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SISTEMA DE CONTROLO INTERNO Colectânea de Legislação Tribunal de Contas Lisboa 2002

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SISTEMA DE CONTROLO INTERNOColectânea de Legislação

SISTEMA DE CONTROLO INTERNO - Colectânea de Legislação

Lisboa2002

Tribunal de ContasTribunal

deContas

Lisboa2002

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Tribunal de Contas

Sistema de Controlo Interno

Colectânea de Legislação

Lisboa

2002

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Direcção

Presidente do Tribunal de Contas de Portugal

Alfredo José de Sousa

Coordenação

Director–Geral do Tribunal de Contas

José F. F. Tavares

Auditor–Coordenador do Departamento de Consultadoria e Planeamento

Manuel Freire Barros

Apoio Técnico do

Departamento de Consultadoria e Planeamento:

Capa

Lúcia Gomes Belo

Assessoria Técnico–Jurídica

Maria Fernanda Rodrigues Beites Martins

Informação Jurídica

António Peixoto

Cláudia Parreira

Paginação e Composição gráfica

Lúcia Gomes Belo

Cláudia Parreira

Execução gráfica

Augusto A. Maris dos Santos

Edição

Tribunal de Contas de Portugal

www.tcontas.pt Junho 2002

Tiragem

500 ex.

Depósito Legal

181261/02

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Índice

NOTA DE APRESENTAÇÃO.......................................................... 27

SISTEMA DE CONTROLO INTERNO ............................................ 29

Decreto–Lei n.º 166/98, de 25 de Junho............................................................................29 Artigo 1.º – Designação................................................................................29 Artigo 2.º – Objecto......................................................................................30 Artigo 3.º – Componentes ............................................................................30 Artigo 4.º – Estrutura....................................................................................30 Artigo 5.º – Princípios de coordenação ........................................................30 Artigo 6.º – Conselho Coordenador .............................................................31 Artigo 7.º – Competências............................................................................31 Artigo 8.º – Tribunal de Contas....................................................................31 Artigo 9.º – Plano e relatório de actividades ................................................31 Artigo 10.º – Disposições finais e transitórias..............................................32

Decreto Regulamentar n.º 27/99, de 12 de Novembro.....................................................33 Artigo 1.º – Objecto......................................................................................34 Artigo 2.º – Princípio geral...........................................................................34 Artigo 3.º – Competências do Conselho Coordenador .................................34 Artigo 4.º – Cooperação externa...................................................................35 Artigo 5.º – Deveres gerais...........................................................................35 Artigo 6.º – Deveres especiais ......................................................................35 Artigo 7.º – Funcionamento do Conselho Coordenador...............................35 Artigo 8.º – Reuniões ...................................................................................36 Artigo 9.º – Deliberações .............................................................................36 Artigo 10.º – Apoio administrativo e técnico ...............................................36 Artigo 11.º – Adjudicação de estudos...........................................................36 Artigo 12.º – Encargos de funcionamento ....................................................36 Artigo 13.º – Regulamento interno...............................................................36

REGIME GERAL COMUM DAS CARREIRAS DE INSPECÇÃO ... 39

Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril ...........................................................................39 CAPÍTULO I – Disposições gerais ............................................................................40

Artigo 1.º – Objecto......................................................................................40 Artigo 2.º – Âmbito ......................................................................................40

CAPÍTULO II – Carreiras de inspecção.....................................................................40 Artigo 3.º – Carreiras....................................................................................40 Artigo 4.º – Carreira de inspector superior ...................................................41 Artigo 5.º – Carreira de inspector técnico ....................................................41

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Artigo 6.º – Carreira de inspector–adjunto .................................................. 42 Artigo 7.º – Recrutamento excepcional ....................................................... 42 Artigo 8.º – Outros requisitos de acesso ...................................................... 42 Artigo 9.º – Intercomunicabilidade entre carreiras ...................................... 42

CAPÍTULO III – Quadros de pessoal ........................................................................ 43 Artigo 10.º – Previsão de carreiras de inspecção ......................................... 43 Artigo 11.º – Previsão de lugares................................................................. 43

CAPÍTULO IV – Suplemento de função inspectiva .................................................. 43 Artigo 12.º – Pessoal de inspecção .............................................................. 43 Artigo 13.º – Pessoal dirigente .................................................................... 44

CAPÍTULO V – Disposições finais e transitórias ..................................................... 44 Artigo 14.º – Regulamentação ..................................................................... 44 Artigo 15.º – Regra geral de transição ......................................................... 44 Artigo 16.º – Regras especiais de transição ................................................. 45 Artigo 17.º – Adaptação de quadros de pessoal........................................... 45 Artigo 18.º – Salvaguarda de situações........................................................ 45 Artigo 19.º – Produção de efeitos ................................................................ 45

INSPECÇÃO DIPLOMÁTICA E CONSULAR .................................47

Decreto–Lei n.º 55/94, de 24 de Fevereiro (Lei Orgânica) ............................................ 47 CAPÍTULO I – Natureza e atribuições ...................................................................... 47

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................... 47 Artigo 2.º – Atribuições ............................................................................... 47

CAPÍTULO II – Orgânica.......................................................................................... 48 Artigo 3.º – Direcção ................................................................................... 48 Artigo 4.º – Adjunto .................................................................................... 48 Artigo 5.º – Secção Administrativa ............................................................ 48

CAPÍTULO III – Funcionamento .............................................................................. 48 Artigo 6.º – Plano e relatório anual de actividade........................................ 48 Artigo 7.º – Inspecções ordinárias e extraordinárias.................................... 49 Artigo 8.º – Direitos e prerrogativas ............................................................ 49 Artigo 9.º – Dever de sigilo ......................................................................... 49

CAPÍTULO IV – Pessoal e regime administrativo ................................................... 50 Artigo 10.º – Pessoal.................................................................................... 50 Artigo 11.º – Regime administrativo .......................................................... 50

INSPECÇÃO–GERAL DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES........................................................................51

Decreto–Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro (Lei Orgânica) ......................................... 51 CAPÍTULO I – Natureza e atribuições ...................................................................... 51

Artigo 1.º – Natureza e âmbito de actuação................................................. 51 Artigo 2.º – Atribuições ............................................................................... 52

CAPÍTULO II – Órgãos, serviços e suas competências ............................................ 52

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Artigo 3.º – Órgão ........................................................................................52 Artigo 4.º – Competência do inspector–geral...............................................53

SECÇÃO II – Serviços ..........................................................................................53 Artigo 5.º – Serviços.....................................................................................53 Artigo 6.º – Serviço de Inspecção ................................................................53 Artigo 6.º-A – Actuação do Serviço de Inspecção no domínio dos transportes rodoviários ................................................................................54 Artigo 7.º – Serviço de Apoio Técnico.........................................................55 Artigo 8.º – Repartição Administrativa ........................................................55

CAPÍTULO III – Pessoal............................................................................................56 Artigo 9.º – Quadro de pessoal.....................................................................56 Artigo 10.º – Regras de provimento .............................................................56 Artigo 11.º – Pessoal dirigente .....................................................................56 Artigo 12.º – Carreira de inspector ..............................................................57 Artigo 12.º– A – Classificação anual de serviço .........................................58 Artigo 13.º – Carreira técnica superior .........................................................58 Artigo 14.º – Chefe de repartição .................................................................58 Artigo 15.º – Pessoal administrativo e auxiliar ............................................59 Artigo 16.º – Afectação de pessoal ..............................................................59 Artigo 16.º- A – Contratos de tarefa e avença .............................................59 Artigo 17.º – Requisição, destacamento e comissão de serviço ..................59 Artigo 18.º – Gratificações ...........................................................................60 Artigo 18.º-A – Abonos e ajudas de custo ...................................................60 Artigo 19.º – Direitos e prerrogativas ..........................................................60 Artigo 19.º- A – Domicílio legal .................................................................61 Artigo 20.º – Sigilo profissional, incompatibilidade e deveres especiais .......................................................................................................61 Artigo 20.º–A – Autoridade pública ............................................................61

CAPÍTULO IV –disposições finais e transitórias.......................................................62 Artigo 21.º – Primeiros provimentos............................................................62 Artigo 22.º – Relacionamento com outras entidades ....................................62 Artigo 22.º- A – Prestação de declarações ...................................................62 Artigo 22.º- B – Fiscalização do resultado das acções da Inspecção–Geral ..........................................................................................63 Artigo 23.º – Vigência..................................................................................63

Decreto–Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro (Define o quadro do pessoal).......................64 Artigo 1.º – Quadro de pessoal.....................................................................65 Artigo 2.º – Carreira de inspecção ...............................................................65 Artigo 3.º – Transição de pessoal .................................................................65 Artigo 4.º – Relevância de tempo de serviço prestado .................................65 Artigo 5.º – Entrada em vigor.......................................................................65

Decreto–Lei n.º 124/91, de 21 de Março (Altera o quadro do pessoal) ..........................66 Artigo 1.º .....................................................................................................66 Artigo 2.º .....................................................................................................66 Artigo 3.º ......................................................................................................66

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Artigo 4.º ..................................................................................................... 66

Decreto Regulamentar n.º 13/2001 – de 30 de Junho (Escalas salariais do pessoal) ............................................................................................................................... 67

Artigo 1.º – Objecto e âmbito ...................................................................... 68 Artigo 2.º – Transição.................................................................................. 68 Artigo 3.º – Alteração ao quadro de pessoal ................................................ 68 Artigo 4.º – Produção de efeitos .................................................................. 68

Decreto Regulamentar n.º 27/2002, de 8 de Abril (Define a carreira de Inspecção da IGOTC) ....................................................................................................... 69

Artigo 1.º – Objecto e âmbito ...................................................................... 70 Artigo 2.º – Carreira de inspecção ............................................................... 70 Artigo 3.º – Conteúdo funcional da carreira de inspector superior .............. 70 Artigo 4.º – Estágio...................................................................................... 70 Artigo 5.º – Transição do pessoal ................................................................ 71 Artigo 6.º – Produção de efeitos .................................................................. 71

Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril (Altera a Lei Orgânica da IGOTC) ............. 71 Artigo 1.º – Alterações à Lei Orgânica da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações ............................................ 72 Artigo 2.º – Aditamento de artigo à Lei Orgânica da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações .............................. 72

INSPECÇÃO–GERAL DA DEFESA NACIONAL............................73

Decreto–Lei n.º 72/2001, de 26 de Fevereiro (Lei Orgânica) ......................................... 73 CAPÍTULO I – Natureza ........................................................................................... 74

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................... 74 Artigo 2.º – Âmbito ..................................................................................... 74 Artigo 3.º – Competências ........................................................................... 74

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços............................................................................ 75 Artigo 4.º – Inspector–geral......................................................................... 75 Artigo 5.º – Competência do inspector–geral .............................................. 75 Artigo 6.º – Conselho de inspecção ............................................................. 75 Artigo 7.º – Estrutura ................................................................................... 76 Artigo 8.º – Inspecções ................................................................................ 76 Artigo 9.º – Competência dos inspectores–directores.................................. 76 Artigo 10.º – Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico ............................................................................................. 77 Artigo 11.º – Divisão de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico............... 77 Artigo 12.º – Núcleo de Informática............................................................ 77 Artigo 13.º – Secção de Apoio..................................................................... 78 Artigo 14.º – Divisão de Apoio Geral.......................................................... 78 Artigo 15.º – Secção Administrativa ........................................................... 78 Artigo 16.º – Secção de Pessoal................................................................... 78

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Artigo 17.º – Secção de Expediente Geral e Arquivo...................................79 CAPÍTULO III – Funcionamento...............................................................................79

Artigo 18.º – Poderes instrutórios.................................................................79 Artigo 19.º – Recolha de informações..........................................................80 Artigo 20.º – Princípios de actuação.............................................................80 Artigo 21.º – Competência para ordenar as inspecções................................80 Artigo 22.º – Exercício da acção inspectiva .................................................80 Artigo 23.º – Funcionamento das equipas de inspecção...............................81 Artigo 24.º – Plano de inspecções ................................................................81 Artigo 25.º – Análises de programas e sistemas...........................................81 Artigo 26.º – Relatório .................................................................................81 Artigo 27.º – Realização de inspecções da Inspecção–Geral da Defesa Nacional através dos ramos ..............................................................82 Artigo 28.º – Requisição de pessoal militar..................................................82 Artigo 29.º – Plano e relatório de actividades da IGDN...............................82

CAPÍTULO IV – Pessoal ...........................................................................................83 Artigo 30.º – Quadro de pessoal ...................................................................83 Artigo 31.º – Recrutamento de inspectores–directores e inspectores–coordenadores............................................................................83 Artigo 32.º – Regime de pessoal ..................................................................83 Artigo 33.º – Cartão de identificação e livre trânsito ...................................83 Artigo 34.º – Sigilo profissional e incompatibilidades .................................83

CAPÍTULO V – Disposições finais e transitórias ......................................................84 Artigo 35.º – Pessoal dirigente .....................................................................84 Artigo 36.º – Transição para o quadro da Inspecção–Geral da Defesa Nacional ...........................................................................................84 Artigo 37.º – Pessoal a exercer funções noutros serviços e organismos ...................................................................................................84 Artigo 38.º – Concursos ...............................................................................84 Artigo 39.º – Reclassificação e reconversão profissionais ...........................84 Artigo 40.º – Disposição revogatória............................................................84

Decreto Regulamentar n.º 39/2002, de 12 de Junho (Carreiras e escalas salariais) ..............................................................................................................................85

Artigo 1.º – Objecto......................................................................................85 Artigo 2.º – Carreira de inspector superior ...................................................86 Artigo 3.º – Estágio ......................................................................................86 Artigo 4.º – Conteúdo funcional da carreira.................................................86 Artigo 5.º – Quadro de pessoal.....................................................................87 Artigo 6.º – Regra de transição.....................................................................87 Artigo 7.º – Produção de efeitos...................................................................87 Artigo 8.º – Entrada em vigor.......................................................................87

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INSPECÇÃO–GERAL DA FORÇA AÉREA....................................89

Decreto Regulamentar n.º 54/94, de 3 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) ......................................................................... 89

CAPÍTULO I – Natureza ........................................................................................... 89 Artigo 1.º – Natureza ................................................................................... 89 Artigo 2.º – Competências ........................................................................... 89 Artigo 3.º – Estrutura ................................................................................... 90

INSPECÇÃO–GERAL DO EXÉRCITO ...........................................91

Decreto Regulamentar n.º 46/94, de 2 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) ......................................................................... 91

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................... 91 Artigo 2.º – Competências ........................................................................... 91 Artigo 3.º – Estrutura ................................................................................... 91 Artigo 4.º – Gabinete do Inspector–Geral.................................................... 92

SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS FINANCEIROS DA MARINHA........................................................................................93

Decreto Regulamentar n.º 24/94, de 1 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços) ......................................................................... 93

CAPÍTULO I – Natureza ........................................................................................... 93 Artigo 1.º – Natureza ................................................................................... 93 Artigo 2.º – Competências ........................................................................... 94

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços............................................................................ 95 Artigo 3.º – Estrutura orgânica .................................................................... 95 Artigo 4.º – Superintendente dos Serviços Financeiros ............................... 95 Artigo 5.º – Gabinete do Superintendente ................................................... 95 Artigo 6.º – Direcção de Administração Financeira .................................... 96 Artigo 7.º – Estrutura ................................................................................... 96 Artigo 8.º – Direcção do Apuramento de Responsabilidades ...................... 97 Artigo 9.º – Estrutura ................................................................................... 97 Artigo 10.º – Chefia do Serviço de Apoio Administrativo .......................... 98 Artigo 11.º – Estrutura ................................................................................. 99 Artigo 12.º – Conselho Administrativo ....................................................... 99 Artigo 13.º – Secretarias .............................................................................. 99

CAPÍTULO III – Disposições finais e transitórias .................................................. 100 Artigo 14.º – Extinção ............................................................................... 100 Artigo 15.º – Norma revogatória ............................................................... 100

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INSPECÇÃO–GERAL DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA ............ 101

Decreto–Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro (Lei Orgânica) .........................................101 CAPÍTULO I – Natureza, âmbito e competência .....................................................101

Artigo 1.º – Natureza..................................................................................101 Artigo 2.º – Sede e âmbito..........................................................................102 Artigo 3.º – Competências..........................................................................102 Artigo 4.º – Princípios fundamentais..........................................................103

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços...........................................................................103 Artigo 5.º – Estrutura..................................................................................103 Artigo 6.º – Inspector–geral........................................................................104 Artigo 7.º – Competência do inspector–geral.............................................104 Artigo 8.º – Serviço de Inspecção e Fiscalização .......................................104 Artigo 9.º – Competências do SIF ..............................................................104 Artigo 10.º – Departamento de Assuntos Internos .....................................105 Artigo 11.º – Repartição Administrativa e de Apoio Geral ........................106

CAPÍTULO III – Funcionamento.............................................................................106 Artigo 12.º – Funcionamento das inspecções .............................................106 Artigo 13.º – Poderes instrutórios...............................................................106 Artigo 14.º – Relatório das acções..............................................................107 Artigo 15.º – Acompanhamento do resultado das acções da IGAI.............107 Artigo 16.º – Dever de cooperação.............................................................107

CAPÍTULO IV – Pessoal .........................................................................................108 SECÇÃO I – Quadro e carreiras ..........................................................................108

Artigo 17.º – Quadro privativo ...................................................................108 Artigo 18.º – Pessoal dirigente ...................................................................108 Artigo 18.º- A – Pessoal de chefia .............................................................109 Artigo 19.º – Pessoal de inspecção ............................................................109 Artigo 20.º – Função de interesse público .................................................109 Artigo 21.º – Recrutamento do pessoal de inspecção ................................110 Artigo 22.º – Estágio .................................................................................111 Artigo 23.º – Conteúdo funcional...............................................................111

SECÇÃO II – Direitos e deveres .........................................................................111 Artigo 24.º – Remunerações.......................................................................111 Artigo 25.º – Identificação e livre trânsito..................................................112 Artigo 26.º – Transporte e deslocações ......................................................112 Artigo 27.º – Formação ..............................................................................112 Artigo 28.º – Sigilo profissional .................................................................112 Artigo 29.º – Regime de prestação do trabalho ..........................................112 Artigo 29.º- A – Uso e porte de arma ........................................................113 Artigo 29.º- B – Garantias .........................................................................113

CAPÍTULO IV – Disposições transitórias ...............................................................113 Artigo 30.º – Preenchimento transitório de lugares ...................................113 Artigo 31.º – Valor do suplemento ............................................................114

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Decreto–Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto (Altera a Lei Orgânica) ............................... 115

Decreto–Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) .................................... 116 Artigo 1.º .................................................................................................. 117 Artigo 2.º ................................................................................................... 117

INSPECÇÃO –GERAL DA POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA ........ 119.

Lei de Organização e Funcionamento da Polícia de Segurança Pública (aprovada pela Lei n.º 5/99, de 27 de Janeiro) ............................................................. 119

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................. 119 Artigo 2.º – Competências ......................................................................... 119

SECÇÃO III – Serviços dependentes do director nacional ................................. 120 SUBSECÇÃO I – Inspecção–Geral ............................................................... 120

Artigo 27.º – Competência......................................................................... 120 Artigo 28.º – Inspector–geral..................................................................... 121 Artigo 29.º – Equipas de inspecção ........................................................... 121

GABINETE DE ASSESSORES E INSPECTORES DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA (LEI ORGÂNICA) ...........................123

Artigo 1.º – Definição................................................................................ 123 Artigo 2.º – Missão geral ........................................................................... 123 Artigo 42.º – Gabinete de Assessores e Inspectores .................................. 123

INSPECÇÃO–GERAL DE FINANÇAS..........................................125

Decreto–Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto (Lei Orgânica) ............................................. 125 CAPÍTULO I – Natureza, missão e âmbito de intervenção ..................................... 127

Artigo 1.º – Natureza e missão .................................................................. 127 Artigo 2.º – Âmbito de intervenção ........................................................... 127

CAPÍTULO II – Organização e gestão .................................................................... 128 Artigo 3.º – Princípios ............................................................................... 128 Artigo 4.º – Áreas de especialização.......................................................... 128 Artigo 5.º – Estrutura de decisão ............................................................... 129 Artigo 6.º – Inspector–geral de finanças.................................................... 129 Artigo 7.º – Conselho de inspecção ........................................................... 130 Artigo 8.º – Direcção operacional.............................................................. 130 Artigo 9.º – Chefia logística ...................................................................... 130 Artigo 10.º – Instrumentos de gestão ......................................................... 130

CAPÍTULO III – Exercício da actividade................................................................ 131 SECÇÃO I –Dos princípios, direitos e garantias de actuação............................. 131

Artigo 11.º – Intervenção da IGF............................................................... 131 Artigo 12.º – Princípio da proporcionalidade ............................................ 131

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Artigo 13.º – Princípio da cooperação........................................................131 Artigo 14.º – Dever de sigilo ......................................................................131 Artigo 15.º – Garantia do exercício da função inspectiva ..........................131

SECÇÃO II – Da eficácia das acções ..................................................................132 Artigo 16.º – Deveres de colaboração e informação ..................................132 Artigo 17.º – Princípio do contraditório .....................................................133 Artigo 18.º – Garantia da eficácia ..............................................................133 Artigo 19.º – Dever de participação ...........................................................133

CAPÍTULO IV – Pessoal .........................................................................................134 Artigo 20.º – Carreira de inspecção............................................................134 Artigo 21.º – Quadro de pessoal .................................................................134 Artigo 22.º – Classificação anual de serviço ..............................................134 Artigo 23.º – Provimento do pessoal dirigente ...........................................134 Artigo 24.º – Provimento do pessoal da carreira de inspecção...................135 Artigo 25.º – Provimento do pessoal técnico de finanças...........................135 Artigo 26.º – Provimento do restante pessoal.............................................136 Artigo 27.º – Regime de provimento e selecção.........................................136 Artigo 28.º – Impedimentos e incompatibilidades......................................136 Artigo 29.º – Remunerações.......................................................................137 Artigo 30.º – Domicílio profissional ..........................................................137

CAPÍTULO V – Disposições finais e transitórias ....................................................137 Artigo 31.º – Orientação de acções ............................................................137 Artigo 32.º – Preenchimento de lugares .....................................................137 Artigo 33.º – Transição...............................................................................137 Artigo 34.º – Chefes de repartição .............................................................138 Artigo 35.º – Pessoal ..................................................................................138 Artigo 36.º – Concursos pendentes.............................................................138 Artigo 37.º – Norma revogatória ................................................................138

Decreto–Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro (Escalas salariais) .....................................139 Artigo 35.º – Remunerações.......................................................................139 Artigo 35.º- A – Remunerações dos dirigentes ..........................................139

Decreto–Lei n.º 363–A/98, de 19 de Novembro (Altera a Lei Orgânica) .....................140

Decreto–Lei n.º 173/99, de 20 de Maio (Atribui à IGF a competência para a elaboração do relatório sobre instrumentos financeiros no âmbito do QCA) ............140

Artigo 1.º – Âmbito ....................................................................................141 Artigo 2.º – Atribuições..............................................................................142 Artigo 3.º – Natureza..................................................................................142 Artigo 4.º – Princípios orientadores ...........................................................142 Artigo 5.º – Articulação..............................................................................142 Artigo 6.º – Da emissão do relatório ..........................................................142 Artigo 7.º – Dever de colaboração..............................................................143 Artigo 8.º – Contactos com a Comissão Europeia......................................143 Artigo 9.º – Relatórios intercalares.............................................................143

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Artigo 10.º – Conservação de documentos ................................................ 144 Artigo 11.º – Sigilo .................................................................................... 144 Artigo 12.º – Disposições finais ................................................................ 144

Decreto–Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro (Atribui à IGF a organização a actualização das participações detidas pelo Estado e outros entes públicos) ............. 144

Artigo 1.º – Objecto................................................................................... 145 Artigo 2.º – Entes públicos ........................................................................ 145 Artigo 3.º – Informação anual.................................................................... 145 Artigo 4.º – Informação periódica ............................................................. 146 Artigo 5.º – Norma revogatória ................................................................. 146 Artigo 6.º – Entrada em vigor .................................................................... 146

Portaria n.º 79/2000, de 19 de Fevereiro (Mapas de participações) ............................ 146

Decreto–Lei n.º 205/2001 – de 27 de Julho (Suplemento de função inspectiva) ......... 153 Artigo 1.º – Suplemento de função inspectiva ........................................... 153 Artigo 2.º – Montante ................................................................................ 153 Artigo 3.º – Equipas inspectivas ................................................................ 153 Artigo 4.º – Norma derrogatória ................................................................ 153

Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica)................................. 154 Artigo 1.º - Alteração ao Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto .......... 154 Artigo 2.º - Reclassificação ....................................................................... 154 Artigo 3.º – Criação do lugar ..................................................................... 155 Artigo 4.º – Norma revogatória ................................................................ 155 Artigo 5.º – Produção de efeitos ................................................................ 155

INSPECÇÃO–GERAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE .........................................................................157

Decreto–Lei n.º 80/2001, de 6 de Março (Lei Orgânica) .............................................. 157 CAPÍTULO I – Natureza, âmbito de actuação e competências ............................... 158

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................. 158 Artigo 2.º – Sede e competência territorial ................................................ 158 Artigo 3.º – Âmbito de actuação................................................................ 158 Artigo 4.º – Competências ......................................................................... 159

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços.......................................................................... 160 Artigo 5.º – Direcção ................................................................................. 160 Artigo 6.º – Competências do inspector–geral........................................... 161 Artigo 7.º – Serviços.................................................................................. 161 Artigo 8.º – Serviço de Auditoria e Inspecção........................................... 161 Artigo 9.º – Núcleo de Apoio Técnico....................................................... 161 Artigo 10.º – Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração............................................................................................ 162

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CAPÍTULO III – Funcionamento.............................................................................162 Artigo 11.º – Desenvolvimento da acção da IGMTS .................................162 Artigo 12.º – Equipas de auditoria e inspecção ..........................................163 Artigo 13.º – Cumprimento das determinações ..........................................163 Artigo 14.º – Princípio do contraditório .....................................................163 Artigo 15.º – Dever de cooperação.............................................................163 Artigo 16.º – Notificação e requisição de testemunhas ou declarantes ..................................................................................................164 Artigo 17.º – Direitos e prerrogativas.........................................................164 Artigo 18.º – Verificação de infracções......................................................165 Artigo 19.º – Nomeação de peritos e técnicos especializados ....................165

CAPÍTULO IV – Do pessoal....................................................................................165 Artigo 20.º – Quadro de pessoal .................................................................165 Artigo 21.º – Pessoal dirigente ...................................................................165 Artigo 22.º – Carreira de inspecção............................................................166 Artigo 23.º – Outro pessoal ........................................................................166 Artigo 24.º – Domicílio necessário.............................................................166 Artigo 25.º – Dever de sigilo ......................................................................166 Artigo 26.º – Impedimentos e incompatibilidades......................................166 Artigo 27.º – Identificação e livre trânsito..................................................167 Artigo 28.º – Funcionários e agentes de outros serviços e organismos .................................................................................................167

CAPÍTULO V – Disposições transitórias e finais ....................................................167 Artigo 29.º – Transição para o quadro da IGMTS......................................167 Artigo 30.º – Pessoal a exercer funções em outros serviços ou organismos .................................................................................................168 Artigo 31.º – Concursos .............................................................................168 Artigo 32.º – Reclassificação e reconversão profissionais .........................168 Artigo 33.º – Quadro de pessoal e estatuto remuneratório .........................168 Artigo 34.º – Encargos orçamentais ...........................................................168 Artigo 35.º – Norma revogatória ................................................................168

Decreto Regulamentar n.º 32/2002, de 22 de Abril (Carreiras e estatuto remuneratório) .................................................................................................................170

CAPÍTULO I – Disposições gerais ..........................................................................170 Artigo 1.º – Objecto....................................................................................170 Artigo 2.º – Âmbito ....................................................................................170

CAPÍTULO II – Regime das carreiras de inspecção ................................................170 Artigo 3.º – Carreiras de inspecção ............................................................170 Artigo 4.º – Condições de ingresso na carreira de inspector superior.......................................................................................................171 Artigo 5.º – Admissão a estágio .................................................................171 Artigo 6.º – Regimes de estágio .................................................................171 Artigo 7.º – Condições de acesso nas carreiras de inspecção .....................172 Artigo 8.º – Conteúdos funcionais..............................................................172 Artigo 9.º – Identificação e exercício de autoridade pública ......................172

CAPÍTULO III – Quadro de pessoal ........................................................................173

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Artigo 10.º – Aprovação do quadro de pessoal.......................................... 173 CAPÍTULO IV – Disposições transitórias e finais .................................................. 173

Artigo 11.º – Regime geral de transição para a carreira de inspector superior ..................................................................................... 173 Artigo 12.º – Transição para a carreira de inspector-adjunto..................... 173 Artigo 13.º – Outras situações de transição para a carreira de inspector superior ...................................................................................... 174 Artigo 14.º – Forma de integração do pessoal no quadro da IGMTS....................................................................................................... 174 Artigo 15.º – Produção de efeitos .............................................................. 174

INSPECÇÃO–GERAL DOS SERVIÇOS DE JUSTIÇA.................177

Decreto–Lei n.º 101/2001, de 29 de Março (Lei Orgânica)........................................... 177 CAPÍTULO I – Natureza, âmbito e competências................................................... 178

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................. 178 Artigo 2.º – Sede e âmbito ......................................................................... 178 Artigo 3.º – Competências ......................................................................... 178 Artigo 4.º – Nível de intervenção .............................................................. 179 Artigo 5.º – Relação com outras entidades ................................................ 179

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços.......................................................................... 179 Artigo 6.º – Direcção ................................................................................. 179 Artigo 7.º – Competência do inspector–geral ............................................ 179 Artigo 8.º – Competência dos subinspectores–gerais ................................ 179 Artigo 9.º – Serviços.................................................................................. 180 Artigo 10.º – Serviço de Inspecção............................................................ 180 Artigo 11.º – Núcleo de Apoio Técnico..................................................... 180 Artigo 12.º – Direcção de Serviços de Organização e Sistemas de Informação................................................................................................. 181 Artigo 13.º – Direcção de Serviços de Administração e Gestão................ 181

CAPÍTULO III – Funcionamento ............................................................................ 182 Artigo 14.º – Planos de actividades ........................................................... 182 Artigo 15.º – Inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos ................. 182 Artigo 16.º – Queixas, reclamações e denúncias ....................................... 183 Artigo 17.º – Processos disciplinares......................................................... 183 Artigo 18.º – Instrução dos processos........................................................ 183 Artigo 19.º – Poderes instrutórios.............................................................. 184 Artigo 20.º – Confidencialidade e publicidade dos processos ................... 184 Artigo 21.º – Dever de colaboração........................................................... 185 Artigo 22.º – Acompanhamento do resultado das acções .......................... 185

CAPÍTULO IV – Pessoal......................................................................................... 185 Artigo 23.º – Regime do pessoal................................................................ 185 Artigo 24.º – Quadro.................................................................................. 185 Artigo 25.º – Estatuto remuneratório do inspector–geral e dos subinspectores–gerais ................................................................................ 185 Artigo 26.º – Pessoal de inspecção ............................................................ 186

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Artigo 27.º – Carreira de inspector superior ...............................................186 Artigo 28.º – Recrutamento em comissão de serviço .................................186 Artigo 29.º – Estatuto remuneratório do pessoal de inspecção em comissão de serviço....................................................................................187 Artigo 30.º – Salvaguarda de direitos .........................................................187 Artigo 31.º – Dispensa de estágio...............................................................187 Artigo 32.º – Conteúdo funcional do pessoal de inspecção........................187 Artigo 33.º – Coordenação .........................................................................187 Artigo 34.º – Regime de exercício de funções do pessoal de inspecção ....................................................................................................188 Artigo 35.º – Sigilo profissional .................................................................188 Artigo 36.º – Regalias funcionais ...............................................................188 Artigo 37.º – Formação e aperfeiçoamento profissional ............................188

CAPÍTULO V – Disposições finais e transitórias ....................................................188 Artigo 38.º – Entrada em vigor...................................................................188

Decreto Regulamentar n.º 15/2001, de 12 de Outubro (Carreira e escalões salariais do pessoal)..........................................................................................................189

Artigo 1.º – Objecto....................................................................................189 Artigo 2.º – Carreira de inspector superior .................................................189 Artigo 3.º – Recrutamento excepcional para lugar de acesso .....................190 Artigo 4.º – Admissão a estágio .................................................................190 Artigo 5.º – Regime do estágio...................................................................190 Artigo 6.º – Conteúdo funcional.................................................................191 Artigo 7.º – Transição de pessoal ...............................................................191 Artigo 8.º – Formalidades da transição.......................................................192 Artigo 9.º – Produção de efeitos.................................................................192

INSPECÇÃO–GERAL E AUDITORIA DE GESTÃO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA ................................................ 193

Decreto–Lei n.º 192/91, de 21 de Maio (Lei Orgânica) .................................................193 CAPÍTULO I – Natureza e atribuições.....................................................................193

Artigo 1.º – Natureza..................................................................................193 Artigo 2.º – Competências..........................................................................193

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços e suas competências .........................................194 Artigo 3.º – Órgãos e serviços ....................................................................194 Artigo 4.º – Direcção..................................................................................195 Artigo 5.º – Conselho de Auditoria de Gestão da IGA (CIGA) .................196 Artigo 6.º – Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e de Gestão (SAEG) ..........................................................................................196 Artigo 6.º–A – Serviços de Auditoria de Acções Conjunturais e de Gestão (SACOG)........................................................................................197 Artigo 7.º – Serviços de Inspecção e Processos Especiais (SIPE)..............198 Artigo 7.º- A – Divisão de Estudos, Planeamento, Tratamento de Informação e Organização (ESPLANTIO) ...............................................198

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Artigo 8.º – Serviços de administração...................................................... 198 Artigo 8.º- A – Secretariado de Apoio ...................................................... 199

CAPÍTULO III – Pessoal......................................................................................... 199 Artigo 9.º – Regime e quadro de pessoal ................................................... 199 Artigo 10.º – Carreira de inspecção ........................................................... 200 Artigo 11.º – Carreira de inspector técnico–administrativo ....................... 200 Artigo 12.º – Prerrogativas ........................................................................ 201 Artigo 13.º – Dever de cooperação ............................................................ 202

CAPÍTULO IV – Disposições transitórias............................................................... 202 Artigo 14.º – Transição de pessoal ............................................................ 202 Artigo 15.º – Integração de pessoal ........................................................... 202 Artigo 16.º – Revogação............................................................................ 202

Decreto–Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica) ................................ 204

Decreto Regulamentar n.º 7/2001, de 28 de Maio (Escalas salariais do pessoal)........ 205 Artigo 1.º – Escalas salariais...................................................................... 205 Artigo 2.º – Transição................................................................................ 206 Artigo 3.º – Alteração do quadro de pessoal da carreira de inspecção ................................................................................................... 206 Artigo 4.º – Produção de efeitos ................................................................ 206

Decreto Regulamentar n.º 34/2002, de 23 de Abril (Carreiras e escalas salariais) ........................................................................................................................... 207

Artigo 1.º – Objecto e âmbito .................................................................... 207 Artigo 2.º – Carreiras de inspecção............................................................ 208 Artigo 3.º – Ingresso e acesso nas carreiras ............................................... 208 Artigo 4.º – Conteúdos funcionais ............................................................. 208 Artigo 5.º – Quadro de pessoal .................................................................. 209 Artigo 6.º – Regras de transição ................................................................ 209 Artigo 7.º – Regime de estágio .................................................................. 210 Artigo 8.º – Formação profissional ............................................................ 210 Artigo 9.º – Produção de efeitos ................................................................ 210

INSPECÇÃO–GERAL DA EDUCAÇÃO .......................................213

Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro (Lei Orgânica) ......................................... 213 CAPÍTULO I – Natureza, âmbito e competências................................................... 213

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................. 213 Artigo 2.º – Competências ......................................................................... 214 Artigo 3.º – Áreas de actuação................................................................... 214 Artigo 4.º – Actividade inspectiva ............................................................. 215

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços.......................................................................... 215 Artigo 5.º – Direcção ................................................................................. 215 Artigo 6.º – Competências do inspector–geral........................................... 216 Artigo 7.º – Conselho de Inspecção........................................................... 216

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Artigo 8.º – Serviços...................................................................................216 Artigo 9.º – Competências dos núcleos da área da educação pré–escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional .............................217 Artigo 10.º – Competências dos núcleos da área do ensino superior e dos serviços educativos .............................................................218 Artigo 11.º – Competências do Gabinete de Apoio Jurídico .....................219 Artigo 12.º – Gabinete de Apoio Geral .....................................................219 Artigo 13.º – Competências da Repartição Administrativa ........................220 Artigo 14.º – Competências da Repartição Financeira ...............................220 Artigo 15.º – Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação....................................................................................................220 Artigo 16.º – Gabinete de Informática........................................................221 Artigo 17.º – Delegações regionais ...........................................................221 Artigo 18.º – Estrutura das delegações regionais ......................................222 Artigo 19.º – Competências das delegações regionais ...............................222 Artigo 20.º – Acções inspectivas................................................................223

CAPÍTULO III – Pessoal..........................................................................................224 SECÇÃO I – Princípios gerais.............................................................................224

Artigo 21.º – Quadro do pessoal.................................................................224 Artigo 22.º – Recrutamento e provimento ..................................................224 Artigo 23.º – Recrutamento e provimento do pessoal dirigente .................224 Artigo 24.º – Classificação de serviço do pessoal de inspecção.................225 Artigo 25.º – Impedimentos e incompatibilidades......................................225

SECÇÃO II – carreira de inspecção superior ......................................................225 Artigo 26.º – Ingresso e acesso na carreira de inspecção superior ............225 Artigo 27.º – Regime de estágio.................................................................226 Artigo 28.º – Remunerações.......................................................................226 Artigo 29.º – Domicílio profissional ..........................................................227 Artigo 30.º – Direitos .................................................................................227 Artigo 31.º – Dever de sigilo ......................................................................227

CAPÍTULO IV – Disposições finais e transitórias ...................................................228 Artigo 32.º – Transição de pessoal .............................................................228 Artigo 33.º – Transição para a carreira de inspecção superior....................228 Artigo 34.º – Transição de pessoal técnico superior...................................229 Artigo 35.º – Integração de docentes..........................................................230 Artigo 36.º – Preenchimento de lugares .....................................................231 Artigo 37.º – Concursos pendentes.............................................................231 Artigo 38.º – Quadro único do Ministério da Educação.............................231 Artigo 39.º – Revisão ................................................................................232 Artigo 40.º – Aplicação às Regiões Autónomas.........................................232 Artigo 41.º – Norma revogatória ................................................................232

Decreto–Lei n.º 2/96, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica).....................................233 Artigo 1.º – Suspensão ...............................................................................234 Artigo 2.º – Reposição em vigor ................................................................234 Artigo 3.º – Produção de efeitos.................................................................234

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Lei n.º 18/96, de 20 de Junho (Altera a Lei Orgânica).................................................. 234 Artigo único .............................................................................................. 235

Decreto–Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro (Altera a Lei Orgânica)............................. 235

Decreto–Lei n.º 70/99, de 12 de Março (Altera a Lei Orgânica).................................. 236

INSPECÇÃO–GERAL DA SAÚDE ...............................................239

Decreto–Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto (Lei Orgânica) .............................................. 239 CAPÍTULO I – Natureza e atribuições .................................................................... 239

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................. 239 Artigo 2.º – Atribuições ............................................................................. 239 Artigo 3.º – Competências ......................................................................... 239

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços.......................................................................... 240 Artigo 4.º – Órgão...................................................................................... 240 Artigo 5.º – Competência do inspector–geral ............................................ 240 Artigo 6.º – Competência dos subinspectores–gerais ................................ 241 Artigo 7.º – Serviços.................................................................................. 241 Artigo 8.º – Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão ..................... 241 Artigo 9.º – Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares........................... 242 Artigo 10.º – Gabinete de Apoio Técnico.................................................. 242 Artigo 11.º – Repartição Administrativa.................................................... 242

CAPÍTULO III – Funcionamento ............................................................................ 242 Artigo 12.º – Acção dos inspectores .......................................................... 242 Artigo 13.º – Equipas de inspectores ......................................................... 242 Artigo 14.º – Inspecções ordinárias e temáticas ........................................ 243 Artigo 15.º – Auditorias de gestão e disciplinares ..................................... 243 Artigo 16.º – Requisição de testemunhas ou declarantes........................... 243 Artigo 17.º – Designação de peritos .......................................................... 243 Artigo 18.º – Interrupção de férias............................................................. 243 Artigo 19.º – Oposição ao exercício de acção inspectiva .......................... 244 Artigo 20.º – Acompanhamento do resultado das acções da IGS.............. 244

CAPÍTULO IV – Pessoal......................................................................................... 244 SECÇÃO I – Quadro e carreiras ......................................................................... 244

Artigo 21.º – Quadro de pessoal ................................................................ 244 Artigo 22.º – Carreira de inspecção superior ............................................. 244 Artigo 23.º – Ingresso na carreira de inspecção superior........................... 244 Artigo 24.º – Acesso na carreira de inspecção superior............................. 245 Artigo 25.º – Estágio.................................................................................. 245 Artigo 26.º – Conteúdo funcional .............................................................. 245 Artigo 27.º – Formação.............................................................................. 245

SECÇÃO II – Poderes, direitos e deveres, regime de trabalho e incompatibilidades .............................................................................................. 246

Artigo 28.º – Poderes ................................................................................. 246 Artigo 29.º – Verificação de infracções ..................................................... 246

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Artigo 30.º – Cartão de identificação e livre trânsito .................................247 Artigo 31.º – Uso e porte de arma de defesa ..............................................247 Artigo 32.º – Suplementos..........................................................................247 Artigo 33.º – Abonos de transporte e ajudas de custo ................................247 Artigo 34.º – Domicílio legal .....................................................................247 Artigo 35.º – Sigilo profissional .................................................................247 Artigo 36.º – Regime de duração do trabalho.............................................247

CAPÍTULO V – Disposições transitórias e finais ....................................................248 Artigo 37.º – Transição do pessoal .............................................................248 Artigo 38.º – Concursos .............................................................................248 Artigo 39.º – Sucessão................................................................................248 Artigo 40.º – Norma revogatória ................................................................248

Decreto Regulamentar n.º 28/2002, de 8 de Abril (Carreiras e escalas salariais) ............................................................................................................................249

Artigo 1.º – Objecto....................................................................................249 Artigo 2.º – Carreira de inspector superior .................................................249 Artigo 3.º – Conteúdo funcional.................................................................249 Artigo 4.º – Ingresso e acesso na carreira...................................................250 Artigo 5.º – Transição.................................................................................250 Artigo 6.º – Dotação global ........................................................................250 Artigo 7.º – Direito subsidiário...................................................................250 Artigo 8.º – Produção de efeitos.................................................................251

INSPECÇÃO–GERAL DO AMBIENTE......................................... 253

Decreto–Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro (Lei Orgânica) .........................................253 CAPÍTULO I – Natureza, atribuições e competências .............................................253

Artigo 1.º – Natureza..................................................................................253 Artigo 2.º – Sede e competência territorial.................................................253 Artigo 3.º – Atribuições..............................................................................253 Artigo 4.º – Competência ...........................................................................253 Artigo 5.º – Outras competências ...............................................................254 Artigo 6.º – Estatuto processual .................................................................254 Artigo 7.º – Direito de acesso.....................................................................255 Artigo 8.º – Medidas...................................................................................255 Artigo 9.º – Medidas preventivas ...............................................................255 Artigo 10.º – Documentação ......................................................................256 Artigo 11.º – Recomendações ....................................................................256 Artigo 12.º – Outros meios.........................................................................256 Artigo 13.º – Dever de cooperação.............................................................256 Artigo 14.º – Comunicações.......................................................................256

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços e suas competências .........................................257 Artigo 15.º – Órgãos e serviços ..................................................................257 Artigo 16.º – Inspector–geral......................................................................257 Artigo 17.º – Competência do inspector–geral ...........................................257

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Artigo 18.º – Competência dos subinspectores–gerais .............................. 258 Artigo 19.º – Conselho administrativo....................................................... 258 Artigo 20.º – Competência do conselho administrativo............................. 258 Artigo 21.º – Funcionamento do conselho administrativo......................... 258 Artigo 22.º – Conselho geral...................................................................... 259 Artigo 23.º – Competência do conselho geral............................................ 259 Artigo 24.º – Funcionamento do conselho geral........................................ 259 Artigo 25.º – Serviço de Inspecção Ambiental .......................................... 259 Artigo 26.º – Unidades de intervenção ...................................................... 259 Artigo 27.º – Serviço de Inspecção Administrativa ................................... 260 Artigo 28.º – Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros........... 260 Artigo 29.º – Divisão de Serviços Administrativos ................................... 260 Artigo 30.º – Divisão de Serviços Financeiros .......................................... 261 Artigo 31.º – Gabinete de Estudos e Planeamento..................................... 262 Artigo 32.º – Gabinete de Apoio Técnico.................................................. 262

CAPÍTULO III – Do pessoal ................................................................................... 262 SUBSECÇÃO I – Quadros e carreiras ........................................................... 262

Artigo 33.º – Quadro.................................................................................. 262 Artigo 34.º – Recrutamento e provimento ................................................. 263

SUBSECÇÃO II – Direitos e deveres ............................................................ 263 Artigo 35.º – Formação.............................................................................. 263 Artigo 36.º – Impedimentos e incompatibilidades..................................... 263 Artigo 37.º – Comissões de serviço ........................................................... 263 Artigo 38.º – Sigilo profissional ................................................................ 263 Artigo 39.º – Cartão de identificação......................................................... 263

CAPÍTULO IV – Funcionamento e gestão financeira ............................................. 264 Artigo 40.º – Instrumentos de gestão e controlo ........................................ 264 Artigo 41.º – Receitas ................................................................................ 264

CAPÍTULO V – Disposições finais e transitórias ................................................... 264 Artigo 42.º – Transição de pessoal ............................................................ 264 Artigo 43.º – Concursos pendentes ............................................................ 264 Artigo 44.º – Disposições finais ................................................................ 265

Decreto Regulamentar n.º 12/2001, de 28 de Junho (Carreiras e escalas salariais) ........................................................................................................................... 266

CAPÍTULO I – Disposições gerais.......................................................................... 266 Artigo 1.º – Objecto................................................................................... 266

CAPÍTULO II – Carreiras de inspecção .................................................................. 266 Artigo 2.º – Carreiras ................................................................................. 266

CAPÍTULO III – Conteúdos funcionais .................................................................. 266 Artigo 3.º – Inspectores superiores ............................................................ 266 Artigo 4.º – Inspectores–adjuntos .............................................................. 268 Artigo 5.º – Estágio.................................................................................... 268

CAPÍTULO IV – Quadro de pessoal ....................................................................... 269 Artigo 6.º – Previsão de lugares................................................................. 269

CAPÍTULO V – Suplemento de função inspectiva ................................................. 269 Artigo 7.º – Pessoal de coordenação das unidades de intervenção ............ 269

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CAPÍTULO VI – Disposições finais e transitórias ...................................................269 Artigo 8.º – Regra geral de transição..........................................................269 Artigo 9.º – Concursos ...............................................................................270 Artigo 10.º – Entrada em vigor...................................................................270

INSPECÇÃO–GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO 273

Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro (Lei Orgânica) .............................................273 Artigo 1.º – Natureza..................................................................................273 Artigo 2.º – Âmbito e actuação ..................................................................273 Artigo 3.º – Atribuições..............................................................................274 Artigo 4.º – Direcção..................................................................................274 Artigo 5.º – Competência do inspector–geral.............................................275 Artigo 6.º – Estrutura geral.........................................................................275 Artigo 7.º – Constituição e direcção do Serviço de Inspecção às Autarquias .............................................................................................275 Artigo 8.º – Competência do Serviço de Inspecção às Autarquias .............276 Artigo 9.º – Constituição e direcção do Serviço de Inspecção ao Ministério .............................................................................................276 Artigo 10.º – Competência do Serviço de Inspecção ao Ministério ...........276 Artigo 11.º – Constituição da Direcção de Serviços de Estudos ................277 Artigo 12.º – Competência da Direcção de Serviços de Estudos................277 Artigo 13.º – Direcção, constituição e competência da Repartição Administrativa ............................................................................................278 Artigo 14.º – Colaboração com a Inspecção–Geral de Finanças e a Alta Autoridade contra a Corrupção (AACC) ............................................279 Artigo 15.º – Planos anuais e questionário .................................................279 Artigo 16.º – Competência do Ministro......................................................279 Artigo 17.º – Dever de cooperação.............................................................280 Artigo 18.º – Requisição de testemunhas ou declarantes ...........................280 Artigo 19.º – Duração e relatório dos serviços externos.............................280 Artigo 20.º – Direitos e prerrogativas dos inspectores ...............................281 Artigo 21.º – Deveres específicos dos inspectores .....................................282 Artigo 22.º – Impedimentos .......................................................................282 Artigo 23.º – Gratificação...........................................................................282 Artigo 24.º – Abonos e ajudas de custo ......................................................282 Artigo 25.º – Interrupção de licença para férias de funcionários e agentes dos serviços visitados ....................................................................282 Artigo 26.º – Carreira técnica superior de inspecção administrativa ............................................................................................283 Artigo 26.º - A – Classificação anual de serviço .......................................284 Artigo 27.º – Quadro e dotação de pessoal ................................................284 Artigo 28.º – Pessoal dirigente e de chefia – Provimento...........................285 Artigo 29.º – Protecção criminal ................................................................286 Artigo 30.º – Identificação e livre trânsito..................................................286

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Decreto–Lei n.º 99/89, de 29 de Março (Altera a Lei Orgânica).................................. 287 Artigo 1.º .................................................................................................. 287 Artigo 2.º .................................................................................................. 287 Artigo 3.º ................................................................................................... 288 Artigo 4.º ................................................................................................... 288 Artigo 5.º ................................................................................................... 288

Decreto–Lei n.º 121–A/90, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica) ............................. 289 Artigo único .............................................................................................. 290

Decreto–Lei n.º 242/93, de 8 de Julho (Altera a Lei Orgânica) ................................... 290 Artigo único .............................................................................................. 290

INSPECÇÃO–GERAL DAS ACTIVIDADES CULTURAIS............291

Decreto–Lei n.º 80/97, de 8 de Abril (Lei Orgânica)..................................................... 291 CAPÍTULO I – Natureza e atribuições .................................................................... 291

Artigo 1.º – Natureza ................................................................................. 291 Artigo 2.º – Atribuições ............................................................................. 291

CAPÍTULO II – Órgãos e serviços.......................................................................... 292 Artigo 3.º – Órgãos .................................................................................... 292 Artigo 4.º – Inspector–geral....................................................................... 292 Artigo 5.º – Conselho administrativo......................................................... 293 Artigo 6.º – Conselho de inspecção ........................................................... 293 Artigo 7.º – Serviços.................................................................................. 294 Artigo 8.º – Departamento de Auditoria e Contencioso ............................ 294 Artigo 9.º – Direcção de Serviços de Inspecção ........................................ 294 Artigo 10.º – Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor.......................................................................................................... 294 Artigo 11.º – Divisão de Inspecção de Gestão........................................... 295 Artigo 12.º – Direcção de Serviços de Licenciamento .............................. 296 Artigo 13.º – Divisão de Recintos de Espectáculos ................................... 296 Artigo 14.º – Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais .................................................................................................... 296 Artigo 15.º – Divisão de Estudos, Planeamento e Informação .................. 297 Artigo 16.º – Serviço Regional do Porto ................................................... 297 Artigo 17.º – Repartição Administrativa.................................................... 297 Artigo 18.º – Delegados municipais .......................................................... 298

CAPÍTULO III – Administração financeira e patrimonial....................................... 299 Artigo 19.º – Instrumentos de gestão ......................................................... 299 Artigo 20.º – Receitas ................................................................................ 299

CAPÍTULO IV – Pessoal......................................................................................... 299 Artigo 21.º – Quadro de pessoal ................................................................ 299 Artigo 22.º – Carreiras de inspecção.......................................................... 299 Artigo 23.º – Carreira de inspector superior .............................................. 300 Artigo 24.º – Ingresso na carreira de inspecção superior........................... 300

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Artigo 25.º – Acesso na carreira de inspector superior...............................300 Artigo 26.º – Regime de estágio para ingresso na carreira de inspector superior .......................................................................................300 Artigo 27.º – Conteúdo funcional...............................................................301 Artigo 28.º – Carreira de subinspector de espectáculos e direitos de autor.......................................................................................................301 Artigo 29.º – Regime de estágio para ingresso na carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor..........................................301 Artigo 30.º – Conteúdo funcional...............................................................302 Artigo 31.º – Poderes..................................................................................302 Artigo 32.º – Dever de cooperação.............................................................303 Artigo 33.º – Sigilo profissional .................................................................303 Artigo 34.º – Regime de duração do trabalho.............................................303 Artigo 35.º – Remunerações.......................................................................304 Artigo 36.º – Suplemento ...........................................................................304 Artigo 37.º – Cartão de identificação .........................................................304

CAPÍTULO V – Disposições transitórias e finais ....................................................304 Artigo 38.º – Cessação das comissões de serviço.......................................304 Artigo 39.º – Normas de transição..............................................................305 Artigo 40.º – Transição de pessoal das carreiras de inspecção...................305 Artigo 41.º – Transição do pessoal da carreira de consultor jurídico .......................................................................................................305 Artigo 42.º – Escalões de transição ............................................................306 Artigo 43.º – Recrutamento transitório de pessoal para a carreira de inspector superior ..................................................................................306 Artigo 44.º – Cargos de chefia administrativa............................................306 Artigo 45.º – Concursos, contratos, requisições e destacamentos ..............306 Artigo 46.º – Dependência transitória ........................................................307 Artigo 47.º – Sucessão................................................................................307 Artigo 48.º – Revogações ...........................................................................307 Artigo 49.º – Entrada em vigor...................................................................307

Decreto Regulamentar n.º 11/2001, de 19 de Junho (Escalas salariais).......................308 Artigo 1.º – Carreiras de inspecção ............................................................309 Artigo 2.º – Escalas salariais ......................................................................309 Artigo 3.º – Transição.................................................................................309 Artigo 4.º – Alteração do quadro de pessoal ..............................................310 Artigo 5.º – Regime supletivo ....................................................................310 Artigo 6.º – Produção de efeitos.................................................................310

Decreto Regulamentar n.º 21/2002, de 22 de Março (Carreiras e escalas salariais) ............................................................................................................................311

Artigo 1.º – Objecto....................................................................................312 Artigo 2.º – Carreiras..................................................................................312 Artigo 3.º – Conteúdos funcionais..............................................................312 Artigo 4.º – Estágio ....................................................................................312 Artigo 5.º – Transição do pessoal das carreiras de inspecção.....................313

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Artigo 6.º – Concursos............................................................................... 313 Artigo 7.º – Quadro de pessoal .................................................................. 314 Artigo 8.º – Entrada em vigor .................................................................... 314

INSPECÇÃO–GERAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.............317

Decreto–Lei n.º 154/2001, de 7 de Maio (Lei Orgânica)............................................... 317 CAPÍTULO I – Natureza, missão e atribuições....................................................... 318

Artigo 1.º – Natureza e missão .................................................................. 318 Artigo 2.º – Âmbito territorial ................................................................... 318 Artigo 3.º – Atribuições ............................................................................. 318

CAPÍTULO II – Organização e gestão .................................................................... 319 Artigo 4.º – Princípios ............................................................................... 319 Artigo 5.º – Órgãos .................................................................................... 319 Artigo 6.º – Inspector–geral....................................................................... 320 Artigo 7.º – Conselho de Inspecção........................................................... 320 Artigo 8.º – Serviços.................................................................................. 320 Artigo 9.º – Serviços de Inspecção e Auditoria ......................................... 321 Artigo 10.º – Divisão de Gestão de Recursos Humanos e de Formação ................................................................................................... 321 Artigo 11.º – Divisão de Gestão Financeira e Patrimonial ........................ 321 Artigo 12.º – Divisão de Informação e Gestão Informática....................... 322 Artigo 13.º – Inspectores–directores.......................................................... 322 Artigo 14.º – Instrumentos de gestão ......................................................... 322 Artigo 15.º – Receitas ................................................................................ 322

CAPÍTULO III – Exercício da actividade................................................................ 323 Artigo 16.º – Intervenção da IGAP............................................................ 323 Artigo 17.º – Princípio da cooperação ....................................................... 323 Artigo 18.º – Princípio da proporcionalidade e da isenção ........................ 323 Artigo 19.º – Dever de sigilo ..................................................................... 323 Artigo 20.º – Garantia do exercício da função inspectiva.......................... 323 Artigo 21.º – Identificação......................................................................... 324 Artigo 22.º – Deveres de colaboração e informação.................................. 324 Artigo 23.º – Princípio do contraditório .................................................... 325 Artigo 24.º – Garantia da eficácia.............................................................. 325 Artigo 25.º – Dever de participação........................................................... 325 Artigo 26.º – Impedimentos e incompatibilidades..................................... 325

CAPÍTULO IV – Gestão dos recursos humanos ..................................................... 326 Artigo 27.º – Regime do pessoal................................................................ 326 Artigo 28.º – Quadro de pessoal ................................................................ 326 Artigo 29.º – Remunerações dos dirigentes ............................................... 326 Artigo 30.º – Provimento de pessoal dirigente .......................................... 326

CAPÍTULO V – Disposições transitórias e finais ................................................... 327 Artigo 31.º – Regra geral de transição ....................................................... 327 Artigo 32.º – Tempo de serviço ................................................................. 327 Artigo 33.º – Pessoal em exercício de funções na IGAP ........................... 327

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Artigo 34.º – Concursos pendentes, pessoal em regime de estágio e requisitado ...............................................................................................327 Artigo 35.º – Auditorias de gestão..............................................................328 Artigo 36.º – Norma revogatória ................................................................328 Artigo 37.º – Entrada em vigor...................................................................328

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NOTA DE APRESENTAÇÃO

Actualizada a 30 de Junho de 2002, a colectânea de legislação relativa

ao Sistema de Controlo Interno, que ora se publica, substitui, revendo e actualizando, o 2.º volume da Colectânea de legislação orgânica composto pelos diplomas orgânicos dos serviços de controlo interno da Administração Pública, publicado em Setembro de 1998.

A presente edição insere-se no objectivo permanente de dotar o Tribu-nal e os seus Serviços de Apoio de informação jurídica ordenada, actualiza-da e completa sobre o sistema de controlo interno, dada a particular relevân-cia que este assume face ao dever de colaboração que os órgãos e serviços que o integram têm para com o Tribunal de Contas, conforme dispõe o arti-go 12.º da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto.

Lisboa, 30 de Junho de 2002

O Conselheiro Presidente

Alfredo José de Sousa

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SISTEMA DE CONTROLO INTERNO

Decreto–Lei n.º 166/98, de 25 de Junho

O Programa do XIII Governo confere um lugar de destaque à função controlo no

quadro da reforma da Administração Pública, com particular ênfase para o «reforço e revi-são do sistema de controlo financeiro».

Em coerência com este princípio programático, o artigo 11.º da Lei n.º 52–C/96, de 27 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 1997, incumbiu o Governo de legislar no sentido de estruturar o sistema nacional de controlo interno da administração financeira do Estado.

O presente diploma visa, pois, dar satisfação a este objectivo, consagrando um mode-lo articulado, integrado e coerente, estruturado em três níveis, com definição das entidades responsáveis e dos princípios fundamentais de actuação, que habilitem a uma melhor coordenação e utilização dos recursos afectos à função controlo.

Neste sentido, é criado o Conselho Coordenador do Sistema Nacional de Controlo In-terno, a quem, para além das funções de coordenação do sistema, é confiada a missão de consolidar metodologias harmonizadas de controlo e de estabelecer critérios mínimos de qualidade do sistema nacional de controlo interno, susceptíveis de garantir um elevado nível de protecção dos interesses financeiros do Estado.

Apostando na mobilização de todas as estruturas da administração para este objecti-vo, procura–se, ainda, promover a difusão de uma «cultura do controlo» em todos os níveis da administração financeira do Estado que permita a assunção de uma generalizada cons-ciência da decisiva relevância do controlo como forma privilegiada de melhorar a gestão.

Assim se compreende a evolução ultimamente constatada no sentido da criação de inspecções–gerais junto de alguns ministérios onde estas não existiam, bem como a criação no seio delas de núcleos de auditoria financeira, conviventes com as preocupações de audi-toria técnica.

Importa agora integrar a actuação de todos os órgãos de controlo interno, de acordo com a filosofia expressa no presente diploma, a qual teve ainda em conta a experiência ad-quirida com o modelo adoptado para o sistema nacional de controlo do QCA II instituído pelo Decreto–Lei n.º 99/94, de 19 de Abril.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das Regiões Autónomas. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o

Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º – Designação

1 – É instituído pelo presente diploma o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, designado abreviadamente por SCI, colocado na dependência do Go-verno e em especial articulação com o Ministério das Finanças.

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Artigo 2.º – Objecto

1 – O SCI compreende os domínios orçamental, económico, financeiro e patrimonial e visa assegurar o exercício coerente e articulado do controlo no âmbito da Administração Pública.

2 – O controlo interno consiste na verificação, acompanhamento, avaliação e infor-mação sobre a legalidade, regularidade e boa gestão, relativamente a actividades, progra-mas, projectos, ou operações de entidades de direito público ou privado, com interesse no âmbito da gestão ou tutela governamental em matéria de finanças públicas, nacionais e comunitárias, bem como de outros interesses financeiros públicos nos termos da lei. Artigo 3.º – Componentes

Integram o SCI as inspecções–gerais, a Direcção–Geral do Orçamento, o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e os órgãos e serviços de inspecção, auditoria ou fiscalização que tenham como função o exercício do controlo interno. Artigo 4.º – Estrutura

1 – O SCI considera–se estruturado em três níveis de controlo, designados de opera-cional, sectorial e estratégico, definidos em razão da natureza e âmbito de intervenção dos serviços que o integram.

2 – O controlo operacional consiste na verificação, acompanhamento e informação, centrado sobre decisões dos órgãos de gestão das unidades de execução de acções é consti-tuído pelos órgãos e serviços de inspecção, auditoria ou fiscalização inseridos no âmbito da respectiva unidade.

3 – O controlo sectorial consiste na verificação, acompanhamento e informação pers-pectivados preferentemente sobre a avaliação do controlo operacional e sobre a adequação da inserção de cada unidade operativa e respectivo sistema de gestão, nos planos globais de cada ministério ou região, sendo exercido pelos órgãos sectoriais e regionais de controlo interno.

4 – O controlo estratégico consiste na verificação, acompanhamento e informação, perspectivados preferentemente sobre a avaliação do controlo operacional e controlo secto-rial, bem como sobre a realização das metas traçadas nos instrumentos provisionais, desig-nadamente o Programa do Governo, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento do Estado.

5 – O controlo estratégico, de carácter horizontal relativamente a toda a administra-ção financeira do Estado no sentido definido pelo artigo 2.º do Decreto–Lei n.º 158/96, de 3 de Setembro, é exercido pela Inspecção–Geral de Finanças (IGF), pela Direcção–Geral do Orçamento (DGO) e pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), de acordo com as respectivas atribuições e competências previstas na lei. Artigo 5.º – Princípios de coordenação

1 – Os órgãos de controlo referidos no artigo anterior planeiam, realizam e avaliam as suas acções de forma articulada, tendo em vista assegurar o funcionamento coerente e

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racional do sistema nacional de controlo interno, baseado na suficiência, na complementa-ridade e na relevância das respectivas intervenções.

2 – A suficiência dos controlos pressupõe que o conjunto de acções de controlo reali-zados assegure a inexistência de áreas não sujeitas a controlo ou sujeitas a controlos redun-dantes.

3 – A complementaridade dos controlos pressupõe a actuação dos órgãos de controlo no respeito pelas suas áreas de intervenção e pelos níveis em que se situam, com concerta-ção entre eles quanto às fronteiras a observar e aos critérios e metodologias a utilizar nas intervenções.

4 – A relevância dos controlos pressupõe o planeamento e realização das interven-ções, tendo em conta a avaliação do risco e materialidade das situações objecto de controlo. Artigo 6.º – Conselho Coordenador

1 – A fim de assegurar a observância dos princípios referidos no artigo anterior e ga-rantir o funcionamento do sistema, é criado o Conselho Coordenador do SCI, composto por todos os inspectores–gerais, pelo director–geral do Orçamento, pelo presidente do conselho directivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e pelos demais titulares de órgãos sectoriais e regionais de controlo interno.

2 – O Conselho Coordenador é também um órgão de consulta do Governo em matéria de controlo interno, funciona junto do Ministério das Finanças e é presidido pelo inspector–geral de Finanças. Artigo 7.º – Competências

Ao Conselho Coordenador compete, designadamente: a) emitir pareceres sobre os projectos de leis orgânicas dos órgãos sectoriais e re–

gionais de controlo; b) emitir pareceres sobre os planos e relatórios sectoriais de actividade; c) elaborar o plano e relatório anuais do SCI; d) estabelecer normas sobre metodologias de trabalho e aperfeiçoamento técnico–

profissional dos recursos humanos afectos ao SCI. Artigo 8.º – Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas pode fazer–se representar nos trabalhos sobre os planos e rela-tórios anuais, como observador, no Conselho Coordenador do SCI, devendo–lhe ser envia-dos os documentos referidos nas alíneas a) e b) do artigo 7.º Artigo 9.º – Plano e relatório de actividades

1 – O plano de actividades anual do SCI deverá incluir mapas que congreguem as previsões de receitas e despesas correspondentes às actividades que, para cada um dos órgãos constituintes do SCI, estejam programadas na decorrência da sua inserção no siste-ma.

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2 – A previsão de receitas terá em conta as formas de financiamento, quer por via di-recta do Orçamento do Estado, quer resultantes da afectação de verbas à função controlo que, por princípio, os programas e projectos devem prever, quer ainda as que possam decor-rer de contraprestações, em termos a fixar pelo Ministro das Finanças, sempre que a inter-venção de um órgão de controlo revista a natureza de prestação de serviço solicitado por terceiros.

3 – Sem prejuízo da obrigatoriedade da elaboração de planos e relatórios anuais de actividade pelos órgãos de controlo referidos no artigo 3.º, o Conselho Coordenador apre-sentará ao Ministro das Finanças o plano e o relatório anuais sintéticos da actividade do SCI no domínio da actividade financeira do Estado até 15 de Dezembro de cada ano e 15 de Maio do ano seguinte, respectivamente.

4 – O relatório referido no número anterior deve ser apresentado ao Governo até 30 de Junho imediato e será apreciado em Conselho de Ministros. Artigo 10.º – Disposições finais e transitórias

1 – Será estabelecida em decreto regulamentar a disciplina operativa do SCI e modo de funcionamento do Conselho Coordenador do SCI.

2 – O Conselho Coordenador apresentará ao Ministro das Finanças, no prazo de seis meses contados a partir da entrada em vigor do presente decreto–lei, o projecto de diploma referido no número anterior.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de Abril de 1998. – António Manuel de Oliveira Guterres – Jaime José Matos da Gama – José Veiga Simão – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – João Cardona Gomes Cravinho – José Eduardo Vera Cruz Jardim – Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura – Fernando Manuel Van–Zeller Gomes da Silva – Eduardo Carrega Marçal Grilo – Maria de Belém Roseira Martins Coelho Hen-riques de Pina – Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira – Manuel Maria Ferreira Car-rilho – José Mariano Rebelo Pires Gago – António Luís Santos da Costa – José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Promulgado em 9 de Junho de 1998. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

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Decreto Regulamentar n.º 27/99, de 12 de Novembro

1 – Através do Decreto–Lei n.º 166/98, de 25 de Junho, foi instituído o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado (SCI), estruturado em três níveis (do controlo operacional, sectorial e estratégico), tendo, de igual modo, sido criado o Conselho Coordenador do SCI, com a missão de garantir o respectivo funcionamento, no quadro dos princípios de coordenação para o efeito estabelecidos (da suficiência, da complementarida-de e da relevância), quadro em que se pretende que os vários órgãos de controlo envolvidos planeiem, realizem e avaliem as suas acções de forma articulada, com vista a assegurar o funcionamento coerente e racional do sistema.

2 – Nos termos do artigo 10.º do citado diploma legal, a disciplina operativa do SCI bem como o modo de funcionamento do respectivo Conselho Coordenador foram remetidos para decreto regulamentar, competindo a este órgão a apresentação do atinente projecto ao Ministro das Finanças.

3 – Esta regulamentação, norteada e balizada que é pelas disposições do diploma habilitante, visa, em primeira linha, dar corpo aos identificados princípios de coordenação e, conexamente, às competências do Conselho Coordenador, atenta a sua assinalada missão de garante do funcionamento do sistema.

Da confluência destas duas vertentes resulta o desenvolvimento das competências do Conselho Coordenador constante do artigo 3.º, essencialmente subsumíveis às funções que podemos denominar de coordenação (através da emanação de recomendações, normas e directrizes, tendo como destinatários os componentes do sistema), de recolha e tratamento de informação e de consulta e informação ao Governo, em particular ao Ministro das Fi-nanças.

Resulta, ainda, o estabelecimento de deveres gerais e especiais para os componentes do sistema, sem cuja imposição, aliás, se não garantiria o eficaz funcionamento do SCI. Tais deveres, enumerados nos artigos 5.º e 6.º, reconduzem–se, essencialmente, a dois nú-cleos, um, de cooperação, na vertente de prestação de informação e de cedência de apoio técnico, o outro, de observância das normas técnicas emanadas do Conselho Coordenador.

4 – Em ordem a potenciar o cabal desempenho da sua missão, num quadro de perma-nente abertura, actualização e qualidade, prevê–se, ainda, a possibilidade de o Conselho Coordenador promover a cooperação externa, bem como recorrer à aquisição de estudos (artigos 4.º e 11.º). Regulam–se, também, os aspectos gerais concernentes ao funcionamen-to deste órgão, no tocante a reuniões e deliberações, remetendo–se os demais aspectos de funcionamento interno para regulamento a aprovar pelo próprio Conselho e a homologar pelo Ministro das Finanças, solução aconselhada pela natural necessidade de conferir maior flexibilidade a tal instrumento (artigos 7.º, 8.º, 9.º e 13.º).

5 – Por fim, na decorrência da inserção do Conselho Coordenador no Ministério das Finanças e da atribuição da sua presidência ao inspector–geral de Finanças, estabelece–se que os encargos com o funcionamento daquele órgão são suportados pelo orçamento da Inspecção–Geral de Finanças, a quem cabe assegurar o apoio administrativo e o apoio téc-nico permanente (artigos 10.º e 12.º).

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas. Assim:

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No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pelo Decreto–Lei n.º 166/98, de 25 de Junho, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º – Objecto

O presente diploma estabelece a disciplina operativa do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, abreviadamente designado por SCI, bem como o modo de funcionamento do respectivo Conselho Coordenador. Artigo 2.º – Princípio geral

O Conselho Coordenador, enquanto garante do funcionamento do SCI, promove a cooperação entre os serviços e órgãos que compõem aquele sistema, por forma a implemen-tar uma actuação articulada, no quadro da observância dos princípios de coordenação defi-nidos no artigo 5.º do Decreto–Lei n.º 166/98, de 25 de Junho. Artigo 3.º – Competências do Conselho Coordenador

No exercício das suas competências, incumbe ao Conselho Coordenador, no quadro das orientações emanadas do Governo e, nomeadamente, do Ministro das Finanças, no âm-bito das suas competências próprias:

a) anualmente, até 31 de Julho, elaborar e propor ao Governo, através do Ministro das Finanças, recomendação sobre as grandes linhas estratégicas a que deve obe-decer o planeamento das suas actividades;

b) elaborar e apresentar ao Ministro das Finanças, respectivamente, até 31 de Janei-ro e 30 de Junho, o plano e o relatório anual sintéticos da actividade do SCI, acompanhados de pareceres sobre os planos e relatórios sectoriais de actividades;

c) organizar e manter actualizada uma base de dados sobre o SCI que permita conhecer a composição concreta do sistema e outros aspectos que se mostrem relevantes para o diagnóstico e avaliação do seu funcionamento;

d) assegurar a recolha e tratamento de informação, designadamente através da reali-zação de estudos, com vista ao acompanhamento e avaliação do funcionamento do sistema;

e) recolher informação relativa ao controlo interno de auditoria de gestão de recur-sos humanos e modernização administrativa que permita o acompanhamento desta forma de controlo;

f) emitir parecer sobre os projectos de leis orgânicas dos órgãos sectoriais e regio-nais de controlo, bem como sobre quaisquer outros projectos de diplomas legais com incidência na orgânica e funcionamento do SCI que lhe sejam submetidos para o efeito;

g) sempre que se justifique, informar o Governo, através do Ministro das Finanças, de aspectos do funcionamento do SCI que considere relevantes, podendo sugerir as medidas legislativas ou outras que repute adequadas à correcção ou ao melho-ramento do sistema ou do seu funcionamento;

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h) emitir e divulgar, junto dos serviços e órgãos que compõem o SCI, normas sobre metodologias de trabalho que se mostrem adequadas à melhoria da qualidade e eficácia do exercício dos controlos;

i) emitir e divulgar, junto dos componentes do sistema, directrizes tendentes a via-bilizar o aperfeiçoamento técnico–profissional dos recursos humanos afectos ao SCI, designadamente em matéria de formação profissional;

j) adoptar ou promover a adopção, através dos componentes do SCI, das demais medidas que, no âmbito das competências legalmente definidas, se mostrem necessárias e adequadas ao melhor funcionamento do SCI.

Artigo 4.º – Cooperação externa

No prossecução da sua missão, o Conselho Coordenador coopera, nos termos a defi-nir através do seu regulamento interno, com outras instituições nacionais ou internacionais. Artigo 5.º – Deveres gerais

No quadro da cooperação a que se refere o artigo 2.º, os componentes do sistema: a) fornecem ao Conselho Coordenador, em tempo útil, toda a informação por este

solicitada, sem prejuízo da troca de informação que realizem entre si; b) Prestam ao Conselho Coordenador, nos termos do presente diploma e na medida

das suas disponibilidades, o apoio necessário ao respectivo funcionamento; c) observam as normas técnicas sobre metodologias de trabalho e aperfeiçoamento

técnico–profissional dos recursos humanos afectos ao SCI, emanadas do Conse-lho Coordenador;

d) têm em consideração as recomendações e directrizes emanadas do Conselho Coordenador.

Artigo 6.º – Deveres especiais

Sem prejuízo do estabelecido no artigo anterior, incumbe, em especial, aos organis-mos de controlo estratégico e sectorial:

a) elaborar os planos de actividades, de harmonia com as recomendações a propósi-to emitidas pelo Conselho Coordenador;

b) enviar ao Conselho Coordenador, respectivamente, até 15 de Novembro e 15 de Abril de cada ano, os respectivos planos e relatórios anuais de actividade;

c) fornecer ao Conselho Coordenador, em tempo útil, todos os elementos necessá-rios à elaboração, por este, do plano e relatório anuais do SCI.

Artigo 7.º – Funcionamento do Conselho Coordenador

1 – O Conselho Coordenador reúne, em plenário, ordinariamente cinco vezes por ano e extraordinariamente sempre que o presidente, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos restantes membros, o convoque.

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2 – O Conselho poderá também reunir por secções especializadas, cuja composição e funcionamento serão estabelecidos no regulamento previsto no artigo 13.º do presente di-ploma. Artigo 8.º – Reuniões

1 – As reuniões são convocadas, por escrito, pelo presidente com a antecedência mí-nima de 15 dias úteis.

2 – Das reuniões, em plenário, do Conselho Coordenador, bem como das reuniões das secções especializadas, se existirem, serão lavradas actas. Artigo 9.º – Deliberações

1 – O plenário do Conselho Coordenador delibera validamente estando presente a maioria dos seus membros.

2 – As deliberações são tomadas por maioria dos membros presentes. Artigo 10.º – Apoio administrativo e técnico

O apoio administrativo e técnico ao Conselho Coordenador é assegurado pela Inspec-ção–Geral de Finanças, sem prejuízo da prestação de colaborações pontuais facultadas pe-los demais organismos representados naquele órgão, sempre que tal se mostre necessário, designadamente em função da especificidade técnica das matérias a tratar. Artigo 11.º – Adjudicação de estudos

Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o presidente pode propor, nos termos da lei, a adjudicação de estudos que se mostrem necessários ao exercício das competências do Conselho Coordenador. Artigo 12.º – Encargos de funcionamento

Os encargos de funcionamento do Conselho Coordenador, incluindo os relativos ao pagamento de ajudas de custo e transportes a que os seus membros tenham direito, são suportados pelo orçamento da Inspecção–Geral de Finanças. Artigo 13.º – Regulamento interno

O Conselho Coordenador, reunido em plenário, aprova o seu regulamento de funcio-namento interno, a homologar pelo Ministro das Finanças.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 de Junho de 1999. – António Ma-nuel de Oliveira Guterres – Jaime José Matos da Gama – Jaime José Matos da Gama – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – João Cardona Gomes Cravinho – José Eduardo

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Vera Cruz Jardim – Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura – Luís Manuel Capoulas San-tos – Eduardo Carrega Marçal Grilo – Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina – Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues – Elisa Maria da Costa Guimarães Fer-reira – Manuel Maria Ferreira Carrilho – José Mariano Rebelo Pires Gago – António Luís Santos da Costa – José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Promulgado em 13 de Outubro de 1999. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 21 de Outubro de 1999. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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REGIME GERAL COMUM DAS CARREIRAS DE INSPECÇÃO

Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril

Num contexto de transformação da sociedade actual, registou–se um movimento espontâneo de procura de soluções mais adequadas para as definições de carreira dos pro-fissionais que têm a seu cargo o exercício de funções de inspecção ou fiscalização, condu-zindo à atomização de estatutos, sistemas de carreiras e sistemas remuneratórios. O presen-te diploma, considerando aquelas experiências e os princípios definidos no Decreto–Lei n.º 184/89, de 2 de Junho, tem por objectivo conferir identidade própria a todo um corpo de profissionais que, no âmbito da Administração Pública, desenvolve funções inspectivas em diferentes áreas. A natureza de actividade de controlo associada à qualidade de autoridade pública e a especificidade técnica e relacional do exercício de tais funções determinam a sua prossecução por um agrupamento de pessoal especializado inserido numa carreira de regime especial.

A diversidade das missões, os âmbitos de intervenção e a sua tradução ao nível das competências e funções impõem a previsão de mecanismos de adequabilidade que, cruzan-do critérios de complexidade no exercício e de quantidade de profissionais necessários, permitam um leque aberto mas comum de opções para a definição dos respectivos quadros de pessoal. Com essa finalidade, procede–se à criação de três carreiras com diferentes requisitos habilitacionais de ingresso – de inspector superior, de inspector técnico e de ins-pector–adjunto –, bem como à definição de regras de acesso e de intercomunicabilidade vertical, visando articular as prioridades de desenvolvimento dos serviços com a condução exigente e estimulante de trajectos individuais de carreira. Desta configuração pode ainda esperar–se o favorecimento da intercomunicabilidade horizontal, através do recurso ao recrutamento excepcional para lugares de acesso, designadamente para suprir défices imponderáveis ao nível das competências disponíveis nos serviços ou indispensáveis ao quadro de desenvolvimento da sua missão.

Num ambiente de transformação global, a Administração Pública assume um papel importante como factor de competitividade do conjunto da sociedade. Tal consideração pressupõe que se assegure e mantenha, em permanente estado de actualização, uma capaci-dade de intervenção qualificada, suportada numa concepção do gesto profissional inspecti-vo adequada aos princípios do Estado de direito democrático. Para tanto, estabelece–se a articulação dos processos de formação inicial e contínua com as regras de ingresso, acesso e intercomunicabilidade nas carreiras, cuja concretização, ao nível da identificação das necessidades e configuração dos processos formativos, deverá ser regulamentada de acordo com as regras e princípios constantes do Decreto–Lei n.º 50/98, de 11 de Março.

O Decreto–Lei n.º 184/89, de 28 de Julho, assumiu como objectivo pôr cobro à vasta teia de subsistemas retributivos e de remunerações acessórias. As gratificações de inspec-ção, que, na falta de um sentido agregador, assumiam configurações variadas, mantiveram os seus montantes com regras de actualização anual, que redundaram na sua erosão. Fixa–se, agora, um novo regime e condições de atribuição com a criação de um suplemento de função inspectiva para compensação dos ónus específicos inerentes ao exercício de tais funções, nomeadamente o ónus social, o acréscimo de incompatibilidades, a exigência de disponibilidade e a irregularidade de trabalho diário e semanal, bem como a prestação de

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trabalho em ambiente externo com carácter de regularidade. Este suplemento, sem prejuízo dos princípios e regras que regem a duração e horário de trabalho e de abono de ajudas de custo e transporte na Administração Pública, substitui os actuais suplementos abonados às carreiras de inspecção, independentemente da sua designação.

Com o presente diploma, de cujo âmbito de aplicação se excluem os serviços de ins-pecção não providos de carreira de inspecção ou dispondo de carreira com o estatuto de corpo especial, visa–se, igualmente, dar início a um processo de aproximação progressiva de todas as inspecções.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Foram ouvidos os órgãos de Governo próprio das Regiões Autónomas. Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta,

para valer como lei geral da República, o seguinte: CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º – Objecto

O presente decreto–lei estabelece o enquadramento e define a estrutura das carreiras de inspecção da Administração Pública. Artigo 2.º – Âmbito

1 – O disposto neste diploma aplica–se às inspecções–gerais, bem como aos serviços e organismos da administração central e regional autónoma, incluindo os institutos públicos nas modalidades de serviços personalizados do Estado e de fundos públicos, que tenham nos respectivos quadros de pessoal carreiras de inspecção próprias para exercício de fun-ções compreendidas no âmbito do poder de autoridade do Estado.

2 – Exceptuam–se do disposto no número anterior os serviços e organismos que actu-almente disponham de carreiras constituídas como corpo especial.

3 – A aplicação do presente diploma às inspecções e aos serviços e organismos da administração regional autónoma faz–se por decreto legislativo regional, atendendo às suas especificidades orgânico–administrativas. CAPÍTULO II – CARREIRAS DE INSPECÇÃO

Artigo 3.º – Carreiras

1 – As carreiras de inspecção são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector técnico; c) Inspector–adjunto.

2 – As carreiras mencionadas nos números anteriores são de regime especial, fixan-do–se as respectivas estruturas e escalas salariais, que definem a sua remuneração base, no mapa I anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante.

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3 – O pessoal a que é aplicável o presente diploma está investido do poder de autori-dade e exerce as suas funções em regime jurídico de emprego público. Artigo 4.º – Carreira de inspector superior

1 – Integram a carreira de inspector superior as categorias de inspector superior prin-cipal, inspector superior, inspector principal e inspector.

2 – O ingresso na carreira de inspector superior faz–se, em regra, para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada, aprovados em estágio, com classificação não inferior a Bom (14 valores), a regulamentar para cada um dos servi-ços ou organismos, nos termos do artigo 14.º

3 – O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector superior faz–se mediante concurso e obedece às seguintes regras:

a) Inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;

b) Inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom, mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação do currícu-lo profissional do candidato;

c) Inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Bom.

Artigo 5.º – Carreira de inspector técnico

1 – Integram a carreira de inspector técnico as categorias de inspector técnico espe-cialista principal, inspector técnico especialista, inspector técnico principal e inspector téc-nico.

2 – O ingresso na carreira de inspector técnico faz–se, em regra, para a categoria de inspector técnico, de entre indivíduos habilitados com curso superior adequado que não confira o grau de licenciatura, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores), a regulamentar para cada um dos serviços ou organismos, nos termos do artigo 14.º

3 – O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector técnico faz– -se mediante concurso e obedece às seguintes regras:

a) Inspector técnico especialista principal, de entre inspectores técnicos especia-listas com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;

b) Inspector técnico especialista, de entre inspectores técnicos principais com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;

c) Inspector técnico principal, de entre inspectores técnicos com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Bom.

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Artigo 6.º – Carreira de inspector–adjunto

1 – Integram a carreira de inspector–adjunto as categorias de inspector–adjunto espe-cialista principal, inspector–adjunto especialista, inspector–adjunto principal e inspector- -adjunto.

2 – O ingresso na carreira de inspector–adjunto faz–se para a categoria de inspector–adjunto, de entre indivíduos habilitados com o 12.º ano de escolaridade, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores), a regulamentar para cada um dos serviços ou organismos, nos termos do artigo 14.º

3 – O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector–adjunto faz–se mediante concurso e obedece às seguintes regras:

a) Inspector–adjunto especialista principal, de entre inspectores–adjuntos especia-listas com, pelo menos, três anos na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;

b) Inspector–adjunto especialista, de entre inspectores–adjuntos principais com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;

c) Inspector–adjunto principal, de entre inspectores–adjuntos com, pelo menos, três anos de serviço na categoria classificados de Bom.

Artigo 7.º – Recrutamento excepcional

Excepcionalmente, em casos devidamente fundamentados, podem ser recrutados, mediante concurso interno, para lugares de acesso funcionários de outras carreiras que pos-suam as habilitações adequadas e experiência profissional de duração não inferior à nor-malmente exigível para acesso à categoria. Artigo 8.º – Outros requisitos de acesso

Complementarmente às regras de acesso estabelecidas para as carreiras previstas no presente diploma, pode estabelecer–se no diploma previsto no artigo 14.º a obrigatoriedade de frequência de cursos de formação adequados, exigindo aproveitamento nos casos em que aquela formação seja objecto de avaliação. Artigo 9.º – Intercomunicabilidade entre carreiras

1 – Os inspectores técnicos especialistas com três anos de serviço na categoria e os inspectores técnicos especialistas principais, em ambos os casos com a habilitação mínima de curso superior que não confira o grau de licenciatura, podem candidatar–se à categoria de inspector principal da carreira de inspector superior, desde que em alternativa:

a) sejam detentores dos requisitos habilitacionais exigíveis para ingresso nesta carreira;

b) tenham frequentado, com aproveitamento, a formação definida nos termos do artigo 14.º;

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c) tenham obtido qualificações reconhecidas no âmbito dos sistemas educativo ou da formação profissional, em domínios relevantes para a missão dos serviços, a definir no aviso de abertura de concurso.

2 – Os inspectores técnicos com três anos de serviço na categoria e os inspectores técnicos principais podem candidatar–se a concursos para a categoria de ingresso na carrei-ra de inspector superior, com dispensa da frequência e aprovação no respectivo estágio, desde que reúnam os requisitos habilitacionais exigíveis para o ingresso nesta carreira.

3 – Os inspectores–adjuntos especialistas com três anos de serviço na categoria e os inspectores–adjuntos especialistas principais podem candidatar–se à categoria de inspector técnico principal, desde que em alternativa:

a) sejam detentores dos requisitos habilitacionais exigíveis; b) tenham frequentado, com aproveitamento, a formação definida nos termos do

artigo 14.º; c) tenham obtido qualificações reconhecidas no âmbito dos sistemas educativo ou

da formação profissional, em domínios relevantes para a missão dos serviços, a definir no aviso de abertura.

4 – Os inspectores–adjuntos com três anos de serviço na categoria e os inspectores- -adjuntos principais podem candidatar–se a concursos de ingresso na carreira de inspector técnico, com dispensa da frequência e aprovação no respectivo estágio, desde que reúnam os requisitos habilitacionais exigíveis para o ingresso nesta carreira.

5 – Nos casos referidos nos números anteriores, a integração na nova carreira e cate-goria faz–se em escalão a que corresponda índice igual àquele que o funcionário detém na categoria de origem ou no índice superior mais aproximado, se não houver coincidência. CAPÍTULO III – QUADROS DE PESSOAL

Artigo 10.º – Previsão de carreiras de inspecção

A previsão nos quadros de pessoal de uma ou mais carreiras de entre as criadas por este diploma, para além das directamente resultantes da transição, será precedida de ade-quada acção de análise de funções que a justifique. Artigo 11.º – Previsão de lugares

As carreiras de inspector superior, de inspector técnico e de inspector–adjunto têm dotações globais de lugares.

CAPÍTULO IV – SUPLEMENTO DE FUNÇÃO INSPECTIVA

Artigo 12.º – Pessoal de inspecção

1 – O pessoal abrangido pelo presente diploma tem direito a um suplemento de fun-ção inspectiva, para compensação dos ónus específicos inerentes ao seu exercício.

2 – O suplemento a que se refere o número anterior é fixado no montante de 22,5% da respectiva remuneração base.

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3 – O suplemento é abonado em 12 mensalidades e releva para efeitos de aposenta-ção, sendo considerado no cálculo da pensão pela forma prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 47.º do Estatuto da Aposentação. Artigo 13.º – Pessoal dirigente

O pessoal dirigente ou equiparado nomeado para exercer funções de direcção sobre o pessoal abrangido por este diploma tem direito a um suplemento de função inspectiva de montante igual a 22,5% da respectiva remuneração base, abonado nos termos previstos no n.º 3 do artigo anterior. CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 14.º – Regulamentação

1 – A aplicação do disposto no presente diploma aos serviços e organismos a que se refere o n.º 1 do artigo 2.º faz–se, em cada caso, mediante decreto regulamentar.

2 – Os decretos regulamentares previstos no número anterior, a aprovar no prazo de 90 dias, estabelecem, designadamente, as carreiras a prever, o conteúdo funcional, as regras próprias de transição e demais regulamentação considerada necessária.

3 – Os decretos regulamentares podem, ainda, prever a integração nas carreiras de inspecção de funcionários integrados noutras carreiras, desde que desempenhem funções de natureza inspectiva e reúnam os requisitos legais exigidos.

4 – Para a carreira de inspector–adjunto pode também prever–se a transição de fun-cionários que, não reunindo os requisitos legais exigidos, desempenhem funções inspecti-vas e detenham formação profissional adequada.

5 – Os estágios a que se referem os artigos 4.º, 5.º e 6.º têm a duração mínima de um ano. Artigo 15.º – Regra geral de transição

1 – Os funcionários dos serviços e organismos abrangidos pelo presente diploma, integrados em carreiras de inspecção, transitam para carreira com iguais requisitos habilita-cionais de ingresso.

2 – A categoria de integração na nova carreira é a equivalente à detida na data da transição, sem prejuízo da introdução dos ajustamentos necessários para a sua adaptação à nova estrutura da carreira, tendo em conta, designadamente, o disposto no artigo 16.º

3 – A transição faz–se para o escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem.

4 – O tempo de serviço prestado na categoria de origem conta para efeitos de promo-ção como se tivesse sido prestado na nova categoria, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

5 – Quando a transição resulte da fusão de duas categorias, releva na nova categoria, para efeitos de promoção, apenas o tempo de serviço prestado na categoria mais elevada da anterior carreira.

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Artigo 16.º – Regras especiais de transição

1 – Os funcionários que à data da entrada em vigor do presente diploma reúnam os requisitos necessários à aplicação dos mecanismos de intercomunicabilidade de carreiras a que se refere o artigo 9.º transitam para a categoria correspondente da carreira constante do presente diploma.

2 – Para efeitos da transição a que se refere o número anterior, os requisitos de quali-ficação profissional a que se referem os n.os 1 e 3 do artigo 9.º do presente diploma conside-ram–se preenchidos pela posse das qualificações exigidas pelas regras de intercomunicabi-lidade ou de acesso, constantes dos diplomas que regiam as anteriores carreiras.

3 – Os lugares em que actualmente estão providos os funcionários referidos no n.º 1 são extintos e automaticamente aditados à categoria para a qual transitam. Artigo 17.º – Adaptação de quadros de pessoal

A adaptação dos quadros de pessoal ao regime previsto no presente diploma não pode determinar aumento do número global de lugares das carreiras de pessoal de inspecção, salvo se houver contrapartida no abatimento de lugares de outras carreiras. Artigo 18.º – Salvaguarda de situações

1 – A aplicação do presente diploma não prejudica regimes especiais mais favoráveis já previstos em legislação específica, não podendo igualmente dela resultar a atribuição de remunerações totais inferiores às já praticadas, considerando–se como remuneração total a soma da remuneração base e do suplemento.

2 – Nos casos em que o suplemento seja abonado em 14 mensalidades, mantém–se o actual regime para os funcionários que dele beneficiem, desde que o montante anualizado seja superior ao que resultar da aplicação deste diploma.

3 – Independentemente da sua qualificação, os suplementos abonados às carreiras de inspecção à data da entrada em vigor do presente diploma são substituídos pelo suplemento previsto no artigo 12.º, mantendo–se nos actuais montantes e sem qualquer actualização, até à sua total absorção, caso sejam de montante superior. Artigo 19.º – Produção de efeitos

A transição para as novas carreiras criadas pelo presente diploma, bem como o cor-respondente abono do suplemento de função inspectiva, produz efeitos reportados a 1 de Julho de 2000.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Janeiro de 2001. – António Ma-

nuel de Oliveira Guterres – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – Júlio de Lemos de Castro Caldas – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues – António Luís Santos Costa – Mário Cristina de Sousa – Luís Manuel Capoulas Santos – Maria Manuela de Brito Arcanjo Marques da Costa – José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa – José Estêvão Cangarato Sasportes – Alberto de Sousa Martins.

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Promulgado em 20 de Março de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 30 de Março de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

MAPA I ANEXO (artigo 3.º, n.º 2)

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INSPECÇÃO DIPLOMÁTICA E CONSULAR

Decreto–Lei n.º 55/94, de 24 de Fevereiro (Lei Orgânica) 1

O presente diploma visa dotar a Inspecção Diplomática e Consular dos meios neces-sários à realização da importante tarefa que lhe cabe no quadro de uma política de rigor em todos os domínios da actividade do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A atribuição aos serviços externos de um novo regime administrativo, na sequência da reforma da estrutura do Ministério dos Negócios Estrangeiros, impõe que a Inspecção Diplomática e Consular veja acrescida a sua capacidade de acção preventiva e correctiva.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção Diplomática e Consular é o serviço central do Ministério dos Negó-cios Estrangeiros responsável pelo controlo e auditoria de gestão nos domínios diplo-mático e consular. 2 Artigo 2.º – Atribuições

São atribuições da Inspecção Diplomática e Consular: a) verificar o cumprimento das leis, regulamentos e instruções administrativas por

parte dos serviços internos e externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros; b) proceder a inspecções diplomáticas ou consulares e elaborar os pertinentes

relatórios; c) informar sobre a assistência prestada pelos consulados aos portugueses residen-

tes na área da respectiva jurisdição consular; d) submeter à aprovação do Ministro o plano de actividades; e) verificar o cumprimento das obrigações que incumbem aos funcionários do

Ministério dos Negócios Estrangeiros colocados nos serviços externos, em ma-téria de representação;

1 Com as alterações introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. 2 Alterado pelo artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. A versão originária era a seguinte :

“A Inspecção Diplomática e Consular é o serviço central do Ministério dos Negócios Estrangeiros, dotado de autonomia administrativa, responsável pelo controlo e auditoria da gestão nos domínios diplomático e consu-lar.”

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f) assegurar o apoio administrativo às comissões temporárias designadas pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros para efeitos de inquérito ou inspecção em missões diplomáticas ou consulares;

g) desenvolver quaisquer outras actividades conexas com as suas atribuições, que lhe sejam superiormente cometidas;

h) propor medidas visando a melhoria do funcionamento dos serviços objecto da sua intervenção;

i) efectuar estudos e elaborar pareceres respeitantes às matérias compreendidas na sua área de intervenção.

CAPÍTULO II – ORGÂNICA

Artigo 3.º – Direcção

A Inspecção Diplomática e Consular é dirigida pelo inspector–geral diplomático e consular, equiparado, para todos os efeitos, a director–geral. Artigo 4.º – Adjunto

O inspector–geral diplomático e consular é coadjuvado, no exercício das suas fun-ções, por um adjunto do inspector–geral, equiparado, para todos os efeitos, a director de serviços, que o substitui nas suas ausências ou impedimentos.

Artigo 5.º – Secção Administrativa 3

(Revogado) CAPÍTULO III – FUNCIONAMENTO

Artigo 6.º – Plano e relatório anual de actividade

A Inspecção Diplomática e Consular procede à elaboração do plano de actividades e do relatório anual, a submeter a despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros.

3 Revogado pelo artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. A versão originária era a seguinte:

1 – A Secção Administrativa é o serviço de gestão e apoio administrativo da Inspecção Diplomática e Consular nas áreas de expediente geral, administração financeira e economato.

2 – Compete, em especial, à Secção Administrativa: a) Assegurar os serviços de contabilidade, economato e administração de pessoal e respectivo expe-

diente, sem prejuízo das atribuições do Departamento Geral de Administração; b) Organizar os processos de aquisição de bens e serviços da Inspecção Diplomática e Consular, em

colaboração com os serviços competentes do Departamento Geral de Administração; c) Prestar o apoio administrativo que lhe for solicitado.

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Artigo 7.º – Inspecções ordinárias e extraordinárias

1 – As inspecções são ordinárias ou extraordinárias. 2 – As inspecções ordinárias são previstas no plano anual de actividades, devendo ser

efectuadas de maneira a que, de quatro em quatro anos, todos os serviços externos sejam objecto de inspecção.

3 – Independentemente da previsão expressa no plano anual de actividades, podem ser determinadas por despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros inspecções extraor-dinárias caso sobrevenham factores que o justifiquem.

4 – Finda a inspecção de um posto, o responsável pela inspecção elabora o respectivo relatório, do qual constará, além da situação geral do posto, as matérias especiais que cons-tem das instruções recebidas e as propostas que julgue necessárias à disciplina dos funcio-nários e ao melhoramento dos serviços.

5 – O responsável pela inspecção pode, logo que finde a inspecção de um posto, pro-por à consideração superior as medidas que julgue inadiáveis. Artigo 8.º – Direitos e prerrogativas

Os responsáveis pelas inspecções, no exercício dessas funções, gozam dos direitos e prerrogativas seguintes:

a) acesso aos serviços objecto de intervenção; b) utilizar instalações adequadas ao exercício das suas funções em condições de

dignidade e eficácia e obter a colaboração de funcionários que se mostre indis-pensável;

c) corresponder–se com quaisquer entidades públicas ou privadas sobre assuntos de interesse para o exercício das suas funções ou para obtenção dos elementos que se mostrem indispensáveis;

d) proceder ao exame de quaisquer elementos em poder de entidades objecto de intervenção da Inspecção, quando se mostrem indispensáveis à realização das respectivas tarefas;

e) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis, bem como à requisição ou reprodução de documentos em poder de serviços ou organismos objecto de intervenção da Inspecção, quando se mostre indispensá-vel à realização de quaisquer diligências, para o que será levantado o corres-pondente auto, dispensável no caso de simples reprodução de documentos.

Artigo 9.º – Dever de sigilo

Os funcionários da Inspecção estão sujeitos ao segredo profissional.

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CAPÍTULO IV – PESSOAL E REGIME ADMINISTRATIVO 4

Artigo 10.º – Pessoal

1 – A Inspecção Diplomática e Consular dispõe do pessoal dirigente constante do quadro anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante.

2 – O restante pessoal será destacado da Secretaria–Geral, por despacho do secretá-rio–geral, sob proposta do inspector–geral.

3 – Podem ser designados para missões temporárias ou extraordinárias no âmbito da Inspecção Diplomática e Consular, quando as circunstâncias o aconselhem, embaixadores ou ministros plenipotenciários na disponibilidade, por despacho do Ministro dos Negócios Estrangeiros, os quais ficam adstritos à Inspecção apenas pelo período de tempo necessário ao cumprimento da missão.

Artigo 11.º – Regime administrativo 5

O apoio financeiro e administrativo à Inspecção Diplomática e Consular cabe ao Departamento Geral de Administração, a cujo director compete a autorização e pagamento das suas despesas.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de Novembro de 1993. – Aníbal An-

tónio Cavaco Silva – Jorge Braga de Macedo – José Manuel Durão Barroso.

Promulgado em 21 de Janeiro de 1994. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 24 de Janeiro de 1994. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva. Inspector–geral ... 1 Adjunto ............... 1

4 Alterado pelo artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro. A versão originária era a seguinte:

“Pessoal”. 5 Aditado pelo artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 330/97, de 27 de Novembro.

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INSPECÇÃO–GERAL DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E CO-MUNICAÇÕES

Decreto–Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro (Lei Orgânica) 6

O Decreto–Lei n.º 270/86, de 3 de Setembro, que consagra a orgânica do Ministério

das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, criou uma inspecção–geral com a missão fundamental de proceder à regular inspecção das actividades dos órgãos e serviços do Ministério e dos organismos autónomos e empresas tuteladas, com vista a assegurar o cum-primento das leis, regulamentos, contratos, directivas e instruções ministeriais e garantir a reintegração do interesse público e da legalidade violados.

Ainda nos termos do aludido diploma legal, a organização, funcionamento, quadro e regime de pessoal serão definidos por diploma próprio, que revestirá a forma de decreto- -lei.

Neste contexto, tendo em conta a extensão do Ministério e, sobretudo, a natureza e diversidade dos seus serviços e dos organismos e empresas tuteladas, optou–se, prudente-mente, por um modelo organizacional flexível e de reduzida dimensão, sem, contudo, per-der de vista a necessidade da sua reestruturação, a curto prazo, à luz da experiência inspec-tiva entretanto recolhida.

Assim: O Governo decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.º – Natureza e âmbito de actuação

1 – A Inspecção–Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, criada pelo Decreto–Lei n.º 270/86, de 3 de Setembro, adiante designada por Inspecção–Geral, é o ser-viço de inspecção do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações funcio-nando na directa dependência do Ministro.

2 - A IGOPTC exerce a sua actividade inspectiva relativamente aos órgãos e ser-viços centrais que integram o Ministério do Equipamento Social, às comissões perma-nentes e organismos autónomos que funcionam no respectivo âmbito, às empresas tuteladas pelo Ministro ou relativamente às quais este exerce competências no âmbito da função accionista do Estado, às empresas titulares de contratos de concessão de que o Ministério seja parte e às que operam no âmbito da actividade de transporte rodo

6 Com as alterações introduzidas pelos Decretos–Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, n.º 124/91, de 21 de Março,

e n.º 116/2002, de 20 de Abril.

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viário e das actividades auxiliares e complementares desta, sem prejuízo das compe-tências legalmente atribuídas a outros serviços e organismos do Ministério ou a outras inspecções-gerais. 7 Artigo 2.º – Atribuições

A Inspecção–Geral tem por finalidade assegurar o cumprimento das leis, regulamen-tos, contratos, directivas e instruções ministeriais e garantir a reposição do interesse público e da legalidade violada, incumbindo–lhe, nomeadamente:

a) realizar inspecções ordinárias, com vista à avaliação regular da eficiência e efectividade das instituições inspeccionadas;

b) realizar as inspecções extraordinárias superiormente determinadas; c) efectuar os inquéritos, sindicâncias e peritagens necessários para a prossecução

das suas atribuições; d) propor e instruir, se necessário, os processos disciplinares resultantes da sua ac-

tividade inspectiva e instruir os que lhe forem superiormente determinados; e) propor superiormente as medidas correctivas decorrentes da sua actividade ins-

pectiva; f) colaborar com os restantes órgãos e serviços na realização dos objectivos do

Ministério; g) colaborar com as inspecções–gerais de outros ministérios; h) colaborar com organismos estrangeiros e internacionais em matérias das suas

atribuições. i) fiscalizar, por sua iniciativa ou por determinação superior, o cumprimento

das regras relativas à actividade de transporte rodoviário e às actividades auxiliares e complementares desta, por parte das entidades que operem nesses sectores, quer nas respectivas instalações quer na estrada; 8

j) proceder ao levantamento dos autos de notícia decorrentes das acções de fiscalização a que se refere a alínea anterior. 9

CAPÍTULO II – ÓRGÃOS, SERVIÇOS E SUAS COMPETÊNCIAS

SECÇÃO I – ÓRGÃOS E SUAS COMPETÊNCIAS Artigo 3.º – Órgão

1 – A Inspecção–Geral tem como órgão dirigente o inspector–geral, equiparado, para todos os efeitos legais, a director–geral.

7 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. A versão originária era a seguinte: “2 –

A Inspecção–Geral exerce a sua actividade inspectiva relativamente aos órgãos e serviços que integram o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e, bem assim, aos organismos autónomos e a empresas total ou parcialmente tuteladas pelo Ministro, sem prejuízo das competências legalmente atribuídas a outros serviços e organismos do Ministério ou à Inspecção–Geral de Finanças.”

8 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. 9 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril.

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2 – No exercício das suas funções o inspector–geral é coadjuvado pelo subinspector- -geral, equiparado, para todos os efeitos legais, a subdirector–geral.

3 – O subinspector–geral é o substituto legal do inspector–geral. Artigo 4.º – Competência do inspector–geral

1 – Ao inspector–geral compete: a) superintender, dirigir e coordenar todos os serviços da Inspecção–Geral; b) representar a Inspecção–Geral; c) submeter a aprovação o plano anual de inspecções ordinárias; d) propor a realização de inspecções extraordinárias sempre que as circunstâncias

o aconselhem; e) determinar o início e os prazos de duração das acções de inspecção; f) propor superiormente a realização de inquéritos e sindicâncias e, bem assim, a

instauração de processos disciplinares em resultado de acções de inspecção; g) distribuir o pessoal pelos serviços da Inspecção–Geral; h) aprovar regulamentos internos no domínio das atribuições da Inspecção–Geral.

2 – O inspector–geral pode delegar ou subdelegar no subinspector–geral, respectiva-mente, as suas competências próprias. SECÇÃO II – SERVIÇOS

Artigo 5.º – Serviços

Para a prossecução das suas atribuições a Inspecção–Geral dispõe dos seguintes ser-viços:

a) Serviço de Inspecção (SI); b) Serviço de Apoio Técnico (SAT); c) Repartição Administrativa (RA).

Artigo 6.º – Serviço de Inspecção

O SI é constituído pelo conjunto dos inspectores, a quem compete, especialmente: a) realizar inspecções ordinárias e extraordinárias; b) efectuar inquéritos, sindicâncias, peritagens ou outras missões que lhes forem

determinadas; c) propor os processos disciplinares resultantes da sua actividade inspectiva, as-

sim como instruir os que lhes forem superiormente determinados; d) Fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares respei-

tantes à actividade transportadora rodoviária e às actividades auxiliares e complementares desta; 10

e) Fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares relativas ao exercício da actividade de transportador, do mercado de transportes,

10 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril.

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das actividades auxiliares e complementares da actividade transportadora rodoviária e da profissão de motorista de veículos utilizados no transporte rodoviário. 11

Artigo 6.º-A – Actuação do Serviço de Inspecção no domínio dos transportes rodo-

viários 12

1 – A acção do Serviço de Inspecção no domínio dos transportes rodoviários é essencialmente de natureza preventiva e pedagógica, consistindo na prestação aos ges-tores, empresários e condutores das informações e orientações técnicas que se revelem indispensáveis à eficaz observância das normas legais e regulamentares a cujo cum-primento se encontram vinculados.

2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, a verificação pessoal e directa, ainda que por forma não imediata, por parte dos inspectores, quando em exercício de funções, de qualquer infracção, punível com coima, às normas legais ou regulamenta-res relativas às actividades de transporte rodoviário e auxiliares e complementares desta dá origem ao levantamento imediato de auto de notícia, sendo dispensável a in-dicação de testemunhas.

3 – As queixas, reclamações e denúncias não comprovadas pessoalmente pelos inspectores dão origem, quando constituam infracção, punível com coima, às normas legais ou regulamentares relativas às actividades de transporte rodoviário e auxiliares e complementares desta, ao levantamento de autos de notícia, instruídos com os meios de prova de que se disponha e com a indicação de, pelo menos, duas testemunhas, até ao máximo de três por infracção.

4 – O auto de notícia, depois de verificado o controlo de conformidade pelo ins-pector-geral, é remetido à DGTT para processamento de contra-ordenação, não podendo ser sustado.

5 – O produto das coimas aplicadas em resultado do disposto no número ante-rior é distribuído da seguinte forma:

a) 60% para o Estado; b) 20% para a DGTT; c) 20% para a IGOPTC.

6 – O produto das coimas aplicadas por outras entidades, resultante de autos de notícia levantados pela IGOPTC, será distribuído pela forma que a legislação própria dessas entidades determinar.

7 – O produto das coimas que, nos termos do presente artigo, passa a reverter para a IGOPTC será afecto, entre outros fins, a suportar os encargos com ajudas de custo decorrentes das novas atribuições de fiscalização.

11 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril. 12 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril.

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Artigo 7.º – Serviço de Apoio Técnico

1 – O SAT é constituído por técnicos superiores licenciados, com reconhecida com-petência profissional nas áreas de actuação do Ministério, bem como nas que se integram na esfera das atribuições da Inspecção–Geral, incumbindo–lhes:

a) elaborar estudos, informações e pareceres sobre matérias das atribuições da Inspecção–Geral, assim como participar na elaboração de diplomas legais;

b) proceder ao tratamento de documentação nacional e internacional sobre maté-rias da sua especialidade e sua divulgação pelos serviços da Inspecção–Geral ou de outros que eventualmente o solicitem;

c) cooperar com organismos nacionais, estrangeiros ou internacionais em maté-rias das atribuições da Inspecção–Geral.

2 – O SAT terá o nível de direcção de serviços e é dirigido por um director de servi-ços. Artigo 8.º – Repartição Administrativa

1 – A RA é o serviço de apoio instrumental ao qual compete assegurar a execução dos procedimentos administrativos inerentes ao funcionamento da Inspecção–Geral, desig-nadamente em matérias de organização e tratamento dos processos inspectivos, orçamento e contabilidade, administração de pessoal, património e expediente geral.

2 – A RA compreende as seguintes secções: a) Secção de Processos (SP); b) Secção de Pessoal e Expediente Geral (SPEG); c) Secção de Contabilidade e Economato (SCE).

3 – À SP compete: a) dactilografar, reproduzir e manusear os processos inspectivos; b) manter um ficheiro actualizado de todos os processos tramitados; c) arquivar e manter os processos já concluídos e despachados; d) proceder à distribuição pelos serviços adequados dos relatórios e demais cor-

respondência atinente à tramitação dos processos inspectivos. 4 – À SPEG compete:

a) assegurar todos os procedimentos administrativos relativos à gestão e adminis-tração do pessoal;

b) tratar de todo o expediente relacionado com a recepção, expedição e distribui-ção da correspondência;

c) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral da Inspecção–Geral; d) assegurar um serviço de informação e recepção de reclamações; e) assegurar, de modo geral, a reprodução de documentos.

5 – À SCE compete: a) tratar de todo o expediente relacionado com o orçamento e sua execução, pro-

cessando todas as despesas, designadamente quanto a remunerações e abonos dos funcionários e agentes da Inspecção–Geral;

b) assegurar a administração do material da Inspecção–Geral, elaborando as pro-postas de aquisição, distribuindo o material pelos serviços e mantendo actuali-zado o inventário.

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CAPÍTULO III – PESSOAL

Artigo 9.º – Quadro de pessoal

A Inspecção–Geral dispõe do pessoal constante do quadro anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante.13 Artigo 10.º – Regras de provimento 14

O provimento do pessoal do quadro a que se refere o artigo anterior é feito nos termos da lei geral. Artigo 11.º – Pessoal dirigente

Os lugares do pessoal dirigente são providos nos termos da lei geral.

13 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro. 14 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte:

“1 – O provimento do pessoal do quadro a que se refere o artigo anterior é feito, por nomeação provisó-ria ou em comissão de serviço, pelo período de um ano.

2 – Findo o prazo referido no número anterior o funcionário será: a) provido definitivamente, se tiver revelado aptidão para o lugar; b) exonerado, ou regressará ao serviço de origem, conforme se trate de nomeação provisória ou co-

missão de serviço, se não tiver revelado aptidão para o lugar. 3 – Se o funcionário a nomear já tiver provimento definitivo em outro lugar da função pública poderá

ser, desde logo, provido definitivamente, nos casos em que exerça funções da mesma natureza. 4 – O disposto no número anterior não prejudica a nomeação, em comissão de serviço, por um período a

determinar até ao limite fixado no n.º 1, com base na opção do funcionário ou por conveniência da Inspecção-Geral. 5 – O tempo de serviço em regime de comissão conta, para todos os efeitos legais, como prestado:

a) no lugar de origem, quando à comissão não se seguir provimento definitivo; b) no lugar do quadro da Inspecção-Geral em que vier a ser provido definitivamente, finda a comis-

são.”

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Artigo 12.º – Carreira de inspector 15

1 – A carreira de inspector desenvolve–se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector, a que correspondem as remunerações constantes do anexo n.º 7 ao Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outu-bro.

2 – O recrutamento para as categorias da carreira de inspector obedece às se-guintes regras:

a) Inspector superior principal – de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos clas-sificados, no mínimo, de Bom;

b) Inspector superior – de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom, mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato;

c) Inspector principal – de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria, classificados, no mínimo, de Bom;

d) Inspector – de entre licenciados em Direito, Engenharia, Economia, Fi-nanças ou Organização e Gestão de Empresas, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores).

15 Primeiramente alterado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro. A redacção actual foi

introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março sendo a redacção cessante, introduzida pelo Decreto-Lei n.º 60/89, a seguinte:

“1 – A carreira de inspector desenvolve-se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector, a que correspondem, respectivamente, as letras de vencimento A, B, C e D.

2 – O recrutamento para as categorias da carreira de inspector obedece às seguintes regras: a) Inspector superior principal – de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de servi-

ço classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom; b) Inspector superior – de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço classifi-

cados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom, mediante concurso de pro-vas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato;

c) Inspector principal – de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria clas-sificados, no mínimo, de Bom;

d) Inspector – de entre licenciados em Direito, Engenharia, Economia, Finanças ou Organização e Gestão de Empresas, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores).

3 – Ao estágio para ingresso na carreira de inspector é aplicável, com as necessárias adaptações, o regime dos estágios definido no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as seguintes espe-cialidades:

a) Durante o período de estágio – um ano –, os estagiários serão remunerados pela letra F da tabela de vencimentos da função pública e têm direito à gratificação estabelecida pelo artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro;

b) O relatório final de estágio poderá ser substituído pelos relatórios dos trabalhos efectuados por cada estagiário ao longo do ano.

4 – Compete, genericamente, ao pessoal da carreira de inspecção realizar inspecções, efectuar inquéri-tos, sindicâncias, peritagens e, bem assim, instruir processos disciplinares ou executar outras tarefas que lhe sejam determinadas no âmbito das atribuições da Inspecção-Geral, designadamente estudos, informações e pareceres técnicos nas áreas das respectivas especialidades.

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3 – Ao estágio para ingresso na carreira de inspector é aplicável o disposto no Decreto–Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, bem como o regime de estágios definido no artigo 5.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as seguintes especialidades:

a) durante o período de um ano os estagiários serão remunerados pelo esca-lão constante do anexo n.º 7 ao Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outu-bro, e têm direito à gratificação a que se refere o artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, com as alterações decorrentes do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro;

b) o relatório final de estágio poderá ser substituído pelos relatórios dos tra-balhos efectuados por cada estagiário ao longo do ano.

4 – Compete, genericamente, ao pessoal da carreira de inspecção realizar ins-pecções efectuar inquéritos, sindicâncias, peritagens e, bem assim, instruir processos disciplinares ou executar outras tarefas que lhe sejam determinadas no âmbito das atribuições da Inspecção–Geral, designadamente estudos, informações e pareceres técnicos nas áreas das respectivas especialidades.

Artigo 12.º– A – Classificação anual de serviço 16

1 – Aos funcionários da carreira de inspector da Inspecção–Geral será aplicado o sistema de classificação de serviço consagrado no Decreto Regulamentar n.º 44- -B/83, de 1 de Junho, com as necessárias adaptações, aprovadas por portaria do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e do membro do Governo que tiver a seu cargo a função pública.

2 – Enquanto não for aplicada a portaria referida no número anterior a classifi-cação de serviço será atribuída de harmonia com o disposto no Decreto Regulamentar n.º 44–B/83, de 1 de Junho. Artigo 13.º – Carreira técnica superior

O recrutamento e selecção, o ingresso e o acesso na carreira técnica superior regem–se pelas leis gerais da função pública. Artigo 14.º – Chefe de repartição

O recrutamento do chefe de repartição far–se–á nos termos do disposto no arti-go 6.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho. 17

16 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 17 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: “O

lugar de chefe de repartição será provido, mediante concurso, de entre indivíduos habilitados com curso superior e experiência profissional adequada ou de entre chefes de secção com, pelo menos, três anos de bom e efectivo serviço na categoria.”

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Artigo 15.º – Pessoal administrativo e auxiliar

Os lugares de chefe de secção, oficial administrativo, auxiliar administrativo, moto-rista de ligeiros e telefonista serão preenchidos nos termos da lei geral.

Artigo 16.º – Afectação de pessoal 18

Por despacho do inspector–geral podem os inspectores ser afectados ao SAT e os téc-nicos superiores ao SI, sempre que tal se mostre conveniente e pelo tempo julgado necessá-rio, gozando os últimos dos mesmos benefícios e regalias do pessoal da carreira de inspec-ção, durante o período em que se verifique a afectação. Artigo 16.º- A – Contratos de tarefa e avença 19

Para a realização de trabalhos que se considerem indispensáveis à prossecução das actividades da Inspecção–Geral, esta poderá celebrar contratos de tarefa e avença nos ter-mos da lei geral. Artigo 17.º – Requisição, destacamento e comissão de serviço 20

1 – Para a execução de tarefas inspectivas especiais ou quando, por falta de pes-soal, tal se mostre necessário, pode requisitar–se ou destacar–se pessoal para a Inspec-ção–Geral, de harmonia com o disposto no artigo 27.º do Decreto–Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, e no artigo 37.º do Decreto–Lei n.º 41/84, de 3 de Fevereiro. 21

2 – O pessoal destacado, requisitado ou em comissão de serviço na Inspecção–Geral tem direito a todas as regalias e fica sujeito a todas as obrigações inerentes ao pessoal do quadro da Inspecção–Geral.

3 – Os encargos com os vencimentos do pessoal destacado nos termos do n.º 1 serão suportados pelo serviço de origem, salvo a gratificação a que se refere o artigo 18.º, a qual será abonada pela Inspecção–Geral.

18 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: “Por

despacho do inspector-geral podem os inspectores ser afectados ao SAT, bem como os técnicos superiores ser afectados ao SI, sempre que tal se mostre conveniente e pelo tempo julgado necessário.”

19 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 20 Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a

seguinte: “Mobilidade de pessoal“. 21 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte: “1 -

Para a execução de tarefas inspectivas especiais ou quando, por falta de pessoal, tal se mostre necessário, pode, por despacho ministerial, mediante proposta do inspector-geral, ser destacado ou requisitado, confor-me os casos, para a Inspecção-Geral pessoal de outros serviços do Ministério ou de organismos ou de empre-sas dependentes ou tutelados.“

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Artigo 18.º – Gratificações

O inspector–geral, o subinspector–geral, o director de serviços e os inspectores têm direito a uma gratificação mensal de importância equivalente a 20% do respectivo venci-mento e diuturnidades.

Artigo 18.º-A – Abonos e ajudas de custo 22

O pessoal de inspecção ou a ele afecto, sempre que, por motivos de serviço, se desloque da sua residência oficial, tem direito a ajudas de custo e à utilização de transportes públicos em 1.ª classe, podendo ainda fazer uso de automóvel da sua pro-priedade, tudo nas condições estabelecidas na lei geral aplicável.

Artigo 19.º – Direitos e prerrogativas 23

Os inspectores gozam dos seguintes direitos e prerrogativas: 24 a) utilizar, nos locais de trabalho, por cedência das entidades inspeccionadas,

instalações próprias, bem como os meios de que careçam; b) utilizar um cartão de identificação com a menção «Livre trânsito», do mo-

delo aprovado para uso no Ministério; c) ter acesso e livre trânsito, quando em exercício de funções, em instalações

dos órgãos, serviços, organismos autónomos e empresas dependentes ou sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações;

d) corresponder–se, quando em serviço fora da Inspecção–Geral, com todas as autoridades, bem como com quaisquer pessoas singulares ou colectivas, sobre assuntos de serviço da sua competência;

e) examinar livros, documentos e arquivos dos serviços inspeccionados; f) requisitar às autoridades policiais a colaboração que se mostre necessária

ao exercício das suas funções, designadamente nos casos de resistência a esse exercício por parte dos destinatários;

g) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis e à apreensão, requisição ou reprodução de documentos quando isso se mostre indispensável à prova de infracções detectadas, para o que será levantado o respectivo auto, dispensável no caso de simples reprodu-ção de documentos;

22 Aditado pelo artigo 2.º Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 23 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte:

“Prerrogativas” 24 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. A versão originária era a seguinte:

“1 - Para desempenho da função inspectiva devem os dirigentes dos órgãos, serviços, organismos ou empresas a inspeccionar afectar aos inspectores, a solicitação destes, instalações próprias e os meios huma-nos e materiais de que careçam.

2 - O pessoal que presta serviço na Inspecção-Geral tem direito a cartão de identificação com a menção «livre-trânsito», do modelo aprovado para uso no Ministério.

3 - O cartão referido no número anterior confere ao respectivo titular, em exercício de funções, o direito de livre circulação em instalações dos órgãos, serviços, organismos autónomos e empresas dependentes ou sob tutela.”

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h) participar ao Ministério Público a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados nas condições das alíneas d) e e), bem como a falta injustificada na colaboração solicitada ao abrigo das alíneas a) e c).

Artigo 19.º- A – Domicílio legal 25

1 – Os inspectores têm, em regra, domicílio legal em Lisboa. 2 – Em casos devidamente justificados, a residência poderá ser fixada nas sedes

dos distritos, mediante despacho do inspector–geral. 3 – O uso da faculdade constante do número anterior depende da concordância

dos funcionários abrangidos. 4 – Os funcionários deslocados nos termos dos números anteriores têm a sua

sede funcional em instalações dos serviços que integram o Ministério das Obras Públi-cas, Transportes e Comunicações ou dos organismos autónomos tutelados pelo Minis-tério. Artigo 20.º – Sigilo profissional, incompatibilidade e deveres especiais

1 – Toda a actividade desenvolvida no âmbito das atribuições da Inspecção–Geral está sujeita a sigilo profissional.

2 – É vedado ao pessoal da Inspecção–Geral: 26 a) exercer qualquer actividade, pública ou privada, susceptível de compro-

meter a isenção exigida no exercício das suas funções, salvo casos especiais devidamente justificados e autorizados pelo Ministro, precedidos de pare-cer favorável do inspector–geral;

b) intervir em processos de inspecção, inquérito, sindicância ou processos disciplinares em que sejam visados parentes ou afins de qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha lateral.

3 – Os funcionários da Inspecção–Geral devem desempenhar com o maior escrúpulo, correcção e diligência os serviços de que estiverem incumbidos. 27

Artigo 20.º–A – Autoridade pública 28

O inspector–geral, o subinspector–geral, os inspectores e os técnicos superiores, quando afectos ao serviço de inspecção, são considerados como autoridade pública.

25 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 26 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 23 de Março. A versão originária era a seguinte: “É

vedado aos funcionários da Inspecção-Geral exercer qualquer actividade, pública ou privada, susceptível de comprometer a isenção exigida no exercício das suas funções, salvo casos especiais devidamente justificados e autorizados pelo Ministro, precedidos de parecer favorável do inspector-geral.

27 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março. 28 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março.

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CAPÍTULO IV –DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 21.º – Primeiros provimentos

1 – Os primeiros provimentos em lugares do quadro da Inspecção–Geral serão feitos, à medida das necessidades do serviço, por despacho ministerial, mediante proposta do ins-pector–geral, de entre indivíduos providos nos quadros da função pública possuidores de habilitações exigidas para o lugar a preencher e de categoria a que corresponda a mesma letra de vencimento, integrada em carreira do mesmo grupo de pessoal.

2 – Aos funcionários providos em lugares do quadro da Inspecção–Geral, nos termos deste artigo, é–lhes contado, na nova categoria, para efeitos de promoção e antiguidade na carreira, todo o tempo prestado na categoria e carreira anteriores. Artigo 22.º – Relacionamento com outras entidades

Todos os órgãos e serviços do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comuni-cações e, bem assim, os organismos autónomos e empresas total ou parcialmente tutelados pelo Ministro devem prestar à Inspecção–Geral toda a colaboração que por esta lhes seja solicitada, designadamente fornecendo elementos estatísticos, realizando estudos e prestan-do informações ou esclarecimentos relativos às suas actividades.

Artigo 22.º- A – Prestação de declarações 29

1 – A Inspecção–Geral poderá requisitar a comparência, para prestação de declarações ou depoimentos em quaisquer processos administrativos, de funcionários ou agentes do Estado, bem como de trabalhadores de organismos autónomos e de empresas total ou parcialmente tuteladas pelo Ministério.

2 – A notificação para comparência de quaisquer outras pessoas, para os efeitos referidos no número anterior e observadas as disposições aplicáveis no Código de Pro-cesso Penal, poderá ser requisitada às autoridades policiais.

3 – As declarações e depoimentos referidos no número anterior devem ser colhi-dos em locais onde existam serviços do Ministério ou, na sua inexistência, na residên-cia dos respectivos autores, ou ainda na localidade de trabalho ou actividade profis-sional do declarante ou depoente.

4 – Toda a pessoa notificada ou avisada que não compareça no dia, hora e local designados, nem justifique a falta, será punida nos termos da lei.

29 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março.

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Artigo 22.º- B – Fiscalização do resultado das acções da Inspecção–Geral 30

A Inspecção–Geral controlará a execução pelas entidades ou serviços competen-tes das medidas preconizadas nos seus relatórios, processos ou outros documentos para correcção ou reparação das irregularidades, deficiências ou outras anomalias detectadas. Artigo 23.º – Vigência

O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 1988.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de Dezembro de 1987. – Aníbal António Cavaco Silva – Miguel José Ribeiro Cadilhe – João Maria Leitão de Oliveira Mar-tins.

Promulgado em 30 de Dezembro de 1987. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 30 de Dezembro de 1987. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

30 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Março.

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Quadro de pessoal a que se refere o artigo 9.º 31

Decreto–Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro (Define o quadro do pessoal)

O Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, procede à reestruturação e revalorização

das carreiras técnica superior e técnica da função pública. Nos termos do n.º 4 do artigo 2.º desse diploma, a estrutura fixada para aquelas car-

reiras, constante dos seus mapas anexos, é aplicável, com as necessárias adaptações, às car-reiras de inspecção que se integrem nos grupos de pessoal técnico superior e técnico, medi-ante decreto–lei.

Integrando–se a carreira de inspector da Inspecção–Geral do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, cuja Lei Orgânica foi aprovada pelo Decreto–Lei

31 Vide, as alterações introduzidas pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, pelo artigo 3.º do

Decreto-Lei n.º 124/91, de 21 de Marços e pelo artigo 3.º do Decreto Regulamentar nº 13/2001, de 30 de Ju-nho.

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n.º 409/87, de 31 de Dezembro, no grupo de pessoal técnico superior, importa proceder à sua reestruturação e revalorizarão.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: Artigo 1.º – Quadro de pessoal

O quadro de pessoal a que se refere o artigo 9.º do Decreto–Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, na parte referente à carreira de inspector, é substituído pelo quadro anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante.

Artigo 2.º – Carreira de inspecção 32

Artigo 3.º – Transição de pessoal

1 – Os inspectores superiores e os inspectores–coordenadores transitam, respectiva-mente, para inspector superior principal e inspector superior.

2 – As transições a que se refere o número anterior, bem como as revalorizações das restantes categorias da carreira de inspector, estão sujeitas a anotação pelo Tribunal de Con-tas e a publicação no Diário da República. Artigo 4.º – Relevância de tempo de serviço prestado

O tempo de serviço prestado anteriormente nas categorias revalorizadas ou reclassifi-cadas pelo presente diploma releva para todos os efeitos legais, com excepção dos remune-ratórios. Artigo 5.º – Entrada em vigor

O presente diploma produz efeitos, no que se refere às reclassificações e revaloriza-ções nele estabelecidas, nos termos do artigo 15.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Ju-lho.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de Janeiro de 1989. – Aníbal Antó-nio Cavaco Silva – Miguel José Ribeiro Cadilhe – João Maria Leitão de Oliveira Martins.

Promulgado em 9 de Fevereiro de 1989. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 9 de Fevereiro de 1989. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

32 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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Quadro de pessoal a que se refere o artigo 1.º

Decreto–Lei n.º 124/91, de 21 de Março (Altera o quadro do pessoal)

O preâmbulo da Lei Orgânica da Inspecção–Geral de Obras Públicas, Transportes e

Comunicações, aprovada pelo Decreto–Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, e alterada pelo Decreto–Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, previa uma reestruturação a curto prazo, à luz da experiência inspectiva entretanto recolhida.

Volvidos dois anos e meio de actividade, ficou demonstrado que o número de efecti-vos, em termos de pessoal de inspecção, é manifestamente desajustado dos objectivos que a Inspecção–Geral se propõe alcançar.

Neste contexto, as soluções preconizadas neste diploma visam, fundamentalmente, um reforço da carreira de inspector, bem como a previsão de algumas prerrogativas deter-minantes da actuação inspectiva que possam contribuir para a eficiência e eficácia dos ser-viços.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

Artigo 1.º 33

Artigo 2.º 34

Artigo 3.º O quadro de pessoal a que se refere o artigo 9.º do Decreto–Lei n.º 409/87, de 31 de

Dezembro, e o artigo 1.º do Decreto–Lei n.º 60/89, de 23 de Fevereiro, é substituído pelo quadro anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 4.º

O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação.

33 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 34 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 7 de Fevereiro de 1991. – Aníbal An-tónio Cavaco Silva – Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza – Joaquim Martins Ferreira do Amaral.

Promulgado em 12 de Março de 1991. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 13 de Março de 1991. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

ANEXO

Quadro a que se refere o artigo 9.º do Decreto–Lei n.º 409/87, com a alteração introduzida pelo artigo 3.º

Decreto Regulamentar n.º 13/2001 – de 30 de Junho (Escalas salariais do pessoal)

Procedeu–se, através do Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro, à revisão do regime geral de carreiras da Administração Pública.

Todavia, os princípios e soluções nele contidos devem, por força do disposto no n.º 3 do artigo 17.º, ser tornados extensivos às carreiras de regime especial, estando a carreira técnica superior de inspecção da Inspecção–Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações em condições de beneficiar da aplicação dos referidos princípios e soluções.

Visa–se, assim, com o presente diploma, proceder aos ajustamentos salariais, bem como à conversão, com dotação global, da carreira inspectiva, nos termos do n.º 3 do artigo 17.º e da alínea a) do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 29.º do Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro.

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Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguin-

te: Artigo 1.º – Objecto e âmbito

As escalas salariais da carreira técnica superior de inspecção da Inspecção–Geral das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, regulada pelo Decreto–Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelos Decretos–Leis n.os 60/89, de 23 de Fe-vereiro, e 124/91, de 21 de Março, e constante do anexo n.º 7 ao Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro, são alteradas de acordo com o mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 2.º – Transição

1 – A transição para as novas escalas salariais faz–se na mesma carreira e categoria para escalão a que corresponda, na estrutura da categoria, índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado.

2 – Nos casos em que da aplicação da regra constante do número anterior resulte um impulso salarial igual ou inferior a 10 pontos, releva, para efeitos de progressão, o tempo de permanência no índice de origem.

3 – Os funcionários que tenham mudado de categoria ou escalão a partir de 1 de Ja-neiro de 1998 transitam para a nova escala salarial de acordo com a categoria e escalão de que eram titulares àquela data, sem prejuízo do reposicionamento decorrente das alterações subsequentes, de acordo com as regras aplicáveis.

4 – À transição a que se referem os números anteriores é aplicável o disposto no arti-go 21.º do Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro, no caso de na sua aplicação se verificarem situações análogas às nele previstas.

Artigo 3.º – Alteração ao quadro de pessoal

O quadro de pessoal técnico superior de inspecção da Inspecção–Geral das Obras Pú-blicas, Transportes e Comunicações considera–se automaticamente alterado de acordo com o disposto na alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 29.º do Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro, nos seguintes termos:

a) as dotações das categorias de inspector principal e de inspector são convertidas em dotação global;

b) igualmente, as dotações das categorias de inspector superior principal e de ins-pector superior são convertidas em dotação global.

Artigo 4.º – Produção de efeitos

1 – Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o presente diploma produz efei-tos reportados a 1 de Janeiro de 1998.

2 – Das transições decorrentes deste diploma não podem resultar, em 1998, impulsos salariais superiores a 15 pontos indiciários.

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3 – Nos casos em que se verifiquem impulsos salariais superiores aos referidos no nú-mero anterior, o direito à totalidade da remuneração só se adquire em 1 de Janeiro de 1999.

4 – Aos funcionários que, em 1998, adquirissem, por progressão na anterior escala sa-larial, direito a remuneração superior à que lhes é atribuída de acordo com os n.os 2 e 3 é garantida, entre o momento da progressão e 31 de Dezembro de 1998, a remuneração cor-respondente ao índice para o qual progrediram naquela escala salarial.

5 – O disposto nos números anteriores não impede a integração formal no escalão que resultar da aplicação das regras de transição.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de Maio de 2001. – António Manuel de Oliveira Guterres – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – Eduardo Luís Bar-reto Ferro Rodrigues – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 4 de Junho de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 8 de Junho de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

Decreto Regulamentar n.º 27/2002, de 8 de Abril (Define a carreira de

Inspecção da IGOTC)

Através do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, foi estabelecido o enquadramen-to e definida a estrutura das carreiras de inspecção da Administração Pública. O artigo 14.º deste diploma legal estabelece que a sua aplicação aos serviços e organismos abrangidos é feita por meio de decreto regulamentar. Encontra-se nesta situação a Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), criada pelo Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 60/89, de 23 de Fevereiro, e 124/91, de 21 de Março.

Considerando a premente necessidade de dar sequência ao regime constante do refe-rido Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, regulamenta-se no presente diploma a carreira de inspecção da IGOPTC, o respectivo conteúdo funcional e regras de transição.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim:

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Ao abrigo do disposto no artigo 14.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o se-guinte: Artigo 1.º – Objecto e âmbito

O presente diploma define e regulamenta a carreira de inspecção da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), o respectivo conteúdo funcio-nal e regras de transição. Artigo 2.º – Carreira de inspecção

A IGOPTC possui, nos termos do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, altera-do pelos Decretos-Leis n.os 60/89, de 23 de Fevereiro, e 124/91, de 21 de Março, uma car-reira de inspector superior. Artigo 3.º – Conteúdo funcional da carreira de inspector superior

Compete, genericamente, ao pessoal da carreira de inspector superior efectuar inspec-ções, inquéritos, sindicâncias, averiguações, peritagens aos órgãos, serviços e empresas que integram o Ministério do Equipamento Social ou sobre os quais o Ministro exerce compe-tências resultantes da posição accionista do Estado, bem como instruir processos disciplina-res ou executar outras tarefas que lhe sejam determinadas no âmbito das atribuições da IGOPTC, designadamente estudos, informações e pareceres técnicos nas áreas das respecti-vas especialidades. Artigo 4.º – Estágio

1 – A frequência do estágio para ingresso na carreira de inspector superior é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira.

2 – O não provimento, quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas fixado, implica a imediata cessação da comissão de serviço ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, conforme o caso, sem que tal confira o direito a qualquer indemnização.

3 – O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de nomeação dos estagiários aprovados, desde que a mesma se efective dentro do prazo de validade do concurso para admissão ao estágio.

4 – O regulamento de estágio é aprovado por despacho conjunto dos Ministros do Equipamento Social e da Reforma do Estado e da Administração Pública.

5 – Os estagiários da carreira de inspector superior são remunerados pelo índice 370, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública.

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Artigo 5.º – Transição do pessoal

A transição do pessoal do quadro integrado na carreira de inspector superior da IGOPTC faz-se para carreira, categoria e escalão iguais aos que detêm. Artigo 6.º – Produção de efeitos

1 – O presente diploma produz efeitos reportados a 1 de Julho de 2000. 2 – Aos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão a partir de 1 de

Julho de 2000 são aplicáveis as transições constantes do artigo anterior do presente diplo-ma, com efeitos a partir da data em que as mesmas ocorreram.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 31 de Janeiro de 2002. - António Ma-nuel de Oliveira Guterres - Guilherme d'Oliveira Martins - Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 14 de Março de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 21 de Março de 2002. O Primeiro-Ministro, em exercício, Jaime José Matos da Gama.

Decreto-Lei n.º 116/2002, de 20 de Abril (Altera a Lei Orgânica da IGOTC)

A Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), cria-da através do Decreto-Lei n.º 409/87, de 31 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelos Decretos-Leis n.os 60/89, de 23 de Fevereiro, e 124/91, de 21 de Março, é o serviço de inspecção do Ministério do Equipamento Social que tem por finalidade assegurar o cum-primento das leis, regulamentos, contratos, directivas e instruções ministeriais e garantir a reposição do interesse público e da legalidade violada.

Com a publicação da Lei Orgânica do Ministério do Equipamento Social, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 129/2000, de 13 de Julho, a IGOPTC passou, por força do disposto no n.º 3 e na alínea f) do n.º 4, ambos do artigo 8.º, a exercer competência fiscalizadora relati-vamente às empresas que operam no âmbito dos transportes rodoviários, competência até então exercida em exclusivo pela Direcção-Geral de Transportes Terrestres (DGTT).

A competência agora atribuída à IGOPTC poderá ser exercida quer nas instalações das respectivas empresas, quer na estrada. Sucede, por outro lado, que aquela actividade, além do seu carácter informativo e orientador, implicará, quando a lei assim o preveja, uma acção coerciva exercida através do levantamento dos respectivos autos de notícia.

Neste último caso, o levantamento dos autos de notícia será efectuado pelos inspecto-res da IGOPTC, cabendo, no entanto, à DGTT o seu processamento. Deste modo, à seme-lhança do que sucede com outras entidades fiscalizadoras, reverterão para a IGOPTC 20% do produto das coimas resultantes de autos por si levantados.

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Deste modo, há que regulamentar a competência que foi atribuída à IGOPTC pela alínea f) do n.º 4 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 129/2000, de 13 de Julho, que aprovou a Lei Orgânica do Ministério do Equipamento Social.

A presente alteração à Lei Orgânica da IGOPTC torna-se necessária, dado que impor-ta adequar a mesma à Lei Orgânica do Ministério do Equipamento Social.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

Artigo 1.º – Alterações à Lei Orgânica da Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações 35

Artigo 2.º – Aditamento de artigo à Lei Orgânica da Inspecção-Geral de Obras Pú-blicas, Transportes e Comunicações 36

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Fevereiro de 2002. – António

Manuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – Diogo Campos Barradas de Lacerda Machado – Alexandre António Cantigas Rosa.

Promulgado em 3 de Abril de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 4 de Abril de 2002. O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

35 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 36 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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INSPECÇÃO–GERAL DA DEFESA NACIONAL

Decreto–Lei n.º 72/2001, de 26 de Fevereiro (Lei Orgânica)

O Decreto–Lei n.º 133/95, de 9 de Junho, ao dotar a Inspecção–Geral das Forças

Armadas (IGFAR) de uma estrutura organizativa adequada e ao disciplinar o respectivo funcionamento em termos de lhe permitir assegurar, através do exercício da acção inspecti-va e de fiscalização, a rigorosa observância da legalidade e o controlo da correcta adminis-tração dos meios postos à disposição das Forças Armadas e dos demais organismos e servi-ços integrados no Ministério da Defesa Nacional, cumpriu os seus objectivos.

A actividade da IGFAR revestiu–se de grande importância enquanto instrumento de controlo interno e de gestão do Ministério da Defesa Nacional. Não obstante, várias razões aconselham a alteração do edifício legislativo que lhe serve de suporte.

Em primeiro lugar, a experiência entretanto adquirida nos primeiros anos de vida da IGFAR e a recente criação da carreira de inspecção superior da mesma Inspecção–Geral, medida considerada de singular relevância para uma maior operacionalidade, eficiência e eficácia da acção inspectiva deste serviço central do Ministério da Defesa Nacional, aconse-lham a realização de reajustamentos na respectiva estrutura orgânica, por forma a dotar a IGFAR de meios mais idóneos e consentâneos ao prosseguimento das actividades inspecti-vas que lhe são próprias.

Para mais, a entrada em vigor do Decreto–Lei n.º 166/98, de 25 de Junho, que institui o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, ao introduzir na nossa ordem jurídica os novos princípios de coordenação dos serviços de controlo interno de nível estratégico, sectorial e operacional, aconselha uma revisão da Lei Orgânica da IGFAR, de forma a facilitar a integração no sistema e a recepção dos referidos princípios. Esta preocu-pação surge paralelamente à necessidade de aproximar a actividade inspectiva do precei-tuado pelas normas nacionais e internacionais de auditoria e revisão, sobretudo na parte directamente aplicável ao sector público administrativo.

Finalmente, a inserção da IGFAR no nível sectorial do controlo interno – com fun-ções de verificação, acompanhamento e informação perspectivados preferencialmente sobre a avaliação do controlo operacional e sobre a adequação da inserção de cada unidade opera-tiva e respectivo sistema de gestão no plano global do Ministério da Defesa Nacional – aconselha a alteração da designação para outra mais condizente com a sua missão. Daí que a IGFAR passe a designar–se por Inspecção–Geral da Defesa Nacional.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

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CAPÍTULO I – NATUREZA

Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral da Defesa Nacional (IGDN) é um serviço central de inspecção, auditoria, fiscalização e de apoio técnico do Ministério da Defesa Nacional, dotado de au-tonomia administrativa, que funciona na directa dependência do Ministro.

Artigo 2.º – Âmbito

A actuação da IGDN abrange as Forças Armadas e os demais organismos e serviços integrados no Ministério da Defesa Nacional ou sob a superintendência ou tutela do Minis-tro da Defesa Nacional.

Artigo 3.º – Competências

1 – À IGDN compete, em geral, velar pela rigorosa observância da legalidade e contro-lar a utilização dos recursos humanos, materiais e financeiros, tendo em vista a sua eficiência, eficácia, métodos e procedimentos de gestão, bem como a salvaguarda do interesse público.

2 – No âmbito da acção inspectiva e fiscalizadora compete, em especial, à IGDN: a) verificar, de forma sistemática, o cumprimento da lei pelos organismos e servi-

ços a que se refere o artigo anterior; b) emitir parecer sobre os relatórios de actividades e contas dos organismos e ser-

viços referidos no artigo anterior; c) realizar inspecções ordinárias e utilizar métodos de auditoria com vista à regu-

lar avaliação da eficiência e eficácia dos organismos e serviços inspeccionados, de acordo com o respectivo plano de actividades;

d) realizar inspecções extraordinárias superiormente determinadas, com os objec-tivos e utilizando os métodos referidos na alínea anterior;

e) efectuar os inquéritos, sindicâncias e peritagens necessários à prossecução das respectivas competências;

f) acompanhar a resolução de faltas, deficiências e anomalias reveladas no decur-so das actividades inspectivas e de análise, até à respectiva conclusão;

g) colaborar com as inspecções–gerais de outros ministérios e, quando superior-mente acordado, com entidades estrangeiras e organismos internacionais em matérias do seu âmbito.

3 – No âmbito da acção de apoio técnico ao Ministro, compete à IGDN, em especial: a) efectuar estudos e elaborar pareceres ou relatórios informativos; b) realizar, por determinação superior, quaisquer trabalhos no âmbito das suas

competências, directamente ou mediante recurso a especialistas ou outros ser-viços do Estado que tenham como função o exercício do controlo interno;

c) elaborar, propor e difundir normas e instruções aplicáveis ao enquadramento das actividades de inspecção, definindo, nomeadamente, os respectivos crité-rios de avaliação;

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d) propor a adopção de medidas de aperfeiçoamento da administração dos meios humanos, materiais e financeiros e para o bom funcionamento dos sistemas, bem como para a resolução de eventuais deficiências.

CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 4.º – Inspector–geral

1 – A IGDN é dirigida por um inspector–geral, coadjuvado por um subinspector- -geral.

2 – O subinspector–geral é o substituto legal do inspector–geral.

Artigo 5.º – Competência do inspector–geral

1 – Ao inspector–geral compete: a) dirigir, coordenar e fiscalizar a actividade da IGDN e emitir as directivas,

ordens e instruções a que deve obedecer a actuação dos inspectores; b) representar a IGDN; c) submeter a aprovação superior o plano anual de inspecções ordinárias de admi-

nistração de meios e de análise de programas e sistemas; d) submeter a aprovação superior o plano e o relatório anual de actividades; e) propor a realização de inspecções extraordinárias, sempre que as circunstâncias

o aconselhem; f) aprovar os relatórios elaborados pelas equipas de inspecção; g) determinar o início e os prazos de duração das acções de inspecção; h) distribuir o pessoal pelos serviços da IGDN; i) requisitar aos ramos das Forças Armadas pessoal destinado à constituição de

equipas de inspecção; j) aprovar regulamentos internos no domínio das competências da IGDN.

2 – O inspector–geral pode cometer ao subinspector–geral a coordenação de domí-nios de actividade específicos, para o que delega ou subdelega as competências adequadas.

Artigo 6.º – Conselho de inspecção

1 – O inspector–geral é apoiado no exercício das suas funções por um órgão colegial, de natureza consultiva, denominado conselho de inspecção (CI).

2 – O CI tem a seguinte composição: a) o inspector–geral, que preside; b) o subinspector–geral; c) os inspectores–directores; d) o director de serviços da Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e

Apoio Técnico. 3 – Quando o inspector–geral o considere conveniente, podem tomar parte nas reu-

niões do CI, sem direito a voto, outros elementos de reconhecida competência nos assuntos a tratar.

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4 – Compete em especial ao CI dar pareceres em matéria de definição das grandes li-nhas de actuação da IGDN e, designadamente, pronunciar–se sobre o plano de inspecções e de actividades da IGDN.

Artigo 7.º – Estrutura

A IGDN compreende os seguintes serviços: a) a Inspecção de Análise de Programas e Sistemas (IAPS); b) a Inspecção da Administração dos Meios Humanos (IAMH); c) a Inspecção da Administração dos Meios Materiais (IAMM); d) a Inspecção da Administração dos Meios Financeiros (IAMF); e) a Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico (DSEPAT); f) a Divisão de Apoio Geral (DAG).

Artigo 8.º – Inspecções

1 – As inspecções são os serviços operativos responsáveis pelas actividades de ins-pecção.

2 – São competências das inspecções, designadamente: a) realizar inspecções, análises de sistemas, auditorias, inquéritos, sindicâncias ou

outras averiguações; b) elaborar estudos, informações e relatórios sobre matérias da competência da IGDN; c) colaborar na preparação e elaboração do plano anual e do relatório de activida-

des da IGDN; d) colaborar com a DSEPAT na manutenção e actualização da base de dados; e) exercer outras funções que lhe sejam atribuídas por lei ou determinadas supe-

riormente. 3 – As inspecções são dirigidas por um inspector–director, equiparado, para todos os

efeitos legais, a director de serviços.

Artigo 9.º – Competência dos inspectores–directores

1 – Aos inspectores–directores compete: a) dirigir e coordenar toda a actividade da sua inspecção; b) chefiar as equipas da respectiva inspecção e dirigir e coordenar a acção das

equipas chefiadas pelos inspectores–coordenadores; c) submeter à apreciação do inspector–geral as matérias respeitantes à sua inspec-

ção a incluir no plano e relatório anual de actividades da IGDN; d) elaborar propostas que visem melhorar o serviço da respectiva inspecção ou da

Inspecção–Geral. 2 – Cada inspector–director é coadjuvado por dois inspectores–coordenadores, equi-

parados, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão, os quais exercem as funções que lhes forem delegadas, subdelegadas ou cometidas, designadamente chefiar equipas de ins-pecção.

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Artigo 10.º – Direcção de Serviços de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico

1 – A DSEPAT assegura o apoio técnico geral à decisão do inspector–geral, assim como às actividades inspectivas da IGDN, através da realização de estudos, planos, infor-mações e propostas.

2 – A DSEPAT compreende: a) a Divisão de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico (DEPAT); b) o Núcleo de Informática (NI); c) a Secção de Apoio (SAp).

Artigo 11.º – Divisão de Estudos, Planeamento e Apoio Técnico

À DEPAT compete, designadamente: a) exercer funções de consultoria de apoio directo ao inspector–geral; b) elaborar estudos, pareceres e relatórios informativos especializados e difundir

internamente os instrumentos de apoio técnico, as normas e as directivas do seu âmbito que forem aprovadas superiormente;

c) elaborar os projectos do plano e do relatório anual de actividades da IGDN, com a colaboração dos demais serviços e órgãos;

d) elaborar estudos de situação e análise, relativos ao planeamento e à execução da actividade inspectiva da IGDN;

e) elaborar o projecto do plano anual de inspecções a realizar pela IGDN, com a colaboração dos serviços de inspecção, e prestar apoio técnico na preparação de cada uma das acções aprovadas;

f) garantir a actualização da base de dados estatística e das fichas individuais des-critivas das acções de inspecção realizadas pela IGDN;

g) estudar, analisar e tratar, no seu âmbito, a legislação e outra documentação com ela relacionada, seleccionando, designadamente, em complemento dos demais serviços, os elementos necessários para a actualização da base de dados legisla-tiva da IGDN;

h) receber, verificar e accionar os comunicados de registos de dados destinados à ali-mentação das bases de dados de apoio técnico, supervisionando, no seu âmbito, a exploração das mesmas e coordenando com o NI a sua manutenção e actualização;

i) identificar as necessidades de formação e aperfeiçoamento profissional do pes-soal da IGDN e elaborar e submeter a decisão superior o respectivo planeamen-to, bem como estudar e propor acções de apoio social para o pessoal da IGDN;

j) estudar e fornecer dados previsionais de efectivos e outros dados no âmbito do pessoal, tendo em vista a preparação do plano anual de actividades e do relató-rio de actividades, respectivamente;

l) efectuar, no seu âmbito, a análise, a selecção e a sistematização dos documen-tos de natureza técnica e promover a sua divulgação interna.

Artigo 12.º – Núcleo de Informática

1 – O NI é coordenado por técnico com formação específica na área. 2 – Compete ao NI:

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a) elaborar, com a colaboração dos outros serviços da Inspecção–Geral, o projecto do plano director de informática e o projecto do programa anual de informática da IGDN, superintendendo, tecnicamente, na sua execução;

b) assegurar as relações com o exterior necessárias ao desenvolvimento dos sis-temas de informação da IGDN;

c) elaborar estudos, informações, dar parecer e prestar apoio técnico sobre assun-tos relacionados com a informática da IGDN, designadamente sobre o desen-volvimento dos sistemas de informação, a formação de pessoal no âmbito da informática e sobre a aquisição de meios de informática necessários à IGDN;

d) desenvolver, dentro das suas capacidades, aplicações informáticas por medida necessárias à DSEPAT ou para apoio técnico às actividades de outros serviços da IGDN;

e) assegurar, em coordenação com a DEPAT, a introdução dos dados, a actualiza-ção, a manutenção e a exploração das bases de dados de apoio técnico;

f) assegurar a manutenção do arquivo informático.

Artigo 13.º – Secção de Apoio

À SAp compete prestar o apoio administrativo necessário ao funcionamento da DSE-PAT.

Artigo 14.º – Divisão de Apoio Geral

1 – A DAG é o serviço que assegura o apoio técnico e a execução das actividades de carácter administrativo necessárias ao funcionamento da IGDN.

2 – A DAG compreende: a) a Secção Administrativa (SA); b) a Secção de Pessoal (SP); c) a Secção de Expediente Geral e Arquivo (SEGA).

Artigo 15.º – Secção Administrativa

À SA compete, designadamente: a) estabelecer a articulação entre a IGDN e a Secretaria–Geral do Ministério da

Defesa Nacional; b) elaborar a proposta de orçamento anual da IGDN e controlar a execução do

mesmo; c) assegurar a administração do material da IGDN, elaborar propostas de aquisição,

distribuir o material pelos serviços e manter actualizado o respectivo inventário; d) controlar os serviços auto da IGDN e dirigir o pessoal auxiliar e motoristas,

coordenando a execução dos respectivos trabalhos; e) constituir e manter um chaveiro geral da IGDN.

Artigo 16.º – Secção de Pessoal

À SP compete, designadamente:

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a) assegurar a organização do cadastro, mantendo actualizados os processos indi-viduais relativos ao pessoal da IGDN;

b) realizar o registo e controlo da assiduidade do pessoal da IGDN; c) efectuar o expediente necessário à inscrição, actualização e alterações do pessoal na

CGA, ADSE, Serviços Sociais e outros necessários às actividades do seu âmbito; d) instruir os procedimentos administrativos relativos à gestão, selecção, recruta-

mento, provimento, admissão, promoção, aposentação, cessação de funções e acções de mobilidade do pessoal da IGDN;

e) promover as acções necessárias ao procedimento de classificação do pessoal civil e de notação dos militares que prestam serviço na IGDN;

f) assegurar os procedimentos relativos à administração do pessoal militar em di-ligência na IGDN, em articulação com os respectivos ramos;

g) organizar e gerir o arquivo próprio da secção.

Artigo 17.º – Secção de Expediente Geral e Arquivo

À SEGA compete, designadamente: a) tratar de todo o expediente relacionado com a recepção, expedição e distribui-

ção interna da correspondência da IGDN; b) assegurar a realização de acções de apoio administrativo e reprografia de do-

cumentos quando solicitados por entidades ou serviços competentes; c) receber o pessoal que seja colocado definitiva ou temporariamente na IGDN,

encaminhando–o, posteriormente, para os serviços respectivos e elaborar as guias de marcha e os boletins de itinerário do pessoal quando em serviço no exterior;

d) elaborar a ordem de serviço da IGDN; e) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral e do arquivo morto da

IGDN, salvo no que respeita ao arquivo informático.

CAPÍTULO III – FUNCIONAMENTO

Artigo 18.º – Poderes instrutórios

Os dirigentes e o pessoal de inspecção da IGDN, quando em serviço e sempre que necessário ao desempenho das suas funções, gozam, para além de outros previstos na lei geral, dos seguintes poderes:

a) ter livre acesso a todos os órgãos, serviços, unidades ou estabelecimentos em que tenham de exercer as suas funções;

b) utilizar nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos responsáveis, insta-lações adequadas ao exercício, em condições de dignidade e eficácia, das res-pectivas funções;

c) obter, para auxílio dos trabalhos a desenvolver, nos locais onde decorra a sua acção, a cedência de material e equipamento, bem como a colaboração do pes-soal do respectivo quadro;

d) requisitar ou reproduzir para consulta ou junção aos autos quaisquer processos ou documentos;

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e) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis e requisitar, quando isso se mostre indispensável e lavrando auto, quaisquer ob-jectos de prova;

f) corresponder–se, quando em serviço fora da sede, com quaisquer entidades pú-blicas ou privadas, bem como quaisquer pessoas singulares ou colectivas, para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas funções;

g) participar superiormente a recusa de quaisquer informações ou elementos soli-citados, bem como a falta injustificada de colaboração.

Artigo 19.º – Recolha de informações

1 – A IGDN mantém–se permanentemente informada sobre a forma como é exercida a administração dos meios cujo controlo lhe compete assegurar.

2 – A IGDN pode solicitar e recolher relatórios, informações, esclarecimentos ou depoimentos que repute necessários para o apuramento de matérias que se inscrevam nas suas competências, dirigindo–se directamente aos organismos e serviços referidos no pre-sente diploma, assim como a qualquer outra pessoa, singular ou colectiva.

3 – No âmbito do Ministério da Defesa Nacional, os pedidos de informação respeitan-tes às Forças Armadas e aos demais serviços e entidades referidos no artigo 2.º são solicita-dos, conforme os casos, aos gabinetes dos Chefes de Estado–Maior ou aos dirigentes má-ximos do serviço ou entidade em causa.

Artigo 20.º – Princípios de actuação

1 – As inspecções podem ser realizadas com o concurso de um ou mais serviços de inspecção.

2 – As inspecções são planeadas e executadas de acordo com os princípios da sufi- ciência, da complementaridade e da relevância, nos termos do Decreto–Lei n.º 166/98, de 25 de Junho. Artigo 21.º – Competência para ordenar as inspecções

As inspecções ordinárias são ordenadas pelo inspector–geral, em conformidade com o plano anual de inspecções, cabendo ao Ministro ordenar a realização de inspecções extraordinárias. Artigo 22.º – Exercício da acção inspectiva

1 – A acção inspectiva é exercida pelas equipas de inspecção ou por inspectores. 2 – As equipas de inspecção são constituídas pelo pessoal que integra os serviços de

inspecção competentes em razão da matéria, coadjuvado por elementos da DSEPAT, ou ainda por pessoal requisitado para o efeito às Forças Armadas ou a outros organismos e serviços do Estado, designadamente de carácter inspectivo ou de investigação.

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Artigo 23.º – Funcionamento das equipas de inspecção

1 – A constituição das equipas de inspecção é proposta pelos inspectores–directores ao inspector–geral.

2 – Quando nas acções inspectivas esteja envolvido mais de um serviço de inspecção, incumbe ao inspector–geral decidir a quem pertence a chefia da equipa de inspecção. Artigo 24.º – Plano de inspecções

1 – O plano anual de inspecções programa as inspecções ordinárias a realizar nesse ano.

2 – Até ao final do mês de Setembro, é elaborado pela IGDN o plano anual de ins-pecções para o ano seguinte, a submeter a aprovação do Ministro.

3 – Para efeitos de coordenação com o plano de actividades, os serviços de inspecção dos ramos devem informar, até Junho de cada ano, as actividades a realizar no ano civil imediato. Artigo 25.º – Análises de programas e sistemas

1 – As análises de programas e sistemas destinam–se a fiscalizar e avaliar a eficiên-cia, a eficácia e a estrutura de programas e de sistemas funcionais específicos, bem como a verificar o cumprimento das obrigações legais e as emergentes de normas e determinações superiores.

2 – Podem, designadamente, ser objecto de inspecções de análise de programas e sis-temas os seguintes:

a) execução das leis de programação militar; b) sistemas sanitários; c) sistemas logísticos; d) sistemas de alimentação do pessoal; e) sistemas de inspecção e recrutamento de pessoal; f) sistemas de convocação e mobilização; g) sistemas de instrução; h) sistemas informáticos; i) análise de funções; j) sistema de admissão de pessoal por concurso público.

Artigo 26.º – Relatório

1 – As acções de inspecção são objecto de relatório, de modelo a aprovar pelo inspec-tor–geral, dele devendo constar, obrigatoriamente:

a) as diligências instrutórias efectuadas; b) as irregularidades, deficiências ou anomalias encontradas, a respectiva qualifi-

cação jurídica e os elementos de prova produzidos; c) as providências concretas que se entenda deverem ser adoptadas.

2 – A elaboração do relatório é da responsabilidade do inspector–director ou inspec-tor–coordenador que chefiou a acção inspectiva.

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3 – O relatório é presente ao inspector–geral, que sobre o mesmo emite despacho, elaborando um parecer, que, juntamente com o relatório, é enviado ao Ministro. Artigo 27.º – Realização de inspecções da Inspecção–Geral da Defesa Nacional

através dos ramos

1 – A IGDN, nas suas acções de inspecção junto dos ramos das Forças Armadas, pode solicitar ao ramo, com ou sem participação de elementos permanentes da IGDN na equipa de inspecção, a realização de inspecção a uma das suas unidades, estabelecimentos, órgãos ou serviços, numa área ou áreas da competência da IGDN e em proveito desta.

2 – As inspecções realizadas nos termos do número anterior são objecto de relatório elaborado nos termos previstos neste diploma. Artigo 28.º – Requisição de pessoal militar

1 – O plano de requisição de pessoal das Forças Armadas destinado à constituição de equipas de inspecção é elaborado pelo inspector–geral e dirigido aos chefes de estado- -maior dos ramos, até ao final de cada ano, para vigorar no ano seguinte.

2 – No plano referido no número anterior deve constar o número de inspecções ordi-nárias a realizar e, sempre que possível, a respectiva duração, a fim de que os ramos e os diversos serviços possam atempadamente fazer o planeamento.

3 – Todos os elementos constantes do plano são confirmados pela IGDN, directamen-te aos serviços a que pertencem os militares designados, caso a caso e com pelo menos 30 dias de antecedência relativamente à data prevista para a primeira apresentação.

4 – Os militares requisitados ficam apresentados na IGDN durante o tempo necessá-rio à preparação e realização das inspecções, bem como à elaboração dos relatórios, se tal for julgado necessário. Artigo 29.º – Plano e relatório de actividades da IGDN

1 – Até final de Outubro de cada ano, a IGDN elabora, nos termos da legislação em vigor, o plano de actividades, que é submetido a aprovação do Ministro.

2 – O plano de actividades, contendo as grandes linhas de acção a prosseguir e os ob-jectivos principais a atingir, integra os programas das inspecções a realizar e de obtenção de recursos necessários à execução das actividades planeadas, incluindo, nomeadamente, os projectos relacionados com o recrutamento e a formação de pessoal, com a aquisição, ma-nutenção e conservação de bens duradouros, com o apoio técnico à actividade inspectiva e com o desenvolvimento dos sistemas informáticos da IGDN.

3 – O plano de actividades fundamenta a proposta orçamental e de satisfação de outras necessidades da IGDN a apresentar na fase de preparação do Orçamento do Estado e é corrigido em função da atribuição de recursos que for aprovada.

4 – Até 31 de Março de cada ano, a IGDN elabora, nos termos da legislação em vi-gor, o relatório de actividades, que é submetido a aprovação do Ministro.

5 – O relatório de actividades deve apreciar os resultados de toda a actividade da IGDN, extraindo dos respectivos relatórios, elaborados pelas equipas de inspecção, os ele-

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mentos que, pela sua importância, mereçam ser objecto de tratamento específico pelas enti-dades competentes ou de particular atenção a nível superior. CAPÍTULO IV – PESSOAL

Artigo 30.º – Quadro de pessoal

1 – O quadro de pessoal dirigente é o constante do mapa em anexo, que faz parte in-tegrante do presente diploma.

2 – O quadro de pessoal da IGDN é aprovado por portaria conjunta dos Ministros da Defesa Nacional, das Finanças e da Reforma do Estado e da Administração Pública. Artigo 31.º – Recrutamento de inspectores–directores e inspectores–coordenadores

Os inspectores–directores e os inspectores–coordenadores são nomeados, precedendo concurso público nos termos da Lei n.º 49/99, de 22 de Junho, entre:

a) os oficiais superiores das Forças Armadas com, pelo menos, seis anos na cate-goria de oficial superior, desde que possuidores de licenciatura;

b) os inspectores superiores principais e os inspectores superiores da carreira de inspecção superior da defesa nacional.

Artigo 32.º – Regime de pessoal

1 – O regime do pessoal civil é o constante das leis gerais da função pública. 2 – O regime do pessoal militar é, além do que decorre da legislação específica que

lhe é aplicável, o definido no Decreto–Lei n.º 47/93, de 26 de Fevereiro, e nas leis gerais da função pública que lhe sejam aplicáveis. Artigo 33.º – Cartão de identificação e livre trânsito

O pessoal dirigente e de inspecção tem direito ao uso de cartão de identidade e livre trânsito, de modelo aprovado por portaria do Ministro. Artigo 34.º – Sigilo profissional e incompatibilidades

1 – Toda a actividade desenvolvida no âmbito das competências da IGDN está sujeita a rigoroso sigilo profissional, nos termos dos artigos 10.º e 11.º da Lei n.º 6/94, de 7 de Abril.

2 – É vedado aos inspectores da IGDN o exercício de qualquer actividade pública ou privada susceptível de comprometer a isenção exigida no exercício das suas funções, nos termos do Decreto–Lei n.º 413/93, de 23 de Dezembro.

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CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 35.º – Pessoal dirigente

As comissões de serviço do pessoal dirigente não são afectadas pela entrada em vigor do presente diploma. Artigo 36.º – Transição para o quadro da Inspecção–Geral da Defesa Nacional

O pessoal do quadro da extinta Inspecção–Geral das Forças Armadas transita para o quadro de pessoal referido no n.º 2 do artigo 30.º do presente diploma. Artigo 37.º – Pessoal a exercer funções noutros serviços e organismos

O pessoal do quadro da extinta Inspecção–Geral das Forças Armadas que se encontre destacado ou requisitado noutros serviços e organismos mantém–se nessa situação até ao termo do prazo autorizado, salvo se, dentro de 30 dias a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, o inspector–geral determinar o regresso à IGDN, tendo este lugar nos 60 dias subsequentes ao despacho. Artigo 38.º – Concursos

Os concursos a decorrer à data da aprovação do quadro de pessoal a que se refere o n.º 2 do artigo 30.º do presente diploma permanecem válidos até ao limite das vagas e dos prazos fixados nos avisos de abertura, operando–se os respectivos provimentos em lugares vagos do referido quadro de pessoal. Artigo 39.º – Reclassificação e reconversão profissionais

O pessoal na situação de comissão de serviço extraordinária ao abrigo do Decreto- -Lei n.º 497/99, de 19 de Novembro, verificadas as condições legais de provimento é nomeado nos correspondentes lugares das carreiras integrantes do referido quadro de pes-soal. Artigo 40.º – Disposição revogatória

É revogado o Decreto–Lei n.º 133/95, de 9 de Junho. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Dezembro de 2000. – António

Manuel de Oliveira Guterres – Júlio de Lemos de Castro Caldas – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 9 de Fevereiro de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 15 de Fevereiro de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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Decreto Regulamentar n.º 39/2002, de 12 de Junho (Carreiras e esca-las salariais)

Pelo Decreto-Lei n.º 72/2001, de 26 de Fevereiro, foi aprovada a Lei Orgânica da Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN), serviço central de inspecção, auditoria, fisca-lização e apoio técnico ao Ministério da Defesa Nacional (MDN), ao qual compete velar pela rigorosa observância da legalidade e controlar a utilização dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à disposição das Forças Armadas e dos demais organis-mos e serviços centrais do MDN ou sob a superintendência ou tutela do Ministro da Defesa Nacional.

O Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, veio estabelecer os princípios gerais enquadradores das carreiras de inspecção da Administração Pública, determinando, no seu artigo 14.º, que a aplicação a cada caso concreto seja feita por decreto regulamentar.

Dispondo a IGDN de uma carreira de inspecção superior, criada pelo Decreto-Lei n.º 207/98, de 14 de Julho, torna-se, pois, necessário proceder à sua adaptação aos princípios enquadradores definidos naquele diploma, designadamente no que respeita à carreira a pre-ver, aos respectivos conteúdos funcionais e às regras próprias de transição.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de

Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º – Objecto

O presente diploma aplica à Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) o regime estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril.

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Artigo 2.º – Carreira de inspector superior

1 – A IGDN dispõe da carreira de inspector superior, de regime especial, que integra as categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e ins-pector.

2 – O ingresso na carreira de inspector superior é feito para a categoria de inspector, de entre indivíduos com licenciatura a definir no respectivo aviso de abertura do concurso, em função das necessidades e prioridades da IGDN e aprovados em estágio com classifica-ção não inferior a Bom (14 valores).

3 – O recrutamento para as categorias de acesso é feito nos termos do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 3.º – Estágio

1 – A frequência de estágio para ingresso na carreira de inspector superior é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso dos indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira.

2 – O não provimento quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, conforme o caso, sem que tal confira o direito a qualquer indemnização.

3 – O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de nomeação dos estagiários aprovados, desde que a mesma se efective dentro do prazo de validade do con-curso para admissão ao estágio.

4 – O regulamento de estágio é aprovado por despacho conjunto dos Ministros da Defesa Nacional e da Reforma do Estado e da Administração Pública.

5 – Os estagiários da carreira de inspector superior são remunerados pelo índice 370, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública. Artigo 4.º – Conteúdo funcional da carreira

Aos inspectores superiores compete: a) planear e coordenar a execução de acções inspectivas; b) executar acções inspectivas de investigação, auditoria, análise de sistemas,

inquéritos, sindicâncias ou outras averiguações no âmbito das competências atribuídas à IGDN;

c) elaborar estudos, relatórios e pareceres e conceber programas de acções inspec-tivas;

d) estudar, conceber, adoptar ou implementar métodos e processos técnico-científicos, de âmbito geral ou especializado, que visem a melhoria do funcio-namento e a eficácia dos serviços de inspecção.

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Artigo 5.º – Quadro de pessoal

O quadro de pessoal da carreira de inspector superior é de dotação global e é aprova-do por portaria conjunta dos Ministros das Finanças, da Defesa Nacional e da Reforma do Estado e da Administração Pública. Artigo 6.º – Regra de transição

O pessoal da carreira de inspector superior especificada no Decreto-Lei n.º 207/98, de 14 de Julho, transita para igual categoria e escalão da carreira prevista no presente diploma. Artigo 7.º – Produção de efeitos

1 – A transição para a nova carreira nos termos do presente diploma e o correspon-dente abono do suplemento de função inspectiva produzem efeitos reportados a 1 de Julho de 2000.

2 – Aos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão a partir de 1 de Julho de 2000 são aplicáveis as transições constantes do artigo anterior, com efeitos a partir da data em que as mesmas ocorreram. Artigo 8.º – Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de Março de 2002. – António Manuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – Rui Eduardo Ferreira Rodrigues Pena – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 14 de Maio de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 16 de Maio de 2002. O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.

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INSPECÇÃO–GERAL DA FORÇA AÉREA

Decreto Regulamentar n.º 54/94, de 3 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços)

O Decreto–Lei n.º 51/93, de 26 de Fevereiro, Lei Orgânica da Força Aérea, prevê na estrutura do ramo a Inspecção–Geral da Força Aérea como o órgão que, na dependência do Chefe do Estado–Maior, lhe presta apoio no exercício da função controlo.

Aquele diploma determina que as atribuições, competências e organização dos órgãos e serviços que constituem a Força Aérea são estabelecidos por decreto regulamentar.

Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 35.º do Decreto–Lei n.º 51/93, de 26 de

Fevereiro, e nos termos da alínea c) do artigo 202.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

CAPÍTULO I – NATUREZA

Artigo 1.º – Natureza

1 – A Inspecção–Geral da Força Aérea (IGFA) é o órgão de apoio do Chefe do Esta-do–Maior da Força Aérea (CEMFA) para o exercício da função controlo e tem por missão:

a) garantir o funcionamento eficaz do sistema de inspecção da Força Aérea; b) apresentar superiormente os resultados das inspecções realizadas, com vista a

um melhor conhecimento dos processos, métodos e resultados das actividades da Força Aérea e suas limitações no cumprimento da sua missão, bem como promover a correcção dos factores limitativos.

2 – Constitui ainda missão da IGFA a superintendência técnica na área da prevenção de acidentes.

Artigo 2.º – Competências

À IGFA compete: a) programar e coordenar as actividades de inspecção na Força Aérea; b) realizar, de acordo com os padrões adequados ao escalão em que se situa, os

estudos, análises e inspecções necessárias à avaliação do cumprimento das leis e regulamentos em vigor, eficácia, pertinência e eficiência da acção da Força Aérea em todas as suas actividades;

c) realizar as inspecções necessárias à avaliação do funcionamento do próprio sis-tema de inspecções;

d) coordenar as actividades de inspecção programadas por si, pelos comandos funcionais e outros órgãos, por forma a obter o melhor rendimento do sistema;

e) elaborar os relatórios das inspecções por si realizadas, apreciar os relatórios das inspecções executadas pelos comandos funcionais e outros órgãos, acompanhar as acções correctivas tomadas e pronunciar–se sobre a sua eficácia;

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f) informar o CEMFA sobre o resultado de todas as inspecções, aconselhando–o sobre a resolução das deficiências mais pertinentes que afectem a eficiência da Força Aérea;

g) propor e acompanhar os planos anuais de prevenção de acidentes; h) superintender tecnicamente nas áreas de prevenção de acidentes e de combate a

incêndios; i) realizar as inspecções e investigações específicas determinadas pelo CEMFA; j) estabelecer ligações com a Inspecção–Geral das Forças Armadas, as estruturas

de inspecção dos outros ramos das Forças Armadas Portuguesas e de forças armadas estrangeiras com vista à recolha e permuta de elementos informativos de valia técnica que possam contribuir para o aperfeiçoamento do sistema de inspecção da Força Aérea;

l) realizar as acções necessárias ao funcionamento do sistema de auditoria do pes-soal da Força Aérea.

Artigo 3.º – Estrutura

1 – A IGFA compreende: a) o inspector–geral, ao qual incumbe superintender em todas as actividades da

inspecção; b) o Gabinete de Prevenção de Acidentes, ao qual incumbe exercer, no seu âmbi-

to, as competências previstas nas alíneas b), c), e), g), h) e i) do artigo anterior; c) a Inspecção de Pessoal, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competên-

cias previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes a pessoal; d) a Inspecção de Segurança Militar e Informações, à qual incumbe exercer, no

seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo ante-rior referentes a segurança militar e informações;

e) a Inspecção de Operações, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as compe-tências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes à área operacional;

f) a Inspecção de Logística, à qual incumbe exercer, no seu âmbito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes à área logística;

g) a Inspecção de Administração Financeira, à qual incumbe exercer, no seu âm-bito, as competências previstas nas alíneas b), c), e) e i) do artigo anterior referentes à administração financeira.

2 – A IGFA é dirigida por um general piloto aviador, designado por inspector–geral da Força Aérea, o qual se segue, em hierarquia, imediatamente ao Vice–Chefe do Estado–Maior da Força Aérea (VCEMFA). Presidência do Conselho de Ministros, 4 de Abril de 1994. Aníbal António Cavaco Silva – Joaquim Fernando Nogueira – Eduardo de Almeida Catroga.

Promulgado em 27 de Julho de 1994. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 29 de Julho de 1994. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

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INSPECÇÃO–GERAL DO EXÉRCITO

Decreto Regulamentar n.º 46/94, de 2 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços)

No contexto da reorganização do Exército, a Inspecção–Geral do Exército (IGE) é o

órgão de inspecção que visa apoiar o Chefe do Estado–Maior do Exército (CEME) no exer-cício das funções de controlo e avaliação.

A reformulação operada na IGE norteou–se pela racionalização, redução e economia de meios, observando uma simplificação da sua estrutura.

Dispõe o artigo 30.º do Decreto–Lei n.º 50/93, de 26 de Fevereiro, que as atribuições, competências e organização dos órgãos e serviços que constituem o Exército são estabele-cidas por decreto regulamentar.

Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 30.º do Decreto–Lei n.º 50/93, de 26 de

Fevereiro, e nos termos da alínea c) do artigo 202.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral do Exército (IGE) é o órgão de apoio técnico do Chefe do Esta-do–Maior do Exército (CEME) no exercício das suas funções de controlo e avaliação. Artigo 2.º – Competências

À IGE compete, em especial: a) fiscalizar, no âmbito do Exército, o cumprimento das disposições legais em vi-

gor e das determinações do CEME; b) avaliar o grau de eficácia geral das unidades, estabelecimentos e órgãos do

Exército; c) realizar inspecções ordinárias ou extraordinárias, que poderão ser gerais, ope-

racionais, de programas e sistemas, técnicas, de natureza económico- -financeira, administrativas, logísticas ou de instrução.

Artigo 3.º – Estrutura

1 – A IGE compreende: a) o inspector–geral e o respectivo Gabinete; b) os inspectores–adjuntos.

2 – O inspector–geral é um general, o qual se segue em hierarquia imediatamente ao Vice–Chefe do Estado–Maior do Exército.

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3 – Mediante autorização do CEME, poderão ser designados, temporariamente, ins-pectores–adjuntos do inspector–geral os oficiais que, pelas suas qualificações técnicas, sejam necessários às inspecções e avaliações a realizar.

Artigo 4.º – Gabinete do Inspector–Geral

1 – O Gabinete do Inspector–Geral é o órgão de apoio directo e pessoal do inspector- -geral e colabora na optimização do emprego dos meios atribuídos à Inspecção–Geral do Exército.

2 – O Gabinete compreende: a) o chefe do Gabinete; b) dois adjuntos; c) a Secção de Expediente e Arquivo, à qual incumbe prestar apoio administrativo

ao Gabinete. Presidência do Conselho de Ministros, 4 de Abril de 1994. Aníbal António Cavaco Silva – Joaquim Fernando Nogueira – Eduardo de Almeida Ca-troga.

Promulgado em 27 de Julho de 1994. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 29 de Julho de 1994. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

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SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS FINANCEIROS DA MARINHA

Decreto Regulamentar n.º 24/94, de 1 de Setembro (Estabelece as atribuições, competência e organização dos serviços)

O presente diploma visa estabelecer as competências e fixar o processo de atribui-

ções, funcionamento e a estrutura orgânica da Superintendência dos Serviços Financeiros, nos termos do disposto no Decreto–Lei n.º 49/93, de 26 de Fevereiro, que aprovou a Lei Orgânica da Marinha.

Entre as alterações mais significativas, do ponto de vista orgânico, sublinhadas no preâmbulo daquele diploma, salientava–se, quanto à Superintendência dos Serviços Finan-ceiros, a absorção das competências da Comissão Liquidatária de Responsabilidades e do Conselho Administrativo da Administração Central da Marinha, que foram extintos.

Em consequência da nova solução orgânica encontrada para a Direcção de Análise e Métodos de Apoio à Gestão, situação já prevista no preâmbulo do Decreto–Lei n.º 384/79, de 19 de Setembro, que reestruturou a Superintendência dos Serviços Financeiros, deixa este órgão de deter as competências relativas à informática da Marinha.

Por outro lado, tendo em vista os desenvolvimentos mais recentes que têm marcado, na actualidade, a concepção e administração das organizações, aproveita–se a oportunidade para melhor caracterizar, à luz de alguns desses conceitos, as competências da Superinten-dência dos Serviços Financeiros.

Paralelamente, no contexto da reforma que em idêntico âmbito se processa na Admi-nistração Pública e em resultado de alteração legislativa que se encontra em curso relativa-mente a alguns dos órgãos do sistema de administração financeira da Marinha, perspecti-vam–se novas formas de planeamento, direcção, coordenação e controlo, assentes numa visão prospectiva na concepção e normalização de sistemas de suporte à decisão financeira, apoiados em novas tecnologias de informação.

Ainda neste âmbito, e tendo em vista um eficaz apoio aos diversos órgãos da Marinha no sentido de garantir a obtenção dos melhores padrões de economia, eficiência e eficácia, reformulam–se as estruturas e competências no domínio das acções de controlo interno, visando a optimização da aplicação dos recursos financeiros.

Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 36.º do Decreto–Lei n.º 49/93, de 26 de

Fevereiro, e nos termos da alínea c) do artigo 202.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA

Artigo 1.º – Natureza

1 – A Superintendência dos Serviços Financeiros (SSF) é um órgão central de admi-nistração e direcção, ao qual incumbe assegurar as actividades da Marinha no domínio dos

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recursos financeiros, sem prejuízo das competências específicas de outras entidades no mesmo âmbito.

2 – A Superintendência dos Serviços Financeiros situa–se na directa dependência do Chefe do Estado–Maior da Armada (CEMA). Artigo 2.º – Competências

À SSF compete: a) propor superiormente as políticas de gestão de recursos financeiros e assegurar

a sua execução; b) assegurar a definição de normas de natureza especializada relativas à activida-

de dos conselhos administrativos e dos órgãos e serviços financeiros da Mari-nha;

c) assegurar a concepção, desenvolvimento e manutenção do sistema integrado de informação financeira;

d) analisar os planos, programas e projectos que, pela sua natureza ou dimensão, requeiram avaliação especializada de âmbito económico e financeiro;

e) elaborar os planos financeiros globais e apoiar no âmbito técnico a elaboração dos planos financeiros sectoriais da Marinha e correspondentes orçamentos;

f) definir e promover a normalização dos sistemas contabilísticos e orçamentais no âmbito da Marinha e propor as instruções necessárias à respectiva utilização e manutenção;

g) propor a actualização da legislação e regulamentação de administração finan-ceira e patrimonial da Marinha;

h) assegurar o controlo interno no âmbito patrimonial e da gestão orçamental, designadamente através da execução de acções de auditoria e inspecção espe-cializada aos órgãos da Marinha ou às estruturas orgânicas na dependência de outras entidades cuja competência seja delegada no CEMA;

i) assegurar a execução das acções e procedimentos relativos aos recursos finan-ceiros colocados sob a gestão directa da SSF;

j) assegurar a execução das acções e procedimentos, no âmbito financeiro e pa-trimonial, relativos aos órgãos da Marinha sob sua responsabilidade;

l) participar nos órgãos de fiscalização interna dos serviços da Marinha dotados de autonomia administrativa e financeira, nos termos da lei;

m) assegurar a representação, de natureza funcional, dos órgãos de administração financeira da Marinha, nomeadamente os conselhos administrativos, perante o Tribunal de Contas;

n) elaborar directivas, planos, estudos, propostas, informações e pareceres relati-vos à sua área de responsabilidades mantendo para o efeito uma estreita ligação com os restantes órgãos da Marinha, designadamente com o Estado–Maior da Armada.

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CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 3.º – Estrutura orgânica

A SSF compreende: a) o superintendente e o respectivo Gabinete; b) a Direcção de Administração Financeira; c) a Direcção do Apuramento de Responsabilidades; d) a Chefia do Serviço de Apoio Administrativo.

Artigo 4.º – Superintendente dos Serviços Financeiros

1 – Ao superintendente dos Serviços Financeiros compete: a) planear, organizar, dirigir e controlar as actividades da SSF; b) apoiar o CEMA em matéria de planeamento e gestão global da Marinha nos

domínios económico e financeiro; c) estabelecer procedimentos relativos à gestão dos recursos financeiros; d) colaborar nos estudos de projecto de alteração dos diplomas legais e demais

normas em vigor em matérias da sua competência; e) assegurar o controlo centralizado da gestão orçamental da Marinha; f) inspeccionar os órgãos da Marinha, no âmbito da autoridade técnica de que dis-

põe. 2 – O superintendente dos Serviços Financeiros é um contra–almirante e dispõe de

autoridade técnica sobre todos os órgãos da Marinha no domínio dos recursos financeiros.

Artigo 5.º – Gabinete do Superintendente

1 – O Gabinete do Superintendente é um órgão de assessoria e apoio do superinten-dente dos Serviços Financeiros, competindo–lhe:

a) prestar assessoria jurídica e emitir pareceres sobre assuntos de contencioso administrativo–financeiro;

b) colaborar na elaboração dos planos de actividades da Marinha, analisando–os do ponto de vista económico e financeiro;

c) colaborar no estudo dos projectos de diplomas que tenham implicações de natureza económica e financeira;

d) estudar e propor a uniformização dos métodos e procedimentos relativos às ac-tividades dos conselhos administrativos;

e) estudar e promover, em colaboração com os restantes órgãos e serviços da SSF, as soluções visando a actualização dos normativos e publicações relativos à administração financeira e patrimonial da Marinha, assegurar a manutenção das bases de dados associadas e promover a respectiva distribuição;

f) conceber e gerir o sistema integrado de informação financeira; g) elaborar e propor o planeamento integrado das actividades da SSF e elaborar o

plano e relatório anuais de actividades; h) apoiar e coordenar a acção dos organismos da SSF em matéria de planeamento,

organização e contencioso;

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i) proceder à recolha, tratamento e divulgação interna de documentação científica e técnica de interesse para a SSF.

2 – No Gabinete do Superintendente e na dependência do chefe do Gabinete funcio-nam:

a) o Centro de Informática de Gestão Financeira, ao qual compete assegurar a gestão do sistema integrado de informação financeira e coordenar as activida-des e utilização dos meios da SSF no âmbito da informática;

b) a Secretaria da SSF, à qual compete assegurar o expediente e arquivo da SSF, sem prejuízo do disposto no artigo 13.º, e executar as tarefas de natureza admi-nistrativa inerentes à gestão do pessoal em serviço na SSF.

3 – O cargo de chefe do Centro de Informática de Gestão Financeira pode ser desem-penhado em regime de acumulação com outras funções nos órgãos da SSF. Artigo 6.º – Direcção de Administração Financeira

À Direcção de Administração Financeira (DAF) compete: a) elaborar os planos financeiros globais e apoiar no âmbito técnico a elaboração

dos planos financeiros sectoriais da Marinha e correspondentes orçamentos; b) assegurar a elaboração da proposta orçamental da Marinha e efectuar o contro-

lo centralizado da gestão dos orçamentos aprovados; c) organizar e analisar as estatísticas relacionadas com o planeamento, a progra-

mação e a execução dos sucessivos orçamentos; d) estudar, definir e promover a normalização e implantação dos sistemas contabi-

lísticos e orçamentais, no âmbito da Marinha, e propor as instruções necessá-rias ao seu funcionamento e manutenção;

e) promover o aperfeiçoamento dos métodos de gestão administrativo–financeira; f) obter, compilar, tratar e arquivar a informação de natureza financeira e contabi-

lística, no âmbito da Marinha; g) proceder à avaliação sistemática da situação económica, patrimonial e financei-

ra, a nível da Marinha; h) estudar e propor instruções, programas de trabalho e outros instrumentos de

apoio técnico que no seu âmbito respeitem à execução da legislação e à actua-lização da regulamentação relativa à administração financeira e patrimonial da Marinha, nomeadamente as relativas a concursos e contratação de bens e servi-ços;

i) proceder, quando solicitado ou determinado superiormente, à análise económi-ca e financeira dos actos de execução orçamental na fase do seu processamento prévio.

Artigo 7.º – Estrutura

A DAF compreende: a) o director, ao qual compete planear, organizar, dirigir e controlar as actividades

da DAF; b) a Divisão de Planeamento Financeiro e Controlo Orçamental, que exerce as

competências mencionadas nas alíneas a) a c) do artigo anterior;

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c) a Divisão de Contabilidade Financeira e de Gestão, que exerce as competências mencionadas nas alíneas d) a g) do artigo anterior;

d) a Divisão de Normas e Contratação, que exerce as competências mencionadas nas alíneas h) e i) do artigo anterior.

Artigo 8.º – Direcção do Apuramento de Responsabilidades

À Direcção do Apuramento de Responsabilidades (DAR) compete: a) analisar, do ponto de vista jurídico e económico, os actos de administração fi-

nanceira e apurar as inerentes responsabilidades; b) executar acções de controlo interno, designadamente de auditoria financeira,

aos órgãos da Marinha, bem como às estruturas orgânicas na dependência de outras entidades que estejam colocadas na dependência do CEMA, através da análise das contas e da situação financeira e patrimonial, bem como da respec-tiva legalidade e regularidade;

c) assegurar a organização das contas anuais de gerência dos diversos conselhos administrativos e assumir a sua representação, em termos funcionais, junto do Tribunal de Contas;

d) estudar e propor as instruções, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico que no seu âmbito respeitem à execução da legislação e à actua-lização permanente da regulamentação relativa à administração financeira e pa-trimonial da Marinha;

e) elaborar estudos e pareceres relativos à avaliação, do ponto de vista económico e financeiro, dos custos e despesas de actividade e funcionamento dos órgãos da Marinha e das acções de investimento realizadas;

f) executar no local, por determinação superior, as inspecções de natureza espe-cializada aos sistemas de controlo financeiro e patrimonial interno dos órgãos da Marinha e aos actos de administração financeira e patrimonial;

g) participar nos órgãos de fiscalização interna dos serviços e organismos da Marinha dotados de autonomia administrativa e financeira.

Artigo 9.º – Estrutura

1 – A DAR compreende: a) o director, ao qual compete planear, organizar, dirigir e controlar a actividade

da DAR; b) o Conselho de Auditoria e Inspecção; c) a Divisão de Auditoria Financeira e Patrimonial, que exerce as competências

mencionadas nas alíneas a) a d) do artigo anterior; d) a Divisão de Controlo Económico e Financeiro, que exerce a competência

mencionada na alínea e) do artigo anterior; e) a Divisão de Inspecções Financeiras e Patrimoniais, que exerce as competên-

cias mencionadas nas alíneas f) a g) do artigo anterior. 2 – Ao Conselho de Auditoria e Inspecção compete emitir parecer sobre as contas e

relatórios de auditoria financeira e inspecção especializada que, pela natureza das aprecia-

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ções efectuadas e das conclusões apuradas, devam ser submetidos à apreciação do superin-tendente dos Serviços Financeiros e posterior decisão.

3 – O Conselho de Auditoria e Inspecção é composto pelo director da DAR que pre-side, pelos chefes das divisões da DAR e por oficiais superiores de outros órgãos e serviços da SSF nomeados pelo superintendente dos Serviços Financeiros. Artigo 10.º – Chefia do Serviço de Apoio Administrativo

1 – À Chefia do Serviço de Apoio Administrativo (CSAA) compete: a) processar e liquidar os vencimentos e abonos, incluindo as pensões, do pessoal

da Marinha e organizar os correspondentes registos individuais; b) estudar e propor instruções, programas de trabalho e outros instrumentos de

apoio técnico no âmbito dos vencimentos e abonos; c) colaborar na elaboração dos planos de actividades da SSF e dos órgãos da Ma-

rinha sob sua responsabilidade, analisando–os do ponto de vista económico e financeiro;

d) elaborar os planos financeiros dos órgãos da SSF, de acordo com os objectivos definidos superiormente e em articulação com o planeamento integrado das actividades, assegurar a elaboração da proposta orçamental e proceder à sua execução, nos termos da lei;

e) assegurar a execução das actividades que, no âmbito financeiro, respeitam à gestão do Fundo da Administração Central da Marinha;

f) processar, liquidar e pagar as despesas que não compitam a outra entidade, bem como aquelas cuja responsabilidade lhe seja cometida;

g) obter, compilar, tratar e arquivar a informação e documentação de natureza fi-nanceira e contabilística para a avaliação da situação económica e financeira e cumprimento das obrigações legalmente estabelecidas, designadamente no que respeita à apresentação da conta de gerência;

h) assegurar os serviços de tesouraria, arrecadar as receitas, pagar as despesas e manter devidamente escriturados os respectivos livros;

i) proceder ao pagamento dos vencimentos e outros abonos relativos aos proces-samentos referidos na alínea a);

j) arrecadar e entregar nos cofres do Estado e nos das instituições ou entidades de destino as importâncias vertidas nos termos da lei;

l) promover a aquisição e distribuição dos bens e serviços necessários ao funcio-namento dos órgãos e serviços da SSF;

m) manter actualizado o inventário ou cadastro dos bens patrimoniais, proceder periodicamente ao controlo de existências e reunir os elementos necessários ao tratamento contabilístico resultante dessas verificações relativamente aos ór-gãos e serviços da SSF.

2 – Compete ainda à CSAA apoiar, no âmbito administrativo–financeiro, os coman-dos, forças, unidades e outros órgãos da Marinha sob sua responsabilidade, assegurando, em especial:

a) a orientação técnica e metodológica e a coordenação do processo de elaboração das propostas orçamentais;

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b) o processamento, liquidação e pagamento de todas as despesas necessárias ao funcionamento e à execução das operações financeiras associadas à movimen-tação de fundos;

c) a execução centralizada da contabilidade de compromissos, contabilidade de caixa e contabilidade analítica de gestão e a divulgação dos correspondentes indicadores;

d) a elaboração dos documentos de prestação de contas para aprovação dos órgãos e entidades competentes;

e) a execução dos procedimentos relativos à obtenção dos bens e serviços neces-sários ao seu funcionamento e à contabilização patrimonial;

f) a verificação prévia dos requisitos de conformidade legal, regularidade finan-ceira e economia, eficiência e eficácia, necessários à autorização das despesas e elaboração do correspondente parecer de suporte à tomada de decisão pelos ór-gãos e entidades competentes.

Artigo 11.º – Estrutura

A CSAA compreende: a) o chefe do Serviço de Apoio Administrativo, ao qual compete planear, organi-

zar, dirigir e controlar a actividade da CSAA; b) o Conselho Administrativo; c) a Repartição de Vencimentos e Abonos, que exerce as competências mencio-

nadas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo anterior; d) a Repartição de Contabilidade e Finanças, que exerce as competências mencio-

nadas nas alíneas c) a j) do n.º 1 do artigo anterior e nas alíneas a) a d) do n.º 2 do mesmo artigo;

e) a Repartição de Administração e Património, que exerce as competências men-cionadas nas alíneas l) e m) do n.º 1 do artigo anterior e nas alíneas e) e f) do n.º 2 do mesmo artigo.

Artigo 12.º – Conselho Administrativo

1 – O Conselho Administrativo (CA) é o órgão deliberativo em matéria de gestão fi-nanceira e patrimonial.

2 – O CA tem a seguinte composição: a) o Chefe do Serviço de Apoio Administrativo, que preside; b) o Chefe da Repartição de Vencimentos e Abonos e o Chefe da Repartição de

Contabilidade e Finanças; c) o Chefe da Repartição de Administração e Património, que secretaria.

Artigo 13.º – Secretarias

Cada um dos órgãos previstos nas alíneas b), c) e d) do artigo 3.º dispõe de uma se-cretaria, por onde corre o serviço de expediente e arquivo próprio.

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CAPÍTULO III – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 14.º – Extinção

São extintos: a) a Direcção do Planeamento Administrativo; b) a Direcção da Fazenda Naval; c) o Conselho Administrativo da Administração Central da Marinha; d) o Serviço de Informática da Armada; e) o Centro de Instrução de Informática.

Artigo 15.º – Norma revogatória

São revogadas: a) a Portaria n.º 647/77, de 15 de Outubro; b) a Portaria n.º 236/85, de 26 de Abril.

Presidência do Conselho de Ministros, 4 de Abril de 1994. Aníbal António Cavaco Silva – Joaquim Fernando Nogueira – Eduardo de Almeida Ca-troga.

Promulgado em 5 de Agosto de 1994. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 12 de Agosto de 1994. Pelo Primeiro–Ministro, Joaquim Fernando Nogueira, Ministro da Presidência.

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INSPECÇÃO–GERAL DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Decreto–Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro (Lei Orgânica) 37

Desde que em 1985 se procedeu à integração da Inspecção–Geral da Administração Interna (IGAI) no então Ministério do Plano e da Administração do Território, posterior-mente convertida em Inspecção–Geral da Administração do Território, deixou o Ministério da Administração Interna (MAI) de dispor de um organismo de inspecção e fiscalização superior para actuar no domínio das suas atribuições e competências.

Todavia, a progressiva concentração no âmbito deste departamento governamental dos organismos e serviços com papel dominante no exercício da actividade de segurança interna, nos termos da Lei n.º 20/87, de 12 de Junho, fez realçar a necessidade premente de o Ministério ser dotado de um serviço de inspecção e fiscalização especialmente vocacio-nado para o controlo da legalidade, para a defesa dos direitos dos cidadãos e para uma me-lhor e mais célere administração da justiça disciplinar nas situações de maior relevância social.

A especificidade institucional dos organismos e serviços integrados no MAI ou por este tutelados, bem como a singularidade das actividades exercidas em conexão com as de segu-rança interna e protecção civil, exige a criação de um serviço de inspecção e fiscalização.

É de realçar, no domínio destas especialidades, a flexibilidade no recrutamento do pessoal e no provimento dos lugares, bem como no regime de vinculação funcional, tendo em vista, sobretudo, escolher indivíduos com grande maturidade e experiência profissional, altamente qualificados e com credibilidade para o exercício das melindrosas funções come-tidas à IGAI com isenção, independência, neutralidade, dedicação e abnegação.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

CAPÍTULO I – NATUREZA, ÂMBITO E COMPETÊNCIA

Artigo 1.º – Natureza

1 – A Inspecção–Geral da Administração Interna (IGAI) é um serviço central de inspecção, fiscalização e apoio técnico do Ministério da Administração Interna (MAI), dotado de autonomia técnica e administrativa, que funciona na directa dependência do Ministro. 38

2 – Para todos os efeitos não excepcionados neste diploma, a IGAI é caracteriza-da como inspecção de alto nível e o pessoal dirigente e de inspecção que o integra constitui um corpo especial sujeito a regime próprio. 39 37 Com as alterações introduzidas pelos Decretos–Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto, n.º 3/99, e de 4 de Janeiro. 38 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “A

Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) é um serviço central de inspecção, fiscalização e apoio técnico do Ministério da Administração Interna (MAI), dotado de autonomia técnica e administrativa, que funciona na directa dependência do Ministro.”

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titui um corpo especial sujeito a regime próprio. 39 Artigo 2.º – Sede e âmbito

1 – A IGAI tem sede em Lisboa e desenvolve a sua acção inspectiva em todo o terri-tório nacional.

2 – A actuação da IGAI abrange todos os serviços directamente dependentes ou tute-lados pelo Ministro da Administração Interna, os governos civis e as entidades que exercem actividades de segurança privada.

3 – A acção inspectiva da IGAI abrange ainda, em articulação com os serviços com-petentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a actividade dos serviços dependentes do Ministro da Administração Interna que, nos termos dos tratados, convenções ou protocolos de cooperação, seja desenvolvida fora do território nacional. Artigo 3.º – Competências

1 – À IGAI compete, em geral, velar pelo cumprimento das leis e dos regulamentos, tendo em vista o bom funcionamento dos serviços tutelados pelo Ministro, a defesa dos legítimos interesses dos cidadãos, a salvaguarda do interesse público e a reintegração da legalidade violada.

2 – No âmbito da sua acção inspectiva, fiscalizadora e investigatória, compete à IGAI, em especial:

a) realizar inspecções ordinárias e utilizar métodos de auditoria com vista à regu-lar avaliação da eficiência e eficácia dos serviços integrados na orgânica do MAI, de acordo com o respectivo plano de actividades;

b) realizar inspecções extraordinárias superiormente determinadas, com os objec-tivos e utilizando os métodos referidos na alínea anterior;

c) fiscalizar, sem prejuízo das competências do Conselho de Segurança Privada, o funcionamento das organizações que desempenham actividades de segurança privada, sempre que hajam fundadas dúvidas sobre a legalidade da sua actua-ção;

d) apreciar as queixas, reclamações e denúncias apresentadas por eventuais viola-ções da legalidade e, em geral, as suspeitas de irregularidade ou deficiência no funcionamento dos serviços;

e) efectuar inquéritos, sindicâncias e peritagens, determinados pelo Ministro da Administração Interna, necessários à prossecução das respectivas com-petências; 40

f) instaurar processos de averiguações; 41

39 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 40 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“e) efectuar inquéritos, sindicâncias e peritagens, superiormente determinados, necessários à prosse-cução das respectivas competências;”

41 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “f) propor a instrução de processos disciplinares e instruir aqueles que forem determinados pelo Mi-

nistro da Administração Interna;”

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g) propor a instrução de processos disciplinares e instruir aqueles que forem determinados pelo Ministro da Administração Interna; 42

h) participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos com relevância jurídico–criminal e colaborar com aqueles órgãos na obtenção de provas, sempre que isso for solicitado; 43

i) propor ao Ministro providências legislativas relativas à melhoria da quali-dade e eficiência dos serviços e ao aperfeiçoamento das instituições de segurança e de protecção civil; 44

j) exercer outras competências previstas na lei ou superiormente ordenadas, no domínio das respectivas atribuições. 45

3 – No âmbito da sua acção de apoio técnico ao Ministro, compete, em especial, à IGAI: a) coligir, analisar e interpretar os elementos necessários à preparação da resposta

aos pedidos de esclarecimento feitos pelas organizações nacionais e internacio-nais de defesa e protecção dos direitos do homem;

b) realizar estudos e emitir pareceres sobre quaisquer matérias respeitantes às res-pectivas atribuições.

Artigo 4.º – Princípios fundamentais

1 – A IGAI exerce todas as suas competências nos termos da Constituição e da lei, em defesa da legalidade democrática e no rigoroso respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos.

2 – No exercício das funções investigatórias, nomeadamente de instrução dos proces-sos de sindicância, de inquérito e disciplinares, a actuação da IGAI assenta no princípio da legalidade e norteia–se por critérios de rigorosa objectividade.

3 – A IGAI não pode interferir no desenvolvimento da actuação operacional das for-ças e serviços de segurança, competindo–lhe, no entanto, averiguar a forma como a mesma se processa, bem como as respectivas consequências, sempre que for julgado conveniente. CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 5.º – Estrutura

A IGAI compreende: a) o inspector–geral; b) o Serviço de Inspecção e Fiscalização (SIF);

42 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“g) participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos com relevância jurídico- -criminal e colaborar com aqueles órgãos na obtenção das provas, sempre que isso for solicita-do;”

43 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “h) exercer outras competências previstas na lei ou superiormente ordenadas, no domínio das respec-

tivas atribuições.” 44 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 45 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto.

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c) o Departamento de Assuntos Internos (DAI); d) a Repartição Administrativa e de Apoio Geral (RAAG).

Artigo 6.º – Inspector–geral

1 – A IGAI é dirigida por um inspector–geral, equiparado a director–geral, co-adjuvado por dois subinspectores–gerais, equiparados a subdirectores–gerais. 46

2 – O inspector–geral é substituído, na sua ausência ou impedimento, pelo subinspector–geral que indicar ao Ministro da Administração Interna. 47

3 – Os subinspectores–gerais substituem–se reciprocamente. 48 Artigo 7.º – Competência do inspector–geral

Sem prejuízo do disposto no estatuto do pessoal dirigente, compete, especialmente, ao inspector–geral:

a) dirigir, coordenar e fiscalizar a actividade da IGAI e emitir as directivas, ordens e instruções a que deve obedecer a actuação dos inspectores;

b) elaborar o plano e o relatório anual de actividades para aprovação do Ministro; c) submeter à decisão do Ministro os processos instruídos pela IGAI; d) avocar processos ou proceder à sua redistribuição, mediante despacho funda-

mentado; e) apreciar as questões relativas a suspeições, impedimentos e incompatibilidades

suscitadas no âmbito dos processos instruídos pela IGAI. f) determinar a instauração de processos de averiguações. 49

Artigo 8.º – Serviço de Inspecção e Fiscalização

1 – O SIF é constituído pelo corpo de inspectores incumbidos das funções de inspec-ção e fiscalização e pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT).

2 – O SIF é dirigido pelo subinspector–geral. 3 – O número e a constituição das equipas de inspecção e fiscalização são fixados

pelo inspector–geral, mediante proposta do subinspector–geral. Artigo 9.º – Competências do SIF

1 – Compete ao SIF:

46 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

“1 - A IGAI é dirigida por um inspector-geral, coadjuvado por um subinspector-geral, equiparados, res-pectivamente, a director-geral e a subdirector-geral.”

47 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “2 - O inspector-geral é substituído, nas suas faltas e impedimentos, pelo subinspector-geral.”

48 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro. 49 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto.

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a) realizar inspecções, inquéritos, sindicâncias e processos de averiguações aos serviços centrais, aos governos civis e às forças e serviços de segurança integrados na orgânica do MAI;50

b) averiguar do cumprimento das disposições legais e regulamentares, das instru-ções superiores e dos programas e planos aprovados por parte dos serviços referidos na alínea anterior;

c) fiscalizar, de forma sistemática, a organização e o funcionamento das empresas autorizadas a exercer actividades de segurança privada;

d) investigar, de forma permanente, o exercício ilegal de actividades de segurança privada;

e) analisar e emitir parecer sobre o grau de eficácia e a aptidão dos serviços ins-peccionados e do respectivo pessoal, bem como sobre a legalidade da organi-zação e actuação das empresas fiscalizadas;

f) propor a instauração e instruir os processos disciplinares ordenados pelo Minis-tro da Administração Interna e os resultantes da actividade inspectiva, bem como os processos sancionatórios resultantes da actividade fiscalizadora.

2 – Ao NAT, directamente dependente do subinspector–geral, compete, em especial: a) assegurar as tarefas necessárias ao planeamento e controlo da actividade do

SIF, cabendo–lhe preparar o plano de actuação e o relatório anual; b) organizar manuais, guias, programas de trabalho e outros instrumentos de

apoio técnico às acções de inspecção e fiscalização; c) proceder ao tratamento da legislação e demais documentação de interesse para

o SIF, promovendo a sua utilização pelos inspectores; d) elaborar estudos, pareceres e informações sobre matérias da competência do

SIF; e) desenvolver e gerir aplicações informáticas, nomeadamente bases de dados

sobre matérias de interesse para o SIF. Artigo 10.º – Departamento de Assuntos Internos

1 – O DAI é dirigido por um director de serviços. 2 – O DAI é integrado por técnicos superiores e inspectores do SIF que lhe são tem-

porariamente afectos e funciona na directa dependência do inspector–geral. 3 – Compete ao DAI:

a) assegurar o controlo do funcionamento e da actividade do serviço, avaliando, em permanência, o seu nível de eficácia, as deficiências detectadas e a forma de optimizar a prossecução dos objectivos institucionais;

b) averiguar as queixas e reclamações por factos imputados ao pessoal, bem como as suspeitas de desvios, abusos ou quaisquer violações de deveres estatutários;

c) instruir processos de inquérito e disciplinares nos quais seja visado pessoal da IGAI.

50 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “Rea-

lizar inspecções, inquéritos e sindicâncias aos serviços centrais, aos governos civis e às forças e serviços de segurança integrados na orgânica do MAI;”

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Artigo 11.º – Repartição Administrativa e de Apoio Geral

1 – A RAAG funciona na directa dependência do inspector–geral e compreende duas secções:

a) a Secção de Processos e Expediente Geral (SPEG); b) a Secção de Pessoal, Contabilidade e Economato (SPCE).

2 – À SPEG compete: a) registar os documentos dirigidos à IGAI, as ordens e instruções de serviço, os

relatórios e os despachos do Ministro, do inspector–geral e do subinspector- -geral;

b) escriturar o livro de registo de processos e registar os pareceres dos inspecto-res;

c) praticar todos os actos relativos à movimentação dos processos e manter per-manentemente actualizado o respectivo ficheiro;

d) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral; e) assegurar e controlar a reprodução de documentos e praticar os demais actos de

expediente geral. 3 – À SPCE compete:

a) promover e executar, em articulação com a Secretaria–Geral do MAI, as ac-ções relativas à gestão do pessoal do quadro único do MAI afecto à IGAI;

b) organizar e actualizar o cadastro do pessoal; c) elaborar e executar o orçamento e a contabilidade, bem como o expediente a

eles respeitante; d) preparar a aquisição e assegurar a gestão dos bens afectos à IGAI, bem como

manter actualizado o respectivo inventário. CAPÍTULO III – FUNCIONAMENTO

Artigo 12.º – Funcionamento das inspecções

1 – Compete ao Ministro da Administração Interna ordenar as inspecções, as sindi-câncias, os inquéritos e os processos disciplinares que devam ser instruídos pela IGAI.

2 – As acções mencionadas no número anterior são executadas por inspectores, que actuam na directa dependência do subinspector–geral. Artigo 13.º – Poderes instrutórios

1 – Os dirigentes e os inspectores da IGAI, quando no exercício efectivo das funções inspectivas e fiscalizadoras, são, respectivamente, autoridades públicas e agentes da autori-dade pública.

2 – No exercício das suas funções, os dirigentes e os inspectores da IGAI são detento-res dos poderes funcionais previstos nos estatutos e regulamentos disciplinares dos serviços do MAI e têm competência para levantar autos de notícia por infracções verificadas pes-soalmente no exercício das respectivas funções.

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3 – Nos casos de infracções criminais, o assunto é comunicado ao dirigente máximo do serviço e o auto, bem como as provas, são imediatamente apresentados ao órgão do Mi-nistério Público competente.

4 – Se houver medidas cautelares de natureza disciplinar a tomar, o auto e as provas são imediatamente, ou no mais curto prazo, apresentados pelo inspector–geral ao Ministro, que decidirá, podendo ouvir previamente o dirigente máximo do serviço visado, se o consi-derar conveniente. Artigo 14.º – Relatório das acções

1 – No final de cada acção será elaborado o relatório dos trabalhos realizados, dentro do prazo estabelecido, e, quando se trate de inspecção, deverá dele constar a enumeração das providências que se entenda devam ser adoptadas.

2 – O relatório acompanha sempre o respectivo processo aquando da sua entrega para decisão do Ministro, nos termos da alínea c) do artigo 7.º

Artigo 15.º – Acompanhamento do resultado das acções da IGAI

A IGAI acompanha a execução, pelos serviços competentes, das decisões proferidas pelo Ministro da Administração Interna nos processos, para correcção ou reparação das irregularidades, deficiências ou anomalias encontradas. Artigo 16.º – Dever de cooperação

1 – Os titulares dos órgãos de comando e direcção, bem como os funcionários e agen-tes dos serviços sujeitos aos poderes de inspecção e fiscalização da IGAI, são obrigados a prestar todas as informações, esclarecimentos e demais colaboração que lhes forem solici-tados, no âmbito das respectivas atribuições.

2 – A comparência para a prestação de declarações ou depoimentos em processos de inquérito, de sindicância ou disciplinares por responsáveis e funcionários ou agentes dos organismos do Estado é requisitada à entidade de que dependem e só poderá ser recusada uma vez, por motivo de serviço público inadiável.

3 – A falta de comparência injustificada constitui incumprimento de ordem legítima da autoridade competente e faz incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e crimi-nal, nos termos da lei.

4 – A recusa da colaboração devida e a oposição ao exercício da acção inspectiva e fiscalizadora da IGAI fazem incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei.

5 – A IGAI poderá solicitar a qualquer pessoa colectiva de direito privado ou cidadão informações e ainda a este último depoimentos, sempre que o repute necessá-rio para o apuramento dos factos da sua competência. 51

51 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto.

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CAPÍTULO IV – PESSOAL

SECÇÃO I – QUADRO E CARREIRAS

Artigo 17.º – Quadro privativo52

1 – O pessoal da IGAI integra um quadro privativo, que abrange os seguintes grupos e categorias: 53

a) pessoal dirigente; b) pessoal de chefia; c) pessoal de inspecção; d) pessoal de apoio técnico; e) pessoal administrativo; f) pessoal auxiliar.

2 – O quadro do pessoal dirigente e de chefia é o constante do mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. 54

3 – A composição do quadro, bem como as respectivas dotações do pessoal de inspecção, apoio técnico, administrativo e auxiliar, são fixados por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Administração Interna e do Ministro Adjunto. 55

4 – A distribuição do pessoal pelos serviços e departamentos da IGAI é feita por des-pacho do inspector–geral, tendo em consideração a experiência profissional e a natureza das funções a exercer. Artigo 18.º – Pessoal dirigente

1 – Os cargos de inspector–geral, subinspector–geral e director do DAI podem ser providos por magistrado judicial ou do Ministério Público com categoria não inferior a juiz desembargador ou procurador–geral–adjunto, respectivamente, no primeiro caso, e de pre-ferência que tenham exercido funções de inspecção nos respectivos quadros de origem.

2 – A nomeação nos termos do número anterior é obrigatoriamente precedida de au-torização, a obter de harmonia com as respectivas leis estatutárias, considerando–se o serviço prestado nos referidos cargos como se o tivesse sido nas categorias e funções pró-prias dos quadros de origem e não determinando abertura de vaga no lugar de origem ou naquele para que, entretanto, o titular tiver sido nomeado.

52 Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a

seguinte: “Quadros e dotação do pessoal”. 53 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“1 – O quadro do pessoal dirigente e de chefia é o constante do mapa I anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante.”

54 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “2 – O quadro do pessoal de inspecção é fixado por portaria conjunta dos Ministros da Administração

Interna e das Finanças.” 55 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“3 – O pessoal técnico superior, de informática, técnico-profissional, administrativo e auxiliar tem a dotação que lhe vier a ser atribuída no âmbito do quadro único do MAI.”

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Artigo 18.º- A – Pessoal de chefia 56

1 – O recrutamento para o lugar de chefe de repartição é feito mediante concur-so de entre:

a) chefes de secção com, pelo menos, três anos de serviço na categoria e clas-sificação de Muito bom;

b) indivíduos possuidores de curso superior adequado e experiência profis-sional não inferior a três anos na Administração Pública.

2 – Os lugares de chefe de secção são providos nos termos da lei geral. 3 – O lugar de chefe da Secção de Processos e Expediente Geral (SPEG) pode

ainda ser preenchido por escrivão de direito com, pelo menos, três anos de serviço na categoria, em comissão de serviço, por períodos de três anos, renováveis, aplicando- -se-lhe, com as devidas adaptações, o regime previsto no n.º 2 do artigo 18.º e podendo optar pelo estatuto remuneratório do lugar de origem.

Artigo 19.º – Pessoal de inspecção 57

1 – O pessoal de inspecção integra um corpo especial sujeito a regime próprio e não se desenvolve em carreira. 58

2 – As categorias do pessoal de inspecção são as de inspector superior principal, inspector superior e inspector principal. 59

Artigo 20.º – Função de interesse público 60

O exercício de funções dirigentes e de inspecção é de reconhecido interesse pú-blico para efeito do disposto no n.º 1, alínea c), do artigo 6.º do Decreto–Lei n.º 323/89, de 26 de Setembro. 61

56 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 57 Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a

seguinte: “Carreira de inspecção superior“ 58 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “Car-

reira de inspecção superior 1 - O pessoal de inspecção e fiscalização integra uma carreira de inspecção superior de regime espe-

cial.” 59 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “Car-

reira de inspecção superior “2 - A carreira de inspecção desenvolve-se pelas categorias de inspector superior principal, inspector

superior, inspector principal e inspector.” 60 Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a

seguinte: “Ingresso na carreira de inspecção superior” 61 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“Ingresso na carreira de inspecção superior. O recrutamento para ingresso na carreira de inspecção supe-rior é feito na categoria de inspector, mediante concurso de avaliação curricular, complementado com entre-vista, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada ao exercício das funções a desempenhar na IGAI, aprovados em estágio, com duração de um ano, que integra um curso de formação específica.”

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Artigo 21.º – Recrutamento do pessoal de inspecção 62

1 – Para os lugares de inspecção podem ser nomeados funcionários ou agentes da Administração Pública, de institutos e de empresas públicas com pelo menos seis anos de serviço e conhecimentos e experiência profissional adequados, nomeadamente nas seguintes áreas: 63

a) actividade inspectiva ou de auditoria no âmbito dos serviços públicos; 64 b) investigação criminal; 65 c) consultadoria jurídica, sobretudo em matérias de direito público e, em es-

pecial, do direito disciplinar e contra–ordenacional; 66 d) investigação, estudo e concepção de métodos e processos científico-

-técnicos no âmbito da Administração Pública; 67 e) comando, direcção ou coordenação, nomeadamente no âmbito das forças

ou serviços de segurança. 68 2 – O recrutamento de inspectores superiores principais, inspectores superiores e de

inspectores principais pode também ser feito de entre magistrados judiciais ou do Ministé-rio Público com, pelo menos, 10, 7 e 4 anos de experiência funcional, respectivamente, para a primeira, segunda e terceira categorias.

3 – O disposto no n.º 2 do artigo 18.º é aplicável, com as devidas adaptações, ao pes-soal de inspecção.

4 – O recrutamento para os lugares de inspecção é feito por escolha, por despa-cho do Ministro da Administração Interna, mediante proposta do inspector–geral. 69

5 – O provimento é feito em regime de comissão de serviço, por períodos de três anos, renováveis, podendo igualmente ser feito em regime de requisição ou destaca-mento, nos termos da lei geral. 70

62 Alterada a epígrafe pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a

seguinte: “Acesso na carreira de inspecção superior “ 63 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “1 - O

acesso na carreira é feito mediante concurso e obedece às seguintes regras:” 64 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“a) para o lugar de inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço na categoria e classificação de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;”

65 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “ “b) para o lugar de inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de

serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;” 66 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “1 - O

acesso na carreira é feito mediante concurso e obedece às seguintes regras:” “c) para o lugar de inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na

respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom.” 67 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 68 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 69 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 70 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto.

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Artigo 22.º – Estágio 71

(Revogado) Artigo 23.º – Conteúdo funcional

1 – Ao pessoal de inspecção de alto nível compete: 72 a) a execução de acções inspectivas, de fiscalização e de auditoria; b) a realização de averiguações, inquéritos e sindicâncias; c) a instrução de processos disciplinares; d) a elaboração de estudos, pareceres e informações no âmbito das atribui-

ções institucionais da IGAI. 2 – Ao pessoal técnico de apoio à inspecção compete, em geral, realizar o conjun-

to de actividades de investigação, concepção, assessoria, apoio e suporte ao planea-mento, organização, execução e controlo das acções de inspecção, fiscalização e audi-toria. 73 SECÇÃO II – DIREITOS E DEVERES

Artigo 24.º – Remunerações

1 – Ao exercício de funções do pessoal de inspecção corresponde o estatuto remuneratório do lugar de origem, com todas as regalias ao mesmo inerentes. 74

2 – O pessoal dirigente e de inspecção tem direito a um suplemento correspon-dente a 30% do vencimento base ilíquido, o qual é considerado para todos os efeitos como vencimento, nomeadamente para efeitos do cálculo dos subsídios de férias e de Natal, bem como da pensão de aposentação. 75

71 Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“1 – A frequência dos estágios que integram um curso de formação específica é feita em regime de con-trato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira.

2 – Os estagiários são nomeados na categoria de ingresso do grupo a que se destinam, em função do número de vagas abertas a concurso.

3 – A desistência e a não admissão dos estagiários aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço extraordinária ou a rescisão do contrato administrativo de provimento sem que tal confira direito a qualquer indemnização.

4 – O regulamento do estágio é aprovado por portaria do Ministro da Administração Interna.” 72 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “Ao

pessoal da carreira de inspecção superior compete a execução de acções inspectivas e trabalhos de auditoria, a realização de averiguações, inquéritos, sindicâncias e instrução de processos disciplinares, bem como a elaboração de pareceres, informações e estudos na área da respectiva especialidade.”

73 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 74 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“1 – A estrutura indiciária da carreira de inspecção superior consta do mapa II anexo ao presente di-ploma, que dele faz parte integrante.”

75 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “2 – Os estagiários são remunerados de acordo com o mapa mencionado no número anterior, sem pre-

juízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública.”

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Artigo 25.º – Identificação e livre trânsito

1 – O pessoal dirigente, de inspecção e de apoio técnico tem direito ao uso de cartão de identificação e livre trânsito de modelo aprovado por portaria do Ministro, o qual consti-tui título bastante para o exercício dos seguintes poderes de autoridade:

a) livre acesso a todos os serviços, instalações e estabelecimentos ou locais onde se exerçam actividades abrangidas pelas competências da IGAI, sem necessi-dade de aviso prévio;

b) utilização, nos locais inspeccionados ou fiscalizados, mediante acordo dos res-ponsáveis, de instalações adequadas ao exercício das respectivas funções;

c) obtenção, mediante acordo dos responsáveis, do material e equipamento indis-pensáveis, bem como da colaboração do respectivo pessoal;

d) requisição, para exame, consulta e junção aos autos, de processos e documen-tos ou das respectivas certidões, bem como de quaisquer outros elementos exis-tentes nos livros, registos e arquivos dos serviços inspeccionados ou fiscaliza-dos.

2 – O acesso às instalações e a circulação pelos locais onde as forças e serviços de segurança exercem as suas actividades são feitos mediante apresentação pessoal ao mais alto responsável que, no momento da diligência, se encontre no local e comunicação, logo que possível, ao dirigente máximo do serviço visado. Artigo 26.º – Transporte e deslocações

As condições de utilização da rede de transportes públicos são definidas por portaria conjunta dos ministros responsáveis pela administração interna e pelos transportes. Artigo 27.º – Formação

A IGAI promove acções de formação, aperfeiçoamento e reciclagem do pessoal, po-dendo recorrer a especialistas de reconhecido mérito nas áreas de interesse para o serviço e a instituições nacionais ou estrangeiras especialmente vocacionadas para esse efeito. Artigo 28.º – Sigilo profissional

Para além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício de funções públicas, os funcionários e agentes da IGAI e todos aqueles que com eles colaborarem são especial-mente obrigados a guardar rigoroso sigilo sobre todas as matérias de que tiverem conheci-mento no exercício ou por causa do exercício das suas funções. Artigo 29.º – Regime de prestação do trabalho

1 – O regime de duração do trabalho do pessoal da carreira de inspecção superior e de outros funcionários que colaborem com aquele em acções inspectivas é o estabelecido para

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a função pública, podendo, no entanto, as respectivas funções ser exercidas a qualquer hora, consoante as necessidades de serviço.

2 – Os funcionários referidos no número anterior que tenham de prestar serviço nos dias de descanso semanal ou feriados têm direito a igual período de descanso num dos oito dias seguintes.

Artigo 29.º- A – Uso e porte de arma 76

1 – O pessoal dirigente e de inspecção, enquanto no exercício efectivo de funções na IGAI, é dispensado de licença de uso e porte de arma de defesa, valendo como tal o cartão de identificação referido no artigo 25.º

2 – O pessoal referido no número anterior tem direito a que lhe seja distribuída, por conta do Estado, arma de defesa, em condições a regulamentar por despacho do Ministro da Administração Interna, mediante proposta do inspector–geral.

Artigo 29.º- B – Garantias 77

O pessoal da IGAI não pode ser prejudicado no seu emprego, na estabilidade e progresso da carreira, bem como quanto ao regime de segurança social, de que bene-ficie nos lugares de origem. CAPÍTULO IV – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 30.º – Preenchimento transitório de lugares 78

Durante três anos contados a partir da data da primeira tomada de posse do inspector–geral, a IGAI pode, nos termos da lei e dentro das respectivas dotações orçamentais, recorrer à contratação de pessoal técnico e administrativo devidamente habilitado.

76 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 77 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. 78 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte:

“1 - Durante o período transitório de três anos, a contar da data da entrada em vigor do presente diplo-ma, a IGAI pode, por conta das vagas de lugares de acesso da carreira de inspecção superior que não pos-sam ser preenchidas por funcionários de categoria imediatamente inferior, nomear para lugares de ingresso tantos funcionários quantas as vagas existentes na outras categorias da mesma carreira.

2 - Para os efeitos do disposto no número anterior, a categoria de ingresso da carreira de inspecção su-perior corresponde à categoria de inspector, nos termos do presente diploma.”

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Artigo 31.º – Valor do suplemento 79

(Revogado)

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29 de Junho de 1995. – Aníbal António Cavaco Silva – Manuel Dias Loureiro – Eduardo de Almeida Catroga – José Manuel Durão Barroso – Joaquim Martins Ferreira do Amaral.

Promulgado em 24 de Agosto de 1995. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 28 de Agosto de 1995. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

MAPA I 80

MAPA II

79 Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto. A versão originária era a seguinte: “Até

à publicação da legislação a que se refere o n.º 3 do artigo 37.º do Decreto-Lei n.º 353-A/89, de 16 de Outu-bro, o pessoal dirigente e o da carreira da inspecção superior do IGAI tem direito a um suplemento idêntico ao percebido pelo demais pessoal de inspecção ao abrigo do estabelecido no artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto.”

80 Vide, alteração introduzida pelo artigo 4.º do Decreto-Lei nº 154/96, de 31 de Agosto.

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Decreto–Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto (Altera a Lei Orgânica)

O Decreto–Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro, criou a Inspecção–Geral da Adminis-

tração Interna (IGAI), com competência fiscalizadora e inspectiva sobre todos os serviços directamente dependentes ou tutelados pelo Ministro da Administração Interna.

O referido diploma não chegou a ser regulamentado nem o serviço implementado. Considera o Governo que se trata de um serviço da maior importância para a defesa

dos direitos dos cidadãos e potenciador da dignificação das entidades policiais, inserível na política governamental de maior e melhor segurança para as populações.

A IGAI é concebida, desde a sua origem, como um serviço a preencher por «indiví-duos com grande maturidade e experiência profissional, altamente qualificados e com cre-dibilidade para o exercício das melindrosas funções cometidas à IGAI com isenção, inde-pendência, neutralidade, dedicação e abnegação».

Verifica–se, contudo, que algumas das características do figurino institucional defini-do, bem como algumas das soluções concretas em matéria de recrutamento de pessoal, não são as requeridas pela especificidade das competências cometidas àquele serviço e pela singularidade das funções conferidas ao pessoal de inspecção e fiscalização.

Com efeito, trata–se de estabelecer um mecanismo operacional de controlo e fiscali-zação da legalidade num dos domínios seguramente mais delicados da actuação do Estado de direito democrático, isto é, no domínio do exercício dos poderes de autoridade e do uso legítimo de meios de coerção, pelas forças e serviços de segurança que podem, em alguns casos, conflituar com os direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos.

Considera–se, por isso, que os objectivos essenciais visados através da criação da IGAI só poderão ser alcançados se a estrutura do novo serviço e a qualificação do pessoal que a há–de integrar se revelarem adequadas.

O nível, especificidade e complexidade dos organismos, serviços e entidades que ficam, por diversas formas, sujeitos aos poderes inspectivos e fiscalizadores da IGAI justi-ficam plenamente que esta assuma um figurino institucional sujeito a regime jurídico espe–cial.

Pretende–se, acima de tudo, criar uma estrutura leve, com grande flexibilidade de recrutamento, com agilidade de actuação e dotada de pessoas, como originariamente se visou, com plenas condições para investigar, com total isenção, acontecimentos que se podem revestir do maior melindre, na sequência dos quais, com muita frequência, se torna necessário, num Estado de direito, apurar a verdade, única forma de administrar justiça e de assumir ou recusar responsabilidades.

Assim, nos termos da alínea a) do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º 81

Artigo 2.º 82

81 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 82 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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Artigo 3.º 83 Artigo 4.º

Os mapas I e II referidos, respectivamente, nos n.os 1 e 2 do artigo 17.º do Decreto- -Lei n.º 227/95, de 11 de Setembro, são substituídos pelo mapa anexo ao presente diploma. Artigo 5.º

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Julho de 1996. – António Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Alberto Bernardes Costa – José Augusto de Carvalho – José Eduardo Vera Cruz Jardim – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho.

Promulgado em 14 de Agosto de 1996. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 21 de Agosto de 1996. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

MAPA ANEXO Quadro do pessoal dirigente e de chefia da IGAI

Decreto–Lei n.º 3/99, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica)

A experiência colhida ao longo de quase três anos desde a entrada em funcionamento da Inspecção–Geral da Administração Interna e a necessidade de prosseguir, consolidar e aprofundar a sua actuação aconselham ser este o momento adequado para a criação de um segundo lugar de subinspector–geral.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

83 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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Artigo 1.º 84

Artigo 2.º

O mapa anexo ao Decreto–Lei n.º 154/96, de 31 de Agosto, passa a referir, no grupo de pessoal dirigente e de chefia, no cargo de subinspector–geral, o número de lugares – dois.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Novembro de 1998. – António Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho.

Promulgado em 14 de Dezembro de 1998. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 16 de Dezembro de 1998. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

84 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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INSPECÇÃO–GERAL DA POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

Lei de Organização e Funcionamento da Polícia de Segurança Pública (aprovada pela Lei n.º 5/99, de 27 de Janeiro) 85

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Cons-tituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo 1.º – Natureza

1 – A Polícia de Segurança Pública, designada abreviadamente pela sigla PSP, é uma força de segurança com a natureza de serviço público dotado de autonomia administrativa, que tem por funções defender a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, nos termos do disposto na Constituição e na lei.

2 – A PSP depende do membro do Governo responsável pela administração interna e a sua organização é única para todo o território nacional.

3 – A PSP está organizada hierarquicamente em todos os níveis da sua estrutura com respeito pela diferenciação entre funções policiais e funções gerais de gestão e administra-ção públicas, obedecendo quanto às primeiras à hierarquia de comando e quanto às segun-das às regras gerais de hierarquia da função pública.

4 – No uso da competência que lhes seja delegada pelo Governo nos termos da Cons-tituição, os Ministros da República para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira podem emanar directivas relativas ao serviço da PSP nas respectivas Regiões, a veicular através do director nacional, podendo ser dadas directamente aos comandantes regionais, em caso de urgência. Artigo 2.º – Competências

1 – Em situações de normalidade institucional, as atribuições da PSP são as decorren-tes da legislação de segurança interna e, em situações de excepção, as resultantes da legis-lação sobre defesa nacional e sobre estado de sítio e estado de emergência.

2 – No quadro da política de segurança interna, são objectivos fundamentais da PSP, sem prejuízo das atribuições legais de outras entidades, com observância das regras gerais sobre polícia e com respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos:

a) promover as condições de segurança que assegurem o normal funcionamento das instituições democráticas, bem como o exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias fundamentais dos cidadãos;

b) garantir a manutenção da ordem, segurança e tranquilidade públicas; c) prevenir a criminalidade e a prática dos demais actos contrários à lei e aos re-

gulamentos;

85 Transcrevem-se, apenas, os artigos directa ou indirectamente relacionados com o controlo interno da Polícia

de Segurança Pública.

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d) prevenir a criminalidade organizada e o terrorismo, em coordenação com as demais forças e serviços de segurança;

e) garantir a execução dos actos administrativos emanados da autoridade compe-tente que visem impedir o incumprimento da lei ou a sua violação continuada;

f) garantir a segurança das pessoas e dos seus bens; g) prosseguir as atribuições que lhe forem cometidas por lei em matéria de pro-

cesso penal; h) garantir a segurança rodoviária, nomeadamente através do ordenamento, fisca-

lização e regularização do trânsito; i) garantir a segurança nos espectáculos desportivos e equiparados; j) prosseguir as atribuições que lhe forem cometidas por lei em matéria de licen-

ciamento administrativo; l) participar na segurança portuária e das orlas fluvial e marítima, nos termos de-

finidos por lei; m) garantir a segurança das áreas ferroviárias; n) prestar ajuda às populações e socorro aos sinistrados e apoiar em especial os

grupos de risco; o) participar em missões internacionais, nos termos definidos pelo Governo; p) cooperar com outras entidades que prossigam idênticos fins; q) colher as notícias dos crimes, descobrir os seus agentes, impedir as consequên-

cias dos crimes e praticar os demais actos conexos; r) contribuir para a formação e informação em matéria de segurança dos cida-

dãos; s) prosseguir as demais atribuições fixadas na lei.

3 – É atribuição exclusiva da PSP, em todo o território nacional, o controlo do fabri-co, armazenamento, comercialização, uso e transporte de armas, munições e substâncias explosivas e equiparadas que não pertençam às Forças Armadas e demais forças e serviços de segurança.

4 – É atribuição exclusiva da PSP, em todo o território nacional, garantir a segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades nacionais ou estrangei-ras, bem como de outros cidadãos quando sujeitos a situação de ameaça relevante.

5 – É atribuição especial da PSP, no âmbito da segurança aeroportuária, adoptar as medidas de prevenção e repressão dos actos ilícitos contra a aviação civil.

[...] SECÇÃO III – SERVIÇOS DEPENDENTES DO DIRECTOR NACIONAL

SUBSECÇÃO I – Inspecção–Geral

Artigo 27.º – Competência

1 – A Inspecção–Geral é o serviço, directamente dependente do director nacional, que exerce o controlo interno nos domínios operacional, administrativo, financeiro e técnico,

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competindo–lhe verificar, acompanhar, avaliar e informar sobre a actuação de todos os ser-viços da PSP, tendo em vista promover:

a) a qualidade do serviço prestado à população; b) a legalidade, a regularidade, a eficácia e a eficiência da actividade operacional; c) a legalidade, a regularidade, a eficácia, a eficiência e a economicidade da ges-

tão orçamental e patrimonial; d) a legalidade e a regularidade administrativa da gestão de pessoal; e) o cumprimento dos planos de actividades e das decisões e instruções internas.

2 – A Inspecção–Geral é dirigida pelo inspector–geral. Artigo 28.º – Inspector–geral

Compete, em especial, ao inspector–geral: a) dirigir, coordenar e fiscalizar as actividades de auditoria e inspecção interna; b) propor a instauração de processos de averiguações, de inquérito e disciplinares,

nos termos dos estatutos disciplinares aplicáveis ao pessoal da PSP; c) submeter ao director nacional os planos e os relatórios das acções de fiscaliza-

ção. Artigo 29.º – Equipas de inspecção

1 – A Inspecção–Geral é dotada de um corpo de inspectores, organizado em equipas de inspecção.

2 – Compete às equipas referidas no número anterior realizar as auditorias e outras acções de fiscalização que forem determinadas pelo inspector–geral.

3 – A Inspecção–Geral pode socorrer–se do parecer de entidades públicas especiali-zadas, sempre que tal se mostre necessário ao cabal desempenho das suas funções, nomea-damente das funções das equipas de inspecção.

4 – O regulamento interno da Inspecção–Geral é aprovado por despacho do Ministro da Administração Interna, sob proposta do director nacional.

[...]

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GABINETE DE ASSESSORES E INSPECTORES DA GUARDA NACIO-NAL REPUBLICANA (Lei Orgânica)

Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana (anexa ao Decreto–Lei n.º 231/93, de 26 de Junho) 86 Artigo 1.º – Definição

A Guarda Nacional Republicana, adiante designada por Guarda, é uma força de segu-rança constituída por militares organizados num corpo especial de tropas. Artigo 2.º – Missão geral

A Guarda tem por missão geral: a) garantir, no âmbito da sua responsabilidade, a manutenção da ordem pública,

assegurando o exercício dos direitos, liberdades e garantias; b) manter e restabelecer a segurança dos cidadãos e da propriedade pública, pri-

vada e cooperativa, prevenindo ou reprimindo os actos ilícitos contra eles co-metidos;

c) coadjuvar as autoridades judiciárias, realizando as acções que lhe são ordena-das como órgão de polícia criminal;

d) velar pelo cumprimento das leis e disposições em geral, nomeadamente as rela-tivas à viação terrestre e aos transportes rodoviários;

e) combater as infracções fiscais, designadamente as previstas na lei aduaneira; f) colaborar no controlo da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros

no território nacional; g) auxiliar e proteger os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem

em situações de perigo, por causas provenientes da acção humana ou da natu-reza;

h) colaborar na prestação de honras de Estado; i) colaborar na execução da política de defesa nacional.

[...]

Artigo 42.º – Gabinete de Assessores e Inspectores

1 – Ao Gabinete de Assessores e Inspectores (GAI) compete: a) estudar e propor medidas relativas aos assuntos que o comandante–geral de-

terminar;

86 Transcrevem-se, apenas, os artigos directa ou indirectamente relacionados com o controlo interno da Guarda

Nacional Republicana.

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b) efectuar inspecções às unidades e serviços, nomeadamente no que se refere à segurança, instrução, actividade operacional, administrativo–logística e finan-ceira.

2 – O GAI depende directamente do comandante–geral.

[...]

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INSPECÇÃO–GERAL DE FINANÇAS

Decreto–Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto (Lei Orgânica) 87

Os anteriores diplomas orgânicos da Inspecção–Geral de Finanças, em particular o Decreto–Lei n.º 513–Z/79, de 27 de Dezembro, e, mais recentemente, o Decreto–Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, representaram, ao seu tempo, a consagração de modelos de organização e de exercício do controlo que, hoje podemos constatar, contribuíram para desenvolver na consciência nacional o sentido da necessidade da emergência de uma ver-dadeira cultura do controlo que, no domínio do controlo financeiro, situasse o nosso país a par do percurso já então trilhado no mundo moderno.

Com efeito, os princípios que têm orientado a intervenção da Inspecção–Geral de Finanças, na linha do melhor exemplo de outros organismos congéneres, também sustenta-dos na experiência adquirida e modelados por aqueles instrumentos legais, têm contribuído para afirmar o primado do controlo das finanças públicas, como fundamento estruturante, próprio do Estado de direito democrático.

Todavia, o controlo da administração financeira do Estado vem sendo progressiva-mente confrontado com novos factores, internos e externos, que aconselham, sem embargo das virtualidades que o modelo vigente revelou, a evolução para soluções estratégicas que permitam encarar esses novos desafios com os instrumentos, legais e operacionais, que se revelam mais adequados.

Neste sentido, deverá ser reiterada e renovada a aposta decisiva na coordenação do funcionamento dos sistemas de controlo interno dos fluxos financeiros de fundos públicos, nacionais e comunitários, desde logo, como instrumento estratégico de garantia da consoli-dação de umas finanças públicas sólidas e sustentadas, como exigência maior da construção da União Económica e Monetária.

É, aliás, no âmbito do desenvolvimento deste processo de integração económica da União Europeia que se perfilam, neste virar de século, importantes modificações no acervo normativo que enquadra o exercício da gestão pública, que não poderão deixar de reconhe-cer no controlo financeiro um parceiro indispensável à sua concretização, avultando, neste domínio, a intervenção da Inspecção–Geral de Finanças, enquanto interlocutor nacional.

Também, internamente, o nosso legislador tem orientado a sua actuação no sentido de instituir o controlo da administração financeira do Estado numa perspectiva sistémica e integrada, funcionando de forma articulada, com independência técnica, como já anuncia-vam o Decreto–Lei n.º 184/89, de 2 de Junho, que instituiu o controlo de alto nível, e, mais especificamente, o Decreto–Lei n.º 99/94, de 19 de Abril, que desenvolveu o sistema nacional de controlo da aplicação dos fundos estruturais da União Europeia, através da pre-visão de três níveis de controlo – o controlo de primeiro nível, o controlo sectorial ou de segundo nível e, por fim, o controlo de alto nível, desempenhado pela Inspecção–Geral de Finanças, a quem compete, nomeadamente, promover a coordenação do funcionamento de todo o Sistema.

87 Com as alterações introduzidas pelos Decretos–Lei n.º 363-A/98, de 19 de Novembro, n.º 91/2002, de 12 de

Abril.

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Mais recentemente, o Decreto–Lei n.º 158/96, de 3 de Setembro, que aprovou a Lei Orgânica do Ministério das Finanças, veio consolidar o reconhecimento normativo do papel desempenhado pela Inspecção–Geral de Finanças, como coordenador do sistema de contro-lo interno da administração financeira do Estado, valorizando a sua vocação no sentido do controlo horizontal da administração financeira da receita e despesa públicas.

Nesta mesma linha, deve ser entendido o diploma que, em execução do artigo 11.º da Lei n.º 52–C/96, de 27 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 1997, vem estruturar o sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, consagran-do, agora, de forma alargada, o exercício sistémico, estruturado e coerente do controlo das finanças públicas.

É neste contexto que importa adequar o estatuto orgânico da Inspecção–Geral de Fi-nanças, reafirmando a sua natureza de serviço de controlo de alto nível da administração financeira do Estado, orientado para a análise da legalidade e da regularidade da receita e despesa públicas e para a apreciação da sua racionalidade económica, visando sempre a boa gestão financeira dos fundos públicos, nacionais e comunitários.

Com efeito, em face destes novos desafios, que trazem consigo responsabilidades acrescidas, aproveitou–se o momento para racionalizar e repensar a organização, em ordem a um modelo de funcionamento interno mais actualizado que, de forma sustentada, tenha a virtualidade de perspectivar as exigências com as quais a Inspecção–Geral de Finanças se verá confrontada, no quadro de uma evolução de médio e longo prazos.

É neste sentido que a presente revisão orgânica aponta para a redefinição das áreas de coordenação e de intervenção operacional, a par de uma necessária flexibilidade na adequa-ção dos recursos, dando, também por esta via, exemplo de economia, na linha da própria reforma orgânica do Ministério das Finanças, com a consciência de que é necessário evoluir no sentido da optimização da estrutura e da gestão das organizações.

Todavia, deve registar–se que se trata, agora com outro fôlego, de prosseguir um caminho que a Inspecção–Geral de Finanças já havia encetado, procurando formas de valo-rizar os seus recursos e agilizar a sua intervenção, como resulta da economia do Decreto–Lei n.º 162/95, de 6 de Julho, que, com esta preocupação, introduziu ajustamentos no qua-dro orgânico anterior.

Optou–se, assim, por um modelo de organização e de procedimentos, cuja implemen-tação vem, comprovadamente, na última década, dando resultados positivos, e que aposta na simplificação e na flexibilização estrutural. No capítulo da gestão, importa assinalar a substituição da actual departamentalização em serviços, por áreas de especialização, mais vocacionadas para, em cada momento e em face de objectivos concretos, conferir maior operacionalidade à actuação do controlo estratégico.

Consagra–se um quadro único para a carreira de inspecção de alto nível, cuja dotação é determinada com base na realidade actual e visa acautelar as legítimas expectativas entre-tanto criadas.

Por outro lado, os instrumentos previsionais e de gestão devem ser entendidos numa perspectiva integrada, tendo em vista a concretização da missão, no contexto do Programa do Governo, das Grandes Opções do Plano, do Orçamento do Estado e das orientações superiores, acompanhando em cada momento as exigências de intervenção, de acordo com os recursos disponíveis.

Conscientes de que num organismo com esta missão é determinante o valor acrescido representado pelos recursos humanos, este modelo aposta decisivamente no desenvol-vimento e valorização dos mesmos.

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Do mesmo modo, procede–se à consagração expressa de um conjunto de princípios que, modelando as condições do exercício da actividade da Inspecção–Geral de Finanças, constituem um verdadeiro estatuto ético.

Por outro lado, a par da opção por um processo de provimento que acolhe, como ele-mento nuclear, a avaliação do desempenho, mantém–se a previsão de um criterioso regime de impedimentos e incompatibilidades, ditado pela especificidade da função.

Neste sentido, houve também a preocupação de prever mecanismos que permitam contribuir para dignificar o exercício da função inspectiva, tendo presente as condições am-bientais estruturalmente adversas em que é desenvolvida, o risco que envolve e, bem assim, a necessidade de fazer face à forte competitividade externa a que se encontra sujeita.

Neste quadro, e sem prejuízo de se assegurar a transição com base na actual estrutura remuneratória, torna–se necessário, no âmbito da revisão dos regimes das carreiras, evoluir para soluções mais adequadas às particulares exigências do exercício da função inspectiva, por forma a salvaguardar a sua eficácia.

Assume o Governo este passo de modernização organizativa, concretizando–a num serviço que, por natureza, desempenha uma missão nuclear na defesa da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira, aspectos primeiros na vida de uma sã Administra-ção Pública.

Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º e do n.º 5 do artigo 112.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA, MISSÃO E ÂMBITO DE INTERVENÇÃO

Artigo 1.º – Natureza e missão

A Inspecção–Geral de Finanças (IGF) é o serviço do Ministério das Finanças integra-do na administração directa do Estado, dotado de autonomia administrativa, que tem por missão fundamental o controlo da administração financeira do Estado e o apoio técnico especializado, e que funciona na directa dependência do Ministro das Finanças. Artigo 2.º – Âmbito de intervenção

1 – Enquanto serviço de controlo da administração financeira do Estado, incumbe especialmente à IGF o exercício do controlo nos domínios orçamental, económico, finan-ceiro e patrimonial, de acordo com os princípios da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira, contribuindo para a economia, a eficácia e a eficiência na obtenção das receitas públicas e na realização das despesas públicas, nacionais e comunitárias, para o que desenvolve as seguintes tarefas:

a) realizar acções de coordenação, articulação e avaliação da fiabilidade dos sis-temas de controlo interno dos fluxos financeiros de fundos públicos, nacionais e comunitários;

b) propor medidas destinadas a melhoria da estrutura, organização e funciona-mento dos referidos sistemas e acompanhar a respectiva implantação e evolu-ção;

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c) realizar auditorias, inspecções, análises de natureza económico–financeira, exames fiscais e outras acções de controlo às entidades, públicas e privadas, abrangidas pela sua intervenção;

d) desempenhar as funções de interlocutor nacional da Comissão Europeia, nos domínios do controlo financeiro e das fraudes e irregularidade em prejuízo do orçamento comunitário;

e) realizar sindicâncias, inquéritos e averiguações nas entidades abrangidas pela sua intervenção, bem como desenvolver o procedimento disciplinar quando for o caso;

f) exercer as demais funções que resultem da lei, de normativos e de acordos, nacionais ou comunitários, bem como outras que lhe sejam superiormente cometidas.

2 – Enquanto serviço de apoio técnico especializado cabe à IGF desenvolver as se-guintes tarefas:

a) elaborar projectos de diplomas legais e dar parecer sobre os que lhe sejam sub-metidos;

b) promover a investigação técnica, efectuar estudos e emitir pareceres; c) participar, bem como prestar apoio técnico, em júris, comissões e grupos de

trabalho, nacionais e comunitários; d) assegurar, no âmbito da sua missão, a articulação com entidades congéneres es-

trangeiras e organizações internacionais; e) desempenhar quaisquer outras tarefas de apoio técnico especializado para que

se encontre vocacionada. 3 – A intervenção da IGF abrange as entidades do sector público administrativo e

empresarial, bem como dos sectores privado e cooperativo, quando sejam sujeitos de rela-ções financeiras ou tributárias com o Estado ou com a União Europeia ou quando se mostre indispensável ao controlo indirecto de quaisquer entidades abrangidas pela sua acção, sem prejuízo das competências específicas de supervisão do Banco de Portugal, do Instituto de Seguros de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

4 – A IGF tem sede em Lisboa e centros de apoio regional no Porto e em Coimbra, abrangendo o âmbito da sua actuação todo o território nacional. CAPÍTULO II – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

Artigo 3.º – Princípios

1 – Na organização e na gestão a IGF adopta um modelo flexível e participado, direc-tamente orientado para a realização da sua missão.

2 – A estrutura das unidades de trabalho e suas funções, bem como as relações hie-rárquico–funcionais a vigorar na organização são definidas por despacho do Ministro das Finanças, sob proposta do inspector–geral de finanças. Artigo 4.º – Áreas de especialização

Tendo em conta os princípios enumerados no artigo anterior, a IGF assegura a sua missão e exerce as suas competências através das seguintes áreas de especialização:

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a) do sistema nacional de controlo interno e coordenação dos controlos comunitá-rios;

b) do controlo da gestão pública; c) do controlo empresarial público e privado; d) do controlo das receitas tributárias; e) do controlo tutelar autárquico; f) da organização, desenvolvimento e informação.

Artigo 5.º – Estrutura de decisão

1 – A estrutura orgânica da IGF compreende: a) o inspector–geral de finanças; b) o conselho de inspecção; c) a direcção operacional; d) a chefia logística.

2 – O inspector–geral de finanças dirige a IGF, coadjuvado nessa função pelos subinspectores–gerais.

3 – O conselho de inspecção é composto pelo inspector–geral de finanças, que presi-de, e pelos subinspectores–gerais.

4 – A direcção operacional é assegurada pelos inspectores de finanças directores e pe-los inspectores de finanças–chefes.

5 – A chefia logística é assegurada pelos secretários de finanças-coordena-dores.88 Artigo 6.º – Inspector–geral de finanças

1 – Compete ao inspector–geral de finanças, para além da competência conferida por lei aos directores–gerais, o seguinte:

a) presidir ao conselho coordenador do sistema nacional de controlo interno, nos termos previstos na lei;

b) presidir ao conselho de inspecção; c) definir e promover a política de qualidade, em especial, dos processos organi-

zativos e do produto final; d) definir a política de gestão dos recursos humanos e afectá–los às diversas áreas

de especialização, programas e acções; e) estabelecer os normativos internos necessários ao cumprimento dos princípios

enunciados no artigo 3.º; f) assegurar a coordenação do processo de planeamento e avaliação de resultados

da actividade da IGF; g) ordenar a realização das acções da competência própria da IGF ou superior-

mente aprovadas, bem como dos controlos cruzados sempre que os mesmos se justifiquem para o seu cabal desempenho.

88 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril. A versão originária era a seguinte:

“A chefia logística é assegurada pelos chefes de repartição e pelos secretários de finanças coordenado-res.”

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2 – As áreas referidas no artigo 4.º constituem núcleos de intervenção especializada cuja direcção e supervisão pode ser delegada pelo inspector–geral de finanças nos subins-pectores–gerais de finanças.

3 – O inspector–geral de finanças pode delegar nos subinspectores–gerais de finanças a prática de actos da sua competência própria com faculdade de subdelegação.

4 – O inspector–geral de finanças é substituído, nas suas ausências, faltas ou impedi-mentos, pelo subinspector–geral de finanças a designar para o efeito.

Artigo 7.º – Conselho de inspecção

1 – O conselho de inspecção é um órgão colegial, de natureza consultiva, ao qual compete apoiar o inspector–geral de finanças no exercício das suas funções.

2 – Ao conselho de inspecção compete, em especial, pronunciar–se sobre: a) a política de qualidade; b) a política de gestão dos recursos humanos; c) os normativos internos para execução do n.º 2 do artigo 3.º; d) os instrumentos de gestão referidos no n.º 2 do artigo 10.º

3 – O inspector–geral de finanças pode determinar a participação de outros funcioná-rios nas reuniões do conselho de inspecção, em razão da matéria a tratar. Artigo 8.º – Direcção operacional

1 – À direcção operacional incumbe assegurar a execução das actividades com obser-vância da política de qualidade dos processos e dos produtos operativos da IGF.

2 – Aos inspectores de finanças directores será confiada prevalentemente a condução de programas, reservando–se aos inspectores de finanças–chefes maior incidência na coor-denação de equipas, sem prejuízo de a ambos poder ser atribuída a execução de acções específicas. Artigo 9.º – Chefia logística

À chefia logística incumbe coordenar todas as acções relacionadas com o apoio administrativo da IGF em geral, sem prejuízo de aos titulares dos cargos de chefia poder ser atribuída a execução de acções específicas. Artigo 10.º – Instrumentos de gestão

1 – A IGF orienta a sua actividade na perspectiva do controlo estratégico, preferen-cialmente com base em programas envolvendo as diferentes áreas de especialização referi-das no artigo 4.º

2 – A concretização dos objectivos de actuação da IGF, bem como a execução e ava-liação das suas actividades é assegurada, designadamente, através dos seguintes instrumen-tos de gestão:

a) plano estratégico de médio prazo, actualizado anualmente, contemplando as li-nhas de orientação da IGF, aprovado pelo Ministro das Finanças;

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b) plano anual de actividades, incluindo o plano de formação, contemplando os diversos programas a desenvolver, detalhados por acções, aprovado pelo Mi-nistro das Finanças;

c) orçamento anual; d) relatório anual de actividades, com síntese do desempenho da IGF no ano ante-

rior, a submeter ao Ministro das Finanças; e) conta de gerência e relatório de gestão orçamental, evidenciando o grau de exe-

cução do orçamento aprovado; f) balanço social.

CAPÍTULO III – EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE

SECÇÃO I –DOS PRINCÍPIOS, DIREITOS E GARANTIAS DE ACTUAÇÃO

Artigo 11.º – Intervenção da IGF

A intervenção da lGF concretiza–se através de acções de sua própria iniciativa com observância dos limites fixados na lei, de acções incluídas no plano anual de actividades, bem como de outras determinadas pelo Ministro das Finanças.

Artigo 12.º – Princípio da proporcionalidade

No exercício das suas funções, os inspectores da IGF deverão pautar a sua conduta pela adequação dos seus procedimentos aos objectivos da acção. Artigo 13.º – Princípio da cooperação

Sempre que não esteja em causa o êxito da acção ou o dever de sigilo, a IGF deve fornecer às entidades objecto da sua intervenção as informações ou outros esclarecimentos de interesse justificado que lhe sejam solicitados, no contexto da administração aberta aos cidadãos. Artigo 14.º – Dever de sigilo

Além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício da função pública, todos os funcionários da IGF estão especialmente obrigados a guardar rigoroso sigilo sobre todos os assuntos de que tomem conhecimento no exercício ou por causa do exercício das suas funções. Artigo 15.º – Garantia do exercício da função inspectiva

1 – Aos inspectores da IGF, no exercício da sua actividade, devem ser facultadas pelas autoridades públicas e pelas entidades sujeitas à sua intervenção todas as condições necessárias à garantia da eficácia da acção inspectiva.

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2 – Neste contexto, é assegurado aos inspectores da IGF, desde que devidamente identificados e no exercício das suas funções:

a) aceder livremente e permanecer, pelo tempo necessário ao desempenho das funções que lhes forem cometidas, em todos os serviços e dependências das entidades sujeitas à intervenção da IGF;

b) utilizar instalações adequadas ao exercício das suas funções em condições de dignidade e eficácia;

c) requisitar e reproduzir documentos, para consulta, suporte ou junção aos relató-rios, processos ou autos e, ainda, proceder ao exame de quaisquer elementos pertinentes à acção inspectiva em poder de entidades cuja actividade seja ob-jecto da intervenção da IGF;

d) trocar correspondência, em serviço, com quaisquer entidades públicas ou pri-vadas sobre questões relacionadas com o desenvolvimento da sua actuação;

e) ingressar e transitar livremente em quaisquer locais públicos, mediante a exibi-ção do cartão de identificação profissional;

f) requisitar às autoridades policiais e administrativas a colaboração necessária ao exercício das suas funções;

g) promover, nos termos legais, a selagem de quaisquer instalações, dependên-cias, cofres ou móveis e a apreensão de documentos e objectos de prova, lavrando o correspondente auto, dispensável caso apenas ocorra simples repro-dução de documentos;

h) proceder, por si ou por recurso a autoridade administrativa ou policial compe-tente ou aos serviços fiscais locais, e cumpridas as formalidades legais, a noti-ficações a que haja lugar em processos de inquéritos, sindicâncias ou discipli-nares ou noutros de cuja instrução estejam incumbidos.

3 – Os funcionários da IGF que sejam arguidos em processo judicial, por actos come-tidos ou ocorridos no exercício e por causa das suas funções, têm direito a ser assistidos por advogado, indicado pelo inspector–geral de finanças, ouvido o interessado, retribuído a expensas do Estado, bem como a transporte e ajudas de custo quando a localização do tri-bunal ou das entidades policiais o justifique.

4 – As importâncias eventualmente despendidas nos termos e para os efeitos referidos no número anterior devem ser reembolsadas pelo funcionário que lhes deu causa, no caso de condenação judicial. SECÇÃO II – DA EFICÁCIA DAS ACÇÕES

Artigo 16.º – Deveres de colaboração e informação

1 – As entidades sujeitas à intervenção da IGF devem disponibilizar o acesso ou for-necer os elementos de informação que esta considere necessários ao exercício das suas competências e ao êxito da sua missão, nos moldes, nos suportes e com a periodicidade havida por conveniente, segundo os parâmetros da boa fé.

2 – Os titulares dos órgãos das entidades sujeitas à intervenção da IGF estão obriga-dos a prestar–lhe ou a fazer prestar as informações e os esclarecimentos, a facultar docu-mentos e a colaborar da forma que lhes for solicitada, no âmbito das suas funções, podendo, para o efeito, ser requisitada a comparência de responsáveis, funcionários e agentes dos

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serviços e organismos do Estado, nomeadamente, para prestação de declarações ou depoi-mentos.

3 – A recusa da colaboração devida e a oposição à actuação da IGF podem fazer in-correr o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da legislação que ao caso couber.

4 – A IGF deve fazer constar no seu relatório anual de actividades os obstáculos co-locados ao normal exercício da sua acção. Artigo 17.º – Princípio do contraditório

1 – Sem prejuízo das garantias de defesa previstas na lei, e tendo em vista os objecti-vos de rigor, operacionalidade e eficácia da acção da IGF, esta conduzirá as suas interven-ções com observância do princípio do contraditório, excepto quando tal procedimento for susceptível de prejudicar aqueles objectivos.

2 – As modalidades e princípios orientadores da aplicação do princípio do contraditó-rio referido no número anterior são fixados por despacho do Ministro das Finanças. Artigo 18.º – Garantia da eficácia

1 – Na sequência da decisão ministerial sobre os seus relatórios, a IGF assegura o respectivo encaminhamento para os gabinetes dos membros do Governo com responsabilidades de superintendência ou tutela sobre as entidades visadas bem como para estas, se for o caso.

2 – Sem prejuízo do dever de a IGF proceder ao acompanhamento do resultado das recomendações e propostas formuladas, as entidades públicas visadas devem fornecer–lhe, no prazo de 60 dias contados a partir da recepção do relatório, informações sobre as medi-das e decisões entretanto adoptadas na sequência da intervenção da IGF, podendo ainda pronunciar–se sobre o efeito da acção. Artigo 19.º – Dever de participação

1 – Independentemente do disposto no n.º 1 do artigo anterior, a IGF tem o dever de participar às entidades competentes, nacionais e comunitárias, consoante os casos, os factos que apurar no exercício das suas funções susceptíveis de interessarem ao exercício da acção penal, contra–ordenacional ou disciplinar, bem como à determinação de responsabilidades financeiras ou a acções de combate à fraude e irregularidades em prejuízo dos orçamentos nacional e comunitário.

2 – Os inspectores que tiverem conhecimento ou notícia de um crime transmiti–lo–ão ao Ministério Público no mais curto prazo, sem prejuízo da adopção dos actos cautelares necessários e urgentes para assegurar os meios de prova, nos termos previstos no Código de Processo Penal.

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CAPÍTULO IV – PESSOAL

Artigo 20.º – Carreira de inspecção

A carreira de inspecção integra o corpo especial de inspecção de alto nível, nos ter-mos do artigo 28.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro. Artigo 21.º – Quadro de pessoal

1 – A IGF dispõe do quadro de pessoal constante do mapa anexo ao presente diplo-ma, que dele faz parte integrante.

2 – Ao recrutamento e provimento do pessoal da IGF são aplicáveis as normas esta-belecidas na lei geral, salvo o disposto no presente diploma.

Artigo 22.º – Classificação anual de serviço

1 – Os funcionários da IGF serão objecto de classificação anual de serviço, nas con-dições definidas por despacho do Ministro das Finanças, com observância dos princípios previstos na lei.

2 – O pessoal dirigente está dispensado da classificação de serviço a que se refere o número anterior. Artigo 23.º – Provimento do pessoal dirigente

1 – Em face da especificidade das funções de controlo de alto nível, os lugares do pessoal dirigente são providos:

a) o de inspector–geral de finanças, por despacho conjunto do Primeiro–Ministro e do Ministro das Finanças, de entre indivíduos de reconhecida competência, qualificação e experiência, licenciados com curso superior adequado ao exercí-cio do respectivo cargo;

b) os de subinspector–geral de finanças, por despacho do Ministro das Finanças, sob proposta do inspector–geral de finanças, de entre licenciados com curso superior adequado que possuam experiência, qualificação e competência ade-quadas ao exercício do cargo;

c) os de inspector de finanças director, de entre inspectores de finanças–chefes ou inspectores de finanças de categoria igual ou superior a inspector de finanças principal, estes com, pelo menos, quatro anos de efectivo serviço na IGF e com classificação de Muito bom no último ano, que possuam qualidades de direcção e experiência adequadas ao exercício do cargo;

d) os de inspector de finanças–chefe, de entre inspectores com categoria igual ou superior a inspector de finanças com, pelo menos, quatro anos de efectivo ser-viço na IGF e com classificação de Muito bom no último ano, que possuam qualidades de chefia e experiência adequadas ao exercício do cargo.

2 – De acordo com as especificidades constantes das alíneas a) a d) do número ante–rior, o provimento dos cargos de inspector–geral de finanças, subinspector–geral de finan-

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ças, inspector de finanças director e inspector de finanças–chefe é efectuado em comissão de serviço, nos termos da lei geral aplicável ao pessoal dirigente. Artigo 24.º – Provimento do pessoal da carreira de inspecção

1 – Os lugares da carreira de inspecção são providos: a) os de inspector de finanças superior principal, de entre inspectores de finanças

superiores com pelo menos cinco anos de serviço nessa categoria e classifica-ção de Muito bom no último ano;

b) os de inspector de finanças superior, de entre inspectores de finanças principais com pelo menos quatro anos de serviço nessa categoria e classificação superior a Bom no último ano;

c) os de inspector de finanças principal e de inspectores de finanças, de entre, res-pectivamente, inspectores de finanças com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não inferior a Bom e inspectores de finanças estagiá-rios que tenham concluído com aproveitamento o respectivo estágio;

d) os de inspector de finanças estagiário, de entre licenciados com curso superior adequado, recrutados mediante provas de selecção a realizar para o efeito.

2 – O estágio a que se refere a alínea c) do n.º 1 tem a duração de um ano de efectivo serviço, podendo em qualquer momento cessar por exoneração dos estagiários que revelem uma notória inadequação para o exercício da função.

3 – A prova de selecção prevista na alínea d) do n.º 1 incluirá a apreciação do currícu-lo dos interessados, a sua experiência profissional e os conhecimentos e aptidões específi-cos revelados em entrevistas e provas escritas, das quais poderão ser dispensados os candi-datos com média de curso não inferior a 16 valores ou Bom com distinção, caso em que aqueles conhecimentos e aptidões serão avaliados unicamente através de entrevista. Artigo 25.º – Provimento do pessoal técnico de finanças

Os lugares da carreira do pessoal técnico de finanças são providos: a) os de secretário de finanças coordenador, de entre secretários de finanças espe-

cialistas com pelo menos três anos de serviço na categoria, classificação supe-rior a Bom e qualidades de chefia adequadas ao exercício da função;

b) os de secretário de finanças especialista, de entre secretários de finanças prin-cipais com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não inferior a Bom;

c) os de secretário de finanças principal, de entre secretários de finanças de 1.ª classe com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não in-ferior a Bom;

d) os de secretários de finanças de 1.ª classe, de entre os secretários de 2.ª classe com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação não inferior a Bom;

e) os de secretário de finanças de 2.ª classe, de entre secretários de finanças esta-giários aprovados no respectivo estágio, com a duração de um ano;

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f) os de secretário de finanças estagiário, de entre indivíduos habilitados com pelo menos o curso complementar do ensino secundário ou equivalente, recrutados mediante provas de selecção a realizar para o efeito.

Artigo 26.º – Provimento do restante pessoal

O provimento dos lugares das restantes carreiras previstas no quadro do pessoal da IGF será feito nos termos da lei geral. Artigo 27.º – Regime de provimento e selecção

1 – As nomeações para lugares de secretário de finanças coordenador, bem como para os lugares de ingresso em carreiras em que o recrutamento não seja precedido de estágio, têm carácter provisório durante um ano, findo o qual o provimento se tornará definitivo, se o funcionário revelar aptidão para o lugar, regressando, em caso contrário, à situação ante-rior.

2 – No provimento dos lugares de ingresso em carreiras em que o recrutamento é pre-cedido de estágio atender–se–á, pela ordem indicada:

a) à classificação final do estágio; b) à graduação para ingresso no estágio.

3 – A formação obtida nos estágios a que alude o número anterior integra–se no âm-bito da formação inicial e tem características teórica e prática, com momentos distintos de avaliação. Artigo 28.º – Impedimentos e incompatibilidades

1 – O pessoal da IGF está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibili-dades vigente na Administração Pública.

2 – É ainda vedado aos dirigentes e inspectores da IGF: a) executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em que sejam

visados parentes ou afins em qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral;

b) exercer funções de administração ou gerência em qualquer ramo de comércio, indústria ou serviços;

c) exercer actividades alheias ao serviço que respeitem a entidades relativamente às quais o funcionário tenha realizado nos últimos três anos quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar;

d) exercer quaisquer outras actividades, públicas ou privadas, alheias ao serviço, salvo as que decorrem do exercício do seu direito de participação na vida pú-blica.

3 – O exercício de actividades mencionadas nas alíneas c) e d) poderá ser autorizado casuisticamente por despacho do Ministro das Finanças, sob parecer do inspector–geral de finanças, desde que não afecte o prestígio da função, não contribua para enfraquecer a res-pectiva autoridade e não ponha em causa a isenção profissional do funcionário.

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4 – O despacho de autorização fixará, para cada caso, as condições em que se permite o exercício de actividade estranha à IGF, podendo a todo o tempo ser revogado com fun-damento na inobservância ou desrespeito dessas condições. Artigo 29.º – Remunerações

Ao pessoal da IGF, incluindo o pessoal dirigente, é mantido o regime remuneratório actualmente em vigor. Artigo 30.º – Domicílio profissional

1 – O pessoal da IGF tem domicílio profissional na cidade de Lisboa, podendo, por conveniência do serviço, ouvido o interessado e mediante despacho do inspector–geral de finanças, ser fixado nas cidades do Porto ou Coimbra.

2 – Os funcionários com domicílio profissional autorizado fora das localidades refe-ridas no número anterior podem, mediante despacho do inspector–geral de finanças, manter o domicílio autorizado ao abrigo da legislação anterior.

3 – A promoção, nomeação em cargo dirigente ou a alteração do domicílio voluntário por iniciativa do interessado implica a observância do disposto no n.º 1.

CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 31.º – Orientação de acções

O inspector–geral de finanças pode, sempre que ocorram razões de serviço pondero-sas, designar temporariamente inspectores de finanças de qualquer categoria para orientar a execução de acções. Artigo 32.º – Preenchimento de lugares

Quando, por força da aplicação do presente diploma, os lugares providos em qualquer categoria excedam a respectiva dotação, consideram–se os mesmos preenchidos por conta das vagas existentes nas categorias superiores. Artigo 33.º – Transição

1 – O pessoal da carreira de inspecção transita, na categoria que detém, para o escalão correspondente à remuneração actual.

2 – O pessoal da carreira técnica superior, bem como o pessoal da carreira de técnico de finanças habilitado com curso superior adequado, com mais de dois anos de serviço efectivo na IGF, pode transitar para a carreira de inspecção e é integrado na categoria e escalão correspondente ao nível da remuneração actual ou no escalão imediatamente supe-rior, caso não haja correspondência.

3 – O pessoal da carreira de pessoal técnico de finanças, provido nas categorias de secretário de finanças de 1.ª ou 2.ª classe, com curso superior ou equiparado que não confi-

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ra o grau de licenciatura, pode transitar para idêntico escalão da categoria de secretário de finanças principal.

4 – O restante pessoal da carreira de pessoal técnico de finanças transita para a cate-goria e escalão que actualmente detém.

5 – O pessoal da carreira de operador de reprografia que exerce funções de operador de offset transita para esta carreira, desde que possuidor das habilitações literárias e profis-sionais legalmente exigíveis para ingresso na referida carreira, para a categoria e escalão correspondente ao nível de remuneração actual ou imediatamente superior, caso não haja correspondência.

6 – As transições referidas nos n.os 2 e 4 fazem–se a requerimento dos interessados, a apresentar no prazo de 60 dias contados a partir da data da entrada em vigor do presente diploma.

Artigo 34.º – Chefes de repartição 89

(Revogado) Artigo 35.º – Pessoal

A entrada em vigor do presente diploma não prejudica a manutenção de qualquer re-lação jurídica de emprego legalmente tutelada vigente na respectiva data. Artigo 36.º – Concursos pendentes

Nas transições previstas no presente diploma são consideradas as alterações resultan-tes de concursos de pessoal abertos até à entrada em vigor do presente diploma. Artigo 37.º – Norma revogatória

1 – São revogados o n.º 4 do artigo 3.º e o n.º 2 do artigo 9.º do Decreto–Lei n.º 94/87, de 2 de Março, o Decreto–Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, com excepção do n.º 2 do artigo 35.º e do artigo 35.º–A, este introduzido pelo Decreto–Lei n.º 82/97, de 9 de Abril, o Decreto–Lei n.º 155/91, de 23 de Abril, o n.º 3 do artigo 65.º do Decreto–Lei n.º 325/93, de 25 de Setembro, o Decreto–Lei n.º 162/95, de 6 de Julho, o Decreto Regulamentar n.º 33/86, de 20 de Agosto, a Portaria n.º 208/80, de 29 de Abril, a Por-taria n.º 719/83, de 24 de Junho, a Portaria n.º 885/85, de 21 de Novembro, a Portaria

89 Revogado pelo artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril. A versão originária era a seguinte: “Aos

chefes de repartição é atribuída a função de coordenação geral de actividades de apoio logístico, nos termos a definir por despacho do inspector–geral de finanças.”

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n.º 415/87, de 19 de Maio, e a Portaria n.º 478/95, de 20 de Maio. 90 2 – As disposições legais ou regulamentares que remetam para preceitos de anteriores

diplomas orgânicos da IGF entendem–se reportadas para as correspondentes disposições do presente diploma, salvo se da interpretação daquelas resultar solução diferente.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Abril de 1998. – António Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho.

Promulgado em 24 de Julho de 1998. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 27 de Julho de 1998. Pelo Primeiro–Ministro, José Veiga Simão, Ministro da Defesa Nacional.

Decreto–Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro (Escalas salariais) 91

[...]

Artigo 35.º – Remunerações

1 – (Revogado) 2 – O pessoal da carreira de inspecção, incluindo o pessoal dirigente, enquanto corpo

especial, nos termos do n.º 3 do artigo 16.º do Decreto–Lei n.º 184/89, de 2 de Junho, é remunerado de acordo com escalas indiciárias próprias.

Artigo 35.º- A – Remunerações dos dirigentes 92

1 – Para os efeitos do disposto no n.º 2 do artigo anterior, a escala indiciária aplicável aos dirigentes da carreira de inspecção é a seguinte:

Inspector–geral de finanças – 100; Subinspector–geral de finanças – 90%; Inspector de finanças – director – 80%; Inspector de finanças – chefe – 75%.

90 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 363-A/98, de 19 de Novembro. A versão originária era a seguinte:

“1 – São revogados o n.º 4 do artigo 3.º e o n.º 2 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 94/87, de 2 de Março, o Decreto-Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, com excepção do n.º 2 do artigo 35.º e do artigo 35.º-A, este introduzido pelo Decreto-Lei n.º 82/97, de 9 de Abril, o Decreto-Lei n.º 155/91, de 23 de Abril, o Decreto-Lei n.º 325/93, de 25 de Setembro, o Decreto-Lei n.º 162/95, de 6 de Julho, o Decreto Regulamentar n.º 33/86, de 20 de Agosto, a Portaria n.º 208/80, de 29 de Abril, a Portaria n.º 719/83, de 24 de Junho, a Portaria n.º 885/85, de 21 de Novembro, a Portaria n.º 415/87, de 19 de Maio, e a Portaria n.º 478/95, de 20 de Maio.”

91 O Decreto-Lei 353/89, de 16 de Outubro, foi revogado pelo Decreto-Lei 249/98, de 11 de Agosto, incl. Supra, com a excepção dos artigos presentes.

92 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei 82/97, de 9 de Abril.

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2 – O valor do índice 100 da remuneração base do inspector–geral de finanças é de 730 800$00. [...]

Decreto–Lei n.º 363–A/98, de 19 de Novembro (Altera a Lei Orgânica)

O Decreto–Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, que procedeu à reestruturação da Inspec-ção–Geral de Finanças, incluiu, indevidamente, o Decreto–Lei n.º 325/93, de 25 de Setem-bro, no elenco das normas a revogar, constantes no n.º 1 do seu artigo 37.º

Ora, este último diploma estabeleceu o novo regime fiscal dos tabacos manufactura-dos, transpondo para a ordem jurídica interna as Directivas do Conselho n.os 92/78/CEE, 92/79/CEE e 92/80/CEE, não existindo quaisquer razões que devessem levar à sua revoga-ção, o qual correctamente tem continuado a ser aplicado.

A sua menção no referido elenco de normas a revogar tinha cabimento apenas quanto ao n.º 3 do artigo 65.º, que deu nova redacção ao Decreto–Lei n.º 353/89, de 16 de Outubro, anterior Lei Orgânica da Inspecção–Geral de Finanças. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º e do n.º 5 do artigo 112.º da Consti-tuição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º 93 Artigo 2.º

O disposto no presente diploma produz efeitos a partir da data da entrada em vigor do Decreto–Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Novembro de 1998. – António Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco.

Promulgado em 17 de Novembro de 1998. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 18 de Novembro de 1998. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

Decreto–Lei n.º 173/99, de 20 de Maio (Atribui à IGF a competência para a elaboração do relatório sobre instrumentos financeiros no âmbito do QCA)

O Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, estabelece normas de execução do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro, na

93 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.º 3193/94, no que respeita ao controlo financeiro, pelos Estados membros, das operações co–financiadas pelos fundos estruturais.

A aprovação do referido regulamento insere–se num quadro de desenvolvimento dos princípios que presidem ao controlo financeiro a que os Estados membros devem submeter as operações co–financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais e que se encontram postulados no n.º 1 do artigo 23.º do citado Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro.

Foram, assim, definidas e consagradas determinadas exigências mínimas que os sis-temas nacionais de gestão e controlo financeiro dos Estados membros devem satisfazer para atingir um nível aceitável em toda a União Europeia.

De entre estas exigências, avulta a obrigação para todos os Estados membros de apre-sentar à Comissão, no contexto do encerramento das diferentes formas de intervenção, um relatório com carácter independente que forneça uma conclusão global relativamente à validade do pedido de pagamento final e que permita a identificação e um tratamento satisfatório de quaisquer deficiências ou irregularidades.

Tal relatório deve ser elaborado por uma pessoa ou organismo funcionalmente inde-pendente do serviço responsável pela execução das formas de intervenção dos fundos e instrumentos financeiros estruturais.

Perante a entrada em vigor do citado regulamento e das novas exigências nele enun-ciadas, há que proceder às necessárias adaptações no ordenamento jurídico interno por for-ma a, no âmbito da actual estrutura orgânica relativa à gestão, acompanhamento, avaliação e controlo da execução do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) definida no Decreto–Lei n.º 99/94, de 19 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 208/98, de 4 de Julho, criar um quadro normativo que permita dar cumprimento e execução às novas obrigações regulamentares.

Para tanto, estabelecem–se as regras e os procedimentos indispensáveis à elaboração do relatório supramencionado, estipulando, nomeadamente, qual o organismo responsável pela sua emissão e os meios que terá ao seu dispor para a sua execução, dotando–o para tal das necessárias atribuições.

Considerando ser fundamental a articulação entre as entidades que, directa ou indirec-tamente, intervêm no processo de gestão, acompanhamento, avaliação e controlo das dife-rentes formas de intervenção, consagra–se um dever de colaboração para com a Inspecção Geral de Finanças;

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: Artigo 1.º – Âmbito

O presente diploma estabelece as regras e os procedimentos a adoptar para a elabora-ção do relatório a emitir no encerramento das diferentes formas de intervenção co–financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio (QCA), nos termos e para os efeitos previstos no artigo 8.º do Regu-lamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro.

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Artigo 2.º – Atribuições

A Inspecção–Geral de Finanças (IGF) é o organismo nacional competente para a ela-boração do relatório previsto no artigo anterior. Artigo 3.º – Natureza

O relatório a que se referem os artigos anteriores, que resume as conclusões dos con-trolos efectuados nos anos anteriores, deverá mencionar se os controlos efectuados às ac-ções co–financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais foram planeados e realizados de acordo com o disposto no Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, e oferecem uma garantia razoável quanto à inexistência de erros materiais na declaração final de despesa e no pedido de saldo final da ajuda comunitária, estabelecendo, assim, a validade do pedido de pagamento do saldo final e a legalidade e regularidade das operações em que se baseia a declaração final de despesa. Artigo 4.º – Princípios orientadores

Para a emissão do relatório referido nos artigos anteriores, a IGF: a) assegura a coordenação de todos os aspectos atinentes à sua realização, promo-

vendo, designadamente, sempre que tal se mostre necessário, a elaboração de programas de trabalho adequados às especificidades dos sistemas de gestão e controlo das intervenções operacionais;

b) promove a intervenção de peritos ou de recursos qualificados de outras entida-des, nomeadamente dos organismos de controlo de segundo nível que se mos-trem adequados ao cabal cumprimento das exigências estabelecidas pelo pre-sente diploma.

Artigo 5.º – Articulação

Para os efeitos consagrados pelo presente diploma, a intervenção de recursos qualifi-cados dos organismos que integram os diferentes níveis de controlo, nomeadamente dos organismos de controlo de segundo nível, processa–se em conformidade com metodologias previamente acordadas com estes, no quadro do funcionamento do sistema nacional de con-trolo do QCA, tal como previsto no Decreto–Lei n.º 99/94, de 19 de Abril, com as altera-ções introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 208/98, de 14 de Julho, e respectivos diplomas regu-lamentares e, em especial, de acordo com as modalidades de articulação neles previstas. Artigo 6.º – Da emissão do relatório

1 – Após a verificação das contas e relatórios de execução das acções, enviados pelos gestores, os interlocutores financeiros da Comissão Europeia transmitem à IGF, o mais tar-dar até três meses após o início do prazo a que se refere o primeiro travessão do n.º 4 do artigo 21.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro, na redac-ção dada pelo Regulamento (CEE) n.º 2082/93, do Conselho, de 20 de Julho, os documen-

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tos identificados naquele n.º 4, bem como outros elementos de informação que considerem necessários à elaboração do relatório previsto no presente diploma.

2 – Previamente à emissão do relatório, a IGF dará conhecimento do respectivo pro-jecto aos interlocutores financeiros da Comissão Europeia e nos 10 dias úteis seguintes apreciará os comentários que estes lhe transmitam. Do mesmo modo, dará conhecimento aos respectivos responsáveis governamentais.

3 – Cumprido o preceituado no número anterior, a IGF remeterá o relatório aos inter-locutores financeiros da Comissão Europeia para o fundo ou instrumento financeiro corres-pondente à forma de intervenção analisada, devendo estes, nos termos e para os efeitos con-jugados do n.º 4 do artigo 21.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro, e do artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outu-bro, proceder ao seu envio à Comissão Europeia.

4 – Do relatório e respectiva declaração previstos no artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, será igualmente dado conhecimento, pela IGF, ao Tribunal de Contas.

5 – Sempre que os interlocutores financeiros da Comissão Europeia, por motivo fun-damentado, não observem o prazo estabelecido no n.º 1 da presente disposição, deve ser considerada uma dilação equivalente, para efeitos do disposto no n.º 3. Artigo 7.º – Dever de colaboração

No âmbito e para os fins visados no presente diploma, as entidades que, directa ou indirectamente, intervêm no processo de gestão, acompanhamento, avaliação e controlo das diferentes formas de intervenção co–financiadas pelos fundos e instrumentos financeiros estruturais têm o dever de colaborar com a IGF. Artigo 8.º – Contactos com a Comissão Europeia

A IGF, como interlocutor nacional da Comissão Europeia no domínio do controlo financeiro, assegurará, nos termos e para os efeitos do artigo 10.º do Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, o estabelecimento dos contactos com a Direc-ção–Geral da Comissão Europeia responsável pelo controlo financeiro, considerados rele-vantes para o cabal cumprimento das atribuições consagradas pelo presente diploma. Artigo 9.º – Relatórios intercalares

A IGF informará a Comissão Europeia todos os anos, antes de 30 de Junho, sobre a forma como foi aplicado em Portugal o Regulamento (CE) n.º 2064/97, da Comissão, de 15 de Outubro, durante o ano civil anterior, nos termos do respectivo artigo 9.º, fazendo refe-rência especial às obrigações contidas no seu artigo 2.º e actualizando, se for caso disso, a descrição do sistema de gestão e controlo referida no n.º 1 do artigo 23.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro.

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Artigo 10.º – Conservação de documentos

A documentação recebida ou produzida pela IGF no quadro das funções que lhe são cometidas por este diploma, incluindo a armazenada em suporte magnético, será conserva-da durante o prazo estipulado no n.º 3 do artigo 23.º do Regulamento (CEE) n.º 4253/88, do Conselho, de 19 de Dezembro. Artigo 11.º – Sigilo

As informações obtidas durante os controlos são abrangidas pelo segredo profissio-nal, em conformidade com as disposições legais nacionais ou comunitárias aplicáveis. Não podem ser divulgadas a não ser às pessoas que devam delas ter conhecimento para poderem exercer as funções que lhes estão cometidas nos Estados membros ou nas instituições da União Europeia. Artigo 12.º – Disposições finais

1 – Para o desempenho das tarefas decorrentes da elaboração do relatório previsto no presente diploma, serão preferencialmente utilizadas as linhas de financiamento previstas para a assistência técnica ao QCA, desde que as disponibilidades financeiras sejam efecti-vamente identificadas e confirmadas pelos respectivos responsáveis pela gestão, tendo–se por objectivo suprir a necessidade de reforçar externamente os meios humanos e materiais afectos.

2 – O recurso a estas linhas de financiamento deverá ser equacionado, preferencial-mente, no quadro da formação dos recursos humanos e do respectivo suporte técnico que venham a ser afectos ao desempenho das tarefas previstas neste diploma.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 6 de Abril de 1999. – António Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – João Cardona Gomes Cravinho – José Apolinário Nunes Portada – Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues.

Promulgado em 29 de Abril de 1999. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 4 de Maio de 1999. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

Decreto–Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro (Atribui à IGF a organiza-ção a actualização das participações detidas pelo Estado e outros entes públicos)

O artigo 85.º da Lei n.º 87-B/98, de 31 de Dezembro, concedeu autorização legislati-va ao Governo para atribuir competência à Inspecção–Geral das Finanças para organizar o registo e controlo das participações detidas pelo Estado e outros entes públicos.

Atendendo à diversidade e quantidade das participações em causa, bem como à forma dispersa que a presença do Estado e de outros inúmeros entes públicos revela, tanto ao nível

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da entidade detentora, como da forma jurídica utilizada, importa que este volumoso e valio-so património seja objecto de registo uniformizado e sistematizado, por forma a poder dis-por–se de informação actualizada e fiável sobre as participações detidas por entes públicos.

Cumpre ressalvar, porém, que o regime do registo e controlo ora instituído em nada modifica as competências próprias do Governo, da Direcção–Geral do Tesouro e dos ór-gãos competentes das Regiões Autónomas e das autarquias locais, dado tratar–se de um instrumento geral de informação e controlo ao serviço das entidades responsáveis pela ges-tão.

Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 85.º da Lei n.º 87-B/98, de 31

de Dezembro, e nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta, para valer como lei geral da República, o seguinte:

Artigo 1.º – Objecto

Compete à Inspecção–Geral de Finanças organizar e manter actualizado o registo das participações, em entidades societárias e não societárias, detidas pelo Estado e outros entes públicos, individual ou conjuntamente, de forma directa ou indirecta.

Artigo 2.º – Entes públicos

1 – Para efeitos de aplicação deste decreto–lei, consideram–se entes públicos o Esta-do, institutos públicos, instituições de segurança social, outros fundos ou serviços autóno-mos, empresas públicas, sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos, directa ou indirectamente, bem como as administrações regionais, autarquias locais, áreas metropolitanas, associações de municípios, empresas municipais, intermunicipais e regio-nais.

2 – São ainda equiparadas a entes públicos as associações, fundações e quaisquer outras entidades em que o Estado ou outro ente público, individual ou conjuntamente, de forma directa ou indirecta, exerça uma influência dominante, nomeadamente por detenção da maioria dos direitos de voto ou resultante do direito de designar, para qualquer órgão social, a maioria dos seus membros. Artigo 3.º – Informação anual

1 – Todos os entes públicos e entidades equiparadas são obrigados a enviar anual-mente à Inspecção–Geral de Finanças informação relativa às participações detidas em enti-dades societárias e não societárias, com referência a 31 de Dezembro do ano anterior.

2 – A informação referida no número anterior deverá ser enviada à Inspecção–Geral de Finanças até ao final do mês de Março do ano seguinte àquele a que respeita a informa-ção, e será elaborada de acordo com o formulário dos mapas a definir por portaria do Ministro das Finanças.

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Artigo 4.º – Informação periódica

1 – Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, os entes públicos e entidades equipa-radas são obrigados a comunicar à Inspecção–Geral de Finanças qualquer alteração aos dados constantes na última informação anual enviada.

2 – Esta obrigação aplica–se igualmente aos entes públicos e entidades equiparadas que ainda não remeteram a informação anual a que se refere o artigo 3.º, sempre que adqui-ram participações ou participem na constituição de empresas, associações ou fundações.

3 – A comunicação referida nos números anteriores deverá ser remetida até ao final do mês seguinte àquele em que se tenham verificado os factos neles referidos.

Artigo 5.º – Norma revogatória

É revogado o Despacho Normativo n.º 92/88, de 11 de Outubro, publicado no Diário da República, 1.ª série, n.º 252, de 31 de Outubro de 1988.

Artigo 6.º – Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de Agosto de 1999. – António Ma-

nuel de Oliveira Guterres – Jaime José Matos da Gama – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – João Cardona Gomes Cravinho – Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura – Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues – Manuel Maria Ferreira Carrilho – José Maria-no Rebelo Pires Gago.

Promulgado em 29 de Outubro de 1999. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 5 de Novembro de 1999. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Portaria n.º 79/2000, de 19 de Fevereiro (Mapas de participações)

O Decreto–Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro, preceitua a definição, por portaria do

Ministro das Finanças, do formulário dos mapas através dos quais os entes públicos enviam à Inspecção–Geral de Finanças a relação de todas as participações detidas em entidades societárias e não societárias.

Torna–se, pois, necessário dar cumprimento ao disposto no n.º 2 do artigo 3.º do De-creto–Lei n.º 491/99, de 17 de Novembro.

Assim: Manda o Governo, pelo Ministro das Finanças, o seguinte: 1.º É aprovado o formulário dos mapas através dos quais os entes públicos e entida-

des equiparadas enviam à Inspecção–Geral de Finanças a relação de todas as participações detidas em entidades societárias e não societárias, nos termos do anexo à presente portaria, que dela faz parte integrante.

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2.º A presente portaria entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação e produz efeitos com referência à informação relativa a 31 de Dezembro de 1999.

O Ministro das Finanças, Joaquim Augusto Nunes Pina Moura, em 28 de Janeiro de 2000.

MAPA I

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MAPA II

MAPA III

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MAPA III–A

Notas Mapa I

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Mapa II

Mapas III e III–A

QUADRO I Tabela da forma jurídica/tipo de entidade

Entidades não societárias

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Entidades societárias

QUADRO II Tabela das nacionalidades

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QUADRO III Informações complementares

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Decreto–Lei n.º 205/2001 – de 27 de Julho (Suplemento de função ins-pectiva)

Pretende–se com o presente decreto–lei substituir o actual suplemento remuneratório aplicado à carreira de inspecção por um suplemento de função inspectiva, na sequência do que foi criado para as carreiras de inspecção da Administração Pública, suplemento esse que tem por fim compensar os ónus específicos das funções de inspecção.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: Artigo 1.º – Suplemento de função inspectiva

O pessoal dirigente de inspecção e o pessoal da carreira de inspecção de alto nível, da Inspecção–Geral de Finanças, tem direito a um suplemento de função inspectiva, para com-pensação dos ónus específicos inerentes ao seu exercício. Artigo 2.º – Montante

O suplemento referido no artigo anterior é fixado no montante de 20% da respectiva remuneração, é abonado em 12 mensalidades e releva para efeitos de aposentação, sendo considerado no cálculo da pensão pela forma prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 47.º do Estatuto da Aposentação. Artigo 3.º – Equipas inspectivas

Para o desenvolvimento de acções de inspecção e auditoria, contidas nos planos de actividade da IGF, podem ser constituídas equipas inspectivas, até ao máximo de 20, coor-denadas por inspectores designados anualmente para o efeito, os quais têm direito a um acréscimo remuneratório correspondente a 30% do valor do índice 100 da escala salarial do regime geral da função pública.

Artigo 4.º – Norma derrogatória

O suplemento instituído pelo Decreto–Lei n.º 513–Z/79, de 27 de Dezembro, que é actualmente abonado ao pessoal dirigente e ao pessoal da carreira de inspecção da Inspec-ção–Geral de Finanças, é substituído pelo suplemento instituído pelos artigos 1.º e 2.º

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Junho de 2001. – António Manuel de Oliveira Guterres – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 17 de Julho de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 19 de Julho de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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Decreto-Lei n.º 91/2002, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica)

A Inspecção-Geral de Finanças (IGF) operou uma reestruturação através do Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, adoptando um modelo de organização e gestão flexível e participada assente numa estrutura baseada em unidades de trabalho, cujas funções e rela-ções hierárquico-funcionais foram definidas nos termos, respectivamente, dos n.os 1 e 2 do artigo 3.º daquele diploma, através do despacho n.º 18671/98, do Ministro das Finanças.

Neste contexto, foi operada, entre outras alterações, a reorganização da área adminis-trativa, com reflexos a nível das repartições de serviços, que foram extintas, sendo as suas atribuições cometidas a unidades de trabalho do tipo núcleo de organização e desenvolvi-mento.

Todavia, de harmonia com o n.º 3 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, a nova lei orgânica manteve, no quadro de pessoal anexo à mesma, o lugar de chefe de repartição, a extinguir quando vagar, havendo, consequentemente, a necessidade de de-finir competências para os funcionários com aquela categoria.

Subsequentemente, o Decreto-Lei n.º 404-A/98, de 18 de Dezembro, que estabeleceu as regras sobre o regime geral de estruturação de carreiras da Administração Pública, com efeitos a 1 de Janeiro de 1998, prevê que os lugares de chefe de repartição sejam extintos com a reorganização das áreas administrativas operadas através das respectivas leis orgâni-cas sendo os titulares dos cargos de chefe de repartição, nos termos do seu artigo 18.º, com a redacção dada pela Lei n.º 44/99, de 11 de Junho, reclassificados na categoria de técnico superior de 1.ª classe.

Assim, com vista a dar execução ao mencionado artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 404-A/98, de 18 de Dezembro, o presente diploma procede à alteração do Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, que procedeu à reorganização da área administrativa da IGF, reclassificando a única chefe de repartição do quadro de pessoal da IGF e extinguindo, con-sequentemente, as funções que transitoriamente lhe foram cometidas.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

Artigo 1.º - Alteração ao Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto 94

Artigo 2.º - Reclassificação

O chefe de repartição do quadro de pessoal da Inspecção-Geral de Finanças, constan-te do mapa anexo ao Decreto-Lei n.º 249/98, de 11 de Agosto, é reclassificado de acordo com o disposto no artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 404-A/98, de 18 de Dezembro, na redac-ção dada pela Lei n.º 44/99, de 11 de Junho.

94 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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Artigo 3.º – Criação do lugar

Para efeitos do disposto no artigo anterior, é criado no quadro de pessoal da Inspec-ção-Geral de Finanças, na carreira de técnico superior, um lugar de técnico superior de 1.ª classe, a extinguir quando vagar.

Artigo 4.º – Norma revogatória 95

Artigo 5.º – Produção de efeitos

O presente diploma produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de Fevereiro de 2002. – António Manuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 22 de Março de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 28 de Março de 2002. O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

95 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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INSPECÇÃO–GERAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDA-RIEDADE

Decreto–Lei n.º 80/2001, de 6 de Março (Lei Orgânica)

O Decreto–Lei n.º 115/98, de 4 de Maio, que aprovou a Lei Orgânica do Ministério

do Trabalho e da Solidariedade (MTS), criou uma nova Inspecção–Geral desse Ministério. Nova porque, embora herdeira da Inspecção–Geral da Segurança Social quanto a

algumas das suas competências e à totalidade dos seus meios, recebe nova designação – Inspecção–Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (IGMTS), assume por intei-ro a sua vocação matricial de instância de controlo do orçamento de segurança social e do funcionamento dos serviços que passam a ser todos os do Ministério, alarga o seu âmbito às entidades privadas que prosseguem fins de apoio ou solidariedade social, sem restrição do registo prévio ou da natureza não lucrativa e finalmente ganha eficácia na sua acção de con-trolo por lhe ser conferida a capacidade de fiscalização indirecta a todas as entidades que se relacionam com os serviços, sejam eles beneficiários ou contribuintes no domínio das rela-ções contributiva ou prestacional, sejam eles empresas ou trabalhadores no âmbito das rela-ções laborais.

Para esta nova realidade institucional, com competências muito vastas em consonân-cia com as também actuais exigências de um sistema de controlo interno do Estado credível e eficaz que recomendam a criação ou o alargamento do âmbito das inspecções administra-tivas para se garantir a cobertura integral e com um universo quase ilimitado de intervenção que vai dos serviços de administração directa do Estado aos particulares, passando pelos institutos e empresas públicas, cooperativas e outras instituições privadas, prevê–se, nesta lei, a reformulação do seu quadro de actuação, a construção de uma estrutura orgânica leve e flexível, mas capaz de uma dignificação estatutária do seu corpo inspectivo.

Na reformulação do seu quadro de actuação pretende–se marcar, até simbolicamente, logo na autonomização das funções de auditoria e de apoio técnico–normativo, uma nova filosofia de acção que tem o acento tónico na prevenção e na intervenção pedagógica.

Prevenção na adopção de medidas que permitem uma acção tempestiva, possibilitan-do–se a harmonização de procedimentos com ganhos de eficiência, a correcção de disfun-cionalidades com reflexos na melhoria da eficácia e a eliminação de irregularidades fre-quentes e gerais.

Intervenção pedagógica pela relevância da função auditoria, geneticamente confor-mada na visão do auxílio à gestão e operacionalizada pelo recurso à recomendação, mas intervenção pedagógica ainda, mesmo na área da inspecção, porque integrada no quadro de um relacionamento de verdadeira cooperação entre o Estado e as instituições privadas de solidariedade social.

Para além da marca simbólica está presente a necessidade de garantir maior eficácia à acção inspectiva em sentido lato, quer acautelando os interesses essenciais dos destinatários dos serviços prestados pelas instituições a inspeccionar, sejam eles administrados ou uten-tes, através da consagração de um espectro largo de actuação que passa pela avaliação dos fins, quer garantindo a responsabilização individual das omissões e irregularidades por acção disciplinar imediata, quer clarificando a competência em matéria de fundos comuni-

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tários geridos ou utilizados pelas entidades sujeitas a fiscalização, quer estendendo o dever de colaboração a todos os indivíduos e entidades privadas cuja participação ou testemunho se revele imprescindível à investigação.

Na construção da sua orgânica, flexibilizou–se a sua estrutura funcional nuclear eli-minando–se direcções de serviços na área inspectiva em homenagem ao princípio da sufi-ciência da sua direcção máxima com três subinspectores–gerais, reforçou–se a sua organi-zação interna com a criação de um núcleo de apoio técnico à direcção e ao corpo inspecti-vo, com funções de consulta e apoio, concentrou–se todos os restantes serviços de apoio administrativo e técnico numa direcção de serviços de apoio à gestão e administração.

O reconhecimento da importância que reveste para os sectores da segurança social e solidariedade, das relações laborais e do emprego e formação profissional, a existência de um órgão inspectivo credível, a diversidade de campos em que ele deve actuar, o âmbito nacional e o impacte social da sua acção, bem como as finalidades prosseguidas pelas insti-tuições a que o mesmo se dirige e os volumes financeiros por elas movimentados, todos os que integram o orçamento da segurança social são determinantes da consagração de um regime específico para o seu funcionamento e recomendam que, no quadro mais geral das inspecções administrativas, seja previsto um estatuto que permita o adequado recrutamento consentâneo com a elevada qualificação profissional e independência que lhe são exigidas e com os ónus que afectam o exercício das funções dos respectivos inspectores.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA, ÂMBITO DE ACTUAÇÃO E COMPETÊNCIAS

Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (IGMTS) é um ser-viço do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (MTS), integrado na administração di-recta do Estado, dotado de autonomia técnica com competências de auditoria, inspecção e de apoio técnico–normativo no âmbito da sua acção. Artigo 2.º – Sede e competência territorial

1 – A IGMTS tem sede em Lisboa e desenvolve a sua acção em todo o território na-cional.

2 – Sempre que as circunstâncias o justifiquem, poderão ser criados, por despacho do Ministro do Trabalho e da Solidariedade, centros de apoio, de âmbito regional. Artigo 3.º – Âmbito de actuação

1 – A IGMTS exerce as suas competências de auditoria, de inspecção e de apoio téc-nico–normativo visando, designadamente, o controlo do orçamento da segurança social, relativamente:

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a) aos serviços, organismos e órgãos do MTS visando, designadamente, o contro-lo da execução do orçamento da segurança social;

b) às instituições privadas de solidariedade social; c) às entidades particulares que prosseguem fins de apoio e solidariedade social; d) e ainda, às outras entidades, sempre que tal seja necessário ao exercício das

suas competências. 2 – No exercício da sua acção, a IGMTS articula–se directamente com os serviços

integrados na administração directa do Estado, os organismos sob superintendência e tutela e os órgãos de consulta do MTS. Artigo 4.º – Competências

À IGMTS compete, relativamente às entidades referidas no n.º 1 do artigo anterior: 1) No âmbito da acção de auditoria:

a) avaliar e controlar a eficácia e a eficiência na prossecução dos fins, bem como avaliar e controlar a qualidade dos serviços prestados aos utentes;

b) avaliar e controlar a gestão orçamental, financeira e patrimonial bem como a gestão de recursos humanos e administrativa;

c) contribuir para a eficácia da cobrança da dívida da segurança social bem como colaborar na prevenção da fraude e da evasão contributivas;

d) efectuar análises comparativas dos dados obtidos nas acções de auditoria com vista a contribuir para a criação de indicadores de gestão;

e) colaborar com as entidades nacionais e europeias responsáveis pela gestão e controlo dos recursos financeiros oriundos da União Europeia e, designada-mente, o Fundo Social Europeu na fiscalização regular desses recursos bem como da respectiva comparticipação nacional;

f) determinar e propor, na sequência das acções desenvolvidas, as medidas pre-ventivas e correctivas adequadas, bem como acompanhar a execução das pro-postas e recomendações aprovadas;

2) No âmbito da acção inspectiva: a) inspeccionar as actividades com o objectivo de verificar o cumprimento das

disposições legais e regulamentares, a conformidade dos procedimentos e a qualidade dos serviços prestados;

b) colaborar com as entidades nacionais e europeias responsáveis pela gestão e controlo dos recursos financeiros oriundos da União Europeia e, designada-mente, do Fundo Social Europeu na fiscalização regular desses recursos bem como da respectiva comparticipação nacional;

c) fiscalizar e controlar a gestão orçamental, financeira e patrimonial, bem como a gestão de recursos humanos e administrativa;

d) efectuar averiguações, inquéritos, sindicâncias, peritagens e exames; e) verificar o cumprimento das normas constantes dos protocolos e acordos de

cooperação e de gestão, nomeadamente no âmbito da formação e da acção so-cial;

f) instaurar e instruir processos disciplinares a funcionários e agentes em relação a infracções verificadas no decurso ou em consequência das suas acções e ins-truir idênticos processos por determinação superior;

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g) participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos com relevância jurídico–criminal e colaborar com aqueles órgãos na obtenção de provas, sempre que isso for solicitado;

h) determinar o encerramento de estabelecimentos ou serviços das entidades ins-peccionadas, sempre que se verifiquem os pressupostos estabelecidos na lei em vigor e ainda quando, em inquérito ou sindicância, se comprove que o funcio-namento desses estabelecimentos ou serviços decorre de modo ilegal ou peri-goso para a integridade física e psíquica dos utentes;

i) propor as medidas necessárias à superação das deficiências detectadas, bem como acompanhar a execução das propostas e recomendações aprovadas;

3) No âmbito do apoio técnico–normativo: a) propor medidas legislativas para superação de deficiências verificadas na acção

dos diversos serviços, organismos e órgãos; b) colaborar no estudo e elaboração das medidas legislativas que resultem de pro-

postas da IGMTS e sempre que tal lhe seja solicitado; c) transmitir os resultados da actividade desenvolvida e colaborar no cumprimen-

to das medidas adequadas; d) detectar e transmitir aos serviços competentes para a coordenação dos sectores

abrangidos pela acção da IGMTS as divergências existentes na aplicação das normas e procedimentos em vigor;

e) realizar e propor acções de sensibilização, informação e formação sobre a apli-cação das normas em vigor e colaborar nas mesmas;

f) proceder à divulgação dos resultados da sua actividade, sempre que estes se re-velem de interesse geral;

g) prestar aos serviços, órgãos de consulta e aos demais organismos sob superin-tendência e tutela do MTS, o apoio, a orientação e a coordenação necessários ao bom funcionamento dos respectivos serviços, em especial aos de contencio-so, auditoria e fiscalização;

h) elaborar estudos, informações e pareceres; i) proceder à recolha e tratamento da informação técnica relativa à intervenção da

IGMTS, designadamente em matérias de incidência comunitária; j) estabelecer e propor a execução de formas de articulação com outros departa-

mentos, serviços e organismos com vista a obter maior eficácia nos procedi-mentos.

CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 5.º – Direcção

1 – A IGMTS é dirigida por um inspector–geral, coadjuvado por três subinspectores–gerais.

2 – O inspector–geral e os subinspectores–gerais são equiparados, respectivamente, a director–geral e a subdirectores–gerais.

3 – O inspector–geral é substituído, nas suas faltas ou impedimentos, pelo subinspec-tor–geral por ele designado e os subinspectores–gerais substituem–se reciprocamente.

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Artigo 6.º – Competências do inspector–geral

1 – Ao inspector–geral, para além das competências estabelecidas na lei geral, cabe, em especial:

a) determinar e propor superiormente as acções inerentes ao exercício das compe-tências da IGMTS;

b) instaurar os processos disciplinares que se afigurem necessários no decurso ou em consequência da acção da IGMTS;

c) fixar o início e os prazos de execução das acções a efectuar pela IGMTS e de-signar o pessoal que lhes deve dar cumprimento;

d) designar os inspectores para as equipas de projecto encarregadas da realização de acções de auditoria e de inspecção e definir a sua coordenação;

e) propor superiormente ou determinar as medidas preventivas e correctivas de-correntes das acções realizadas;

f) nomear peritos e técnicos especializados, quando a apreciação dos factos care-cer de especiais conhecimentos técnicos ou científicos;

g) determinar o encerramento dos estabelecimentos ou serviços, em conformidade com o disposto na alínea h) do n.º 2 do artigo 4.º;

h) representar a IGMTS em juízo e fora dele. 2 – O inspector–geral pode delegar nos subinspectores–gerais as competências que

lhe são atribuídas, sem prejuízo da possibilidade da sua avocação, a todo o tempo. Artigo 7.º – Serviços

São serviços da IGMTS: a) Serviço de Auditoria e Inspecção; b) Núcleo de Apoio Técnico; c) Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração.

Artigo 8.º – Serviço de Auditoria e Inspecção

1 – Ao Serviço de Auditoria e Inspecção (SAI) compete desenvolver as acções pre-vistas nos n.os 1, 2 e 3 do artigo 4.º

2 – O SAI compreende o corpo de inspectores e depende directamente do inspector–geral. Artigo 9.º – Núcleo de Apoio Técnico

1 – Ao Núcleo de Apoio Técnico (NAT) compete assegurar consultadoria técnica e assessoria à direcção e, em geral, ao corpo inspectivo.

2 – O Núcleo referido no número anterior é composto por técnicos superiores e de-pende directamente do inspector–geral.

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Artigo 10.º – Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração

1 – À Direcção de Serviços de Apoio à Gestão e Administração (DSAGA) compete: a) organizar e manter actualizado o património bibliográfico e documental da

IGMTS; b) proceder ao tratamento da legislação, da informação técnica das áreas de inter-

venção do MTS e de outra documentação de interesse para a IGMTS, e proce-der à sua divulgação interna e externa;

c) garantir a recolha e tratamento da informação estatística relativa à actividade da IGMTS;

d) administrar o sistema informático da IGMTS; e) gerir as bases de dados sobre matérias de interesse para os serviços; f) desempenhar as tarefas inerentes à movimentação de processos técnicos da

IGMTS; g) organizar e manter actualizado o acervo dos processos técnicos da IGMTS,

elaborando as estatísticas relativas ao seu movimento; h) certificar a autenticidade dos documentos a remeter a entidades públicas ou

privadas, em cumprimento de determinação superior; i) prestar apoio administrativo aos inspectores, nomeadamente secretariando–os

nas acções externas e assegurando o tratamento de texto e a reprodução dos documentos necessários à instrução dos processos;

j) executar os procedimentos administrativos relativos à gestão e administração de pessoal, contabilísticos, financeiros e patrimoniais.

2 – A DSAGA integra: a) o Núcleo de Biblioteca, Documentação e Arquivo (NBDA), a quem cabe exe-

cutar as tarefas referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1; b) o Núcleo de Informática (NI) a quem cabe executar as tarefas referidas nas alí-

neas c), d) e e) do n.º 1; c) o Núcleo de Organização de Processos (NOP), a quem cabe executar as tarefas

referidas nas alíneas f), g), h) e i) do n.º 1; d) três secções, a quem cabe executar as tarefas referidas na alínea j) do n.º 1.

CAPÍTULO III – FUNCIONAMENTO

Artigo 11.º – Desenvolvimento da acção da IGMTS

1 – A actividade da IGMTS desenvolve–se de acordo com os respectivos planos de acção, por sua iniciativa e na sequência de acções inspectivas, queixas, denúncias ou parti-cipações, bem como por determinação superior.

2 – Da actividade desenvolvida pela IGMTS são elaborados relatórios anuais, poden-do ainda ser efectuados relatórios de progresso, sempre que tal se justifique.

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Artigo 12.º – Equipas de auditoria e inspecção

Sempre que a natureza e a especificidade das tarefas a prosseguir pela IGMTS o aconselhe, poderão ser constituídas equipas de auditoria e inspecção por despacho do ins-pector–geral, que traçará os seus objectivos, composição, constituição, duração e coordena-ção.

Artigo 13.º – Cumprimento das determinações

As entidades às quais for determinada a adopção de medidas preventivas ou correcti-vas devem informar a IGMTS no prazo de 60 dias, se outro não tiver sido especialmente fixado, sobre o cumprimento das determinações em causa. Artigo 14.º – Princípio do contraditório

1 – Sem prejuízo dos objectivos de rigor, operacionalidade e eficácia da acção da IGMTS, esta conduzirá as suas intervenções com observância do princípio do contraditório, excepto quando tal procedimento for susceptível de causar prejuízo àqueles objectivos, aos interesses legalmente protegidos de terceiros ou estiverem em causa factos com eventual relevância criminal.

2 – O procedimento do contraditório consiste em dar conhecimento prévio dos factos, conclusões, recomendações e propostas provisórias, possibilitando que as entidades visadas sobre eles se possam pronunciar, ou aduzir informações e dados novos ou complementares que melhor esclareçam os factos ou pressupostos em que aquelas assentam. Artigo 15.º – Dever de cooperação

1 – Os dirigentes e o pessoal de qualquer serviço do Estado, institutos públicos e en-tidades do sector público empresarial, os membros dos órgãos autárquicos e as demais auto-ridades públicas, bem como os membros dos corpos sociais das instituições privadas que prosseguem fins de apoio e solidariedade social, têm o dever de colaborar e prestar depoimentos, bem como de facultar os documentos e informações que lhes forem solicita-dos pela IGMTS, no âmbito das suas competências.

2 – Os indivíduos e as entidades privadas têm o dever de prestar os depoimentos e de facultar os documentos e outros elementos que lhes sejam solicitados pela IGMTS, sempre que os mesmos sejam necessários ao apuramento de factos no âmbito de acções da sua competência, sob pena de incorrerem em responsabilidade nos termos da lei.

3 – Os dirigentes responsáveis dos serviços, organismos e órgãos do MTS devem for-necer à IGMTS todas as instruções genéricas deles dimanadas que tenham por destinatárias as entidades que integram o âmbito de intervenção da IGMTS.

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Artigo 16.º – Notificação e requisição de testemunhas ou declarantes

1 – A convocação de uma pessoa para prestar declarações ou depoimentos em pro-cessos da competência da IGMTS deve ser efectuada à própria, podendo ainda ser solicita-da às autoridades policiais.

2 – A comparência, para os efeitos referidos no número anterior, de funcionários ou agentes do Estado ou das autarquias locais, bem como de trabalhadores de institutos públi-cos ou do sector público empresarial, deve ser requisitada às entidades em que prestam ser-viço.

3 – As declarações e depoimentos mencionados nos números anteriores devem ser prestados na área da residência ou domicílio profissional do declarante ou depoente.

Artigo 17.º – Direitos e prerrogativas

1 – Os dirigentes e o pessoal da área funcional de inspecção da IGMTS, quando em serviço e sempre que necessário ao desempenho das suas funções, serão considerados auto-ridade pública e gozam, para além de outros previstos na lei geral, dos seguintes direitos, poderes e prerrogativas:

a) ter livre acesso a todos os serviços e instituições em que tenham de exercer as suas funções, sem necessidade de aviso prévio;

b) utilizar nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos responsáveis, insta-lações adequadas ao exercício das respectivas funções, em condições de digni-dade e eficácia;

c) obter, para auxílio dos trabalhos a desenvolver, nos serviços e instituições onde decorra a sua acção, a cedência de material e equipamento, bem como a cola-boração de pessoal do respectivo quadro;

d) proceder à consulta, exame, recolha e reprodução de quaisquer elementos, nes-tes se incluindo processos individuais, que se encontrem em poder ou na dispo-sição das entidades objecto da intervenção da IGMTS, sempre que se mostrem necessários à prossecução da respectiva acção;

e) proceder à selagem de quaisquer instalações, dependências, cofres ou móveis, nos serviços e instituições objecto da sua acção, quando isso se mostre impres-cindível à preservação da prova, lavrando o competente auto;

f) corresponder–se, no âmbito da instrução dos processos que lhes estejam afec-tos, com quaisquer pessoas singulares e entidades públicas ou privadas para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas funções;

g) proceder, por si ou através de autoridade administrativa ou policial competente, e cumpridas as formalidades legais, às notificações a que haja lugar em proces-sos de cuja instrução estejam incumbidos;

h) requisitar às autoridades policiais e administrativas e solicitar às judiciárias a colaboração que se mostre necessária ao exercício das suas funções, designa-damente em casos de oposição ou resistência a esse exercício;

i) participar ao Ministério Público a recusa de quaisquer informações ou elemen-tos solicitados, bem como a falta injustificada de colaboração, nos termos pre-vistos no artigo 15.º do presente decreto–lei.

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2 – Os funcionários e agentes da IGMTS que sejam arguidos ou ofendidos em pro-cesso judicial, por actos cometidos ou ocorridos no exercício das suas funções, têm direito a ser assistidos por advogado, indicado pelo inspector–geral, ouvido o interessado, retribuído a expensas do Estado, bem como a transporte e ajudas de custo quando a localização do tribunal ou das entidades policiais o justifique, sendo as importâncias eventualmente des-pendidas reembolsadas pelo funcionário ou agente que lhes deu causa, no caso de condena-ção judicial. Artigo 18.º – Verificação de infracções

Os dirigentes e o pessoal da carreira de inspecção superior têm competência para le-vantar autos de notícia por infracções disciplinares pessoalmente verificadas no exercício das respectivas funções, nos termos e para os efeitos previstos nos artigos 47.º e 49.º do Estatuto Disciplinar, aprovado pelo Decreto–Lei n.º 24/84, de 16 de Janeiro.

Artigo 19.º – Nomeação de peritos e técnicos especializados

Sempre que a apreciação dos factos em matéria de auditoria ou inspecção exigir especiais conhecimentos técnicos ou científicos poderão ser nomeados, por despacho do inspector–geral, no âmbito dos processos, pessoas de reconhecida competência na matéria em causa. CAPÍTULO IV – DO PESSOAL

Artigo 20.º – Quadro de pessoal

1 – A IGMTS dispõe do quadro de pessoal dirigente do mapa do anexo I ao presente diploma do qual faz parte integrante.

2 – O quadro do pessoal da carreira inspectiva da IGMTS é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças, do Trabalho e da Solidariedade e da Reforma do Es-tado e da Administração Pública, logo que entre em vigor o diploma orgânico referido no artigo 22.º do presente diploma.

3 – O quadro do restante pessoal da IGMTS será aprovado nos termos do número anterior no prazo máximo de 180 dias a contar da data de entrada em vigor do presente di-ploma. Artigo 21.º – Pessoal dirigente

1 – O recrutamento e provimento do pessoal dirigente da IGMTS é efectuado de acor-do com a lei geral.

2 – Sempre que forem providos, nos termos do número anterior, em cargos dirigentes magistrados, a comissão de serviço na IGMTS desses magistrados não determina a abertura de vagas no lugar de origem ou naquele para que, entretanto, o titular tenha sido nomeado, considerando–se o serviço prestado nos referidos cargos como se o tivesse sido nos quadros de proveniência.

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Artigo 22.º – Carreira de inspecção

A carreira profissional e o estatuto remuneratório do corpo inspectivo, adequados ao exercício das respectivas funções, constarão de diploma próprio. Artigo 23.º – Outro pessoal

Sem prejuízo do disposto no artigo 22.º do presente diploma, o restante pessoal da IGMTS é provido e remunerado nos termos da lei geral. Artigo 24.º – Domicílio necessário

1 – O pessoal dirigente e da carreira de inspecção superior pode estabelecer, mediante despacho do inspector–geral e com a anuência do interessado, o seu domicílio necessário em localidade diferente do da sede da IGMTS.

2 – Há lugar ao abono de ajudas de custo, nos termos da lei geral, sempre que a des-locação do pessoal referido no número anterior se realize para fora da área do respectivo domicílio necessário. Artigo 25.º – Dever de sigilo

1 – Além dos deveres gerais inerentes ao exercício de funções públicas, todos os fun-cionários ou agentes da IGMTS são obrigados a guardar especial sigilo sobre os factos de que tenham conhecimento em resultado do exercício das suas funções.

2 – Ficam igualmente abrangidos pelo dever de sigilo todos os funcionários e agentes chamados a colaborar em acções a executar por pessoal da IGMTS. Artigo 26.º – Impedimentos e incompatibilidades

1 – O pessoal da IGMTS está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibi-lidades vigente na Administração Pública.

2 – É especialmente vedado ao pessoal dirigente e da área funcional de inspecção: a) executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em que sejam

visados parentes ou afins em qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral;

b) exercer funções de administração ou gerência em qualquer ramo de comércio, indústria ou serviços;

c) exercer actividades alheias ao serviço que respeitem a entidades relativamente às quais o funcionário tenha realizado nos últimos três anos quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar;

d) exercer quaisquer outras actividades em entidades particulares de apoio social sujeitas à inspecção ou fiscalização do MTS;

e) integrar os corpos sociais das entidades privadas que prosseguem fins de apoio e solidariedade social.

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3 – O exercício das actividades mencionadas na alínea d) poderá, porém, ser autori-zado por despacho do Ministro do Trabalho e da Solidariedade, precedido de parecer do inspector–geral.

4 – O despacho de autorização fixará, em cada caso, as condições em que se permite o exercício de actividade estranha à IGMTS, podendo a todo o tempo ser revogado quando se considere que aquelas condições não se encontram devidamente salvaguardadas. Artigo 27.º – Identificação e livre trânsito

1 – O pessoal dirigente e o pessoal da área funcional de inspecção têm direito a cartão de identificação, de acordo com o modelo constante do anexo II a este diploma, do qual faz parte integrante.

2 – O cartão a que se refere o número anterior é simultaneamente de livre trânsito e de acesso a todos os locais de funcionamento dos serviços, organismos e órgãos do MTS bem assim às entidades privadas que prosseguem fins de apoio e solidariedade social, e ainda a outras entidades, sempre que tal seja necessário ao exercício das suas competências, devendo também dele constar a possibilidade de requisitar às autoridades policiais e admi-nistrativas e solicitar às judiciárias a colaboração que se mostre necessária para cabal exer-cício das suas funções.

3 – O restante pessoal da IGMTS usará, para sua identificação, um cartão do modelo aprovado para os funcionários do MTS. Artigo 28.º – Funcionários e agentes de outros serviços e organismos

Os funcionários e agentes de outros serviços ou organismos que, por qualquer das formas previstas na lei, se encontrem a exercer funções na IGMTS têm os mesmos direitos, poderes e prerrogativas e ficam sujeitos aos mesmos deveres previstos para os funcionários e agentes do quadro da IGMTS. CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 29.º – Transição para o quadro da IGMTS

O pessoal do quadro da extinta Inspecção–Geral da Segurança Social (IGSS), bem como o que, pertencente a outros serviços, organismos e instituições públicas, se encontre a prestar serviço na IGMTS à data da entrada em vigor deste decreto–lei, transita para o qua-dro de pessoal a que refere o artigo 20.º do presente diploma, ouvidos que sejam os serviços de origem, de harmonia com as condições previstas nos n.os 1, 3 e 4 do artigo 39.º do Decreto–Lei n.º 115/98, de 4 de Maio, e as que vierem a ser definidas em diploma próprio, sendo o chefe de repartição reclassificado de acordo com o artigo 18.º do Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro, com a redacção da Lei n.º 44/99, de 11 de Junho.

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Artigo 30.º – Pessoal a exercer funções em outros serviços ou organismos

O pessoal do quadro da extinta IGSS que se encontre destacado ou requisitado nou-tros serviços e organismos mantém–se nessa situação até ao termo do prazo autorizado, salvo se, dentro de 30 dias a contar da data da entrada em vigor deste diploma, o inspector–geral determinar o regresso à IGMTS, caso em que este terá lugar nos 60 dias subsequentes ao despacho. Artigo 31.º – Concursos

Os concursos a decorrer à data da aprovação dos quadros de pessoal a que se refere o artigo 20.º permanecem válidos até ao limite das vagas e dos prazos fixados nos avisos de abertura, operando–se os respectivos provimentos em lugares vagos dos referidos quadros de pessoal. Artigo 32.º – Reclassificação e reconversão profissionais

O pessoal na situação de comissão de serviço extraordinária, ao abrigo do Decreto–Lei n.º 497/99, de 19 de Novembro, verificadas as condições legais de provimento, será nomeado nos correspondentes lugares das carreiras integrantes dos referidos quadros de pessoal.

Artigo 33.º – Quadro de pessoal e estatuto remuneratório

Enquanto não entrar em vigor o diploma legal a que se refere o artigo 22.º do presente diploma, manter–se–ão em vigor o artigo 22.º do Decreto–Lei n.º 271/92, de 30 de Novem-bro, bem como o disposto no Decreto–Lei n.º 105/85, de 11 de Abril. Artigo 34.º – Encargos orçamentais

Os encargos orçamentais decorrentes da aplicação deste diploma são suportados por dotações inscritas no Orçamento do Estado e no orçamento da segurança social. Artigo 35.º – Norma revogatória

1 – O presente diploma revoga o Decreto–Lei n.º 271/92, de 30 de Novembro, com excepção do disposto no respectivo artigo 27.º e sem prejuízo do disposto no antecedente artigo 33.º deste mesmo diploma.

2 – O quadro de pessoal da extinta IGSS, aprovado pela Portaria n.º 283/93, de 12 de Março, extinguir–se–á quando se completar a integração do respectivo pessoal no quadro de pessoal a que se refere o artigo 20.º do presente diploma.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Dezembro de 2000. – António Manuel de Oliveira Guterres – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – Eduardo Luís Bar-reto Ferro Rodrigues – António Luís Santos Costa – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 13 de Fevereiro de 2001.

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Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 22 de Fevereiro de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

ANEXO I 96 Mapa do pessoal dirigente a que se refere o n.º 1 do artigo 20.º

ANEXO II (a que se refere o n.º 1 do artigo 27.º)

96 Vide, o mapa de transições efectuadas nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto Regulamentar n.º 20/2001,

de 22 de Dezembro.

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Decreto Regulamentar n.º 32/2002, de 22 de Abril (Carreiras e estatuto remuneratório)

O Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março, que aprovou a actual Lei Orgânica da Ins-pecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, adiante designada por IGMTS, determinou, no seu artigo 22.º, que a carreira profissional e o estatuto remuneratório do corpo inspectivo constassem de diploma próprio.

Por seu turno, o Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, ao estabelecer o regime ge-ral de enquadramento das carreiras de inspecção da Administração Pública, previu, no seu artigo 14.º, que o aludido diploma revestisse a forma de decreto regulamentar.

Nesta conformidade, o presente decreto regulamentar destina-se estritamente a dar cumprimento ao previsto nos citados diplomas legais.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no artigo 14.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de

Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o se-guinte: CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º – Objecto

O presente diploma define e regulamenta a aplicação do Decreto-Lei n.º 80/2001 e do Decreto-Lei n.º 112/2001, respectivamente de 6 de Março e de 6 de Abril, às carreiras de inspecção da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade (IGMTS); estabelecendo a sua estrutura, as condições de ingresso e de acesso, as regras próprias de transição, os respectivos conteúdos funcionais e a demais regulamentação considerada necessária. Artigo 2.º – Âmbito

O disposto neste diploma aplica-se ao pessoal do quadro da IGMTS pertencente às carreiras de inspecção. CAPÍTULO II – REGIME DAS CARREIRAS DE INSPECÇÃO

Artigo 3.º – Carreiras de inspecção

1 – As carreiras de inspecção da IGMTS são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector-adjunto.

2 – A carreira de inspector-adjunto extingue-se à medida que vagarem os lugares dos funcionários nela providos.

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3 – O provimento nas mencionadas carreiras é exclusivamente efectuado em regime jurídico de emprego público, sendo os respectivos funcionários investidos do poder de auto-ridade. Artigo 4.º – Condições de ingresso na carreira de inspector superior

1 – O ingresso na carreira de inspector superior faz-se para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada, aprovados em estágio, com clas-sificação não inferior a Bom (14 valores).

2 – As licenciaturas consideradas adequadas ao ingresso na referida carreira são defi-nidas no aviso de abertura do concurso, em função das exigências técnico-científicas dos lugares a prover. Artigo 5.º – Admissão a estágio

1 – A admissão a estágio para ingresso na carreira de inspector superior efectua-se mediante concurso destinado a quem reúna os requisitos gerais de provimento em funções públicas e os requisitos especiais de candidatura, nos termos do regime geral de recruta-mento e selecção de pessoal para os quadros da Administração Pública.

2 – Os referidos concursos incluem sempre uma prova de conhecimentos gerais ou específicos, com carácter eliminatório, a qual pode ser complementada com outros métodos de selecção previstos na lei, de acordo com o que for fixado no aviso de abertura do con-curso.

3 – Os programas das provas de conhecimentos, quanto a conhecimentos gerais, são os genericamente aprovados para os concursos de ingresso na carreira técnica superior, e, caso incluam conhecimentos específicos, são directamente estabelecidos no próprio aviso de abertura do concurso, o qual também indica a bibliografia ou legislação necessária à preparação das provas. Artigo 6.º – Regimes de estágio

1 – O estágio para ingresso na carreira de inspector superior é feito em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira.

2 – Os estagiários são nomeados em função do número de vagas abertas e da ordem de classificação no concurso.

3 – O número de estagiários não pode ultrapassar em mais de 30% o número de vagas abertas no concurso.

4 – Os estagiários que já tenham vínculo à função pública podem optar pela remune-ração do lugar de origem.

5 – A desistência do estágio e a não admissão quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas implica o regresso ao lugar de origem ou a imediata rescisão do contrato, sem direito a qualquer indemnização, consoante se trate de indivíduos vinculados ou não à função pública.

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6 – Os inspectores que, após a respectiva nomeação, não prestem, por causa que lhes seja imputável, o tempo de serviço correspondente à duração do estágio ficam obrigados a reembolsar a IGMTS de todas as despesas efectuadas com a sua formação.

7 – O tempo de serviço legalmente considerado como estágio para ingresso na carrei-ra conta, para efeitos de progressão e promoção, na categoria de ingresso, desde que o fun-cionário nela obtenha nomeação definitiva.

8 – A regulamentação do estágio, designadamente quanto aos objectivos, estrutura, elementos de avaliação e classificação final, orientação e funcionamento, é estabelecida por despacho conjunto dos Ministros do Trabalho e da Solidariedade e da Reforma do Estado e da Administração Pública.

9 – Aos concursos a decorrer à data da entrada em vigor do presente decreto regula-mentar são aplicáveis as regras estabelecidas no respectivo aviso de abertura, sem prejuízo do imediato enquadramento dos respectivos estagiários nos estatutos profissional e remune-ratório constantes deste diploma. Artigo 7.º – Condições de acesso nas carreiras de inspecção

O acesso nas carreiras de inspecção, previstas no artigo 3.º do presente diploma, efec-tua-se de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 8.º – Conteúdos funcionais

Os conteúdos funcionais do pessoal das carreiras de inspector superior e de inspector-adjunto constam do anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 9.º – Identificação e exercício de autoridade pública

1 – Para o desempenho da actividade inspectiva, cada funcionário ou agente de ins-pecção é titular de um cartão de identificação profissional e de livre trânsito, cujo modelo consta do anexo II do Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março, sendo a sua validade auten-ticada com a assinatura do respectivo dirigente máximo e o selo branco da IGMTS.

2 – Os referidos cartões são devolvidos à IGMTS sempre que os seus titulares deixem de exercer a actividade inspectiva, inclusive nas situações de mobilidade funcional ou du-rante qualquer tipo de licença.

3 – Os funcionários e agentes de inspecção devem ser portadores dos respectivos car-tões de identificação quando em diligências ou procedimento externos, sendo obrigatória a sua exibição a qualquer autoridade pública e aos sujeitos passivos de inspecção, sempre que estes o solicitem.

4 – Qualquer responsável ou representante legítimo das entidades sujeitas a acções da competência da IGMTS, após ter reconhecido o funcionário ou agente de inspecção ou após este lhe ter exibido o respectivo cartão de identificação profissional, deve respeitar e velar pelo cumprimento de todos os direitos, poderes e prerrogativas inerentes à função inspecti-va, nomeadamente os previstos nas alíneas a) a g) do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março.

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CAPÍTULO III – QUADRO DE PESSOAL

Artigo 10.º – Aprovação do quadro de pessoal

O quadro do pessoal das carreiras de inspecção da IGMTS é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças, do Trabalho e da Solidariedade e da Reforma do Es-tado e da Administração Pública. CAPÍTULO IV – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 11.º – Regime geral de transição para a carreira de inspector superior

1 – O pessoal da carreira técnica superior de inspecção do quadro de pessoal aprova-do pela Portaria n.º 283/93, de 12 de Março, com a alteração constante da Portaria n.º 1533/2000, de 9 de Outubro, transita para a carreira de inspector superior do quadro de pes-soal a aprovar nos termos do artigo 10.º do presente diploma, de acordo com as seguintes regras:

a) os inspectores superiores assessores principais transitam para a categoria de inspector superior principal;

b) os inspectores superiores assessores transitam para a categoria de inspector su-perior;

c) os inspectores superiores principais transitam para a categoria de inspector principal;

d) os inspectores superiores de 1.ª e de 2.ª classes transitam para a categoria de inspector.

2 – A transição referida no número anterior faz-se para escalão igual ao que o funcio-nário detém na categoria de origem, com excepção dos inspectores superiores de 2.ª classe que transitam para escalão a que corresponde na estrutura da categoria o índice remunerató-rio superior mais aproximado. Artigo 12.º – Transição para a carreira de inspector-adjunto

1 – O pessoal técnico-profissional da área funcional de inspecção da IGSS transita para a carreira de inspector-adjunto do quadro de pessoal a aprovar nos termos do artigo 10.º do presente diploma, de acordo com as seguintes regras:

a) os técnicos profissionais especialistas principais e os subinspectores especialis-tas principais transitam para a categoria de inspector-adjunto especialista prin-cipal;

b) o técnico profissional especialista transita para a categoria de inspector-adjunto especialista.

2 – A transição faz-se para o escalão detido na categoria de origem. 3 – O tempo de serviço prestado nas respectivas carreiras conta na nova carreira e ca-

tegoria, para todos os efeitos legais.

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Artigo 13.º – Outras situações de transição para a carreira de inspector superior

1 – Os estagiários que obtenham aprovação no concurso de ingresso na carreira técni-ca superior de inspecção do quadro de pessoal da extinta IGSS, a decorrer aquando da pu-blicação da actual Lei Orgânica da IGMTS, são providos na categoria de inspector, no esca-lão 1.

2 – O pessoal pertencente a outros serviços, organismos e instituições públicas, em exercício de funções inspectivas na IGMTS, à data da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 80/2001, de 6 de Março, transita para o quadro de pessoal previsto no capítulo anterior, em conformidade com o disposto no artigo 29.º do referido decreto-lei. Artigo 14.º – Forma de integração do pessoal no quadro da IGMTS

A integração no quadro da IGMTS do pessoal abrangido pelo presente diploma efec-tua-se por despacho do Ministro do Trabalho e da Solidariedade, sendo os subsequentes actos de provimento de estagiários praticados pelo dirigente máximo da IGMTS. Artigo 15.º – Produção de efeitos

Os efeitos remuneratórios decorrentes da transição para as carreiras de inspector superior e de inspector-adjunto, inclusivamente o aumento do suplemento de função inspec-tiva ao pessoal dirigente da IGMTS, retroagem a 1 de Julho de 2000, sem prejuízo da pro-dução dos demais efeitos nos termos expressamente previstos no presente diploma.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de Fevereiro de 2002. – António Manuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – Paulo José Fernandes Pe-droso – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 14 de Março de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 21 de Março de 2002. O Primeiro-Ministro em exercício, Jaime José Matos da Gama.

ANEXO Conteúdos funcionais das carreiras de inspector superior e inspector-adjunto a que

alude o artigo 8.º

Carreira de inspector superior Inspector superior principal. – Compete ao inspector superior principal efectuar tra-

balho de natureza técnica de elevado grau de qualificação e responsabilidade da competên-cia da IGMTS; coordenar equipas de auditoria e de inspecção; efectuar designadamente inspecções, inquéritos, sindicâncias, peritagens e instruir processos disciplinares, quando, pela sua natureza e responsabilidade, superiormente se julgue que lhe devam ser cometidas tais missões; zelar pela adopção de critérios uniformes na execução das tarefas de cuja coordenação seja incumbido; emitir pareceres e elaborar estudos sobre matérias que exijam conhecimentos especializados e uma visão global das áreas de intervenção do MTS.

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Inspector superior. – Compete ao inspector superior efectuar trabalho de natureza técnica da competência da IGMTS; coordenar equipas de auditoria e de inspecção; efectuar designadamente inspecções, inquéritos, sindicâncias, peritagens e instruir processos disci-plinares quando, pela sua natureza e responsabilidade, superiormente se julgue que lhe de-vam ser cometidas tais missões; zelar pela adopção de critérios uniformes na execução das tarefas de cuja coordenação seja incumbido; emitir pareceres e elaborar informações ou estudos que exijam conhecimento aprofundado e global das áreas de intervenção do Minis-tério do Trabalho e da Solidariedade.

Inspector principal. – Compete ao inspector principal realizar o trabalho de natureza técnica da competência da IGMTS, que consiste, designadamente, em efectuar auditorias, inspecções, inquéritos, sindicâncias, peritagens e outras missões de teor inspectivo ou dis-ciplinar; orientar equipas inspectivas, procedendo à distribuição das respectivas tarefas, à avaliação da utilidade e quantidade das informações parcelares que os mesmos lhe prestem, bem como à elaboração dos relatórios finais das missões executadas, e ainda elaborar in-formações, estudos e pareceres sobre matérias específicas que lhe forem cometidas.

Inspector. – Compete ao inspector executar trabalho de natureza técnica da compe-tência da IGMTS, que consiste, designadamente, em efectuar auditorias, inspecções, inqué-ritos, sindicâncias, peritagens e todas as demais missões de natureza inspectiva e disciplinar que lhe forem distribuídas, bem como elaborar os relatórios finais das missões executadas, e elaborar informações, estudos e pareceres sobre matérias específicas que lhe forem come-tidas.

Carreira de inspector-adjunto

Inspector-adjunto especialista principal e inspector-adjunto especialista. – Compete ao inspector-adjunto especialista principal e ao inspector-adjunto especialista executar, sob orientações concretas, pequenos trabalhos de inspecção; elaborar relatórios ou informações referentes às acções que lhe forem cometidas; proceder à organização, controlo, acompa-nhamento e movimentação dos processos, assegurando a sua preparação para despacho superior e ulteriormente proceder ao respectivo arquivo; secretariar processos disciplinares, de inquérito ou de sindicância, e efectuar a reprodução dos processos inspectivos, de acordo com o que for superiormente determinado.

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INSPECÇÃO–GERAL DOS SERVIÇOS DE JUSTIÇA

Decreto–Lei n.º 101/2001, de 29 de Março (Lei Orgânica)

A nova Lei Orgânica do Ministério da Justiça foi aprovada pelo Decreto–Lei

n.º 146/2000, de 18 de Julho. Uma das suas inovações foi a criação da Inspecção–Geral dos Serviços de Justiça.

A este novo serviço, que veio preencher uma lacuna que há muito se sentia ao nível da capacidade de avaliação e responsabilização no sistema de justiça, foi atribuída a função de inspeccionar, auditar e, em geral, fiscalizar os órgãos, serviços e organismos do Ministé-rio ou que actuem no seu âmbito.

Torna–se agora necessário regulamentar o funcionamento da Inspecção–Geral, dotá– la da estrutura orgânica necessária à sua actividade e estabelecer o quadro e o regime de pessoal adequados ao exercício das suas competências.

Quanto ao primeiro aspecto, o acento tónico foi colocado no nível estratégico, siste-mático e global da avaliação e controlo que cabe à Inspecção–Geral realizar, sem prejuízo das acções pontuais que lhe sejam superiormente atribuídas ou que se justifiquem pela natu-reza sistémica das questões suscitadas. Neste contexto, assume particular relevância a sujei-ção da actividade da Inspecção–Geral a um planeamento rigoroso, que defina claramente as áreas prioritárias de intervenção e os objectivos a prosseguir com essa intervenção.

A Inspecção–Geral funciona na directa dependência do Ministro da Justiça, que, assim, passa a dispor de um instrumento de gestão fundamental, tendente à avaliação e con-trolo dos serviços pelos quais é superiormente responsável.

No que respeita à orgânica, privilegiou–se uma estrutura ágil, flexível, desburocrati-zada, virada para o exercício das suas competências e não para a gestão interna, e conse-quentemente bastante reduzida em número de efectivos não afectos à actividade inspectiva, com a correspondente e desejável diminuição dos custos administrativos e financeiros.

Finalmente, e quanto ao pessoal, é a própria Lei Orgânica do Ministério da Justiça que, reconhecendo a especificidade da Inspecção–Geral, remete para a legislação orgânica desta a definição do respectivo estatuto. Não obstante o seu conteúdo genérico, optou–se por utilizar essa faculdade legal apenas em relação ao pessoal que exerce as funções típicas e definidoras da Inspecção–Geral, ou seja, aos inspectores. Assim, no sentido de uma maior flexibilidade no recrutamento e gestão do pessoal de inspecção, prevê–se, para além dos inspectores integrados na carreira de inspector superior, a possibilidade de outros, seleccio-nados de entre profissionais particularmente habilitados, serem nomeados em regime de comissão de serviço.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

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CAPÍTULO I – NATUREZA, ÂMBITO E COMPETÊNCIAS

Artigo 1.º – Natureza

1 – A Inspecção–Geral dos Serviços de Justiça, adiante abreviadamente designada por IGSJ, é o serviço central de inspecção, fiscalização e auditoria do Ministério da Justiça.

2 – A IGSJ é dotada de autonomia técnica e administrativa e funciona na directa dependência do Ministro da Justiça. Artigo 2.º – Sede e âmbito

1 – A IGSJ tem sede em Lisboa. 2 – A actividade da IGSJ abrange todos os serviços do Ministério da Justiça. 3 – Consideram–se serviços do Ministério da Justiça para efeitos do presente diploma

os órgãos, serviços e organismos integrados no Ministério da Justiça ou que funcionem no seu âmbito, nos termos da legislação orgânica aplicável, bem como as entidades sujeitas à tutela do Ministro da Justiça, dentro dos respectivos limites. Artigo 3.º – Competências

1 – Compete à IGSJ: a) efectuar inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos, com o objectivo de

apreciar a legalidade dos actos e avaliar o desempenho e a gestão administrati-va e financeira dos serviços do Ministério da Justiça;

b) apreciar as queixas, reclamações e denúncias apresentadas por eventuais viola-ções da legalidade e, em geral, por suspeitas de irregularidade ou deficiência no funcionamento dos serviços;

c) instruir os processos disciplinares que forem determinados pelo Ministro da Justiça;

d) verificar a realização pelos serviços do Ministério da Justiça dos objectivos de-finidos por programas de modernização administrativa;

e) participar no Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Es-tado;

f) exercer as demais competências que lhe forem atribuídas pela lei. 2 – Compete ainda à IGSJ, na sequência de inspecções, auditorias, sindicâncias e in-

quéritos ou da apreciação de queixas, reclamações ou denúncias: a) propor a instauração de processos disciplinares; b) propor a adopção de medidas tendentes a assegurar ou restabelecer a legalidade

dos actos, o bom desempenho e a boa gestão administrativa e financeira por parte dos serviços do Ministério da Justiça;

c) apresentar propostas de medidas legislativas ou regulamentares.

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Artigo 4.º – Nível de intervenção

1 – A actividade da IGSJ dirige–se, essencialmente, à avaliação e controlo estratégi-co, sistemático e global do funcionamento dos diferentes serviços do Ministério da Justiça.

2 – No âmbito do Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Esta-do, a IGSJ exerce um controlo de nível sectorial, nos termos da legislação aplicável. Artigo 5.º – Relação com outras entidades

A IGSJ e os demais serviços do Ministério da Justiça com funções inspectivas, de au-ditoria e disciplinares cooperam no exercício das respectivas competências, utilizando os mecanismos adequados e tendo em conta o nível de intervenção de cada um. CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 6.º – Direcção

1 – A IGSJ é dirigida por um inspector–geral, coadjuvado por três subinspectores– -gerais.

2 – Nas suas faltas e impedimentos, o inspector–geral é substituído pelo subinspec-tor–geral designado pelo Ministro da Justiça, sob sua proposta.

3 – Os subinspectores–gerais substituem–se nos termos a definir pelo inspector–geral. Artigo 7.º – Competência do inspector–geral

Para além das competências atribuídas por lei aos inspectores–gerais, compete ao ins-pector–geral:

a) dirigir, orientar, coordenar e fiscalizar a actividade da IGSJ e emitir as directi-vas, ordens e instruções necessárias ao seu funcionamento;

b) elaborar os planos de actividades da IGSJ e submetê–los a aprovação do Minis-tro da Justiça;

c) avaliar a actividade da IGSJ, elaborar os respectivos relatórios e submetê–los a apreciação do Ministro da Justiça;

d) representar a IGSJ, designadamente em actos e contratos, e assegurar as suas relações com o Ministro da Justiça, com os serviços do Ministério da Justiça e, em geral, com todas as entidades externas;

e) despachar os processos pendentes na IGSJ, nos termos previstos no presente diploma;

f) delegar nos subinspectores–gerais as competências que lhe são atribuídas pelo capítulo III do presente diploma;

g) exercer as demais competências que lhe forem atribuídas por lei. Artigo 8.º – Competência dos subinspectores–gerais

Compete aos subinspectores–gerais:

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a) exercer as competências que lhes forem delegadas pelo inspector–geral; b) despachar os processos pendentes na IGSJ, nos termos previstos no presente

diploma. Artigo 9.º – Serviços

São serviços da IGSJ: a) o Serviço de Inspecção (SI); b) o Núcleo de Apoio Técnico (NAT); c) a Direcção de Serviços de Organização e Sistemas de Informação (DSOSI); d) a Direcção de Serviços de Administração e Gestão (DSAG).

Artigo 10.º – Serviço de Inspecção

1 – O SI é o serviço de actuação externa, ao qual cabe em primeira linha a realização das actividades inerentes às competências atribuídas à IGSJ.

2 – Compete ao SI: a) realizar inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos; b) instruir os processos de apreciação de queixas, reclamações e denúncias, nos

termos previstos no presente diploma; c) instruir os processos disciplinares; d) acompanhar a execução das decisões proferidas pelo Ministro da Justiça na se-

quência da actuação da IGSJ; e) elaborar estudos, pareceres e informações relativos ao exercício das suas com-

petências. 3 – O SI é composto pelo pessoal de inspecção, organiza–se em áreas de coordena-

ção, no máximo de quatro, e funciona na dependência directa dos subinspectores–gerais designados pelo inspector–geral.

4 – A organização da actividade do SI, a definição das áreas de coordenação e a afec-tação do respectivo pessoal são fixadas pelo inspector–geral. Artigo 11.º – Núcleo de Apoio Técnico

1 – O NAT é o serviço de apoio à direcção e ao SI. 2 – Compete ao NAT:

a) assegurar a preparação do planeamento e controlo da actividade da IGSJ, de–signadamente dos respectivos planos e relatórios de actividade;

b) organizar manuais, guias, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico às acções de inspecção e fiscalização;

c) proceder ao tratamento da legislação e demais documentação de interesse para a IGSJ;

d) elaborar estudos, pareceres e informações sobre matérias da competência da IGSJ, bem como outros que lhe sejam solicitados;

e) realizar outras tarefas que lhe sejam atribuídas pelo inspector–geral no âmbito das suas funções.

3 – O NAT funciona na dependência directa do inspector–geral.

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Artigo 12.º – Direcção de Serviços de Organização e Sistemas de Informação

1 – A DSOSI é o serviço ao qual compete desenvolver e gerir os sistemas informáti-co, de informação e de comunicação específicos da IGSJ, bem como estudar e promover a aplicação de medidas de desenvolvimento organizacional e de modernização administrati-va.

2 – Compete à DSOSI: a) assegurar a articulação da IGSJ com os demais serviços do Ministério da Justi-

ça com competências no âmbito dos sistemas informático, de informação e de comunicação, e do desenvolvimento organizacional e modernização adminis-trativa;

b) preparar e executar o plano de actividades relativo ao sistema informático da IGSJ;

c) apoiar tecnicamente os processos de aquisição de material informático e de comunicações, bem como a respectiva utilização;

d) assegurar a gestão dos meios tecnológicos da IGSJ, quanto ao seu desenvolvi-mento, manutenção e exploração;

e) identificar as necessidades da IGSJ em matéria de aplicações informáticas e elaborar as análises funcionais para o seu desenvolvimento;

f) desenvolver, instalar e manter sistemas internos de tratamento e circulação au-tomáticos da informação;

g) assegurar a eficiência das redes de comunicação interna e externa; h) realizar estudos e propor medidas relativamente às formas e processos de orga-

nização e funcionamento, tendentes à simplificação e modernização dos pro-cessos de trabalho e de comunicação interna, bem como à obtenção de melho-rias na produtividade e condições de trabalho;

i) assessorar tecnicamente a DSAG na elaboração de programas funcionais, de projectos e de normas técnicas, na definição da política arquivística, nos proce-dimentos adjudicatórios de aquisição de bens e serviços e no acompanhamento e fiscalização de empreitadas.

3 – A DSOSI exerce as suas funções no respeito pelas competências próprias do Insti-tuto das Tecnologias de Informação na Justiça e do Gabinete de Auditoria e Modernização, e em articulação com estes. Artigo 13.º – Direcção de Serviços de Administração e Gestão

1 – A DSAG é o serviço ao qual cabe gerir os recursos humanos, financeiros e patri-moniais, recolher os dados e elaborar os indicadores relativos aos mesmos que sejam neces-sários ao processo de gestão e assegurar as funções relativas ao expediente e arquivo.

2 – Compete à DSAG: a) executar as acções relativas à constituição, modificação e extinção da relação

jurídica de emprego; b) assegurar a execução das acções relativas à notação de pessoal, ao acesso e

progressão nas carreiras e à elaboração de listas de antiguidade; c) efectuar o processamento e liquidação das remunerações e outros abonos devi-

dos ao pessoal e dos respectivos descontos;

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d) avaliar as necessidades de formação do pessoal, propor os planos e programas para a sua satisfação e promover a realização das acções de formação e de aperfeiçoamento profissional;

e) superintender no pessoal auxiliar afecto à IGSJ; f) executar as tarefas inerentes ao expediente e arquivo de documentação da

IGSJ; g) preparar o projecto de orçamento da IGSJ; h) instruir os processos relativos a despesas, classificar e informar quanto à sua

legalidade e cabimentação e efectuar processamentos, liquidações e ordens de pagamento;

i) organizar os processos de aquisição de bens e serviços necessários ao funcio-namento da IGSJ;

j) organizar e fiscalizar as empreitadas necessárias ao funcionamento da IGSJ; k) organizar e manter o inventário e cadastro dos bens móveis, incluindo o parque

automóvel afecto à IGSJ, e assegurar a sua gestão; l) assegurar a manutenção, limpeza e segurança dos bens e das instalações.

CAPÍTULO III – FUNCIONAMENTO

Artigo 14.º – Planos de actividades

1 – Toda a actividade da IGSJ está subordinada ao previsto nos respectivos planos de actividades.

2 – Compete ao Ministro da Justiça, sob proposta do inspector–geral, aprovar os pla-nos de actividades, bem como as suas alterações.

3 – Podem ser aprovados planos plurianuais, relativos a todas ou a parte das activida-des da IGSJ, com a duração correspondente à do mandato do inspector geral e estabelecen-do as grandes linhas de actuação para esse mandato.

4 – O plano anual abrange todas as actividades da IGSJ e deve ser elaborado tendo em conta os planos plurianuais vigentes.

5 – O plano anual de actividades define as inspecções e auditorias a realizar e estabe-lece critérios e prioridades quanto ao exercício das outras competências da IGSJ, designa-damente em termos de tipos e de áreas de intervenção. Artigo 15.º – Inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos

1 – Compete ao Ministro da Justiça determinar a realização de sindicâncias e inquéri-tos.

2 – A realização das inspecções e auditorias é determinada de acordo com o disposto no plano anual de actividades, pelo Ministro da Justiça nos casos em que tal esteja expres-samente previsto nas leis orgânicas dos respectivos serviços, ou pelo inspector–geral nos restantes casos.

3 – No final de cada acção é elaborado o respectivo relatório, que faz parte integrante do processo e do qual devem constar a descrição dos trabalhos realizados e as propostas de actuação cuja adopção se considere necessária ou conveniente.

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Artigo 16.º – Queixas, reclamações e denúncias

1 – A IGSJ aprecia as queixas, reclamações e denúncias que lhe sejam apresentadas directamente ou que lhe sejam remetidas pelo Ministro da Justiça.

2 – As queixas, reclamações ou denúncias podem ser apresentadas a todo o tempo por qualquer cidadão ou instituição, oralmente ou por escrito, independentemente de qualquer formalidade especial e de interesse pessoal e directo no caso.

3 – Compete ao inspector–geral apreciar liminarmente as queixas, reclamações e de-núncias.

4 – São liminarmente arquivadas as queixas, reclamações e denúncias: a) que não sejam da competência da IGSJ; b) que sejam manifestamente desprovidas de fundamento ou apresentadas de má

fé; c) que sejam obscuras, incompreensíveis ou incompletas, quando não sejam cor-

rigidas ou completadas. 5 – Fora dos casos previstos no número anterior, o inspector–geral pode ainda, em

qualquer altura, determinar que a queixa, reclamação ou denúncia seja remetida aos servi-ços referidos no artigo 5.º ou que aguarde a realização de inspecção, auditoria, sindicância ou inquérito já programados ou determinados.

6 – A origem das queixas, reclamações e denúncias apresentadas à IGSJ é confiden-cial, salvo determinação em contrário do inspector–geral, quando tal se mostre necessário para a instrução do processo. Artigo 17.º – Processos disciplinares

O Ministro da Justiça pode determinar que sejam instruídos pela IGSJ os processos disciplinares por si instaurados ou avocados ou em que a aplicação da pena previsível seja da sua competência. Artigo 18.º – Instrução dos processos

1 – Compete ao inspector–geral distribuir os processos e submetê–los a decisão final do Ministro da Justiça, bem como arquivar os processos de queixa, reclamação ou denúncia quando estas se mostrem infundadas, o assunto se encontre resolvido ou estejam esgotadas as possibilidades de intervenção da IGSJ.

2 – Compete aos subinspectores–gerais referidos no n.º 3 do artigo 10.º orientar supe-riormente a instrução dos processos, bem como submetê–los a despacho do inspector–geral.

3 – A instrução dos processos está sujeita ao princípio do contraditório, devendo o serviço ou o funcionário ou agente visados ser ouvidos antes de o processo ser submetido a decisão do Ministro da Justiça.

4 – A apreciação das queixas, reclamações ou denúncias é feita por meios informais e expeditos, salvo quando for necessária a adopção de procedimentos formais para salva-guarda dos direitos fundamentais dos cidadãos.

5 – A instrução de processos disciplinares e a realização de sindicâncias e inquéritos regem–se pelas disposições legais aplicáveis.

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Artigo 19.º – Poderes instrutórios

1 – O pessoal dirigente e de inspecção da IGSJ, quando no exercício das suas fun-ções, é considerado autoridade pública, podendo elaborar participações por infracções veri-ficadas pessoalmente nesse exercício.

2 – As participações e as provas são imediatamente apresentadas ao inspector–geral, que as remete às entidades competentes para a sua apreciação.

3 – O pessoal dirigente e de inspecção, quando devidamente identificado e no exercí-cio das suas funções, tem poder para:

a) aceder e circular livremente em todas as instalações e estabelecimentos dos serviços do Ministério da Justiça ou em outros locais onde estes exerçam as suas actividades, sem necessidade de aviso prévio, mediante apresentação ao mais alto responsável que se encontre no local e comunicação, logo que possí-vel, ao dirigente máximo do serviço, salvo se a apresentação ou comunicação prejudicarem a eficácia da diligência;

b) utilizar nesses locais, mediante acordo dos responsáveis, as instalações ade-quadas ao exercício das respectivas funções;

c) obter nesses locais, mediante acordo dos responsáveis, o material e equipamen-to necessários ao exercício das suas funções, bem como a colaboração do res-pectivo pessoal;

d) aceder, para efeitos de exame e consulta, a todos os processos, documentos e quaisquer outros elementos existentes nos livros, registos, incluindo informáti-cos, e arquivos dos serviços, bem como requisitá–los, ou às respectivas certi-dões, para junção aos autos.

4 – A IGSJ pode solicitar aos serviços do Ministério da Justiça todas as informações, documentos e outros elementos necessários ao exercício das suas funções.

5 – A IGSJ pode notificar o pessoal dos serviços do Ministério da Justiça, bem como testemunhas, peritos e outras pessoas que possam dispor de informações úteis sobre a maté-ria do processo, para prestar depoimentos, quando tal se mostre necessário para o exercício das suas funções. Artigo 20.º – Confidencialidade e publicidade dos processos

1 – Os processos instruídos na IGSJ são confidenciais. 2 – A consulta dos processos, a passagem de certidões ou fotocópias e a informação

sobre os resultados da instrução dependem de autorização do inspector–geral, a qual só pode ser concedida a quem demonstre ter interesse pessoal, directo e legítimo no caso, e quando tal não se mostre inconveniente para a instrução do processo ou para as suas finali-dades nem ponha em causa o sigilo a que os serviços visados e o seu pessoal estejam obri-gados ou tenham direito.

3 – O disposto no presente artigo não prejudica a possibilidade de dar aos relatórios e às conclusões dos processos a divulgação e publicidade que se considerem justificadas, em termos a definir pelo Ministro da Justiça e com salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos.

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Artigo 21.º – Dever de colaboração

1 – Os titulares de cargos dirigentes dos serviços do Ministério da Justiça, bem como os respectivos funcionários e agentes, têm o dever especial de colaborar com a IGSJ no âmbito das suas competências, designadamente disponibilizando o acesso ou fornecendo os elementos de informação que esta considere necessários para o efeito e lhes solicite.

2 – A recusa da colaboração devida e a oposição ou obstrução ao exercício da activi-dade da IGSJ fazem incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei.

3 – As testemunhas, peritos e outras pessoas convocadas nos termos do n.º 5 do artigo 19.º que não compareçam e não apresentem justificação nos cinco dias úteis seguintes à data da falta incorrem em responsabilidade disciplinar e criminal, nos termos da lei. Artigo 22.º – Acompanhamento do resultado das acções

1 – A IGSJ acompanha a execução pelos serviços competentes das decisões proferi-das pelo Ministro da Justiça nos processos por ela instruídos.

2 – Na sequência do acompanhamento referido no número anterior, o inspector–geral pode, após audição do serviço em causa, propor ao Ministro da Justiça a adopção das medi-das que tiver por convenientes. CAPÍTULO IV – PESSOAL

Artigo 23.º – Regime do pessoal

O pessoal ao serviço da lGSJ rege–se pelo disposto no presente diploma e, em tudo o que não for com ele incompatível, pelo regime geral aplicável à Administração Pública, incluindo o que estabelece o enquadramento e define a estrutura das carreiras de inspecção. Artigo 24.º – Quadro

1 – O quadro do pessoal dirigente da IGSJ é o constante do mapa I anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante.

2 – O restante pessoal da IGSJ integra um quadro de pessoal a aprovar por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Justiça e do membro do Governo responsável pela Administração Pública. Artigo 25.º – Estatuto remuneratório do inspector–geral e dos subinspectores–

gerais

O estatuto remuneratório do inspector–geral e dos subinspectores–gerais é, respecti-vamente, o de juiz conselheiro e o de juiz desembargador.

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Artigo 26.º – Pessoal de inspecção

Integram o pessoal de inspecção: a) os funcionários pertencentes à carreira de inspector superior; b) os indivíduos recrutados em comissão de serviço nos termos do artigo 28.º, no

máximo de metade da respectiva dotação. Artigo 27.º – Carreira de inspector superior

À carreira de inspector superior é aplicável o regime geral das carreiras de inspecção da Administração Pública. Artigo 28.º – Recrutamento em comissão de serviço

1 – O recrutamento do pessoal de inspecção não integrado na carreira de inspector superior é feito por escolha, de entre indivíduos vinculados à função pública, com reconhe-cida idoneidade cívica e elevada competência profissional, habilitados com licenciatura adequada ao desempenho de funções na IGSJ e que, dentro das áreas consideradas relevan-tes, possuam experiência profissional no exercício de:

a) actividade inspectiva ou de auditoria; b) actividade docente de nível universitário; c) funções dirigentes, de coordenação ou de chefia; d) funções de magistrado judicial ou do Ministério Público; e) funções de assessor principal da carreira técnica superior da Administração Pú-

blica ou outras de nível equiparado; f) actividade de consultadoria.

2 – Em casos devidamente fundamentados, a escolha pode ainda recair em indivíduos não vinculados à função pública que reúnam os requisitos previstos no número anterior.

3 – A nomeação é feita em regime de comissão de serviço, por despacho do Ministro da Justiça, mediante proposta do inspector–geral, obtida, sendo caso disso, a anuência do membro do Governo competente.

4 – A comissão de serviço tem a duração de três anos e pode ser renovada uma única vez, por idêntico período.

5 – A renovação é automática se, até 30 dias antes do termo da comissão, o inspec-tor–geral não manifestar expressamente a intenção de a não renovar.

6 – O inspector–geral pode, a todo o tempo e por mera conveniência de serviço devi-damente fundamentada, propor ao Ministro da Justiça a cessação da comissão de serviço, com aviso prévio de 30 dias e sem que haja lugar a qualquer indemnização.

7 – O aviso prévio previsto no número anterior pode ser substituído pelo pagamento de compensação igual à perda sofrida no rendimento ilíquido do trabalho durante o respec-tivo período.

8 – A comissão de serviço pode ainda cessar a requerimento do interessado, apresen-tado com pelo menos 30 dias de antecedência.

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Artigo 29.º – Estatuto remuneratório do pessoal de inspecção em comissão de ser-viço

1 – O pessoal de inspecção nomeado em comissão de serviço que possua vínculo à função pública mantém a remuneração base do lugar de origem.

2 – Para efeitos remuneratórios, a nomeação em comissão de serviço de indivíduos não vinculados à função pública é feita para uma das categorias da carreira de inspector superior, a determinar em função das habilitações e da experiência profissional do nomea-do.

3 – O pessoal de inspecção nomeado em comissão de serviço tem direito ao suple-mento de função inspectiva fixado no regime geral das carreiras de inspecção da Adminis-tração Pública.

Artigo 30.º – Salvaguarda de direitos

1 – A nomeação em comissão de serviço não prejudica os direitos e regalias do no-meado no seu lugar de origem, designadamente em termos de acesso e progressão, nem determina a abertura de vaga no respectivo quadro.

2 – Os nomeados em comissão de serviço mantêm os regimes gerais de aposentação ou reforma e de protecção social de que beneficiavam à data da nomeação, salvo opção em contrário. Artigo 31.º – Dispensa de estágio

1 – Os nomeados em comissão de serviço há pelo menos um ano que concorram para a categoria de ingresso na carreira de inspector superior ficam dispensados do estágio desde que nesse mesmo período obtenham classificação de serviço não inferior a Bom.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior, é aplicável ao pessoal nele referido o mesmo regime de classificação de serviço do pessoal da carreira de inspector superior. Artigo 32.º – Conteúdo funcional do pessoal de inspecção

O pessoal de inspecção realiza as acções previstas no n.º 2 do artigo 10.º, sem prejuí-zo do disposto no artigo seguinte. Artigo 33.º – Coordenação

1 – A coordenação das áreas definidas nos termos dos n.os 3 e 4 do artigo 10.º compe-te aos elementos do pessoal de inspecção que forem anualmente designados para o efeito por despacho do inspector–geral.

2 – O pessoal de inspecção designado para exercer funções de coordenação tem direi-to a um acréscimo de 30 pontos em relação ao índice que detém.

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Artigo 34.º – Regime de exercício de funções do pessoal de inspecção

O pessoal de inspecção exerce as suas funções em regime de isenção de horário de trabalho, sem prejuízo do cumprimento da duração normal do trabalho e do dever geral de assiduidade. Artigo 35.º – Sigilo profissional

O pessoal ao serviço da IGSJ está sujeito às disposições legais relativas ao sigilo pro-fissional e deve guardar rigoroso segredo sobre todas as matérias de que tenha conhecimen-to no exercício ou por causa do exercício das suas funções, mesmo após a respectiva cessa-ção. Artigo 36.º – Regalias funcionais

Para efeitos do exercício das suas funções, o inspector–geral, os subinspectores– -gerais e o pessoal de inspecção têm direito a:

a) uso de cartão de identificação e livre trânsito, de modelo a aprovar por portaria do Ministro da Justiça;

b) utilização da rede de transportes públicos, em condições a definir por portaria conjunta do Ministro da Justiça e do membro do Governo responsável pelos transportes.

Artigo 37.º – Formação e aperfeiçoamento profissional

A IGSJ promove as acções de formação e aperfeiçoamento consideradas necessárias a um adequado desempenho profissional do pessoal ao seu serviço, utilizando preferen-cialmente as estruturas de formação existentes na Administração Pública ou recorrendo à contratação de serviços externos à mesma, quando necessário. CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 38.º – Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia subsequente ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25 de Janeiro de 2001. – António Ma-

nuel de Oliveira Guterres – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – António Luís Santos Costa – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 15 de Março de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 21 de Março de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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MAPA I Quadro do pessoal dirigente a que se refere o n.º 1 do artigo 24.º

Decreto Regulamentar n.º 15/2001, de 12 de Outubro (Carreira e esca-lões salariais do pessoal)

O Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, veio estabelecer os princípios gerais enquadradores das carreiras de inspecção da Administração Pública, ficando a aplicação do seu normativo a cada concreto serviço ou organismo da administração central e regional autónoma dependente de decreto regulamentar, de acordo com o disposto no artigo 14.º

Deste modo, e dispondo a Inspecção–Geral dos Serviços de Justiça da carreira de ins-pector superior, nos termos do artigo 27.º da respectiva Lei Orgânica, aprovada pelo Decre-to–Lei n.º 101/2001, de 29 de Março, torna–se agora necessário proceder à regulamentação de alguns aspectos da mesma, designadamente em matéria de ingresso e de acesso, bem como consagrar regras de transição, de acordo com os parâmetros definidos no referido Decreto–Lei n.º 112/2001.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim:

Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º – Objecto

O presente diploma aplica à Inspecção–Geral dos Serviços de Justiça, adiante desig-nada por IGSJ, o regime estabelecido no Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 2.º – Carreira de inspector superior

1 – A IGSJ dispõe da carreira de inspector superior, de regime especial, que integra as categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e ins-pector.

2 – O ingresso na carreira de inspector superior é feito para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada, nas áreas do Direito, Adminis-tração Pública, Economia, Finanças ou Gestão, a definir no respectivo aviso de abertura de concurso em função das prioridades e necessidades da IGSJ, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores), sem prejuízo do disposto no artigo 31.º do Decreto–Lei n.º 101/2001, de 29 de Março.

3 – O recrutamento para as categorias de acesso é feito nos termos do artigo 4.º, n.º 3, do Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.

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Artigo 3.º – Recrutamento excepcional para lugar de acesso

1 – Excepcionalmente, e em casos devidamente fundamentados, podem ser recruta-dos mediante concurso interno, para qualquer das categorias de acesso da carreira de ins-pector superior, funcionários ou agentes das carreiras técnica superior ou técnica, ou outras em que sejam exigidos idênticos requisitos habilitacionais para ingresso, desde que detento-res de licenciatura adequada, a definir no respectivo aviso de abertura de concurso, e pos-suidores de experiência profissional de duração não inferior à exigível para o acesso à cate-goria a que concorrem.

2 – A excepcionalidade do caso concreto e a respectiva fundamentação devem ser reconhecidas por despacho do inspector–geral.

3 – O aviso de abertura de concurso define a natureza e o âmbito da experiência pro-fissional exigida, considerando a categoria e o conteúdo funcional do lugar a prover. Artigo 4.º – Admissão a estágio

1 – O ingresso na carreira de inspector superior está sujeito à prévia aprovação em es-tágio.

2 – A admissão a estágio para ingresso é feita mediante concurso, com utilização dos seguintes métodos de selecção:

a) avaliação curricular; b) prova de conhecimentos; c) exame psicológico de selecção; d) entrevista profissional de selecção.

3 – O método de selecção referido na alínea b) do número anterior tem carácter eli-minatório, bem como cada uma das fases que o integre. Artigo 5.º – Regime do estágio

1 – O estágio para ingresso na carreira de inspector superior tem a duração de um ano, sendo–lhe aplicáveis, com as necessárias adaptações, as regras definidas nos Decretos–Leis n.os 265/88, de 28 de Julho, 427/89, de 7 de Dezembro, e 159/95, de 6 de Julho.

2 – As demais condições necessárias para o funcionamento do estágio, designada-mente quanto aos seus objectivos, estrutura, orientação, funcionamento, elementos de ava-liação e classificação final, são definidas em regulamento a aprovar por despacho conjunto do Ministro da Justiça e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pú-blica.

3 – Os estagiários que concluam o respectivo estágio com aproveitamento são nome-ados na categoria de ingresso da carreira de inspector superior em função do número de vagas postas a concurso.

4 – Os estagiários assinam um termo de responsabilidade em que se comprometem a reembolsar a IGSJ de todas as despesas efectuadas com a sua formação caso não venham a prestar, após a sua integração na carreira, o tempo de serviço correspondente à duração do estágio.

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Artigo 6.º – Conteúdo funcional

1 – Ao pessoal da carreira de inspector superior da IGSJ incumbe: a) realizar inspecções, auditorias, sindicâncias e inquéritos aos serviços do Minis-

tério da Justiça; b) instruir os processos de apreciação de queixas, reclamações e denúncias apre-

sentadas por eventuais violações da legalidade e, em geral, por suspeitas de ir-regularidade ou deficiência no funcionamento dos serviços do Ministério da Justiça;

c) instruir os processos disciplinares que forem determinados pelo Ministro da Justiça;

d) acompanhar a execução das decisões proferidas pelo Ministro da Justiça na se-quência da actuação da IGSJ;

e) elaborar estudos, pareceres e informações relativos ao exercício das suas com-petências;

f) exercer a coordenação das áreas do Serviço de Inspecção, quando para tal for designado por despacho do inspector–geral.

2 – Consideram–se serviços do Ministério da Justiça, para efeitos do presente diplo-ma, os órgãos, serviços e organismos integrados no Ministério da Justiça ou que funcionem no seu âmbito, nos termos da legislação orgânica aplicável, bem como as entidades sujeitas à tutela do Ministro da Justiça, dentro dos respectivos limites. Artigo 7.º – Transição de pessoal

1 – O pessoal com vínculo à função pública que, à data da entrada em vigor do pre-sente diploma, exerça, a qualquer título, funções dirigentes ou de inspecção, auditoria ou fiscalização na IGSJ transita para a carreira de inspector superior nos termos previstos nos números seguintes.

2 – A transição do pessoal pertencente à carreira técnica superior obedece às seguin-tes regras:

a) os assessores principais transitam para a categoria de inspector superior princi-pal;

b) os assessores transitam para a categoria de inspector superior; c) os técnicos superiores principais transitam para a categoria de inspector princi-

pal; d) os técnicos superiores de 1.ª e 2.ª classes transitam para a categoria de inspec-

tor. 3 – A transição do pessoal referido no número anterior faz–se para escalão igual ao

que o funcionário detém na categoria de origem, com excepção dos técnicos superiores de 2.ª classe, que transitam para escalão a que corresponde, na estrutura da categoria, índice remuneratório igual ou, na falta de coincidência, para o índice superior mais aproximado.

4 – O restante pessoal transita para a carreira de inspector superior, desde que possui-dor dos requisitos habilitacionais exigidos para o ingresso na mesma, em categoria cuja remuneração indiciária do escalão 1 seja igual ou, na falta de coincidência, superior mais aproximada à do escalão 1 da categoria de origem, sendo posicionado em índice a que cor-responda remuneração igual à detida ou, não existindo, no imediatamente superior.

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5 – Para efeitos de aplicação do presente artigo, considera–se pessoal com vínculo à função pública aquele que, nos termos da lei, pode ser opositor a concursos internos na Administração Pública. Artigo 8.º – Formalidades da transição

1 – A transição para a carreira de inspector superior depende de requerimento do inte-ressado, apresentado no prazo de 30 dias contados a partir da data da entrada em vigor do presente diploma.

2 – A transição opera–se mediante a publicação no Diário da República de lista nominativa de transição, após aprovação pelo Ministro da Justiça, sem dependência de quaisquer outras formalidades. Artigo 9.º – Produção de efeitos

A transição prevista nos artigos anteriores retroage à data da entrada em vigor do De-creto–Lei n.º 101/2001, de 29 de Março, sem prejuízo de os demais efeitos do Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, se reportarem à data de entrada em vigor do Decreto–Lei n.º 146/2000, de 18 de Julho.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de Agosto de 2001. – António Ma-nuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – Diogo Campo Barradas de Lacerda Machado – Alexandre António Cantigas Rosa.

Promulgado em 25 de Setembro de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 27 de Setembro de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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INSPECÇÃO–GERAL E AUDITORIA DE GESTÃO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Decreto–Lei n.º 192/91, de 21 de Maio (Lei Orgânica) 97

A Inspecção–Geral e Auditoria de Gestão, criada pelo artigo 3.º do Decreto–Lei n.º 310–A/86, de 23 de Setembro, recebeu forma orgânico–funcional através do Decreto Regulamentar n.º 15/87, de 6 de Fevereiro, alterado pelo Decreto Regulamentar n.º 6/89, de 27 de Fevereiro.

Apesar de os diplomas referidos serem recentes, impõe–se rever algumas disposições não coadunáveis, presentemente, com uma gestão ainda mais criteriosa, exigente e eficaz. Assim, criam–se quadros de chefia intermédia, reduz–se o efectivo de pessoal, eleva–se ao nível de licenciatura o grau de ingresso na carreira de inspecção.

Pretende–se, ainda, com a nova estrutura orgânica, que a actividade inspectiva e de auditoria de gestão seja dotada dos instrumentos necessários à melhoria do sistema de con-trolo das aplicações de fundos destinados à agricultura e pescas, designadamente no âmbito do FEOGA.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral e Auditoria de Gestão, criada pelo Decreto–Lei n.º 310–A/86, de 23 de Setembro, abreviadamente designada por IGA, é um serviço que funciona na directa dependência do Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação, tendo como objectivo apoiá–lo na coordenação das actividades do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimenta-ção (MAPA), nomeadamente através do desenvolvimento de acções no âmbito da inspec-ção e auditoria de gestão.

Artigo 2.º – Competências

À IGA compete: a) assegurar o desenvolvimento sistemático de actividades de auditoria, a nível do

MAPA, bem como a realização das que lhe forem ocasionalmente solicitadas ou determinadas;

b) assegurar, em colaboração com outros serviços, o desenvolvimento de acções que permitam um permanente controlo de gestão das actividades dos vários serviços do MAPA, nomeadamente através da análise e avaliação da adequa-ção e eficiência da informação de controlo;

c) avaliar a forma como se desenvolvem e concretizam as acções e medidas que visam a consecução dos objectivos do MAPA, nomeadamente as definidas em

97 Com as alterações introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro.

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programas e projectos cometidos aos diversos organismos e serviços, bem como a comissões ou grupos de trabalho constituídos com objectivos específi-cos, designadamente através da análise do grau de validade da informação de controlo e da adequação das mesmas acções às respectivas normas legais;

d) analisar e avaliar, em termos de economia, eficiência e eficácia, os resultados práticos da acção prosseguida pelo MAPA através da actividade dos diversos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo MAPA, detectando e carac-terizando as situações e os factores condicionantes ou impeditivos da concreti-zação da política e dos objectivos definidos;

e) assegurar, em colaboração com os restantes serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo MAPA, a definição e desenvolvimento de esquemas de in-formação e controlo que permitam determinar se a utilização pelas entidades beneficiárias dos apoios financeiros, quer avalizados pelo MAPA, quer oriun-dos dos fundos comunitários, se enquadra nos parâmetros que presidiram à concessão dos mesmos;

f) proceder às sindicâncias e inquéritos e a outras acções de âmbito disciplinar que lhe sejam determinadas superiormente;

g) proceder aos estudos que se mostrem convenientes para o esclarecimento com-pleto das questões colocadas a nível de auditoria de gestão e que sejam funda-mentais ao correcto desempenho das actividades do MAPA;

h) efectuar acções de formação de pessoal no âmbito da actividade de auditoria de gestão, no contexto do MAPA;

i) assegurar, por parte do Ministério da Agricultura, o acompanhamento das missões comunitárias de controlo a efectuar em Portugal no âmbito do FEOGA.98

CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS E SUAS COMPETÊNCIAS

Artigo 3.º – Órgãos e serviços

1 – A IGA compreende órgãos e serviços. 2 – São órgãos da IGA:

a) o director–geral; b) o Conselho de Auditoria de Gestão da IGA (CIGA).

3 – São serviços da IGA: a) Serviços operativos de inspecção e auditoria:99

i) Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e de Gestão (SAEG);100 ii) Serviços de Auditoria de Acções Conjunturais e de Gestão

(SACOG);101

98 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 99 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “a)

Serviços operativos de inspecção:” 100 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “i)

Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e Conjunturais (SAAEC);” 101 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “II)

Serviços de Inspecção e Processos Especiais (SIPE);”

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iii) Serviços de Inspecção e de Processos Especiais (SIPE);102 b) Serviço de apoio técnico:103

i) Divisão de Estudos, Planeamento, Tratamento de Informação e Orga–nização (ESPLANTIO);104

c) Serviços de administração:105 i) Repartição Administrativa.106

Artigo 4.º – Direcção

1 – A IGA é dirigida por um director–geral. 2 – Ao director–geral compete, nomeadamente:

a) assegurar a gestão e coordenação da actividade global da IGA; b) definir, de acordo com os princípios estabelecidos, os objectivos e linhas de

orientação, bem como a estratégia de actuação dos serviços; c) apresentar superiormente, acompanhado do respectivo parecer, o plano anual

de actividades da IGA e o correspondente relatório de execução; d) promover formas de gestão por objectivos que incentivem a participação e ca-

pacidade criadora das chefias e quadros técnicos; e) deslocar e afectar pessoal no âmbito da IGA, de acordo com os preceitos le-

gais; f) designar e ou notificar os inspectores que devem proceder às auditorias, sindi-

câncias, inquéritos, averiguações e processos disciplinares de que a IGA venha a ser superiormente incumbida;

g) emitir parecer, quando superiormente solicitado, sobre se há lugar ou não a procedimento disciplinar, em face de participação ou queixa apresentada direc-tamente ao Ministro;

h) receber os processos a submeter a despacho ministerial, agindo na qualidade de entidade delegada do Ministro, para efeito do cumprimento dos prazos previs-tos no Estatuto Disciplinar, nomeadamente os referidos no n.º 3 do artigo 65.º;

i) examinar os processos recebidos dos inquiridores e instrutores por si nomeados e assegurar as diligências necessárias à conveniente conclusão dos mesmos;

j) emitir parecer sobre os relatórios das auditorias, sindicâncias, inquéritos e pro-cessos disciplinares de que a IGA tenha sido incumbida;

l) presidir ao CIGA; m) exercer as demais competências legais.

3 – Aos subdirectores–gerais compete coadjuvar o director–geral nos termos por este definidos e exercer as competências legais próprias.

4 – Os serviços referidos na alínea a) do n.º 3 do artigo 3.º são equiparados a direcção de serviços e são dirigidos por directores de serviços.

102 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 103 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: ”b)

Serviços de administração:” 104 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: ”i) A

Repartição Administrativa” 105 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 106 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro.

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5 – Os serviços referidos na alínea b), n.º 3 do artigo 3.º são dirigidas por um chefe de repartição.

Artigo 5.º – Conselho de Auditoria de Gestão da IGA (CIGA)

1 – O CIGA é um órgão consultivo do director–geral para efeitos de estabelecimento de objectivos e programas de acção visando o desenvolvimento de um sistema permanente de auditoria e controlo de gestão das actividades desenvolvidas pelo MAPA.

2 – O CIGA tem a seguinte composição: a) o director–geral, que presidirá; b) os subdirectores–gerais e directores de serviços designados pelo director–geral; c) o responsável pelo órgão de planeamento a nível do MAPA; d) os directores–gerais ou equiparados dos restantes serviços centrais e de outros

organismos ou serviços tutelados pelo MAPA convocados pelo presidente; e) os directores regionais de agricultura.

3 – Ao CIGA compete: a) contribuir para a definição da metodologia de actuação no âmbito da auditoria

e controlo de gestão; b) propor os objectivos a prosseguir no âmbito da auditoria e controlo de gestão; c) apreciar as acções desenvolvidas e os resultados obtidos no domínio da auditoria

e controlo de gestão e apresentar as sugestões que entender por convenientes; d) pronunciar–se sobre quaisquer outros assuntos que no âmbito das suas atribui-

ções lhe sejam presentes por qualquer dos seus membros. 4 – O CIGA funcionará em sessões plenárias, reunindo ordinariamente duas vezes

por ano e ainda sempre que o presidente o convoque.

Artigo 6.º – Serviços de Auditoria de Acções Estruturais e de Gestão (SAEG)107

1 – Aos SAEG compete: 108 a) realizar auditorias com vista à formulação de diagnósticos e de propostas

relativos ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política sócio–estrutural superiormente definida; 109

b) realizar acções que permitam avaliar, em termos de economia, eficiência e eficácia, a actividade prosseguida neste âmbito pelos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo Ministério da Agricultura. 110

107 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “Servi-

ços de Auditoria de Acções Estruturais e Conjunturais (SAAEC)” 108 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “

“1 – Aos SAAEC compete:” 109 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

“a) realizar auditorias de natureza sistemática, com vista à formulação de diagnósticos e de propostas relativas ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política sócio-estrutural superiormente definida;”

110 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “b) realizar auditorias de natureza sistemática, com vista à formulação de diagnósticos e de propostas

relativas ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política de preços e mercados superiormente definida;”

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c) 111 d) 112

2 – Os SAEG compreendem as seguintes divisões: 113 a) Divisão de Auditoria de Acções Estruturais, com incumbência de desen-

volver as acções necessárias à realização das competências a que se repor-ta a alínea a) do número anterior; 114

b) Divisão de Auditoria de Gestão, com a incumbência de desenvolver as acções necessárias à realização das competências a que se reporta a alínea b) do número anterior. 115

c) 116 d) 117

Artigo 6.º–A – Serviços de Auditoria de Acções Conjunturais e de Gestão

(SACOG)118

1 – Aos SACOG compete: a) realizar auditorias com vista à formulação de diagnósticos e de propostas

relativos ao controlo dos apoios financeiros nacionais e comunitários no âmbito da política de preços e mercados superiormente definida;

b) realizar acções que permitam avaliar, em termos de economia, eficiência e eficácia, a actividade prosseguida neste âmbito pelos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo Ministério da Agricultura.

2 – Os SACOG compreendem as seguintes divisões: a) Divisão de Auditoria de Acções Conjunturais, com a incumbência de

desenvolver as acções necessárias à realização das competências a que se reporta a alínea a) do número anterior;

b) Divisão de Auditoria de Gestão, com a incumbência de desenvolver as acções necessárias à realização das competências a que se reporta a alínea b) do número anterior.

111 Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

“c) realizar acções que permitam avaliar sistematicamente, em termos de economia, eficiência e efi-cácia, a actividade prosseguida pelos serviços e entidades dependentes ou tutelados pelo MAPA;”

112 Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “d) realizar investigações, estudos e informações sobre a organização dos recursos humanos e meios

materiais dos serviços do MAPA, face aos objectivos definidos.” 113 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

“2 – Os SAAEC compreendem as seguintes divisões:” 114 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

“a) Divisão de Acções Estruturais, com a competência a que se reporta a alínea a) do n.º 1; ” 115 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

“b) Divisão das Acções Conjunturais, com a competência a que se reporta a alínea b) do n.º 1; ” 116 Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

“c) Divisão de Auditoria de Gestão, com a competência a que se reporta a alínea c) do n.º 1;” 117 Suprimido pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte:

d) Divisão de Estudos e Organização, com a competência a que se reporta a alínea d) do n.º 1.” 118 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro.

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Artigo 7.º – Serviços de Inspecção e Processos Especiais (SIPE)

1 – Aos SIPE compete: a) instruir e realizar processos de averiguações, sindicâncias, inquéritos e proces-

sos disciplinares; b) realizar auditorias específicas sem carácter sistemático superiormente determi-

nadas. 2 – Os SIPE compreendem as seguintes divisões:

a) Divisão de Processos Especiais, com a competência a que se reporta a alínea a) do n.º 1;

b) Divisão de Inspecções Específicas, com a competência a que se reporta a alínea b) do mesmo número.

Artigo 7.º- A – Divisão de Estudos, Planeamento, Tratamento de Informação e

Organização (ESPLANTIO) 119

À ESPLANTIO, directamente dependente do director–geral, compete: a) efectuar estudos, pareceres e informações sobre matérias da competência

da IGA; b) elaborar o plano e relatório de actividades; c) proceder ao tratamento de legislação e outra documentação e promover a

sua divulgação pelos inspectores; d) desenvolver e gerir aplicações informáticas, nomeadamente bases de dados

sobre a matéria de interesse para os serviços, bem como prestar apoio nes-te domínio à actividade operativa.

Artigo 8.º – Serviços de administração

1 – À Repartição Administrativa compete desenvolver as acções relativas à adminis-tração dos recursos humanos e financeiros.

2 – A Repartição Administrativa compreende: a) Secção de Pessoal, Expediente e Arquivo (SPEA); b) Secção Financeira e Patrimonial (SFP); c) (Revogado) 120

3 – À SPEA compete: a) assegurar as acções relativas à admissão, mobilidade, gestão e aposentação do

pessoal da IGA; b) assegurar a organização e manutenção do cadastro do pessoal; c) assegurar o expediente e a gestão do arquivo da IGA; d) assegurar o apoio administrativo da IGA.

4 – À SFP compete:

119 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 120 Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “c)

Secretariado de Apoio Técnico (SAT).”

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a) assegurar a recolha dos elementos necessários à elaboração do orçamento da IGA e respectivo controlo;

b) assegurar o processamento dos vencimentos, remunerações e outros abonos do pessoal, bem como dos descontos que sobre eles incidam, e elaborar os docu-mentos que lhes servem de suporte;

c) assegurar a organização dos processos e liquidação das despesas resultantes do funcionamento da IGA;

d) assegurar o serviço de aprovisionamento e a conservação das instalações e equipamentos afectos à IGA;

e) apoiar os restantes serviços da IGA nos domínios financeiro, patrimonial e do aprovisionamento.

5 – (Revogado) 121

Artigo 8.º- A – Secretariado de Apoio 122

Junto do director–geral funciona o Secretariado de Apoio, chefiado por um che-fe de secção, com competência para assegurar as tarefas de apoio à direcção e aos ser-viços operativos de inspecção e de auditoria no âmbito do controlo da movimentação dos inspectores e acompanhamento dos trabalhos de inspecção, organização dos pro-cessos internos do serviço, tratamento de texto e reprodução dos processos inspectivos.

CAPÍTULO III – PESSOAL

Artigo 9.º – Regime e quadro de pessoal

1 – Para o desempenho das suas atribuições, a IGA dispõe do quadro de pessoal a aprovar por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Agricultura. 123

2 – A escala salarial das carreiras de inspecção é a que consta do mapa II, anexo a este diploma, e que dele faz parte integrante.

3 – Ao pessoal a que se refere o presente artigo é aplicável o disposto neste diploma, no Decreto Regulamentar n.º 24/89, de 11 de Agosto, e demais legislação complementar.

4 – Aos inspectores estagiários, no exercício efectivo de funções de inspecção e de auditoria, é aplicável o artigo 1.º do Decreto–Lei n.º 46/86, de 10 de Março, conjugado com o disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 37.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Ou-tubro. 124

121 Revogado pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “5 - O

Secretariado de Apoio Técnico é dirigido por um chefe de secção e compete-lhe assegurar as tarefas de apoio técnico à direcção no âmbito do controlo da movimentação dos inspectores e acompanhamento dos trabalhos de inspecção, organização dos processos internos do serviço, tratamento de texto e reprodução dos processos inspectivos.”

122 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 123 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “1 -

Para o desempenho das suas atribuições a IGA dispõe do quadro de pessoal constante do mapa I, anexo a este diploma, e que dele faz parte integrante.”

124 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro.

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5 – Durante o período de três anos a contar da data da entrada em vigor do pre-sente diploma, a IGA pode, por conta das vagas de lugares de acesso da carreira de inspecção que não possam ser preenchidas por funcionários da categoria imediata-mente inferior, prover nos lugares de ingresso tantos inspectores quantas as vagas existentes na respectiva categoria e nas outras categorias da mesma carreira. 125 Artigo 10.º – Carreira de inspecção

1 – A carreira de inspecção desenvolve–se pelas categorias de: Inspector superior principal; Inspector superior; Inspector principal; Inspector.

2 – O recrutamento é feito por concurso e de acordo com as seguintes regras: a) Inspector superior principal – de entre inspectores superiores com, pelo menos,

três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cin-co anos classificados, no mínimo, de Bom;

b) Inspector superior – de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom;

c) Inspector principal – de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados, no mínimo, de Bom;

d) Inspector – de entre os indivíduos habilitados com licenciatura adequada apro-vados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores).

3 – O estágio para ingresso na carreira de inspecção rege–se pelo disposto no artigo 5.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto– –Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro.

4 – A área de recrutamento para a categoria de inspector principal é alargada, nos termos dos n.os 3 a 7 do artigo 17.º do Decreto–Lei n.º 248/85, de 15 de Julho, aos inspectores técnico–administrativos principais com curso superior que não confira o grau de licenciatura, desde que previamente aprovados em concurso de habilitação.126 Artigo 11.º – Carreira de inspector técnico–administrativo

1 – A carreira de inspector técnico–administrativo desenvolve–se pelas seguintes ca-tegorias:

Inspector técnico–administrativo principal; Inspector técnico–administrativo de 1.ª classe; Inspector técnico–administrativo de 2.ª classe; Inspector técnico–administrativo.

125 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. 126 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “4 - A

área de recrutamento para a categoria de inspector é alargada, nos termos dos n.os 3 a 7 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 248/85, de 15 de Julho, aos inspectores técnico-administrativos principais com curso superior que não confira o grau de licenciatura, desde que previamente aprovados em concurso de habilitação.”

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2 – O recrutamento para as categorias da carreira de inspector técnico–administrativo é feito por concurso e de acordo com as seguintes regras:

a) Inspector técnico–administrativo principal, inspector técnico–administrativo de 1.ª classe e inspector técnico–administrativo de 2.ª classe – de entre, respecti-vamente, inspectores técnico–administrativos de 1.ª classe, inspectores técni-co–administrativos de 2.ª classe e inspectores técnico–administrativos com, pelo menos, três anos nas respectivas categorias classificados de Muito bom ou cinco anos classificados, no mínimo, de Bom;

b) Inspector técnico–administrativo – de entre indivíduos habilitados com curso superior adequado, aprovados em estágio com classificação não inferior a Bom (14 valores). 127

3 – O estágio para ingresso na carreira de inspector técnico–administrativo rege–se pelo disposto no artigo 5.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro. 128 Artigo 12.º – Prerrogativas

1 – O pessoal da IGA goza das seguintes prerrogativas, no exercício de funções de auditoria e inspecção junto dos órgãos e serviços do Ministério e das entidades tuteladas:

a) livre acesso a todas as instalações e locais de trabalho; b) direito a solicitar todos os elementos necessários à conveniente análise das si-

tuações; c) efectuar controlos cruzados, incluindo designadamente comparações com do-

cumentos comerciais de fornecedores, de clientes ou outros, que tenham uma ligação directa ou indirecta com os apoios financeiros, quer avalizados pelo MAPA, quer oriundos dos fundos comunitários;

d) direito de consulta de todos os documentos necessários ao bom desempenho das missões, bem como recolher declarações e testemunhos em auto;

e) direito a utilizar todos os meios de correspondência; f) possuir e usar arma de defesa, com dispensa da respectiva licença; g) proceder à selagem de instalações ou requisitar documentos ou a reprodução

destes. 2 – No desempenho de funções de inspecção, o pessoal da IGA tem, ainda, direito:

a) a solicitar, quando se afigurar imprescindível ao cumprimento das missões de que esteja superiormente incumbido, o auxílio das autoridades administrativas, judiciais e policiais;

b) a corresponder–se com outras entidades, singulares ou colectivas, sobre assun-tos de serviço de inspecção.

3 – No exercício das suas funções, o pessoal da IGA não poderá interferir na activi-dade executiva dos organismos e serviços do MAPA e das entidades tuteladas nem exercer qualquer acção disciplinar sobre o seu pessoal.

127 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro. A versão originária era a seguinte: “b)

Inspector técnico-administrativo - de entre pessoal técnico com a categoria de técnico principal e de técnico de 1.ª classe, este com, pelo menos, três anos de bom e efectivo serviço na categoria.”

128 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro.

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202

4 – Os funcionários a que se referem os números anteriores têm direito a cartão de identificação com a menção de livre trânsito, do modelo em vigor no MAPA, com excep-ção do verso, que conterá a transcrição dos n.os 1 e 2 deste artigo e as assinaturas do direc-tor–geral da IGA e do portador.

Artigo 13.º – Dever de cooperação

O pessoal da IGA, no exercício de funções de inspecção e auditoria, poderá solicitar a qualquer pessoa, singular ou colectiva, informações ou depoimentos, sempre que se repute necessário para apuramento dos factos da sua competência.

CAPÍTULO IV – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 14.º – Transição de pessoal

1 – O pessoal que à data da entrada em vigor deste diploma se encontre a prestar ser-viço no quadro da IGA transita para o novo quadro para categoria igual ou equivalente à que já possui.

2 – O pessoal da carreira de inspectores a que se refere o artigo 1.º do Decreto–Lei n.º 54/89, de 22 de Fevereiro, transita para as categorias da nova carreira de inspecção, de harmonia com a tabela constante do mapa III anexo a este diploma e que dele faz parte in-tegrante.

Artigo 15.º – Integração de pessoal

1 – Os funcionários, com licenciatura adequada, que à data da entrada em vigor do presente diploma se encontrem, em regime de destacamento ou requisição, a exercer fun-ções inspectivas e de auditoria na IGA, há mais de um ano, podem ser integrados em cate-goria da carreira de inspecção, de acordo com o disposto no artigo 18.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro, mediante despacho favorável do director–geral, preceden-do concordância do dirigente do serviço a cujos quadros pertençam.

2 – O quadro da IGA será acrescido do número de lugares necessários à integração referida neste artigo quando não houver lugares vagos na respectiva categoria de integra-ção, sem prejuízo da dotação global. Artigo 16.º – Revogação

São revogados o Decreto Regulamentar n.º 15/87, de 6 de Fevereiro, com as altera-ções introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 54/89, de 22 de Fevereiro, e pelo Decreto Regula-mentar n.º 6/89, de 27 de Fevereiro.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de Abril de 1991. – Aníbal António Cavaco Silva – Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza – Arlindo Marques da Cunha.

Promulgado em 24 de Abril de 1991. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 29 de Abril de 1991. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

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203

MAPA I 129 Anexo a que se refere o n.º 1 do artigo 9.º

129 Vide, alteração introduzida pelo artigo 3.º do Decreto Regulamentar n.º 7/2001, de 28 de Maio.

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204

MAPA II Anexo a que se refere o n.º 2 artigo 9.º

MAPA III Anexo a que se refere o n.º 2 do artigo 14.º

Decreto–Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica)

Tendo–se verificado a necessidade de se proceder a alterações na estrutura dos servi-ços da Inspecção–Geral e Auditoria de Gestão (IGA) do Ministério da Agricultura, estabe-lecida pelo Decreto–Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, o presente diploma visa ajustar essa estrutura às actuais exigências de operacionalidade dos serviços de inspecção, viabilizando também as soluções organizacionais que o seu esperado crescimento exigirá, especialmente na vertente de auditoria.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: Artigo 1.º 130 Artigo 2.º 131

130 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 131 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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205

Artigo 3.º 132

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25 de Novembro de 1993. – Aníbal António Cavaco Silva – Jorge Braga de Macedo – Arlindo Marques da Cunha.

Promulgado em 23 de Dezembro de 1993. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 28 de Dezembro de 1993. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

Decreto Regulamentar n.º 7/2001, de 28 de Maio (Escalas salariais do pessoal)

As carreiras de inspecção e de inspector técnico administrativo da Inspecção–Geral e Auditoria de Gestão (IGA) do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas são consideradas, de acordo com o artigo 26.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro, e o anexo n.º 7 a este diploma, com as alterações introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, carreiras de regime especial.

Por força do Decreto Regulamentar n.º 11/94, de 22 de Abril, foi criada a carreira de inspector–adjunto, no âmbito da mesma Inspecção–Geral.

O Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro, em cumprimento da Lei n.º 77/98, de 19 de Novembro, procedeu à revisão das carreiras do regime geral da Administração Pública e prevê, no n.º 3 do artigo 17.º, a adaptação dos regimes e escalas salariais das car-reiras de regime especial ao disposto no mesmo diploma.

É o que se concretiza pelo presente diploma. Foram cumpridos os procedimentos previstos na Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de

Dezembro, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º – Escalas salariais

As escalas salariais das carreiras de inspecção, de inspector técnico administrativo e de inspector–adjunto da Inspecção–Geral e Auditoria de Gestão (IGA) do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, constantes do mapa II anexo ao De-creto–Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, e do Decreto Regulamentar n.º 11/94, de 22 de Abril, passam a ser as previstas no mapa anexo ao presente diploma, que dele fazem parte inte-grante.

132 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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206

Artigo 2.º – Transição

1 – O pessoal provido em categorias das carreiras referidas no artigo anterior transita para as categorias detidas, em escalão a que corresponda na estrutura da categoria índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado.

2 – Nos casos em que da aplicação da regra constante do número anterior resulte um impulso salarial igual ou inferior a 10 pontos, releva, para efeitos de progressão, o tempo de permanência no índice de origem. Artigo 3.º – Alteração do quadro de pessoal da carreira de inspecção

O quadro de pessoal da carreira de inspecção considera–se automaticamente alterado, de acordo com o disposto na alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 29.º do Decreto–Lei n.º 404–A/98, passando ao regime de dotação global as dotações das categorias de inspector principal e de inspector, bem como das categorias de inspector superior principal e de ins-pector superior. Artigo 4.º – Produção de efeitos

1 – O presente diploma produz efeitos a 1 de Janeiro de 1998. 2 – Das transições decorrentes deste diploma não poderão resultar, em 1998, impul-

sos salariais superiores a 15 pontos indiciários. 3 – Nos casos em que se verificam impulsos salariais superiores, o direito à totalidade

da remuneração só se adquire em 1 de Janeiro de 1999. 4 – Aos funcionários que, em 1998, adquirissem, por progressão na anterior escala sa-

larial, o direito a remuneração superior à que lhes é atribuída de acordo com os anteriores n.os 2 e 3 é garantida, entre o momento da progressão e 31 de Dezembro de 1998, a remune-ração correspondente ao índice para o qual progrediriam naquela escala salarial.

5 – O disposto nos números anteriores não impede a integração formal no escalão que resultar da aplicação das regras de transição.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de Março de 2001. – Jaime José Matos da Gama – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – Luís Manuel Capoulas Santos – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 3 de Maio de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 10 de Maio de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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MAPA ANEXO

Decreto Regulamentar n.º 34/2002, de 23 de Abril (Carreiras e escalas salariais)

O Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, estabeleceu o enquadramento e definiu a estrutura das carreiras de inspecção da Administração Pública, sendo a sua aplicação, às inspecções-gerais, aos serviços e organismos, feita mediante decreto regulamentar.

A Inspecção-Geral e Auditoria de Gestão, do Ministério da Agricultura, do Desen-volvimento Rural e das Pescas, rege-se pelo Decreto-Lei n.º 192/91, de 21 de Maio, altera-do pelo Decreto-Lei n.º 18/94, de 25 de Janeiro, e dispõe no quadro de pessoal de carreiras inspectivas.

O presente diploma visa adequar o regime das actuais carreiras de inspecção, de ins-pector técnico administrativo e de inspector-adjunto ao preceituado no Decreto-Lei n.º 112/2001 e definir as regras necessárias à sua aplicação.

Foram observados os procedimentos previstos na Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de

Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o se-guinte: Artigo 1.º – Objecto e âmbito

O presente decreto regulamentar aplica às carreiras de inspecção do quadro de pes-soal da Inspecção-Geral e Auditoria de Gestão, do Ministério da Agricultura, do Desenvol-

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vimento Rural e das Pescas, abreviadamente designada por IGA, o regime estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 2.º – Carreiras de inspecção

1 – As carreiras de inspecção da IGA são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector técnico; c) Inspector-adjunto.

2 – As carreiras mencionadas no número anterior têm a estrutura e escalas salariais constantes do mapa I anexo ao Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 3.º – Ingresso e acesso nas carreiras

1 – O ingresso nas carreiras de inspector superior, de inspector técnico e de inspector-adjunto rege-se, respectivamente, pelo preceituado nos n.os 2 dos artigos 4.º, 5.º e 6.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril.

2 – O recrutamento para as categorias de acesso das carreiras referidas no número an-terior obedece às regras estabelecidas, respectivamente, nos n.os 3 dos citados artigos 4.º, 5.º e 6.º, do mesmo diploma.

3 – O currículo profissional a apreciar no concurso de provas públicas para acesso à categoria de inspector superior, nos termos da alínea b) do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, será acompanhado de um relatório em que o candidato pro-cede à análise da actividade por si desenvolvida desde a última promoção.

4 – Ao recrutamento para as categorias de inspector principal e de inspector da carrei-ra de inspector superior, bem como para as categorias de inspector técnico principal e de inspector técnico da carreira de inspector técnico, são aplicáveis as regras de intercomuni-cabilidade entre carreiras estabelecidas no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril.

5 – Os avisos de abertura dos concursos para admissão a estágio para lugares de in-gresso especificarão as áreas de formação académica ou cursos considerados adequados ao exercício das funções correspondentes aos lugares a prover. Artigo 4.º – Conteúdos funcionais

1 – Incumbe aos inspectores superiores: a) realizar inspecções, auditorias, inquéritos, sindicâncias ou outras averiguações

e instruir os processos disciplinares superiormente determinados; b) analisar sistemas funcionais e avaliar, em termos de economia, eficiência e efi-

cácia, os resultados e formas de actuação dos serviços e entidades dependentes ou tuteladas pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e verificar o cumprimento das obrigações legais, bem como as emergen-tes de normas e determinações superiores;

c) elaborar, com autonomia e responsabilidade, estudos, pareceres e informações de âmbito técnico especializado no domínio das actividades da IGA;

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209

d) colaborar na preparação e elaboração do plano anual e do relatório de activida-des da IGA e na definição das acções de formação profissional específica do pessoal de inspecção;

e) acompanhar e prestar apoio técnico, na esfera da competência da IGA, às mis-sões comunitárias de controlo a efectuar em Portugal no âmbito do FEOGA.

2 – Incumbe aos inspectores técnicos: a) exercer funções de apoio técnico à realização das acções inspectivas e de audi-

toria, à instrução de processos de natureza diversa e à elaboração dos respecti-vos relatórios;

b) pesquisar, organizar e tratar a legislação, bibliografia e documentação de inte-resse para as actividades da IGA e promover a sua divulgação pelo pessoal de inspecção;

c) efectuar a recolha, a análise e o tratamento dos elementos necessários à concre-tização da actividade operativa, de acordo com os planos de actividade anuais;

d) acompanhar a execução das decisões proferidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas na sequência da actuação da IGA.

3 – Incumbe aos inspectores-adjuntos: a) prestar apoio técnico às actividades inspectivas e de auditoria, designadamente

na pesquisa, recolha, organização e tratamento de elementos contabilísticos e documentais necessários à execução dos trabalhos;

b) colaborar na elaboração e apresentação gráfica dos trabalhos, na actualização das bases de dados de interesse para a actividade operativa e na manutenção do arquivo informático;

c) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam atribuídas e se insiram no âm-bito das competências da IGA.

Artigo 5.º – Quadro de pessoal

O quadro de pessoal das carreiras de inspecção da IGA é aprovado por portaria con-junta dos Ministros das Finanças, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pública. Artigo 6.º – Regras de transição

1 – A transição do pessoal para as carreiras de inspector superior e de inspector-adjunto efectua-se de acordo com o mapa anexo a este diploma, do qual faz parte integran-te.

2 – Aos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão após 1 de Julho de 2000 são aplicáveis as regras de transição do número anterior, com efeitos a partir da data em que as mesmas ocorreram.

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Artigo 7.º – Regime de estágio

1 – O estágio para ingresso nas carreiras de inspector superior, de inspector técnico e de inspector-adjunto tem a duração mínima de um ano, e são-lhe aplicadas, com as necessá-rias adaptações, as regras definidas no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro.

2 – A regulamentação do estágio, designadamente quanto aos objectivos, estrutura, elementos de avaliação e classificação final, orientação e funcionamento será estabelecida por despacho conjunto do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pública. Artigo 8.º – Formação profissional

1 – A IGA assegura ao pessoal das carreiras de inspecção, através de planos de for-mação estruturados segundo as regras e os princípios definidos no Decreto-Lei n.º 50/98, de 11 de Março, a frequência de acções de formação profissional adequadas aos objectivos dos serviços, ao desenvolvimento das capacidades dos funcionários para o desempenho das funções e à sua valorização profissional e pessoal.

2 – A definição dos requisitos de formação exigida pelas regras de intercomunicabili-dade entre carreiras a que se refere a alínea b) dos n.os 1 e 3 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, será estabelecida por despacho conjunto do Ministro da Agricultu-ra, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do membro do Governo que tem a seu cargo a Administração Pública. Artigo 9.º – Produção de efeitos

A transição para as novas carreiras, bem como o correspondente abono do suplemen-to de função inspectiva, produz efeitos reportados a 1 de Julho de 2000.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 21 de Fevereiro de 2002. – António Manuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – Luís Manuel Capoulas San-tos – Alexandre António Cantigas Rosa.

Promulgado em 22 de Março de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 28 de Março de 2002. O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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MAPA ANEXO (artigo 6.º, n.º 1)

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INSPECÇÃO–GERAL DA EDUCAÇÃO

Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro (Lei Orgânica) 133 134

Para que a Inspecção–Geral da Educação possa prosseguir a sua função principal de avaliar e fiscalizar a realização da educação escolar é necessário que disponha de uma defi-nição mais completa das suas competências, de uma estrutura organizativa adequada e de um estatuto de pessoal que respeite o princípio da autonomia que deve presidir ao exercício da actividade inspectiva.

Para tanto, a Inspecção–Geral da Educação deve actuar como entidade de auditoria e controlo do funcionamento do sistema educativo e, consequentemente, de apoio técnico ao Ministério da Educação. Nesse sentido, o seu modelo organizativo integra estruturas de concepção, planeamento, coordenação e avaliação das acções inspectivas, bem como de apoio técnico e de coordenação dos inspectores que as efectuam.

Na redefinição das áreas de actuação da Inspecção–Geral da Educação segue–se de perto a organização do sistema educativo em diferentes níveis de educação e ensino consa-grada na Lei de Bases do Sistema Educativo e abrangem–se também os serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, possibilitando um melhor conhecimento e avaliação daquele sistema.

Na reestruturação da carreira inspectiva, tem–se em conta o perfil do inspector de educação, fazendo–lhe corresponder um profundo conhecimento da organização e do fun-cionamento do sistema educativo, quer da educação pré–escolar, quer dos ensinos básico, secundário e superior. Com isso se contribui para a garantia da qualidade da gestão pedagó-gica nos diversos estabelecimentos de educação e ensino e da eficiência da gestão dos recursos humanos, físicos e materiais necessários para a realização da educação escolar.

Foram ouvidas, nos termos da lei, as organizações representativas dos trabalhadores. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA, ÂMBITO E COMPETÊNCIAS

Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral da Educação, abreviadamente designada IGE, é um serviço central do Ministério da Educação dotado de autonomia técnica e administrativa, com competências de auditoria e de controlo do funcionamento do sistema educativo, bem como de apoio técnico às escolas e de salvaguarda dos interesses dos utentes. 135 133 Com as alterações introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 2/96, de 4 de Janeiro, Lei n.º 18/96, de 20 de Junho,

Decretos-Lei n.ºs 233/97, de 3 de Setembro e n.º 70/99, de 12 de Março. 134 Suspensa a vigência pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 2/96, de 4 de Janeiro, com excepção dos artigos 26.º;

28.º, n.º 1; 33.º n.os 1, 2, 3; 36.º; 37.º e 40.º, tendo ainda, o artigo 2.º deste diploma repristinado o Decreto-Lei n.º 140/93, de 6 de Abril e a Portaria n.º 572/93, de 2 de Junho. Posteriormente, o artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho alterou por ratificação os preceitos anteriormente suspensos.

135 Alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “A Inspecção-Geral da Educação, abreviadamente designada IGE, é um serviço central do Ministério da Educação com competências de auditoria e de controlo do funcionamento do sistema educativo, bem como de apoio técni-co.”

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Artigo 2.º – Competências

1 – No âmbito da auditoria e controlo do funcionamento do sistema educativo, cabe à IGE:

a) avaliar e fiscalizar, na vertente técnico–pedagógica, os estabelecimentos, servi-ços e actividades da educação pré–escolar, escolar e extra–escolar;

b) avaliar e fiscalizar a gestão administrativa, financeira e patrimonial dos estabe-lecimentos e serviços integrados no sistema educativo.

2 – No âmbito da prestação de apoio técnico cabe à IGE: a) propor ou colaborar na preparação de medidas que visem o aperfeiçoamento e

a melhoria do funcionamento do sistema educativo; b) apoiar, no âmbito pedagógico e administrativo, os órgãos de direcção,

administração e gestão dos estabelecimentos de ensino; 136 c) instruir processos disciplinares instaurados por entidades competentes a

agentes do sistema educativo; 137 d) representar o Ministério nas estruturas de gestão e inspecção das escolas

europeias e das escolas portuguesas no estrangeiro. 138 Artigo 3.º – Áreas de actuação

1 – No exercício das suas competências, a IGE desenvolve a sua actividade na área da educação pré–escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional e na área do ensino superior e do ensino mediatizado e dos serviços e estruturas dependentes do Ministério da Educação. 139

2 – Cabe à IGE, na área da educação pré–escolar e dos ensinos básico, secundá-rio e profissional: 140

a) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de inspecções e audito-rias à realização escolar, nos níveis da educação pré–escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional, em matéria técnico–pedagógica, adminis-trativa e financeira; 141

b) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de auditorias à organi-zação e ao funcionamento técnico–pedagógico de estabelecimentos de ensi-no particular e cooperativo, nos termos do Decreto–Lei n.º 553/80, de 21

136 Alínea aditada pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 137 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “b) Ins-

truir processos disciplinares instaurados por entidades competentes a agentes do sistema educativo”; 138 Primeiramente renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introdu-

zida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 70/99, de 12 de Março sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “d) Representar o Ministério nas estruturas de inspecção das escolas europeias.”.

139 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - No exer-cício das suas competências, a IGE desenvolve a sua actividade na área da educação básica e do ensino secundário e na área do ensino superior e dos serviços e estruturas dependentes do Ministro da Educação.

140 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - Cabe à IGE, na área da educação básica e do ensino secundário:”

141 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “a) Conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de inspecções e auditorias à realização escolar, nos níveis da edu-cação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário em matéria técnico-pedagógica, administrativa e finan-ceira;”

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de Novembro, verificando, nomeadamente, os requisitos relativos à con-cessão de autonomia e paralelismo pedagógico; 142

c) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de vistorias às instalações e equipamentos educativos do ensino particular e cooperativo;

d) proceder a averiguações e inquéritos; e) assegurar a realização de inspecções ao ensino português no estrangeiro.

3 – Cabe à IGE, na área do ensino superior e dos serviços e estruturas dependen-tes do Ministério da Educação: 143

a) conceber, planear e assegurar a execução de inspecções, auditorias e inquéritos, superiormente determinados, aos estabelecimentos de ensino superior e a enti-dades beneficiárias de financiamentos nacionais ou comunitários, em matéria técnico–pedagógica e de gestão patrimonial e financeira;

b) conceber, planear, coordenar e avaliar a execução de inspecções à organização e funcionamento da acção social do ensino superior;

c) emitir parecer sobre as contas dos estabelecimentos do ensino superior público, nos casos determinados superiormente;

d) assegurar a realização de auditorias às estruturas de gestão de projectos e ac-ções com financiamento nacional ou comunitário;

e) assegurar a realização de auditorias aos serviços centrais e regionais do Minis-tério da Educação, por determinação superior.

Artigo 4.º – Actividade inspectiva

A actividade inspectiva da IGE é assegurada a nível central e regional, de acordo com as áreas de actuação definidas e as competências dos serviços. CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 5.º – Direcção

1 – A IGE é dirigida por um inspector–geral, coadjuvado por dois subinspecto-res–gerais. 144

2 – O inspector–geral é substituído nas suas faltas e impedimentos pelo subinspector–geral designado para o efeito.

3 – Os serviços cujas competências se desenvolvem nas áreas de actuação referidas no artigo 3.º dependem dos subinspectores–gerais designados para o efeito.

142 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “b) Conceber,

planear, coordenar e avaliar a execução de auditorias à organização e ao funcionamento técnico-pedagógico de estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, verificando, nomeadamente, os requisitos relativos à concessão de autonomia e paralelismo pedagógico;”

143 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “3 - Cabe à IGE, na área do ensino superior e dos serviços educativos:”

144 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - A IGE é dirigida por um inspector-geral, coadjuvado por três subinspectores-gerais.”

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Artigo 6.º – Competências do inspector–geral

Ao inspector–geral, para além das competências estabelecidas na lei geral, cabe, em especial:

a) promover a realização de inspecções e auditorias previstas no plano de actividades; b) ordenar averiguações e inquéritos nos termos dos artigos 85.º, 87.º e 88.º do

Estatuto Disciplinar aprovado pelo Decreto–Lei n.º 24/84, de 16 Janeiro; c) instaurar processos disciplinares ao pessoal docente e não docente da educação

pré–escolar e dos ensinos básico e secundário, em consequência de acções ins-pectivas realizadas pela IGE;

d) nomear os instrutores dos processos disciplinares; e) definir o número e a composição de equipas inspectivas, a que se refere o

artigo 20.º, sob proposta dos dirigentes dos serviços. 145 Artigo 7.º – Conselho de Inspecção

1 – O inspector–geral é apoiado no exercício das suas funções por um órgão colegial, de natureza consultiva, em matérias compreendidas nas competências da IGE ou relativas ao respectivo funcionamento, denominado Conselho de Inspecção (CI).

2 – O CI é constituído pelo inspector–geral, que presidirá, pelos subinspectores–gerais e pelos delegados que dirigem as delegações regionais. 146

3 – Por decisão do inspector–geral, podem tomar parte nas reuniões do CI outros funcionários ou especialistas cuja actividade se relacione com as matérias a tratar. 147

4 – 148 Artigo 8.º – Serviços

1 – Para o exercício das suas competências na área de actuação da educação pré–escolar e dos ensinos básico, secundário e profissional, a IGE dispõe dos seguintes serviços: 149

145 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “e) Definir o

número e a composição dos grupos de inspecção, bem como designar os respectivos coordenadores, sob pro-posta dos dirigentes dos serviços.”

146 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguin-te: “2 - O CI é constituído pelo inspector-geral, que presidirá, pelos subinspectores-gerais, pelos delegados que diri-gem as delegações regionais e por dois inspectores eleitos de entre o pessoal da carreira inspectiva.”

147 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “3 - O CI reúne ordinariamente três vezes por ano e extraordinariamente a convocatória do respectivo presidente ou a solicitação de pelo menos três delegados regionais.”

148 Suprimido pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março. 149 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - Para o

exercício das suas competências na área de actuação da educação básica e do ensino secundário, a IGE dis-põe dos seguintes serviços: “

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a) Núcleo de Inspecção Técnico–Pedagógico na Educação Pré–escolar, no Ensino Básico, Secundário, Ensino Mediatizado, Profissional e Ensino do Português no Estrangeiro; 150

b) Núcleo de Inspecção Administrativo–Financeiro na Educação Pré–Escolar e nos Ensinos Básico, Secundário, Mediatizado e Profissional. 151

c) 152 2 – Para o exercício das suas competências na área de actuação do ensino supe-

rior e dos serviços educativos, a IGE dispõe do Núcleo de Inspecção no Ensino Supe–rior e do Núcleo de Inspecção nos Serviços Educativos. 153

3 – A IGE dispõe dos seguintes serviços de apoio: a) Gabinete de Apoio Jurídico; 154 b) Gabinete de Apoio Geral; 155 c) Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação (GPDF); d) Gabinete de Informática (GI);

4 – A IGE dispõe de delegações regionais e, por portaria ministerial, podem ser criadas subdelegações regionais. 156 Artigo 9.º – Competências dos núcleos da área da educação pré–escolar e dos

ensinos básico, secundário e profissional 157

1 – Compete aos núcleos definidos no n.º 1 do artigo 8.º, na respectiva área de actuação: 158

a) organizar e actualizar manuais, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico às actividades inspectivas;

b) elaborar relatórios globais de acções inspectivas efectuadas pelas delegações; c) realizar inspecções ao ensino português no estrangeiro;

150 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “a) Núcleo de

Inspecção Técnico-Pedagógica na Educação Básica (NIEB)”; 151 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “ b) Núcleo de

Inspecção Técnico-Pedagógica no Ensino Secundário (NIES)”; 152 Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “c) Núcleo

de Inspecção Administrativo-Financeira na Educação Básica e no Ensino Secundário (NIAF).” 153 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - Para o

exercício das suas competências na área de actuação do ensino superior e dos serviços educativos, a IGE dispõe dos seguintes serviços: a) Núcleo de Inspecção no Ensino Superior (NIESUP); b) Núcleo de Inspecção nos Serviços Educativos (NISE);

154 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “a) Núcleo de Apoio Jurídico (NAJ);

155 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “b) Núcleo de Apoio Geral (NAG);”

156 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “4 - A IGE dispõe ainda de delegações.”

157 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Competên-cias dos núcleos da área da educação básica e do ensino secundário.”

158 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - Compete aos NIEB, NIES e NIAF, na respectiva área de actuação: ”

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d) emitir parecer sobre o resultado do processo de avaliação do desempenho do pes–soal docente da educação pré–escolar e dos ensinos básico e secundário do sector público;

e) informar das queixas escritas apresentadas pelos utentes e agentes do sistema edu-cativo;

f) proceder ao tratamento da legislação e outra documentação de interesse para a acti-vidade inspectiva, para divulgação junto das delegações;

g) acompanhar as experiências em curso e projectos de inovação pedagógica; 159 h) incentivar a participação democrática no âmbito da comunidade educativa;160 i) organizar e administrar as bases de dados. 161

2 – Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por coordenadores, equiparados, para todos os efeitos legais, a director de serviços. 162 Artigo 10.º – Competências dos núcleos da área do ensino superior e dos serviços

educativos

1 – Compete aos Núcleos de Inspecção no Ensino Superior e nos Serviços Educa-tivos, na respectiva área de actuação: 163

a) organizar e actualizar manuais, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico às actividades inspectivas;

b) elaborar relatórios globais de acções inspectivas efectuadas pelas delegações; c) emitir parecer sobre as contas dos estabelecimentos de ensino superior público, nos

casos determinados superiormente; d) realizar auditorias aos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, por

determinação superior; e) realizar auditorias às estruturas de gestão dos projectos e acções com financiamento

de índole nacional e comunitária; f) informar das queixas escritas apresentadas pelos utentes e agentes do sistema edu-

cativo; g) proceder ao tratamento da legislação e outra documentação de interesse para a acti-

vidade inspectiva, para divulgação junto das delegações; h) organizar e administrar as bases de dados.

2 – Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por coordenadores, equiparados, para todos os efeitos legais, a director de serviços. 164 159 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 160 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 161 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho, na versão originária era a alínea g). 162 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida

pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “2 - Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por pessoal da carreira técnica superior de inspecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a director de serviços.”

163 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - Compete aos NIESUP e NISE, na respectiva área de actuação:”

164 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “2 - Os núcleos referidos no número anterior são dirigidos por pessoal da carreira técnica superior de inspecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a director de serviços.”

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Artigo 11.º – Competências do Gabinete de Apoio Jurídico 165

1 – Ao Gabinete de Apoio Jurídico compete: 166 a) elaborar estudos, informações e pareceres de natureza jurídica em matérias de inte-

resse para a IGE; b) emitir pareceres sobre os recursos hierárquicos interpostos das decisões disciplina-

res, proferidas em processos instruídos no âmbito da IGE, relativos ao pessoal dos estabelecimentos de educação e ensino;

c) instruir os processos disciplinares que se desenvolvam fora do âmbito de interven-ção das delegações;

d) apreciar os processos disciplinares desenvolvidos nas delegações; e) colaborar com outros serviços da IGE no que concerne à realização de averigua-

ções, inquéritos e inspecções; f) organizar e actualizar um registo disciplinar do pessoal docente e não docente do

sistema educativo, assegurando o acesso, por parte desse pessoal, a todos os ele-mentos que a si digam respeito;

g) elaborar os projectos de resposta em processo de recurso contencioso de actos do inspector–geral ou resultantes de processos instruídos no âmbito da IGE.

h) apreciar e dar parecer sobre recursos relativos a classificação de serviço interpostos por pessoal não docente. 167

2 – O Gabinete de Apoio Jurídico é dirigido por um chefe de divisão. 168

Artigo 12.º – Gabinete de Apoio Geral 169

1 – Ao Gabinete de Apoio Geral incumbe a prossecução das actividades de administração de pessoal, expediente, contabilidade e economato, assegurando a arti-culação com os serviços competentes da Secretaria–Geral e com as secções administrativas das delegações. 170

2 – O Gabinete de Apoio Geral compreende a Repartição Administrativa e a Repartição Financeira, que dispõem, respectivamente, das Secções de Pessoal e de Administração Geral e de Contabilidade e de Economato. 171

165 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Competên-

cias do Núcleo de Apoio Jurídico”. 166 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - Ao NAJ

compete:” 167 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 168 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida

pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “2 - O Gabinete de Apoio Jurídico é dirigido por pessoal da carreira técnica superior de inspecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão.”

169 Alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Núcleo de Apoio Geral”.

170 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - Ao NAG incumbe a prossecução das actividades de administração de pessoal, expediente, contabilidade e economato, assegurando a articulação com os serviços competentes da Secretaria-Geral e com as secções administrati-vas das delegações.”

171 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - O NAG compreende a Repartição Administrativa e a Repartição Financeira, que dispõem, respectivamente, das Sec-ções de Pessoal e de Administração Geral e de Contabilidade e de Economato.”

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3 – O Gabinete de Apoio Geral é dirigido por um chefe de divisão. 172 Artigo 13.º – Competências da Repartição Administrativa

1 – À Repartição Administrativa, através da Secção de Pessoal, compete: a) organizar os processos individuais do pessoal, mantendo actualizado o respectivo

cadastro; b) organizar os processos relativos a concursos e classificação de serviço; c) recolher elementos relativos à assiduidade, prestando a informação necessária ao

processamento das remunerações e outros abonos. 2 – À Repartição Administrativa, através da Secção de Administração Geral, compe-

te: a) proceder à recepção, registo, classificação, distribuição e expedição da correspon-

dência; b) organizar o arquivo inactivo; c) assegurar a gestão dos edifícios afectos à IGE, sem prejuízo das competências da

Secretaria–Geral; d) velar pela segurança e manutenção dos edifícios, sem prejuízo do referido na alínea

anterior. Artigo 14.º – Competências da Repartição Financeira

1 – À Repartição Financeira, através da Secção de Contabilidade, compete: a) instruir os processos relativos a despesas, nomeadamente os das remunerações e

outros abonos; b) dar informação sobre o cabimento das despesas e efectuando as tarefas relativas aos

processamentos, liquidações e pagamentos; c) preparar a documentação necessária à elaboração do projecto de orçamento e orga-

nizar a conta de gerência. 2 – À Repartição Financeira, através da Secção de Economato, compete:

a) promover as aquisições de bens e serviços; b) organizar e manter actualizado o inventário dos bens; c) assegurar as tarefas de composição, impressão e reprodução da documentação.

Artigo 15.º – Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação

1 – Ao Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação compete:173 a) conceber as normas e os instrumentos técnicos necessários ao planeamento e ava-

liação das actividades da IGE; b) coordenar a elaboração do plano anual e do relatório de actividades da IGE;

172 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei nº 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida

pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “3 - O Gabinete de Apoio Geral é dirigido por pessoal de carreira técnica superior de ins-pecção de educação, equiparado, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão.”

173 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - Ao GPDF compete:”

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c) promover e assegurar a realização de acções de formação do pessoal; d) assegurar a divulgação da documentação e a publicação de estudos e relatórios

realizados no âmbito da IGE. e) estudar e propor a harmonização dos procedimentos da IGE, ouvidas as dele-

gações regionais. 174 2 – O Gabinete de Planeamento, Documentação e Formação é dirigido por um

chefe de divisão. 175 Artigo 16.º – Gabinete de Informática

1 – Ao GI compete: a) organizar e administrar o sistema informático da IGE; b) desenvolver aplicações informáticas de interesse para os serviços da IGE.

2 – O GI é dirigido por um chefe de divisão. Artigo 17.º – Delegações regionais 176

1 – As delegações regionais da IGE são serviços desconcentrados, hierarquica-mente dependentes do inspector–geral, e que a nível regional dão execução às compe-tências próprias da IGE. 177

2 – A IGE dispõe de cinco delegações regionais, cujo âmbito de actuação e a sede coincidem, até à criação das regiões administrativas consagradas no texto constitucio-nal, com os das comissões de coordenação regional. 178

3 – As delegações regionais são dirigidas por delegados regionais, equiparados, para todos os efeitos legais, a subdirectores–gerais. 179

4 – As delegações são dirigidas por delegados, equiparados, para todos os efeitos le-gais, a subdirectores–gerais.

174 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 175 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida

pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “2 - O Gabinete de Planeamento é dirigido por pessoal da carreira técnica superior da IGE, equiparado a chefe de divisão.”

176 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Delegações” 177 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - A IGE

dispõe de delegações no Norte, no Centro, em Lisboa e no Sul, hierarquicamente dependentes do inspector-geral.”

178 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - O âmbito de actuação e a sede das Delegações do Norte, do Centro e de Lisboa coincidem com o das comissões de co-ordenação regional.”

179 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “3 - A Delega-ção do Sul, com sede em Évora, abrange as áreas das Comissões de Coordenação Regional do Alentejo e do Algarve.”

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Artigo 18.º – Estrutura das delegações regionais 180

1 – As delegações regionais compreendem os seguintes serviços: 181 a) Gabinete de Acompanhamento Técnico–Inspectivo, que pode integrar até

quatro divisões, correspondentes aos núcleos previstos no artigo 8.º; 182 b) Secção Administrativa.

2 – O Gabinete referido na alínea a) do n.º 1 é dirigido por um director de servi-ços.183

3 – As divisões referidas na alínea a) do n.º 1 são dirigidas por chefes de divi-são.184

Artigo 19.º – Competências das delegações regionais 185

1 – No respectivo âmbito territorial, compete às delegações regionais: 186 a) assegurar a realização das inspecções e auditorias superiormente determinadas,

tendo em vista a verificação e a apreciação da conformidade e da qualidade da rea-lização escolar nos estabelecimentos de educação pré–escolar, escolar e extra–escolar, em matérias técnico–pedagógica, administrativa, financeira e patrimonial;

b) instruir as averiguações, os inquéritos e os processos disciplinares determinados pela entidade competente;

c) colaborar com os núcleos na organização dos instrumentos de apoio técnico à acti-vidade inspectiva e na elaboração do plano e do relatório de actividades da IGE.

2 – Ao Gabinete de Acompanhamento Técnico–Inspectivo de cada delegação cabe: a) prestar apoio ao delegado na coordenação das actividades inspectivas; b) prestar apoio aos inspectores no exercício das actividades inspectivas; 187 c) organizar o centro de documentação e difundir a informação para todo o pes-

soal inspectivo;188

180 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Estrutura das

delegações” 181 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - As dele-

gações compreendem os seguintes serviços:” 182 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “a) Gabinete

de Acompanhamento Técnico-Inspectivo;” 183 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida

pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “2 - O Gabinete referido na alínea a) do n.º 1 é dirigido por pessoal da carreira técnica superior da IGE, equiparado a director de serviços.”

184 Primeiramente aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “3 - As divisões referidas na alínea a) do n.º 1 são dirigidas por pessoal da carreira técni-ca superior da IGE equiparado, para todos os efeitos legais, a chefe de divisão.”

185 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Competência das delegações”.

186 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - No res-pectivo âmbito territorial, compete às delegações:”.

187 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 188 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho.

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d) colaborar na organização de manuais, programas de trabalho e outros instrumentos de apoio técnico à actividade inspectiva;189

e) colaborar na elaboração do plano e do relatório de actividades da IGE;190

f) elaborar relatórios síntese das acções inspectivas;191 g) informar das queixas escritas apresentadas pelos utentes e agentes do sistema

educativo. 192 3 – À Secção Administrativa compete prestar apoio administrativo, assegurando as

funções de expediente, administração de pessoal e economato. Artigo 20.º – Acções inspectivas

1 – As acções a realizar pela IGE incidem sobre entidades do sistema educati-vo.193

2 – As acções a que se refere o número anterior são desenvolvidas por inspecto-res integrados em grupos de inspecção, cuja composição é definida por despacho do inspector–geral. 194

3 – Os grupos de inspecção referidos no número anterior são coordenados por inspectores, a designar por despacho do inspector–geral. 195

4 – A realização de acções específicas, nomeadamente, no âmbito das escolas europeias, das escolas portuguesas no estrangeiro, do ensino português no estrangeiro, do ensino superior e dos serviços educativos pode também integrar docentes ou espe-cialistas de reconhecido mérito a designar por despacho do Ministro da Educação, sob proposta do inspector–geral. 196

5 – 197

189 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea b). 190 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea c). 191 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea d). 192 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era a alínea e). 193 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - As acções

a realizar pela IGE incidem sobre entidades do sistema educativo expressamente determinadas pela entidade competente.”

194 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “2 - As acções a que se refere o número anterior são desenvolvidas por inspectores.”

195 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “3 - Para acções inspectivas específicas poderão ser constituídas equipas de inspectores cuja composição é definida por despacho do inspector-geral, sob proposta do delegado regional.”

196 Primeiramente alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguinte: “4 - As equipas de inspecção referidas no número anterior são coordenadas por inspector de categoria igual ou superior à de inspector principal.”

197 Suprimido na versão actual pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a versão cessante, introduzida pela Lei n.º 18/96, a seguinte:“5 - Os inspectores ou as equipas de inspectores que desenvolvem acções relativas às referidas nas alíneas d) do n.º 2 e c), d) e e) do n.º 3 do artigo 3.º dependem do delegado regional respectivo ou, quando se trate de matéria que exceda o âmbito da delegação regional, do subinspec-tor–geral da área respectiva.”.

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6 – 198

CAPÍTULO III – PESSOAL

SECÇÃO I – PRINCÍPIOS GERAIS

Artigo 21.º – Quadro do pessoal

1 – A IGE constitui um corpo especial de funcionários do Estado, para efeitos do disposto no artigo 28.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro, e dispõe do quadro de pessoal próprio constante no mapa I anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante. 199

2 – O pessoal pertencente ao grupo de pessoal técnico superior, informática, téc-nico–profissional, administrativo, operário e auxiliar integra o quadro único do pes-soal dos órgãos e serviços centrais do Ministério da Educação e mantém–se afecto à IGE nas respectivas categorias. 200

3 – O inspector–geral, através de proposta fundamentada, poderá solicitar à tu-tela respectiva a afectação de mais pessoal referido no n.º 2. 201

Artigo 22.º – Recrutamento e provimento

O recrutamento e o provimento do pessoal regulam–se pela lei geral, com as especifi-cidades previstas no presente diploma relativamente à carreira de inspecção. Artigo 23.º – Recrutamento e provimento do pessoal dirigente

O recrutamento e o provimento do pessoal dirigente fazem–se nos termos da lei geral. 202

198 Suprimido na versão actual pelo artigo 1º do Decreto-Lei n.º 70/99, de 12 de Março, sendo a versão cessante,

introduzida pela Lei n.º 18/96, a seguinte: “6 - A realização de acções específicas no âmbito da área de ins-pecção do ensino superior e dos serviços educativos pode também integrar docentes do ensino superior ou especialistas de reconhecido mérito, a designar por despacho do Ministro da Educação, sob proposta do ins-pector–geral.”.

199 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - A IGE dispõe de quadro de pessoal próprio, a aprovar por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Edu-cação.”.

200 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - Conside-ra-se desde já aprovado o quadro de pessoal dirigente da IGE, que figura no mapa I anexo ao presente di-ploma e que dele faz parte integrante.”.

201 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 202 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “O recruta-

mento e o provimento do pessoal dirigente fazem-se nos termos da lei geral, podendo o recrutamento de ins-pectores-chefes ser efectuado de entre pessoal da carreira de inspecção, nos termos do n.º 7 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 323/89, de 26 de Setembro.”.

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Artigo 24.º – Classificação de serviço do pessoal de inspecção

O pessoal de inspecção é objecto de classificação anual de serviço, nas condições de-finidas por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Educação, com observância dos princípios previstos na lei geral, nomeadamente:

a) conhecimento aos interessados; b) garantias de recurso.

Artigo 25.º – Impedimentos e incompatibilidades

1 – O pessoal da IGE está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibili-dades vigente na Administração Pública.

2 – O despacho que autorizar a acumulação de funções públicas ou privadas aos diri-gentes ou funcionários da IGE deverá fixar, para cada caso, as condições em que se permite o exercício de actividade estranha à IGE, podendo a todo o tempo ser revogado com fun-damento na inobservância ou desrespeito dessas condições.

SECÇÃO II – CARREIRA DE INSPECÇÃO SUPERIOR

Artigo 26.º – Ingresso e acesso na carreira de inspecção superior 203

1 – O pessoal da carreira técnica superior de inspecção constitui um corpo espe-cial e integra–se numa carreira única com estrutura vertical, que se desenvolve pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. 204

2 – Os lugares da carreira de inspecção superior são providos: a) os de inspector superior principal, por concurso de avaliação curricular, de

entre inspectores superiores com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação superior a Bom ou cinco anos com classificação de Bom;

b) os de inspector superior, de entre inspectores principais licenciados, com pelo menos três anos de serviço na categoria e classificação superior a Bom ou cin-co anos com classificação de Bom, e mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato;

c) os de inspector principal, por concurso de avaliação curricular, de entre inspec-tores com pelo menos três anos na categoria e classificação não inferior a Bom;

d) os de inspector, de entre estagiários aprovados em estágio. 205

203 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Ingresso e

acesso na carreira de inspecção”. 204 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - O pessoal

de inspecção integra-se em carreira de regime especial, que se desenvolve pelas categorias de inspector su-perior principal, inspector superior, inspector principal e inspector.”.

205 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “d) Os de inspector, de entre estagiários aprovados em estágio com a classificação não inferior a Bom (14 valores).”.

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Artigo 27.º – Regime de estágio

1 – Os inspectores estagiários são recrutados, mediante provas de selecção a realizar para o efeito, de entre licenciados com curso superior adequado.

2 – O recrutamento para actividades de inspecção técnico–administrativa é feito de entre técnicos superiores da função pública com pelo menos cinco anos de serviço nessa categoria. 206

3 – O recrutamento para a actividade de inspecção técnico–pedagógica é feito de entre professores licenciados e profissionalizados, com pelo menos cinco anos de exer-cício efectivo de funções docentes. 207

4 – É da competência do inspector–geral definir os cursos e ou os grupos ou dis-ciplinas da docência cujos titulares podem ser admitidos a concurso. 208

5 – O estágio tem a duração de um ano, sendo as demais condições de funciona-mento e avaliação definidas por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Educação.209 Artigo 28.º – Remunerações

1 – O pessoal da carreira técnica de inspecção superior da IGE é remunerado pela escala indiciária a definir pelo Governo, no prazo de 30 dias. 210

2 – O valor a que corresponde o índice 100 da escala indiciária referida no número anterior é igual ao da carreira de docentes da educação pré–escolar e dos ensinos básico e secundário. 211

3 – O pessoal dirigente e o pessoal da carreira técnica superior de inspecção têm direito a auferir mensalmente um suplemento de risco correspondente a 20% do res-pectivo vencimento. 212

4 – Os inspectores estagiários mantêm o vencimento que auferiam na carreira de origem, acrescido do subsídio de risco referido no número anterior. 213

206 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 207 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era o nº 2. 208 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era o n.º 3. 209 Renumerado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. Na versão originária era o n.º 4. 210 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - O pessoal

da carreira de inspecção superior da IGE é remunerado nos termos do mapa II anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante.”.

211 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - O inspec-tor-geral, os subinspectores-gerais, os delegados, os inspectores-directores e os inspectores-chefes, bem como o pessoal de inspecção, têm direito a auferir mensalmente um suplemento de risco idêntico ao que vier a ser fixado para as carreiras inspectivas da Administração Pública.”.

212 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “3 - A remu-neração dos coordenadores dos grupos de inspecção, enquanto no exercício dessas funções, é a correspon-dente à do cargo de inspector-chefe.”.

213 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “4 - O pessoal requisitado e contratado para os efeitos do n.º 5 do artigo 20.º terá direito ao suplemento de risco correspon-dente ao índice remuneratório do último escalão da categoria de inspector superior principal, desde que a sua remuneração base seja superior ao índice remuneratório daquela categoria.”.

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5 – 214 Artigo 29.º – Domicílio profissional

1 – O pessoal da carreira de inspecção pode ter, mediante despacho do inspec-tor–geral e anuência do interessado, domicílio profissional em localidade diferente da da sede do serviço a que está afecto. 215

2 – Há lugar ao abono de ajudas de custo sempre que a deslocação daquele pessoal se realize para fora da área da localidade do respectivo domicílio profissional, nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto–Lei n.º 519–M/79, de 28 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto–Lei n.º 248/94, de 7 de Outubro. Artigo 30.º – Direitos

O pessoal integrado na carreira de inspecção superior no desempenho de funções ins-pectivas goza, para além dos previstos na lei geral, dos seguintes direitos:

a) acesso, quando em serviço, a todos os locais, serviços e estabelecimentos de educação e ensino, oficiais e particulares ou cooperativos, dependentes do Mi-nistério da Educação, bem como instituições por ele tuteladas;

b) assistir, quando em serviço, a aulas ou a outras actividades escolares, reuniões e sessões dos orgãos dos estabelecimentos de educação e ensino sujeitos à sua acção inspectiva;

c) convocar pessoal docente e não docente, bem como pessoal dos organismos e serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, examinar livros, documentos e arquivos e proceder à sua selagem ou apensação, nos serviços e estabelecimentos inspeccionados;

d) solicitar, quando se mostre indispensável ao cumprimento das suas funções, o auxílio das autoridades administrativas, judiciais ou policiais;

e) ser considerado como autoridade pública para efeitos de protecção criminal. Artigo 31.º – Dever de sigilo

Além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício da função pública, os fun-cionários da IGE estão especialmente obrigados a guardar rigoroso sigilo relativamente a todas as matérias de que tiverem conhecimento no exercício, ou por causa do exercício, das suas funções.

214 Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Sem prejuí-

zo do referido no número anterior, o suplemento de risco do pessoal requisitado ou destacado para o exercí-cio de funções inspectivas a partir da entrada em vigor do presente diploma é equivalente ao que for devido para a categoria de inspector, escalão 1.”.

215 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - O pessoal da carreira de inspecção pode ter, mediante despacho do inspector-geral, domicílio profissional em localida-de diferente da sede dos serviços.”.

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CAPÍTULO IV – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 32.º – Transição de pessoal

1 – Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, o pessoal do quadro único dos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação em exercício de funções na IGE à data da publicação do presente diploma transita, nos termos da lei geral, para o quadro a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º

2 – A transição a que se refere o número anterior produz efeitos a partir da data da entrada em vigor do presente diploma, com excepção dos remuneratórios, os quais produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 1997. 216 Artigo 33.º – Transição para a carreira de inspecção superior

1 – O pessoal provido na carreira de inspecção transita para a carreira de ins-pecção superior, com aplicação do disposto no artigo 26.º quanto ao requisito da con-tagem do tempo de serviço, de acordo com as seguintes regras:217

a) os inspectores–gerais e os inspectores–coordenadores–chefes para a categoria de inspector superior principal;

b) os inspectores–coordenadores para a categoria de inspector superior prin-cipal;218

c) os inspectores principais licenciados para a categoria de inspector supe-rior;219

d) os inspectores principais não licenciados para a categoria de inspector principal;220

e) os inspectores principais–adjuntos para a categoria de inspector princi-pal;221

f) os inspectores para a categoria de inspector; 222 g) os inspectores–adjuntos para a categoria de inspector. 223

216 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro. 217 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A redacção actual foi introduzida pelo artigo 1º

do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro sendo a redacção cessante, introduzida pela Lei 18/96, a seguin-te: “1 - O pessoal provido na carreira de inspecção transita para a carreira de inspecção superior, sem pre-juízo do disposto no artigo 26.º, de acordo com as seguintes regras:”.

218 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “b) Os inspec-tores-coordenadores para a categoria de inspector superior;”

219 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “c) Os inspec-tores principais para a categoria de inspector principal;”

220 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “d) Os inspec-tores principais-adjuntos para a categoria de inspector;”

221 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “e) Os inspec-tores e os inspectores-adjuntos para a categoria de inspector.”

222 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 223 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho.

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2 – Nas transições efectuadas nos termos das alíneas a), d) e f) do número ante-rior, o tempo de serviço prestado na categoria de origem é contado para todos os efei-tos legais na categoria para que transitam. 224

3 – Nas transições efectuadas nos termos das alíneas b), c), e) e g) do n.º 1 do pre-sente artigo, o tempo de serviço prestado nas extintas categorias de inspector– -coordenador, inspector principal, inspector principal–adjunto e inspector–adjunto é contado exclusivamente para efeitos de determinação da antiguidade na carreira. 225

4 – Quando, de acordo com as regras definidas no n.º 1, a transição não for pos-sível para a categoria aí prevista, aquela processa–se para a categoria que imediata-mente a antecede, nos termos da estrutura definida no n.º 1 do artigo 26.º, sendo nes-tes casos aplicável à contagem de tempo de serviço na categoria de origem o disposto no n.º 2 do presente artigo. 226

5 – Os inspectores com opção de vencimento pela carreira docente, sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2, transitam para o escalão a que corresponde remuneração igual ou imediatamente superior à auferida. 227

6 – Os inspectores, licenciados, da educação pré–escolar e do 1.º ciclo do ensino básico transitam para o escalão a seguir àquele que lhes competiria nos termos da transição. 228 Artigo 34.º – Transição de pessoal técnico superior

Sem prejuízo das habilitações literárias exigidas, os funcionários da carreira técnica superior que, à data de entrada em vigor do presente diploma, se encontrem a exercer fun-ções na IGE há pelo menos um ano podem requerer, no prazo de 60 dias, a integração na carreira de inspecção superior, de acordo com as seguintes regras:

a) assessor principal, assessor, técnico superior principal e técnico superior de 1.ª classe, respectivamente nas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector, em escalão a que corresponda o mes-mo índice;

b) a integração depende da aprovação em concurso de avaliação curricular a reali-zar para o efeito.

224 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - Nas tran-

sições efectuadas nos termos das alíneas a), b), c) e d) do número anterior, o tempo de serviço prestado na categoria de origem é contado, para todos os efeitos legais, na categoria para que transitam.”

225 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “3 - Ao pes-soal que transita nos termos do n.º 1, o tempo de serviço prestado nas extintas categorias de inspector e ins-pector-adjunto é contado exclusivamente para efeito de determinação da antiguidade na carreira.”

226 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão actual foi introduzida pelo artigo 1º do Decreto-Lei nº 233/97, de 3 de Setembro, sendo a versão cessante, introduzida pela Lei n.º 18/96, a seguinte: “4 – Os inspectores com opção de vencimento pela carreira docente, sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2, transitam para o escalão a que corresponde remuneração igual ou imediatamente superior à auferida.”

227 Renumerado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro. Na versão anterior (dada pela Lei n.º 18/96, de 20 de Junho) era o nº 4.

228 Renumerado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro. Na versão anterior (dada pela Lei n.º 18/96, de 20 de Junho) era o nº 5.

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Artigo 35.º – Integração de docentes

1 – Os docentes requisitados na IGE há pelo menos quatro anos, profissionaliza-dos e com o mínimo de cinco anos de exercício da docência, podem requerer no prazo de 30 dias a integração na categoria de inspector da carreira técnica superior de ins-pecção.229

2 – A integração dos docentes requisitados referidos no número anterior obedece às seguintes regras: 230

a) são nomeados definitivamente; b) o tempo de serviço prestado na IGE é contado para todos os efeitos legais

na categoria para que transitam; 231 c) os docentes referidos no n.º 1 que requererem a integração na carreira de

inspecção superior serão posicionados para efeitos remuneratórios em es-calão da categoria de inspector igual ou imediatamente superior àquele que nesse momento aufiram; 232

d) os educadores de infância e os docentes referidos no n.º 1, licenciados, da educação pré–escolar e do 1.º ciclo do ensino básico serão integrados em escalão imediatamente a seguir àquele a que teriam direito nos termos da alínea anterior.233

3 – Os docentes requisitados que se encontrem a exercer funções na IGE há mais de dois anos, profissionalizados e com o mínimo de cinco anos de exercício da docên-cia, poderão ser integrados, nos termos do n.º 2 do presente artigo, mediante concurso curricular e aprovação em entrevista a requerer no prazo de 30 dias. 234

4 – A transição prevista no número anterior deverá realizar–se no período má-ximo de três meses, após o final do decurso do prazo previsto no número anterior. 235

5 – Os docentes requisitados na IGE há menos de dois anos beneficiarão de pre-ferência em concurso de ingresso para a carreira técnica superior de inspecção, em condições a definir. 236

6 – Os docentes abrangidos pelo n.º 9 do artigo 45.º do Decreto–Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro, que tenham obtido aprovação no curso específico e no concurso res-

229 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “1 - Sem pre-

juízo das habilitações literárias exigidas, os docentes com pelo menos um ano de exercício de funções inspec-tivas na IGE, em regime de requisição ou de destacamento, podem ser integrados, durante o período de dois anos, a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, na categoria de inspector da carreira de inspecção superior, com dispensa de estágio, mediante concurso de avaliação curricular e entrevista, sendo qualquer uma delas de carácter eliminatório.”

230 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - A integra-ção dos docentes aprovados no concurso obedece às seguintes regras:”

231 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “b) O tempo de serviço prestado na IGE é contado para determinação da antiguidade na carreira de inspecção;”

232 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “c) Podem beneficiar da integração, nas condições estabelecidas no n.º 5 do artigo 33.º, desde que o vencimento da do-cência seja superior ao devido à categoria de inspector, escalão 1.”

233 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 234 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 235 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 236 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho.

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pectivo podem requerer, no prazo de 30 dias, a integração na categoria de inspector da carreira técnica superior de inspecção. 237

7 – A integração dos docentes referidos no n.º 5 obedece às seguintes regras: 238 a) são nomeados definitivamente; 239 b) o tempo de serviço prestado nas funções abrangidas pelo n.º 9 do artigo

45.º do Decreto–Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro, é contado para deter-minação da antiguidade na carreira de inspecção superior. 240

Artigo 36.º – Preenchimento de lugares

1 – Quando, por força das regras de transição e integração estabelecidas nos artigos 32.º a 35.º, os lugares providos em qualquer categoria excedam a respectiva dotação, serão criados automaticamente os correspondentes lugares nas categorias para as quais transitaram, a extinguir quando vagarem. 241

2 –– No sentido de dotar a IGE dos meios humanos necessários à consecução dos seus objectivos, no quadro da presente lei, os concursos de ingresso e acesso realizar–se–ão no período máximo de três meses após a publicação do presente diploma. 242 Artigo 37.º – Concursos pendentes

Nas transições previstas no presente diploma são consideradas as alterações resultan-tes de concursos para provimento de lugares de categorias da carreira de inspecção abertos até à entrada em vigor do presente diploma.

Artigo 38.º – Quadro único do Ministério da Educação

1 – São extintos, no quadro único de pessoal dos serviços centrais e regionais do Mi-nistério da Educação, os lugares dos funcionários que, nos termos dos artigos 32.º e 34.º, transitarem para o quadro de pessoal da IGE.

2 – São igualmente extintos, no quadro único de pessoal dos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, todos os lugares correspondentes à dotação da carreira de inspecção. 243

237 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 238 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 239 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 240 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 241 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Quando, por

força das regras de transição estabelecidas nos artigos 32.º a 35.º, os lugares providos em qualquer catego-ria excedam a respectiva dotação, consideram-se preenchidos por conta das vagas existentes nas categorias superiores.”

242 Aditado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. 243 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “2 - São

igualmente extintos, no quadro único de pessoal dos serviços centrais e regionais do Ministério da Educação, todos os lugares correspondentes à dotação da carreira de inspecção, sem prejuízo do disposto no número seguinte.”

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3 – 244 4 – 245 5 – 246

Artigo 39.º – Revisão 247

O capítulo III do Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, alterado pela pre-sente lei, será revisto no prazo máximo de dois anos. 248 Artigo 40.º – Aplicação às Regiões Autónomas

A aplicação do presente diploma nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira é feita sem prejuízo das competências dos órgãos próprios daquelas Regiões atribuídas pelos Decretos–Leis n.os 338/79, de 25 de Agosto, e 364/79, de 4 de Setembro. Artigo 41.º – Norma revogatória

1 – É revogado o Decreto–Lei n.º 140/93, de 26 de Abril. 2 – Sem prejuízo do disposto no artigo 38.º, são revogadas todas as disposições do

Decreto–Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro, que tenham sido mantidas por legislação pos-terior.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 27 de Julho de 1995. – Manuel Dias Loureiro – Eduardo de Almeida Catroga – Maria Manuela Dias Ferreira Leite.

Promulgado em 28 de Setembro de 1995. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 3 de Outubro de 1995. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

244 Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “3 - Os

lugares daquele quadro único actualmente providos por inspectores com opção de vencimento pela carreira docente que não requeiram a transição para a carreira de inspecção superior ficarão afectos ao quadro de pessoal da IGE referido no artigo 21.º e serão extintos à medida que vagarem.”

245 Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “4 - Os inspectores providos nos lugares a que se refere o número anterior mantêm os direitos conferidos pela car-reira em que estão providos, estabelecidos nos artigos 39.º a 41.º, n.º 1, do Decreto–Lei n.º 540/79, de 31 de Dezembro.”

246 Suprimido pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “5 - Enquan-to se mantiverem providos lugares do quadro referido no n.º 3, fica congelado o provimento de igual número de lugares da dotação prevista no mapa I para as categorias de inspector superior principal e de inspector superior.”

247 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Artigo 39.º – Norma transitória”

248 Alterado pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho. A versão originária era a seguinte: “Enquanto não for regulamentado o suplemento de risco a que alude o artigo 28.º, manter-se-á o abono, ao pessoal nele referido, da gratificação de inspecção prevista no Decreto-Lei n.º 343/84, de 26 de Outubro, nos montantes praticados à data da publicação do presente diploma, excepto se, por força de promoção, progressão ou transição, for devido montante superior nos termos das disposições conjugadas daquele decreto-lei e do arti-go 37.º do Decreto-Lei n.º 353-A/89, de 16 de Outubro.”

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MAPA I 249 Anexo a que se refere o n.º 2 do artigo 21.º

MAPA II Anexo a que se refere o n.º 1 do artigo 28.º

MAPA III Anexo a que se refere o n.º 5 do artigo 33.º

Decreto–Lei n.º 2/96, de 4 de Janeiro (Altera a Lei Orgânica)

O Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, procedeu à reestruturação da Inspec-

ção–Geral da Educação no sentido de a dotar de uma definição mais completa das suas competências, de uma estrutura organizativa adequada e de um estatuto de pessoal de acor-do com o exercício da actividade inspectiva, revogando o Decreto–Lei n.º 140/93, de 26 de Abril.

Porém, a matéria constante do citado diploma legal carece de uma mais aprofundada reflexão com vista a avaliar o seu impacte no sistema educativo, ao encontro aliás das preo-cupações manifestadas pelas organizações representativas dos trabalhadores, para o que se

249 Vide, alteração introduzida pelo artigo único da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho.

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suspende a sua vigência, repristinando ao mesmo tempo o anterior Decreto–Lei n.º 140/93, de 26 de Abril.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: Artigo 1.º – Suspensão

É suspensa a vigência do Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, com excepção dos artigos 26.º, 28.º, n.º 1, 33.º, n.os 1, 2 e 3, 36.º, 37.º e 40.º Artigo 2.º – Reposição em vigor

1 – São repostos em vigor o Decreto–Lei n.º 140/93, de 26 de Abril, e a Portaria n.º 572/93, de 2 de Junho.

2 – Mantêm–se em vigor as disposições do Decreto–Lei n.º 540/79, de 31 de Dezem-bro, vigentes à data da entrada em vigor do Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, que não sejam prejudicadas pela aplicação dos artigos expressamente mantidos em vigor no artigo anterior. Artigo 3.º – Produção de efeitos

O presente diploma produz efeitos à data da entrada em vigor do diploma referido no artigo 1.º

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de Novembro de 1995. – António Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Eduardo Car-rega Marçal Grilo.

Promulgado em 6 de Dezembro de 1995. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 7 de Dezembro de 1995. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

Lei n.º 18/96, de 20 de Junho (Altera a Lei Orgânica)

Alteração, por ratificação, do Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro (aprova a Lei

Orgânica da Inspecção–Geral da Educação). A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 164.º, alínea d), 165.º,

alínea c), 169.º, n.º 3, e 172.º da Constituição, o seguinte:

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Artigo único 250

Aprovada em 18 de Abril de 1996. O Presidente da Assembleia da República, António de Almeida Santos.

Promulgada em 29 de Maio de 1996. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendada em 3 de Junho de 1996. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

MAPA I Anexo a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º

Decreto–Lei n.º 233/97, de 3 de Setembro (Altera a Lei Orgânica)

A Lei Orgânica da Inspecção–Geral da Educação, aprovada pelo Decreto–Lei

n.º 271/95, de 23 de Outubro, ratificado, com alterações, pela Lei n.º 18/96, de 20 de Junho, vem revelando, decorrente da sua aplicação, a necessidade de aperfeiçoamento, com vista a facilitar e possibilitar a interpretação uniforme de algumas das suas normas, nomeadamente das regras aplicáveis na transição entre carreiras, pelo que se clarificam algumas das suas disposições.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: Artigo 1.º 251 Artigo 2.º – Produção de efeitos

O presente diploma produz efeitos à data da entrada em vigor da Lei n.º 18/96, de 20 de Junho.

250 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 251 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de Julho de 1997. – António Ma-nuel de Carvalho Ferreira Vitorino – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Eduar-do Carrega Marçal Grilo – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho.

Promulgado em 16 de Agosto de 1997. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 21 de Agosto de 1997. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

Decreto–Lei n.º 70/99, de 12 de Março (Altera a Lei Orgânica)

A criação de escolas portuguesas no estrangeiro, nomeadamente em Macau e nos paí-ses africanos lusófonos, obriga a que, tal como já estava consagrado relativamente às esco-las europeias, se defina o organismo do Ministério da Educação que deve coordenar a inter-venção de Portugal, nos domínios pedagógico e administrativo, dessas escolas. A valiosa experiência já havida em relação ao papel desempenhado pela Inspecção–Geral da Educa-ção nas escolas europeias e o facto de estas escolas envolverem vários níveis e sectores da educação aconselham a que se atribua à Inspecção–Geral da Educação a representação do Ministério da Educação nas estruturas de gestão e inspecção das escolas portuguesas no estrangeiro.

A evolução que estão a ter as inspecções da educação nos países europeus, num momento em que a autonomia das escolas e a transferência de competências para as autar-quias se desenvolvem e consolidam, conduz a uma revisão do papel da Inspecção–Geral da Educação, que passa, necessariamente, por uma definição mais precisa e exigente do seu âmbito de intervenção, aliada a uma abertura ao exterior, no sentido de manter a ligação com o debate e a evolução da acção e do pensamento educativo e de transferir para a Ins-pecção–Geral da Educação as mais–valias que eles naturalmente comportam. A constitui-ção do conselho de inspecção e a caracterização das acções inspectivas consagradas no Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, continham esse princípio de abertura ao exterior, que veio a ser anulado pela nova formulação dada aos artigos 7.º e 20.º pela Lei n.º 18/96, de 10 de Junho, o que se julga ter constituído uma significativa perda qualitativa, que con-vinha recuperar.

A Lei n.º 13/97, de 23 de Maio, consagrou o concurso como único procedimento de recrutamento e selecção do pessoal para os cargos de chefe de divisão e director de servi-ços, assegurando com isto uma maior transparência na nomeação das chefias e uma maior liberdade de candidatura e igualdade. Parece, assim, ter deixado de se justificar a alteração que fora introduzida no Decreto–Lei n.º 271/95, de 23 de Outubro, pela Lei n.º 18/96, de 10 de Junho, ao restringir a área de recrutamento dos responsáveis das estruturas orgânicas da Inspecção–Geral da Educação equiparadas a direcções de serviço ou divisões a pessoal da carreira técnica superior da inspecção de educação, fechando a Inspecção–Geral da Educa-ção sobre si própria e coarctando a possibilidade de se candidatarem a esses lugares, de acordo com a especificidade da intervenção de cada um deles, outros técnicos, nomeada-mente inspectores de outros sectores da Administração.

Assim:

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Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º – Alteração 252 Artigo 2.º – Norma revogatória

É revogado o Despacho Normativo n.º 73/97, de 9 de Dezembro.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Janeiro de 1999. – António Manuel de Oliveira Guterres – Jaime José Matos da Gama – Jorge Paulo Sacadura Almei-da Coelho – Eduardo Carrega Marçal Grilo.

Promulgado em 18 de Fevereiro de 1999. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 4 de Março de 1999. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

252 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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INSPECÇÃO–GERAL DA SAÚDE

Decreto–Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto (Lei Orgânica)

A nova estrutura orgânica do Ministério da Saúde, estabelecida pelo Decreto–Lei n.º 10/93, de 15 de Janeiro, e a aprovação, pelo Decreto–Lei n.º 11/93, da mesma data, do Esta-tuto do Serviço Nacional de Saúde impõem adaptações na orgânica da Inspecção–Geral dos Serviços de Saúde que, por força daquele primeiro diploma, passa a designar–se Inspecção–Geral da Saúde.

As atribuições da Inspecção–Geral da Saúde correspondem, genericamente, aos objectivos que o artigo 1.º do Decreto–Lei n.º 312/87, de 18 de Agosto, fixava para a Ins-pecção–Geral dos Serviços de Saúde.

Porém, a sua área de intervenção é alargada, no âmbito de acção inspectiva, ao siste-ma de saúde.

Com o presente diploma valoriza–se e dignifica–se a acção de um serviço com um campo de acção que abrange a totalidade das instituições e serviços do Serviço Nacional de Saúde, além dos privados que, por convenção ou contrato, integram o sistema de saúde.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral da Saúde, adiante designada por IGS, é um serviço central do Mi-nistério da Saúde, dotado de autonomia técnica e administrativa. Artigo 2.º – Atribuições

A IGS tem como atribuições assegurar o cumprimento das leis e regulamentos no sis-tema de saúde, tendo em vista o bom funcionamento e a qualidade dos serviços, a defesa dos legítimos interesses e bem–estar dos utentes, a salvaguarda do interesse público e a reintegração da legalidade violada. Artigo 3.º – Competências

1 – No âmbito da acção inspectiva e de auditoria de gestão em relação às instituições, serviços e profissionais integrados no sistema de saúde compete à IGS:

a) inspeccionar a actividade e funcionamento, designadamente a respectiva gestão e situação económico–financeira;

b) realizar auditorias de gestão; c) verificar o cumprimento das disposições legais e das orientações aplicáveis;

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d) recolher informações sobre o funcionamento das instituições e serviços, trans-mitindo as anomalias e deficiências neles detectadas aos órgãos competentes e propor as medidas necessárias para a sua correcção;

e) colaborar com os serviços centrais e serviços personalizados de âmbito central do Ministério no estudo de assuntos relacionados com os aspectos económicos, financeiros e administrativos;

f) efectuar, em colaboração com a Direcção–Geral da Saúde, a fiscalização do exercício da actividade das unidades privadas de saúde;

g) realizar quaisquer inspecções que lhe forem determinadas pelo Ministro da Sa-úde.

2 – No âmbito da acção e auditoria disciplinares em relação às instituições e serviços do Serviço Nacional de Saúde, compete à IGS:

a) propor regras técnicas e emitir orientações para correcta aplicação da legislação disciplinar;

b) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; c) realizar auditorias disciplinares; d) instruir processos de sindicância; e) dar apoio às instituições e serviços, colaborando com os seus dirigentes no

exercício do poder disciplinar. 3 – Compete à IGS a instrução dos processos de contra–ordenação previstos no De-

creto–Lei n.º 445/88, de 5 de Dezembro. 4 – Compete, ainda, à IGS, sob pena de nulidade das respectivas decisões, a instrução

de processos disciplinares em que os arguidos sejam ou tenham sido há menos de cinco anos funcionários dos quadros de pessoal dirigente ou membros de órgãos colegiais de ges-tão de instituições ou serviços dependentes ou sob a superintendência do Ministro da Saúde e, bem assim, aqueles a cujas infracções correspondam penas expulsivas.

5 – Em casos devidamente fundamentados, pode a instrução dos processos, incluindo os referidos no número anterior, ser confiada a pessoal com formação jurídica de outro ser-viço ou instituição de saúde. CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 4.º – Órgão

A IGS é dirigida por um inspector–geral, coadjuvado por dois subinspectores–gerais, equiparados, para todos os efeitos, a director–geral e subdirector–geral, respectivamente. Artigo 5.º – Competência do inspector–geral

Compete ao inspector–geral: a) superintender em todos os serviços e actividades da IGS; b) elaborar os planos de actividades, designadamente o plano das inspecções or-

dinárias e o das inspecções temáticas; c) elaborar o relatório anual de actividades; d) designar os subinspectores–gerais para dirigirem os Serviços de Inspecção e de

Auditoria de Gestão e de Acção e Auditoria Disciplinares;

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e) determinar a realização e decidir os processos de inspecções ordinárias, extra-ordinárias, temáticas e outras não tipificadas;

f) determinar a realização de auditorias; g) propor a realização de sindicâncias; h) instaurar e decidir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; i) avocar os processos de natureza disciplinar em curso em quaisquer instituições

ou serviços dependentes ou sob a superintendência do Ministro da Saúde; j) aplicar as penas disciplinares referidas nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 11.º

do Estatuto Disciplinar, aprovado pelo Decreto–Lei n.º 24/84, de 16 de Janeiro, nos processos instruídos ou avocados pela IGS;

l) determinar a suspensão preventiva de funcionários arguidos em processos dis-ciplinares, submetendo–a a ratificação ministerial;

m) nomear instrutores de processos disciplinares de entre pessoal de instituições ou serviços de saúde, nos termos do n.º 5 do artigo 3.º;

n) determinar a instauração de processos de contra–ordenação, cuja instrução seja da competência da IGS, e aplicar as respectivas sanções;

o) fixar a residência do pessoal da carreira de inspecção superior nas capitais de distrito quando tal se justifique;

p) submeter a despacho ministerial os processos disciplinares referidos no n.º 4 do artigo 3.º e os de sindicância.

Artigo 6.º – Competência dos subinspectores–gerais

Os subinspectores–gerais exercem as competências que lhes forem delegadas ou sub-delegadas pelo inspector–geral e dirigem os Serviços de Inspecção e de Auditoria de Gestão e de Acção e Auditoria Disciplinares para que forem designados. Artigo 7.º – Serviços

São serviços da IGS: a) o Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão; b) o Serviço de Acção e de Auditoria Disciplinares; c) o Gabinete de Apoio Técnico; d) a Repartição Administrativa.

Artigo 8.º – Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão

Ao Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão compete: a) efectuar inspecções ordinárias e extraordinárias, globais e sectoriais; b) realizar inspecções temáticas; c) realizar acções não tipificadas para recolha local de informações sobre o fun-

cionamento das instituições e serviços; d) realizar auditorias de gestão.

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Artigo 9.º – Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares

Ao Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares compete: a) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; b) realizar sindicâncias; c) realizar auditorias disciplinares; d) emitir orientações sobre matéria processual disciplinar e) prestar o apoio em matéria disciplinar que seja solicitado à IGS pelas institui-

ções e serviços dependentes ou sob a superintendência do Ministro da Saúde. Artigo 10.º – Gabinete de Apoio Técnico

Ao Gabinete de Apoio Técnico compete: a) reunir e organizar os instrumentos de apoio técnico especializado, designada-

mente nos campos jurídico, económico e financeiro; b) efectuar o registo e tratamento das espécies bibliográficas entradas; c) seleccionar, classificar e arquivar notícias com interesse para os serviços, pro-

cedendo à análise do seu conteúdo; d) proceder à difusão interna dos instrumentos de apoio técnico de interesse para

os serviços. Artigo 11.º – Repartição Administrativa

1 – À Repartição Administrativa compete assegurar o expediente geral, processual e de gestão interna dos recursos humanos, financeiros e materiais.

2 – A Repartição Administrativa compreende: a) a Secção de Pessoal, Expediente e Arquivo; b) a Secção de Contabilidade e Património; c) a Secção de Processos.

CAPÍTULO III – FUNCIONAMENTO

Artigo 12.º – Acção dos inspectores

As acções da IGS são executadas por inspectores que actuam sob orientação directa do inspector–geral ou dos subinspectores–gerais. Artigo 13.º – Equipas de inspectores

Para o exercício das competências cometidas ao Serviço de Inspecção e de Auditoria de Gestão e ao Serviço de Acção e Auditoria Disciplinares podem ser constituídas equipas de inspectores, que podem agregar, para apoio, unidades de pessoal da carreira administra-tiva.

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Artigo 14.º – Inspecções ordinárias e temáticas

1 – As inspecções ordinárias têm por objectivo fiscalizar os aspectos essenciais relati-vos à legalidade, regularidade e qualidade do funcionamento das instituições e serviços do sistema de saúde.

2 – As inspecções temáticas têm por objectivo fiscalizar pormenorizadamente aspec-tos específicos das actividades e funcionamento das instituições e serviços do sistema de saúde. Artigo 15.º – Auditorias de gestão e disciplinares

1 – As auditorias de gestão têm como objectivo avaliar a actividade das instituições e serviços em termos de economia, eficiência e eficácia, designadamente através do controlo financeiro e orçamental e do acompanhamento da execução de projectos ou acções.

2 – As auditorias disciplinares têm por objectivo fiscalizar o exercício do poder disci-plinar pelos dirigentes das instituições e serviços. Artigo 16.º – Requisição de testemunhas ou declarantes

1 – A comparência para prestação de declarações em depoimentos em processos de inquérito, disciplinares ou em sindicâncias de funcionários ou agentes do Estado ou das autarquias locais, bem como de trabalhadores do sector público empresarial, deverá ser requisitada à entidade em que prestam serviço.

2 – A notificação para comparência de quaisquer outras pessoas pode ser requisitada às autoridades policiais.

3 – As declarações e depoimentos a que se referem os números anteriores são colhi-dos no município da residência dos respectivos autores ou, quando conhecida, na localidade de trabalho ou actividade profissional do declarante ou depoente. Artigo 17.º – Designação de peritos

Para intervirem como peritos em processos instruídos pela IGS podem ser nomeados médicos ou outros profissionais dos serviços centrais e serviços personalizados de âmbito central do Ministério da Saúde indicados pelos respectivos dirigentes ou de instituições e serviços de saúde indicados pelo conselho de administração da respectiva administração regional de saúde. Artigo 18.º – Interrupção de férias

Em casos devidamente justificados, e quando assim o exigirem as diligências que estejam a ser executadas, podem os inspectores determinar a interrupção, pelo menor perío-do de tempo possível, do gozo de licença para férias de qualquer funcionário dos serviços em que esteja a decorrer a intervenção da IGS e cuja presença imediata se revele impres-cindível.

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Artigo 19.º – Oposição ao exercício de acção inspectiva

1 – Aqueles que, por qualquer forma, dificultem ou se oponham ao livre exercício da acção inspectiva da IGS incorrem no crime de desobediência qualificada, nos termos da lei penal, além da responsabilidade disciplinar a que haja lugar.

2 – As testemunhas, declarantes e peritos que, em processos de inquérito ou discipli-nares, prestem falsas declarações ou, sem justificação, se recusem a depor, a prestar decla-rações ou a apresentar relatórios ou informações, incorrem no crime correspondente previs-to e punido na lei penal. Artigo 20.º – Acompanhamento do resultado das acções da IGS

1 – A IGS controla a execução pelas instituições e serviços competentes das medidas propostas nos seus processos, relatórios ou outros documentos, para correcção ou reparação das irregularidades, deficiências ou outras anomalias, designadamente do cumprimento das penas aplicadas em processos disciplinares.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior, as instituições e serviços devem dar conhecimento à IGS das providências e decisões finais adoptadas. CAPÍTULO IV – PESSOAL

SECÇÃO I – QUADRO E CARREIRAS

Artigo 21.º – Quadro de pessoal

O quadro do pessoal da IGS é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Fi-nanças e da Saúde. Artigo 22.º – Carreira de inspecção superior

1 – O pessoal de inspecção integra uma carreira de inspecção superior de regime es-pecial.

2 – A carreira de inspecção superior desenvolve–se pelas categorias de inspector su-perior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. Artigo 23.º – Ingresso na carreira de inspecção superior

O recrutamento para ingresso na carreira de inspecção superior é feito, mediante con-curso de avaliação curricular, complementado com entrevista, na categoria de inspector, de entre indivíduos com licenciatura adequada ao exercício das funções a desempenhar na IGS, aprovados em estágio, com duração de um ano, que integra um curso de formação específica.

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Artigo 24.º – Acesso na carreira de inspecção superior

O acesso na carreira de inspecção superior efectua–se mediante concurso e rege–se pelas seguintes regras:

a) para o lugar de inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;

b) para o lugar de inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom, ou cinco anos classificados de Bom, habilitados com a frequência de ac-ções de aperfeiçoamento e de reciclagem profissionais;

c) para o lugar de inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados no mínimo de Bom.

Artigo 25.º – Estágio

1 – A frequência dos estágios, que integram um curso de formação específica, é feita em regime de contrato administrativo de provimento no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordinária, se o estagiário já esti-ver nomeado definitivamente noutra carreira.

2 – Os estagiários são nomeados na categoria de ingresso do grupo a que se destinam, em função do número de vagas abertas a concurso.

3 – Os estagiários são remunerados de acordo com o mapa anexo ao presente diplo-ma, que dele faz parte integrante, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem no caso do pessoal já vinculado à função pública.

4 – A desistência e a não admissão dos estagiários aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço extraordinária ou a rescisão do contrato administrativo de provimento sem que tal confira direito a qualquer indemnização.

5 – O regulamento do estágio é aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Fi-nanças e da Saúde. Artigo 26.º – Conteúdo funcional

Ao pessoal da carreira de inspecção superior compete a execução de acções inspecti-vas e trabalhos de auditoria, a realização de averiguações, inquéritos, sindicâncias e instru-ção de processos disciplinares, a elaboração de pareceres, informações e estudos na área da respectiva especialidade. Artigo 27.º – Formação

1 – A IGS promove a organização das acções de aperfeiçoamento e reciclagem pro-fissionais e dos cursos de formação profissional destinados à preparação, especialização e aperfeiçoamento dos funcionários do seu quadro, em colaboração com o Departamento de Recursos Humanos da Saúde.

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2 – Os planos das acções de aperfeiçoamento e reciclagem a que se refere o número anterior constam do regulamento a aprovar por despacho conjunto dos Ministros das Finan-ças e da Saúde.

3 – As acções de aperfeiçoamento e reciclagem e os cursos de formação profissional são assegurados por indivíduos de comprovada competência, os quais têm direito a uma remuneração a fixar por despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde, sob proposta do inspector–geral. SECÇÃO II – PODERES, DIREITOS E DEVERES, REGIME DE TRABALHO E INCOMPATI-

BILIDADES

Artigo 28.º – Poderes

O pessoal dirigente e da carreira de inspecção superior é detentor dos seguintes pode-res de autoridade:

a) livre acesso a todos os serviços e estabelecimentos em que tenha de exercer as suas funções, sem necessidade de aviso prévio;

b) utilização, nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos dirigentes, de instalações adequadas ao exercício das respectivas funções em condições de dignidade e eficácia;

c) obtenção, para auxílio nas acções a desenvolver nas instituições e serviços, da cedência de material e equipamento, bem como a colaboração do respectivo pessoal;

d) requisição, para consulta ou junção aos autos, de processos ou documentos, designadamente os existentes nos arquivos clínicos das instituições e serviços;

e) proceder à selagem de instalações, dependências, cofres ou móveis e apreender documentos ou objectos de prova lavrando o competente auto de diligências;

f) corresponder–se, quando em serviço fora da sede, com entidades públicas ou privadas para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas fun-ções;

g) requisição às autoridades policiais e administrativas da colaboração que se mostre necessária à execução das suas funções;

h) participação ao Ministério Público, para efeitos do disposto na lei penal, da recusa de informações ou elementos solicitados, bem como da falta injustifica-da de colaboração.

Artigo 29.º – Verificação de infracções

O pessoal dirigente e o pessoal da carreira de inspecção superior têm competência para levantar autos de notícia por infracções disciplinares pessoalmente verificadas no exercício das suas funções, nos termos e para os efeitos consignados no Estatuto Discipli-nar, aprovado pelo Decreto–Lei n.º 24/84, de 16 de Janeiro.

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Artigo 30.º – Cartão de identificação e livre trânsito

O pessoal dirigente e o pessoal da carreira de inspecção superior tem direito ao uso de cartão de identificação e livre trânsito, de modelo aprovado por despacho do Ministro da Saúde.

Artigo 31.º – Uso e porte de arma de defesa

O pessoal dirigente e o pessoal da carreira de inspecção superior é dispensado, no exercício das suas funções, da licença de uso e porte de arma de defesa. Artigo 32.º – Suplementos

O pessoal dirigente de inspecção e o pessoal técnico superior do quadro da IGS man-tém o direito ao suplemento criado pelo Decreto–Lei n.º 82/85, de 28 de Março, de acordo com o disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 37.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outu-bro. Artigo 33.º – Abonos de transporte e ajudas de custo

O pessoal da IGS, sempre que se deslocar por motivo de serviço da sua residência oficial, tem direito à utilização de transporte de 1.ª classe, podendo fazer uso de automóvel próprio, nos termos da lei geral aplicável. Artigo 34.º – Domicílio legal

1 – O pessoal da carreira de inspecção superior tem domicílio legal em Lisboa. 2 – Em casos devidamente justificados pode ser–lhe fixada residência nas sedes dos

distritos. 3 – O uso da faculdade conferida no número anterior depende da concordância dos

funcionários abrangidos. Artigo 35.º – Sigilo profissional

Além dos deveres gerais inerentes ao exercício de funções públicas, os funcionários da IGS e todos aqueles que com eles colaborarem ou forem chamados a colaborar ficam sujeitos ao dever de guardar sigilo profissional, nos termos legais. Artigo 36.º – Regime de duração do trabalho

1 – O regime de duração do trabalho do pessoal da carreira de inspecção superior e de outros funcionários que colaborem com aquele em acções inspectivas é o estabelecido para a função pública, podendo, no entanto, as respectivas funções ser exercidas a qualquer hora, consoante as necessidades do serviço.

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2 – Os funcionários referidos no número anterior que tenham de prestar serviço nos dias de descanso semanal ou feriados têm direito a igual período de descanso num dos oito dias seguintes.

CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 37.º – Transição do pessoal

1 – A transição do pessoal para o novo quadro da IGS faz–se nos termos da lei geral, com excepção dos números seguintes.

2 – Os inspectores de 1.ª e de 2.ª classes são integrados na categoria de inspector da carreira de inspector superior, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

3 – Aos inspectores de 2.ª classe que transitarem, nos termos do número anterior, para a categoria de inspector da carreira de inspecção superior, a contagem de tempo nesta últi-ma categoria só se inicia a partir da data em que se efectiva a integração. Artigo 38.º – Concursos

1 – Os concursos para ingresso ou acesso no quadro da IGS já realizados ou em curso na data da entrada em vigor do presente diploma são válidos para os lugares do novo qua-dro, dentro dos respectivos prazos de validade.

2 – Os estágios para ingresso na carreira de inspecção concluídos com aproveitamen-to, e resultantes de concurso aberto nos termos do número anterior, são válidos para o in-gresso na carreira de inspecção criada nos termos do artigo 26.º Artigo 39.º – Sucessão

1 – As referências feitas em quaisquer diplomas à Inspecção–Geral dos Serviços de Saúde consideram–se feitas à Inspecção–Geral da Saúde.

2 – A Inspecção–Geral da Saúde sucede na universalidade dos direitos e obrigações de que era titular a Inspecção–Geral dos Serviços de Saúde, sem necessidade de quaisquer formalidades, constituindo o presente diploma título bastante para todos os efeitos legais. Artigo 40.º – Norma revogatória

É revogado o Decreto–Lei n.º 312/87, de 18 de Agosto, mantendo–se em vigor o qua-dro anexo até à entrada em vigor da portaria prevista no artigo 21.º

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Julho de 1993. – Aníbal António

Cavaco Silva – Jorge Braga de Macedo – Arlindo Gomes de Carvalho. Promulgado em 3 de Agosto de 1993.

Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 3 de Agosto de 1993. Pelo Primeiro–Ministro, Joaquim Fernando Nogueira, Ministro da Presidência.

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ANEXO

Decreto Regulamentar n.º 28/2002, de 8 de Abril (Carreiras e escalas salariais)

A carreira de inspecção superior da Inspecção-Geral da Saúde (IGS) encontra-se legalmente caracterizada como carreira de regime especial, nos termos da respectiva Lei Orgânica, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 291/93, de 24 de Agosto.

Face à publicação do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, torna-se necessário, nos termos do n.º 1 do seu artigo 14.º, promover a sua regulamentação e aplicação ao pes-soal de inspecção superior da IGS mediante decreto regulamentar.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de

Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o se-guinte: Artigo 1.º – Objecto

O presente diploma procede à regulamentação e aplicação do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, ao pessoal da carreira de inspecção superior da Inspecção-Geral da Saúde (IGS). Artigo 2.º – Carreira de inspector superior

O pessoal da actual carreira de inspecção superior da IGS integra-se na carreira de inspector superior, a que se referem o artigo 4.º e o mapa I anexo do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 3.º – Conteúdo funcional

Ao pessoal da carreira de inspector superior da IGS compete a execução de acções inspectivas e trabalhos de auditoria, a realização de averiguações, inquéritos, sindicâncias e

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instrução de processos disciplinares e a elaboração de pareceres, informações e estudos na área da respectiva especialidade. Artigo 4.º – Ingresso e acesso na carreira

1 – O ingresso na carreira de inspector superior faz-se para a categoria de inspector, de entre indivíduos habilitados com licenciatura adequada ao exercício de funções no âmbi-to das competências da IGS, aprovados em estágio, com a classificação não inferior a Bom (14 valores).

2 – O regulamento de estágio de ingresso na carreira é aprovado por despacho con-junto dos Ministros da Saúde e da Reforma do Estado e da Administração Pública.

3 – Enquanto não for aprovado o regulamento de estágio a que se refere o número anterior, mantém-se em vigor o actual regulamento aprovado pela portaria n.º 288/95 (2.ª série), de 25 de Agosto, dos Ministérios das Finanças e da Saúde.

4 – O tempo de serviço legalmente considerado como estágio para ingresso na carrei-ra de inspector superior conta para efeitos de progressão e promoção na categoria de ingres-so da carreira desde que o funcionário ou agente nela obtenha nomeação definitiva.

5 – O recrutamento para as categorias de acesso da carreira de inspector superior faz-se mediante concurso e com obediência às regras estabelecidas no n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril. Artigo 5.º – Transição

1 – O pessoal da actual carreira de inspecção superior da IGS transita, conforme a ta-bela anexa, para a carreira de inspector superior, criada pelo Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, nos termos dos números seguintes.

2 – Os actuais inspectores, inspectores principais, inspectores superiores e inspectores superiores principais transitam, respectivamente, para as categorias de inspector, inspector principal, inspector superior e inspector superior principal da nova carreira, cujas estrutura e escalas salariais constam do mapa I anexo ao referido diploma.

3 – A transição para a nova categoria faz-se para escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem.

4 – O tempo de serviço prestado na categoria de origem conta para efeitos de promo-ção e progressão como se tivesse sido prestado na nova categoria. Artigo 6.º – Dotação global

O quadro de pessoal da carreira de inspector superior da IGS é de dotação global de lugares e é aprovado por portaria conjunta dos Ministros da Saúde, das Finanças e da Re-forma do Estado e da Administração Pública. Artigo 7.º – Direito subsidiário

Nos casos não expressamente regulados no presente diploma regem, subsidiariamen-te, na parte aplicável, as disposições constantes no Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril.

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Artigo 8.º – Produção de efeitos

1 – A transição para a nova carreira bem como o correspondente abono do suplemen-to de função inspectiva previstos nos artigos 12.º e 13.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, produzem efeitos reportados a 1 de Julho de 2000.

2 – Sem prejuízo do estabelecido no número anterior, às situações dos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão posteriormente a 1 de Julho de 2000 apli-cam-se, sucessivamente, as regras de transição previstas nos n.os 3 e 4 do artigo 5.º do pre-sente diploma, a partir da data em que a mudança de categoria ou de escalão tenha ocorrido.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Fevereiro de 2002. – António Manuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – António Fernando Correia de Campos – Alexandre António Cantigas Rosa.

Promulgado em 14 de Março de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 21 de Março de 2002. O Primeiro-Ministro, em exercício, Jaime José Matos da Gama.

Tabela de transição (n.º 1 do artigo 5.º)

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INSPECÇÃO–GERAL DO AMBIENTE

Decreto–Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro (Lei Orgânica)

O Decreto–Lei n.º 230/97, de 30 de Agosto, criou a Inspecção–Geral do Ambiente,

como serviço central de inspecção do Ministério do Ambiente, e estabeleceu no seu artigo 13.º as bases gerais da competência deste organismo.

Através do Decreto–Lei n.º 296/97, de 24 de Outubro, foi definido o regime de insta-lação, prevendo–se a existência de uma comissão instaladora, a quem se atribuiu a respon-sabilidade pela elaboração do projecto de lei orgânica e do respectivo quadro de pessoal.

O presente diploma dota a Inspecção–Geral do Ambiente de um quadro institucional indispensável para a execução das tarefas que lhe são atribuídas na senda das orientações que se vêm formando no espaço comunitário sobre a implementação do direito ambiental e o papel dos sistemas inspectivos no reforço da execução desse ramo do direito.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo

decreta o seguinte:

CAPÍTULO I – NATUREZA, ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

Artigo 1.º – Natureza

1 – A Inspecção–Geral do Ambiente, seguidamente designada por IGA, é o organis-mo central de inspecção do Ministério do Ambiente.

2 – A IGA é dotada de autonomia técnica e administrativa e funciona na dependência directa do Ministro do Ambiente. Artigo 2.º – Sede e competência territorial

A IGA tem sede em Lisboa e exerce a sua actividade em todo o território do conti-nente. Artigo 3.º – Atribuições

São atribuições da IGA garantir o cumprimento das normas jurídicas com incidência ambiental e da legalidade administrativa no âmbito dos serviços dependentes do Ministério do Ambiente. Artigo 4.º – Competência

1 – Compete à IGA:

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a) fiscalizar o cumprimento de normas legais e regulamentares em matérias de in-cidência ambiental e inspeccionar estabelecimentos, locais ou actividades a elas sujeitos;

b) instaurar, instruir e decidir os processos relativos aos ilícitos de mera ordena-ção social;

c) sem prejuízo das competências de outras entidades, exercer funções próprias de órgão de polícia criminal relativamente aos crimes previstos nos artigos 278.º, 279.º e 280.º do Código Penal;

d) emitir, no âmbito das acções previstas na alínea a), recomendações aos respon-sáveis por tais actividades.

2 – Incumbe ainda à IGA: a) realizar inspecções a quaisquer serviços dependentes do Ministério do Ambien-

te, quando ordenadas pelo Ministro do Ambiente; b) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares que forem de-

terminados pelo Ministro do Ambiente; c) emitir parecer sobre os projectos de diplomas com incidência ambiental sempre

que para tal for solicitada; d) inspeccionar a execução de projectos financiados pelo Ministério do Ambiente

a entidades privadas; e) realizar auditorias no âmbito do sistema de controlo interno da administração

financeira do Estado. Artigo 5.º – Outras competências

1 – Compete ainda à IGA, a solicitação do Ministro do Ambiente: a) realizar estudos que visem a harmonização de práticas administrativas de servi-

ços dependentes do Ministério, nomeadamente em matéria de licenciamento; b) elaborar o diagnóstico de situações de vulnerabilidade ambiental e de medidas

de natureza preventiva para fazer face às mesmas; c) elaborar estudos de natureza jurídica que visem a coerência e a racionalidade

dos vários diplomas com incidência ambiental. 2 – A IGA prestará aos serviços próprios das Regiões Autónomas dos Açores e da

Madeira a colaboração que lhe seja solicitada em ordem à realização das atribuições daque-les serviços no que se refere à efectivação da legalidade em matéria ambiental. Artigo 6.º – Estatuto processual

1 – No âmbito da competência referida na alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º, a IGA tem a natureza de órgão de polícia criminal, actuando no processo sob direcção e na dependência funcional da autoridade judiciária competente.

2 – O inspector–geral, os subinspectores–gerais e o pessoal com funções inspectivas são agentes da autoridade pública para todos os efeitos legais.

3 – Para os efeitos do disposto no Código de Processo Penal e no âmbito da compe-tência referida no n.º 1 deste artigo, o inspector–geral e os subinspectores–gerais são consi-derados autoridade de polícia criminal.

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Artigo 7.º – Direito de acesso

1 – No exercício das suas funções é facultado ao pessoal com funções inspectivas bem como ao pessoal dirigente da IGA a entrada livre nos estabelecimentos e locais onde se exerçam as actividades referidas no artigo 4.º

2 – Os responsáveis pelos espaços referidos no número anterior são obrigados a facul-tar a entrada e a permanência às entidades referidas no número anterior e a apresentar–lhes a documentação, livros, registos e quaisquer outros elementos que lhes forem exigidos, bem como a prestar–lhes as informações que forem solicitadas.

3 – Em caso de recusa de acesso ou de obstrução à acção inspectiva, o pessoal com funções inspectivas pode solicitar a colaboração das forças policiais para remover tal obs-trução e garantir a realização e segurança dos actos inspectivos.

4 – O disposto neste artigo é aplicável a outros espaços afectos ao exercício das acti-vidades inspeccionadas, nomeadamente aos veículos automóveis. Artigo 8.º – Medidas

1 – No âmbito da acção inspectiva, o respectivo pessoal pode recolher informação so-bre as actividades inspeccionadas, proceder a exames a quaisquer vestígios de infracções, bem como a colheitas de amostras para exame laboratorial.

2 – Sempre que se justifique, o pessoal de inspecção pode examinar a contabilidade e quaisquer documentos que se encontrem nas instalações das empresas ou serviços inspec-cionados, podendo proceder à apreensão dos que tenham interesse para a prova de quais-quer factos ilícitos em investigação, ou efectuar cópias autenticadas dos mesmos.

3 – No exercício das competências previstas nas alíneas a), b), d) e e) do n.º 2 do arti-go 4.º, o pessoal com funções inspectivas pode ainda requisitar, para exame, consulta e jun-ção aos autos, processos e documentos ou as respectivas certidões, bem como quaisquer outros elementos existentes nos livros, registos e arquivos dos serviços onde ocorram os actos inspectivos ou com eles directamente relacionados. Artigo 9.º – Medidas preventivas

1 – Quando seja detectada uma situação de perigo grave para a saúde, a segurança das pessoas e bens e o ambiente, o inspector–geral poderá determinar as providências que em cada caso se justifiquem para prevenir ou eliminar tal situação.

2 – As medidas previstas no número anterior podem incluir a suspensão da laboração e o encerramento preventivo da unidade poluidora, no todo ou em parte, ou a apreensão, igualmente no todo ou em parte, do equipamento, mediante selagem.

3 – Quando se verifique obstrução à execução das providências previstas neste artigo, poderá igualmente ser solicitada às entidades competentes a notificação dos distribuidores de energia eléctrica para interromperem o fornecimento desta.

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Artigo 10.º – Documentação

1 – Os actos de natureza inspectiva referidos no artigo 7.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 8.º, quando deles não resultem ilícitos de natureza criminal ou de mera ordenação social, serão documentados nos termos a fixar por despacho do inspector–geral.

2 – O despacho previsto no número anterior fixará os termos em que os documentos em causa podem ser divulgados ao público, sem prejuízo das disposições legais vigentes em matéria de acesso aos documentos administrativos. Artigo 11.º – Recomendações

1 – As recomendações referidas na alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º podem ter por ob-jecto a melhoria da adequação das actividades com incidência ambiental aos parâmetros legais.

2 – Nas situações em que sejam constatadas infracções de pequena gravidade, a acção inspectiva pode limitar–se a uma advertência, documentada em auto, que integre as recomendações referidas no número anterior. Artigo 12.º – Outros meios

Os serviços dependentes do Ministério do Ambiente facultarão à IGA o acesso direc-to aos processos de licenciamento de quaisquer actividades com incidência ambiental que sejam da sua competência. Artigo 13.º – Dever de cooperação

1 – A IGA e as demais entidades com funções de natureza inspectiva têm o dever de cooperar entre si, de acordo com as respectivas atribuições e competências legais, utilizan-do para tal os mecanismos que se mostrem mais adequados.

2 – A IGA poderá solicitar às câmaras municipais e aos serviços dependentes de outros departamentos governamentais informações sobre os processos de licenciamento de actividades com incidência ambiental. Artigo 14.º – Comunicações

1 – Os tribunais remeterão à IGA cópia de todas as decisões que ponham termo a pro-cessos instaurados com base em autos de notícia por ela lavrados ou proferidas em proces-sos por esta instruídos.

2 – O disposto no número anterior é igualmente aplicável às decisões proferidas pelo Ministério Público nos processos de inquérito instaurados com base em autos de notícia lavrados pela IGA ou por esta instruídos.

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CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS E SUAS COMPETÊNCIAS

Artigo 15.º – Órgãos e serviços

1 – A IGA compreende órgãos e serviços. 2 – São órgãos da IGA:

a) o inspector–geral; b) o conselho administrativo; c) o conselho geral.

3 – São serviços da IGA: a) o Serviço de Inspecção Ambiental (SIAMB); b) o Serviço de Inspecção Administrativa (SIAD); c) a Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros; d) o Gabinete de Estudos e Planeamento; e) o Gabinete de Apoio Técnico.

Artigo 16.º – Inspector–geral

1 – A IGA é dirigida por um inspector–geral, coadjuvado por dois subinspectores– -gerais.

2 – O inspector–geral é substituído nos seus impedimentos e faltas pelo subinspector– -geral que designar para o efeito.

3 – O inspector–geral e os subinspectores–gerais são equiparados para todos os efei-tos legais a director–geral e a subdirector–geral, respectivamente. Artigo 17.º – Competência do inspector–geral

1 – Compete ao inspector–geral dirigir e coordenar a actividade da IGA. 2 – Sem prejuízo do disposto no estatuto do pessoal dirigente, incumbe em especial

ao inspector–geral: a) representar a IGA; b) presidir aos órgãos colegiais da IGA; c) velar para que a acção da IGA se exerça em conformidade com a lei; d) determinar a instauração e a instrução de processos relativos a ilícitos de mera

ordenação social; e) decidir os processos relativos a ilícitos de mera ordenação social instruídos

pela IGA; f) emitir as ordens de serviço e as instruções necessárias ao normal funcionamen-

to dos serviços; g) elaborar o plano de actividades; h) elaborar o relatório anual da IGA; i) exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas por lei ou regulamento.

3 – O inspector–geral pode delegar as competências referidas no número anterior nos subinspectores–gerais, com faculdade de subdelegação.

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Artigo 18.º – Competência dos subinspectores–gerais

Compete aos subinspectores–gerais coadjuvar o inspector–geral no exercício das suas funções e exercer por delegação as competências que lhes sejam atribuídas. Artigo 19.º – Conselho administrativo

1 – O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria de gestão financeira e patrimonial.

2 – O conselho administrativo é constituído pelo inspector–geral, que presidirá, pelo subinspector–geral que tenha a seu cargo a área administrativa e financeira e pelo director de serviços Administrativos e Financeiros. Artigo 20.º – Competência do conselho administrativo

1 – Ao conselho administrativo compete: a) superintender na gestão financeira e patrimonial da IGA; b) promover a elaboração de planos financeiros anuais e plurianuais; c) promover a elaboração do orçamento da IGA e propor as alterações considera-

das necessárias; d) zelar pela cobrança das receitas da IGA e promover o seu depósito nos termos

legais; e) verificar a legalidade das despesas e autorizar a sua realização e pagamento; f) aprovar os balancetes de execução orçamental; g) aprovar a conta de gerência, elaborar o respectivo relatório e submetê–lo, nos

termos gerais, à aprovação do Tribunal de Contas; h) aprovar a constituição de fundo de maneio; i) pronunciar–se sobre qualquer outro assunto que, no âmbito das suas competên-

cias, lhe seja submetido pelo inspector–geral. 2 – O conselho administrativo pode delegar em qualquer dos seus membros as suas

competências em matéria de realização de despesas, fixando–lhe os respectivos limites. Artigo 21.º – Funcionamento do conselho administrativo

1 – O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordina-riamente sempre que o inspector–geral o convoque.

2 – As reuniões são secretariadas pelo director de serviços Administrativos e Finan-ceiros, que garante o apoio à organização dos processos a submeter ao conselho.

3 – O conselho pode ouvir no decurso das suas reuniões qualquer funcionário da IGA, sem direito a voto.

4 – O conselho obriga–se pela assinatura de dois dos seus membros.

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Artigo 22.º – Conselho geral

1 – O conselho geral é o órgão de consulta do inspector–geral relativamente à defini-ção das linhas gerais de intervenção da IGA.

2 – O conselho geral é constituído pelo inspector–geral, pelos subinspectores–gerais, pelo director–geral do Ambiente, pelos presidentes dos Institutos da Água, da Conservação da Natureza, dos Resíduos e de Meteorologia e pelos directores regionais do ambiente. Artigo 23.º – Competência do conselho geral

Compete ao conselho geral emitir parecer sobre o relatório anual do serviço da IGA e sobre o plano de actividades. Artigo 24.º – Funcionamento do conselho geral

O conselho geral funciona em sessões plenárias, reunindo ordinariamente uma vez por ano e extraordinariamente sempre que o inspector–geral o convoque. Artigo 25.º – Serviço de Inspecção Ambiental

Ao SIAMB compete: a) inspeccionar os estabelecimentos ou locais, públicos ou privados, em que se

exerçam actividades com incidência ambiental; b) instaurar e instruir os processos relativos aos ilícitos de mera ordenação social; c) investigar os crimes previstos nos artigos 278.º, 279.º e 280.º do Código Penal

e instruir os respectivos inquéritos, nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º do presente diploma.

Artigo 26.º – Unidades de intervenção

1 – No âmbito das competências do SIAMB podem ser constituídas, por despacho do inspector–geral, unidades de intervenção, em número não superior a cinco.

2 – As unidades de intervenção são integradas pelo pessoal com funções inspectivas e em número necessário para a realização dos seus objectivos.

3 – As unidades de intervenção podem ser coordenadas por um técnico superior com funções inspectivas, designado pelo inspector–geral.

4 – A coordenação das unidades de intervenção pode ainda ser efectuada por funcio-nário da carreira técnica superior de categoria não inferior a assessor, com experiência notória nas matérias a prosseguir por aquelas unidades, em regime de requisição, por perío-dos de um ano, renováveis, mediante despacho do Ministro do Ambiente, sob proposta do inspector–geral.

5 – Os funcionários responsáveis pela coordenação das unidades de intervenção e no desempenho dessas funções serão remunerados pelo índice correspondente ao da sua cate-goria e escalão, majorado de um impulso de 55 pontos, até ao limite do índice 900.

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Artigo 27.º – Serviço de Inspecção Administrativa

Ao SIAD compete: a) realizar inspecções a quaisquer serviços dependentes do Ministério do Ambien-

te; b) instruir processos de averiguações, de inquérito e disciplinares; c) inspeccionar a execução de projectos financiados pelo Ministério do Ambiente

a entidades privadas; d) realizar auditorias no âmbito do sistema de controlo interno da administração

financeira do Estado. Artigo 28.º – Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros

1 – À Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros compete assegurar a gestão dos recursos humanos, financeiros e patrimoniais e de apoio geral aos serviços da IGA.

2 – A Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros compreende: a) a Divisão de Serviços Administrativos; b) a Divisão de Serviços Financeiros.

Artigo 29.º – Divisão de Serviços Administrativos

1 – À Divisão de Serviços Administrativos compete: a) desempenhar as acções referentes ao domínio da gestão dos recursos humanos; b) promover e assegurar o apoio geral administrativo aos serviços da IGA.

2 – A Divisão de Serviços Administrativos compreende: a) a Secção de Pessoal; b) a Secção de Expediente e Arquivo; c) a Secção de Processos; d) o Sector de Sistemas de Informação.

3 – À Secção de Pessoal compete: a) a prática de todos os actos preparatórios relativos a recrutamento e selecção de

pessoal e provimento, promoção e cessação de funções; b) a organização e manutenção dos processos individuais do pessoal; c) assegurar as operações de registo e controlo de assiduidade do pessoal; d) efectuar as operações relativas aos benefícios sociais do pessoal; e) superintender o pessoal auxiliar; f) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da

lei ou lhe sejam superiormente atribuídas. 4 – À Secção de Expediente e Arquivo compete:

a) assegurar a recepção, registo, classificação, distribuição e expedição de corres-pondência;

b) a organização e manutenção do arquivo; c) assegurar o trabalho de reprografia; d) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da

lei ou lhe sejam superiormente atribuídas.

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5 – À Secção de Processos compete: a) registar e movimentar os processos de contra–ordenação, de inquérito, discipli-

nares, de averiguações e outros; b) guardar objectos apreendidos, cumprir despachos proferidos nos processos

referidos na alínea a), efectuar liquidações e passar certidões relativas a proces-sos pendentes;

c) elaborar mapas estatísticos; d) desempenhar quaisquer outras tarefas que lhe sejam superiormente determina-

das. 6 – Ao Sector de Sistemas de Informação compete:

a) realizar estudos necessários à tomada de decisões quanto ao apetrechamento do serviço em material e suportes lógicos;

b) estudar e propor alterações aos sistemas instalados, bem como a aquisição de novos sistemas;

c) apoiar tecnicamente a gestão dos sistemas informáticos instalados. 7 – A Secção de Processos pode ser coordenada por um oficial de justiça, nomeado

em comissão de serviço por três anos, renovável, e com direito à manutenção do estatuto remuneratório do lugar de origem.

8 – O tempo de serviço prestado nas condições referidas no número anterior conta para todos os efeitos como prestado no serviço de origem.

9 – O Sector de Sistemas de Informação é coordenado por um técnico superior desig-nado pelo inspector–geral, que e enquanto no desempenho desta função será remunerado pelo índice correspondente ao da sua categoria e escalão, majorado de um impulso de 55 pontos, até ao limite de 900. Artigo 30.º – Divisão de Serviços Financeiros

1 – À Divisão de Serviços Financeiros compete: a) assegurar as acções no domínio da gestão financeira; b) promover e assegurar a gestão patrimonial.

2 – A Divisão de Serviços Financeiros compreende: a) a Secção de Orçamento e Contabilidade; b) a Secção de Património e Aprovisionamento.

3 – À Secção de Orçamento e Contabilidade compete: a) elaborar e executar o orçamento e a contabilidade, bem como o expediente a

eles respeitantes; b) elaborar a conta de gerência da IGA; c) assegurar os tratamentos dos processos de arrecadação de receitas e de realiza-

ção de despesas; d) elaborar balancetes mensais de execução orçamental; e) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da

lei ou lhe sejam superiormente atribuídas. 4 – À Secção de Património e Aprovisionamento compete:

a) proceder às aquisições de bens e serviços nos termos da legislação em vigor; b) organizar e manter actualizado o inventário e o cadastro dos bens sob a respon-

sabilidade da IGA;

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c) garantir a manutenção e conservação das instalações e do equipamento, mobi-liário e outro material;

d) assegurar a gestão do parque automóvel e a utilização de combustíveis; e) assegurar a guarda de valores; f) a execução de quaisquer outras tarefas cuja atribuição resulte directamente da

lei ou lhe sejam superiormente atribuídas. Artigo 31.º – Gabinete de Estudos e Planeamento

1 – Ao Gabinete de Estudos e Planeamento compete a preparação de estudos e de planos que permitam o desenvolvimento coordenado do serviço de inspecção, assegurando uma visão global da sua actividade e a realização dos seus objectivos, bem como a divulga-ção da sua acção.

2 – Ao Gabinete de Estudos e Planeamento compete também: a) elaborar o plano e o relatório de actividades da IGA; b) propor a aquisição de documentação técnica e científica especializada; c) organizar e manter actualizado o ficheiro e arquivo da documentação técnica; d) organizar e manter um serviço de informação e divulgação documental; e) organizar e gerir a biblioteca; f) organizar e manter actualizado um ficheiro relativo aos utentes do ambiente; g) apoiar a intervenção da IGA no âmbito das relações internacionais.

3 – O Gabinete de Estudos e Planeamento é dirigido por um director, equiparado para todos os efeitos legais a director de serviços. Artigo 32.º – Gabinete de Apoio Técnico

1 – Ao Gabinete de Apoio Técnico compete a prestação de assessoria técnica, nomeadamente nas áreas ambiental, jurídica, económica e contabilística.

2 – O Gabinete de Apoio Técnico é dirigido por um dos subinspectores–gerais. CAPÍTULO III – DO PESSOAL

SECÇÃO I – ASPECTOS GERAIS SUBSECÇÃO I – Quadros e carreiras

Artigo 33.º – Quadro

1 – O quadro de pessoal da IGA consta de portaria conjunta a aprovar pelos Ministros da Finanças e do Ambiente e do membro do Governo que tiver a seu cargo a Administração Pública.

2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, o mapa de pessoal referido no n.º 4 do artigo 4.º do Decreto–Lei n.º 296/97, de 24 de Outubro, é desde já convertido em quadro de pessoal da IGA.

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3 – O quadro de pessoal dirigente da IGA é o constante do mapa anexo ao presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 34.º – Recrutamento e provimento

1 – O pessoal dirigente é recrutado e provido nos termos da lei geral, sem prejuízo do disposto no artigo 37.º do presente diploma.

2 – O recrutamento e o provimento do restante pessoal regulam–se pela lei geral.

SUBSECÇÃO II – Direitos e deveres

Artigo 35.º – Formação

A IGA promoverá a organização das acções de aperfeiçoamento e reciclagem profis-sionais e de cursos de formação profissional destinados à preparação, especialização e aper-feiçoamento dos funcionários, podendo fazê–lo em colaboração com outras entidades. Artigo 36.º – Impedimentos e incompatibilidades

O pessoal da IGA está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibilidades vigente na Administração Pública. Artigo 37.º – Comissões de serviço

1 – O cargo de inspector–geral pode ser desempenhado, em comissão de serviço e com direito de opção pelo estatuto remuneratório e de mais regalias do lugar de origem, por magistrado judicial ou do Ministério Público, obtida a competente autorização do respecti-vo conselho superior.

2 – A opção referida no número anterior implica igualmente a manutenção do direito ao regime de assistência e segurança social específico daquele lugar. Artigo 38.º – Sigilo profissional

Para além da sujeição aos deveres inerentes ao exercício das suas funções, os funcio-nários da IGA e todos aqueles que com eles colaborem são obrigados a guardar sigilo sobre as matérias de que tiverem conhecimento no exercício das suas funções ou por causa delas. Artigo 39.º – Cartão de identificação

Os funcionários e agentes com funções de inspecção usarão um documento de identi-ficação próprio, de modelo a aprovar pelo Ministro do Ambiente, que deverão exibir no exercício das suas funções.

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CAPÍTULO IV – FUNCIONAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA

Artigo 40.º – Instrumentos de gestão e controlo

A actuação da IGA é disciplinada pelos seguintes instrumentos de gestão e controlo: a) plano anual de actividades; b) orçamento anual; c) relatórios de actividades e financeiros.

Artigo 41.º – Receitas

1 – Constituem receitas da IGA: a) as dotações que lhe forem atribuídas no Orçamento do Estado; b) a importância das coimas aplicadas na parte que legalmente lhe estiver consig-

nada; c) o produto da venda de publicações e de informação; d) quaisquer outras receitas que lhe sejam legalmente atribuídas.

2 – As receitas enumeradas no número anterior são afectas ao pagamento das despe-sas da IGA, mediante inscrição de dotações com compensação em receita. CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 42.º – Transição de pessoal

1 – Os funcionários do quadro da Direcção–Geral do Ambiente e de outros serviços públicos que se encontrem afectos ao serviço da IGA nas situações de destacamento, requi-sição e comissão de serviço extraordinária podem transitar para os lugares correspondentes do quadro de pessoal da IGA referido no n.º 2 do artigo 33.º

2 – O disposto no número anterior é igualmente aplicável aos inspectores do ambien-te designados nos termos do artigo 18.º do Decreto–Lei n.º 189/93, de 24 de Maio, e que se encontrem a desempenhar funções dirigentes, mantendo–se as comissões de serviço em que se encontrem.

3 – Os funcionários referidos no n.º 1 que não tenham lugar naquele quadro mantêm–se afectos ao serviço da IGA na situação em que se encontrem até à entrada em vigor do quadro de pessoal referido no n.º 1 do artigo 33.º deste diploma, transitando posteriormente para os lugares correspondentes desse quadro.

4 – O pessoal referido nos números anteriores deste artigo transitará para os lugares e categorias correspondentes do quadro de pessoal da IGA referido no n.º 1 do artigo 33.º, sem quaisquer outras formalidades. Artigo 43.º – Concursos pendentes

1 – Os concursos para ingresso e acesso no mapa da IGA já realizados ou em curso na data da entrada em vigor do presente diploma são válidos para os lugares do quadro pre-visto no n.º 2 do artigo 33.º do presente diploma.

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2 – Os estágios concluídos com aproveitamento e resultantes de concursos abertos nos termos do número anterior mantêm a sua validade. Artigo 44.º – Disposições finais

1 – O disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º e o disposto nos n.os 1 e 3 do artigo 6.º entram em vigor 18 meses após a publicação do quadro de pessoal.

2 – Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do presente artigo, os funcionários abrangidos pelo n.º 2 do artigo 18.º do Decreto–Lei n.º 189/93, de 24 de Maio, mantêm o subsídio naquele previsto.

3 – Enquanto não forem nomeados o inspector–geral e os subinspectores–gerais, a comissão instaladora da IGA continuará a dirigir o serviço, sendo aplicável o disposto nos artigos 16.º, 17.º e 18.º deste diploma.

4 – Os bens móveis, sujeitos ou não a registo, que se encontravam afectos ao Gabine-te de Inspecção e Auditoria Ambiental da Direcção–Geral do Ambiente transitam sem quaisquer outras formalidades para o património da IGA.

5 – O presente diploma será revisto após a entrada em vigor do diploma que venha a consagrar o estatuto geral do pessoal das carreiras de inspecção, a fim de ser adequado ao mesmo.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Outubro de 1999. – António Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho – João Cardona Gomes Cravinho – José Eduardo Vera Cruz Jardim – Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira.

Promulgado em 19 de Novembro de 1999. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 25 de Novembro de 1999. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

MAPA

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Decreto Regulamentar n.º 12/2001, de 28 de Junho (Carreiras e esca-las salariais)

Pelo Decreto–Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro, foi aprovada a Lei Orgânica da Inspecção–Geral do Ambiente, organismo central de inspecção, controlo ambiental e apoio técnico do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território cuja actuação visa garantir o cumprimento das normas jurídicas com incidência ambiental e assegurar a legali-dade administrativa no âmbito dos serviços dependentes deste Ministério.

Tendo sido estabelecido o enquadramento e a definição das carreiras de inspecção da Administração Pública, importa agora definir, relativamente à Inspecção–Geral do Ambien-te, as carreiras a prever, o preenchimento dos conteúdos funcionais e as regras de transição do pessoal.

Com o presente diploma põe–se, ainda, termo à actual duplicidade de estatutos remu-neratórios do pessoal que na Inspecção–Geral do Ambiente exerce funções inspectivas e cria–se, também, o quadro de referência que permite a este organismo garantir o cumpri-mento do direito ambiental, objectivo que esteve subjacente à criação da Inspecção–Geral do Ambiente.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Ao abrigo do disposto no artigo 14.º, n.º 1, do Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de

Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o se-guinte: CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º – Objecto

O presente diploma define e regulamenta a estrutura das carreiras de inspecção da Inspecção–Geral do Ambiente (IGA). CAPÍTULO II – CARREIRAS DE INSPECÇÃO

Artigo 2.º – Carreiras

As carreiras de inspecção da IGA são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector–adjunto.

CAPÍTULO III – CONTEÚDOS FUNCIONAIS

Artigo 3.º – Inspectores superiores

1 – Compete aos inspectores superiores: a) planear e coordenar a execução de acções inspectivas;

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b) executar acções inspectivas; c) garantir a legalidade dos actos inspectivos; d) elaborar autos de notícia e de advertência, relatórios, informações, pareceres e

recomendações; e) coordenar a actividade dos inspectores–adjuntos que participem na execução

de acções inspectivas; f) elaborar o diagnóstico de situações de vulnerabilidade ambiental e propor

medidas preventivas para fazer face às mesmas; g) propor providências adequadas para prevenir ou eliminar situações de perigo

grave para o ambiente, a saúde e a segurança das pessoas e bens; h) propor medidas que visem a melhoria do funcionamento e a eficácia dos servi-

ços de inspecção; i) garantir a remessa de dados sobre as actividades inspeccionadas para os arqui-

vos respectivos; j) manter actualizadas as suas qualificações profissionais; k) solicitar a colaboração das forças policiais, quando necessária, para garantir a

realização e segurança dos actos inspectivos; l) conduzir em serviço os veículos automóveis afectos ao serviço de inspecção; m) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam superiormente determinadas e

que se insiram nas atribuições da IGA. 2 – Aos inspectores superiores de formação jurídica e económica incumbe:

a) realizar, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto–Lei n.º 549/99, de 14 de Dezembro, inspecções a quaisquer serviços dependentes do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território;

b) inspeccionar a execução de projectos financiados pelo Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território a entidades privadas;

c) realizar auditorias no âmbito do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado;

d) planear a investigação e praticar actos instrutórios nos processos de contra–ordenação, de averiguação e de inquérito;

e) elaborar relatórios finais e projectos de decisão nos processos de contra–ordenação;

f) elaborar outros despachos nos processos de contra–ordenação; g) praticar actos instrutórios, elaborar relatórios e projectos de decisão nos pro-

cessos referidos nas alíneas a), b), d) e e) do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto Lei n.º 549/99, 14 de Dezembro;

h) requisitar para exame, consulta e junção aos autos processos e documentos, ou as respectivas certidões, bem como quaisquer outros elementos existentes nos livros, registos e arquivos dos serviços onde ocorram os actos inspectivos ou com eles directamente relacionados;

i) elaborar, sempre que solicitado, pareceres sobre projectos de diploma com in-cidência ambiental;

j) desempenhar as tarefas enumeradas nas alíneas b) a l) do número anterior; k) executar quaisquer tarefas de apoio na área da sua formação que lhes sejam

determinadas e que se insiram no âmbito das atribuições da IGA.

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Artigo 4.º – Inspectores–adjuntos

Aos inspectores–adjuntos compete: a) executar acções inspectivas; b) apoiar os inspectores superiores na prática de actos inspectivos; c) transportar, instalar e operar com o equipamento necessário para proceder à co-

lheita de amostras para exame laboratorial; d) consultar documentação, livros, registos e quaisquer outros elementos, bem

como solicitar a prestação de informações sobre as actividades inspeccionadas; e) recolher informação e proceder ao respectivo tratamento; f) proceder à apreensão de quaisquer documentos, que se encontrem nas instala-

ções das empresas ou serviços inspeccionados, que tenham interesse para a prova de quaisquer factos ilícitos em investigação ou efectuar cópias autentica-das dos mesmos;

g) elaborar autos de notícia e de advertência, relatórios e informações; h) praticar actos processuais nos processos de contra–ordenação e de inquérito; i) solicitar a colaboração das forças policiais quando necessária para garantir a

realização e segurança dos actos inspectivos; j) conduzir viaturas em serviço de inspecção; k) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam atribuídas e que se insiram

dentro das atribuições da IGA. Artigo 5.º – Estágio

1 – A frequência dos estágios para ingresso nas carreiras de inspector superior e de inspector–adjunto é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordi-nária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira.

2 – O não provimento, quer dos estagiários não aprovados quer dos aprovados que excedam o número de vagas fixado, implica a imediata cessação da comissão de serviço ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, conforme o caso, sem que tal confira o direito a qualquer indemnização.

3 – O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de nomeação dos estagiários aprovados, desde que a mesma se efective dentro do prazo de validade do concurso para admissão ao estágio.

4 – O regulamento de estágio é aprovado por despacho conjunto do Ministro do Am-biente e do Ordenamento do Território e do membro do Governo que tiver a seu cargo a Administração Pública.

5 – Os estagiários das carreiras de inspector superior e de inspector–adjunto são remunerados pelos índices 370 e 190, respectivamente, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública.

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CAPÍTULO IV – QUADRO DE PESSOAL

Artigo 6.º – Previsão de lugares

1 – A dotação dos lugares das carreiras de inspector superior e de inspector–adjunto consta do mapa I anexo a este diploma e que dele faz parte integrante.

2 – O mapa a que se refere o número anterior altera e substitui o quadro aprovado pela Portaria n.º 1159/2000, de 7 de Dezembro, no que respeita ao pessoal técnico superior e técnico–profissional integrado nas áreas funcionais de inspecção.

CAPÍTULO V – SUPLEMENTO DE FUNÇÃO INSPECTIVA

Artigo 7.º – Pessoal de coordenação das unidades de intervenção

O suplemento de função inspectiva, previsto nos artigos 12.º e 13.º do Decreto–Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, para o pessoal de inspecção e dirigente, respectivamente, é ainda igualmente atribuído aos funcionários que desempenhem funções de coordenação das unidades de intervenção, nos termos do n.º 4 do artigo 26.º do Decreto–Lei n.º 549/99, 14 de Dezembro. CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 8.º – Regra geral de transição

1 – O pessoal técnico superior da área funcional de inspecção ambiental da IGA tran-sita para a carreira de inspector superior de acordo com a seguintes regras:

a) os técnicos superiores de 2.ª classe e os técnicos superiores de 1.ª classe transi-tam para a categoria de inspector;

b) os técnicos superiores principais transitam para a categoria de inspector princi-pal;

c) os assessores transitam para a categoria de inspector superior; d) os assessores principais transitam para a categoria de inspector superior princi-

pal. 2 – O disposto no número anterior é aplicável aos inspectores do ambiente designa-

dos nos termos do artigo 18.º do Decreto–Lei n.º 189/93, de 24 de Maio, e que se encon-trem a desempenhar funções dirigentes no Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território ou em empresas tuteladas por este, mantendo–se as situações funcionais em que se encontrem.

3 – O pessoal técnico–profissional da área funcional de inspecção da IGA transita para a carreira de inspector–adjunto de acordo com as seguintes regras:

a) os técnicos profissionais de 2.ª classe e os técnicos profissionais de 1.ª classe transitam para a categoria de inspector–adjunto;

b) os técnicos profissionais principais transitam para a categoria de inspector–adjunto principal;

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c) os técnicos profissionais especialistas transitam para a categoria de inspector–adjunto especialista;

d) os técnicos profissionais especialistas principais transitam para a categoria de inspector–adjunto especialista principal.

4 – A transição referida nos números anteriores faz–se para escalão igual ao que o funcionário detém na categoria de origem, com excepção dos técnicos superiores de 2.ª classe e dos técnicos profissionais de 2.ª classe que transitam para escalão a que correspon-de na estrutura da categoria índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, ín-dice superior mais aproximado. Artigo 9.º – Concursos

Mantêm–se os concursos a decorrer à data da entrada em vigor do presente diploma, observando–se as seguintes regras:

a) os candidatos que tenham sido ou vierem a ser aprovados nesses concursos são integrados na nova categoria em escalão para que transitaram os titulares das categorias a que se candidataram que estavam posicionados no mesmo escalão a que os candidatos acederiam nas anteriores carreiras;

b) a integração prevista na alínea anterior produz efeitos a partir da data da res-pectiva nomeação.

Artigo 10.º – Entrada em vigor

1 – O presente diploma entra em vigor no dia 1 do mês seguinte ao da sua publicação. 2 – O disposto no artigo 7.º produz efeitos a partir de 1 de Julho de 2000. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Abril de 2001. – António

Manuel de Oliveira Guterres – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – José Sócrates Car-valho Pinto de Sousa – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 4 de Junho de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 8 de Junho de 2001. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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MAPA I (a que se refere o n.º 1 do artigo 6.º)

MAPA II (a que se refere o n.º 1 do artigo 9.º)

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INSPECÇÃO–GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO

Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro (Lei Orgânica) 253

No quadro orgânico do Ministério do Plano e da Administração do Território

(MPAT) foi criada a Inspecção–Geral da Administração do Território (IGAT), cuja regu-lamentação constitui o objecto deste diploma.

Sucede este novo organismo à antiga Inspecção–Geral da Administração Interna, no exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias locais, sendo–lhe conferido um âmbito de acção mais vasto. Efectivamente, comete–se à IGAT um novo domínio de actuação, qual seja o da acção inspectiva sobre os serviços do MPAT, adequando–se a sua orgânica interna à conveniente prossecução das suas atribuições.

Para além de um serviço de estudos, de âmbito horizontal e vocacionado para funções gerais e de apoio às demais unidades ora criadas, é a IGAT estruturada em dois serviços de inspecções, um projectado para a administração autárquica e outro visando os serviços do Ministério. Importa, pois, anotar que o Ministério não cura apenas da legalidade da actua-ção das autarquias; alarga o âmbito da acção inspectiva sobre os próprios serviços, assu-mindo a sua quota–parte na tarefa de reforço da legalidade e dignificação da Administração Pública.

Assim: Tendo em vista o n.º 1 do artigo 75.º do Decreto–Lei n.º 130/86, de 7 de Junho: O Governo decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o

seguinte: Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral da Administração do Território, abreviadamente designada IGAT, é o organismo de exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias locais e de fiscalização superior do Ministério do Plano e da Administração do Território (MPAT). Artigo 2.º – Âmbito e actuação

1 – A IGAT desenvolve a sua actividade junto dos órgãos e serviços das autarquias locais do continente, ou delas dependentes, e junto dos órgãos e serviços centrais e descon-centrados do MPAT, ou sob sua tutela.

2 – A IGAT poderá prestar a colaboração solicitada pelos órgãos das regiões autóno-mas no exercício dos poderes de tutela que estes detêm sobre as autarquias locais.

253 Com as alterações introduzidas pelos Decretos–Lei n.º 99/89, de 29 de Março, n.º 121-A/90, de 12 de Abril, e

n.º 242/93, de 8 de Julho.

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Artigo 3.º – Atribuições

São atribuições da IGAT: a) averiguar do cumprimento das obrigações impostas por lei às autarquias

locais, suas associações e federações, bem como aos órgãos e serviços de-pendentes do Ministério ou sob tutela do Ministro, e ainda a fiscalização e o acompanhamento da utilização dos fundos oriundos das Comunidades Europeias no âmbito do Ministério; 254

b) proceder às visitas de inspecção previstas no respectivo plano, ou que sejam superiormente determinadas, elaborando relatórios informativos;

c) dar conhecimento aos responsáveis pelos serviços das autarquias das deficiên-cias e irregularidades encontradas no decurso das visitas de inspecção e pres-tar–lhes os esclarecimentos necessários com vista ao seu suprimento;

d) prestar à Direcção–Geral da Administração Autárquica (DGAA) a colaboração solicitada na definição das carências de formação do pessoal das autarquias;

e) estudar e propor, em colaboração com os serviços competentes do Ministério das Finanças, medidas que visem uma maior eficiência do exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias;

f) proceder a visitas de inspecção aos serviços do Ministério, elaborando relató-rios informativos e propondo medidas tendentes à eliminação das deficiências e irregularidades encontradas;

g) remeter cópia dos relatórios elaborados em resultado das visitas de inspecção aos serviços do Ministério com competência própria nas matérias neles versa-das;

h) proceder a inquéritos e sindicâncias aos órgãos e serviços das autarquias locais e suas associações e federações, bem como aos dependentes do Ministério;

i) propor e, se necessário, instruir processos disciplinares resultantes da sua acti-vidade inspectiva, bem como instruir os que lhe forem superiormente determinados;

j) constituir e manter um centro de informação bibliográfica e documental para estudo e consulta dos funcionários;

l) colaborar com a DGAA e as comissões de coordenação regional na realização de colóquios, conferências e outras acções de formação e reciclagem;

m) elaborar estudos relativos à temática das suas atribuições. Artigo 4.º – Direcção

1 – A IGAT é dirigida por um inspector–geral, coadjuvado por dois subinspectores– -gerais, equiparados, respectivamente, a director–geral e a subdirectores–gerais.

2 – O inspector–geral é substituído nas suas faltas e impedimentos pelo subinspector– -geral por ele designado e os subinspectores–gerais substituem–se reciprocamente.

254 Alterado pelo artigo único do Decreto-Lei n.º 121-A/90, de 12 de Abril. A versão originária era a seguinte:

“a) Averiguar do cumprimento das obrigações impostas por lei às autarquias locais e suas associações e federações, bem como aos órgãos e serviços dependentes do Ministério, ou sob tutela do Ministro;”.

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275

Artigo 5.º – Competência do inspector–geral

1 – Compete ao inspector–geral orientar e coordenar superiormente a IGAT. 2 – Compete, em especial, ao inspector–geral:

a) representar a IGAT; b) expedir as ordens de serviços e as instruções que julgar convenientes; c) elaborar e apresentar superiormente, até 31 de Março, o relatório anual da acti-

vidade da IGAT; d) elaborar e harmonizar os planos anuais gerais das inspecções propostas pelos

Serviços de Inspecção e submetê–los a aprovação superior; e) propor superiormente a adopção dos modelos de questionário a que alude o n.º

3 do artigo 15.º e das normas sobre organização dos processos elaborados pela Direcção de Serviços de Estudos;

f) distribuir pelos inspectores os inquéritos e sindicâncias, bem como a instrução dos processos disciplinares, mandados instaurar superiormente;

g) submeter a apreciação superior os processos de inspecção acompanhados dos pareceres emitidos sobre cada um;

h) propor a realização de inquéritos ou sindicâncias, designadamente em resultado das visitas de inspecção;

i) fixar e prorrogar os prazos para a conclusão dos serviços e apresentação dos re-latórios;

j) propor o provimento dos lugares vagos no quadro da IGAT; l) tomar o compromisso de honra e conferir posse aos subinspectores–gerais,

director de Serviços de Estudos, inspectores e funcionários da Repartição Administrativa (RA);

m) executar e fazer executar as disposições legais relativas à organização e ao fun-cionamento da IGAT;

n) emitir as informações e pareceres que lhe forem solicitados pelo ministro da tu-tela;

o)exercer as funções que lhe sejam conferidas por lei e as que, devendo ser pros-seguidas pela IGAT, não pertençam a outros órgãos.

Artigo 6.º – Estrutura geral

1 – A IGAT compreende os seguintes serviços: a) Serviço de Inspecção às Autarquias (SIA); b) Serviço de Inspecção ao Ministério (SIM); c) Direcção de Serviços de Estudos (DSE).

2 – Directamente dependente do inspector–geral funciona a RA. Artigo 7.º – Constituição e direcção do Serviço de Inspecção às Autarquias

1 – O SIA é constituído pelos inspectores incumbidos da realização de serviço ins-pectivo junto das autarquias locais.

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2 – O SIA é dirigido por um subinspector–geral, que é coadjuvado por inspectores, rotativamente designados por despacho do inspector–geral, sob proposta daquele, por perí-odos de dois anos.

3 – Os inspectores referidos no número anterior, enquanto exercerem as funções ali aludidas, ficam dispensados da realização de inspecções, inquéritos e sindicâncias.

Artigo 8.º – Competência do Serviço de Inspecção às Autarquias

1 – Compete ao SIA: a) realizar as inspecções previstas no respectivo plano anual ou que sejam supe-

riormente determinadas; b) proceder a inquéritos e sindicâncias aos órgãos e serviços das autarquias locais

e suas associações e federações; c) prestar localmente aos funcionários e agentes os esclarecimentos necessários

para o suprimento das deficiências e irregularidades encontradas; d) propor e, se necessário, instruir processos disciplinares resultantes da sua acti-

vidade inspectiva, bem como instruir os que lhe forem superiormente determi-nados;

e) propor o modelo de questionário de inspecção às autarquias locais e as normas e procedimentos técnicos a adoptar na organização dos processos de inspecção, de inquérito e de sindicância.

2 – A competência referida nos números anteriores não inclui as competências espe-cíficas que a lei prevê para a Inspecção–Geral de Finanças (IGF). Artigo 9.º – Constituição e direcção do Serviço de Inspecção ao Ministério

1 – O SIM é constituído pelos inspectores incumbidos da realização de serviço ins-pectivo junto dos serviços do Ministério.

2 – O SIM é dirigido por um subinspector–geral, que é coadjuvado por inspectores, rotativamente designados por despacho do inspector–geral, sob proposta daquele, por pe-ríodos de dois anos.

3 – Os inspectores referidos no número anterior, enquanto exercerem as funções ali aludidas, ficam dispensados da realização de inspecções, inquéritos e sindicâncias. Artigo 10.º – Competência do Serviço de Inspecção ao Ministério

Compete ao SIM: a) realizar inspecções, inquéritos e sindicâncias aos serviços centrais e regionais

do Ministério, designadamente aos serviços administrativos, de contabilidade, orçamento e tesouraria neles instalados;

b) analisar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, das instruções superiores e dos programas aprovados por parte dos serviços;

c) efectuar, de forma sistemática, a auditoria das empresas públicas sob tutela do Ministro, emitindo parecer sobre a respectiva gestão económico–financeira;

d) apreciar e dar parecer sobre o grau de eficácia e aptidão dos serviços inspec-cionados e dos respectivos agentes;

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e) prestar localmente aos funcionários os esclarecimentos necessários para o su-primento das deficiências e irregularidades encontradas;

f) propor e, se necessário, instruir processos disciplinares resultantes da sua acti-vidade inspectiva, bem como instruir os que lhe forem superiormente determinados;

g) propor o modelo de questionário de inspecção a realizar aos serviços indicados na alínea a) e as normas e procedimentos técnicos a adoptar na organização dos processos de inspecção, de inquérito e de sindicância.

h) fiscalizar e acompanhar a utilização dos fundos oriundos das Comuni-dades Europeias no âmbito dos órgãos e serviços do Ministério ou sob tutela do Ministro. 255

Artigo 11.º – Constituição da Direcção de Serviços de Estudos

A DSE é constituída por técnicos superiores ou inspectores incumbidos da realização das funções de apoio, informações e estudo das acções que competem à IGAT. Artigo 12.º – Competência da Direcção de Serviços de Estudos

Compete à DSE: a) efectuar estudos sobre matérias compreendidas nas atribuições da IGAT; b) prestar apoio científico e técnico no domínio das acções a prosseguir pela

IGAT; c) emitir os pareceres que lhe forem superiormente solicitados; d) proceder à análise dos relatórios das inspecções, com vista à recolha e trata-

mento de dados com interesse para o apoio a prestar à actividade da IGAT; e) elaborar, sob proposta dos Serviços de Inspecção, o questionário a que alude o

n.º 3 do artigo 15.º e as normas e procedimentos técnicos a adoptar na organi-zação dos processos de inspecção, de inquérito e de sindicância, e manter regu-larmente a sua actualização;

f) promover a realização de seminários, colóquios, conferências, designadamente em colaboração com a DGAA;

g) promover, periodicamente, a realização de cursos de formação específica e de reciclagem e outras acções de idêntica natureza dos inspectores, técnicos supe-riores e pessoal administrativo da IGAT e dar idêntica colaboração à DGAA no âmbito das suas atribuições;

h) proceder à instalação, organização e manutenção da biblioteca e de um banco de dados e informações para apoio documental e técnico da actividade em geral da IGAT;

i) assegurar a publicação e difusão de estudos promovidos pela DSE sempre que de reconhecida qualidade;

j) seleccionar, classificar e arquivar notícias e comentários com interesse para a actividade da IGAT, bem como proceder à análise do respectivo conteúdo;

255 Aditado pelo artigo único do Decreto-Lei n.º 121-A/90, de 12 de Abril.

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278

l) assegurar as relações entre a IGAT e os meios de comunicação social, nos ter-mos e dentro dos limites estabelecidos no presente diploma e demais legislação aplicável.

Artigo 13.º – Direcção, constituição e competência da Repartição Administrativa

1 – A RA, que funciona na dependência directa do inspector–geral, é dirigida por um chefe de repartição coadjuvado por chefes de secção e compreende as seguin-tes secções: 256

a) Secção de Processos e Expediente Geral (SPEG);257 b) Secção de Pessoal, Contabilidade e Economato (SPCE).258

2 – À SPEG compete: 259 a) registar os documentos dirigidos à IGAT, as ordens de serviço, os parece-

res da DSE e os relatórios e despachos do inspector–geral e dos subinspec-tores–gerais; 260

b) escriturar o livro de registos de processos e registar os pareceres dos ins-pectores; 261

c) praticar todos os actos relativos à movimentação dos processos da compe-tência da IGAT; 262

d) manter um ficheiro actualizado de todos os processos; 263 e) assegurar a organização e manutenção do arquivo geral da Inspecção–

-Geral;264 f) assegurar a reprodução de documentos; 265 g) praticar outros actos de expediente, por determinação do inspector–

-geral.266

3 – À SPCE compete: 267

256 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “1 - A

RA, que funciona na dependência directa do inspector-geral, compreende uma secção de processos e é diri-gida por um chefe de repartição, coadjuvado pelo chefe de secção.”

257 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 258 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 259 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “2 -

Compete à RA:” 260 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “a)

Assegurar o funcionamento dos serviços administrativos e executar o expediente que não seja da competência da Secção de Processos;”

261 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “b) Registar os documentos dirigidos à IGAT, as ordens de serviço, os pareceres da DSE e os relatórios e despa-chos do inspector-geral e dos subinspectores-gerais;”

262 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “c) Promover e executar, em ligação com a Secretaria-Geral do Ministério, as acções relativas à administração do pessoal da IGAT;”

263 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “d) Proceder à organização do orçamento e da contabilidade e preparar o expediente a eles respeitante;”

264 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “e) Desempenhar quaisquer outras funções conferidas por lei ou por determinação do inspector-geral.”

265 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 266 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 267 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “3 -

Compete, em especial, à Secção de Processos:”

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a) promover e executar, em ligação com a Secretaria–Geral do Ministério, as acções relativas à gestão do pessoal da IGAT; 268

b) Manter devidamente organizado e actualizado o cadastro do pessoal; 269 c) proceder à elaboração e execução do orçamento e da contabilidade e pre-

parar todo o expediente a eles respeitantes; 270 d) assegurar a gestão dos bens afectos à IGAT, designadamente do material

de expediente, elaborando as propostas de aquisição, distribuindo o mate-rial pelos serviços e mantendo actualizado o inventário; 271

e) desempenhar quaisquer outras funções determinadas pelo inspector–geral.272

Artigo 14.º – Colaboração com a Inspecção–Geral de Finanças e a Alta Autoridade

contra a Corrupção (AACC)

1 – A actuação da IGAT deverá ser coordenada com a da IGF pelos respectivos ins-pectores–gerais, designadamente na elaboração dos planos anuais de actividade e na consti-tuição de equipas mistas de inspecção às autarquias locais.

2 – Sem prejuízo do cumprimento do seu plano anual de inspecções, deve a IGAT prestar ao serviço da AACC a colaboração e informações que lhe forem solicitadas, no do-mínio das suas atribuições. Artigo 15.º – Planos anuais e questionário

1 – As visitas de inspecção serão realizadas mediante planos anuais, elaborados pelo inspector–geral e aprovados pelo Ministro.

2 – Nos planos anuais de inspecções às autarquias locais deve prever–se a realização de, pelo menos, uma inspecção a cada município, no período normal de cada mandato.

3 – As visitas de inspecção deverão guiar–se por um questionário sistemático que abranja os aspectos essenciais da averiguação, o qual deve ser divulgado junto dos órgãos e serviços cuja actividade é objecto da acção inspectiva. Artigo 16.º – Competência do Ministro

Compete ao Ministro decidir os processos instaurados pela IGAT e ordenar as ins-pecções, as sindicâncias, os inquéritos e os processos disciplinares que hajam de ser instruí-dos por ela.

268 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “a)

Escriturar o livro de registos de processos e registar os pareceres dos inspectores;” 269 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “b)

Desempenhar todos os serviços relativos à movimentação dos processos da competência da IGAT;” 270 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “c)

Praticar outros actos de expediente por determinação do inspector-geral.” 271 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 272 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março.

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Artigo 17.º – Dever de cooperação

1 – Os titulares e agentes da Administração têm o dever de prestar todos os esclare-cimentos e informações que lhes sejam solicitados pela IGAT.

2 – As autoridades públicas, bem como os órgãos de qualquer autoridade pública, prestarão à IGAT toda a colaboração que por esta lhes for solicitada, designadamente pres-tando informações.

3 – A IGAT poderá solicitar a qualquer pessoa colectiva de direito privado ou cida-dão informações e ainda a este último depoimento, sempre que o repute necessário, para o apuramento dos factos da sua competência.

4 – A IGAT deve exercer a sua competência no rigoroso respeito dos direitos indivi-duais e dos interesses legítimos previstos na Constituição e na lei. Artigo 18.º – Requisição de testemunhas ou declarantes

1 – Os titulares dos órgãos autárquicos e os dirigentes dos serviços serão notificados pelo inspector responsável pelo processo de inquérito, de sindicância ou disciplinar para a prestação de declarações ou depoimentos que se julguem necessários.

2 – A comparência, para prestação de declarações ou depoimentos em processos de inquérito, de sindicância ou disciplinares, de funcionários ou agentes do Estado ou das au-tarquias locais, bem como de trabalhadores do sector público ou nacionalizado, deverá ser requisitada à entidade a cujo serviço se encontrem, a qual poderá recusar a respectiva satis-fação por uma só vez e por motivo inadiável.

3 – A notificação para comparência de quaisquer outras pessoas para os efeitos refe-ridos no número anterior, observadas as disposições aplicáveis no Código de Processo Pe-nal (CPP), poderá ser requisitada às autoridades policiais.

4 – As declarações e depoimentos a que aludem os números anteriores deverão ser colhidos no município da residência dos respectivos autores ou, quando conhecido, no do local de trabalho ou centro da actividade profissional do declarante ou depoente, podendo, para tanto, ser utilizada instalação apropriada, a ceder pelo respectivo governador civil, câmara municipal, junta de freguesia ou serviço local do Ministério.

5 – Todas as pessoas notificadas ou avisadas que não compareçam no dia, hora e local designados, nem justifiquem as faltas, serão punidas nos termos e pelas entidades referidas no CPP, sendo remetida ao magistrado do Ministério Público (MP) da comarca competente certidão para esse efeito, sem prejuízo do procedimento disciplinar a que haja lugar. Artigo 19.º – Duração e relatório dos serviços externos

1 – Os serviços externos deverão ser iniciados e concluídos dentro do prazo que, para cada caso, for superiormente fixado.

2 – No final de cada serviço será elaborado relatório dos trabalhos realizados e, quan-do se trate de visita de inspecção, deverá nele chamar–se a atenção para os aspectos que especialmente o justifiquem, e bem assim sugerir–se as providências que se entenda deve-rem ser adoptadas.

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3 – O relatório, com o respectivo processo, será entregue até quinze dias depois de terminado o serviço a que respeita, salvo se prazo diferente for fixado pelo inspector–geral. Artigo 20.º – Direitos e prerrogativas dos inspectores

1 – Os inspectores gozam dos seguintes direitos e prerrogativas: 273 a) utilizar nos locais de trabalho, por cedência das respectivas entidades inspec-

cionadas, instalações com as indispensáveis condições para o desempenho efi-caz das suas funções;

b) corresponder–se, quando em serviço fora da sede da IGAT, com todas as auto-ridades e, bem assim, com quaisquer pessoas singulares ou colectivas sobre as-suntos de serviço da sua competência;

c) ter acesso e livre trânsito em todos os serviços e instalações inspeccionados, sempre que necessário ao desempenho das suas funções;

d) examinar livros, documentos e arquivos dos serviços inspeccionados; e) obter, para auxílio nas acções em curso nos mesmos serviços, a cedência de

material e equipamento próprio, bem como a colaboração de funcionários ou agentes do respectivo quadro de pessoal que se mostrem indispensáveis, desig-nadamente para o efeito de se executarem ou complementarem serviços em atraso de execução, cuja falta impossibilite ou dificulte aquelas acções;

f) participar ao MP, para efeitos do disposto no n.º 2, a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados nas condições das alíneas b) e d), bem como a falta injustificada da colaboração pedida ao abrigo das alí-neas a), c) e e); 274

g) requisitar às autoridades policiais a colaboração que se mostre necessária ao exercício das suas funções, designadamente nos casos de resistência a esse exercício por parte dos destinatários;

h) proceder à selagem de quaisquer instalações e à selagem ou arrombamento de dependências, cofres ou móveis, bem como à apreensão, requisição ou repro-dução de documentos em poder dos serviços das autarquias inspeccionadas, de autarcas, de funcionários ou agentes do Estado ou das autarquias locais, quan-do isso se mostre indispensável ao êxito da acção, para o que será levantado o competente auto, dispensável no caso de simples reprodução de documentos;

i) estabelecer, mediante despacho do inspector–geral, a sua residência habitual em localidade diferente da sede da IGAT, a fim de exercer acção inspectiva preferencialmente na área do respectivo distrito.

2 – Quem, por qualquer forma, dificultar ou se opuser ao desempenho das fun-ções dos inspectores da IGAT incorre na prática do crime previsto no artigo 388.º do Código Penal, além da responsabilidade civil e disciplinar a que haja lugar. 275

273 Numeração introduzida pelo artigo 1.º do Decreto-Lei nº 99/89, de 29 de Março. 274 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “f)

Participar ao MP a recusa de quaisquer informações ou elementos solicitados nas condições das alíneas b) e d), bem como a falta injustificada da colaboração solicitada ao abrigo das alíneas a), c) e e);”.

275 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março.

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Artigo 21.º – Deveres específicos dos inspectores

Além da sua sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício da função pública, os inspectores da IGAT devem:

a) desempenhar com o maior escrúpulo, correcção e diligência os serviços de que estiverem encarregados;

b) guardar sigilo em todos os assuntos que se relacionem com o serviço. Artigo 22.º – Impedimentos

É vedado aos inspectores da IGAT: a) executar inspecções, efectuar inquéritos, sindicâncias ou instruir processos dis-

ciplinares em serviços onde prestem actividades parentes seus ou afins em qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral;

b) executar inspecções e efectuar inquéritos e sindicâncias a serviços onde tenham exercido funções nos cinco anos seguintes à cessação das mesmas.

Artigo 23.º – Gratificação

O inspector–geral, os subinspectores–gerais, o director de serviços e os inspectores têm direito a uma gratificação mensal, de importância equivalente a 20% do respectivo vencimento e diuturnidades. Artigo 24.º – Abonos e ajudas de custo

1 – O pessoal de inspecção, sempre que, por motivos de serviço, se desloque da sua residência oficial, tem direito a ajudas de custo e à utilização de transportes públicos em 1.ª classe, podendo ainda fazer uso de automóvel da sua propriedade, tudo nas condições esta-belecidas na lei geral aplicável.

2 – Nos casos em que não consiga obter alojamento condigno na localidade onde deva prestar serviço, poderá o pessoal de inspecção escolhê–lo em localidade vizinha, dan-do do facto conhecimento e justificação ao inspector–geral.

3 – É proibido ao pessoal de inspecção aceitar hospedagem de titulares dos órgãos, funcionários e agentes das autarquias locais quando estes forem objecto de inspecção, in-quérito, sindicância ou simples averiguação.

4 – Tendo em conta a natureza específica das suas funções, quando numa localidade se encontrem deslocados funcionários de categorias diferentes, serão a todos abonadas aju-das de custo do quantitativo que competir ao inspector de maior categoria. Artigo 25.º – Interrupção de licença para férias de funcionários e agentes dos ser-

viços visitados

Os funcionários de inspecção, quando assim o exigirem as necessidades dos trabalhos que estejam a executar, podem determinar a interrupção, pelo menor período de tempo pos-sível, do gozo da licença para férias de qualquer funcionário dos serviços visitados cuja imediata presença se torne imprescindível.

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283

Artigo 26.º – Carreira técnica superior de inspecção administrativa 276

1 – A carreira técnica superior de inspecção administrativa desenvolve–se pelas categorias de inspector administrativo assessor principal, inspector administrativo assessor, inspector administrativo principal, inspector administrativo de 1.ª classe e inspector administrativo de 2.ª classe. 277

2 – Os lugares de inspector administrativo assessor principal são providos de entre inspectores administrativos assessores com, pelo menos, três anos na respectiva catego-ria, classificados de Muito bom, ou cinco anos, classificados, no mínimo, de Bom. 278

3 – Os lugares de inspector administrativo assessor são providos de entre inspec-tores administrativos principais com, pelo menos, três anos na respectiva categoria, classificados de Muito bom, ou cinco anos, classificados, no mínimo, de Bom, mediante concurso de provas públicas, que consistirá na apreciação e discussão do currículo profissional do candidato. 279

4 – Os lugares de inspector administrativo principal são providos de entre ins-pectores administrativos de 1.ª classe com, pelo menos, três anos na respectiva catego-ria, classificados de Bom. 280

5 – Os lugares de inspector administrativo de 1.ª classe são providos de entre inspectores administrativos de 2.ª classe com, pelo menos, três anos na respectiva categoria, classificados de Bom. 281

6 – Os lugares de inspector administrativo de 2.ª classe são providos de entre licen-ciados em Direito, Economia, Finanças, Engenharia Civil, Arquitectura ou Gestão de Empresas, aprovados em estágio, com classificação não inferior a Bom (14 valores).282

276 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “Artigo

26.º - Carreira de inspecção administrativa.” 277 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “1 - Os

lugares de inspector superior administrativo são providos, mediante provas de avaliação curricular, que in-cluirão a discussão de trabalhos apresentados para o efeito, de entre:

a) Inspectores administrativos-coordenadores com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria;

b) Assessores com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria.” 278 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “2 - Os

lugares de inspector administrativo-coordenador são providos, mediante concurso documental, de entre: a) Inspectores administrativos principais com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; b) Técnicos superiores principais com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; c) Assessores autárquicos de assembleias distritais com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na

categoria.” 279 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “3 - Os

lugares de inspector administrativo principal serão providos, mediante concurso documental, de entre: a) Inspectores administrativos com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria; b) Técnicos superiores de 1.ª classe com um mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria.”

280 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “4 - Os lugares de inspector administrativo serão providos, mediante concurso documental, de entre técnicos supe-riores de 2.ª classe, licenciados em Direito, Economia, Finanças, Engenharia ou Gestão de Empresas.”

281 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “5 - O provimento dos lugares a que se referem os números anteriores por não licenciados não pode exceder um quarto dos lugares dotados da respectiva categoria.”

282 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “6 - O tempo de serviço para acesso nas diversas categorias da carreira de inspecção pode ser reduzido de um ano, nos termos da lei geral.”

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7 – O provimento dos lugares a que se referem os n.os 2 a 5 deste artigo por não licenciados não pode exceder um quarto dos lugares dotados da respectiva categoria.283

8 – Os candidatos a inspector administrativo assessor podem apresentar um tra-balho que verse tema actual e concreto de interesse para a IGAT, directamente rela-cionado com o conteúdo funcional dos respectivos cargos, cabendo ao júri, com base nesse trabalho, avaliar a capacidade de análise e concepção do candidato.284

9 – O trabalho, quando apresentado, será devidamente valorizado, para efeitos de classificação final, devendo a Direcção–Geral de Serviços de Estudos da IGAT assegurar a sua posterior divulgação.285

10 – O regime de estágio para ingresso na carreira técnica superior de inspecção obedecerá às regras estabelecidas no artigo 5.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as devidas adaptações.286

Artigo 26.º - A – Classificação anual de serviço 287

1 – Os funcionários da carreira técnica superior de inspecção da IGAT serão ob-jecto de classificação anual de serviço, a qual traduzirá a apreciação e avaliação do respectivo mérito, nos termos que vierem a ser definidos por portaria conjunta do Ministro do Planeamento e da Administração do Território e do membro do Governo que tiver a seu cargo a função pública.

2 – Enquanto não for publicada a portaria referida no número anterior, a classi-ficação de serviço será atribuída pelo inspector–geral.

Artigo 27.º – Quadro e dotação de pessoal 288

1 – A IGAT tem o pessoal de direcção e chefia e técnico superior de inspecção constante do quadro I anexo. 289

2 – O pessoal técnico superior, de informática, técnico profissional, administra-tivo e auxiliar tem a dotação que lhe vier a ser atribuída no âmbito do quadro único do Ministério. 290

3 – A distribuição do pessoal pelos diversos serviços da IGAT será feita por des-pacho do inspector–geral, tendo em conta a respectiva experiência profissional e as funções a exercer. 291

283 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 284 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 285 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 286 Aditado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 287 Aditado pelo artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 288 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “Artigo

27.º - Dotação de pessoal”. 289 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “1 - A

IGAT tem o pessoal constante da dotação que lhe vier a ser atribuída no âmbito do quadro único do Ministério.” 290 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “2 - Até

à definição do disposto no número anterior fica afecto à IGAT o pessoal que se encontra em funções na extin-ta Inspecção-Geral da Administração Interna.”

291 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “3 - A distribuição do pessoal pelos diversos serviços da IGAT será feita por despacho do inspector-geral, tendo em conta a respectiva experiência profissional e as funções a exercer.”

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Artigo 28.º – Pessoal dirigente e de chefia – Provimento

1 – Os lugares de inspector–geral, subinspector–geral e director de serviços são pre-enchidos de acordo com as disposições da lei geral.

2 – Os cargos de inspector–geral e subinspector–geral podem ser providos por magistrado judicial ou do Ministério Público.292

3 – No caso previsto no número anterior, a nomeação será obrigatoriamente precedida de autorização, a obter nos termos das respectivas leis estatutárias, conside-rando–se o serviço prestado nos cargos de inspector–geral e de subinspector–geral como se o tivesse sido nas categorias e funções dos quadros de origem, não determi-nando esta comissão de serviço a abertura de vaga no lugar de origem ou naquele para que, entretanto, o titular tenha sido nomeado.293

4 – Aos magistrados judiciais e do MP bem como aos funcionários já vinculados à função pública providos nos lugares de inspector–geral, subinspector–geral e director de serviços é–lhes reservada a faculdade de optarem pela remuneração integral e regalias aufe-ridas no quadro de origem, acrescidas sempre da gratificação aludida no artigo 23.º

5 – O lugar de chefe de repartição será provido, mediante concurso, de entre:294 a) Chefes de secção com, pelo menos, três anos de serviço na categoria, classi-

ficados de Muito bom;295

b) Indivíduos possuidores de curso superior e adequada experiência profis-sional não inferior a três anos.296

6 – Os lugares de chefe de secção são providos nos termos da lei geral. 7 – Os lugares de chefe de repartição e de chefe de secção podem ainda ser providos

por secretários judiciais ou escrivães de direito, a requisitar aos serviços competentes nos termos das respectivas leis estatutárias, considerando–se o serviço por eles prestado na IGAT como se o tivesse sido nas categorias e funções dos quadros de origem.

8 – No caso previsto no número anterior é reservado aos secretários judiciais e escrivães de direito a faculdade de opção pelas remunerações previstas no n.º 5 do artigo 63.º do Decreto–Lei n.º 376/87, de 11 de Dezembro, e demais regalias auferidas no quadro de origem. 297

292 Alterado pelo artigo único do Decreto-Lei n.º 242/93, de 8 de Julho. A versão originária era a seguinte: “2 -

Os cargos de inspector-geral e de subinspector-geral podem ser providos por magistrado judicial ou do MP, não podendo no primeiro caso recair em categoria inferior à de juiz desembargador ou de procurador-geral-adjunto que, de preferência, tenha exercido funções de inspecção nos serviços judiciários.”

293 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “3 - No caso previsto no número anterior, a nomeação será obrigatoriamente precedida de autorização, a obter nos termos das respectivas leis estatutárias, considerando-se o serviço prestado nos cargos de inspector-geral e de subinspector-geral como se o tivesse sido nas categorias e funções dos quadros de origem.”

294 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “5 - Os lugares de chefe de repartição são providos de entre:”

295 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “a) Chefe de secção com o mínimo de 3 anos de bom e efectivo serviço na categoria;”

296 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “b) Indivíduos possuidores de curso superior e experiência adequada.”

297 Alterado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. A versão originária era a seguinte: “8 - No caso previsto no número anterior é reservado aos secretários judiciais e escrivães de direito a faculdade de opção pela remuneração integral e regalias auferidas no quadro de origem.”

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286

Artigo 29.º – Protecção criminal

O inspector–geral, os subinspectores–gerais, o director de Serviços de Estudos e os inspectores da IGAT são considerados como autoridade pública para efeitos criminais. Artigo 30.º – Identificação e livre trânsito

1 – O inspector–geral, os subinspectores–gerais, o director de Serviços de Estudos e os inspectores têm direito a cartão de identidade especial, do modelo n.º 1 anexo ao presen-te diploma, passado pela Secretaria–Geral do MPAT, sendo assinado pelo ministro da tutela o do inspector–geral, subinspectores–gerais e director de Serviços de Estudos e pelo inspec-tor–geral o dos inspectores.

2 – O cartão a que se refere o número anterior é simultaneamente de livre trânsito e de acesso a todos os locais de funcionamento dos serviços, órgãos e instituições referidos no n.º 1 do artigo 2.º

3 – O restante pessoal da IGAT usará, para sua identificação, um cartão modelo n.º 2 anexo ao presente diploma, passado pela Secretaria–Geral do MPAT e assinado pelo ins-pector–geral.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 11 de Dezembro de 1986. – Aníbal

António Cavaco Silva – Miguel José Ribeiro Cadilhe – Luís Francisco Valente de Oliveira. Promulgado em 15 de Janeiro de 1987.

Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 21 de Janeiro de 1987. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

ANEXO I 298 Quadro de pessoal dirigente e de chefia a que se refere o artigo 28.º

298 Vide, anexos I e II do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março.

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ANEXO II 299 Reverso do cartão modelo n.º 1

O titular deste cartão tem direito a livre trânsito e acesso a todos os locais de funcio-

namento dos serviços e órgãos das autarquias locais do continente, ou delas dependentes, e dos serviços e órgãos dos serviços centrais e desconcentrados do Ministério do Plano e da Administração do Território, ou sob a sua tutela, e direito à cooperação das autoridades públicas no exercício das suas funções (artigos 17.º e 30.º do Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro).

Reverso do cartão modelo n.º 2 O titular deste cartão tem direito à cooperação das autoridades públicas no exercício

das suas funções.

Decreto–Lei n.º 99/89, de 29 de Março (Altera a Lei Orgânica)

Pelo regime do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, procedeu–se à revisão das

carreiras técnica superior e técnica, em ordem a torná–las mais atractivas e a propiciar con-dições para reduzir situações de acumulação.

No n.º 4 do artigo 2.º do referido diploma estabelece–se que a estrutura constante dos mapas que lhe estão anexos é aplicável, mediante decreto–lei e com as necessárias adapta-ções, às carreiras de inspecção que se integrem nos grupos de pessoal técnico superior e técnico.

Dado que a carreira de inspecção da Inspecção–Geral da Administração do Território tem a natureza de carreira técnica superior, como decorre do quadro aprovado pela Portaria n.º 351/87, de 29 de Abril, introduzem–se agora no Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Feverei-ro, as necessárias alterações, sem deixar de ter em atenção que se trata de uma carreira com especificidade de funções.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

Artigo 1.º 300

Artigo 2.º 301

299 Vide, anexo III do Decreto-Lei n.º 99/89, de 29 de Março. 300 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 301 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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288

Artigo 3.º

Os anexos I e II do Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, são substituídos pelos anexos I, II e III deste diploma, que dele fazem parte integrante. Artigo 4.º

1 – A transição do actual pessoal técnico superior de inspecção da IGAT para as novas categorias opera–se de acordo com o quadro II anexo e, em relação aos inspectores superiores administrativos também de harmonia com o n.º 2 do artigo 8.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, e seu mapa III.

2 – A transição a que se refere o número anterior está apenas sujeita a anotação da nova situação pelo Tribunal de Contas e a publicação no Diário da República, não depen-dendo de quaisquer outros requisitos.

3 – Releva para todos os efeitos legais, com excepção dos remuneratórios, o tempo de serviço anteriormente prestado nas categorias revalorizadas ou reclassificadas pelo presente diploma. Artigo 5.º

Este diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, produzindo efeitos, no que se refere às reclassificações e revalorizações nele estabelecidas, desde 1 de Janeiro de 1988, nos termos do artigo 15.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 de Fevereiro de 1989. – Aníbal An-tónio Cavaco Silva – Miguel José Ribeiro Cadilhe – Luís Francisco Valente de Oliveira.

Promulgado em 11 de Março de 1989. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 16 de Março de 1989. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

ANEXO I Quadro de pessoal a que se refere o n.º 1 do artigo 27.º do Decreto–Lei n.º 64/87

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ANEXO II Quadro o a que se refere o n.º 1 do artigo 4.º

ANEXO III Reverso do cartão modelo n.º 1

O titular deste cartão tem direito a livre trânsito e acesso a todos os locais de funcio-namento dos serviços e órgãos das autarquias locais do continente, ou delas dependentes, e dos serviços e órgãos dos serviços centrais e desconcentrados do Ministério do Planeamen-to e da Administração do Território, ou sob sua tutela, e direito à cooperação das autorida-des públicas no exercício das suas funções (artigos 17.º e 30.º do Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro).

Reverso do cartão modelo n.º 2

O titular deste cartão tem direito à cooperação das autoridades públicas no exercício das suas funções.

Decreto–Lei n.º 121–A/90, de 12 de Abril (Altera a Lei Orgânica)

A reforma dos fundos estruturais comunitários, ao consubstanciar, por um lado, a

duplicação dos fluxos financeiros provenientes da Comunidade Económica Europeia e, por outro, novas formas de intervenção de gestão, exige maior responsabilização e articulação entre as várias entidades envolvidas.

A aplicação de fundos comunitários no âmbito do Ministério do Planeamento e da Administração do Território aconselha o seu acompanhamento com vista a uma adequada utilização.

Deste modo, torna–se indispensável adaptar a lei orgânica da Inspecção–Geral da Administração do Território, aprovada pelo Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, a fim de lhe cometer as atribuições e competências necessárias àquela finalidade.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

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Artigo único 302

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Março de 1990. – Aníbal António Cavaco Silva – Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza – Luís Francisco Valente de Oliveira.

Promulgado em 2 de Abril de 1990. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 5 de Abril de 1990. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

Decreto–Lei n.º 242/93, de 8 de Julho (Altera a Lei Orgânica)

A Lei Orgânica do Ministério do Planeamento e da Administração do Território (MPAT), aprovada pelo Decreto–Lei n.º 130/86, de 7 de Junho, criou a Inspecção–Geral da Administração do Território (IGAT), serviço que se rege pelo Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 99/89, de 29 de Março, e pelo Decreto–Lei n.º 121–A/90, de 12 de Abril.

Sendo a IGAT, nos termos do artigo 1.º do respectivo diploma orgânico, «o organis-mo de exercício da tutela inspectiva do Governo sobre as autarquias locais e de fiscalização superior do Ministério», devem os seus cargos de direcção – inspector–geral e subinspec-tor–geral– poder ser providos por quem, para além dos demais requisitos exigidos por lei, ofereça as necessárias garantias de idoneidade e de experiência que, aliás, o Estatuto do Pessoal Dirigente da Função Pública, estabelecido pelo Decreto–Lei n.º 323/89, de 26 de Setembro, pressupõe.

Neste sentido, não se justifica a restrição contida no n.º 2 do artigo 28.º do Decreto–Lei n.º 64/87, de 6 de Fevereiro, diploma que aprovou a Lei Orgânica da Inspecção–Geral da Administração do Território.

Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte:

Artigo único 303

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 3 de Junho de 1993. – Aníbal António Cavaco Silva – Jorge Braga de Macedo – Isabel Maria de Lucena Vasconcelos Cruz de Almeida Mota – Álvaro José Brilhante Laborinho Lúcio.

Promulgado em 21 de Junho de 1993. Publique–se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES.

Referendado em 23 de Junho de 1993. O Primeiro–Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

302 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados. 303 As alterações foram introduzidas nos locais apropriados.

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INSPECÇÃO–GERAL DAS ACTIVIDADES CULTURAIS

Decreto–Lei n.º 80/97, de 8 de Abril (Lei Orgânica)

Remonta a 1836, ano em que, por proposta de Almeida Garrett, D. Maria II criou a

Inspecção–Geral dos Teatros, a origem de funções de inspecção na área dos espectáculos. Tais funções encontram–se actualmente cometidas à Direcção–Geral dos Espectácu-

los, a qual, com a reforma recentemente operada pelo Decreto–Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro, deixou, no âmbito do licenciamento de recintos, de ter actuação na área dos divertimentos públicos e espectáculos desportivos, restringindo a sua actividade aos espec-táculos de natureza artística.

Tem também incumbido à Direcção–Geral dos Espectáculos assegurar o cumprimen-to da legislação sobre direitos de autor e direitos conexos.

Criado que foi o Ministério da Cultura pela Lei Orgânica do XIII Governo Constitu-cional, aprovada pelo Decreto–Lei n.º 296–A/95, de 17 de Novembro, pretende agora o Governo alargar as atribuições de fiscalização e controlo do serviço referido a todas as áreas de actividade cultural, dotando o Ministério de um serviço de inspecção geral, a exemplo do que vem acontecendo noutros ministérios.

É o que se pretende com o actual diploma. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.º – Natureza

A Inspecção–Geral das Actividades Culturais, adiante abreviadamente designada por IGAC, é um serviço dotado de autonomia administrativa, na dependência do Ministro da Cultura, com o objectivo de assegurar o exercício da tutela fiscalizadora do Governo sobre os espectáculos de natureza artística e os direitos de autor e conexos, e de inspecção supe-rior e auditoria junto dos órgãos, serviços e demais instituições, dependentes ou tuteladas pelo Ministro da Cultura. Artigo 2.º – Atribuições

1 – São atribuições da IGAC: a) assegurar o cumprimento da legislação da área da cultura, nomeadamente atra-

vés da divulgação de normas e da realização de acções de verificação e de ins-pecção;

b) verificar o cumprimento das normas reguladoras do funcionamento dos servi-ços e organismos do Ministério da Cultura, bem como assegurar auditorias de gestão;

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c) assegurar o cumprimento da legislação sobre espectáculos e licenciamento de recintos que tenham por finalidade principal a actividade artística, nomeada-mente através da divulgação de normas e da realização de acções de verifica-ção e de inspecção;

d) superintender no exercício das actividades de importação, fabrico, produção, edição, distribuição e exportação de fonogramas, bem como de edição, repro-dução, distribuição, venda, aluguer ou troca de videogramas;

e) assegurar o cumprimento da legislação sobre direitos de autor e direitos cone-xos;

f) efectuar inquéritos, sindicâncias e peritagens determinadas pelo Ministro da Cultura, necessários à prossecução das suas competências;

g) assegurar, procedimental e processualmente, o desenvolvimento das competên-cias que lhe estão cometidas no âmbito contravencional e contra–ordenacional, no domínio das respectivas atribuições;

h) instaurar processos de averiguações e disciplinares; i) levantar autos de notícia, adoptar as medidas cautelares e de polícia necessárias

à investigação e coadjuvar as autoridades judiciárias relativamente a crimes contra os direitos de autor e direitos conexos;

j) exercer outras competências previstas na lei ou superiormente ordenadas, no domínio das respectivas atribuições.

2 – A IGAC exerce, igualmente, as competências previstas nos artigos 21.º, 24.º, 25.º e 37.º do Decreto–Lei n.º 350/93, de 7 de Outubro, bem como a instrução dos processos de contra–ordenação relativos às respectivas infracções, sendo competente para a aplicação de coimas o inspector–geral. CAPÍTULO II – ÓRGÃOS E SERVIÇOS

Artigo 3.º – Órgãos

A IGAC compreende os seguintes órgãos: a) Inspector–geral; b) Conselho administrativo; c) Conselho de inspecção.

Artigo 4.º – Inspector–geral

1 – Compete ao inspector–geral: a) exercer os poderes de direcção, orientação e disciplina em relação aos serviços

e funcionários da IGAC; b) assegurar a coordenação, organização e direcção eficazes dos recursos afectos

à IGAC, na prossecução das respectivas atribuições; c) assegurar a representação da IGAC em juízo e fora dele, nomeadamente em

comissões, grupos de trabalho ou outras actividades de organismos nacionais e internacionais, neste último caso em articulação com o Gabinete das Relações Internacionais e com o Gabinete do Direito de Autor em matérias da esfera de actuação destes;

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293

d) determinar a instauração de processos de averiguações; e) aplicar as multas, coimas e demais sanções previstas na lei; f) exercer as demais competências nele delegadas ou subdelegadas pelo Ministro

da Cultura. 2 – O inspector–geral é coadjuvado por dois sub–inspectores–gerais, sendo equipara-

dos, para todos os efeitos, respectivamente a director–geral e subdirectores–gerais. 3 – O inspector–geral designa o subinspector–geral que o substitui nas suas faltas e

impedimentos.

Artigo 5.º – Conselho administrativo

1 – Ao conselho administrativo compete: a) orientar a preparação do projecto de orçamento da IGAC e fiscalizar a sua exe-

cução; b) promover e fiscalizar a cobrança das receitas e a realização das despesas; c) organizar a contabilidade e fiscalizar a sua escrituração; d) elaborar e apresentar os relatórios e contas anuais e submetê–los ao Tribunal de

Contas; e) promover a verificação regular dos fundos em cofre e em depósito e fiscalizar a

respectiva escrituração contabilística; f) deliberar sobre o montante dos fundos permanentes; g) assegurar procedimentalmente a administração financeira da IGAC.

2 – O conselho administrativo tem a seguinte composição: a) Inspector–geral, que preside; b) Subinspectores–gerais; c) Director do Departamento de Auditoria e Contencioso; d) Chefe da Repartição Administrativa, que secretaria.

3 – O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordina-riamente sempre que convocado pelo seu presidente, por sua iniciativa ou a pedido de qual-quer dos seus membros.

4 – As deliberações do conselho administrativo são tomadas por maioria de votos dos membros presentes, tendo o presidente voto de qualidade.

5 – De cada reunião é lavrada acta, assinada pelos membros presentes.

Artigo 6.º – Conselho de inspecção

1 – O conselho de inspecção é um órgão consultivo do inspector–geral ao qual com-pete pronunciar–se sobre a orientação da actividade inspectiva da IGAC.

2 – O conselho de inspecção tem a seguinte composição: a) Inspector–geral, que preside; b) Director do Departamento de Auditoria e Contencioso; c) Director de Serviços de Inspecção; d) Chefe da Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor; e) Chefe da Divisão de Inspecção de Gestão; f) Chefe de Divisão do Serviço Regional do Porto; g) Chefe da Divisão de Estudos, Planeamento e Informação.

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3 – O conselho de inspecção reúne–se ordinariamente uma vez por ano e extraordina-riamente sempre que convocado pelo inspector–geral.

Artigo 7.º – Serviços

Para a prossecução das suas atribuições a IGAC compreende os seguintes serviços: a) Departamento de Auditoria e Contencioso; b) Direcção de Serviços de Inspecção; c) Direcção de Serviços de Licenciamento; d) Divisão de Estudos, Planeamento e Informação; e) Serviço Regional do Porto; f) Repartição Administrativa; g) Delegações municipais.

Artigo 8.º – Departamento de Auditoria e Contencioso

1 – Ao Departamento de Auditoria e Contencioso compete: a) proceder ao acompanhamento, avaliação e controlo da actividade desenvolvida

pelos serviços da IGAC, visando garantir a sua economia, eficácia e legalidade; b) coordenar a utilização dos meios informáticos necessários à actividade externa

e interna da IGAC; c) apoiar juridicamente e assegurar a conformidade legal e técnica da actividade

inspectiva e licenciadora desenvolvida pela IGAC; d) informar e processar todos os assuntos jurídicos que lhe sejam submetidos; e) instruir processos de inquérito e disciplinares que decorram das acções de natu-

reza inspectiva desenvolvidas pelos serviços ou que lhe sejam determinadas superiormente;

f) instaurar ou instruir processos de transgressão e contra–ordenação que decor-ram do quadro legal relativo a actividades desenvolvidas ou tuteladas pela IGAC.

2 – O Departamento de Auditoria e Contencioso é chefiado por um director, equipa-rado, para todos os efeitos legais, a director de serviços. Artigo 9.º – Direcção de Serviços de Inspecção

À Direcção de Serviços de Inspecção compete dirigir e coordenar a actividade da Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor, da Divisão de Inspecção de Ges-tão e do Serviço Regional do Porto, na área de inspecção. Artigo 10.º – Divisão de Inspecção de Espectáculos e Direito de Autor

À Direcção de Serviços de Inspecção, através da Divisão de Inspecção de Espectácu-los e Direito de Autor, compete:

a) assegurar o cumprimento da legislação sobre os espectáculos de natureza artís-tica, nomeadamente através de acções de carácter fiscalizador e informativo;

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b) assegurar o cumprimento da legislação referente a direitos de autor e conexos, designadamente no combate à fraude em matéria fonográfica e videográfica, através de acções de carácter fiscalizador e informativo;

c) efectuar exames periciais nas áreas de direitos de autor e conexos; d) proceder ao controlo das quantidades de fonogramas e videogramas fabricados

e duplicados em Portugal e da sua relação com as importações, fabrico e venda de suportes materiais a eles destinados;

e) proceder à fiscalização de entidades que se dedicam ao fabrico, duplicação e distribuição de videogramas e fonogramas, assim como das que importam ou fabricam suportes materiais a eles destinados e das que procedem à impressão de capas para videogramas e fonogramas;

f) assegurar a troca de experiências e de informação com todas as autoridades com competência fiscalizadora na área dos espectáculos e dos direitos de autor e conexos, nomeadamente a Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segu-rança Pública e serviços fiscalizadores das autarquias locais, tendo em vista uma actuação coordenada no sector;

g) efectuar estudos e elaborar relatórios que visem o aperfeiçoamento constante do sistema de inspecção e de controlo das áreas dos espectáculos e dos direitos de autor e conexos.

Artigo 11.º – Divisão de Inspecção de Gestão

1 – À Direcção de Serviços de Inspecção, através da Divisão de Inspecção de Gestão, compete:

a) proceder, por determinação superior ou nos termos do n.º 4 do presente artigo, a inspecções respeitantes à gestão e à situação económico–financeira de quais-quer serviços ou organismos na dependência ou sob a tutela do Ministro da Cultura ou cujas receitas anuais estejam inscritas no orçamento do Ministério da Cultura em mais de 50%;

b) efectuar auditorias de gestão dos organismos ou serviços referidos na alínea a), emitindo parecer nomeadamente sobre os documentos de prestação de contas, nos casos legalmente previstos ou determinados superiormente;

c) realizar, mediante despacho do Ministro da Cultura, quaisquer outros trabalhos inspectivos na aplicação de subsídios atribuídos pelo Ministério da Cultura em empresas, associações ou fundações;

d) propor superiormente as medidas correctivas decorrentes da sua actividade. 2 – As inspecções têm por objectivo fiscalizar os aspectos essenciais relativos à lega-

lidade, regularidade e qualidade do funcionamento das instituições e serviços referidos na alínea a) do n.º 1.

3 – As auditorias de gestão têm como objectivo avaliar a boa gestão das instituições e serviços em termos de economia, eficiência e eficácia, designadamente através do controlo financeiro e orçamental e do acompanhamento da execução de projectos ou acções.

4 – As inspecções referidas na alínea a) do n.º 1 terão carácter regular, de forma que todos os serviços ou organismos sob a dependência ou tutela do Ministro da Cultura sejam objecto de actividades inspectivas ao menos uma vez em cada triénio.

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Artigo 12.º – Direcção de Serviços de Licenciamento

À Direcção de Serviços de Licenciamento compete dirigir e coordenar a actividade da Divisão de Recintos de Espectáculos e da Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais.

Artigo 13.º – Divisão de Recintos de Espectáculos

À Direcção de Serviços de Licenciamento, através da Divisão de Recintos de Espec-táculos, compete:

a) emitir parecer, nos termos da lei, sobre a conformidade dos projectos de cons-trução, reconstrução, adaptação e alteração de recintos de espectáculos de natu-reza artística;

b) verificar o cumprimento das disposições que se referem à manutenção das con-dições técnicas e de segurança dos recintos de espectáculos de natureza artísti-ca, através da realização de vistorias técnicas e da emissão das respectivas li-cenças;

c) coordenar e definir normas orientadoras relacionadas com os processos de li-cenciamento de recintos de espectáculos de natureza artística;

d) apoiar tecnicamente, sempre que necessário, as delegações regionais da cultura e as autarquias locais, nos casos previstos na lei;

e) estudar e emitir parecer sobre os processos respeitantes à afectação a fins dife-rentes da exploração teatral ou cinematográfica de recintos licenciados como teatros, cineteatros e cinemas.

Artigo 14.º – Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais

À Direcção de Serviços de Licenciamento, através da Divisão de Registo e Controlo de Actividades Culturais, compete:

a) proceder ao registo do direito de autor e das entidades de gestão colectiva de direitos de autor e conexos;

b) organizar e preparar para classificação os processos relativos a filmes, video-gramas e peças teatrais;

c) organizar e preparar, para autenticação, os processos relativos a fonogramas produzidos e duplicados em Portugal;

d) emitir parecer sobre a titularidade dos direitos de exploração de videogramas e fonogramas a distribuir em Portugal;

e) prestar apoio técnico e administrativo à Comissão de Classificação de Espectá-culos em todas as áreas da sua competência;

f) emitir certificados e divulgar as classificações e autenticações referidas, respec-tivamente, nas alíneas a), b) e c) do presente artigo;

g) emitir certificados de classificação dos videogramas que sejam reprodução de obra cinematográfica já classificada pela União Europeia.

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Artigo 15.º – Divisão de Estudos, Planeamento e Informação

A Divisão de Estudos, Planeamento e Informação depende directamente do inspec-tor–geral, competindo–lhe:

a) efectuar estudos e elaborar material informativo sobre matérias da competência da IGAC, nomeadamente os destinados a apoiar as acções de licenciamento e fiscalização;

b) recolher, receber e tratar as informações relativas às actividades culturais dos serviços e organismos do Ministério da Cultura e das entidades tuteladas e sub-sidiadas pelo mesmo;

c) coordenar a elaboração dos planos anual e plurianual de actividades da IGAC; d) proceder ao acompanhamento, avaliação e controlo material e financeiro do

plano e elaborar os respectivos relatórios de execução; e) promover, em colaboração com o serviço competente da Secretaria–Geral do

Ministério da Cultura, a realização de acções de formação e aperfeiçoamento profissional do pessoal;

f) proceder à criação, manutenção e actualização de uma base de dados relativa a recintos e espectáculos de natureza artística, bem como de promotores de espectáculos e dos editores e distribuidores de filmes, videogramas e fonogra-mas.

Artigo 16.º – Serviço Regional do Porto

1 – Ao Serviço Regional do Porto compete exercer as funções de delegado municipal na área do município do Porto e funções inspectivas nas áreas geográficas que lhe forem fixadas pelo inspector–geral.

2 – O Serviço Regional do Porto é dirigido por um chefe de divisão. Artigo 17.º – Repartição Administrativa

1 – À Repartição Administrativa compete assegurar os serviços de atendimento e expediente, administração de pessoal, financeira e patrimonial e de arquivo da IGAC.

2 – A Repartição Administrativa integra as seguintes secções: a) Secção de Atendimento de Público e Assuntos Gerais; b) Secção de Pessoal e Expediente; c) Secção de Contabilidade; d) Secção de Economato e Património.

3 – À Repartição Administrativa, através da Secção de Atendimento de Público e As-suntos Gerais, compete:

a) assegurar o atendimento personalizado aos utentes da IGAC, prestando todas as informações e esclarecimentos que se revelem necessários;

b) recolher, receber e tratar as informações relativas à actividade das delegações municipais da IGAC referidas no artigo 41.º do Decreto–Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro;

c) organizar e manter actualizado o registo de todos os artistas tauromáquicos e respectivas categorias;

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d) recepcionar e verificar da correcta instrução dos processos referentes à realiza-ção das provas de aptidão e de alternativa dos artistas tauromáquicos.

4 – À Repartição Administrativa, através da Secção de Pessoal e Expediente, compe-te:

a) proceder à recepção, classificação, registo e expedição de toda a correspondên-cia e demais documentação;

b) organizar e realizar as acções relativas ao recrutamento, selecção e administra-ção dos recursos humanos da IGAC;

c) organizar e manter actualizado o cadastro do pessoal e dos delegados munici-pais;

d) assegurar o expediente relativo ao pessoal da IGAC. 5 – À Repartição Administrativa, através da Secção de Contabilidade, compete:

a) elaborar o projecto de orçamento da IGAC e preparar os elementos indispensá-veis à elaboração do relatório financeiro;

b) elaborar a conta de gerência; c) organizar e manter actualizada a contabilidade, conferindo, processando, liqui-

dando e pagando as despesas relativas à execução dos orçamentos; d) promover a constituição e liquidação dos fundos permanentes, procedendo à

sua regular verificação; e) processar as requisições mensais de fundos por conta das dotações atribuídas

no Orçamento do Estado à IGAC; f) cobrar e processar as verbas referentes às vistorias e outras previstas na legisla-

ção sobre espectáculos e direitos de autor, classificação de videogramas e autenticação de fonogramas.

6 – À Repartição Administrativa, através da Secção de Economato e Património, compete:

a) assegurar a gestão do património afecto à IGAC e manter actualizado o respec-tivo cadastro;

b) assegurar a aquisição de bens e serviços necessários ao normal funcionamento da IGAC;

c) assegurar a gestão das viaturas ao serviço da IGAC, com vista ao seu aprovei-tamento racional;

d) assegurar o funcionamento dos serviços de reprografia. 7 – Adstrita à Secção de Contabilidade funciona uma tesouraria, coordenada por um

tesoureiro. Artigo 18.º – Delegados municipais

1 – São delegados da IGAC: a) nos municípios sede de distrito, à excepção de Lisboa e Porto, o secretário do

governo civil ou outro funcionário que o governador civil designar; b) nos restantes municípios, o funcionário da câmara municipal designado para o

efeito pelo respectivo presidente. 2 – O exercício de funções dos delegados e as respectivas competências são regula-

dos pelos artigos 41.º e 42.º do Decreto–Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro.

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CAPÍTULO III – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL

Artigo 19.º – Instrumentos de gestão

1 – A gestão financeira e patrimonial da IGAC é disciplinada pelos seguintes instru-mentos de gestão:

a) plano anual de actividades; b) orçamento anual; c) relatórios de actividades e financeiro.

2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, podem ainda ser elaborados pro-gramas plurianuais de actividades e financeiros. Artigo 20.º – Receitas

1 – Constituem receitas da IGAC, além das dotações que lhe sejam atribuídas no Orçamento do Estado:

a) o produto da venda de publicações e outros trabalhos editados pela IGAC, bem como dos direitos de autor aos mesmos referentes;

b) as taxas e outras receitas devidas pela prestação de serviços pela IGAC ou re-sultantes do exercício da sua actividade;

c) os saldos anuais de contas de gerência, excluídos os saldos resultantes das do-tações que lhe forem atribuídas pelo Orçamento do Estado;

d) os juros de conta ou depósitos; e) quaisquer receitas que lhe sejam atribuídas por lei, contrato ou outro título.

2 – As receitas enumeradas no número anterior são afectas ao pagamento das despe-sas da IGAC, mediante inscrição de dotações com compensação em receitas.

3 – A IGAC privilegiará a criação de sistemas que assegurem a cobrança automática e o registo informático das verbas arrecadadas no e por força do exercício das suas funções inspectivas ou processuais. CAPÍTULO IV – PESSOAL

Artigo 21.º – Quadro de pessoal

A IGAC dispõe do quadro de pessoal dirigente constante do mapa I anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante, bem como do quadro de pessoal a aprovar por por-taria conjunta dos Ministros das Finanças e da Cultura e do membro do Governo responsá-vel pela Administração Pública. Artigo 22.º – Carreiras de inspecção

O pessoal de inspecção integra as carreiras de regime especial de inspector superior e de subinspector de espectáculos e direito de autor.

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Artigo 23.º – Carreira de inspector superior

A carreira de inspector superior desenvolve–se pelas categorias de inspector superior principal, inspector superior, inspector principal e inspector. Artigo 24.º – Ingresso na carreira de inspecção superior

1 – O recrutamento para ingresso na carreira de inspector superior é feito, na catego-ria de inspector, de entre indivíduos com licenciatura adequada ao exercício das funções a desempenhar na IGAC, aprovados em estágio com duração de um ano, que integra um cur-so de formação específica.

2 – A admissão ao estágio faz–se de acordo com as normas estabelecidas para os concursos de ingresso nas carreiras do grupo de pessoal técnico superior. Artigo 25.º – Acesso na carreira de inspector superior

O acesso na carreira de inspector superior efectua–se mediante concurso e rege–se pelas seguintes regras:

a) para o lugar de inspector superior principal, de entre inspectores superiores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom;

b) para o lugar de inspector superior, de entre inspectores principais com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom, habilitados com a frequência de acções de aperfeiçoamento e de reciclagem profissionais;

c) para o lugar de inspector principal, de entre inspectores com, pelo menos, três anos de serviço na respectiva categoria classificados de Muito bom ou cinco anos classificados de Bom.

Artigo 26.º – Regime de estágio para ingresso na carreira de inspector superior

1 – Aos estagiários da carreira de inspector superior são aplicadas as disposições pre-vistas no artigo 5.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzi-das pelo Decreto–Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, em tudo o que não seja regulado pelo presente diploma.

2 – Os estagiários são nomeados na categoria de ingresso do grupo a que se destinam, em número que não pode ser superior em mais de 30% ao das vagas colocadas a concurso.

3 – A desistência e a não admissão dos estagiários aprovados que excedam o número de vagas fixado implica a imediata cessação da comissão de serviço extraordinária ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, sem que tal confira direito a qualquer indemnização.

4 – O regulamento do estágio é aprovado por portaria conjunta do Ministro da Cultu-ra e do membro do Governo responsável pela área da Administração Pública.

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Artigo 27.º – Conteúdo funcional

Ao pessoal da carreira de inspecção superior compete: a) conceber, coordenar e executar acções inspectivas e de auditoria e trabalhos de

fiscalização, vigilância e controlo; b) efectuar estudos e informações e elaborar relatórios visando o aperfeiçoamento

constante dos sistemas de inspecção, controlo e vigilância e das auditorias de gestão;

c) realizar inquéritos, sindicâncias, averiguações e instruir processos disciplina-res;

d) propor acções de colaboração com as entidades a quem a lei atribua competên-cia de fiscalização, vigilância e controlo em matéria de espectáculos, recintos de espectáculos e direitos de autor e conexos;

e) propor acções de inspecção e auditoria e de fiscalização, vigilância e controlo, nomeadamente para apuramento de situações que cheguem ao seu conhecimen-to.

Artigo 28.º – Carreira de subinspector de espectáculos e direitos de autor

1 – A carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor desenvolve–se pelas categorias de subinspector–adjunto especialista de 1.ª classe, subinspector–adjunto especia-lista, subinspector–adjunto principal, subinspector–adjunto de 1.ª classe e subinspector–adjunto de 2.ª classe.

2 – As regras gerais de ingresso e acesso na carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor são as definidas pela lei geral para o grupo de pessoal técnico–profissional, nível 4, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

3 – O recrutamento para a categoria de subinspector–adjunto de 2.ª classe da carreira de subinspector pode ainda fazer–se de entre indivíduos habilitados com o 11.º ano de esco-laridade, ou equivalente, aprovados em estágio.

4 – A admissão ao estágio para ingresso na carreira de subinspector é feita de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 26.º Artigo 29.º – Regime de estágio para ingresso na carreira de subinspector de es-

pectáculos e direito de autor

1 – Aos estagiários da carreira de subinspector são aplicadas as disposições previstas no artigo 5.º do Decreto–Lei n.º 265/88, de 28 de Julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto–Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, em tudo o que não seja regulado pelo presente diploma.

2 – O estágio para ingresso na carreira de subinspector tem a duração de um ano e compreende a frequência de um curso de formação com aulas teóricas e práticas, com a duração mínima de seis meses, seguida de prestação de serviço predominantemente externo durante um período máximo de seis meses, devendo o estagiário apresentar um relatório sobre a actividade desenvolvida.

3 – A frequência do curso de formação com aproveitamento é condição necessária para a passagem à fase seguinte do estágio.

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4 – O curso de formação referido no número anterior será regulamentado por portaria conjunta do Ministro da Cultura e do membro do Governo responsável pela área da Administração Pública. Artigo 30.º – Conteúdo funcional

As funções do pessoal da carreira de subinspector de espectáculos e direito de autor compreendem, em especial:

a) a fiscalização do cumprimento das disposições legais referentes a espectáculos de natureza artística, direitos de autor e conexos, videogramas, fonogramas ou outros suportes de obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, ou a estas legalmente equiparadas;

b) o levantamento de autos de notícia pelas infracções detectadas; c) a colaboração com as outras autoridades policiais e administrativas com com-

petências fiscalizadoras sobre a área dos espectáculos e direitos de autor; d) a prática de actos processuais em inquéritos e em processos de contra–

ordenação; e) a realização de exames periciais; f) o arrolamento e a apreensão de videogramas, fonogramas ou de outros suportes

de obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos ou a estas equiparadas, ilegalmente produzidos, bem como de equipamentos, materiais e documentos em relação aos quais haja suspeita de terem sido utili-zados ou destinarem–se à prática de infracção;

g) a condução de viaturas oficiais quando no desempenho das suas funções. Artigo 31.º – Poderes

O pessoal dirigente e das carreiras de inspecção é detentor dos seguintes poderes de autoridade:

a) livre acesso e permanência pelo tempo que for necessário à conclusão da acção inspectora em todos os serviços e estabelecimentos onde tenha de exercer as suas funções, sem necessidade de aviso prévio, nomeadamente nos recintos de espectáculos de natureza artística e estabelecimentos ou locais destinados à dis-tribuição, fabrico e armazenamento, venda ou aluguer de filmes, videogramas, fonogramas ou respectivos suportes materiais;

b) levantamento de autos de notícia pelas infracções detectadas; c) utilização, nos locais de trabalho, por cedência dos respectivos dirigentes, de

instalações adequadas ao exercício das respectivas funções em condições de dignidade e eficácia;

d) obtenção, para auxílio nas acções a desenvolver nas instituições e serviços, da cedência de material e equipamento, bem como a colaboração do respectivo pessoal;

e) requisição para consulta ou junção aos autos, de processos ou documentos; f) proceder, nos termos legais, à selagem de instalações, dependências, cofres ou

móveis e apreender documentos ou objectos de prova, lavrando o competente auto de diligências, ao arrolamento e apreensão de videogramas, fonogramas

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ou outros suportes de obras protegidas nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos ilegalmente produzidos, bem como dos materiais e equipamentos destinados a essa produção ilícita;

g) corresponder–se, quando em serviço, com entidades públicas ou privadas, para obtenção de elementos de interesse para o exercício das suas funções;

h) requisição às autoridades policiais e administrativas da colaboração que se mostre necessária à execução das suas funções;

i) participação ao Ministério Público, para efeitos do disposto na lei penal, da recusa de informações ou elementos solicitados, bem como da falta injustifica-da de colaboração;

j) proceder, por si ou através de autoridade administrativa ou policial competente, e cumpridas as formalidades legais, a notificações a que haja lugar em proces-sos de cuja instrução estejam incumbidos;

l) uso e porte de arma em defesa, com dispensa da respectiva licença, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 32.º – Dever de cooperação

1 – Os titulares dos órgãos de direcção, bem como os funcionários e agentes das enti-dades sujeitas aos poderes de inspecção e fiscalização da IGAC, são obrigados a prestar todas as informações e esclarecimentos, a facultar documentos e a prestar toda a demais colaboração que lhes for solicitada, no âmbito das respectivas atribuições.

2 – A comparência para a prestação de declarações ou depoimentos em processos de inquérito, de sindicância ou disciplinares por responsáveis e funcionários ou agentes dos organismos do Estado é requisitada à entidade de que dependem e só poderá ser recusada por motivo de serviço público inadiável.

3 – A recusa da colaboração devida e a oposição ao exercício da acção inspectiva e fiscalizadora da IGAC fazem incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar e crimi-nal, nos termos da lei. Artigo 33.º – Sigilo profissional

1 – O pessoal de inspecção, bem como todos os funcionários da IGAC, em serviço de apoio à inspecção, são obrigados a guardar especial sigilo sobre os factos de que tenham conhecimento em resultado do exercício das suas funções.

2 – Todas as reclamações, queixas ou denúncias dirigidas aos serviços da IGAC são confidenciais. Artigo 34.º – Regime de duração do trabalho

1 – O regime de duração do trabalho do pessoal das carreiras de inspecção e de outros funcionários que colaborem com aquele em acções inspectivas é o estabelecido para a fun-ção pública, podendo, no entanto, as respectivas funções ser exercidas a qualquer hora, con-soante as necessidades do serviço.

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2 – Os funcionários referidos no número anterior que tenham de prestar serviço nos dias de descanso semanal ou feriados têm direito a igual período de descanso num dos oito dias seguintes. Artigo 35.º – Remunerações

1 – A estrutura indiciária das carreiras de inspecção consta do mapa II anexo ao pre-sente diploma, que dele faz parte integrante.

2 – Os estagiários são remunerados de acordo com o mapa mencionado no número anterior, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem, no caso de pessoal já vinculado à função pública. Artigo 36.º – Suplemento

O pessoal dirigente e o das carreiras de inspecção da IGAC tem direito a um suple-mento que será fixado nos termos do artigo 12.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro. Artigo 37.º – Cartão de identificação

1 – O pessoal da IGAC tem direito ao uso de cartão de identificação, de modelo a aprovar por despacho do Ministro da Cultura.

2 – O pessoal dirigente e o pessoal das carreiras de inspecção têm direito ao uso de cartão de identificação e livre trânsito de modelo aprovado por despacho do Ministro da Cultura.

CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 38.º – Cessação das comissões de serviço

1 – Com a entrada em vigor do presente diploma cessam as comissões de serviço do pessoal dirigente anteriormente nomeado em cargos dirigentes da Direcção–Geral dos Espectáculos.

2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior e até à nomeação dos novos titula-res, o pessoal referido manter–se–á em funções de gestão corrente, nas unidades orgânicas da IGAC que sucedam ou integrem funcionalmente as competências daquelas em que se encontravam nomeados.

3 – A identificação nominal das situações previstas no número anterior será efectuada por despacho do Ministro da Cultura.

4 – Sempre que a complexidade e responsabilidade do conteúdo funcional dos cargos referidos o justificar, poderão os mesmos, alternativamente, ser exercidos em regime de substituição, podendo tal nomeação recair nos titulares das comissões de serviço cessantes.

5 – O disposto nos números anteriores não prejudica a possibilidade da renomeação do pessoal aí referido para os novos cargos, nos termos da lei.

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Artigo 39.º – Normas de transição

1 – Os funcionários do quadro da Direcção–Geral dos Espectáculos (DGESP), bem como, precedendo requerimento, o pessoal requisitado e destacado que preste serviço na DGESP à data da publicação do presente diploma, transitam para o quadro de pessoal da IGAC:

a) para a mesma carreira, categoria e escalão que o funcionário possui; b) para a carreira que integra as funções efectivamente desempenhadas, respeita-

das as habilitações legalmente exigidas, em categoria e escalão que resulte da aplicação das regras estabelecidas no artigo 18.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro;

c) a categoria referida na alínea anterior corresponde à mais elevada, que compor-te remuneração indiciária imediatamente superior à efectivamente auferida na categoria de origem.

2 – O disposto na alínea b) do número anterior é aplicável: a) quando se verificar extinção de carreiras; b) quando se verificarem desajustamentos entre as funções desempenhadas e o

conteúdo funcional da carreira em que o funcionário se encontrava provido. 3 – Nas situações previstas na alínea b) do n.º 1, será considerado, para efeitos de

promoção e progressão, o tempo de serviço prestado anteriormente, em idêntico desempe-nho na categoria de que transitam.

4 – A transição de pessoal para o quadro da IGAC é feita por lista nominativa apro-vada por despacho do Ministro da Cultura, sujeita a fiscalização prévia do Tribunal de Con-tas e publicação no Diário da República.

5 – Em correspondência com o previsto no artigo 46.º, a transição do pessoal funcio-nalmente enquadrado pelas competências da Divisão de Divulgação e Gestão de Espaços efectuar–se–á para o quadro de pessoal do Instituto Português das Artes do Espectáculo, nos termos fixados no diploma que aprovar a respectiva estrutura orgânica.

Artigo 40.º – Transição de pessoal das carreiras de inspecção

A transição de pessoal das carreiras de inspecção para as novas carreiras faz–se de acordo com as regras seguintes:

a) os funcionários providos em lugares da carreira de inspector de espectáculos e direitos de autor, de acordo com o mapa III anexo ao presente diploma;

b) os funcionários providos em lugares da carreira de subinspector transitam para a nova carreira de subinspector de espectáculos e direitos de autor, para catego-ria e escalão que resultem da aplicação das regras estabelecidas no artigo 18.º do Decreto–Lei n.º 353–A/89, de 16 de Outubro.

Artigo 41.º – Transição do pessoal da carreira de consultor jurídico

1 – Os funcionários da carreira de consultor jurídico podem transitar para a carreira de inspecção superior da IGAC, de acordo com o mapa III anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante, desde que o requeiram, no prazo de 90 dias a contar da data da entrada em vigor do presente diploma, ao Ministro da Cultura.

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2 – Ficam dispensados da frequência das acções de formação a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 25.º os assessores da DGESP que transitem para a carreira de inspector superior nos termos do n.º 1, desde que tenham mais de seis anos de serviço prestados na DGESP na respectiva carreira classificados de Muito bom. Artigo 42.º – Escalões de transição

1 – A transição presente na alínea a) do n.º 1 do artigo 40.º e no n.º 1 do artigo 41.º operar–se–á da seguinte forma:

a) os assessores principais, assessores, técnicos superiores principais e técnicos superiores de 1.ª classe transitam para as novas categorias no escalão que pos-suam à data da transição;

b) os técnicos superiores de 2.ª classe transitam para o escalão 1 da categoria de inspector ou para o escalão a que corresponda remuneração igual ou imediata-mente superior à que já auferem, considerando o índice remuneratório do seu escalão de origem.

2 – Na situação prevista na parte final da alínea b) do número anterior, os funcioná-rios permanecerão no escalão de transição até que, pelo decurso do período normal de pro-gressão na categoria ou por efeito de acesso na carreira, adquiram direito a escalão da estru-tura remuneratória a que corresponda índice igual ou superior. Artigo 43.º – Recrutamento transitório de pessoal para a carreira de inspector su-

perior

1 – Mediante despacho de autorização do Ministro da Cultura, nos três primeiros anos contados a partir da entrada em vigor do presente diploma, podem candidatar–se aos con-cursos para lugares da carreira de inspecção superior até à categoria de inspector principal, inclusive, técnicos superiores com pelo menos três anos de serviço na carreira e possuidores de licenciatura adequada à respectiva área funcional, ficando sujeitos à aprovação no está-gio, que integra o curso de formação específica a que se refere o artigo 24.º

2 – Em caso de aprovação no concurso e estágio, o ingresso na carreira de inspecção superior faz–se aplicando–se, com as devidas adaptações, a tabela de correspondência fixa-da no mapa III anexo ao presente diploma. Artigo 44.º – Cargos de chefia administrativa

A transição dos chefes de secção e de repartição fica condicionada à adequação fun-cional aos cargos previstos na estrutura aprovada pelo presente diploma, podendo, através do recurso aos instrumentos de mobilidade previstos na lei, ser funcionalmente reafectados para cargos de chefia em qualquer dos organismos do Ministério da Cultura. Artigo 45.º – Concursos, contratos, requisições e destacamentos

1 – Mantêm–se válidos os concursos abertos anteriormente à data da entrada em vigor do presente diploma, bem como os contratos de pessoal que se encontrem em execu-

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ção, exceptuada a ocorrência, automática ou superveniente, de fundamentação para a sua cessação a qualquer título.

2 – Mantêm–se até ao termo da sua validade, salvo despacho em contrário a emitir no prazo de 30 dias após a transição para o novo quadro de pessoal, as requisições e destaca-mentos de pessoal da DGESP noutros serviços ou destes na DGESP.

3 – A IGAC assegurará a continuidade da aquisição de serviços aos elementos da denominada «Orquestra Clássica do Porto» até à extinção das obrigações existentes. Artigo 46.º – Dependência transitória

1 – Mantém–se transitoriamente integrada na IGAC a Divisão de Divulgação e Ges-tão de Espaços, com a competência prevista no artigo 23.º do Decreto–Lei n.º 106–B/92, de 1 de Junho, até à sua extinção concomitante com a entrada em vigor do diploma que aprove a estrutura orgânica do Instituto Português das Artes do Espectáculo.

2 – Até à entrada em vigor do diploma orgânico da Comissão de Classificação de Espectáculos, mantém–se, igualmente, em vigor a regulamentação constante dos artigos 5.º a 8.º do Decreto–Lei n.º 106–B/92, de 1 de Junho. Artigo 47.º – Sucessão

A IGAC sucede nos direitos e obrigações que se encontravam na titularidade da DGESP, sem necessidade de quaisquer formalidades, exceptuados os registos, para os quais constitui título bastante o presente diploma. Artigo 48.º – Revogações

Com a entrada em vigor do presente diploma ficam revogados: a) as disposições do Decreto–Lei n.º 106–B/92, de 1 de Junho, não excepcionadas

por força do disposto no artigo 46.º; b) os artigos 1.º a 4.º do Decreto–Lei n.º 6/94, de 12 de Janeiro; c) o Decreto–Lei n.º 222/95, de 8 de Setembro.

Artigo 49.º – Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da respectiva publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de Dezembro de 1996. – António

Manuel de Oliveira Guterres – António Luciano Pacheco de Sousa Franco – José Eduardo Vera Cruz Jardim – Manuel Maria Ferreira Carrilho – Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho.

Promulgado em 14 de Março de 1997. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 19 de Março de 1997. O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

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MAPA I Quadro de pessoal dirigente da IGAC, a que se refere o artigo 21.º

MAPA II 304

MAPA III Transição do pessoal das carreiras de inspector de espectáculos e direitos de autor e de con-

sultor jurídico, a que se referem os artigos 40.º e 41.º

Decreto Regulamentar n.º 11/2001, de 19 de Junho (Escalas salariais)

As carreiras de inspector superior e de subinspector de espectáculos e direito de autor do quadro de pessoal da Inspecção–Geral das Actividades Culturais encontram–se legal-mente caracterizadas como carreiras de regime especial, nos termos da respectiva Lei Or-gânica, aprovada pelo Decreto–Lei n.º 80/97, de 8 de Abril.

Assim, torna–se necessário promover a reestruturação daquelas carreiras por aplica-

ção dos princípios definidos no Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro, para as carreiras de regime geral, mediante decreto regulamentar, nos termos do n.º 3 do seu artigo 17.º

304 Vide, mapa anexo ao Decreto Regulamentar n.º 11/2001, de 19 de Junho.

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309

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguin-

te: Artigo 1.º – Carreiras de inspecção

As carreiras de inspecção da Inspecção–Geral das Actividades Culturais (IGAC) do Ministério da Cultura, e respectivas condições de ingresso e acesso, são caracterizadas no Decreto–Lei n.º 80/97, de 8 de Abril, e legislação complementar, sem prejuízo das disposi-ções seguintes. Artigo 2.º – Escalas salariais

As escalas salariais das carreiras de inspector superior e de subinspector de espectá-culos e direito de autor da IGAC constam do mapa anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. Artigo 3.º – Transição

1 – Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a transição faz–se para a mesma carreira e categoria.

2 – A transição dos funcionários integrados na carreira de subinspector de espectácu-los e direito de autor faz–se de acordo com as seguintes regras:

a) os subinspectores–adjuntos especialistas de 1.ª classe, para a categoria de sub-inspector–adjunto especialista principal;

b) os subinspectores–adjuntos especialistas e os subinspectores–adjuntos princi-pais para a categoria de subinspector–adjunto especialista;

c) os subinspectores–adjuntos de 1.ª classe para a categoria de subinspector– -adjunto principal;

d) os subinspectores–adjuntos de 2.ª classe para a categoria de subinspector– -adjunto de 1.ª classe.

3 – As transições a que se reportam os números anteriores efectuam–se para o escalão a que corresponde, na estrutura da categoria, índice remuneratório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado.

4 – Aos actuais subinspectores–adjuntos especialistas, o tempo de serviço prestado nas categorias de subinspector–adjunto principal e subinspector–adjunto especialista conta, para efeitos de promoção, como prestado na categoria de subinspector–adjunto especialista.

5 – Releva para efeitos de progressão o tempo de permanência no índice de origem, nos casos em que da aplicação da regra contida no n.º 3 resultar um impulso igual ou infe-rior a 10 pontos.

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Artigo 4.º – Alteração do quadro de pessoal

O quadro de pessoal da IGAC, aprovado pela Portaria n.º 986/98, de 24 de Novem-bro, considera–se automaticamente alterado, nos seguintes termos:

a) as dotações das categorias de inspector superior principal e de inspector supe-rior são convertidas em dotação global, com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 1999;

b) as dotações das categorias de inspector principal e de inspector são convertidas em dotação global;

c) a dotação da categoria de subinspector–adjunto especialista principal corres-ponde ao número de lugares de subinspector–adjunto especialista de 1.ª classe;

d) a dotação da categoria de subinspector–adjunto especialista corresponde à soma do número de lugares de subinspector–adjunto especialista e de subins-pector–adjunto principal;

e) a dotação da categoria de subinspector–adjunto principal corresponde ao núme-ro de lugares de subinspector–adjunto de 1.ª classe;

f) a dotação da categoria de subinspector–adjunto de 1.ª classe corresponde ao número de lugares de subinspector–adjunto de 2.ª classe.

Artigo 5.º – Regime supletivo

Em tudo o que não estiver especificamente regulado no presente diploma aplica–se o Decreto–Lei n.º 404–A/98, de 18 de Dezembro, alterado pela Lei n.º 44/99, de 11 de Junho. Artigo 6.º – Produção de efeitos

1 – O presente diploma produz efeitos a 1 de Janeiro de 1998. 2 – Das transições decorrentes deste diploma não poderão resultar, em 1998, impul-

sos salariais superiores a 15 pontos indiciários. 3 – Nos casos em que se verificam impulsos salariais superiores, o direito à totalidade

da remuneração só se adquire em 1 de Janeiro de 1999. 4 – Aos funcionários que, em 1998, adquirissem, por progressão na anterior escala sa-

larial, o direito a remuneração superior à que lhes é atribuída de acordo com os anteriores n.os 2 e 3 é garantida, entre o momento da progressão e 31 de Dezembro de 1998, a remune-ração correspondente ao índice para o qual progrediriam naquela escala salarial.

5 – O disposto nos números anteriores não impede a integração formal no escalão que resultar da aplicação das regras de transição.

6 – Os funcionários que se aposentaram durante o ano de 1998 e até à entrada em vi-gor do presente diploma terão a sua pensão de aposentação calculada com base no índice que couber ao escalão em que ficarem posicionados.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Abril de 2001. – António Manuel de Oliveira Guterres – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – José Estêvão Can-garato Sasportes – Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 23 de Maio de 2001. Publique–se.

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O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 31 de Maio de 2001.

O Primeiro–Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

ANEXO Mapa que se refere o artigo 2.º

Decreto Regulamentar n.º 21/2002, de 22 de Março (Carreiras e esca-las salariais)

Considerando que o Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, veio estabelecer os princípios gerais enquadradores das carreiras de inspecção da Administração Pública;

Considerando que, por outro lado, foram cometidas as atribuições de inspecção e au-ditoria à Inspecção-Geral das Actividades Culturais através do Decreto-Lei n.º 80/97, de 8 de Abril:

Importa, assim, cuidar, nesta sede, da referida aplicação do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, às carreiras de inspecção da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, bem como consagrar o respectivo conteúdo funcional e as regras próprias de transição.

Considerando que, deste modo, o presente diploma apenas visa regulamentar a apli-cação de normas constitutivas de direitos já aprovadas no mencionado Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril;

Considerando a inexistência de disposições que não revistam decorrente carácter exe-cutivo de âmbito administrativo;

Tendo, finalmente, em conta que o Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, define quer o prazo para a aprovação dos diplomas regulamentares, quer a produção de efeitos retroactivos, implicando a inerente acumulação continuada de encargos orçamentais, torna-se inadiável e imprescindível a sua aprovação.

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Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio: Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de

Abril, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o se-guinte: Artigo 1.º – Objecto

O presente diploma regulamenta o enquadramento das carreiras de inspecção da Ins-pecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), do Ministério da Cultura. Artigo 2.º – Carreiras

As carreiras de inspecção da IGAC são as seguintes: a) Inspector superior; b) Inspector-adjunto.

Artigo 3.º – Conteúdos funcionais

O conteúdo funcional das carreiras de inspector superior e de inspector-adjunto da IGAC é o constante do anexo I do presente diploma, que dele faz parte integrante. Artigo 4.º – Estágio

1 – A frequência dos estágios para ingresso nas carreiras de inspector superior e de inspector-adjunto é feita em regime de contrato administrativo de provimento, no caso de indivíduos não vinculados à função pública, e em regime de comissão de serviço extraordi-nária, se o estagiário já estiver nomeado definitivamente noutra carreira.

2 – O não provimento dos estagiários não aprovados implica a imediata cessação da comissão de serviço ou a rescisão do contrato administrativo de provimento, conforme o caso, sem que tal confira o direito a qualquer indemnização.

3 – O regulamento de estágio é aprovado por despacho conjunto dos Ministros da Cultura e da Reforma do Estado e da Administração Pública.

4 – Os estagiários das carreiras de inspector superior e de inspector-adjunto são remu-nerados pelos índices 370 e 190, respectivamente, sem prejuízo do direito de opção pela remuneração do lugar de origem no caso de pessoal já vinculado à função pública.

5 – Os inspectores que após a nomeação na categoria de ingresso na respectiva carrei-ra não prestem, por causa que lhes seja imputável, o tempo de serviço correspondente à duração do estágio ficam obrigados a reembolsar a IGAC de todas as despesas efectuadas com a sua formação.

6 – O tempo de serviço legalmente considerado de estágio conta para efeitos de pro-gressão e promoção na categoria de ingresso da respectiva carreira, desde que o funcionário ou agente nele obtenha nomeação definitiva.

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Artigo 5.º – Transição do pessoal das carreiras de inspecção

1 – Os funcionários do quadro de pessoal da IGAC integrados nas carreiras de inspec-tor superior e de subinspector de espectáculos e direitos de autor transitam, respectivamen-te, para a carreira de inspector superior e de inspector-adjunto, conforme o anexo II e de acordo com as seguintes regras:

a) os inspectores superiores principais, os inspectores superiores, os inspectores principais e os inspectores são integrados nas categorias com a mesma desig-nação da carreira de inspector superior;

b) os subinspectores-adjuntos especialistas principais são integrados na categoria de inspector-adjunto especialista principal;

c) os subinspectores-adjuntos especialistas são integrados na categoria de inspec-tor-adjunto especialista;

d) os subinspectores-adjuntos principais são integrados na categoria de inspector-adjunto principal;

e) os subinspectores-adjuntos de 1.ª e de 2.ª classes são integrados na categoria de inspector-adjunto.

2 – A transição referida no número anterior faz-se para escalão igual ao que o funcio-nário detém na categoria de origem, com excepção dos subinspectores-adjuntos de 2.ª clas-se, que transitam para escalão a que corresponde na estrutura da categoria índice remunera-tório igual ou, se não houver coincidência, índice superior mais aproximado.

3 – O tempo de serviço prestado na categoria de subinspector-adjunto de 2.ª classe não é computado para efeitos de promoção. Artigo 6.º – Concursos

1 – Mantêm-se válidos os concursos para provimento de vagas nas categorias e car-reiras de inspecção da IGAC a decorrer à data da entrada em vigor do presente diploma, observando-se as seguintes regras:

a) Os candidatos que tenham sido ou vierem a ser aprovados nesses concursos são integrados na nova categoria em escalão para que transitaram os titulares das categorias a que se candidataram que estavam posicionados no mesmo escalão a que os candidatos acederiam nas anteriores carreiras;

b) A integração prevista na alínea anterior produz efeitos a partir da data da res-pectiva nomeação.

2 – Os estágios em curso para ingresso na carreira de subinspector de espectáculos e direitos de autor consideram-se válidos para provimento nos correspondentes lugares da categoria de ingresso da carreira de inspector-adjunto.

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Artigo 7.º – Quadro de pessoal

O quadro de pessoal da IGAC, aprovado pela Portaria n.º 986/98, de 24 de Novem-bro, considera-se alterado, nos termos do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 112/2001, de 6 de Abril, passando o número de lugares nele fixado para as carreiras inspectivas ao regime de dotação global. Artigo 8.º – Entrada em vigor

1 – O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação. 2 – Aos funcionários que tenham mudado de categoria ou de escalão a partir de 1 de

Julho de 2000 são aplicáveis as transições previstas no presente diploma, com efeitos a par-tir da data em que as mesmas ocorreram.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de Janeiro de 2002. – António Ma-nuel de Oliveira Guterres – Guilherme d'Oliveira Martins – Augusto Ernesto Santos Silva - Alberto de Sousa Martins.

Promulgado em 1 de Março de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 7 de Março de 2002. O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

ANEXO I (a que se refere o artigo 3.º)

1 – Conteúdo funcional da carreira de inspecção superior na área de fiscalização e inspecção dos espectáculos e direitos de autor:

a) fiscalizar o cumprimento das disposições legais referentes a espectáculos de natureza artística, direitos de autor e conexos, videogramas, fonogramas ou outros suportes de obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos ou a estas legalmente equiparadas, bem como, designada-mente, as relacionadas com o preço fixo dos livros e o património subaquático;

b) conceber, coordenar e executar acções inspectivas e de auditoria e trabalhos de fiscalização, vigilância e controlo;

c) garantir a legalidade dos actos inspectivos; d) efectuar exames periciais nas áreas da sua competência; e) elaborar autos de notícia, realizar inquéritos e averiguações e instruir processos

contra-ordenacionais; f) propor acções de colaboração com as entidades a quem a lei atribua competên-

cia de fiscalização, vigilância e controlo em matéria de espectáculos, recintos de espectáculos e direitos de autor e conexos;

g) propor acções de inspecção e auditoria e de fiscalização, vigilância e controlo, nomeadamente para apuramento de situações que cheguem ao seu conhecimen-to;

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h) efectuar estudos e informações e elaborar relatórios visando o aperfeiçoamento constante dos sistemas de inspecção, controlo e vigilância e das auditorias de gestão;

i) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam superiormente determinadas e que se insiram nas atribuições da IGAC.

2 – Conteúdo funcional da carreira de inspecção superior na área de auditoria e ins-pecção de gestão:

a) conceber, coordenar e executar acções inspectivas e de auditoria e trabalhos de fiscalização, vigilância e controlo;

b) efectuar inspecções aos órgãos e serviços dependentes ou tutelados pelo Minis-tério da Cultura;

c) realizar auditorias no âmbito do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado;

d) planear a investigação e, no âmbito processual, praticar actos instrutórios e ela-borar relatórios finais e propostas de decisão;

e) garantir a legalidade dos actos inspectivos; f) realizar inquéritos, sindicâncias, averiguações e instruir processos disciplinares

e contra-ordenacionais; g) executar quaisquer outras tarefas que lhes sejam superiormente determinadas e

que se insiram nas atribuições da IGAC. 3 – Conteúdo funcional da carreira de inspector-adjunto:

a) executar acções inspectivas e apoiar os inspectores superiores no exercício das suas actividades inspectivas e de auditoria referentes a espectáculos de natureza artística, direitos de autor e conexos, videogramas, fonogramas ou outros suportes de obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos ou a estas legalmente equiparadas, bem como, designadamente, as relacionadas com o preço fixo dos livros e o património subaquático;

b) levantar autos de notícia pelas infracções detectadas; c) colaborar com as outras autoridades policiais e administrativas com competên-

cias fiscalizadoras sobre as áreas referidas no presente artigo; d) praticar actos processuais em inquéritos e em processos de contra-ordenação; e) realizar exames periciais; f) proceder ao arrolamento e à apreensão de videogramas, fonogramas ou de

outros suportes de obras protegidas pelo Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos ou a estas equiparadas ilegalmente produzidos, bem como de equipamentos, materiais e documentos em relação aos quais haja suspeita de terem sido utilizados ou de se destinarem à prática de infracção;

g) conduzir viaturas oficiais quando no desempenho das suas funções.

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ANEXO II Mapa de transição

(a que se refere o n.º 1 do artigo 5.º)

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INSPECÇÃO–GERAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Decreto–Lei n.º 154/2001, de 7 de Maio (Lei Orgânica)

A Lei Orgânica do Ministério da Reforma do Estado e da Administração Pública, aprovada pelo Decreto–Lei n.º 269/2000, de 4 de Novembro, definiu a Inspecção–Geral da Administração Pública como serviço público responsável pelo controlo estratégico e audi-toria de gestão de todos os serviços públicos e pessoas colectivas de direito público nos domínios da política de recursos humanos e das políticas de modernização de estruturas e de simplificação de procedimentos, em articulação com as inspecções sectoriais existentes em cada departamento governamental.

Neste sentido, a Inspecção–Geral da Administração Pública intervirá enquanto garan-te do controlo do cumprimento da legislação estatutária do funcionalismo público, da quali-dade dos serviços públicos prestados e da modernização administrativa em geral, e como avaliador do próprio funcionamento eficaz e eficiente da Administração Pública. Procura–se, assim, avaliar quer a dinâmica interna e a utilidade social das suas estruturas, quer a relação custo–benefício da actividade administrativa, conciliando, deste modo, a óptica da legalidade com a óptica do controlo da gestão.

Por outro lado, a Inspecção–Geral da Administração Pública terá, igualmente, o papel de garante do controlo por parte do Estado da qualidade dos serviços prestados ao cidadão em áreas de interesse geral, cuja gradativa estratégia de desintervenção estatal e abertura à iniciativa privada afastaram da administração directa do Estado o que pressupõe um reforço dos mecanismos de controlo desses vários sistemas prestativos de interesse público.

No desempenho de tais funções, a Inspecção–Geral da Administração Pública articu-lar–se–á com as inspecções sectoriais de cada ministério, em especial no que respeita às suas intervenções na execução efectiva dos seus objectivos e da sua missão.

Dá o Governo, deste modo, continuidade ao Decreto–Lei n.º 220/98, de 17 de Julho, que criou a Inspecção–Geral da Administração Pública como organismo de controlo estra-tégico, tendo–a submetido ao regime de instalação previsto no Decreto–Lei n.º 215/97, de 18 de Agosto.

É assim, num quadro institucional coerente e claro, que as condições para a execução da missão e competências lhe são atribuídas, na esteira das orientações que se vêm forman-do no espaço comunitário e em várias organizações internacionais.

A Inspecção–Geral da Administração Pública adopta, assim, um modelo orgânico que se caracteriza pela flexibilidade e participação, concretizadas em direcções e equipas de projecto, reforçando–se, deste modo, a eficiência operacional do organismo.

Neste sentido, ainda, restringem–se ao mínimo os níveis decisórios por forma a asse-gurar maior celeridade e operacionalidade no âmbito das acções de inspecção e de audito-ria.

Em matéria do estatuto do pessoal é garantido ao corpo inspectivo ampla autonomia e isenção técnica, impondo–se–lhe, em contrapartida, um rigoroso regime de impedimentos e incompatibilidades, tendo em vista garantir a imparcialidade e transparência da sua actua-ção.

Concluído que está o período de instalação e consolidadas que estão as condições para a prossecução das suas atribuições e missão, vem o presente diploma dotar a Inspec-

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ção–Geral da Administração Pública do normativo legal adequado à execução da missão que lhe foi conferida.

Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o

seguinte: CAPÍTULO I – NATUREZA, MISSÃO E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.º – Natureza e missão

A Inspecção–Geral da Administração Pública (IGAP) é o serviço público dotado de autonomia administrativa, responsável pelo controlo estratégico e auditoria de gestão de todos os serviços públicos e pessoas colectivas de direito público, no domínio dos recursos humanos e das políticas de modernização, racionalização e simplificação de procedimentos e que funciona na directa dependência do Ministro da Reforma do Estado e da Administra-ção Pública. Artigo 2.º – Âmbito territorial

1 – A IGAP exerce as suas atribuições em todo o território nacional, sem prejuízo das competências específicas dos órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas dos Aço-res e da Madeira.

2 – A IGAP tem sede em Lisboa, podendo vir a ser criados núcleos regionais de apoio. Artigo 3.º – Atribuições

São atribuições da IGAP, enquanto órgão de controlo estratégico, nos domínios da organização e gestão dos serviços, da gestão de recursos humanos, da modernização admi-nistrativa e da qualidade dos serviços públicos:

a) realizar auditorias e inspecções, inquéritos, sindicâncias e averiguações a quaisquer serviços públicos ou pessoas colectivas de direito público;

b) proceder a acções sistemáticas de avaliação da eficácia e eficiência dos servi-ços da Administração Pública, bem como da capacidade de modernização e de adaptação às novas realidades;

c) proceder ao controlo da legalidade e da adequação dos procedimentos em ma-téria de condições de trabalho e gestão de recursos, com especial incidência nos recursos humanos;

d) avaliar, de forma sistemática, a relação custo–benefício da actividade adminis-trativa;

e) coordenar, em articulação com as inspecções sectoriais e regionais, os planos e metodologias de actuação, por forma a conferir maior eficácia às acções de auditoria e inspecção, nas áreas de recursos humanos e de modernização admi-nistrativa;

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f) assegurar as relações com o Tribunal de Contas e com outros órgãos de contro-lo estratégico e com órgãos comunitários e internacionais de controlo no âmbi-to das funções que lhe são legalmente atribuídas, tendo em vista garantir a racionalidade e complementaridade das intervenções e conferir natureza sistémica ao controlo;

g) avaliar e controlar a qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão, nomeadamente por entidades do sector público, privado e cooperativo, em regime de concessão ou de contrato de associação;

h) identificar os principais tipos de reclamações e sugestões relativas à organiza-ção e funcionamento dos serviços públicos e procedimentos em vigor, propon-do as medidas de modernização adequadas;

i) proceder à avaliação do cumprimento da legislação sobre as condições de segu-rança, higiene e saúde no trabalho na Administração Pública;

j) desempenhar as funções de interlocutor nacional em matérias do seu âmbito de intervenção e estabelecer e manter relações com organismos congéneres nacio-nais ou internacionais, nos termos do Decreto–Lei n.º 269/2000, de 4 de No-vembro;

l) prosseguir quaisquer outras atribuições que resultem da lei. CAPÍTULO II – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

SECÇÃO I – DOS PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO Artigo 4.º – Princípios

1 – Na sua organização e gestão, a IGAP adopta os princípios da flexibilidade e da participação, procurando de forma eficaz concretizar os seus objectivos.

2 – A IGAP coordena, de acordo com o princípio da cooperação e da complementari-dade e em conformidade com a orientação definida pelo Governo, a sua articulação com as inspecções sectoriais de cada ministério, em especial no que respeita às suas intervenções na execução efectiva dos seus objectivos e da sua missão.

3 – A IGAP relaciona–se directamente com os titulares dos órgãos dirigentes máxi-mos dos serviços e organismos públicos que prossigam objectivos complementares aos seus. SECÇÃO II – DOS ÓRGÃOS Artigo 5.º – Órgãos

1 – São órgãos da IGAP: a) o inspector–geral; b) o Conselho de Inspecção.

2 – O inspector–geral é o órgão máximo de direcção e coordenação operacional, coadjuvado por dois subinspectores–gerais.

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3 – O Conselho de Inspecção é o órgão consultivo do inspector–geral e é composto pelo inspector–geral, que preside, pelos subinspectores–gerais, inspectores–directores e director de serviços. Artigo 6.º – Inspector–geral

1 – Compete ao inspector–geral, para além das competências conferidas por lei aos directores–gerais, o seguinte:

a) presidir ao Conselho de Inspecção; b) definir e supervisionar toda a acção inspectiva e de auditoria da IGAP; c) representar a IGAP em juízo e fora dele.

2 – O inspector–geral pode delegar nos subinspectores–gerais a prática de actos da sua competência própria, com a faculdade de subdelegação. Artigo 7.º – Conselho de Inspecção

1 – O Conselho de Inspecção, enquanto órgão consultivo, apoia o inspector–geral no exercício das suas competências.

2 – Ao Conselho de Inspecção compete, em especial, pronunciar–se sobre: a) o plano estratégico trienal de gestão global e da intervenção estratégica da

IGAP; b) o plano anual de actividades, incluindo o plano de formação, o relatório de

actividades, o orçamento e o balanço social, nos termos e prazos legalmente fixados;

c) os termos gerais de protocolos e acordos a celebrar entre a IGAP e quaisquer entidades, públicas ou privadas, nacionais ou internacionais.

3 – O inspector–geral pode determinar a participação de outros funcionários nas reu-niões do Conselho de Inspecção, em razão da matéria a tratar.

4 – O Conselho de Inspecção reúne, ordinariamente, uma vez por trimestre e, extra-ordinariamente, sempre que convocado pelo seu presidente ou a pedido expresso de qual-quer dos seus membros.

5 – O funcionamento do Conselho de Inspecção rege–se por regulamento interno por si elaborado e aprovado. SECÇÃO III – DOS SERVIÇOS Artigo 8.º – Serviços

1 – A IGAP compreende: a) Serviços de Inspecção e Auditoria; b) Serviços de Apoio Técnico e Administração.

2 – Os Serviços de Inspecção e Auditoria organizam–se em áreas de especialização, no máximo de seis, e funcionam na dependência directa dos subinspectores–gerais designa-dos pelo inspector–geral.

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3 – As áreas de especialização referidas no número anterior são fixadas por despacho do Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública, sob proposta do inspector–geral.

4 – Os Serviços de Apoio Técnico e Administração, a que se refere a alínea b) do n.º 1 do presente artigo, são dirigidos por um director de serviços e integram as seguintes divisões:

a) Divisão de Gestão de Recursos Humanos e de Formação; b) Divisão de Serviços de Gestão Financeira e Patrimonial; c) Divisão de Serviços de Informação e Gestão Informática.

Artigo 9.º – Serviços de Inspecção e Auditoria

1 – Aos Serviços de Inspecção e Auditoria compete, em função das respectivas áreas de especialização e intervenção:

a) elaborar os anteprojectos dos programas trienais e anuais de inspecção e audi-toria;

b) proceder ao planeamento e realização de inspecções e auditorias e de outras acções de controlo e elaborar os respectivos relatórios, bem como de outras ac-ções que expressamente lhe sejam cometidas;

c) definir e orientar os planos e metodologias de actuação, por forma a conferir maior eficácia às acções de controlo;

d) emitir parecer sobre os relatórios de inspecção e auditoria e demais processos que lhe sejam submetidos;

e) proceder a todas as demais diligências processuais, nomeadamente no âmbito do contraditório.

2 – Os serviços de inspecção e auditoria são dirigidos por inspectores–directores equiparados, para todos os efeitos legais, a director de serviços.

3 – Para o desenvolvimento de acções de inspecção e auditoria contidas nos planos de actividade da IGAP podem ser constituídas equipas inspectivas coordenadas por inspecto-res designados, anualmente, para o efeito, não podendo estes exceder, em cada ano, o nú-mero total de 12.

4 – Os coordenadores designados nos termos do número anterior têm direito a um acréscimo de 30 pontos em relação ao índice que detêm. Artigo 10.º – Divisão de Gestão de Recursos Humanos e de Formação

À Divisão de Gestão de Recursos Humanos e de Formação compete, designadamen-te, conceber, promover e executar todas as acções necessárias à gestão dos recursos huma-nos, bem como planear e promover a formação interna e externa do pessoal. Artigo 11.º – Divisão de Gestão Financeira e Patrimonial

À Divisão de Gestão Financeira e Patrimonial compete, nomeadamente, elaborar e executar o orçamento da IGAP, promover e executar a aquisição de bens e serviços e man-ter actualizado o cadastro patrimonial, bem como assegurar a gestão, conservação, repara-ção, limpeza e segurança das suas instalações e viaturas.

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Artigo 12.º – Divisão de Informação e Gestão Informática

À Divisão de Informação e Gestão Informática compete, designadamente, o planea-mento e a gestão dos sistemas integrados das tecnologias de informação da IGAP. Artigo 13.º – Inspectores–directores

Compete aos inspectores–directores, nos domínios das respectivas áreas de especiali-zação e intervenção, assegurar a direcção das acções de inspecção e auditoria, emitir pare-ceres sobre os respectivos relatórios e dirigir o pessoal de inspecção. SECÇÃO IV – DA GESTÃO Artigo 14.º – Instrumentos de gestão

A concretização dos objectivos da IGAP bem como a execução e avaliação das suas actividades são asseguradas, entre outras formas, através dos seguintes instrumentos de gestão:

a) plano estratégico trienal, definidor das grandes linhas da intervenção estratégi-ca da IGAP, aprovado pelo Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública, sob proposta do inspector–geral;

b) plano anual de actividades, integrando o plano de formação do seu pessoal e o plano de modernização administrativa, contemplando os vários programas a desenvolver, discriminados por projectos;

c) relatório anual de actividades, integrando a síntese e a avaliação do desempe-nho da IGAP no ano anterior;

d) orçamento anual; e) mapa de fluxos financeiros; f) balanço social; g) relatório anual de auditoria interna.

Artigo 15.º – Receitas

Constituem receitas da IGAP: a) as dotações provenientes do Orçamento do Estado; b) o produto da venda de publicações editadas pela IGAP; c) quaisquer outras receitas que lhe sejam atribuídas por lei, contrato ou por outro

título.

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CAPÍTULO III – EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE

SECÇÃO I – DOS PRINCÍPIOS, DIREITOS E GARANTIAS DE ACTUAÇÃO Artigo 16.º – Intervenção da IGAP

A intervenção da IGAP concretiza–se através de acções da sua própria iniciativa com observância dos limites fixados na lei, de acções incluídas no plano anual de actividades e de outras determinadas pelo Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública. Artigo 17.º – Princípio da cooperação

1 – Sempre que não esteja em causa o êxito da acção ou o dever de sigilo, a IGAP deverá fornecer às entidades objecto da sua intervenção as informações e os esclarecimen-tos que lhe forem solicitados, de acordo com os princípios da administração aberta aos ci-dadãos e do direito à informação.

2 – É outorgada à IGAP a faculdade de solicitar às inspecções sectoriais e demais organismos da Administração Pública, a designação de pessoal técnico especializado, pelo período de cada acção inspectiva. Artigo 18.º – Princípio da proporcionalidade e da isenção

1 – No exercício das suas funções, os inspectores da IGAP pautam a sua conduta pela isenção, adequação e proporcionalidade dos seus procedimentos aos objectivos da acção.

2 – Os inspectores da IGAP têm total autonomia e isenção técnica. Artigo 19.º – Dever de sigilo

Além da sujeição aos deveres gerais inerentes ao exercício da função pública, todos os funcionários e agentes que exercem funções na IGAP estão obrigados a guardar rigoroso sigilo sobre todos os assuntos de que tomem conhecimento no exercício ou por causa do exercício das suas funções. Artigo 20.º – Garantia do exercício da função inspectiva

1 – Aos inspectores da IGAP, no exercício das suas funções, devem ser facultadas, pelas autoridades públicas e pelas entidades sujeitas à sua intervenção, todas as condições necessárias à garantia da eficácia da acção inspectiva.

2 – É assegurado aos inspectores da IGAP, desde que devidamente identificados e no exercício das suas funções:

a) aceder livremente e permanecer, pelo tempo necessário ao desempenho das funções que lhe forem cometidas, em todos os serviços e dependências das entidades sujeitas à intervenção da IGAP;

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b) utilizar instalações adequadas ao exercício das suas funções em condições de dignidade e de eficácia;

c) requisitar e reproduzir documentos para consulta, suporte ou junção aos relató-rios, processos ou autos e, ainda, proceder ao exame de quaisquer elementos pertinentes à acção inspectiva em poder de entidades cuja actividade seja ob-jecto da intervenção da IGAP;

d) trocar correspondência, em serviço, com quaisquer entidades públicas ou pri-vadas sobre questões relacionadas com o desenvolvimento da sua actuação;

e) promover, nos termos legais, a selagem de quaisquer instalações, dependên-cias, cofres ou móveis e a apreensão de documentos e objectos de prova, lavrando o correspondente auto, dispensável apenas nos casos em que ocorram simples reproduções de documentos;

f) proceder, por si ou por recurso a autoridade administrativa, e cumpridas as for-malidades legais, a notificações a que haja lugar em processos de inquérito, sindicâncias ou disciplinares ou noutros de cuja instrução estejam incumbidos.

3 – Os dirigentes, funcionários e agentes da IGAP que sejam arguidos em processo judicial, por actos cometidos ou ocorridos no exercício e por causa das suas funções, ouvi-do o interessado, têm direito a ser assistidos por advogado, indicado pelo inspector–geral, retribuído a expensas do Estado, bem como às custas judiciais, ao transporte e ajudas de custo, quando a localização do tribunal ou das entidades policiais o justifique.

4 – As importâncias eventualmente despendidas nos termos e para os efeitos referidos no número anterior devem ser reembolsadas pelo dirigente, funcionário ou agente que lhes deu causa, no caso de condenação judicial transitada em julgado. Artigo 21.º – Identificação

Os dirigentes e o pessoal das carreiras de inspecção têm direito a cartão de identifica-ção profissional, segundo modelo a aprovar por portaria do Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública. SECÇÃO II – DA EXECUÇÃO E EFICÁCIA DAS ACÇÕES Artigo 22.º – Deveres de colaboração e informação

1 – As entidades sujeitas à intervenção da IGAP devem disponibilizar o acesso ou fornecer todos os elementos de informação necessários ao prosseguimento das suas atribui-ções e ao êxito da sua missão, nos moldes, nos suportes e com a periodicidade havida por conveniente, segundo o princípio da boa fé.

2 – Os titulares dos órgãos das entidades sujeitas à intervenção da IGAP estão obri-gados a prestar–lhe ou a fazer prestar as informações e os esclarecimentos, a facultar docu-mentos e a colaborar da forma que lhes for solicitada, no âmbito das suas funções, podendo, para o efeito, ser requisitada a comparência dos responsáveis, funcionários e agentes dos serviços e organismos do Estado, nomeadamente para prestação de declarações ou depoi-mentos.

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3 – A recusa da colaboração devida e a oposição à actuação da IGAP podem fazer incorrer o infractor em responsabilidade disciplinar, civil e criminal, nos termos da legisla-ção aplicável.

4 – A IGAP deve fazer constar no seu relatório anual de actividades os obstáculos colocados ao normal exercício da sua actuação. Artigo 23.º – Princípio do contraditório

Sem prejuízo das garantias de defesa previstas na lei e tendo em vista os objectivos de rigor, operacionalidade e eficácia da acção da IGAP, esta conduzirá as suas intervenções com observância do princípio do contraditório, excepto quando tal procedimento for sus-ceptível de prejudicar aqueles objectivos. Artigo 24.º – Garantia da eficácia

1 – A IGAP controla a execução pelas entidades e serviços competentes, das medidas preconizadas nos seus relatórios de inspecção e auditoria, para correcção ou reparação de situações de incumprimento da lei, bem como de quaisquer irregularidades, deficiências e anomalias detectadas.

2 – Sem prejuízo do dever da IGAP proceder ao acompanhamento do resultado das recomendações e propostas formuladas, as entidades visadas devem fornecer–lhe, no prazo de 90 dias contados a partir da recepção do relatório, informações sobre as medidas e deci-sões entretanto adoptadas na sequência da sua intervenção, devendo ainda pronunciar–se sobre o efeito da acção. Artigo 25.º – Dever de participação

1 – A IGAP tem o dever de participar às entidades competentes os factos que apurar no exercício das suas funções susceptíveis de interessarem ao exercício da acção discipli-nar, civil, criminal ou contra–ordenacional.

2 – Os inspectores que tiverem conhecimento ou notícia de um crime devem transmi-ti–lo ao seu superior hierárquico, no mais curto prazo, sem prejuízo da adopção das medi-das cautelares necessárias e urgentes para assegurar os meios de prova, nos termos previs-tos no Código de Processo Penal. Artigo 26.º – Impedimentos e incompatibilidades

1 – O pessoal da IGAP está sujeito ao regime geral de impedimentos e incompatibili-dades vigente na Administração Pública.

2 – É ainda vedado aos dirigentes e ao pessoal das carreiras de inspecção da IGAP: a) executar quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar em que sejam

visados parentes ou afins em qualquer grau da linha recta ou até ao 3.º grau da linha colateral;

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b) exercer actividades alheias ao serviço que respeitem a entidades relativamente às quais o funcionário tenha realizado nos últimos três anos quaisquer acções de natureza inspectiva ou disciplinar;

c) exercer quaisquer outras actividades a entidades sujeitas a inspecção ou fiscali-zação da IGAP.

3 – O exercício de actividades mencionadas na alínea c) poderá ser autorizado, casuisticamente, por despacho do Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública, sob parecer do inspector–geral, desde que não afecte o prestígio da função, não contribua para enfraquecer a respectiva autoridade e não ponha em causa a isenção profis-sional.

4 – O despacho de autorização fixará, para cada caso, as condições em que se permite o exercício de actividade alheia à IGAP podendo, a todo o tempo, ser revogado com fun-damento na inobservância, desrespeito ou alteração dessas condições. CAPÍTULO IV – GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

SECÇÃO I – DO PESSOAL Artigo 27.º – Regime do pessoal

O pessoal ao serviço da IGAP rege–se pelo disposto no presente diploma e, em tudo o que não for com ele incompatível, pelo regime geral aplicável à Administração Pública, incluindo o que estabelece o enquadramento e define a estrutura das carreiras de inspecção. Artigo 28.º – Quadro de pessoal

1 – O quadro do pessoal dirigente da IGAP consta do mapa I, anexo ao presente di-ploma, do qual faz parte integrante.

2 – O quadro do restante pessoal da IGAP será aprovado por portaria conjunta dos Ministros das Finanças e da Reforma do Estado e da Administração Pública.

3 – Mantém–se em vigor, até à publicação da portaria a que se refere o número ante-rior, o quadro de pessoal provisório aprovado pela Portaria n.º 1010/2000, de 20 de Outu-bro. Artigo 29.º – Remunerações dos dirigentes

A escala indiciária dos dirigentes da IGAP é a constante do mapa II, anexo ao presen-te diploma, do qual faz parte integrante. Artigo 30.º – Provimento de pessoal dirigente

O provimento nos cargos de inspector–geral, subinspector–geral, inspector–director, director de serviços e chefes de divisão é efectuado em comissão de serviço, nos termos da lei geral aplicável ao pessoal dirigente da função pública.

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CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 31.º – Regra geral de transição

1 – O pessoal pertencente ao quadro provisório da IGAP transita na mesma carreira, categoria e escalão para o quadro de pessoal da IGAP, com excepção do pessoal das carrei-ras técnica superior e técnica afecto à realização de auditorias e outras acções de controlo.

2 – A transição do pessoal das carreiras técnica superior e técnica exceptuado no número anterior far–se–á, mediante decreto regulamentar, para as carreiras previstas no diploma que estabelece o enquadramento e define a estrutura das carreiras de inspecção.

3 – As comissões de serviço do pessoal pertencente ao quadro provisório mantêm–se em vigor até à sua transição para o quadro definitivo da IGAP.

Artigo 32.º – Tempo de serviço

O tempo de serviço prestado na IGAP nas carreiras e categorias que dão origem às transições previstas no artigo anterior conta, para todos os efeitos legais, como prestado nas novas carreira e categoria. Artigo 33.º – Pessoal em exercício de funções na IGAP

1 – Os membros da Comissão Instaladora e os dirigentes da IGAP com vínculo à fun-ção pública e pertencentes à carreira técnica superior que se encontrem em exercício à data da entrada em vigor do presente diploma, podem optar pela integração no quadro de pessoal da IGAP, na correspondente carreira de inspecção.

2 – Os adjuntos da Comissão Instaladora que se encontrem em exercício de funções à data da entrada em vigor do presente diploma, com vínculo à função pública, podem optar pela integração no quadro da IGAP, na correspondente carreira de inspecção, se pertencen-tes à carreira técnica superior.

3 – O pessoal pertencente a carreiras de regime especial, que se encontre em regime de requisição à data da entrada em vigor do presente diploma, desde que detenha os requisi-tos habilitacionais legalmente exigidos, pode optar pela integração no quadro de pessoal da IGAP, na correspondente carreira de inspecção. Artigo 34.º – Concursos pendentes, pessoal em regime de estágio e requisitado

1 – Com a entrada em vigor do presente diploma ficam salvaguardados todos os con-cursos abertos durante o período de instalação, bem como os estágios que se encontrem a decorrer, sendo os mesmos válidos para o preenchimento dos lugares do quadro de pessoal da IGAP.

2 – Ficam igualmente salvaguardadas as situações de requisição de pessoal existentes à data de entrada em vigor do presente diploma.

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Artigo 35.º – Auditorias de gestão

As auditorias de gestão de recursos humanos e de modernização administrativa, determinadas ao abrigo do Decreto–Lei n.º 131/96, de 13 de Agosto, à data da entrada em vigor do presente diploma, prosseguem até à sua conclusão. Artigo 36.º – Norma revogatória

Com a entrada em vigor do presente diploma, são revogados os Decretos–Leis n.os 131/96, de 13 de Agosto, e 220/98, de 17 de Julho. Artigo 37.º – Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia subsequente ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Março de 2001. – António Ma-

nuel de Oliveira Guterres – Joaquim Augusto Nunes Pina Moura – Alberto de Sousa Mar-tins.

Promulgado em 20 de Abril de 2001. Publique–se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 26 de Abril de 2001. O Primeiro–Ministro, em exercício, Jaime José Matos da Gama.

MAPA I (artigo 28.º, n.º 1)

Quadro de pessoal dirigente

MAPA II (artigo 29.º)

Escala indiciária Inspector–geral – 100 (ver nota a). Subinspector–geral – 90%. (nota a) O valor do índice 100 do inspector–geral é de 822 171$00.