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Relações estrutura- microestrutura-propriedades- processamento no PVC Autor: Cláudio G. Schön

Sintese Do PVC

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Técnicas de síntese de PVC

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  • Relaes estrutura-microestrutura-propriedades-

    processamento no PVC

    Autor: Cludio G. Schn

  • PVC

    Poli(cloreto de vinila) PVC um termoplstico vinlico que se

    caracteriza por sua versatilidade propriedades so facilmente alteradas por aditivos (plastificantes, por exemplo).

  • PVC - Aplicaes

    Fonte: Nunes, L. C., Rodolfo Jr, A., Ormanji, W. - Tecnologia do PVC, 2a.

    ed.,BRASKEM, 2006.

    Brasil, 2005

  • Matrias-primas para a produo de PVC

    Sal + eletricidade Cloro e hidrxido de sdio por eletrlise (2NaCl + 2H20 2NaOH + Cl2 + H2)

    Petrleo, gs natural, etanol eteno

    Eteno + cloro monmero cloreto de vinila

    (MVC)

    Fbrica da Braskem em Macei - AL: usa sal extrado das lagunas (AL), eteno proveniente do etenoduto de Camaari (BA) e energia eltrica de Paulo Afonso (BA) e produz 240.000 t/ano de PVC e 460.000 t/ano de soda custica.

  • MVC (Processo balanceado)

    Obteno do 1,2-dicloroetano (EDC) em duas rotas:

    (1)

    (2)

    Clorao direta

    Oxiclorao

  • MVC (Processo balanceado)

    Craqueamento do EDC:

    Craqueamento por aquecimento e catlise.

    O MVC produzido pode ser usado para polimerizao.

    O cloreto de hidrognio produzido nesta etapa utilizado na rota (2) da

    produo do EDC, em circuito fechado. Da o nome processo balanceado.

  • MVC (Fluxograma do processo balanceado)

  • Sntese do PVC

    O PVC obtido por polimerizao em cadeia via radicais livres.

    Trs reaes envolvidas:

    Iniciao (iniciador gera 2 centros ativos)

    Propagao (transferncia de centro ativo e

    crescimento de cadeia)

    Terminao (interrupo do crescimento por

    desaparecimento do centro ativo)

    Obs.: Constantes cinticas diferentes para cada reao.

  • Sntese do PVC (reaes)

    Iniciao:

    Propagao:

    Iniciador

    uma molcula

    instvel,

    p.ex. perxidos

    orgnicos.

    formando

    centros ativos.

  • Sntese do PVC (reaes)

    Terminao (desproporcionamento):

  • Sntese do PVC (reaes)

    Terminao (combinao):

    Molculas variam de 250 a 2000 meros

  • Sntese do PVC (Processos)

    Processos de Polimerizao:

    Suspenso

    Emulso e Micro-suspenso Massa e soluo (pouco usados)

  • Polimerizao por suspenso

    MVC disperso na forma de gotas de 30 a 150m em uma mistura aquosa contendo um agente dispersante por agitao vigorosa.

    O iniciador solvel no MVC e a reao se d no interior das gotas.

    Ocorre em reatores de batelada (atualmente 200m3)

    A reao de polimerizao fortemente exotrmica Remoo do calor um desafio!

  • Polimerizao por suspenso

    O reator carregado com gua desmineralizada, agentes dispersantes, aditivos e iniciadores

    feito vcuo para eliminar O2

    Adiciona-se o MVC, que no solvel, forma gotas.

    Temperatura de reao: 50 a 70oC A reao terminada com 75 a 95% de

    converso e o MVC remanescente recuperado (stripping: contracorrente de vapor sob presso)

  • Polimerizao por suspenso

  • Polimerizao por suspenso

    Partculas de 50 a 200m com estrutura interna

    complexa.

    Partculas primrias de 1m e porosidade que auxilia

    na absoro de aditivos

  • Polimerizao por suspenso

  • Polimerizao por suspenso

    Hierarquia

    microestrutural de uma

    partcula de PVC obtida

    por polimerizao em

    suspenso.

    Partcula primria:

    formada durante

    polimerizao pois PVC

    insolvel em MVC

    PVC: amorfo

    (cristalinidade < 10%)

  • Polimerizao por emulso

    O MVC disperso em gotas entre 0,1 e 1m em um meio aquoso contnuo por agitao vigorosa e por ao de um agente emulsificante.

    Suspenso instvel, emulso meta-estvel. O iniciador (persulfatos de potssio) solvel

    na gua a reao ocorre nas micelas (partculas emulsificadas).

  • Polimerizao por emulso

    Temperatura de reao entre 40 e 60 oC e alta

    presso de vapor do MVC geram presses de

    trabalho entre 0,4 e 10 atm e taxas de converso

    entre 85 e 95%.

    Reatores de batelada de 30 a 100 m3.

    Um balano correto entre sistema de resfriamento,

    agitao e estabilidade mecnica do Latex

    fundamental para evitar coagulao excessiva das

    partculas.

    Latex: qualquer polmero em emulso (disperso

    coloidal de material polimrico em gua).

  • Polimerizao por emulso

    M RM * M

    Micelas

    M

    gua

    I R*

    RMZ*

    MM

    I

    I

    I

    R*R*

    Gota de

    monmero

    (reservatrio)

  • Polimerizao por emulso

  • Polimerizao por emulso

  • Polimerizao em micro-suspenso

    A micro-suspenso

    difere da emulso

    pelo uso de

    iniciadores solveis

    no monmero e no

    tamanho de

    partculas (at 3m)

    E difere da

    suspenso pois as

    gotas so menores.

  • Sntese do PVC (Processos)

    Processos de Polimerizao:

    Suspenso (80% da produo: Tubos, injetados )

    Emulso e Micro-suspenso

    10 a 15% da produo: onde muito

    plastificante pode ser adicionado -

    plastisol: bolas, bonecas, produtos

    flexveis

  • Fim da 1 parte

  • Compostos de PVC

    A sntese da resina apenas a primeira etapa da obteno do material tecnolgico. Para ser til o polmero deve receber suas cargas e seus aditivos, formando o composto: Plastificantes

    estabilizante

    Pigmentos

    Reforos

  • Plastificantes

    De maneira geral, os produtos de PVC podem ser classificados como pertencentes a dois grandes grupos: rgidos e flexveis.

    A resina de PVC naturalmente rgida; entretanto, durante a produo dos compostos de PVC, uma classe especial de aditivos pode ser incorporada de modo a gerar compostos flexveis:

    os plastificantes.

    Em geral um ster ftlico.

  • Funo do plastificante

    Funo: Aumentar a flexibilidade do material

    Diminui Tg e aumenta o volume livre.

  • aditivos

    Estabilizantes: Estearato de Ca e Zn

    Funo: evitar a

    degradao do PVC

    pela perda de HCl,

    forma ligaes duplas,

    diminui o gap,

    Absorve ftons na

    regio do azul, ocorre

    amarelecimento.

    Pigmentos TiO2 e negro de fumo.

    Funo: Cor e barreira a

    UV.

    Reforos Funo: aumentar

    dureza e resistncia.

    CargaFuno: reduzir custo e

    melhorar estabilidade

    dimensional.

  • Morfologia x processamento

    A morfologia da partcula influi na habilidade que o polmero apresenta em incorporar seus aditivos e cargas.

    Por exemplo, a elevada porosidade do PVC produzido por polimerizao em suspenso ir auxiliar na incorporao de plastificantes resina.

  • Compostos de PVC

    Sem aditivo com aditivo

  • Incorporao dos aditivos

    A incorporao dos aditivos ocorre pela aplicao de cisalhamento e temperatura.

    pode ser estudada pela tcnica de reometria de torque. Nesta o polmero colocado em uma cmara aquecida e submetido ao de rotores que aplicam um torque massa polimrica. O torque ento medido em funo da temperatura e do tempo e a curva obtida analisada.

  • Reometria de Torque

  • Gelificao e fuso do composto

    Resultado tpico de

    ensaio de reometria de

    torque.

    Gel: um slido

    aparentemente, de

    material gelatinoso

    formado de uma

    disperso colidal em

    que o disperso

    apresenta-se no estado

    slido e o dispersante

    no estado lquido.

  • Gelificao e fuso do composto

    a) Densificao do compostob) Gelificao (destruio das estruturas da

    partcula, mantendo as partculas primrias)c) Fuso (formao de uma massa fundida,

    contendo entretanto uma parcela cristalina inalterada)

    d) Fuso verdadeirae) Degradao do polmero

  • Gelificao e fuso do composto

    Composto de PVC

    compatibilizado com sal de

    chumbo e isento de outros

    aditivos. Resultado de

    experimento em remetro

    de torque mostrando os

    instantes em que amostras

    foram retiradas da cmara

    para anlise

    microestrutural.

  • Gelificao e fuso do composto

  • Gelificao e fuso do composto

  • Gelificao e fuso do composto

  • Gelificao e fuso do composto

  • Gelificao e fuso do composto

    Por exemplo: Progresso na rosca de uma extrusora.

  • exerccio

    .

    Assinale a alternativa correta, depois de considerar as seguintes afirmaes a respeito dos

    processos de polimerizao por suspenso e por emulso quando aplicados ao processamento

    de PVC:

    I. As principais diferenas entre os dois processos esto na dimenso das gotculas de

    MVC, sendo maior na polimerizao por suspenso, e na solubilidade do iniciador, que na

    polimerizao por emulso solvel em gua.

    II. As partculas de PVC produzidas na polimerizao por suspenso tem superfcie

    irregular e uma estrutura interna com grande quantidade de cavidades, o que facilita a

    incorporao de aditivos, no processamento posterior do material.

    III. Aditivos so incorporados ao PVC pela aplicao de cisalhamento e temperatura.

    IV. as partculas de PVC produzidas nos dois processos diferem na dimenso e na

    oblaticidade.

    Alternativas:

    a. Todas as afirmaes so corretas.

    b. Apenas a afirmao IV incorreta.

    c. Nenhuma das afirmaes correta.

    d. Apenas as afirmaes I e III so corretas.

    e. Apenas a afirmao III incorreta.

  • Referncia

    A. Rodolfo Jr., L. R. Nunes, W. Ormanji Tecnologia do PVC 2. Edio, BRASKEM, So Paulo, 2006. Captulos 6 e 7, pp. 30-52.

    Captulo 32, pp. 207-215.