mais consciente, mais saudável e mais sustentável. Acesse www.hortaurbanaec-cos.com.br
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A análise de riscos e a prevenção de per-das são mecanismos que fazem parte dos estudos estratégicos da seguran-
ça. Nos EUA, iniciou-se nos meados dos anos 90 e, no Brasil, há pouco mais de oito anos, principalmente no segmento varejista, mas são aplicáveis em praticamente todos os se-guimentos, ou seja, do condominial ao cor-porativo. Estes estudos científicos permitem uma análise criteriosa das prováveis situa-ções de risco e a verificação das consequen-tes perdas, hierarquizando essas probabili-dades ou falhas para que se possam lançar mão de estratégias de tratamento, minimi-zando os problemas ou até eliminando-os.
Muito tem se falado em prevenção na segurança, mas pouco se vê ações concretas e eficazes, visto que, o Brasil ainda engatinha nesta área. Para termos uma idéia da exten-são do problema, as perdas nos EUA somen-te no varejo, giram em torno de US$ 30 bi-lhões por ano. E isso que é o país onde mais se utilizam ferramentas e técnicas para pre-venir perdas e estabelecem metodologias há mais de 20 anos.
O pequeno e médio empresário brasi-leiro só começará a investir em prevenção de perdas, no momento em que começar a medi-las.
Mais de 80% dos pequenos e médios em-
PREVENÇÃO DE PERDAS E OPORTUNIDADES DE MELHORIAS
presários visitados confessam nunca terem ouvido falar em prevenção de perdas e, por conseguinte, no serviço de gestão da segu-rança. Se por um lado isso assusta, por outro nos mostra que ainda temos muito que evo-luir no assunto e, por conseguinte, na melho-ria da lucratividade.
O primeiro passo, para quem deseja co-meçar a prevenir perdas é buscar informa-ções, realizando diagnósticos. É necessário saber exatamente onde as perdas aconte-cem. O levantamento é complexo, porém recompensador.
As estatísticas de mercado* nos mos-tram a seguinte realidade:
– Furto Interno – 28% (funcionários)– Furto Externo – 19% (”clientes”)– Quebra Operacional – 25%– Erros administrativos. – 14%– Fornecedores – 7%– Outros ajustes – 7% Se focarmos os esforços em prevenir so-
mente as perdas relativas aos funcionários e clientes, estaremos então atuando sobre 47% do total das perdas. Se formos um pouco mais
longe, aliando as probabilidades de riscos de-correntes, como por exemplo, a mácula da imagem da empresa e conseqüente diminui-ção das vendas de uma determinada empresa ou produto, os cenários são nada aprazíveis.
A maior compensação do investimento
na prevenção de perdas é que a cada real economizado aumenta-se “um real no lu-cro”, diretamente. Na prática já podemos perceber que prevenir perdas é muito mais fácil, rápido e lucrativo do que aumentarmos as vendas, no ramo do comércio. Nos outros segmentos, o simples fato de oportunizar-mos melhorias, tratando-os de forma efi-ciente já se torna um atrativo pela economia em si. Há, conseqüentemente, a aquisição de real segurança e, principalmente, tran-quilidade. O investimento na segurança, pre-venção de perdas é encarado, cada vez mais como uma oportunidade de melhoria e uma garantia de bom funcionamento do varejo.
• Fonte: PROVAR (Programa de Varejo)
– da USP (Universidade de São Paulo), e do IBEVAR (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo).
Mauro Nadruz - Gestor em Segurança da Activeguard, pós-graduado em gestão estra-tégica da segurança, analista e professor.
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A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso de condomí-nio que buscava impedir moradora em
débito com taxas condominiais de utilizar as áre-as coletivas de lazer do complexo habitacional. A decisão foi unânime.
A moradora relatou que tinha débitos con-dominiais referentes aos anos de 2008 e 2009 e, por causa deles, o condomínio havia emitido or-dem para impedir que ela e seus familiares uti-lizassem as dependências do clube. Ela afirmou não possuir outras despesas em atraso, estando inclusive em situação regular em relação aos pa-gamentos mensais.
Em face da situação constrangedora aponta-da pela moradora, ela buscou a declaração judi-cial de direito ao uso das áreas comuns, além da condenação do condomínio ao pagamento de R$ 100 mil a título de danos morais.
LiberaçãoNo julgamento de primeira instância, o
juiz determinou a liberação do uso das áre-as comuns em benefício da moradora. To-davia, em face de pedido do condomínio no
MORADOR INADIMPLENTE NÃO É IMPEDIDODE UTILIZAR ÁREA COLETIVA DE CONDOMÍNIO
A TERCEIRA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) NEGOU RECURSO DE CONDOMÍNIO QUE BUSCAVA IMPEDIR MORADORA EM DÉBITO COM TAXAS CONDOMINIAIS
processo, o magistrado também condenou a mulher ao pagamento das parcelas condo-miniais vencidas. O magistrado entendeu, na sentença, não haver a existência de dano mo-ral indenizável no caso.
A decisão de primeiro grau foi parcialmente mantida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que majorou a verba honorária, mas manteve a sentença em relação à determinação de utilização das áreas comuns e à condenação ao pagamento dos débitos condominiais.
SoberaniaApenas o condomínio recorreu ao STJ. Em
sua defesa, alegou que o Código Civil prevê so-berania à convenção de condomínio para impor sanções aos condôminos ou possuidores de imóveis, a fim de possibilitar o convívio social harmônico no interior dos conjuntos habitacio-nais. O condomínio também apontou que a de-claração de abusividade da restrição de acesso criaria pressuposto para que outros moradores inadimplentes, amparados por decisão judicial, frequentem livremente áreas comuns à custa de condôminos adimplentes.
Dignidade humanaO relator do caso, ministro Marco Aurélio
Bellizze, ressaltou a necessidade de observância do dever legal de contribuir com as despesas condominiais, na proporção das suas frações habitacionais, como forma de garantir a conser-vação e a manutenção dos empreendimentos.
Todavia, o ministro Bellizze sublinhou a im-possibilidade de o condomínio impor sanções diferentes das previstas pelo Código Civil como forma de cobrar débitos condominiais. Os meios legais previstos pelo ordenamento jurídico bra-
sileiro são, via de regra, de natureza pecuniária, como a incidência de juros e multa, além da possibilidade de ingresso com ações judiciais de cobrança.
O voto foi acompanhado integralmente pela turma. Nele, o relator esclareceu que o direito do condômino ao uso das partes comuns do condomínio não decorre da situação circunstan-cial de adimplência das despesas condominiais, “mas sim do fato de que, por lei, a propriedade da unidade imobiliária abrange, como parte dela inseparável, não apenas a fração ideal no solo (representado pela própria unidade), como em todas as partes comuns”.
“Ademais, além de refugir dos gravosos ins-trumentos postos à disposição do condomínio para a específica hipótese de inadimplemento das despesas condominais, a vedação de aces-so e de utilização de qualquer área comum pelo condômino e de seus familiares, com o único e ilegítimo propósito de expor ostensivamente a condição de inadimplência perante o meio social em que residem, desborda dos ditames do prin-cípio da dignidade humana”, concluiu o ministro Bellizze ao negar o recurso do condomínio.
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Página 12 • SETEMBRO /2016
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ADM. PROMARK – R. dos Andradas, 1534 conj 13
AIALA NEG. IMOB. LTDA – R. dos Andradas, 1464, 12º
AZENHA EMPR. IMOBIL. LTDA – Av. Bento Gonçalves, 387
BARCELLOS – R. Senhor dos Passos, 259/02
BONA ADM. DE IMÓVEIS – R. Carlos Trein Filho, 257
CENTRAL IMÓVEIS LTDA – Av. Jose do Patrocínio, 385
CHAVE DO PORTO – Av. Siqueira Campos, 1184 loja 2
CONDOR HAIM ASSESSORIA IMOBILIÁRIA – Av. Mauá, 891
DIZ ASSES. IMOB. LTDA – Av. Teresópolis, 3129/304
DOMÍNIO IMÓVEIS LTDA – Av. Benjamin Constant, 672
ESPAÇO NOBRE ASSES. IMOBILIÁRIA – Av. Ijuí, 86 sala 302
ENOBRE LTDA – Rua Felizardo Furtado, 8 conj 2
ESPLANADA IMÓVEIS LTDA – Av. Quintino Bocaiúva, 27/307
EXAME ASSESSORIA – R. Anita Garibaldi, 42
FATOR IMÓVEIS – Felipe Camarão, 626/601
FERRAGEM THONY LTDA – Av. Lucas de Oliveira, 1780
FREIRE IMÓVEIS LTDA – R. Múcio Teixeira, 129
HABITACIONAL IMÓVEIS – Otávio Rocha, 115/204
IMOB. GAÚCHA LTDA – Av. Protásio Alves, 3045
IMOB. MENINO DEUS LTDA – Av. Getúlio Vargas, 918
IMOB. PARQUELAR LTDA – Av. João Pessoa, 1236
IMOBILIÁRIA DEVILLE – Av. Protásio Alves, 2500/206
IMOBILIÁRIA FARRAPOS – R. Conde de Porto Alegre, 292
MAFFER – Av. Cristóvão Colombo, 2452
MAN – R. Castro Alves, 559
MCC ADMINISTRADORA – Av. Teresópolis, 2956/02
MORANO IMOB – R. Mariante, 1036
OLYMPUS NEGÓCIOS IMOB – R. Maestro Mendanha, 58
PORTO DO SOL – Av. Independência, 990
PORTOLAR IMÓVEIS – Av. Assis Brasil, 3718
PREDIAL LEINDECKER – Av. Protásio Alves, 536
PREDIAL OBIRICI – Av. Assis Brasil, 1652/3º andar
RCC EMPREENDIMENTOS IMOB. – R. C. Sales, 157
REALIZE – Av. Azenha, 1587
STEFANI IMÓVEIS – Av. Otto Niemeyer, 2460
TALLA ASSESSORIA IMOBILIÁRIA – Av. Protásio Alves, 1880
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O encontro contou com a palestra do advo-gado e especialista em condomínios, Dr. Márcio Rachkorsky, do quadro “Chame o
Síndico” do programa Fantástico, que abordou as responsabilidades legais do síndico. O diretor--presidente da Guarida Imóveis, Julio Cesar Soa-res da Silva, destacou a relevância do encontro. “Atualmente, as facilidades do mundo moderno vão muito além da internet. As empresas moder-nas estão preocupadas em oferecer serviços que agreguem valor para os clientes”, disse. Sobre a atuação de síndico, o presidente da Guarida frisou que a atuação é ter disponibilidade para aumento contínuo da qualidade de vida de um conjunto social. “O síndico é o maestro de uma orquestra, e é fundamental para que a sinfonia do condomínio seja perfeita e alinhada”, relatou.
Rachkorsky, que possui mais de 30 anos de atuação na área, possui um escritório de advoca-cia exclusivo para o segmento, que presta asses-soria jurídica para mais de 250 condomínios de grande porte, em São Paulo. A empresa também abraça condomínios como síndico profissional. “Participo de assembleias de condomínios todos os dias, quando não estou viajando. Em média são 20 assembleias por mês, e mais de 200 por ano”, afirmou o advogado. O palestrante contou que, atualmente, por legislação, o síndico possui mais responsabilidades legais que um acionista majoritário de uma empresa de capital aberto ou que um administrador de qualquer empresa: “É o único na legislação que possui responsabili-dade objetiva, ou seja, que responde pelo cargo que ocupa”. Rachkorsky relatou as seis respon-sabilidades legais do síndico: civil, criminal, tra-balhista, tributária, previdenciária e ambiental.
O palestrante ressaltou seis passos para que
GUARIDA DEBATE AS RESPONSABILIDADES LEGAIS DO SÍNDICO
O EVENTO ACONTECEU NA AMRIGS, E CONTOU COM A PRESENÇADO PALESTRANTE DR. MÁRCIO RACHKORSKY
RENAN COSTANTIN
o síndico desempenhe a função de maneira se-gura e com qualidade. Primeiramente, o profis-sional deve se preparar e buscar conhecimento. Uma boa administradora, com estrutura com-pleta, ferramentas tecnológicas e experiência prática, é fundamental para o trabalho do sín-dico. Assessoria jurídica é fundamental, e caso os moradores questionem o gasto com isto se não existem processos, a resposta é automáti-ca: “não ocorrem processos, pois é realizado um trabalho preventivo”, ressalta o advogado. Para preservar o síndico, é importante realizar a auditoria do condomínio, pois custa um salário mínimo e, ao final, o auditor aprova os números da administradora e do serviço do síndico. Ra-chkorsy informou que a apólice de seguro mais barata é um autoengano, e que é crucial ter uma apólice completa. E o recurso mais utilizado e mais importante, segundo o palestrante, a co-municação no condomínio. “O morador precisa do abuso da comunicação para ficar ciente do que está acontecendo”, conclui.