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VIVlANE MAG AS
SiNDROME DO IMPACTO NO VOLEIBOL
CURlTrBA
2000
Pesquisa Cientifica apresentadacomo requisito para a obten~aodo grau de Especialista emFisioterapia Traumato-Ortopedica e Oesportiva doSetor de Ciencias da Saude daUniversidade Tuiuti do Parana.Orientador Cientifico: Prof LuizFernando RequiaoOrient ad or Metodol6gico Prof'Sidinalva Wawsyniok
CONSULTAINTERNA
VIVIANE MAGAS
SiNDROME DO IMPACTO NO VOLEIBOL
CURITIBA
2000
Pesquisa Cientifica apresentadacomo requisito para a obtenyaodo grau de EspeciaJista emFisioterapia Traumato-Ortopedica e Desportiva doSetor de Ciencias da Saude daUniversidade Tuiuti do Parana.Orientador Cientifico: Prof. LuizFernando RequiaoOrientador Metodologico Prof'Sidinalva Wawsyniok
COLABORADORES
• EQUIPE MULTIDISCrPLlNAR PARANA CLUBE
PARANA CLUBE
ATLETAS
AMIGOS
Agr{l(!ecime"to.,'
Para que I1lio me esquera de l1;nguJm pr;,ne;ro agrade90 a Deus e depois prefiro lima
frase: "Um dos maiores eSpe(acll/o~i da vida 0 SO/1I0S mOSlra (odos os dias ao amalli1ecer e
ao entardecer e sempre fepete, mesmo que a platJia aplallda dormindo"
III
SUMARIO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRAFICOS
CAPiTULO I
INTRODUCAO
I. 0 VOLEIDOL
1.1. Historico
VII
VII
01
01
02
03
1.2. 0 Voleibol Hoje
2. ANATOMIA DO OMBRO
2. J . Anatomia Ossea
2.1.1. Clavicula
2.1.2. Escapula
2. J .3. Umero
2.2. Anatomia Articular
04
06
06
06
06
07
08
08
09
09
10
10
1\
1\
1\
1\
2.2.1. Articulacao Esterno·Clavicular
2.2.2. Articulacao Acromia-Clavicular
2.2.3. Articulacao Escapulo-Umeral
2.3. Anatomia Muscular
2.3.1. Musculo Delt6ide
2.3.2. Musculo Subescapular
2.3.3. Musculo Supra-Espinhoso
2.3.4. Musculo Infra-Espinhoso
2.3.5. Musculo Redondo Menor
IV
2.3.6. Musculo Redondo Maior
2.4. Anatomia do Sistema Nervoso
3. FISIOLOGIA ARTICULAR E BIOMECANICA DO OMBRO
3.1. Classificar;:3o da Articular;:3o
3.2. Movimento das Superficies Aniculares
3.2.1. Deslizamento
3.2.2. Rolamento
3.2.3. Pivoteamento
3.3. Superficies e Componentes Articulares
3.3.1. Canilagens
3.3.2. Fibrocanilagens
3.3.3. Ligamentos
3.3.4. Capsulas Aniculares
3.3.5. Membrana Sinovial
3.4. Fisiologia do Ombro
3.4.1. Movimentos
4. AS LESOES MAIS COMUNS NO VOLEIDOL
5. SiNDROME DO IMPACTO
5.1. Fisiologia do Ombro Doloroso
6. PREVEN<;:AO DE LESOES
6.1. Fonalecimento Muscular
6.2. Flexibilidade e Alongamento
7. REVISAO DA LITERATURA
7.1. Lesoes em Atletas
v
12
12
13
13
13
13
14
14
14
14
15
15
15
15
16
16
18
22
25
28
32
37
41
41
CAPiTULO II
OBJETIVO DO TRABALHO
CAPiTULO [II
POPULA<;:AOESTUDADA
CAPiTULO IV
COND!<;:OESEXPERIMENTAIS E MATERIAL UTlLlZADO
CAPiTULO V
METODOLOGIA
CAPiTULO VI
RESULTADOS E ANALISES ESTATisTICAS
CAPiTULO VII
DISCUSSAO
CAPiTULO VUI
CONCLUSAO
ANEXO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
VI
45
45
46
46
47
47
48
48
49
49
51
51
52
52
53
55
LISTA DE TABELAS
TABELA I: POPULACAo ESTUDADA 46
LISTA DE GR~FICOS
GMFICOI
GR.\FIC02
49
SO
VII
CAPiTULO I
INTRODU<;:AO
o voleibol e urn despono coletivo que utiliza na sua pnltica alguns fundamentos com
bloqueio e a canada. que exigem dos seus praticantes muitos saltos durante um jogo e na fase
de preparaltao.
A grande quanti dade de salt os e ataques utilizados no voleibo! tern levado uf:cnicos,
preparadores fisicos, atletas e medicos despol1ivos a se preocuparem cada vez mais com 0
risco de lesoes que a utilizavao excessiva pode acarretar nas articulalYoes, assim como a
frequencia das lesoes.
As les6es no voleibol profissional sao urn problema que atinge todas as equipes de
voleibol.
Os treinamentos em grande quantidade e tambem a qualidade destes, juntos com 0
curto tempo de recupera.yao das atletas lesionadas, faz com que au mente de maneira
progressiva 0 nivel e a frequencia de lesoes neste esporte.
Visando auxiliar os profissionais envolvidos com 0 voleiboL est a pesquisa de campo
tem como principal problema 0 nivel e a frequencia da sindrome do impacto no voleibol de
alto nivel do campeonato paranaense 2000. Descreve de maneira sucinta as lesoes em atletas
do sexo feminino, as Jesoes em ombro com a sindrome do impacto, 0 problema que causa um
super-treinamento e algumas maneiras de previnir estas lesoes.
I. 0 VOLELBOL
Segundo a "confederac;;ao brasileira" 0 voleibol e urn desporto de raeil compreensao,
com objetivos simples e irnediatos no qual 0 individuo naD deve deixar a bola cair no chao
Essa facilidade de entendimento do joga, sem duvida faz com que 0 iniciante se
interesse rapidamente pelo mesmo, uma vez que sua satisfa~ao de agir e imediata.
Como suas regras sao faceis, 0 voleibol nao exige muilo na sua organizac;:ao, pais ele
pode ser jogado de forma improvisada; 0 material para sua pnltica e faci! e baralo. E urn jogo
sem cantata fisico, isla diminui consideravelmente as riscos de acidentcs e colabora para a
eliminacao do desentendimento entre as praticantes.
Este desporto e tao atraente que hoje ele ocupa 0 segundo lugar na prefen!ncia do povo
brasileiro, mas com um vantagem de ser bem mais socia vel do que 0 futebol. servindo de
veiculo de aproxima~ao entre os individuos, e altamente atletico, par exigir do praticantc
saltos, corridas, mergulhos, golpes precisos com os bra~os e as maos, movimenta~ao
constante.
Bem orienlado ele ajuda a desenvolver habilidades, como coordena~ao, agilidade,
velocidade, flexibilidade e prccisao nas movimentacoes com a bola.
Pela posiCao que 0 jogador assume, pelo toque de bola por cima. mclhora a postura e
beneficia a coluna do praticante, Por exigir muita aten~ao e rapidcz, ele desenvolve os
reflexos, aguca a percep~ao e rnelhora 0 instinto defensivo
Outro aspecto import ante neste esporte e 0 da decisao, que tern que ser imediata.
intransferivel, iSlo e, na hora em que a bola vern em sua direcao 0 praticante tern que agir.
participando da jogada. Isto e muito born para 0 desenvolvimento da acao defensiva. que
fortalece a personalidade do individuo. Pela intensidade exigida durante sua pnilica. 0
voleibol melhora a resistencia orgiinica do praticante, aprimora a sua aptidao fisica. e
recreativo pelo prazer que desperta, atende as necessidades de competil;ao, integral;ao social c
de lazer, tao necessarias aos individuos do mundo modemo.
1.1. Historico
o voleibol surgiu de uma necessidade que William Morgan, seu idealizador. teve. por
volta de 1895, na cidade de Holyoke (Massachusetts, EUA). Era responsavel pelo selor de
recreayao da YMCA (Associayaa Cristao de Moyos), trabalhando com senhares que
procuravam a organizayao apos jornada diaria de trabalho, para relaxamento fisico-espiritual
atraves da atividade esponivo-recreativa.
o recem-invemado basquetebol nao preenchia os requisitos e 0 tenis exigia muito
material, alem de movimentar poucas pessoas. A ideia de uma rede a separar participantes.
contudo, pareceu-Ihe interessante. Elevou-a a cerca de 1,9m e utilizou como bola uma camara
de basquete. Esta, muito leve e poueo veloz, nao serviu, assim como a bola normal com capa
de couro era inadequada por seu peso e tamanho.
Com especificayoes dadas par Morgan, a firam A.G. Spalding&Brothers.
especializada em artigos esportivos, idealizou e produziu uma bola que serviu perfeitamente
ao novo jogo. Sua primeira apresentayao oficial foi em Springfield, para urn grupo de
diretores de educayao fisica da YMCA.
Por ter raizes no tenis, mamendo em constante movimento a bola por cima da rede no
chamado voleio, 0 novo jogo acabau par receber 0 nome definitivo de volley ball com 0 qual
ganhou popularidade em todo 0 mundo.
A reuniao do voleibol em uma entidade mundial ocorreu em Paris, a 20 de abril de
1947, quando foi fundada a Federation Internationale de Volley Ball (FIVB) com
representantes de 14 paises: Belgica, Brasil, Tcheco-Eslovaquia, Egito, Estados Unidos.
Fran~a, Holanda, Hungria, halia, Jugoslavia, Pol6nia, Portugal, Romenia e Uruguai
1.2.0 Voleibol Hoje
Hoje 0 voleibol e urn esporte que disputa a preferencia internacional entre os mais
praticados que existem. E urn esporte competitivo de altissimo gabarito e continua a se prestar
como recrea~ao das melhores.
Como recrea~ao, tern regras simples, obedecendo tecnica rudimentar e praticamenlc
despido de principlos de ordem tatica. E alegre, divertido, desintoxicante, otimo para ser
praticado ao ar livre, congregando jovens e adultos, mOlYas e rapazes. Sob este aspecto, e
tipico jogo de praia; adapta-se perfeitamente ao ambiente, exige pequenas dimensoes, as
condilYoes favorecem indumentaria reduzida, material de baixo custo e alta praticidade. Em
alguns minutos crianlYas podem armar uma rede e a areia ajuda que os poucos habeis evitem
contusoes nas inevitaveis quedas.
Como atividade competitiva requer muito mais de seus praticantes. Pel as suas
caracteristicas de ser jogado ern recinto de pequcnas dimensoes, com lances de alta
velocidade; intercalando corridas curtas com paradas e saidas bruscas, tudo iSlo em
intensidades das maiores, durante tempo que supera horas, faz com que 0 voleibolista seja urn
dos atletas mais solicitados dos esportes de competiIY30
Se formos ver que tipo de prepar~ precisa urn voleibolista de alto nivel, veremos que
ele e bern complexo. Necessita de explosao de partida de urn velocista: e condi~ao essencial
no trabalho de defesa. Seu reflexo deve ser compativel ao do pugilista do trabalho a curta
distancia: 0 bloqueio e exemplo disso. Os rolamemos, as quedas, obrigam-no a ser ginasta e
judoca a urn 56 tempo. Para a cortada necessita da forva, da velocidade de bra~o e da
coordena4tao motora de urn arremessador com uma dificuldade a mais: a ausencia de apoio no
solo.
Quanto aos saltos, nada ha que se compare ao volei: altura maxima, repeti4tao continua
por tempo indetenninado, a completar urn quadro que suplanta em exigencias fisico-atlcticas
todas as demais modalidades
As regas do volei tomam-no ainda mais dificil Uma bola violenta nao pode ser ao
menos amortecida. A uma cortada que leva todo 0 peso de quem bate, 0 voleiboista precisa
reagir com um toque nttido, preciso, numa desigualdade de armas que pode parecer injusta,
mas que mostra a compJexidade de seu preparo. E 0 unico dos esportes coletivos que nao
ad mite a relen4tao da bola, urn segundo que seja. Nas demais modalidades ha a possibilidade
de urn descanso, pequeno embora, mas muitas vezes suficiente para (com a bola em jogo)
tomar urn ffilego. Isso e impossivel no vole; com Qualquer jogada em andamento.
A rede a separa os oponentes obrega 0 praticante a ser realmente melhor que seu
adversario, utilizando de recursos tecnicos-taticos e preparo fisico-atletico. 0 emprego do
corpo, em outros esportes arma as vezes fundamental, no volei nada serve.
o rodizio transforam-o numa retina obrigatoria de exigencias minimas para seus
praticantes. Todos passam por todas as posi4toes. Mais do que em qualquer esporte, prevalece
o equilibrio entre seus integrantes sabre 0 estrelismo de alguns poucos.
Como veiculo de educayao e auxiliar do professor que, com pequenas altera4toes,
pod era integra-Io nos programas esportivos e recreativos a partir do curso primario. A
forma4tao de equipes mistas e outra ocorrencia bastante comum e mesmo recomendavel,
facilitando aos mestres 0 trabalho de co-educa4tao.
Nosso pais ocupa posi4tao de realee na hist6ria do volei. Tern uma atividade interna
bastante desenvolvida em cJubes, colegios, universidades, etc. No cenario internacianal e
respeitado pelas importantes conquistas que coroam esse desenvolvimento.
12
2.3.6, Musculo Redondo Maior
Musculo espeSSD e achatado que se origina no angula inferior da escapula e insere-se
na crista do tuberculo mellor do umero. E responsavei pe\a adu~ao, ext en sao e rota~ao medial
do bra~o.
2.4. Auatomi:l do Sistema Ncn.roso
o plexo braquial e responsavei pel a inervaQiio do membra superior.
E composto por divisoes primarias do quinto ao oitavo nervos cervicais e do primeiro
lonixico. As ramificaQoes secundarias correspondem do quano ao quinto nervos cervicais e
uma do segundo ao primeiro tankieD.
o plexo compoe-se de raizes, troncos, divisoes, fasciculos e nervos terminais As
raizes do plexo braquial sao divisoes primarias anteriores dos quatro ultimos nervos cervicais
e primeiro IOracico. as troncos sao formados por estas raizes e recebem denominarrac de
acordo cam as posirroes relativas de urn com a outro. 0 tronco superior e farmada pela ulliao
do quinto e sexto nervos cervicais a medida que eles emergem entre 0 escaleno medio e 0
anterior. 0 tronco medio e formado apenas pelo setimo cervical. 0 tronco inferior e formado
peJa ulliao dos nervos aitavo cervical e primeiro tonicico. Os trOllcos apcs curto percurso
partem-se, em divisoes anterior e posterior. Os fasclculos formados por estas divisoes
recebem nome de acordo com suas reiarroes com a arteria axilar: lateral, medial e posterior
As divisoes anteriores dos troncos superior e medic estao unidas para for mar 0 fasciculo
lateral. A divisao anterior da tronco torna-se 0 fasciculo medial. As divisoes posteriores de
todos os tres troncos unern-se no fasclculo posterior. Os fasciculos par sua vez dao origem aos
seguintes nervos: musculo cutaneo, mediano, ulnar e radial, os quais sao ramos terminais.
3. FISIOLOGIA ARTICULAR E BIOMECANICA DO OMBRO
A mobilidade obtida pelo membro superior advem, em parte, da estrutura conhecida
como aniculacao do ombro all, mais precisamente, anicular;ao glenoumeral. E atraves dessa
unidade funcional que 0 braco, 0 antebraco, 0 punho e a mao sao conectados aD esquelelo
axial e par controle dessa unidade e que 0 membra superior pode ser posicion ado.
3.1. Classificl'u,:ao da Articulac;ao
Segundo GOSS (1988), "a articulacao glenoumeral e umajuntura sinovial ou diartrose
do tipo enartrase au juntura esferoide. Esta categoria de articulacao possibilita uma grande
variacao de movimentos. muitos deles sabre llma grande amplitude articular"
A articulacao glenoumeral consiste numa cabeca umeral quase hemisferica e urn
receptaculo escapular denominado cavidade glen6ide e, por permitir movimentos de flcxo-
ext en sao, adu~ao e abdu~ao, rota~ao e circundu~ao, e classificada como triaxial (movimentos
em tres eixos: transversal, antero-posterior e vertical).
3.2. Movimento das Superficies Articulares
3.2.1. Deslizamento
Diz-se quando os diversos pontos de cantata de uma superficie permanecem semprc
com 0 mesmo ponto de contato da outra superficie
FRACAROLI (1986) define que "0 movimento e realizado atraves de uma rota~ao em
lOrno de urn centro de curvatura, e como se uma roda derrapasse. 0 centro de curvatura e 0
ponto por onde passa 0 eixo do movimento, porem nao e fixo e desloca-se paralelamentc com
contata das superficies".
3.2.2. Rolamento
Ocorre quando os pontos de contato de ambas as superficies aniculares deslocam~se
simultaneamente. 0 movimento e processado em torn a de centros de curvaluras. E como se a
rada girasse e caminhasse.
3.2.3. Pivoteamento
Subentende-se quando os diversos ponlos de cantata de uma superficie deslocam~se
em torno de urn eixo longitudinal; 0 movimento e processado em torno de urn eixo que corta
as duas superficies aniculares, eo caminho de movimento traduz uma reta semelhante a do
deslizamento.
3,3, Superficies e Componentcs ArticuJares
3.3.1. Cartilagens
Sao estruturas nao vasculares encontradas, principal mente, nas articulayoes sinoviais.
Sao divididas de acordo com a cornposiyao de sua rnatriz e, em particular na articulayao
glenoumeral, e denominada de cartilagem hialina.
A cartilagem e constituida de uma massa cartilaginosa de consistcncia firrne. mas de
elasticidade consideni.vel e de cor azul-perolacea.
Segundo JUNQUElRA e CARNEIRO (1985), "a canilagem hialina anicular nao
mostra qualquer tendencia it ossificayao pel a falta de vascularizayao em sua estmtura
Apresenta como fUllyoes 0 amortecirnento aos choques (devido a camada incrustada aos
05505) e liberdade de movimento (pe1a superficie lisa que esta apresenta).
15
3.3.2. Fibrocartilagens
Sao estruluras destinadas a au men tar a capacidade de contato entre as superficies
articulares.
Na articula'Yao glenoumeral, a fibrocartilagem e do tipo periferica e envolve as
rnargens da cavidade articular, au seja, a orlaglenoidal.
3.3.3. Ligamentos
Sao constituidos sobretudo de fibras de colageno. dispostas paralelarnente ou
intimarnente entrela'Yadas umas as outras, com aspecto branco, brilhante e prateado. Sao
maleaveis e flexiveis para permitir perfeita liberdade de movimentos, porem sao fortes e
inextensiveis para nao cedcr a a'Yao de foryas extcrnas (gravidade, contra'Yao muscular,
choques, etc.).
Entre suas inumeras fun'Yoes temos garanlia do cantata entre as superficies articulares
e da limita'Yao do movimento articular.
3.3.4. Capsulas Articulares
As capsulas formam urn envolt6rio completo nas articula~5es de grandes movimentos.
Cad a capsula consta de dois componentes: urn externo, constituido par tecido fibroso e, urn
interno que e uma carnada diferenciada e usual mente descrita em separado como membrana
sinovial.
3.3.5. Membrana Sinovial
Recobre a face interna da capsula e forma urn saco fechado denominado cavidade
sinovial. E constituida por tecido conjuntivo frouxo e secreta urn Iiquido espesso, viscoso,
semelhante a clara de ovo (produzido pelas celulas denominadas sinovi6citos do tipo II),
16
constituido de agua e acido hialur6nico, cujas funyoes sao: facilitar 0 deslizamento das
superficies articulares e gerar pressao negativa para aumento da coadapta~ao articular
3.4. Fisiologi:1 do Ornbro
o ombro, aniculayao proximal do membra superior, e a mais movel de tadas as
anicuiayoes do carpo humane
Ele passui Ires graus de liberdade, 0 que Ihe permite orientar 0 membra superior nos
Ires pianos de espayo, gra'Yas a Ires eixos principais
• cixo transversal: cantido no plano frontal, confere as movimentos de nexao e
extensao, executados no plano sagital;
• eixo antero-ponterior: cantide no plano sagitaL confere os movimentos de abduyao e
aducao, executados no plano frontal;
• cixo venical: e a interseccao do plano sagital e do plano frontal, confere os
movimentos de abdur;:ao e aduc;:ao horizontal
Obs .. 0 eixo longitudinal do umero permite a rotar;:ao interna e externa do ombro. Eimportante salientar que quando 0 membro superior esta ao longo do corpo, 0 eixo
longitudinal do umero coincide com 0 eixo vertical.
3.4.1. Movimentos
• Extensao: movimento de pequena amplitude, de 4SC'a 50°.
• Flexao: movimento de grande amplitude, 180° KAPANDJI (1980), observa que "a
mesma posir;:ao de flexao a 1800 pode ser definida como abdur;:ao de 180°11
• Aduyao: no plano frontal a partir da posir;:ao de referencia (aduyao absoluta) emecanicameme impossivel, em razao da presenya do t6rax.
A partir da posiyao de referencia, a aduyao s6 e possivel acompanhada de ext en sao
(adur;:ao muito pequena) ou flexao de ombro (aduyao de 30° a 45°).
17
• Abducao: a amplitude da abducao alcanca 180" onde 0 braco est.:'!.em posiCao
venical acima do tronco.
Obs .. KENDALL (1995) relata que "a partir de 90°, a abducao aproxima 0 membro superior
do plano de simetria do corpo. A posiCao final de 1800 de abducao pode tambem ser atingida
por urn movimento de flexao de 180°"
Do ponto de vista das aCoes musculares e do jogo articular, a abducao, a partir da
posiCao de referencia, passa por tres estagios:
- abdw;ao de 0" a 60°: movimento unico da articulacao escapulo-umeral;
- abdu<;:ao de 60° a 120°: necessita da participacao da articulac;:ao escapulo-toracica;
- abducao de 120" a 180'" usa a aniculacao escapulo-umeral, escapulo-toracica e
tambem a inclinacao do tronco do lade aposte.
• Rotacao do bra~o sobre 0 eixo longitudinal" a posiyao de referencia e dita de rota~ao
imerna-extema a 0° Para medir a amplitude dcstes movimentos de rotar;ao. 0 cotovelo deve
estar obrigatoriamente fletido a 90° e 0 antebra~o contido no plano sagital
SM1TH (1987) complementa que "esta posi~ao de refen:!ncia e tomada de maneira
arbitniria. Na pratica a posir;ao mais utilizada, porque corresponde ao equilibrio dos rotadores,
e a rota~ao inlema de 30° em reJayao a posiyao de referenda"
- Rota~ao externa: sua amplitude e de 80° e nao atinge mais que 90°
- Rota~ao intema: sua amplitude e de 100° a 110° Para atingi-Ia e necessaria fazer
passar a antebra'Yo atras do tronco, 0 que exige urn certo grau de extensao de ombro.
• Adu~ao e abduyao horizontal: a posi~ao de referencia e dada quando 0 membro
superior esta em abdu~ao de 50° no plano frontal.
- Adur;ao horizontal: movimento combinado de flexao e adu~ao de 140° de amplitude.
- Abdu~ao horizontal: movimento combinado de extensao e abduyao de 30° a 40° de
amplitude.
• Circundur;ao: combina os movimentos elementares ao redor de IreS eixos. Quando
esta circunduyao e impelida a sua amplitude maxima, 0 bra'Yo desenha no espa'Yo urn cone
irregular.
IR
4. AS LESOES MAIS COMUNS NO VOLEIDOL
Para NICOLLETI (1995) 0 maior interesse pelo voleibol cresceu com 0 aumenlQ da
popuJaridade do esporte tanto a nivel recreativo quanta ao nivel de teJespectadores, pelo rato
do Brasil leT sido campeao olimpico (masculino) em 1992.
o voleibol olirnpico mundial evoluiu para um esporte que tem atingido altos Iliveis de
habilidades especificas no jogo e tempos de rea~ao que frequentemente naa sao observados.
Com 0 aumenta de interesse tern ocorrido uma participacao maior dos atletas e, como
consequencia natural, maio res numeros de lesoes
NICOLLETI (\995) reforca que 0 voleibol e urn esporte colctivo que envolve muilos
saltos e onde a sobrecarga, 0 desequilibrio da forca muscular, a insuficiencia dos musculos
estabilizadores estao presentes. Existem varias causas possiveis para esse tipo de lesao
Para OLIVEIRA (1990) as principais les6es no voleibol sao as tendinites rotulianas
dcvido aos salt os, distens5es muscularcs do delt6ide dcvido ao levantamento brusco dos
bra~os, entorse e luxa~ao dos dedos das maos quc ocorrcm nos bloqueios. distens5es
musculares do biceps femoral e dos gemeos nos sallos, les5es musculares c tcndineas nos
ombros por excesso de uso e contus6es no torax devido as quedas.
A doen~a cranica mais comum que acomete os jogadores de volei segundo i\1ELLION
(1997) e a tendinite patelar que causa dor na regiao anterior da patela e inflamayao; tambem
sao frequentes a sind rome pateJo-femoral, a condromalacia patelar, a tor~ao aguda do
tornozelo, as fraturas por estresse do metatarso au da tibia, a tendinite do tendao de aquiles. a
fascite plantar, as bursites de ombro e as sindrome de impacto. As les6es pod em estar ligadas
a necessidade de utiJizayao dos membros inferiores e superiores ao programa de treinamento
e, tambem as caracleristicas de cada atleta. A mais evidente delas e 0 excesso de utiliza~ao de
"determinadas panes do corpa, a qual as atletas de voleibol de aho nivel estao sujeitos. devido
quase sempre a urn calendario correta com grande numero de treinamentos e jogos.
Treinamento qualitativamente e quantitativamente inadequados podem sobrecarregar
uma ou mais partes responsaveis pelo funcionamento normal dos ombros, conscquentcmcnte
produzir inflama~ao e ate rupturas tendincas
Para GOULD (1993), as a~6es biomecanicas em esportes que exigern posiyoes acima
da cabec;a nccessitam de medicamentos extrcmamentcs bern coordenados, para que 0 allcta
possa atuar com 0 seu maximo potencial, scm les6es. A repetic;ao excessiva destes espor1es
como 0 voleibol, podem levar a microtraumatismos de usa excessivo se a musculatura estiver
muito tcnsa ou descondicionada ou se for resultado de uma falha tecnica
Para Xavier (1996) mostrou urn exemplo desses problemas enfrentados pclos atletas
de voleibol de aho nivel e 0 jogador A1arcelo Negnio que aos 23 anos de idade, no final de
uma partida sente dor no corpo inteiro. Nove anos de treinamento e mais de mil jogos de
impacto Ihe trouxeram tendinites cr6nicas no ombro direita, Sao Ics6es cr6nicas com as quais
tera que aprender a conviver pelo resto da vida, mesmo ap6s abandonar as quadras. Alem dos
males cronicos, tem acumulado les6es oportunistas como ton;:oes nos tornozelos, um
rompimento do ligamenta do dedo anular da mao esquerda e varias sindromes do impacto
consecutivas.
Segundo GERALDES (1993) com 0 creseente aumento de programas de alividades
fisicas, nota-se que varias estruturas como ligamentos e museu los, vern aprcsentando cada vez
rnais 0 nurnero de problemas pelo que chamamos de "over use" ou stress.
Estas estruturas quando ern estresse continuo au duradouro estao sujeitas ao que
chamamos de microtraurnas, causados par traumatismos repetitivos; e e 0 que acontece
geralmente como os movimentos de impaclo, como par exemplo nos fundamentos de
bloqueio e cortada no voleibol.
20
Para MALT A (1995), em sua grande maioria, essas les6es sao causadas par Ol'er/lse e
overload Isso significa que 0 allela esla con stante mente ultrapassando seus limites.
causando microtraumas em determinadas regioes
Segundo MELLION (1997), as fraturas par estresse mais comum no voleibol sao as
fraturas das diafises metatarsianas principal mente 3° e 4° dedas.
Para GOULD (1993), quando aplica-se farya nos assos este se deform a
irreversivelmente ocorrendo a microfratura ou quebra, estas [oryas podcm ser repetilivas com
pequenas cargas OU par uma unica carga muito intensa.
Baseado em estudos fcites par SCHAFLE (1990-94), as Jes5es mais predominantes
encontradas foram:
tornozelo;
joelho e
ombro
A posiyao de linha de frente no volei resulta em les6es por dcsgaste, ou seja de
origem repetitivas.
As bloqueadoras descnvolvem muitas les6es nos tornozelos pelos sallos eonsecutivos:
e tambem les6es nas maos principalmentes nos dedos pelo ataque ou um mau jeito numa bola
colocada.
As conadoras desenvolvem impactos nos ombros pela explosao na bola, les6es nas
maos e possiveis hernias de disco pel a envergadura no ataque.
As posi~6es de fundo de quadra podem ter fraturas de ombro e face peJa queda no
"mergulho", contusoes e distens6es museu lares par esfofl;o e uso excessivo.
Segundo MATSUDO (1996) espone de alta competic;ao !laO e atividade fisica para
aumentar 0 bem-estar e a saude. Esporte e profissao e nao e qualquer pessoa que pode pratica-
21
10; ao contrario de atividade flsica 0 esporte de rendimento nao e nada democn'l.tico e
altamente seletivo.
22
5. SiNDROME DO IMPACTO
Segundo MOREIRA, " .. podemos definir a sindrome do impacto C0l110 send a uma
sindrome dolorosa do ombro com natureza microtraumatica e degenerativa, acompanhada ou
nao pel a perda de fon;as e caracterizada por tendinite do manguito rotador, podendo haver
ruplUra parcial ou total de urn ou mais tend5es, dependendo da fase c1inica da doenQa"
A maior indicencia de lesoes acometem 0 tendao do musculo supra-espinhoso . tendo
como local de inicio dessa patoiogia, talvez pelo fat a de seT 0 mllsculo que mais tTabalha.
abduz as primeiros 30° e depois 90°_ 1200
A etiologia pode ser do tipo traumatica (50% dos casas), degenerativa (42%) e mista
(8%).
Segundo NEER, a sindrome do impacto possui 3 fases clinicas:
- FASE I: - faixa etaria abaixo de 25 anos:
- dor aguda ap6s esfor~o;
- edema e hemorragia na bursa e no tendao.
FASE II: - faixa etaria enter 25-40 anos;
- pracesso inflamat6rio cronico;
- fibrose e espessamento da bursa e do tendao;
- dor cr6nica apcs atividade de eleva~ao de MMSS;
- dor noturna.
- FASE Ill: - acima de 40 anos;
- ruptura complela de um ou mais tendoes;
- dar constame apcs e1evayao dos MMSS.
As lesoes por esfor~os repetitivos do ombro sao muito comuns nos atletas
principal mente naqueles que se submetem a esforyos demasiados acima da cabeya
23
GOULD (1993) coloca que estes esforcos repetitivos podem causar sind rome do
impacto, lesao do manquito rotador e les6es acromioclaviculares. Este avalia que a tendinite
de manquito rotador e uma lesao comum per usa excessive, que provem de atividades que
envoi vern repetido usa do braco acirna da cabeca.
Microtraumas de repeticao iniciam urn cicio de inflarnacao, edema, aumento de
volume e subsequente diminuicao do espaCo supra umeral que resulta em mais impaclos e
rnicrotraurnas.
NEER (1995) presume que uma Jesao decorrenle do movimento continuo do braco
para cima faz com que a tuberosidade maior force uma alavanca contra 0 acromio
GOULD (1993) reforca que a sindrome do impacto e resultante de micratraurnas de
repeticao do tecida que estao no espaco umerocoracoacromial.
Varios exemplos relacionados it biomedinica dos espones de ombra pod em auxiliar na
cornpressaa destas Jes6es par usa excess iva.
A patologia evolui por urn perioda de anos at raves de quatro estagios. 0 prirneiro
eSlagio e onde ocorre edema e hemorragia, caracteristico do uso excessivo com 0 braco acirna
da cabeca; este est agio e reversivel e se apresenta como desconfono
o segundo est agio, fibrose e tendinite e mais comum 0 ombro encontra-se
confortavel, funciona satisfatoriamente e em atividades leves, com dor dianle do uso vigoroso
acima da eabeca, a dor se manifesta aguda, mais frequenternente it noite, os tend6es e bursas
se tornam espessados e fibr6ticos, fazendo com que a amplitude de movimento do ombro
comeee a diminuir.
o terceiro estagio, degeneracao do tendao, e a conlinuacao do segundo est agio,
geralmente raro em jovens, prosseguido com rompimentos parciais e dar intensa que pode
causar limitacao de atividades e perda do sana.
"E, finaimenle, 0 quano estagio que ocorre quando 0 tendao esta completamentc
rompido limitando a amplitude de rnovimento alivD, enquanto que nao limita intensamente a
amplitude de movimento passivo.
Infelizmente os atletas procuram urn atendimento medico no terceiro est<igio, quando ocorrc
limita~ao do movimento e consequentemente afastamento da quadra.
A maior ocorrencia de sindrome do impacto no ombro se da devido ao usa excessivo
da anicu\a't3o, do tempo de treinamento e da falta de alongamento das atletas.
As lesoes de ombro ocorrem em maior numero nas atletas atacanles de maior pOIencia
(atacante de pont a)
Analisando 0 esporte de alto nive! C0l1100 voleibol podemos nOlar que muilas tecnicas
de treinamento vern sendo utilizadas a tim de obterem melhor performance, po rem, segundo
ANDRADE e PERElRA (1991), " ... a prepara~ao fisica mal utilizada, alem de nao alcan~ar 0
efeito desejado pode levar 0 atleta a uma serie de les6es no qual pode acarretar 0 afastamento
para a pratica desponiva"
Nota-se que estas les6es vern preocupando cada vez mais os tecnicos e atletas que
necessitam ampliar as inforrna~6es a respeito.
Nao se pode evitar todos os danos causados as an:cula~6es, pois quem pratica espone
esta sujeito a cenos riscos, mas mesmo assim muitas lesoes pod em ser evitadas se os atletas e
profissionais tiverem conhecimento basico sobre est a anicular;ao e seus movimemos.
o objelivo segundo LUTCHlNSON (sid) " ..diminuir a severidade de determinados
tipos de les6es e prevenir a ocorrencia de outras"
A preocupar;ao com 0 nive\ de frequencia das Jes6es do ombro no voleibol, roi 0 rat or
determinante para a realizar;ao deste estudo, que visa atraves da pesquisa de campo, contribuir
com informa~6es sobre 0 cuidado na aplicavao e execw;ao do treinamento e assim diminuir a
frequencia do indice da sindrome no voleibol.
25
5.1. Fisiologia do Ombro Doloroso
Sao quadros inflamat6rios, restritivos e dolorosos, que sao encontrados em pessoas
normais de forma latente e que com 0 disturbio neurol6gico vern a lana trazendo suas
complicayoes, mas 0 acrescimo da imobilizayao pode complicar em uma hemiplegia par
desuso causando atrofia, contraturas e incapacidades
Este processo geraimenle leva a uma condiyao cham ada ombro congelado que e a
limitayao de movimento causada peJa dar, geralmente, e iniciada par uma tendinite do supra-
espinhoso levando a outras estruturas uma inf1ama~ao desde balsa subacromial adjacente ate
chegar em lodos as tecidos intra-aniculares.
o processo de tendinite ja foi considerado como uma isquemia, mas atualmente
estudiosos vern demonstrando que tal inflamayao e causada por hiperernia. Tal faw acontece
porque nos museu los da bainha rotat6ria enos tend6es (em particular 0 do supra-espinhoso), a
circulac;ao e bastante alternada entre isquemia e hiperemia, depend en do das foryas externas
que agem sobre ela. No supra-espinhoso existe uma regiao cham ada de zona critica que.
quando 0 tendao esta relaxado a circulac;:ao se faz abundante devido it uma anastomose
vascular e; quando hit tensao sobre esle tendao. ocorre a isquemia que geralmente e quando 0
brac;o estit pendente ou quando vai realizar-se algum movimento alivamente
Uma outra causa de isquemia e a compressao de estruturas que ficam entre 0 acromio
e as tuberosidades. Consequentemente, com essa variayao intermitente entre isquemia e
hiperemia, 0 tendao do supra-espinhoso e levado a urn processo degenerativo em pessoas de
acima de SO anos.
Aos exames existern tres caracteristicas importantes a serem avaliadas para a
detectac;ao da causa da dor ou disfunyao do ombro'
- primeiramente. os ciSl0S nas tuberosidades Sao a evidencia inicial de a1rito entre as
superficies 6sseas e que ja foram identificadas como "cavernas" de conteudo de teeido
vascular;
- caso 0 atrito continue entre 0 tendao do supra-espinhoso e a superficie 6ssea, estes
cistos irao progredir para erosao das tuberosidades. Com isso as duas tuberosidades ficarao
26
mais baixas permit indo a instabilidade do tendao do biceps (subluxa~ao). situa~ao esta muito
dolorosa;
- em seguida it erosao, ocorre a forma~ao de oste6fitos podendo alcant;ar 0 acromio
localizado acima das tuberosidades. Consequentemente, pela redu~ao do crescimento osseo
no espa~o articular acontece uma hipertrofia e neo-forma~ao 6ssea que diminui a amplitude
de movimento na articula~ao ocasionando aumento da dor.
Ja a lesao acremio-clavicular acontece devido a urn desgaste desta articulavao onde os
sintomas sao sentidos antes que se possa presenciar qualquer aiteravao radiol6gica. Para que
se possa localizar a dor, conforme CAILLET (1981), "elevavao e depressao da cintura
escapular e realizada sem 0 envolvimento gleno-umeral"
Caracteristicamente esta articulavao e baslanle afetada na hemiplegia pel a limitavao
gleno-umeral, resuitando numa rotacao de ombro ao inves de flexilo anterior e abducao.
Outra forma de dor comum no ornbro herniplegico e a tendinite bicipital. No entanto
quando procura-se 0 porque da dor nesta articula~ao, geralmente ela na~ e cogitada. 0
percurso do tendao do biceps inicia-se na borda da cavidade glen6ide, tuberculo supra-
glenoidal. fazendo uma angulavao no suleo bicipital, que e formado pelas tuberosidades da
cabeca do umero continuando a seguir entre 0 tendao do musculo subescapular e do supra-
espinhoso, numa membrana sinovial e que e considerado uma continuacao da capsula
anicular do ombro, e ao contrario do que se pensa, 0 tendao do biceps e estinico, isto e, eo
suleo que se move ao 10ngo do tendao quando 0 bravo e movimentado.A sequencia de eventos envolvendo 0 tendilo do biceps descrita por UMPHRED
(1994), "comeva com uma tenossinovite leve da por~ao longa do biceps, progredindo .a uma
adesao, e quando esta adesao se consalida a dar desaparece, mas deixa a movimentacao
extrema mente restrita"
Caso a inflamacao pare ou 0 tendao intra-articular se rampa, 0 movimento pode voltar.
Para identificar se ha tendinite do biceps, DAVIES (1996) cita que alguns paronimos devem
ser abservados:
- dor crenica a nivel antero-lateral do ombro;
27
- a dar inicia-se pelo movimento do brayo acirna da cabeya em uma direcao de rotacao
externa com abducao;
- na palpacao sente-se urn "amolecimento" sabre 0 sulca bicipital;
- a dar pode ser reproduzida (Iocalizada no sulea) resistindo-se it flexao anterior do
ombro, com 0 cOlovelo estendido e 0 antebrayo supinado;
- pode-se ouvir e sentir uma certa crepitacao it medida que 0 tendao desloca-se au
move-se para denlro e para fora do sulca bicipital;
- a dar pode ser reproduzida resistindo-se it flexao de COloveio e supinacao de
antebraco
2:-:6. PREVENCAo DE LESOES
Segundo RODRIGUES (1993) a incid(mcia e a gravidaJc das h..::,0c::; em
espones indica que uma maior aten<;:ao deve ser dada pclos profissionais da arca
esportiva aos atlclas a ao seu treinamcnto. Divcrsos pesquisadorcs tem eSludado a
prevcnc;ao das les6es em crian<;:as e jovcns e, tambcm cncolltraram indica~6cs pn.::cisas
de preven<;3.o
Tanto a fisioterapia quanto a medicina esportiva devclll trabalhar jUlIlas para
que a preven~ao das lesoes esponivas, de uma mancira geral, scja uma realidadc
pnl.tica.
A meta prioritaria e a crian~a, objetivando com isso, reduzir os riscos de
evolw;ao de problemas que pod em prcdispor Ii futuras lesees. A crian<;:a deve ser vista
sob a condi<;:ao de postura e do desenvolvimento; ja que 0 atleta devc ser visto sob 0
ponto de vista postural e funciona!
Urn fator importante c detectar, a!raVes de examcs, os valores antropornclricos
organicos, para que em primeiro lugar, se oriente a crianya sobre qual esporte e melhor
indicado para cia. Os valores enconlrados nos exames irao detemlinar com seguram;a
se a crianya pod era au n50 ler bans resultados tccnicos, assim como as pussibilidades
de ler mais au menos suceptilidade Ii uma Icsao.
Esse aproveitamento das variiwcis positivas cncontradas no exame ira
me!horar 0 rendimento atletico e reduzir os riscos de lesao, pois poueas coi5as (CraO
que ser adaptadas e, muitas terao que ser somcntc lapidadas
Segundo GOULD (1993) a csporte organiz.ado c uma forma aparentc de
seguranya sc comparado com as nao organizados. A forma organizada faz eom que
haja uma rcduyao do risco de lesocs em placas de crescimento em ate 1/3 Estns lesoes
geralmente sao causadas por microtraumatismos
Um programa de esporte organizado apresellta a nit ida vantagcm de ullla
situa~ao livre de riscos, em fUll/faa de que quando a causa da lesao c conhccida e 0
numero de lcsoes parecc excessivo.
Com a neccssidade de minimizar as lcsoes e, ao mesilla tempo, l1ao prcjuuicar
o rendimcnlO do atleta, percebeu-sc que 0 primeiro pas so scria mudar 0 cotlccilo de
tratar 0 atleta somente quando cstiver machucado, com isso, 0 atlcla lesionado podcni
perder ate tres jogos (15 dias) por temporada e SCll retorno num nivel muilo baixo do
desejado. Esta mudan<;a levou a um conceito mais moderno dcntro do esporte que e a
"prevcn~ao de les6es"
Para BELLO (\991) os museu los que devem scr mais trabalhados no
vo!ciboi sao os musculos dos mcmbros inferiorcs, dcvido aos salt os constantes.
MALTA (1995) nos coloca que as lesoes provocam mais prejuizos do que se
percebe, pois as at leIas, normallllenlc, treinam e jogam sentindo dar. Esta dor diminui
a qualidade da contra<;ao muscular promovendo uma modifica~ao ou readapta~50 da
biomedinica e, assim, uma diminui~ao das capacidades fisicas e tecnicas. Esla
diminuiyao leva 0 atlcta a uma falta de seguranrya quanto ao seu dcsempcnho c,
automaticamente uma impaciencia com scus erros.
Segundo RODRIGUES (\993) os falores que devcm ser observados para a
prevenr;ao de \esoes sao:
Predisposiryao estrutural: a estrutura individual (fisiol6gica e biomecanica)
pode ser a responsavel por lesocs no joclho. Urn joelho valgo pode apreselltar um
outro fator importante que pode promovcr a luxar;ao da patel a: 0 aumento do angulo
"Q"; 0 angulo "Q " deve ser medido estinica e dinamicamente. Problemas adquiridos
como 0 pc plano, no comprometimento dos membros inferiores, tibia vara, patel a mal
posicion ada (alta, inclinada) quadril com antero ou rctrovcrsao, dcsvios na colulla, etc,
tambem inOuem.
Predisposir;ao funcional: marcha antalgica (provocada pel os descquilibrios
cstruturais), condi~ao fisica. 0 condicionamcnto fisico promove uma maior resistcncia
elastica para os tecidos museu lares e capsulo-ligamentares. 0 treinamento de
resistencia e urn dos principais fat ores de preven<;ao de Icsoes ligamenlares do joclho.
Lesoes prcvias: as les6es previas sao aquelas que foram mal cuidadas, qller do
ponto de vista estatico (Iigamcntos), quer do ponto de vista dinamico c funcional
(musculos estabilizadorcs). Pod em ocorrer a volta precipitada ao csporte, scm que a
alicIa tenJla se preparado para rcceber 0 stress imposto pela atividade. Diversos faleres
devem ser considerados: diminuiyao da resistcncia, energia e tolerancia, instabilidade
presente, maturary30 cicatricial insuficicnte, cadeia de movirnento alterada,
flexibilidade reduzida, tempo de rear;ao atrasado, equilibrio e protery1io renexiv<l
reduzidas, adcrencia cicatriciais e .limitayao nos movimentos articularcs (Oexao,
extensao, rota9ao externa e interna), aitera9ao da mareha na fase de abordagem e
impulso, tratamento ineorreto, diagnostico incorrclO
Condi~ao muscular: 0 treinamento de resistcncia muscular pro move uilla
melhora na fun9ao do tendao, do ossa e dos iigamenlOs. Os rnusculos estabilizadores
do joeiho dcvcm Ter resistencia equilibrada entre a esquerda c a direita, razao entre
agonista e antagonista, resistencia de todo 0 membra, relayao varia vel entre 0 eSlimlilo
e a resposla (vciocidadc de contrair e relaxar).
Polencia: resistencia refere-se a for9a que um tendao pode gerar. POlencia
refere-se a urn numero de foryas que podem ser geradas par unidadc de tempo. 0 falo
da gera9ao de forya num curto periodo de tempo pode extrapolar a capacidade de
sustenta9ao; treinamenlO especifico para essa variavcl fisiea e necessario
Resistencia: 0 desenvolvimento dos valores da resistencia nos tccidos
ligamentares, assim como nas condiyoes encrgeticas, dcvem ser trabalhadas
intensivamente. A resistencia desenvolvc uma maior produ9ao da resistcncia acrobica
e coloca mais oxigenio para 0 trabalho.
Flexibilidade: limita funcionalmente a articuia9ao, pro move uma fadiga
precoce, promove compensayoes de outros grupos mllsculares, tensilo nos mLlsculos
isquio-tibiais, geram pressoes anormais na articula9ao femoro-patelar c podcm dispor a
processos degenerativos.
Treinamenlo sens6rio-motor: urn atleta bem treinado do ponto de vista da
coordcnayao, equilibrio e reflexos, recupera mais rapidamenlc 0 scu equilibrio, menor
predisposiyao a uma lesao aguda. rencxos mais apurados permitem escapar mais
facilmente de lesoes. Na lesao cronica, 0 treinamento sen so rio-motor deve alterar 0
esquema neural local e geral. A enfase deve scr dada ao treinamen!o do mecanismo
rencxivo de prate~ao integrando-se a cadeia cinetica gcral
Ca!<;:ado esportivo: a!letas que apresentam altcra<;:oes angulares devem razer
usa de cal<;:ados especiais, para reduzirem estas altera<;:6es dllrallte a prittica csportiva
principal mente adaptar os calyados dos atletas eom problemas posturais.
Fatores ambientais: sao fatores primarios que fogem do controle, mas dcvelll
ser minimizados quando presentes
Treinamento Esportivo· movimenlos especificos treinados ate
automatizayao levam a uma economia de energia e rapidez na exccuyao, evitar cxcesso
de trcinamcntos, deve haver um equilibrio entre os estimulos do treinamento para nao
prom over a fndiga, equilibrar as solicitayoes entre foryn c flexibilidadc, 0 treinalllclllo
da flexibilidade deve preceder e finalizar qualqucr lipo de treinamcnto; 0 alicia com
sequelas nojoclho devem merecer atenyao especial; 0 trcinamento nao deve cxtcnuar 0
atleta, deve promo vcr adaptar;oes cardiofuncionais de forma progrcssiva
PERONNET (1985) aponla como principais exigencias no volcibol a
polencia (for~aJ velocidade -sallos, cortadas, clC), flexibilidadc (rela:\amcnto).
resistencia acr6bica; resistcncia anaer6bica; somatotipo ( altura, peso, % de gordura,
etc.); coordenayao nervosa (agilidadc); psiquicos (conccntra~ao, Illotivayao,
inteligcnciaL tecnica ( qualidade e quanlidade de movimentos lccnicos); tatica
individual c coletiva (rclar;ao inter-individual). Onde a importancia das qualidades
rccebeu notas de I a 5, conformc avaliar;ao subjctiva do autor~ e como podemos
constatar 0 trabalho fisico (fortalccimento muscular) e a flexibilidade sao uns dos mais
importantes.
Ji MALTA (1995) coloea que para a prevenyao de lesaes, a formar;ao de uma
equipe teenica de alto nlvel espeeializada e fundamental. Esta cquipe deve, se posslvel,
eontar com a prescnya de supervisor, tecnico, assistente tccnico, preparar;ao fisico,
medico c fisiotcrapeuta.
E imponante que lodos os componentes conher;al1l as funyoes uns dos ou1ros
e as respeitem, pois isso sc tomara vital para 0 born desenvolvimento do trabalho e
para 0 relacionamcnto da equipe; treinador e preparador fisico, que devem planejar os
treinamentos em conjunto, determinando qual parte (fisiea ou tecnica) sera mais
solieitada, isso beneficia 0 rendimento do atleta, pois diminui as sobrecargas e,
consequentementc a possibilidade les5es; preparador fisico e fisioterapcuta, devem
alravcs de uma boa avaliar;ao mcdiniea, trar;ar excrcicios espccificos para
detenninados atlelas c planejar um retorno f<l.pido e seguro dos mcsmos ao trcino;
medicos e fisioterapeulas devem trabalhar em conjunto, diagnosticando e Illcdicando 0
alicIa quando necessario e, ao meslllo tempo, passando todas as informayoes
necessarias para que 0 fisioterapeuta planeje melhor 0 programa de tralamcnto
Trar;ar Illctas a serem alcaJlyadas durante a tcmporada, planejar fases de
treinamento e divisao das larefas lambem e de grande valia
MALTA (1995) ainda rcforrra que fazendo uma avaiiarrao fisica del<11hada na
pre-temporada: testes de capacidade cardiopulmonar, resistencia anaerobica ( de
preferencia bicic!eta para evitar les6es), testes de impulsao vertical, de capacidadc de
saltos, de f1exibilidade e resistencia muscular, uma avaliarrao medica e fisioterapica
onde sao levados cm conta os fatores exames de sanguc, urina e fczcs, podem dar
resultados significativos se tralando de prevencao de lesoes
No desenvolvimento do trabalho de prevenrrao deve-se levar em considerarrao
lodos os dados encontrados nas avaliacoes, pois, at raves destes, pode-sc dividir 0
grupo de atletas pelas ies6es, peJas dclicicncias fisicas existentes e pelas posicoes que
os jogadores atuam.
2.5.1 FORTALECIMENTO MUSCULAR
Para BlTTENCOURT (1984) este objet iva aumcntar a forca muscular, a
massa muscular, a nexibilidade. a eficicncia cardiopulmonar, melhorar a coordenacao
e aumcntar a capacidade de resposta muscular, propiciando uma diminuicao de
sobrecargas e, consequentemente minimizar as les6es.
Ja MELLI ON (1997) nos co10ca que 0 treinamcnto de forca diminui a
gravidade e a frequcncia de les6es comuns aos esportes, aumenta a potencia e a
nexibilidade (se 0 programa for bem executado),diminui 0 tempo ncccssario para a
recuperarrao funcional de uma lesao c mclhora a auto-imagem do allcta jovem.
BITTENCOURT (1984) relata que a musculacao, quando bcm orient ada,
rcprescnta uma importante arma prolilatica em relacao as les6es musculo·articulares.
Ncste sentido, C capaz de evilar e reduzir muitas lesocs esportivas que tern preocupado
professores, praticantes, atletas, tecnicos e dirigentes da grande maioria dos csportes. A
utilizayao do peso com fins profilaticos deve ser encarada como um meio de grande
importancia para 0 prolongamento da vida atletica de todos os individuos.
Todos os tipos de excrcicios devem ser usados na proporcao correta para os
atlctas. Os pontos focais devem variar de acordo com a constituic;ao individual de cad a
allcta, sua condir;ao fisiea e 0 tipo de esporte, falores compensat6rios e qualificantcs
tambem devem ser considcrados ao se estabelccer urn programa de treinamcnto
balanceado. Isso, e verdade para OS tipos de esportes que rcqueiram paddles
unilaterais de movimcnto e que sao repelidos muitas vezes.
MELLI ON (1997) cita que ao contrtirio dos adultos que aUlllentam a lor,'a
pela hipertrofia muscular, os atletas jovens aumentam sua fory3 provavelmenle pcla
aprcndizagem motora, alraves do treinamcmo muscular para responder rilpida c
fon;adamcnte it sinais neurol6gicos para se contraircm
Os exercicios sao sequencias de movimentos repetidos sistcmaticamente COIll
o objetivo de clcvar 0 rcndimento.
Segundo BITTENCOURT (1984) dcsta rorma, os excrcicios de
fortalccimento devem ler urn objetivo definido, alem de seguir uma progressao de
cargas compaliveis com a idade, sexo, frequencia e grau de trcinamemo do allela
Segundo MALTA (1995) 0 fortalecimenlo muscular lem objetivos gerais e
especificos.
Os objetivos gerais do fortalecimento sao iniciados denlro do trabalho na prc-
temporada, visando desenvolver grandes grupamentos musculares servindo como base
para suportar aumentos progressivos de cargas de trcinamenlo e, ao mesmo tempo,
melhorar 0 condicionamento fisico geral do atlela. Durante a temporada, deve ha vcr
uma manutcnyao do fortalecimento, paralelo a um equilibrio das exigencias fisicas,
tccnicas e taticas.
Os objelivos do fortalecimenlo especHico, tambem sao iniciados na pre-
temp orad a e se baseiam nas avaliayoes ja realizadas, respeitando as individualidades
de cada atleta. Ele visa prevenir a recidiva de patologias ja ocorridas, trabalbar as
deficiencias fisicas existentes e mini mizar as sobrecargas decorrentes das posiyoes que
os jogadores atuam. 0 melhor meio de evitar sobrecargas desnecessarias e aproveitar
o tempo disponivel e a divisao do grupo bascado nas avaliayoes fisicas, medicas e
fisiotcrapicas.
MALTA (1995) propoem que a meJbora do desempenho desportivo de um
alleta c proporcional ao seu potencial para desenvolvcr novas lecnicas, absorver
maiores cargas fisicas e compreendcr ayocs taticas complcxas. Fatores como
experiencia, motivavao, condiyao psico16gica tambem sao fundamcntais. No entanto, 0
gesto desportivo correto, que e um dos fatorcs mais importantes nestc descmpenho,
muilas vezes nao recebc a atenyao necessaria. 1550 porque muito5 prOre5sores C
treinadores dao enrase ao resultado como ayao final, deixand0 C~L~'::·2. corret;ao do g~5tO
desponivo.
Os vicios adquiridos a panir desta nao corre~2.o g:~rl::: s.vcri!cargas em
determinadas rcgioes , que vem a justificar algumas patologi~.5 L';:: -:-x;:-mpiodisso
seria a atlela que ao reternar de urn alaque, sempre descarr~g2. rode-;:. seu peso sabre
urn unico membro. Dentro de uma serie de patoiogias que i!sta sir:-.p~esayao pode
desencadear, as mais comuns sao as tendinites pateares, emors.e de tOinozelo e de
joelho, com au sem comprometimentos meniscais ou ligamemares.
Urn instrumento preventivo refor'ra HATFIELD (199~) e de grande
importancia e 0 equilibria muscular~ tipicamente as quadriceps na parte anterior da
perna sao quatro vezes mais fortes que a jarrete na parte posterior, i5;:0pode provocar
uma puxada anonnal num dos lados da articula'rao, colocando 0 joelho em
predisposiyao ao stress e possivellesao.
Par este motivo e importante manter este tipo de musculo 0 mais proximo
possivel do equilibrio.
Recomenda-se ainda que os atletas evitem impactos se..-eros no sistema
musculo-esqueletico no decorrer de suas carreiras atleticas, ja que urn microtraurna
pode aparecer e com 0 passar do tempo tomar-se urn macrotraurna, ou seja,. uma lesao.
No caso de atletas com grande volume de massa musculff. isso pode ate
significar cnlrar em forma,. par meio de metodos diferentes do exercicio de irnpacto,
como corrida, ja que a proprio peso corporal pode causar microLIauma severo em seu
sistema musculo-esquek:tico~ como ciclismo e pulaI' corda. Casa a atieta precise fazer
qualquer tipo de corrida reeomenda-se sua execuyao ern velocidarie ao inves dos
passos lentos do jogging, ja que este ultimo exerce mais for~a venical e destrutiva.
Para CALAJS & LAMOTTE (1992) 0 fortalecimento mus<u!ar do joelho efundamental para 0 born funcionarnento das articulayoes, quadriceps, museu los laterais
e posteriores; tais museulos darao a estabilidade necessaria 2.anicuI2<;2.0do joelho, e a
partir deles que se devern inieiar urn trabalho de fortalecimemo desta musculatura.
Todos os musculos, bern como a maneira de fonalece-Ios:. sao de grande
imponancia para qualquer esporte e, no caso do voleibol qu~ se u;:iliza muitos saltos e
onde a sobrecarga no joelho e grande, a necessidade de fonale-cer esta musculatura
deveria ser de preocupayao dos tecnicos e, principalmente dos pr6prios at!etas, para 0
melhor desempenho dos mesmos c a diminuicao de microtraumatismos que possam se
transformar em lesoes mais graves.
Segundo CARDOSO (1994) 0 plano de treinamenlo deve propiciar '.Ima
progressao ate que se atinja clevado nive! de desempenho, c necessaria a sobrecarga A
sobrecarga c a extensao do nivC\ do trabalho muscular para alcm do csfonro habitual,
isto conscgue-se fazendo exercicios durante mais tempo, ou com intensidade maior do
que a habitual, au as duas coisas sirnultaneamente. Nos est<l.gios iniciais do
condicionamento e preferivel um predominio de exercicios para a tolerancia, lenlos e
de longa duracao, a exercicios nipidos; mais tarde aumenta-se a propon;:ao de
exercicios r<ipidos sobre os lentos.
Se 0 exercicio nao e suficientemente vigoroso para provocar ullla Fepersislenle e, ainda prccisa de mais oxigenio, 0 exercicio deve ser continuado pOl' mais
tempo que cinco minutos, dependendo do tempo total de oxigenio consumido.
A sobrecarga pode ser definida como urn estado fisico mental do qual 0
individuo pode ou nao estar conscientc, que se produz por um peso excessivo de uma
parte do corpo, em sua totalidade, mas alCm de suas reservas parlicularcs.
Para LEITE (1983), a aplicacao de sobrecarga nos jovcns em idadc de
crescimento e contra-indicada por motivos basicos, pois, 0 crescimcnto cncontra-se em
rase evolutiva, e 0 risco do aparecimento de fadiga e lesoes subsistentcs nas zonas de
cresci menlo. a efcilo de pressocs sabrc esla regiao pode ocasionar desiocamcntos,
gerando inflamacoes cronic as, esmagamentos, fissuras das placas de cobcrtura que
influem de forma irreversivel sobre 0 crescimento.
Esta in formacao e valida principalmentc para 0 espone competitivo em que os
jovens estao sujeitos a uma pro va maxima de esfon;os, atingindo os limitcs de sua
capacidade de rendimento. Considcrando que em determinados tipos de lesoes ocorrer
durante uma competi~ao, sua prevenyao depende em parte de um conhecimento dos
elementos, distribuicao samatica do carpo como qualidade e natureza das fon;:as
aplicadas.
RASCH E BURKE (1987) afirmam que em todo programa de lreinamcnlo
devem scr descartadas as posicoes extremas de agachamento, as flexoes e extensocs
completas e for~adas da articula~ao do joelho, em virtude do papel quc podclll
desempenhar na produ~ao de uma instabilidade ligamentar nos joelhos.
STEINER (1996) coloca que para se obter aptidao frsica e preciso Ulll
programa plancjado, prccedido de uma avaliayao do, est ado gcral e das neccssidadcs
de cada individuo, para que a pessoa possa uSlIfruir dos bcneficios proporcionados pela
atividadc fisica; isso implica levar em conta falores fisiol6gicos, ll1ecuClnicos
(estruluras museu lares, SllpOI1e coroll<lrio, flexibilidade, etc.)
Para CARDOSO (1994) a exercieio constitui a base met6diea da prepara'tao
do atlcta como processo pedag6gico. Por conscguinte, os exercicios fisicos sao a [orlna
principal de utilizayao das ayoes motoras na prcvcnyao do atlcta
Segundo ZAKHAROV (1992), a idade e fa tor dClerminante para a pratica
pedag6gica do treinamento dcsponivo. A idadc entre 15 e 16 anos e onde existe a
maior incidcncia de cquipes com cerca de 70% dos alielas, estes POSSllCIlI maior
facilidade de aprendizado do que a calegoria adulta, pais, e justamente neta fase que se
desenvolvem ativamente as estruturas psicofisicas do organismo, bem como a
obtcnyao das capacidadcs fisicas, principalmente lrabalhos de resislencia, flexibilidade,
for~a e velocidadc. Devemos levar em considcra~ao ainda que todos os Ic:cnicos
lrabalham a prepara~ao fisica com seus at let as e que 71,21% destes tecnicos trabalham
a prepara~ao fisica separada da prepara9ao tccnica e tatica, considerando*a como um
dos fatores principais do allcta de voleibol.
2.5.2 FLEXIIlLLlDADE E ALONGAMENTO
Nos dias atuais hi muitas controvcrsias em rclayao a flcxibilidade C 0
alongamcnto; alguns autores consideram-nas corn 0 mCSJl10 significado e resuh<l(\o,
mas a maioria dos aUlorcs diferenciam flexibilidade e alongamento e, com base nestes
definiremos ambas para tamar mais clara a compreensao das suas funyocs em re\a~5.o a
preven,ao de lesoes.Para HOLMANN e HETTINGER (1983), Oexibilidadc ou
elasticidadc c definida como sendo a extcnsao passivel de urn movimcnlQ
voluntariamcntc em uma au mais articulavocs.
TUBINO (1984) refon;a, colocando que c a qualidade fisica que pode scr
evidenciada pcJa amplitude de movimento das difercntcs panes do carpo num
detemlinado scntido
Segundo FOX (1983), existem dais tipos de flexibilidade, a estatica onde a
amplitude de movimento e ao redor de uma articula~ao e a dinamica que caractcriza-sc
pel a oposi~ao ou resislcncia de uma articula~ao ao movimento, ou seja, diz respeilo as
for~as que se opoem ao movimento at raves de qualquer amplitude e nao a uma
especifica.
Os Iimites estruturais para a flexibilidade segundo FOX (1983) sao oosso,
museu los, ligamentos, oulros Iccidos conjuntivos c a pe\e.
Ja em rela~ao ao alongamento DANTAS (1991) allrma que e a forma de
Irabalho que visa a manutenyao dos niveis de flexibilidade obtidos e propicia a
realizayao dos movimentos de amplitude normal com 0 minimo de rcstriyao fisica
passivel.
Segundo CONTURSI (1986) 0 alongamento e a forma de trabalha que visa
obler uma melhora da flexibilidade atraves da viabilizayao de amplitudes de areos de
movimentos articulares superiores aos originais.
Para uma determinada articulayao permitir uma boa amplitude de Illovimcnto
e preciso Ter clasticidade muscular, que nada mais e do que a capacidadc do mLlsculo
em aumentar seu comprimento. adaptando·se a uma forc;a cxterna c depois rctornando
ao seu cst ado original.
Entao quanta maior a amplitude de movimento permit ida por uma articula~ao
e a elasticidade da musculatura que a cnvolve, maior sera 0 grau de ncxibilidade
alcancado pela estrutura Illusculo·anicular.
Para CONTURSI (1986) varios fatores influcnciam a flcxibilidade, mais 0
mais importante a nivel de prcven~ao de les5es e a especificidade do treinarnento.
Segundo FOX (1983) a realizacao de exercicios de alongamento que visam
aumentar a flexibilidade, pode prevenir les6es serias durante a competj~ao atU~tica
subsequenlc
A flexibilidade tern grande importancia tanto num despono quanta na
prevencao de lesocs. Num despono combinando uma mobilidade articular completa
(amplitude total e espedfica) e uma Illusculatura alongada [cremos urn alIcIa flexivel e
capaz de realizar movimentos de grande amplitude com maior seguranca e eficiencia
mclhor performance com menor gasto energetico), beneficiando 0 atleta.
Os exerdcios de flcxibilidade segundo TUBINO (1979) devem exigir um
estiramento muscular. Nos exercicios de flexibilidade que devem abranger estc
estiramento muscular e necessario constatar quando se alcanca 0 limite de 1ll0Villlcnto,
independente do grau de flexibilidade do atleta
Quanto mais Icntos forem as exercicios, as resistcncias scr~o menores e
haveni. uma menor possibilidadc de Icsoes nas fibras, que geralrnentc sao ocasionadas
em movimentos rapidos de estiramento muscular.
Para CONTURSI (1986) os atlctas que apresentam boa parte de sua
prcparacao fisica vohada para 0 aumento da flexibilidade, como bailarinos ou
capoeiristas, possuem uma flexibilidade geral maior do que par exemplo os jogadores
de futebol.
Cada esporte ou atividade fisica solicita um grau de flexibilidade difcrente
para as distintas regioes do corpo, de acordo COIll as carac!eristicas da mesma, assim
como das areas musculo·aniculares mais utilizadas por cada esportc. Jogadores de
voleibol necessitam de grande flexibilidade na articula~ao escapulo-umeraL
Em relacao a preven<;ao de les6es BARB ANTI (1979) relata que a pnltica da
flexibilidade !cm confirmado que os atletas que possuem auto grau de mobilidade sao
os que menos se machucam. As lesoes musculares sao mais frequentes nos atlclas com
mobilidadc debi!.
Segundo FOX (1983) certas articula~6cs sao estruturalmentc mUlto fracas e,
consequentemcntc propensas a les6es. 0 ombro e uma delas, pois, a fossa glenoidc da
escapula, na qual sc encaixa a cabe~a do umcro c muito rasa, onde seu principal melo
de estabilidade e proporcionada pela musculatura clrcundante.
Observa-se que a flexibilidade do ombro em todos os grupos atleticos
mostrados e inferior a media. Isso reOete provavclmente uma maior for~a muscular
que limita a flexibilidadc.
Entretanlo , na maioria das outras articula~6es, a flcxibilidade e pclo menos
normal ou acima da media nos allctas para os quais a for~a c importante, invalidando
ainda mais 0 concello de musculos duros.
CON TURSI (1986) reforya que alcm da otimiza~ao da pcrformance
dcsportiva, urn atleta flex:ivcl possui urn mcnor risco de sofrer lesoes Illusculo-
articulares. Ja. um alicIa que lenha urn bloqueio articular ou um encurtamento muscular
lera uma amplitude de movimento limitada, por exemplo durante urn jogo de voleibol,
as cSlruluras musclilo-articulares podem ser solicitadas ah~m da sua amplitudc normal,
o que pode resullar em uma distensao ou estiramento muscular para alguem COIll pouca
f1exibilidade~ ou entao, a musculatura pode nao estar acostumada a trabalhar em
amplitude total de movimento e quando for solicitada por urn movirnento mais amplo,
a musculatura nao resistira a tensao e acabara lesionando 0 atleta.
Este e urn dos motivos pelos quais tanto se recomenda aos fisiclilturistas, ou
praticantes de muscula~ao com objctivo estetico nao competitivo, a realizarem um
treinamento de flexibilidade paralelo ao de for~a
Convem salientar que a flexibilidade excessiva tambem COSluma ser
prejudicial, isto e, propensa a lesoes.
Segundo BARBANTI (1979) qualquer forma de treinamento da Oexibilidade
deve-se ter cuidado para nao exceder os limites de extensibilidadc dos musculos. No
inicio, nao se deve fazer uma exigencia muito grande e evitar movirnentos bruscos,
talvcz iniciando com exercicios de forma eSlalica para controlar a amplitude do
alongarnenlo para mais tarde quando aumcnlar a amplitude de movimento trcinar de
forma dim1mica.
Os exercicios de mobilidade devem constar de teda unidade dc treinamento,
podendo ser aplicados no aquecimento e apos 0 treinamento na forma de alongamcnlO
e, como objetivo principal do treinamento como flexibilidade, para a IlIclhora da
mobilidade. A boa mobilidade ajudara na mclhora da qualidade da tecnica do atleta,
por exempio, na amplitude de passadas dos corredores de velocidade. na alerrizagem
do saito em distancia e do saito triplo.
Para a melhora da performance e preven<;ao de les6es WEINECK (1989)
coloca a importancia do treinamento da flexibilidade, fazendo-sc sessoes frcqucntes
scm interrup<;ao considcravel; apes urn born trabalho de aquecimento e nunca apes
duros excrcicios de rcsistencia, nem em est ado de fadiga muscular. Os inlcrvalos
entres as series devem scr ocupados par exercicios de dcscontrayao e relaxamento, nos
exercicios de flexibilidade 0 limite maximo deve ser atingido varias vezes e elevando-
se progressivamente.
lit na prepara<;ao especial para determinado csporte alravcs de excrcicios de
estiramento. e necessario considerar que 0 aumento momentanco oblido por esscs
exercicios em temperatura ambienle dura apenas uns 10 (dez) minutos, intervalos mais
longos deveriam, portanto, scr evitados apes 0 treinamento preparatcrio de
estiramento; apes os exercicios ativos de estiramento, a mobilidade melhorada dura
mais tempo do que apes exercicios passivos
WEfNECK (1989) refor<;a que para se atingir um nive! maximo de
mobilidade nao deve se exccutar exercicios em uma dimensao, mas em varias,
considerando que na mobilidade ativa a amplitude depende sob numerosos pontos de
vista da forya dos agonistas.
E importante trabalhar a forya muscular e os exercicios de mobilidadc
especifica devem ser 0 mais semelhante possivel as caracteristicas de cada modalidadc
csponiva.
Segundo TUBINO (1979) com estas observayocs e cuidados na hora do
trabalho de flexibilidadc com atletas, teremos como resultado 0 aperfeir;:oamento da
tecnica do desporto, eondi<;oes para uma melhoria na agilidadc, velocidade c forr;:a,
aumcnto da capacidade mecanica dos museu los e articular;:oes; permit indo urn
aprovpjtamento mais economico de energia durante 0 esforr;:o e final mente a prcvcnr;:ao
de lesoes esponivas
REVISAO DE L1TERATURA
.. LESOES EM ATLETAS
SegunddHUTCHlNSO (1991) as atletas do sexo feminino apresentam urn risco
crescente para determinadas lesoes relacionadas ao esporte, em compara~ao com sexo
masculino, particularmente as que envolvem as articulayoes do joelho.
Os faleres que contribuem para este crescente risco sao as diferentes exigencias
espoJ1;yas..~iferen9as de genero nas estruturas anat6micas
3egundv _WEINECK (1991). estas diferencas incJuem 0 nivel basico de
\ cOlidiet-- •..il'famento, flacidez fisiologica, diametro peivico, rOlaCaO tibial, alinhamento
dos pes, coluna e tronco.
As razoes para as variacoes de genero nas lesoes naQ sao conhecidas, mas as
falares que podem ser considerados inc1uem as diferencas de treinamento entre as
equipes masculinas e fernininas. 0 condicionarnento, 0 treinamento de forya, a
estrutura corporal, os honnonios. a especificidade da biomecanica esportiva e a
natureza do cantato fisico de alguns esportes.
Urn baixo nive! de condicionarnento esta relacionado com 0 aurnento da
incidencia de lesoes. Quando urn (a) atleta nao atinge urn determinado nlvel de
condicionamento, 0 risco de ocorrencia de lesoes aumenta proporcional mente
Na maioria das atletas 0 nivel basico de condicionamento e significativamente
menor do que 0 de seus colegas do sexo masculino; portanto, urn nivel de
condicionamento adequado alem de melhorar a performance, ira reduzir 0 nlvel de
ocorrencias de lesoes.
o grande causador de lesoes em atletas e sem duvida 0 excesso de usa ("overuse")
e fra~!'~ estresse.
Segunric? LI.4NZA (1995) as lesoes geradas pelo acumulo de esforyos repelitivos,
t~l,,;l1amados de microtraumalisrnos de repetiyao sao as que excedem a
capacidade de recupera<;ao tecidual. As sobrecargas repetitivas, sem a adequada
cicatrizayao tecidual, levarn a urn cicio vicioso de irritayao inflamat6ria local, retenyao
de metabolites, dor, isquemia, edema e contratura muscular reflexao.
Algumas situayoes podem levar a eSle tipo de lesao como atividade ocupacionais
onde se utiliza esfon;os repetitivos, atividades esponivas praticadas par individuos
sedemarios com idade maior de 35 anos ("atlctas de lim de semana") scm adequ3(,:1io
para 0 CSfOfyO rcalizado e; a atividade esportiva intensa realizados par atletas
profissionais, jovens que Ireinam muitas hams por dia no limite de sua cilpacidade
adaplaliva fisio!cgica, onde pausas nao suficicntcs de intervalos entre as trcinos lcvilm
it sobrecarga repetitiva
Para MELLION (1997) 0 excesso de usa de supertrcinamento c 0 cst agio final de
fadiga cranica, continua e cada vel mais intensa e indui varios sintomas nos quais a
diminuiyao da perfonnance.
o treinamento de forya diminui a gravidadc e a frcqUencia das lesoes comuns aos
esportes, aumenta da potencia e a flexibilidade se 0 programa for bem exccutado,
diminui 0 tempo necessaria para a recupcrayao funcional de uma lesao c melhora a
auto-imagem do atlela jovem.
lv1ELLION (1997) classilica as lesoes de uso excess iva em grau I ondc hit dor
somente apes a atividade; grau II hi dor mas que nao se restringe e pode aretar a
performance, a grau III a dar ja restringe e afeta de mancira moderada it severamenlc
a performance c; 0 grau IV ha dor com atividade e tambem em repouso
As lesoes por "overuse" (usa excessivo) mais frequente sao 0 cotovclo do
lanyador, 0 joelho do nadador, sindrome da fita ileotibial, a fascile plantar C 0 joelho de
sallador.
tvtELLION (1997) ainda reforya que as mulheres devido ao formate da pdvc
feminina e 0 genu valga, frequentemente observados nas at let as, aumentam a lend en cia
a pronar 0 pc, aumenta 0 estresse sobre a tibia e a fibula. Esse aumento da prona~ao
diminui a capacidade de absoryao das cargas de impacto das estnlluras. levando ao
descnvolvimcnto de fraturas por estresse. Dcvido a cstas cargas de estressc e maior a
fadiga muscular, sendo maior a forya transferida ao osso do que a absorvida pelo
musculo
Segundo HUTCl-UNSO (1981), as lesocs relacionadas ao estressc {em side
associ ad as aos atlctas mal condicionados. Num estudo eom uma amostra randomica de
74 cadflVercs de cada sexo, uma crescente incidencia de fraturas por cstresse foi
verificado nas mulheres. Em outro estudo, HUTCH1NSO (1981), verificou que 0
numero de les6es relacionadas ao estresse roi mais frequente nas Illulhcn.:s,
porem, a medida que elas se adaptaram aos rigores do treinamenlo, 0 registro de Icsocs
serias passou a ser equivalente em ambos 0$ sex os.
Qutros fatores que exerccm uma influencia significativa e tipos a um de lesocs,
sao ~irer..G!lc:J.s anatomicas e estruturais entre os sexos masculino e feminino
SegunrJQ BITTENCOUT (1984) as atletas femininas tendem a apresentar um
maiol~lll"el de frouxidao ligamentar e flexibilidade do que seus companheiros do sexo
masculino. Esta frouxidao pode contribuir para a crescente incidencia de subluxa~ao
patelar e ruptura ligamentares observadas em at let as femininas. A frouxidao dos
ligamentos tanto pode ser uma caracteristica genetica e/ou hereditaria, C0l110 pode ser
fun~ao do condicionamento fisico. As atletas apresentam urn menor nivel de frouxidao
dos Iig<;.rt1cnt{"l!'dQ'que as mulheres sedentarias .
.,jegulloo 0<\.L'LTN (1994) apesar disto alguns estudos demonstraram nao haver
fp.lat;:ao enty!a ocorrencia de lesoes no joelho e 0 grau de frouxidao nesta articula9ao;
<,.~t~5tudos revelaram uma crescente suscetibilidade a lesoes nos ligamentos da
articularyao do joelho em atlelas com articula90es frouxas.
Como mencionado, as mulheres, especial mente as que nlio aprescntam um born
nivel de condicionamento fisico, sao muito rnais suscetiveis as lesoes, principal mente
de desgastc, 0 que inclui fraturas por estresse.
o principal fator no desenvolvimcnto destas articula90es c a ni.pida aplica~ao de
sobrecargas, nao havendo uma progressao na aplica~ao dos estimulos que permita a
adaptat;ao, a desenvolvirnento do nivel de tolerancia ao estresse.
A progrcssao mais suave do treinamento evitaria a incidencia destc lipo de lesao.
As mulheres tambem apresentam uma maior suscetibilidade as fraturas par
estresse, de vi do a uma menor densidade ossea a amenorreia e a nutri9ao de!lciente
Este risco e caractedstico nas corredoras de fundo, que apresentem irregularidades
menstruais ou em bailarinas, que se alimcntam mal.
A fratura por estresse constitui de dar bern localizada que usual mente ocorrc apcs
urn subito maior na intcnsidade de treinamento.
Nestes casos, deve·se fazer segundo DAL'LIN (1994) urn acompanhametlto
nutricional e do hist6rico ginecol6gico da atleta. A reposit;:ao exogena e ciclica do
estrogeno pode reduzi a incidencia destas fraturas por estresse. A identilicac;ao de
dcficiencias nutricionais ou habitos alimentarcs inadequados podcnl conslituir urn
meio de Iralamcnto profihitico destcs disturbios, prcvcnindo tarnbcm as scrias
consequencias a cles rclacionados.
CAPiTULO II
OBJETIVO DO TRABALHO
Verificar qual 0 indice da sind rome do impacto e a freqOencia como esta ocorre nas
jogadoras de voleibol.
Investigar qual 0 movimento da articulavao do ombro que leva 0 aparecimcnto da
sindrome do impacto.
Analisar as principais causas da sindrome.
Avaliar 0 nivel de lesae entre as musculaturas que comp6e 0 manquito rOladof.
Correlacionar a sindrome do impacto com as posicoes das jogadoras dentro da quadra
Observar os fatores predisponentes que podem levar it. sind rome lais como 0 tempo de
treinamento, aquecimento. entre Qutros.
Questionar ao atleta 0 nivel de grau da dar.
CAPiTULO DI
POPULA«;:AO ESTUDADA
A pesquisa roi feita no Parana Clube, no qual roi avaliadas atletas da cquipe juvenil.
de 14 a 18 anas, do sexo feminino.
T ABELA 1: REFERENTE A POPULAC;:AO ESTUDADA
N° DA ATLETA lDADE LESOES APRESENT ADAS TEMPO NA EQUIPE
01 14 Entorsc tomozc!o. ombro doloroso. 4mcscs
tcndinitc palclar
02 15 Enlorse lomozc\o. ombro dolarosa. I ana
punho
0) 14 Lombalgia. ombro doloroso I ano
04 16 lombalgia. ombro doloroso 6mcscs
0; 15 Ombro dolorosa, lendinilc pate1ar I ana
06 17 Ombro dolaroso, Icndinilc patclar 2anos
07 14 Punho 6mcscs
08 17 Tcndinitc aquiles. tcndinilc p.'ltclar 8 IllCSCS
09 IS Punho. ombro doloroso 2 anos
10 15 Periostitc I allo
CAPiTULO IV
CONDI<;:OES EXPERJMENTAIS E MATERIAL UTILIZADO
o local escolhido para estudo foi:
Parana Clube: Selor de Fisioterapia, com usc de sal a de avaliacyao, box individuais.
gimisio. Atendimento a pacientes de ambos os sexos, com diver50s convenios ou
particular. Usa do gim\.sio de espones para observar;:ao do treinamento e jogos.
principaimente relativo ao desempenho das atletas.
Para a coleta de dad os fcram utilizados materiais bibliograficos dos seguinles locais
Biblioteca Central do Parana;
Biblioteca Universidade Tuiuti do Parana:
Biblioteca da Pontificia Universidade Cat61ica do Parana;
Biblioteca Panicular, internet, consulta relatorio esportivQ e prontuario
fisioterapico da equipe multidisciplinar do Parana Clube servida para pesquisa.
Entre outros materiais ja citados no projeto de pesquisa ( microcomputador. papeJ,
caneta, etc ... ).
CAPiTULO IV
METODOLOGIA
A pesquisa roi feila no Parana Clube, no qual foram avaliadas atletas da equipe
juvenil, de 14 a 18 aIlOS, do sexo feminine. (num total de 10 atletas).
A avaliavao foi feitb campeonato paranaense 2000 que roi realizado nos meses de
agoslo e setembro deste anb. no qual 0 treinamento foi acentuado. exigindo um esfofOYo fisico
maiordas atletas. Ifor,a, e~: ~:~I:t:es::~~i::r constoua amplitudede movimentoda articula,ao do ombro, sua
Foi avaliado 0 eSlagio em que a sindrome se apresentava e 0 tempo que a paciente
I(alicIa) procurou assistencla medica.
Sabe-se que as atl1ta5 procuraram uma assish~ncia medica quando a dor ja era cronica,
ou quando nao conseguem realizar 0 movimento, send a assim dispensada por assistencia
medica
49
CAPiTULO V
RESULTADOS E ANALISES ESTATisTICAS
I. REFERENTE AO TEMPO MEDIO DE TREINAMENTO E A INCIDENCL •• DO
OMBRO DOLOROSO.
Foram avaliadas 10 atletas sendo que cada uma perfaz urn total de 10%. Sendo que
50% das atletas estao em treinamento ha mais de I ano apresentaram omhro doloroso e 20%
das atletas estao em treinamento ha menos de 1 ano e ja apresentam ombro doloroso.
GRAFICO I: TREINAMENTO MEDiO E A INCLDENCIA DE OMBRO DOLOROSO
.50%
_APRESENTARAMOMBRODOlOROSO COMMENOS DE 1 ANO
[JAPRESENTARAMOMBRODOlOROSO COMMAIS DE 1 ANO
[JNAoAPRESENTARAMOMBRODOlOROSO
20%
50
2. REFERENTE A LESOES MAIS APRESENTADAS NO TREINAMENTO PARA 0
CAMPEONATO PARANAENSE 2000 - VOLEIBOL JUVENIL
Foram analisadas 10 atletas sendo que carla uma perfaz urn total de 10%. Sendo que
70% apresentaram ombro dolarosa, 40% tendinite patelar, 30% lesao de punho, 20% entorse
de tornoze1o, 20% \ombalgia, 10% tendinite aquiles e 10% periositite.
GRAFICO 2: LESOES APRESENTADAS
80% I'"OMaRO DOLOROSO!0 TENDINITE PATElAA
70% -h.------------ I",ENTOSEDETORNOZELO
I~DTENDINITE AQUILES
60% ,"PERIOSTITE
50%H.------------ "LOMBALGIAEl LEsAQ PUNHO
40% -em----------30%
20%
10%
0%
-I~tttrcoi
08S: AS ATLETAS APRESENTARAM MAIS DE UMA LESAO NA AVALIA(AO.
51
CAPiTULO VI
DlSCUSSAO
Comecyar cedo demais 56 tem como result ado pr<1tico abreviar a carreira profissional
No estudo apresentado a media de treinamento apresentado desde a mais iniciante ate a mais
velha da equipe e de 12 meses e as les5es jei se apresentaram desde os 4 meses de treinamcnlO
Sendo 0 ombro doloroso que apareceu 70% dos casas pcrcebe-se a necessidade de um
programa de treinamcnto e reabilitavao mais desenvolvido para a necessidade deste despono
A seguir vieram Jesoes de membros inferiores, lesoes de coluna e ja aparece a dor
essea por estas estarem em fase de crescimenlo e frequentemente submetidas a stress osseo
As les6es de ombro nao tiveram uma difcrenca significativa em rclacao a posiciio da
jogadora em quadra.
o que importou e 0 estudo comprovou foi as horas e a intensidade do treinamento
eomoja desereveu BELLO (1991), MALTA (1995) e RODRIGUES (1993).
Cada equipe que disputou 0 carnpeonato tern sua maneira de trabalhar estes
componentes, porem a equipe do Parana Clube e a unica que faz urn trabalho mais voltado
para a flexibilidade 3 vezes por semana isolado do treinamento tatico e u!cnico e isto faz
diferen/ya nos resultados
52
CAPiTULO VII
CONCLUSAO
Nas ultimas decadas 0 voleibol passou por uma serie de transforma~oes na parte
H!:cnica, t<l.tica, administrativa e ate mesmo nas regras do jogo. No Brasil estas modifica~6es
levaram as empresas a investirem no esporte, tornando-o profissional
Porem a fama tambem traz cobrancas e no intuito do ser 0 melhor as equipes e os
atletas ultrapassam seus Iimites em busca de titulos e vitorias
Ha pouco tempo alras demorava mais para que urn atleta comecasse a apresentar
les6es e ao apresentar nonnalmente ficava em repouso e nao tinha que abandonar 0 esporte
peJa lesao pois a mesma era advinda de choque e traumas locais e nao por uso excessivo e
sobrecarga de esfor~o como encontramos hoje.
Quando iniciamos nosso estudo e buscamos rela~ao com a posi~ao de quadras nao
conseguimos verificar muita diferen~a entre les6es de tvfMll e MMSS com as posiC6es de
pont a e fundo de quadra, pais hoje em dia 0 esforco e repetitivo para lodos.
Oentre as maneiras enconlradas para prevenCao deslas les5es causadas par
microlraumatismos de repeticao cita-se 0 fortalecimento muscular progressivo seguido de
flexibilidade mantida onde objetiva-se aumento da potencia com enfase na resish~ncia desle
alleta.
Portanto faz-se necessaria uma vi sao mais global no atleta pensando do que ele precisa
hoje para que amanha sua capacidade fisica permaneca a mesma au au mente, mas sempre
com a vi sao de prevencao de les6es para que a vida do atleta em quadra seja maior e de
melhor qualidade nos jogos; nao quantidade de jogadas.
51
ANEXO
FICBA DE AVALL"'C;:AO
NOME:
WADE:
VOLEI- EQUIPE: _
TEMPO DE TREINAMENTO: _
ANAMNESE:
PESO:
DATA:
ALTURA:
AVALlAC;:AO FisICA:
MMSS: MMII:
TRATAMENTO:
DATA DAS SESSOES:
55
REFERENClAS BmLIOGRAFICAS
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DA VIES, Patricia M. Passos a Seguir. Sao Paulo-SP: Manole, 1996.
BAPTISTA, M. C. Lesiio na Ginastica Aerobica. Boa forma: Rio de Janeiro, v. 6.
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Paulo: Manole, 1993.
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