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PORTUCEL MOÇAMBIQUE
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (SGAS) MANICA
Direcção de Sustentabilidade
Novembro de 2014
I
CONTEÚDO
Lista de Tabelas ....................................................................................................................................... II
Lista de Siglas e Abreviaturas ................................................................................................................. III
1. Introdução ....................................................................................................................................... 1
2. Caracterização Biofísica das Áreas do Projecto Florestal ................................................................ 3
2.1 Áreas e localização geográfica................................................................................................. 3
2.2 Solos ........................................................................................................................................ 4
2.3 Clima ........................................................................................................................................ 4
2.4 Hidrologia ................................................................................................................................ 5
2.5 Vegetação original e uso actual............................................................................................... 5
2.6 Caracterização Sócio-económica das Áreas do Projecto Florestal .......................................... 6
3. Política Florestal .............................................................................................................................. 8
4. Impactos/Riscos Ambientais Potenciais e Respectivas Medidas de Mitigação .............................. 9
4.1 Instalação de povoamentos de eucalipto ............................................................................... 9
4.2 Manutenção e Exploração Florestal ...................................................................................... 15
5. Impactos/Riscos Socias Potenciais e Respectivas Medidas de Mitigação ..................................... 23
6. Programas de Gestão Ambiental e Social ..................................................................................... 23
6.1 Directrizes para o Programa Desmatamento das Áreas Florestais (PDAF) ........................... 23
6.2 Plano de Conservação do Património Histórico e Cultural (PCPHC) ..................................... 23
6.3 Programa de Monitorização da Água (PMA) ......................................................................... 23
6.4 Programa de Conservação de Habitats e Flora (PCHF) ......................................................... 23
6.5 Programa para Conservação da Fauna (PCF) ........................................................................ 23
6.6 Programa de Gestão Integrada de Resíduos e Efluentes (PGIRE) ......................................... 23
6.7 Plano de Comunicação Social (PCS) e o de Engajamento com as Partes Interessadas ......... 23
6.8 Programa de Educação Ambiental (PEA) .............................................................................. 23
6.9 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) ..................................................... 23
6.10 Plano de Monitorização dos Solos (PMS) .............................................................................. 23
6.11 Programa de Desenvolvimento Social, que inclui o Plano de Valorização dos Meios de
Subsistência das Comunidades ......................................................................................................... 23
7. Plano de contingência a situações de emergência e acidentes .................................................... 24
II
7.1 Documentos Associados ........................................................................................................ 24
7.2 Definições .............................................................................................................................. 24
7.3 Descrição das Actividades ..................................................................................................... 26
7.3.1 Fluxograma .................................................................................................................... 26
7.3.2 Descrição ....................................................................................................................... 27
7.4 Resposta a Situações de Emergência .................................................................................... 31
8. Estrutura Organizacional e Responsabilidades ............................................................................. 32
8.1 Estrutura Organizacional ....................................................................................................... 32
8.2 Funções Principais dos Diferentes Órgãos ............................................................................ 32
8.2.1 Administração................................................................................................................ 32
8.2.2 Relacionamento com as Comunidades ......................................................................... 34
8.2.3 Sustentabilidade ............................................................................................................ 35
8.2.4 Operações Florestais e Formação Técnica .................................................................... 35
8.2.5 Património, Planeamento e Projecto ............................................................................ 36
8.3 Áreas de Actuação e Responsabilidades com a Melhoria Contínua ..................................... 37
8.3.1 Ciclo de Melhoria Contínua ........................................................................................... 38
9. Monitoria e Avaliação do Sistema ................................................................................................. 39
9.1 Documentos Associados ........................................................................................................ 39
9.2 Descrição das Actividades ..................................................................................................... 40
9.3.1 Fluxograma .................................................................................................................... 40
9.3.2 Descrição ....................................................................................................................... 41
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Medidas de mitigação/potenciação a serem adoptadas em função dos impactes e riscos
potenciais decorrentes da implementação da plantação de eucalipto. ............................................... 10
Tabela 2 Medidas de mitigação/potenciação a serem adoptadas em função dos impactes e riscos
potenciais decorrentes da implementação das operações florestais nas fases de manutenção e
exploração florestal das plantações de eucalipto. ................................................................................ 15
Tabela 3 Resposta a Situações de Emergência ...................................................................................... 31
III
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AC - Acção Correctiva
AP - Acção Preventiva
CBPF - Código de Boas Práticas Florestais
DRH - Direcção de Recursos Humanos
DST- Direcção de Sustentabilidade
DUAT – Direito do Uso e Aproveitamento da Terra
EPI - Equipamento de Protecção Individual
FSC - Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal)
GF – Gestão Florestal
gPS – Grupo Portucel Soporcel
GSGF – Gestor do Sistema de Gestão Florestal
IFC - International Finance Corporation (Corporação Financeira Internacional)
ISO – International Standard Organization
NC - Não Conformidade
O&M – Objectivos e Metas
ONG – Organizações Não Governamentais
PGF – Plano de Gestão Florestal
R-EIAS – Relatório do Estudo do Impacto Ambiental e Social
SGF – Sistema de Gestão Florestal
1
1. INTRODUÇÃO
Na sequência do processo de consulta comunitária, a Portucel Moçambique, empresa moçambicana
de direito privado, obteve do Estado de Moçambique a autorização de direito de uso e
aproveitamento da terra (DUAT) para uma área com cerca de 183 mil ha na Província de Manica,
cujas áreas estão distribuídas em 22 parcelas de forma não contígua e abrangem cinco Distritos
(Bárue, Manica, Gondola, Sussundenga e Mossurize), com a finalidade de estabelecer plantações
florestais para futura exploração industrial/comercial nos termos da Autorização do Projeto de
Investimento, aprovada pelo Conselho de Ministros da República de Moçambique (Autorização nº
249/2009).
O objectivo da empresa é estabelecer uma plantação de 126 mil ha de eucalipto deixando a área
remanescente (57 mil hectares) para ser utilizada para residência, produção agrícola de
subsistência/rendimento e outras explorações para as famílias e comunidades locais, e para a
preservação de valores ambientais, salvaguardada a estrita observância da Lei de Terras e respetivo
Regulamento.
Com base nas recomendações constantes do Relatório do Estudo de Impacto Ambiental (REIA) e
políticas/compromissos de boas práticas ambientais e socias do grupo Portucel assim como com base
nos padrões de desempenho da International Finance Corporation (IFC`s Policy and Perfomance
Standards on Environmental and Social Sustainability) e princípios e critérios preconizados pelo FSC e
PEFC, a Portucel Moçambique elaborou o seu Sistema de Gestão Ambiental e Social (SGAS).
Em termos legais, o SGAS cumpre rigorosamente os dispositivos do Decreto-Lei nº 45/2004, de 29 de
Setembro, que estabelece “as acções a desenvolver pelo proponente, visando mitigar os impactos
negativos e potenciar os positivos resultantes da implementação da actividade proposta, elaboradas
no âmbito da Avaliação de Impactos Ambientais”. A Directiva Geral para Estudos de Impacto
Ambiental (Diploma Ministerial nº129/2006 de 19 de Julho) que serve como base mínima para a
orientação do processo de AIA, estabelece no seu capítulo IX, Plano de Gestão Ambiental (PGAS), o
conjunto de programas e respectivas acções que se destinam a fazer com que o projecto se realize
segundo os princípios de protecção ambiental. O PGAS abrange assim um conjunto de medidas
gerais e específicas que servem como base para a gestão ambiental e social, isto é, permite gerir
eficazmente os impactos ambientais e sociais suscitados pela implementação do projecto florestal.
Constituindo, assim, uma ferramenta essencial quer para o planeamento das actividades do projecto
quer para o acompanhamento da sua execução mediante a implementação dos programas de
monitorização.
O REIAS contém um PGAS elaborado para a empresa o qual é parte integrante e constituiu como
base para a elaboração e implementação deste Sistema de Gestão Ambiental e Social (SGAS).
O SGAS é um conjunto formal de procedimentos e políticas que definem como uma organização gere
os seus impactos potenciais no ambiente natural e na saúde e bem-estar das pessoas que dele
dependem. É um documento dinâmico que será revisto anualmente e actualizado sempre que
necessário.
2
Este SGAS tem a missão não apenas de aperfeiçoar o cumprimento da legislação ambiental, mas
também de centrar a atenção da empresa num processo dinâmico e de melhoria contínua
possibilitando a mesma descoberta de novas formas de gestão mais eficientemente.
Com a implementação deste Sistema de Gestão Ambiental e Social (SGAS) a empresa projecta vários
benefícios potenciais associados:
Assegurar aos clientes o comprometimento com uma gestão ambiental demonstrável;
Manter boas relações com o público/comunidade;
Satisfazer os critérios dos investidores e melhorar o acesso ao capital;
Obter seguro a um custo razoável;
Fortalecer a imagem e a participação no mercado;
Atender aos critérios de certificação do vendedor;
Aprimorar o controlo de custos;
Reduzir incidentes que impliquem responsabilidade civil;
Demonstrar actuação cuidadosa;
Conservar matérias-primas e energia;
Facilitar a obtenção de licenças e autorizações;
Estimular o desenvolvimento e compartilhar soluções ambientais;
Melhorar as relações entre a empresa/governo.
O SGAS é por sua vez parte integrante do sistema de gestão global da empresa. A estrutura,
responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para a implementação das nossas
políticas, objectivos e metas ambientais são coordenados com os esforços existentes em todas as
outras áreas (planeamento, operações, comunicação, administração). A empresa dá ênfase no
sentido de todos os seus colaboradores saberem da sua importância individual no processo do
Sistema de Gestão Ambiental e Social (SGAS) de modo a ter uma noção da sua estrutura e alertá-los
para o esforço de interiorizarem a política ambiental da organização, estarem familiarizados com os
aspectos ambientais significativos das suas actividades, cumprirem as práticas operacionais das suas
actividades e conhecerem as consequências potenciais de desvios, dominarem o modo de actuação
em caso da ocorrência de um acidente ambiental e conhecerem as suas atribuições,
responsabilidades no âmbito das regras definidas pelo SGAS.
Este sistema reconhece que são as actividades económicas que geram os meios técnicos,
tecnológicos e financeiros que permitem fazer face à degradação ambiental quer através de
mecanismos correctivos, quer pela implementação de medidas de prevenção. Por isso enfatiza a sua
implementação para a gestão correcta das externalidades ambientais levando desse modo à redução
de custos e consequente aumento da competitividade.
O SGAS objectiva atingir a sustentabilidade desta empresa partindo do equilíbrio na integração dos
interesses económicos, ambientais e sociais, aplicando-se em todas as direcções, ainda que de forma
gradual.
3
2. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA DAS ÁREAS DO PROJECTO FLORESTAL
2.1 Áreas e localização geográfica
A área da Província de Manica compreende três zonas distintas: Distrito de Báruè; Zona de Chimoio,
Gondola e Sussundenga; e Distrito de Mossurize abrangendo assim doze postos administrativos (PA)
em cinco (5) distritos, sendo os PAs de Catandica, Nhampassa e Chôa no Distrito de Báruè, o PA de
Mavonde no distrito de Manica, os PAs de Amatongas, Cafumpe, Matsinho e Inchope no distrito de
Gondola, os PAs de Sussundenga e Muhoa no distrito de Sussundenga e os PAs de Espungabera e
Dacata no Distrito de Mossurize.
Localização das Parcelas do Projecto Florestal na Manica.
4
2.2 Solos
A área do projecto nos distritos de Báruè, Gondola, Manica, Mossurize e Sussundenga é constituída
pelo conjunto de parcelas definidas pelos DUAT’s e tem uma extensão de 183 000 ha. Os principais
solos que ocorrem são maioritariamente dominados pelos Ferralsolos (Rhodic Ferralsol, 73%),
Arenossolos (Ferralic Arenosols, 12%) e Acrissolos (Haplic Acrisols, 8%).
As análises de solos feitas no âmbito do REIAS permitem considerar que a acidez do solo varia entre
muito ácido a pouco ácido, o que pode justificar a correcção da acidez de áreas específicas, quando
concomitantemente os teores de Ca e/ou Mg forem baixos ou muito baixos. O teor de matéria
orgânica do solo é geralmente muito baixo, com teor de nitrogénio geralmente mediano, dadas as
características edafoclimáticas das áreas florestais. O solo é ainda caracterizado por teor elevado de
potássio e geralmente muito baixo de fósforo.
As amostras de solos dos testes realizados no âmbito do REIAS apresentam de um modo geral
moderados a ligeiramente elevados teores de argila (entre 30 e 47%). O teor de limo é muito baixo
(entre 2,5 e 9,4%) o que representa um alto grau de meteorização dos solos. O valor médio de todas
as amostras dá uma textura de franco argilo-arenosa.
A zona do projecto encontra-se assim localizada em duas zonas agro-ecológicas de Moçambique: a 4
(zonas de média altitude do Centro) e a 10 (zonas de altas altitudes superiores a 1200 m), sendo que
as parcelas estão maioritariamente na zona 4.
O risco de perda de culturas é avaliado pela disponibilidade de água (regularidade e volumes de
precipitação) e pela sua retenção nos solos (capacidade de armazenamento) durante o período de
crescimento das culturas. Esta capacidade é fortemente afectada nos solos arenosos. Com bases nos
recursos edáficos e na disponibilidade de água por precipitação o risco de perda das culturas é maior
na região R4 que na R10.
O mapeamento disponível relativo ao risco de erosão na região em estudo refere que para a zona da
província da Manica é possível depreender que o risco de erosão é entre médio e alto, sendo as de
maior risco as áreas junto da fronteira com o Zimbabué.
2.3 Clima
Manica apresenta um clima que oscila entre Tropical Chuvoso de Savana, nas zonas mais baixas, e
Temperado Chuvoso de Montanha, nas zonas de planalto e montanhosas. As chuvas estão
concentradas no Verão (Novembro a Abril) e a sua amplitude na área de Projecto oscila entre os
1.100 e os 1.400 mm de precipitação média anual. Os valores mais baixos registam-se nas parcelas
no Distrito de Gondola (cerca de 1.100 mm) e os valores mais altos nas parcelas mais elevadas, nos
distritos do Báruè e de Mossurize (cerca de 1.400 mm). No grupo de parcelas da zona centro, onde se
encontra grande parte da área do Projecto, o valor de precipitação ronda os 1.100 mm/ano.
Particularmente, nas zonas abrangidas pelo projecto, a precipitação média anual é distribuída na
seguinte sequência:
Distrito Báruè Gondola Manica Mossurize Sussundenga
Precipitação Média Anual (mm) 1 452 1 094 1 198 1 373 1 149
Temperatura Máxima (ºC) 29 27 28 26 27
Fonte: Portucel Soporcel 2009
5
A temperatura média na região do Projecto varia no intervalo de 20-22 ºC. Os valores médios da
temperatura máxima oscilam entre os 25 ºC e os 29 ºC, registando-se o valor máximo no Distrito do
Báruè e o valor mais ameno no Distrito de Mossurize.
2.4 Hidrologia
As parcelas dos distritos de Báruè e Gondola encontram-se na bacia hidrográfica de Pungue e as de
Manica, Mossurize e Sussundenga na de Revue, concretamente drenadas pelos rios Pungue e
Inhazonia em Pungue e pelos rios Revue, Muda e Messica em Revue respectivamente. Para uma
gestão sustentável desses recursos será elaborado e implementado um programa de monitorização
das águas de superfície de modo a assegurar que os impactos relacionados com a criação, gestão
contínua e estabelecimento das plantações de eucalipto possam ser identificadas e abordadas. Este
plano de monitorização das águas de superfície deverá utilizar os pontos de amostragem
identificados neste estudo, sempre que possível, e incluir pontos de amostra adicionais se necessário.
A zona ribeirinha (mata ciliar/vegetação circundante ao curso de água) de crucial importância na
manutenção da qualidade e quantidade da água. A observação das distâncias mínimas de separação
entre a plantação e o curso de água, permanecendo nesse espaço a vegetação de base é uma
consideração importante na implementação de um projecto florestal. Não proteger as zonas
ribeirinhas de florestamento com eucaliptos resulta num aumento das perdas no caudal devido ao
aumento do uso de água na vegetação ribeirinha em comparação com as plantações de encosta.
Além disso, as zonas ribeirinhas auxiliam na remoção de sedimentos e outros poluentes dos caudais
de águas pluviais, protegendo assim a qualidade da água dos rios adjacentes.
A Portucel Moçambique reconhece a importância das zonas ribeirinhas tampão e determinou uma
zona de exclusão fixados em:
50 m para cursos de água menores;
100 m para cursos de água intermédios;
200 m para cursos de água principais.
2.5 Vegetação original e uso actual
À escala regional o mapeamento das parcelas ocorre em cinco tipos genéricos de vegetação
nomeadamente: Mata de miombo semi-decíduo de alta precipitação (Brachystegia spiciformis) -
Unidade de Mapeamento Nº 21, Mata de miombo decíduo (Brachystegia spiciformis-Julbernardia
globiflora) - Unidade de Mapeamento Nº 23, Mata deciduo aberta de miombo - Unidade de
Mapeamento Nº 30, Savana Arbórea semi-sempre verde de alta precipitação (Parinari curatellifolia) -
Unidade de Mapeamento Nº 39, e Floresta sempre verde - Unidade de Mapeamento Nº 1.
A agricultura itinerante, a produção de carvão e o Corte de árvores para madeira constituem uma
série de actividades que levam à perturbação ecológica dessas áreas, desse modo, acelerando o
processo natural de fragmentação pelo incremento antrópico. A agricultura itinerante é, de longe, a
perturbação ecológica actual mais significativa nessas parcelas. Grandes extensões de terra foram
convertidas em campos agrícolas para o plantio de culturas. Muitos habitantes locais geram
rendimento através da produção de carvão vegetal e também utilizam o produto numa base de
subsistência para cozinhar. Este processo contribui expressivamente na destruição de grandes áreas
6
de vegetação natural. Os madeireiros seleccionam preferencialmente determinadas espécies de
madeiras para serem utilizadas como material de construção e mobiliário. Este processo remove
selectivamente algumas espécies chave e altera o habitat natural.
Em termos de áreas de valor de conservação (AVC), existem aquelas que podem ser consideradas
ecologicamente sensíveis considerando os critérios de proximidade aos cursos de água e presença de
matas densas. A flora que circunda cursos de água e encostas (mata ciliar) representam alto valor de
conservação por fornecer serviços naturais de protecção de solos e água. Acrescentam-se ao alto
valor de conservação os cemitérios, locais históricos e/ou culturais, etc. Em termos de serviços de
ecossistemas às comunidades locais, a vegetação nativa providencia recursos tais como a produção
de lenha e carvão, a colheita de produtos alimentares (raízes, folhas, fauna, etc.) e medicinais para a
sua utilização quotidiana.
2.6 Caracterização Sócio-económica das Áreas do Projecto Florestal
Grande parte dos agregados familiares residentes nas parcelas vive na povoação a título permanente.
Cerca de 80% da população estabeleceu-se nas povoações depois do Acordo Geral de Paz. O Distrito
de Báruè (com 88,9%) apresenta a proporção mais elevada enquanto Mossurize (com 71,4%)
apresenta a proporção mais baixa. A proporção de agregados familiares que sempre viveram na
povoação ou que lá se fixou antes do Acordo Geral de Paz é relativamente muito baixa, exceptuando-
se os distritos de Mossurize, onde 19% informou ter sempre vivido na povoação, e o de Sussundenga
onde 6,7% se fixou na povoação durante a guerra. Os dados do inquérito realizado no âmbito do EIAS
indicam que grande parte das casas nas parcelas é feita de material do tipo tradicional, sendo 75,4%
em Sussundenga e 64,7% em Mossurize, tornando estes distritos os que apresentam os índices mais
altos e mais baixos, respectivamente.
A ocupação principal da população local em idade activa é a agricultura familiar de subsistência, o
que indica tratar-se duma população desfavorecida, extremamente dependente da agricultura para
assegurar a sua sobrevivência e desenvolvimento. Destaque para as Parcelas de Mossurize, onde
(91,8%) da população trabalha no sector da agricultura familiar de subsistência.
O número de pessoas assalariadas nas parcelas está ligado ao trabalho para a Portucel, uma vez que
nestes locais a empresa opta por minimizar a utilização de tecnologia de modo a dar emprego a
população local. Apesar de ser maioritariamente secundários, é comum realizar-se trabalho nas
parcelas agrícolas/machambas de outras pessoas locais ou em povoações vizinhas, este geralmente
de carácter temporário.
Nas parcelas existem grupos com certa resiliência (com uma capacidade de se adaptar as condições
locais) mas também grupos vulneráveis, que foram identificados como os principais: os órfãos, as
viúvas, as mães solteiras, os idosos e as pessoas portadoras de deficiência.
Uma vez a grande parte das famílias ter a sua economia baseada na agricultura de subsistência, estas
são afectadas pela insegurança alimentar provocada pela ruptura dos stocks alimentares
provenientes da produção agrícola. A produção e a produtividade da agricultura familiar e os
aspectos com eles relacionados são variáveis com uma forte influência na vulnerabilidade das
famílias, por via da insegurança alimentar.
7
Devido a sua dependência, de todos, a terra é o principal recurso de sobrevivência e
desenvolvimento dos agregados familiares, representando: (1) um bem essencialmente económico
pela função dominante que a actividade agrícola, o plantio de árvores e a criação de animais têm nas
povoações destas áreas, para consumo e para venda, mas também porque a terra assume um valor
material na transmissão da herança e noutras formas de acesso à terra; (2) um bem com valor social
e cultural por desempenhar um papel importante na vida e bem-estar dos agregados familiares e das
comunidades em geral, principalmente enquanto fornecedora de materiais para construção, para
fabrico de utensílios domésticos e ainda pelo seu carácter sagrado e cultural, como um bem
transmitido de geração em geração e o local onde viveram os antepassados.
A água é de vital importância para os seres vivos. Os recursos hídricos existentes nas parcelas (rios,
riachos e lagoas) constituem um importante recurso para abastecimento de água dos agregados
familiares, pastagem, pesca e a piscicultura, colecta de plantas para alimentação assim como o
artesanato. O uso dos rios, riachos e lagoas como fonte de abastecimento de água é importante dado
o número limitado de fontes de água potável existentes na área do Projecto. Por outro lado a pesca,
a piscicultura e a colecta de plantas para alimentação e produção de artesanato são actividades que
contribuem não só para melhorar a dieta alimentar dos agregados, como também para incrementar
os seus rendimentos.
A caça é sobretudo de animais de pequeno porte, principalmente ratos, coelhos, ratazanas, galinhas
do mato e perdizes. Contudo existem também porcos do mato e gazelas.
Os recursos florestais tem vários aspectos que conferem valor no bem-estar espiritual e material dos
agregados familiares, assim como nos seus meios de subsistência como a seguir se menciona: (1) o
carácter sagrado da floresta, o uso dos recursos florestais como materiais de construção, como
fontes de produção de energia, a disponibilidade de produtos florestais para alimentação dos
agregados familiares, para a produção de utensílios domésticos e de artesanato e ainda como fonte
de obtenção de rendimento através da sua venda.
A taxa de analfabetismo evidenciada nas parcelas mostra-se relativamente alta na população da
província e dos distritos, exceptuando o Distrito de Manica, que apresenta uma percentagem menor
(29,3%). O percentual deste fenómeno nas mulheres é extremamente alto comparativamente com a
dos homens (60,8% em Bárue, 62,1% em Gondola, 42,5% em Manica, 75,1 em Mossurize e 63,8 em
Sussundenga), indicando claramente a situação desfavorável em que se encontra a mulher no que
respeita ao nível educacional. O número de pessoas em idade de frequentar a escola que em 2012 se
encontrava a estudar é de 67,5%.
Em termos de energia, as baterias e pilhas são as principais fontes de iluminação nas Parcelas do
Projecto. Báruè apresenta a taxa mais alta de agregados familiares que usam estas fontes para
iluminação (85,6%) e Mossurize a taxa mais baixa (66,7%) comparativamente às outras parcelas do
projecto. Porém, a lenha e o petróleo apresentam-se como a segunda fonte de iluminação mais
usada em todas as parcelas. Onde o uso o petróleo é alto, o uso de lenha é mais baixo e vice e versa.
A grande maioria das famílias residentes nas parcelas do projecto usa a lenha para cozinha. O carvão
é usado e com pouca frequência em Gondola (0,6%), Sussundenga (1,1%) e Báruè (0,9%).
Nestas parcelas, a deslocação para diferentes pontos da rede comercial é feita maioritariamente a pé,
seja por exemplo para moagem e banca dentro da povoação ou para lojas e outros estabelecimentos
8
e operadores comerciais baseados na sede da localidade ou do distrito. Em relação a comunicação,
grande parte dela entre pessoas e/ou instituições é efectuada através da comunicação directa inter-
pessoal ou através da telefonia celular.
3. POLÍTICA FLORESTAL
Em consonância com as Políticas Florestal e de Sustentabilidade do grupo Portucel Soporcel, a
Portucel Moçambique promove uma gestão florestal inclusiva, eficiente e competitiva nas áreas
correspondentes ao seu direito de uso e aproveitamento da terra (DUAT), com objectivo de
estabelecer plantações florestais, no respeito pela conservação dos recursos naturais e ciente da sua
responsabilidade social especialmente para com as famílias e comunidades existentes nas áreas de
desenvolvimento do seu projecto.
Consciente do valor dos seus activos florestais e do seu papel como agente de desenvolvimento
económico e social, a Portucel Moçambique adopta um modelo de gestão florestal que visa
contribuir para a manutenção e melhoria contínua das funções económicas, ecológicas e sociais dos
espaços florestais, quer ao nível do povoamento quer à escala da paisagem, e assume o
compromisso de longo prazo de:
Gerir os espaços florestais sob sua gestão em conformidade com os padrões corporativos de boas
práticas ambientais e sociais do grupo Portucel Soporcel, refletidos no seu Código de Boas Práticas
Florestais, e os padrões de desempenho da International Finance Corporation (IFC, grupo Banco
Mundial).
A Portucel Moçambique, no âmbito da sua actividade florestal, compromete-se ainda a:
Assegurar o cumprimento da legislação aplicável à actividade e outros regulamentos e
políticas que voluntariamente subscreve.
Contribuir activamente para contrariar a exploração florestal ilegal.
Identificar, mapear e gerir adequadamente as áreas de alto valor de conservação existentes
nos espaços florestais sob sua gestão.
Adoptar medidas de protecção da fauna nas áreas de influência do projecto florestal.
Desenvolver e promover o conceito de plantações florestais que, pela forma como são
geridas, possam contribuir positivamente para manter a integridade dos ecossistemas e
proteger os altos valores de conservação, garantir processos eficazes de participação de
partes interessadas e fomentar o crescimento económico e o emprego.
Incentivar e encorajar a iniciativa dos seus colaboradores, garantindo-lhes formação
adequada para promover a sua valorização profissional e elevados níveis de motivação e
empenhamento na concretização dos objectivos da gestão.
Promover a adopção das melhores práticas pelos fornecedores, encorajando-os a exercer a
sua actividade no respeito pelos princípios orientadores de uma boa gestão florestal.
Partilhar com as comunidades, produtores florestais e outras partes interessadas o seu
referencial técnico de gestão através da disponibilização pública do “Código de Boas Práticas
Florestais do grupo Portucel Soporcel”.
9
Manter e promover uma atitude pró-activa para com outras entidades da fileira florestal,
desenvolvendo parcerias estratégicas e trabalhando activamente na procura das formas mais
adequadas de melhorar o desempenho e competitividade global da floresta.
Implementar, manter e divulgar o Sistema de Gestão Florestal, estabelecendo e actualizando
os seus objectivos e promovendo a melhoria contínua da sua eficácia.
Disponibilizar-se para receber e responder a questões colocadas por partes interessadas,
divulgando a sua Política Florestal e promovendo um relacionamento de elevada
responsabilidade social e ambiental com as comunidades envolventes.
Rever a sua Política Florestal sempre que se considere necessário.
4. IMPACTOS/RISCOS AMBIENTAIS POTENCIAIS E RESPECTIVAS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO
Com base nos resultados do Estudo do Impacto Ambiental (EIA) e outras referências normativas do
Grupo Portucel Soporcel, apresenta-se a seguir os principais riscos e impactes potenciais da
implementação do projecto, assim como as respectivas medidas de mitigação ou compensação para
minimizar os seus efeitos negativos e potenciar os efeitos positivos.
O projecto consiste no planeamento e execução de um conjunto de actividades relacionadas com o
estabelecimento de plantações de eucalipto para futura exploração comercial/industrial. A idade de
corte dos povoamentos florestais está prevista para os oito anos de idade, seguindo-se a sua
condução em regime de talhadia por pelo menos por mais uma rotação de oito anos. Para facilitar a
planificação das operações, o ciclo de produção do eucalipto foi dividido em três fases: Instalação,
Manutenção e Exploração Florestal. Os riscos e impactos e suas medidas de mitigação são descritos
neste documento por operação e de acordo com as fases referidas.
4.1 Instalação de povoamentos de eucalipto
É definida como a primeira fase da formação de um povoamento de eucalipto, compreendendo as
operações que vão desde a preparação da área para plantação até a plantação propriamente dita,
encerrando-se sensivelmente com a última rega. É geralmente executada num intervalo de seis
meses, passando a seguir para a fase de manutenção.
A instalação é a fase de maior vulnerabilidade ambiental porque envolve um conjunto de operações
com riscos potenciais de causar danos ambientais, como a alteração da paisagem, perturbação de
áreas de alto valor de conservação, sítios arqueológicos e de valor histórico/cultural, riscos de erosão
dos solos, assoreamento de cursos de água e alteração da qualidade da água. É também a fase mais
importante do ponto de vista silvicultural porque a qualidade das práticas de preparação do terreno,
mobilização do solo, adubação e qualidade das plantas vão em grande parte ser responsáveis pelo
sucesso da plantação florestal.
As medidas de mitigação ou potenciação abaixo identificadas devem ser consideradas ao nível do
projecto florestal em escala local, de acordo com a norma técnica para a elaboração do projecto
florestal.
10
Tabela 1 Medidas de mitigação/potenciação a serem adoptadas em função dos impactes e riscos potenciais decorrentes da implementação da plantação de
eucalipto. ECOLOGIA
Impacto/Riscos Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Fragmentação e perda de habitats
Desmatamento Alta
Alta
Alta
Elaborar um procedimento para identificação, mapeamento e gestão das áreas de elevado valor de conservação;
Identificar e gerir as áreas de compensação da biodiversidade;
Controlo rigoroso do acesso às áreas e estradas do projecto pela população em geral;
Restringir ao máximo o acesso às áreas de elevado valor de conservação identificadas;
Implementar limites de velocidade, especialmente em áreas sensíveis ou naturais identificados a fim de evitar colisões e mortalidade directa da fauna;
Criação de áreas de agricultura intensiva para a população local como tampão aos incêndios. Isto poderia reduzir o uso de recursos de áreas sensíveis, bem como agir como controle de espécies invasoras
Moderada
Moderada
Moderada
CBPF
NT01
NT04
PCHF
PDAF
PEA
PVSAC
Abertura de novos acessos
Construção de
infra-estruturas e estabelecimento de plantações
Perda da biodiversidade
Transformação de matas nativas heterogéneas em florestas plantadas de eucalipto
Alta
Identificar, mapear e proteger as áreas de alto valor de conservação, ao nível do projecto florestal, antes de qualquer intervenção operacional no terreno;
Respeitar o identificado e mapeado durante a fase de planeamento de forma a minimizar a perda de biodiversidade
Identificar áreas de protecção da biodiversidade, minimizar a fragmentação de corredores biológicos e implementar de compensações pela perda de biodiversidade (biodiversity off-sets), a qual deve ser desenhada para garantir que não haja perda líquida da biodiversidade. O planeamento e o desenho das
medidas de compensação devem ser efectuados de acordo com os princípios do BBOP (Business and Biodiversity Offset).
Moderada
CBPF
NT05
NT01
PCHF
Proliferação de espécies invasoras
Desmatamento e abertura de novas áreas
Moderada
Controlar plantas invasoras que eventualmente surjam nas áreas do projecto, utilizando de preferência herbicidas de acção sistémica para a sua eliminação, de caído com os critérios técnicos indicados no Código de Boas Práticas Florestais do gPS.
Nas áreas que não seja possível a aplicação de herbicidas, controlar a vegetação espontânea indesejável por via manual ou mecânica por intermédio de slasher ou catanas.
Baixa
CBPF
NT01
NT02
11
HIDROLOGIA
Impacto/Riscos Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Aumento do caudal pluvial
Desmatamento Moderada Preparar o terreno em curva de nível;
Incluir um tampão no rio para preservar a vegetação natural Baixa
PDAF
PMA
PGIRE Construção da rede viária
Moderada
Usar medidas de drenagem que reduzam a energia do caudal pluvial;
Planear e implementar faixas de protecção de linhas de água, de modo a criar uma zona tampão ao longo dos rios e outros cursos de água;
Baixa
Alteração da qualidade da água
Desmatamento Alta
Quando aplicável, fazer a remoção mecânica da vegetação em curva de nível;
Não remover a camada superficial do solo, evitando o uso de equipamentos com lâmina frontal;
Identificar e mapear as faixas de protecção das linhas de água ao nível do projecto florestal, antes de qualquer intervenção operacional no terreno;
Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas.
Baixa
CBPF
NT01
PMA
PGIRE
PEA
Armazenamento ou transporte de combustíveis, óleos, herbicidas
ou pesticidas no local, incluindo o uso de veículos
Alta
Usar armazém coberto com piso impermeável e berma de contenção para armazenar combustível, óleo, fertilizantes, herbicidas e pesticidas;
Transportar combustível, óleo, fertilizantes, herbicidas e pesticidas em contentores fechados;
Incluir um tampão no rio para preservar a vegetação natural;
Minimizar os vazamentos de combustível e de óleo pela manutenção das máquinas;
Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas.
Baixa
Aplicação de herbicidas e pesticidas Alta
Treinar o pessoal no uso e aplicação de fertilizantes, herbicidas e pesticidas.
Estabelecer faixas de protecção de linhas de água, de modo propiciar uma zona tampão e preservar a vegetação natural ao longo dos cursos de água;
Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas.
Baixa
12
SOLOS
Impacto/Riscos Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Alteração do padrão de uso e ocupação da terra
Preparação do terreno para plantação e a construção das infra-estruturas
Moderada
Quando aplicável, fazer a remoção mecânica da vegetação em curva de nível;
Não remover a camada superficial do solo, evitando o uso de equipamentos com lâmina frontal;
Preparar o solo em curva de nível e não fazer a ripagem cruzada em áreas com declives superiores a 3%;
Identificar e mapear as faixas de protecção das linhas de água ao nível do projecto florestal, antes de qualquer intervenção operacional no terreno;
O movimento de máquinas e viaturas deve-se realizar somente nas rotas e estradas de acesso designadas para o efeito;
Recuperar as áreas degradadas via recomposição da vegetação nativa;
Desenho dos talhões de modo a permitir alguma continuidade da floresta natural.
As áreas afectadas pelas actividades de construção e pelas áreas de apoio à obra deverão ser restritas ao mínimo indispensável à boa execução da empreitada;
Nas áreas de implantação das infra-estruturas que interceptem solos com aptidão agrícola, dever-se-á proceder à decapagem do solo, sempre que viável. A terra vegetal assim decapada deve ser posta a depósito com vista à sua reutilização na recuperação das áreas afectadas pelas obras (por exemplo na recuperação das áreas afectas a estaleiros e outras de apoio à obra).
Baixa
CBPF
NT01
NT04
PDAF
PRAD
Destruição da estrutura natural, compactação e erosão dos solos
Instalação das plantações florestais, estradas de acesso e infra-estruturas de apoio
Moderada
Contrariar a erosão estabelecendo barreiras para sedimentos / terraços / bermas, bem como o plantio de gramíneas nativas e camadas de junco a fim de evitar os danos causados pelo escoamento;
As bandas de junco ao longo dos cursos de água podem ser usadas para reduzir os efeitos do escoamento da água e permitir a deposição dos sedimentos;
Recomenda-se a plantação em curvas de nível e a fixação dos taludes mais inclinados com vegetação natural;
Estabilização dos taludes das novas encostas com o estabelecimento de vegetação;
Evitar a circulação de veículos e máquinas pesadas em zonas não estritamente necessárias à construção da obra, especialmente nas que têm maior aptidão agrícola.
Baixa
CBPF
NT01
NT04
PDAF
PRAD
13
Impacto/Riscos Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Assegurar que as linhas de água sejam mantidas livres de lixo e vegetação invasiva, pelo que deverão ser limpos manualmente com regularidade;
Garantir um escoamento livre das águas pluviais;
Estabelecer um programa de manutenção de rotina das estradas, controlando a vegetação das bermas e garantindo o escoamento livre das águas na estação das chuvas;
Garantir que quaisquer alterações dos padrões naturais de drenagem sejam temporários para a realização das obras e restabelecidos de imediato;
Evitar a obstrução das linhas de drenagem pelo armazenamento de materiais ou equipamento para as obras. Cumprir um distanciamento de 10 m dessas linhas;
Com a conclusão das obras deve ser verificado o estado da drenagem das águas e erosão provocada, sempre que ocorrer uma precipitação diária que exceda os 20 mm e reparados os danos imediatamente de forma a manter o fluxo natural das águas.
Após a desocupação do local dos estaleiros e das demais infra-estruturas temporárias do projecto, dever-se-á promover a reposição destas zonas ao seu estado anterior, por meio de medidas de descompactação e arejamento dos solos, cobertura com terra arável e replantação. Esta medida deverá ser integrada no Plano de Integração Paisagística da empreitada.
Restabelecer os sistemas de drenagem natural e o seu funcionamento adequado;
A reabilitação específica de áreas erodidas deve ocorrer o mais rapidamente possível
após o impacto, a fim de evitar os efeitos cumulativos da erosão.
Poluição localizada dos solos
Resíduos sólidos (incluindo lixo doméstico)
Moderada
Todos os trabalhadores devem ser instruídos a procederem à deposição adequada dos resíduos domésticos e devidamente instruídos quanto à necessidade da preservação do meio ambiente e de se tornarem agentes activos na mudança de mentalidades;
Os acampamentos dos trabalhadores devem ser mantidos limpos, não se devendo queimar, enterrar ou abandonar o lixo de forma indiscriminada;
Deverá existir uma equipa responsável pela manutenção da limpeza e recolha de todos os resíduos sólidos produzidos pelos trabalhadores envolvidos no projecto assim como pela própria actividade do projecto;
Baixa
CBPF
FSGR01
FSGR02
PGIRE
PMA
14
Impacto/Riscos Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Os resíduos produzidos nos acampamentos dos trabalhadores, com efeitos negativos em termos de higiene e estética, deverão ser adequadamente tratados antes de serem descarregues no ambiente.
Na ausência dum sistema local de recolha de resíduos deve-se garantir que os resíduos
sólidos domésticos sejam depositados em lixeiras temporárias, as quais devem ser
seguras e não susceptíveis de ser remexidas;
A manutenção de viaturas, a sua reparação ou o abastecimento de máquinas e viaturas deve ser feito em locais apropriados evitando derrames de óleos e combustíveis inapropriados;
PRAD
PEA
Resíduos tóxicos (óleos e combustíveis)
Moderada
Evitar os possíveis derrames tomando precauções no armazenamento e manuseamento de combustíveis e lubrificantes de uma forma concisa.
As embalagens ou tambores que tenham sido usados para o armazenamento de combustíveis e lubrificantes deverão ser devolvidos às empresas fornecedoras.
No caso de se contaminar inadvertidamente o solo, este deve ser imediatamente recolhido para uma zona que permita a evaporação dos hidrocarbonetos e depois reposto. Também se pode aplicar o processo de biorremediação para a descontaminação do solo;
O armazenamento e manuseamento de todo o tipo de produtos tóxicos usados na construção ou na manutenção de veículos e maquinaria de construção devem ser geridos convenientemente.
Baixa
FLORESTAS
Perda de espécies madeireiras de valor comercial
Desmatamento, construção de infra-estruturas (incluindo abertura de novos acessos) e instalação das plantações
Moderada
Exploração das espécies comerciais (mediante licença florestal) que já tenham atingido o diâmetro mínimo de corte (variável de acordo com a espécie).
Retirar os indivíduos de valor comercial que já estejam na fase de regeneração estabelecida para a área adjacente de floresta nativa de modo a disseminar e ajudar na propagação e disseminação das mesmas, garantindo o enriquecimento da floresta nativa.
Garantir a existência de fonte de recolha de propágulos e/ou sementes na altura do reflorestamento da área destinada à plantação.
Baixa
CBPF
NT01
NT04
PCHF
15
Impacto/Riscos Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Emissões de carbono e outros gases do efeito de estufa
Desmatamento e circulação de veículos
Alta
Aplicação das medidas referidas para o impacto sobre a perda da biodiversidade.
Recuperação de florestas nativas em áreas não previstas para a plantação, medida que pode ajudar a compensar este impacto, pela criação de um balanço entre o que se sequestra e o que se emite de CO2 directamente pelo desmatamento.
Moderada CBPF
PCHF
4.2 Manutenção e Exploração Florestal
A actividade de manutenção pode ser definida como a condução de povoamentos de eucalipto após a sua instalação, ou a partir do corte quando o
povoamento é conduzido em regime de talhadia. Compreende, assim, todas as práticas silvícolas e obras de conservação de infra-estruturas e
prevenção de incêndios destinadas à manutenção ou melhoria da produtividade e vitalidade das plantações de eucalipto, começando sensivelmente
quando a plantação atinge os seis meses de idade e indo até à idade de corte ao oitavo ano, quando o povoamento entra em fase de exploração
florestal. Nesta fase, as operações a serem realizadas incluem o corte, o traçamento das árvores, a rechega e o transporte da madeira para
processamento industrial.
Após o corte, os talhões podem ser conduzidos em regime de talhadia por mais uma ou duas rotações ou serem rearborizados mediante uma nova
plantação de eucalipto, dependendo esta decisão de uma análise económica comparativa entre os dois regimes.
Os riscos e impactes potenciais associados a estas duas fases das plantações de eucalipto, assim como as respectivas medidas de mitigação ou
potenciação são descritos na Tabela 2.
Tabela 2 Medidas de mitigação/potenciação a serem adoptadas em função dos impactes e riscos potenciais decorrentes da implementação das operações florestais nas fases de manutenção e exploração florestal das plantações de eucalipto.
ECOLOGIA
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Perda de biodiversidade pela acidificação do solo e corpos
Utilização incorrecta de adubos
Alta
Evitar a utilização de adubos em excesso, calculando com precisão as necessidades de nutrientes conforme os tipos de solo;
Os fertilizantes seleccionados devem ser do tipo de "libertação lenta", garantindo uma absorção máxima antes de lixiviados;
Baixa
CBPF
NT02
PMA
16
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
de água
Adubar na época de crescimento das plantas mas não durante o pico da época das chuvas;
Monitorar a acidez do solo e das águas de modo a assegurar a eficácia da mitigação dos efeitos da adubação.
PRAD
Eutrofização
Utilização
incorrecta de adubos
Alta Aplicam-se aqui as medidas listadas acima; Baixa CBPF
Cursos de água e corpos de água devem ser monitorados para sinais precoces de eutrofização a fim de se ajustar a aplicação de adubos em conformidade;
As bandas de junco podem ser utilizadas como medida de controlo da absorção de nutrientes.
Evitar a utilização de adubos em excesso, calculando com precisão as necessidades de nutrientes conforme os tipos de solo;
Os fertilizantes seleccionados devem ser do tipo de "libertação lenta", garantindo uma absorção máxima antes de lixiviados;
Adubar na época de crescimento das plantas mas não durante o pico da época das chuvas;
Praticar adubação de fundo para minimizar o escoamento;
Construir e manter bermas no fundo dos declives para evitar mais escorrimento para as linhas de drenagem;
CBPF
NT02
PCHF
PRAD
Antibiose
Plantação de Eucalipto – interacção entre os metabólitos da planta com os organismos circundantes
Alta
Acompanhar/avaliar regularmente eventuais efeitos alelopáticos do eucalipto sobre a vegetação do sub-bosque;
Quando aplicável, fazer uma reabilitação das plantações desactivadas;
Devido aos danos causados pelo uso excessivo da terra, anteriores às plantações de eucalipto, a gestão das Compensações de Biodiversidade deve ser fortemente considerada.
Moderada
CBPF
NT02
PCHF
PRAD
17
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Aumento do risco de incêndios florestais
Aumento da carga combustível sobre o solo
Moderada
Desenvolver e implementar um sistema de prevenção e combate de incêndios florestais adequado à realidade de Moçambique, de acordo com as recomendações do Código de Boas Práticas Florestais do gPS;
Implementar um sistema de resposta de emergência a fogos florestais, incluindo meios aéreos de detecção e de contenção de incêndios.
Utilizar guardas florestais não armados para fazer um controlo rigoroso do acesso aos talhões e estradas do projecto, de modo a minimizar riscos de focos de incêndios.
Baixa
CBPF
NT04
NT05
PCA
Efeitos nas espécies de fauna devido à absorção excessiva de água pelas plantações
Mudanças no fluxo de água superficial e subsuperficial pela utilização excessiva de água pelas plantações
Alta
Excluir áreas de recarga e bacias hidrográficas e outras áreas hidrologicamente sensíveis com base nos dados geo-hidrológicos;
Planear ao nível do projecto florestal e implementar faixas de protecção de linhas de água, como zonas tampão entre as plantações e os cursos de água.
Diminuir a densidade de árvores nas zonas sensíveis identificadas;
Seleccionar cuidadosamente as espécies de eucaliptos. Espécies de "baixa absorção" devem ser usadas nas áreas mais sensíveis.
Aderir às melhores práticas de gestão da qualidade da água.
Moderada/Baixa
CBPF
NT01
NT05
PCHF
Perda de serviços de ecossistemas
Conversão de floresta nativa em plantação de eucalipto
Alta
Aplicar os procedimentos vigentes no código de boas práticas florestais, principalmente no que se refere à biodiversidade, habitats naturais e à conservação de valores naturais e socioculturais;
Identificar e mapear as áreas de elevado valor de conservação ao nível do projecto florestal, antes de qualquer intervenção operacional no terreno;
Moderada
CBPF
NT05
PCHF
HIDROLOGIA
Alteração da cobertura do solo
Alta
Planear e implementar faixas de protecção de linhas de água, ao nível do projecto florestal;
Moderada
PCHF
NT05
NT01
NT02
18
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Alteração da qualidade da água
Incêndios florestais Moderada
Usar medidas preventivas e de monitoramento para reduzir a ocorrência e o impacto dos incêndios florestais.
Planear ao nível do projecto florestal e implementar faixas de protecção de linhas de água, como zonas tampão entre as plantações e os cursos de água.
Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas.
Baixa
CBPF
SPCIF
PMA
Armazenamento ou transporte de combustíveis, óleos, herbicidas ou pesticidas no local, incluindo o uso de veículos
Alta
Usar armazém coberto com piso impermeável e berma de contenção para armazenar combustível, óleo, fertilizantes, herbicidas e pesticidas;
Transportar combustível, óleo, fertilizantes, herbicidas e pesticidas em contentores fechados;
Planear ao nível do projecto florestal e implementar faixas de protecção de linhas de água, como zonas tampão entre as plantações e os cursos de água.
Minimizar os vazamentos de combustível e de óleo pela manutenção das máquinas; Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas.
Baixa
CBPF
PGIRE
PMA
Aplicação de herbicidas ou pesticidas
Alta
Formação de pessoal no uso e aplicação de fertilizantes, herbicidas e pesticidas;
Planear ao nível do projecto florestal e implementar faixas de protecção de linhas de água, como zonas tampão entre as plantações e os cursos de água.
Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas.
Baixa
PEA
CBPF
NT02
PMA
Exploração da madeira do eucalipto
Alta
Planear ao nível do projecto florestal e implementar faixas de protecção de linhas de água, como zonas tampão entre as plantações e os cursos de água.
Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas.
Baixa
CBPF
NT05
PMA
Diminuição do nível da água subterrânea
Alteração da cobertura do solo
Alta
Planear ao nível do projecto florestal e implementar faixas de protecção de linhas de água, como zonas tampão entre as plantações e os cursos de água.
Moderada PMA
19
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
pela florestação com eucalipto
Redução das Terras Húmidas (Dambos)
Florestação com eucalipto
Alta
Incluir um tampão no rio para preservar a vegetação natural;
Garantir que não são invadidas zonas húmidas;
Realizar rondas repetidas de amostragem da qualidade da água em cursos de água, a fim de identificar áreas problemáticas
Moderada
PMA
CBPF
NT05
Aumento do caudal pluvial
Incêndios florestais Moderada
Usar medidas preventivas e de monitoramento para reduzir a ocorrência e o impacto dos incêndios florestais;
Incluir um tampão no rio para preservar a vegetação natural.
Baixa SPCIF
Construção da rede viária
Moderada Usar medidas de drenagem que reduzem a energia do escoamento;
Incluir um tampão no rio para preservar a vegetação natural. Baixa
CBPF
NT04
Exploração da madeira do eucalipto
Moderada
Evitar o derrube de árvores de eucalipto nas faixas de protecção das linhas de água, durante o corte do povoamento;
Incluir um tampão no rio para preservar a vegetação natural. Baixa
CBPF
NT03
SOLOS
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Poluição localizada dos
solos por resíduos
produzidos pelas máquinas nas operações de exploração
florestal
Derrames durante a manutenção e reparação de viaturas e máquinas
Baixa A manutenção de viaturas, a sua reparação ou o abastecimento de máquinas e viaturas deve ser feito em locais apropriados evitando derrames de óleos e combustíveis inapropriados;
Baixa
CBPF
NT02
FSGR02
FSGR04
PGIRE
Derrames durante o Evitar derrames tomando precauções no armazenamento e manuseamento de
20
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
corte e transporte de material lenhoso;
PGIRE
PMS
Deposição imprópria dos filtros de óleo, tambores e outros materiais de manutenção de veículos e maquinaria
combustíveis e lubrificantes de uma forma concisa.
As embalagens ou tambores que tenham sido usados para o armazenamento de combustíveis e lubrificantes deverão ser devolvidos às empresas fornecedoras.
No caso de se contaminar inadvertidamente o solo, este deve ser imediatamente recolhido para uma zona que permita a evaporação dos hidrocarbonetos. Também se pode aplicar o processo de biorremediação para descontaminação do solo;
Estabelecer um procedimento para a gestão de resíduos produzidos por veículos e máquinas, como óleos, filtros, graxas etc
PGIRE
PMS
PMA
NT04
FSGR04
Risco de erosão dos solos devido à mecanização
Alteração do coberto vegetal e instalação da plantação
Moderada
Ver instalação florestal: as medidas de conservação do solo devem começar com as boas práticas utilizadas na plantação, como a preparação do terreno em curva de nível, evitar a ripagem cruzada e não remover a camada superficial do solo.
Durante a fase de manutenção, fazer o controlo manual da vegetação espontânea, utilizar herbicidas (mulching) ou práticas mecânicas de controlo da vegetação em curva de nível.
Baixa
CBPF
NT02
NT04
Risco de erosão dos solos devido à mecanização
Alteração do coberto vegetal e instalação da plantação
Moderada
Evitar o uso de equipamento pesado com o solo húmido;
Controlar o tráfego de veículos nas áreas produtivas e linhas de água;
Controlo da erosão hídrica aumentando a capacidade de infiltração;
Adoptar práticas eficazes de mobilização do solo, minimizando o trabalho do solo, de acordo com o recomendado na NT01 e NT02
Baixa
CBPF
NT01
NT02
NT04
Contaminação dos solos
Adubação de manutenção
Moderada
Planear e implementar a adubação de manutenção em função do nível de fertilidade do solo e da produtividade florestal esperada em cada condição de solo e clima;
Adotar práticas silvícolas de modo a promover a elevação e/ou manutenção dos níveis de matéria orgânica do solo, ao longo dos sucessivos ciclos de crescimento/corte do povoamentos;
Baixa
CBPF
NT02
PMS
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Agroquímicos Moderada
Prevenir a poluição mediante o uso racional e criterioso de agroquímicos, de acordo com os “ Princípios e orientações gerais para utilização de fitofármacos nos espaços florestais sob gestão do grupo Portucel Soporcel”
Promover campanhas de educação sobre os riscos do uso indevido dos agroquímicos, incluindo procedimentos para casos de incidentes e/ou acidentes e emergências;
Utilizar apenas os agroquímicos registados e aprovados pelo Governo de Moçambique;
Priorizar o uso de herbicidas da classe lll ou ll (como já vem sendo feito), utilizando sempre os menos nocivos;
Seguir as especificações dos fabricantes para o armazenamento,
manuseamento e disposição dos agroquímicos. Estas especificações encontram-se geralmente no rótulo da embalagem e também em folhetos sobre a segurança do produto, conhecidos por MSDS – Material Safety Data Sheet;
Armazenar os agroquímicos em local seguro e fechado, onde apenas as pessoas competentes têm acesso. Apenas estas pessoas podem misturar ou transferir agroquímicos de um lado para o outro;
Após a aplicação, o equipamento deve ser drenado/lavado, sem contaminar os solos;
Todo o equipamento de aplicação de agroquímicos deve ser regularmente calibrado e mantido em boas condições. Os operadores devem receber a devida formação;
Realizar monitoramento periódico através de recolha de amostras de solo para determinação do nível de contaminação e caso haja, proceder com as devidas medidas de correcção;
Baixa
CBPF
NT02
Princ e Orient Gerais p/ Util de Fit Esp Flor gPS.
PEA
PMA
PMS
PGIRE
PCA
Aumento da vulnerabilidade dos solos pelos
efeitos de incêndios
Acúmulo de carga combustível
Moderada
Desenvolver e implementar um sistema de prevenção e controlo de incêndios florestais;
Criação de açudes para o armazenamento de água para as situações de combate aos incêndios e à instalação de toda uma rede de caminhos e aceiros;
Desenvolver um Programa de Educação Ambiental promovendo a educação, sensibilização e informação as comunidades para o risco dos incêndios e na sensibilização na redução dos comportamentos negligentes do uso do fogo.
Baixa
CBPF
SPCIF
PEA
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FLORESTAS
Impacto Actividade Signif. sem Mitigação
Medidas de Mitigação/Potenciação Signif. com Mitigação
Referenciais Técnicos
Modificação do valor estético da área pela conversão de áreas de florestas nativas em florestas plantadas de eucalipto
Instalação da plantação florestal
Alta
Mitigar este impacto pela plantação de árvores nativas sem fins comerciais, isto é, plantar espécies típicas da região capazes de atrair polinizadores e disseminadores de sementes com vista a aumentar o banco de sementes da floresta nativa, que a longo-prazo poderá recuperar o valor estético do local, com heterogeneidade florística estabelecida e típica a floresta natural.
Alta CBPF
Legenda
CBPF – Código de Boas Práticas Florestais do gPS PCHF – Programa de Conservação dos Habitats e Flora
NT01 – Norma Técnica para a Instalação de Povoamentos de Eucalipto PDAF – Programa de Desmatamento de áreas Florestais
NT02 – Norma Técnica para a Manutenção de Povoamentos de Eucalipto PEA – Programa de Educação Ambiental
NT03 – Norma Técnica para a Exploração Florestal SPCIF – Sistema de Protecção Contra Incêndios Florestais
NT04 – Norma Técnica para a Construção e Manutenção de Infra-estruturas Florestais SPCIF – Sistema de Protecção contra Incêndios Florestais
NT05 – Norma Técnica para a Elaboração do Projecto Florestal PMA – Programa de Monitorização da água
Signif -- Significância PGIRE – Programa de Gestão Integrada de Resíduos e Efluentes
23
5. IMPACTOS/RISCOS SOCIAS POTENCIAIS E RESPECTIVAS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO
Os principais impactos socioeconómicos do projecto de plantação florestal nas parcelas dos distritos
de Ile e Namarroi, na Província da Zambézia são, na fase de instalação, as questões relacionadas com
o acesso à terra, a escassez de recursos naturais, o acesso ao emprego e o desenvolvimento da
economia local e regional, e o envolvimento e trabalho com as partes interessadas e afectadas em
especial o Estado ao nível local, os líderes comunitários e a população residente nas áreas dos DUAT.
Na fase da manutenção os principais impactos estão relacionados com o emprego.
Este ponto foi bem desenvolvido no relatório principal do EIAS sendo que está em processo a
elaboração de um plano social que venha abranger com detalhe.
6. PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL
Os Programas de Gestão Ambiental são uma compilação de Directrizes, Planos e Programas
sectoriais que pretendem definir em detalhe a mitigação dos impactos levantados nos estudos de
especialidade realizados na fase do EIAS. O PGA do EIAS de forma resumida referiu-se a cada um dos
capítulos abaixo descritos.
6.1 Directrizes para o Programa Desmatamento das Áreas Florestais (PDAF)
6.2 Plano de Conservação do Património Histórico e Cultural (PCPHC)
6.3 Programa de Monitorização da Água (PMA)
6.4 Programa de Conservação de Habitats e Flora (PCHF)
6.5 Programa para Conservação da Fauna (PCF)
6.6 Programa de Gestão Integrada de Resíduos e Efluentes (PGIRE)
6.7 Plano de Comunicação Social (PCS) e o de Engajamento com as Partes Interessadas
6.8 Programa de Educação Ambiental (PEA)
6.9 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
6.10 Plano de Monitorização dos Solos (PMS)
6.11 Programa de Desenvolvimento Social, que inclui o Plano de Valorização dos Meios
de Subsistência das Comunidades
24
7. PLANO DE CONTINGÊNCIA A SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E ACIDENTES
O objectivo deste plano é gerir as ocorrências relacionadas com a gestão florestal, incluindo a
responsabilidade do seu registo, comunicação, descrição das causas e implementação de acções.
Consideram-se parte integrante, todo o tipo de ocorrências incluindo os acidentes, furtos e outras
actividades não autorizadas, e as ocorrências classificadas como não conformidades e como
potenciais não conformidades. O plano descreve ainda a identificação, implementação e controlo das
acções correctivas ou preventivas necessárias à eliminação das causas das ocorrências e enquadra os
procedimentos de resposta a situações de emergência.
Este plano aplica-se a todos os colaboradores da Área Florestal, a todos os Prestadores de Serviços e
a todos os fornecedores da empresa no âmbito do SGF.
7.1 Documentos Associados
Procedimento para o acesso a terra_ P01 e Mecanismo de gestão de relações com as
comunidades_P02
Ficha de Ocorrências
Participação de Acidente
Fichas de Segurança e Gestão de Riscos (FSGR1_Instalação, FSGR2_Manutenção e
FSGR4_Infraestruturas)
Matriz de impactes ambientais do REIAS
Regulamento interno da Portucel Moçambique
7.2 Definições
Acção correctiva (AC) - Acção para eliminar a causa de uma não conformidade detectada ou de outra
situação não desejável, evitando a sua recorrência.
Acção Imediata - Acção tomada de imediato para eliminar ou minimizar o efeito da ocorrência (no
caso de não conformidade ou potenciais não conformidades) ou para desencadear o processo
necessário ao adequado uso da informação registada como ocorrência (ex: uma acção de melhoria).
Acção Preventiva (AP) - Acção desencadeada para evitar as causas de potenciais não conformidades,
de modo a evitar a sua ocorrência.
Acidente de trabalho – A noção de acidente engloba qualquer tipo de evento relacionado com o
trabalho que originou ferimento, dano para a saúde ou fatalidade e abrange diferentes níveis de
gravidade.
Conflito – Situação de divergência de posições relativamente a determinada questão, sendo
necessário que estejam identificadas ambas as partes. Este subdivide-se em:
25
Conflito quanto a questões patrimoniais (aquando da ocorrência de ocupação ilegal de
prédios ou parcelas de prédios propriedade da empresa, tratada no âmbito do subprocesso
de “Resolução de Conflitos”);
Outros conflitos relacionados com a gestão de áreas florestais e a sua ligação com o meio
envolvente.
Furtos ou Actividades Não Autorizadas - Acontecimento de origem criminosa, que podem resultar
em conflito ou não, com as seguintes características:
Ocupação ilegal de prédios ou parcelas de prédios propriedade da empresa (caso particular
tratado no âmbito do subprocesso de “Resolução de Conflitos”); ou,
Qualquer outra ocorrência suspeita detectada, tais como, deposição ilegal de lixos, actos de
vandalismo, caça ilegal, utilização indevida de caminhos, etc.
Se traduza na subtracção de qualquer bem propriedade da empresa, utilizando ou não meios
violentos/ arrombamento.
Não conformidade (NC) - Não satisfação de um requisito estabelecido no âmbito do sistema.
Ocorrência - Qualquer acontecimento que ponha em causa a realização de uma actividade (ex:
impacte ambiental ou social, situação de conflito com elementos da comunidade local, e/ou com
senhorios e/ou com vizinhos, reclamações, actividades não autorizadas, furto de madeira ou outro
produto florestal, operação em curso sem utilização dos EPI’s exigidos, acidente) ou que constitua
informação relevante para a gestão (ex.: avistamento de exemplar de biodiversidade ou de vestígio
arqueológico).
Reclamação – Qualquer manifestação de discordância em relação à posição assumida pela empresa
ou de insatisfação em relação aos serviços prestados por esta, bem como qualquer alegação de
eventual incumprimento apresentada por terceiros.
Situações de Emergência – Situações em que se está perante um acontecimento inesperado que
coloca a vida e/ou a propriedade em perigo (Emergência). Estas situações exigem uma resposta
imediata, através de procedimentos de rotina, ou resposta para além da rotina de modo a salvar
vidas, proteger a propriedade, proteger a saúde pública e a segurança, ou diminuir ou evitar a
ameaça de um desastre. Se a situação é de desgraça pública, catástrofe ou flagelo, por vezes com
origem em fenómenos naturais, considera-se situação de Calamidade.
26
7.3 Descrição das Actividades
7.3.1 Fluxograma
INPUT ACTIVIDADE RESPONSÁVEL CRITÉRIOS DE EXECUÇÃO OUTPUT
Observação de desvios a requisitos. Registos de monitorização e/ou de auditorias. Registos de controlo operacional.
Acidentes
Ficha de Ocorrência,
Participação Acidente (quando aplicável) Outra informação
Ficha de Ocorrência,
Participação Acidente (quando aplicável)
Não
Sim
Qualquer Colaborador
Qualquer Colaborador
GSGF, DST (e DTF, Gab.
Jur., Colaborador, se aplicável)
GSGF (e DTF, Gab.
Jur., Admin., se aplicável)
Responsável da
área conjuntamente com GSGF, DST
(e DTF se aplicável)
Responsável
pela Implementação
Responsável pela
Verificação
GSGF
GSGF
Considerar qualquer acontecimento que ponha em causa a realização de actividade ou processo ou que seja
informação relevante para a gestão. Preencher impresso apropriado,
descrevendo a ocorrência, suas causas e acções imediatas.
Enviar FO e informação adicional (se houver) ao responsável de área e ao
GSGF (e DST e DRH). No caso de participação de acidente, enviar à DTF
Identificar as principais causas que
levaram à ocorrência. Analisar conjuntamente com responsável da
área sempre que necessário.
Definir responsável e prazo para
implementação. Definir responsável pela verificação. Preencher campos
respectivos ficha de ocorrência.
Garantir a implementação das acções correctivas nos prazos estabelecidos.
Enviar evidências da implementação da acção ao responsável da verificação.
Verificar a implementação da acção. Enviar evidência da verificação ao
gestor do sistema. Preencher campos respectivos da Ficha de Ocorrência.
Formalizar o fecho da ficha de
ocorrência e comunicar ao Responsável da área
Ficha de Ocorrência, Participação
Acidente (quando aplicável)
Ficha de Ocorrência, Participação
Acidente (quando aplicável)
Evidência da
implementação e registo da
comunicação
Evidência verificação
Impressos das ocorrências preenchidos
Ficha de
Ocorrência e seus anexos arquivados
Inicio
Fim
Verificar a implementação da
acção
Definir Acção Correctiva/Preventiva
Analisar o tipo e as causas da ocorrência
Enviar Ficha de Ocorrência e seus
anexos
Detectar e Registar a Ocorrência
Implementar Acção
definida
Comunicar ao Responsável da Área
Fechar a Ocorrência e arquivar a Ficha
Necessário definir acções posteriores?
27
7.3.2 Descrição
Detecção e Registo de Ocorrências
O registo de ocorrências é um dos instrumentos da monitorização da actividade de gestão florestal, sendo
da responsabilidade de qualquer colaborador fazê-lo sempre que as mesmas sejam detectadas.
O termo “Ocorrências” compreende um conjunto variado de situações (impactes ambientais ou sociais,
conflitos, reclamações, furtos ou outras actividades não autorizadas, avistamentos) - o esquema seguinte
apresenta os diferentes tipos de ocorrências:
Qualquer colaborador pode e deve registar as ocorrências de que tem conhecimento na Ficha de
Ocorrências e deve informar imediatamente o seu responsável hierárquico. Considera-se haver situação de
conflito sempre que haja divergência de posições e que ambas as partes estejam identificadas. Esta
situação, ou o potencial de conflito, deve ser assinalada na Ficha de Ocorrência.
Ocorrências
1. Impactes (ambientais ou sociais)
2. Actividades Não Autorizadas
3. Acidentes
2.1. Furtos (subtracção de qualquer bempropriedade da empresa, utilizando
ou não meios violentos/ arrombamento)
2.6. Depósito ilegal de lixos
2.2. Ocupação ilegal de prédio ou parcelas deprédios propriedade da empresa
2.5. Utilização indevida de caminhos
2.4. Caça ilegal
2.3. Actos de vandalismo
2.7. Outros
4. Avistamentos
5. Outras ocorrências
Divergência
de
Posições?
Tratamento normal
de ocorrências
Co
nfl
ito
SIM
NÃO
Ocorrências
1. Impactes (ambientais ou sociais)
2. Actividades Não Autorizadas
3. Acidentes
2.1. Furtos (subtracção de qualquer bempropriedade da empresa, utilizando
ou não meios violentos/ arrombamento)
2.6. Depósito ilegal de lixos
2.2. Ocupação ilegal de prédio ou parcelas deprédios propriedade da empresa
2.5. Utilização indevida de caminhos
2.4. Caça ilegal
2.3. Actos de vandalismo
2.7. Outros
4. Avistamentos
5. Outras ocorrências
Ocorrências
1. Impactes (ambientais ou sociais)
2. Actividades Não Autorizadas
3. Acidentes
2.1. Furtos (subtracção de qualquer bempropriedade da empresa, utilizando
ou não meios violentos/ arrombamento)
2.6. Depósito ilegal de lixos
2.2. Ocupação ilegal de prédio ou parcelas deprédios propriedade da empresa
2.5. Utilização indevida de caminhos
2.4. Caça ilegal
2.3. Actos de vandalismo
2.7. Outros
4. Avistamentos
5. Outras ocorrências
Divergência
de
Posições?
Tratamento normal
de ocorrências
Co
nfl
ito
SIM
NÃO
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Após serem detectadas as ocorrências, o seu registo deve compreender, numa primeira fase:
a descrição da ocorrência,
a descrição das causas (quando existam), e
a descrição das acções imediatas tomadas na sequência da detecção.
As acções imediatas podem ter duas funções:
corrigir, se possível, ou pelo menos gerar o alerta necessário e evitar que a situação se torne mais
grave, ou,
desencadear o processo para uso adequado da informação registada (ex. envio de coordenadas
GPS e fotografia em anexo ao registo de uma ocorrência de avistamento de biodiversidade).
Este primeiro registo deve ser enviado ao GSGF (e DST/DRH) para análise do tipo e causas da ocorrência;
sempre que necessário, esta análise é feita conjuntamente com o responsável de área.
Modo de Actuação
Após recepção do registo inicial da ocorrência, através da Ficha de Ocorrência e seus anexos (quando
aplicável), o Gestor do Sistema deve classificá-la numa das seguintes categorias:
Oportunidades de melhoria, quando se trata apenas de uma observação sem gravidade mas que
pode desencadear uma melhoria no sistema
Potenciais não conformidades, se se tratarem de situações tendentes a agravar-se no futuro e
puderem vir a dar origem a não conformidades reais
Não conformidades, se estiver a ser violado um requisito estabelecido no âmbito do sistema;
exemplos:
o não cumprimento de um requisito normativo;
o não cumprimento de uma orientação da documentação técnica;
o impacte ambiental ou social provocado pela actividade;
o acidente;
o furto ou outra actividade não autorizada, como ocupação ilegal de prédios ou parcelas de
prédios propriedade da empresa.
As acções imediatas podem ser suficientes para tratar a ocorrência registada e, nesse caso, a Ficha de
Ocorrência pode ser fechada imediatamente pelo Gestor do Sistema.
No entanto, quando se verifica a necessidade de desencadear acções posteriores à acção imediata, estas
são definidas conjuntamente pelo Responsável da Área em causa e pelo Gestor do Sistema, pelo menos,
assim como a identificação dos responsáveis pela sua implementação e pela sua verificação.
Caso ocorram conflitos, a sua resolução dependerá da natureza do conflito, devendo ser envolvidas
diferentes estruturas, de acordo com o esquema seguinte:
29
Sempre que a ocorrência interfira com processos da responsabilidade do Planeamento e Controlo
Operacional, o GSGF (e/ou DST/DRH) deve dar-lhe conhecimento da mesma e fornecer toda a informação
relacionada com o processo.
Na sequência das não conformidades detectadas nas auditorias e de outras ocorrências (registadas ou não
como não conformidades), o Gestor do Sistema deve garantir que sejam devidamente tratadas. No caso
das não conformidades, há que assegurar a implementação, verificação e fecho das acções correctivas
definidas (ou ainda das acções preventivas, quando aplicável).
A verificação das acções posteriores deverá servir para monitorizar a eficácia das medidas implementadas
e sempre que estas medidas demonstrem ter sido insuficientes, os envolvidos na sua definição deverão
ponderar soluções alternativas ou complementares.
O fecho da ocorrência deve ser comunicado ao responsável de área com envio da cópia da Ficha de
Ocorrência já fechada. A Ficha de Ocorrência e seus anexos são arquivados pelo GSGF e/ou a DST/DRH.
Casos Particulares de Ocorrências
a) Acidentes
Se a ocorrência registada for um acidente, preencher apenas a Participação de Acidente e enviá-la de
imediato ao Responsável de Área, à DRH e ao GSGF e/ou DST.
Este tipo de ocorrências é tratado de acordo com o descrito na IT “Actuação em caso de acidente”.
b) Furtos ou Actividades Não Autorizadas
Se a ocorrência registada for um furto ou qualquer outra actividade não autorizada, deve ser preenchida a
Ficha de Ocorrências. Este documento deve ser enviado de imediato:
ao Responsável de Área, ao Gabinete Jurídico, à Administração da Área Florestal e ao GSGF (e/ou
DST/DRH);
Conflito
Conflito associado a
propriedade/posse/uso
da terra
Conflito associado a furtos,
danos no património, ...
Outros conflitos
(Conflito com prestador de serviços
qt à qualidade do serviço)
Cadastro Patrimonial+
Gab. Jurídico+
Resp. área
Cadastro Patrimonial+
Gab. Jurídico+
Resp. área
Resp. área+
Outro responsável a definir
Conflito
Conflito associado a
propriedade/posse/uso
da terra
Conflito associado a furtos,
danos no património, ...
Outros conflitos
(Conflito com prestador de serviços
qt à qualidade do serviço)
Cadastro Patrimonial+
Gab. Jurídico+
Resp. área
Cadastro Patrimonial+
Gab. Jurídico+
Resp. área
Resp. área+
Outro responsável a definir
30
no caso de ocupação ilegal de prédios ou parcelas de prédios propriedade da empresa deve
também ser enviado ao responsável do Cadastro Patrimonial, a fim de o tratamento da ocorrência
se fazer de acordo com o descrito no processo de “Resolução de Conflitos” no caso destas
actividades.
Da participação de furtos ou outra actividade não autorizada com prejuízo para o património gerido pela
Empresa deve ainda ser dado conhecimento à Comissão Executiva do Grupo, imediatamente após a sua
ocorrência, com fornecimento de informação adicional pertinente. Idealmente dever-se-á:
procurar identificar correctamente as causas e todas as circunstâncias que a rodeiam
documentar a observação da ocorrência juntando ou descrevendo outras provas, tais como
o fotografias tiradas no local
o material suspeito (material que, não sendo da empresa, foi encontrado no local)
o material danificado (material da empresa visivelmente danificado)
identificar as consequências para o participante (por exemplo no caso de a detecção ter
acontecido com a ocorrência em curso) e para a empresa (valor estimado do prejuízo, em Euros)
registar a existência de qualquer outra perturbação ou facto digno de menção (tais como, por
exemplo e sem excluir, referências ou relatos de terceiros de práticas anteriores que não tenham
sido conhecidos, ou referências a eventuais suspeitos)
A actuação perante a ocorrência de furtos ou outras actividades não autorizadas deve ter em conta o
momento em que a mesma acontece e a possibilidade da sua repetição. Assim, podem distinguir-se três
acções imediatas a desencadear:
(i) Se a ocorrência estiver em curso: - comunicar imediatamente à autoridade policial
competente
- preencher a Ficha de Ocorrência
- enviar à responsável do Sistema e ao Gabinete Jurídico
(ii) Se houver suspeita de que a ocorrência
possa ser repetida a breve prazo (horas ou
dias imediatos):
(iii) Se a ocorrência estiver já consumada e
não houver previsivelmente suspeita da
sua continuação ou repetição:
- preencher a Ficha de Ocorrência
- enviar à responsável do Sistema e ao Gabinete Jurídico
À cópia da Ficha de Ocorrências utilizada neste processo devem ser anexados todos os documentos que
possam existir, relativos ao mesmo assunto e que se contituem como evidência objectiva do tratamento
dado à ocorrência.
31
No caso deste tipo de ocorrências, as acções posteriores à acção imediata – acções correctivas e
respectivos prazos e responsáveis – devem ser acordadas entre o Gabinete Jurídico, a Administração e o
responsável de área, devendo depois ser dado feedback ao Gestor do Sistema da implementação e
verificação das mesmas, a fim de ser fechada a Ficha de Ocorrência.
7.4 Resposta a Situações de Emergência
A empresa está a se preparar para situações de emergência, onde estão a ser desenvolvidos
procedimentos de resposta mais adequados em que cada colaborador deverá seguir perante o caso. A
tabela (4) seguinte resume os casos:
Tabela 3 Resposta a Situações de Emergência
SITUÇÃO DE
EMERGÊNCIA ALERTA/REGISTO ACÇÃO IMEDIATA
ACÇÃO POSTERIOR (SE NECESSÁRIO)
INC
ÊND
IOS
UNIDADES DE GESTÃO
Todas Contacto por via
telemóvel ou qualquer outro meio
A empresa vai desenvolver e implementar um plano de prevenção e
controle
A decidir pela hierarquia
ARMAZÉNS Todas
Através da participação de acidente (enviar à
produção, certificação e DTF)
A empresa vai desenvolver e implementar um plano de prevenção e
controle
A decidir pela hierarquia
EMER
GÊN
CIA
S A
MB
IEN
TAIS
DADOS EM ZIC
Em habitats e espécies em zonas de RN 2000
ou RNAP que comprometam o
estado de conservação
Através da fixa de ocorrências (a enviar à
hierarquia e certificação)
A empresa vai desenvolver e implementar um plano de prevenção e
controle
A decidir entre a hierarquia e a
certificação
FACTORES ABITÓTICOS
Fenómenos eventuais como ocorrências anormais de neve,
granizo, vento, geada, secas extremas,
cheias, etc.
Comunicação à área de protecção
A empresa vai desenvolver e implementar um plano de prevenção e
controle
A decidir pela hierarquia
DERRAMES EM UG´S
Todas Através da ficha de
ocorrências (a enviar a hierarquia e certificação)
Consultar FSGR02. A empresa vai desenvolver e implementar um plano
específico de prevenção e controle
A decidir entre a hierarquia e a
certificação
DERRAMES EM ARMAZÉNS
Todas Através da ficha de
ocorrências (a enviar a hierarquia e certificação)
Consultar FSGR02. A empresa vai desenvolver e implementar um plano
específico de prevenção e controle
A decidir pela hierarquia
PRAGAS E DOÊNÇAS
Surtos excepcionais Comunicação à área de
protecção
A empresa vai desenvolver e implementar um plano de prevenção e
controle
A decidir pela hierarquia
AC
IDEN
TES
UNIDADES DE GESTÃO
Todas
Através da participação de acidente (a enviar a
produção, certificação e DTF)
A empresa vai desenvolver e implementar um plano de actuação em
caso de acidente
A decidir pela hierarquia
ARMAZÉNS Todas
Através da participação de acidente (a enviar a
produção, certificação e DTF)
A empresa vai desenvolver e implementar um plano de actuação em
caso de acidente
A decidir pela hierarquia
32
8. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E RESPONSABILIDADES
8.1 Estrutura Organizacional
8.2 Funções Principais dos Diferentes Órgãos
8.2.1 Administração
Assegurar a implementação do Projecto Portucel Moçambique nas condições definidas;
Garantir a boa representação do gPS em Moçambique;
Elaborar e propor linhas estratégicas de intervenção, assim como gerar cenários prospectivos
para o planeamento de actividades a médio e longo prazo;
Manter o gPS permanentemente informado em relação à envolvente passível de afectar a
sua reputação e actividade, designadamente os pressupostos que estão na base da
elaboração de cenários prospectivos;
Avaliar permanentemente o potencial de desenvolvimento do modelo de negócio,
identificando áreas de potencial interesse;
Assegurar a gestão de eventuais novos negócios, exclusivos ou em parceria.
33
Assistência Administrativa
Apoiar a Alta Direcção nas suas atribuições, de acordo com indicações expressas recebidas,
prática corrente e normas gerais da profissão.
Preparar o correio diário para apreciação e despacho, seleccionando-o de acordo com a
urgência patente.
Actualizar e gerir as agendas de trabalho, atender e efectuar os telefonemas, preparar as
viagens e assegurar a correspondência da Alta Direcção, bem como de outras estruturas que
lhe sejam solicitadas.
Assegurar a coordenação e manutenção dos escritórios de Maputo, Chimoio e outros que se
venham a estabelecer.
Assegurar os circuitos administrativos que lhe forem solicitados superiormente.
Garantir a gestão dos diversos armazéns;
Executar as actividades de gestão da frota de viaturas, designadamente ao nível do
planeamento e controlo de manutenções, inspecções, apólices, combustíveis, entre outros,
de forma a assegurar a optimização de custos associados à utilização e manutenção de
veículos e garantir a sua plena operacionalização no quadro da sua actividade;
Garantir a gestão e acompanhamento dos contratos sazonais.
Apoio Externo
A Portucel Moçambique tem recorrido ao apoio externo e corporativo para assegurar certas
tarefas recorrentes:
Contabilidade mensal, apresentação oficial das contas e obrigações fiscais;
Apoio jurídico;
Auditoria;
Despacho alfandegário;
Apoio informático:
o help-desk;
o acções de formação.
Recursos Humanos: processamento de salários, recrutamento, aspectos legais.
Relações Institucionais
Apoiar e executar acções de coordenação entre estruturas da empresa e das autoridades
governamentais;
Apoiar a Alta Direcção no bom relacionamento com as autoridades governamentais e outras
instituições e partes interessadas de relevo para a actividade da Portucel Moçambique;
34
Assessorar a Alta Direcção na execução de missões específicas;
Assegurar um fluxo de informação relevante sobre o meio envolvente que permita à empresa
estar permanentemente actualizada sobre o ambiente de negócios, situação social, legislação
importante, opiniões de tendências.
Definir e implementar, em coordenação com a área corporativa do grupo, a estratégia de
comunicação da empresa na sua componente externa e interna, assegurando o interface com os
órgão de comunicação social e departamentos internos da empresa.
Disponibilizar e divulgar externamente a informação necessária à projecção da imagem e
estratégia da Empresa, de acordo com orientações superiores, de forma a assegurar a
implementação do projecto e a boa imagem da Portucel Moçambique;
Preparar materiais e apoiar acções recíprocas de recepção e contacto entre a empresa e partes
interessadas, por forma a assegurar os fluxos de informação necessários à alavancagem do
projecto Portucel Moçambique;
Representar a empresa sempre que for solicitado.
I & D
Desenhar e implantar um programa específico de melhoramento genético;
Garantir aconselhamento e consultoria técnica, bem como apoiar a formação técnica e científica
dos colaboradores;
Definir o delineamento experimental para as diferentes actividades florestais, tendo em vista a
optimização dos modelos de silvicultura;
Assegurar a boa coordenação entre a Portucel Moçambique, o RAIZ e as instituições locais e
regionais que venham a ser integradas em projectos de desenvolvimento.
8.2.2 Relacionamento com as Comunidades
Desenvolver e propor estratégias de relacionamento com as comunidades locais que permitam a
implementação sustentável do projecto Portucel Moçambique, que incorporem os resultados e
recomendações dos EIAS e da parceria com o IFC/AS;
Disponibilizar e divulgar externamente e internamente a informação necessária à consecução da
estratégia da Empresa;
Assegurar os meios de comunicação mais adequados (por exemplo, meios audiovisuais nos
dialectos locais), no sentido de garantir a eficácia do que se quer transmitir;
Assegurar um permanente e eficaz fluxo comunicativo com as comunidades locais,
nomeadamente através da articulação com os seus líderes tradicionais e da gestão do sistema de
reclamações, de forma a conciliar interesses e minimizar potenciais conflitos.
Assegurar a articulação entre a empresa, as diversas organizações governamentais e locais e as
comunidades, de forma a garantir a implementação eficaz dos projectos de responsabilidade
social a desenvolver;
35
Propor e eventualmente fomentar acções específicas e pequenos projectos de apoio ao
desenvolvimento das Comunidades Locais;
Conceber e disponibilizar conteúdos, materiais e ferramentas de comunicação de forma a
aumentar o impacto das acções desenvolvidas pela empresa junto dos seus públicos-alvo
(comunidades, autoridades locais, ONG’s, etc.);
Proposta e condução da gestão de conflitos;
Promover estudos sobre a realidade socioeconómica das comunidades locais, nomeadamente
estratégias de sobrevivência. Propor acções específicas de apoio ao seu desenvolvimento e
monitorizar a sua execução num quadro de respeito pelos valores tradicionais.
Apoiar o ordenamento do território sob gestão da empresa, nomeadamente na definição das
áreas a serem alocadas às plantações e às áreas para as actividades agrícolas das comunidades.
8.2.3 Sustentabilidade
Garantir a implementação das conclusões e recomendações dos EIAS;
Realizar a divulgação do “Código de Boas Práticas Florestais”, procedendo à difusão das suas
normas e requisitos, de forma a assegurar o correcto conhecimento das áreas das regras a
aplicar;
Zelar pela boa aplicação das Normas Técnicas da empresa;
Realizar a análise dos processos subjacentes à actividade, detectando ineficiências e
oportunidades de melhoria, assim como definir padrões das operações de acordo com as
melhores práticas;
Organizar e actualizar os manuais de procedimentos, bem como a base de dados com
indicadores das diversas operações.
Proceder à execução de auditorias de qualidade internas, apoiando as diversas áreas
operacionais, e sempre que se revele necessário, na implementação de medidas correctivas e
preventivas, assegurando a monitorização das mesmas;
Preparar a empresa para a futura adesão voluntária a sistemas de certificação, tais como FSC,
PEFC e ISO.
Aplicar e garantir a aplicação das normas e procedimentos de Qualidade, Ambiente e Segurança
definidas no âmbito dos Sistemas de Gestão de Ambiente, Qualidade e Segurança que a empresa
adoptar.
8.2.4 Operações Florestais e Formação Técnica
Garantir a execução e supervisão da actividade operacional no campo florestal;
Assegurar um relacionamento adequado com as comunidades locais;
Assegurar os necessários licenciamentos das autoridades locais e provinciais, inerentes às
actividades;
Garantir os processos logísticos indispensáveis às actividades florestais;
36
Identificar e apoiar a contratação de prestadores de serviços;
Planear e organizar as acções de formação e treinamento para pessoal, quer interno, quer
externo;
Desenvolver e aplicar o plano de prevenção e combate a incêndios florestais;
Promover e verificar o estado de indicadores associados à monitorização dos processos
relacionados com a produção florestal, de forma a assegurar a detecção de desvios face aos
processos planeados e garantir a melhoria contínua dos processos.
Realizar a gestão de contratos de prestação de serviços florestais de forma a garantir o
cumprimento das especificações definidas e a monitorização de riscos;
Coordenar acções com fontes externas e autoridades, no sentido de garantir uma implantação
eficaz dos processos de melhoria da agricultura dos camponeses nas áreas de influência do
projecto;
Assegurar o diálogo com as comunidades com vista à definição das áreas de plantações, no
respeito pelas condições acordadas nos processos de consultas comunitárias.
8.2.5 Património, Planeamento e Projecto
Efectuar as actividades relacionadas com o cadastro patrimonial da Empresa, realizando o registo
de todas as actividades relacionadas de forma a assegurar a disponibilização de toda a
informação necessária;
Realizar o acompanhamento administrativo dos DUAT, verificando a evolução e cumprimento
das especificidades dos mesmos e interagindo com a DNTF, Delegações Provinciais e Distritais em
casos de alterações e desvios ao estipulado de forma a garantir a consistência formal;
Zelar pelo pagamento atempado das taxas anuais de ambos os DUAT;
Assegurar a delimitação dos DUAT;
Produzir indicadores relativos ao património florestal;
Garantir a gestão do sistema integrado de planeamento da empresa;
Realizar o levantamento dos requisitos de sistema para desenvolvimento de novas
funcionalidades e soluções informáticas;
Realizar o interface com a Gestão dos Sistemas Informáticos dos Serviços Corporativos Centrais;
Efectuar e consolidar o planeamento de actividades, e respectivo orçamento, assim como gerar
cenários e modelos relativos aos activos florestais, de forma a garantir a optimização da gestão
florestal.
Elaborar e analisar indicadores de controlo de gestão;
Coordenar e apoiar o planeamento dos processos logísticos e a qualificação dos prestadores de
serviço;
Proceder à gestão de aprovisionamentos para as actividades florestais, detectando as
necessidades de stock, controlando e planeando os processos de triagem e propostas de
37
fornecedores, consulta e negociação das compras, recepção de pedidos e emissão de
encomendas e recepção e controlo das facturas e respectivo encaminhamento para o Escritório
de Maputo;
Coordenar e apoiar as actividades de gestão de abastecimento e transportes, analisando
indicadores logísticos, optimizando procedimentos e apoiando e realizando a negociação das
condições e custos de transporte, com vista a garantir a optimização destas actividades e a
redução dos custos operacionais associados.
Organizar e actualizar os manuais de procedimentos, bem como a base de dados com
indicadores das diversas operações, para apoio o planeamento e permitir uma negociação mais
eficaz com os prestadores de serviços;
Propor o ordenamento do território gerido pela Portucel Moçambique, harmonizando os
interesses da empresa com o das outras partes, em especial as comunidades locais;
Elaborar o projecto de florestação e identificar/localizar as intervenções a realizar, integrando os
resultados do diálogo entre as comunidades locais, as autoridades locais e as estruturas da
Portucel Moçambique,
Realizar o acompanhamento dos projectos;
Garantir as aprovações técnicas dos projectos pelas autoridades administrativas locais, regionais
e nacionais.
Actualizar e manter o Sistema Central de Informação Geográfica, bem como as bases de dados
que lhe estejam associadas;
Efectuar a implementação das metodologias de inventário florestal;
Elaborar e promover estudos e análises específicas;
8.3 Áreas de Actuação e Responsabilidades com a Melhoria Contínua
Todos os diferentes órgãos acima citados estão inteiramente comprometidos com a gestão
ambiental, exercendo um esforço para uma auto-regulação, através da definição de um conjunto de
políticas, objectivos, estratégias e procedimentos que conduza a empresa no sentido da melhoria
contínua.
A gestão de topo (administração) reconhece que a gestão ambiental se encontra entre as mais altas
prioridades da empresa. Por isso, estabeleceu uma política da empresa apropriada à natureza e
escala dos impactes, comprometendo-se com a melhoria contínua, o relacionamento com todas as
partes interessadas, a prevenção da poluição e com o cumprimento da legislação e de outros
requisitos. A direcção da sustentabilidade garante a aplicação e monitorização desta política e outras
boas práticas conjuntamente com a direcção de operações florestais e formação técnica. A direcção
do relacionamento com as comunidades garante a empresa uma excelente comunicação com os
colaboradores e a comunidade alvo nas parcelas, assegurando a sua integração na gestão das
actividades com espaço para tomada de decisão. E, a direcção do património, planeamento e
projecto, exerce eficazmente as suas actividades observando e respeitando os princípios e critério
recomendados.
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O objectivo é garantir que a nossa empresa tenha um bom desempenho ambiental através da
melhoria das nossas actividades, produtos e/ou serviços e das relações com as partes interessadas
internas e externas. Para tal, se analisa criticamente e aperfeiçoa continuamente o sistema de gestão
ambiental, com tendência a aprimorar o nosso desempenho global.
8.3.1 Ciclo de Melhoria Contínua
Fonte: ISO 14001, 2004
Política Ambiental
A política é a base com a qual a nossa empresa determina os objectivos e metas para o sistema de
gestão ambiental (SGA) e global.
Planeamento
Todas as direcções da empresa definem as actividades necessárias e a partir da identificação dos
aspectos e impactes ambientais em relação aos requisitos legais se estabelecem os objectivos,
avaliam as alternativas, definem as metas e se elaboram Programas de Gestão Ambiental necessários
para o alcance da adequação ambiental.
Implementação e operação
A empresa inicia o desenvolvimento do plano de acção, estabelecendo responsabilidades,
procedimentos operacionais, desenvolvendo formação, comunicação, documentação, controlo
operacional e procedimentos de emergência.
Verificação
A empresa avalia através da monitorização e de medições dos indicadores ambientais que
evidenciem que as metas estão a ser alcançadas. Caso haja registo de não conformidades se
estabelece um procedimento para as respectivas acções correctivas e preventivas. Todo este
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processo será avaliado através de um programa de auditorias para identificar se o SGA se encontra
em conformidade com o planeado, para propor readaptações necessárias, melhorias necessárias e
para informar a gestão de topo.
Revisão pela gestão
A gestão de topo da empresa está comprometida em analisar criticamente o Sistema de Gestão
Ambiental, definindo as modificações necessárias à sua optimização e efectividade, verificando se as
metas ambientais propostas estão a ser alcançadas e se os Programas de Gestão Ambiental estão
efectivamente a ser implementados, com vista a garantir um ciclo de melhoria contínua.
9. MONITORIA E AVALIAÇÃO DO SISTEMA
O objectivo deste procedimento é garantir que o Sistema de Gestão Florestal seja planeado e
implementado, em conformidade com os requisitos normativos e legais aplicáveis, e que seja
periodicamente revisto, garantido a melhoria contínua do desempenho da organização.
O procedimento é aplicado ao Sistema de Gestão Florestal e a todos os intervenientes na sua
monitoria e avaliação, tais como o gestor do Sistema de Gestão Florestal, Administração e
responsáveis de área.
9.1 Documentos Associados
Política Florestal
Objectivos e Metas
Documentação do sistema, incluindo referencial técnico (PGF, Normas Técnicas, Fichas de
Segurança e Gestão de Resíduos, Instruções de Trabalho)
IT “Controlo de Documentos e Registos do Sistema”
Registos do sistema, incluindo os de comunicação de partes interessadas, formação,
monitorização de prestadores de serviços, auditorias e ocorrências
Relatório de Revisão do Sistema
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9.2 Descrição das Actividades
9.3.1 Fluxograma
INPUT ACTIVIDADE RESPONSÁVEL CRITÉRIOS DE EXECUÇÃO OUTPUT
Política Florestal e; Politica de sustentabilidade do gPS.
Política Florestal; Proposta de O&M pelas áreas; Requisitos legais e normativos.
Objectivos e Metas
O&M aprovados
Acções e Registos relativos a O&M, ocorrências e auditorias
Balanço O&M Desenv. Relevantes Auditorias, AC e AP PGF e outros documentos e registos do sistema Alterações ao SGF
Relatório de Revisão do Sistema (versãodraft)
Administração
Administração
Responsáveis de Área
Gestor SGF
Administração
Responsáveis de Área
Gestor SGF
Gestor SGF
Administração
Missão e Visão
De acordo com Plano Estratégico, balanço de objectivos anteriores, alteração lde enquadramento legal/normativo e outra informação relevante Definindo responsáveis, metas e prazos.
De acordo com os O&M propostos e planeamento de meios e recursos
De acordo com os programas de acção previstos
Uma vez por ano com recurso a informação enviada para responsáveis de área, fontes de dados variadas, registos, indicadores pré estabelecidos e projectos
Pelo menos de 2 em 2 anos Analisar diversas fontes de informação visando a melhoria do SGF
Pelo menos de 2 em 2 anos ou sempre que a avaliação dos O&M o determine
Política
Florestal
Objectivos e
Metas
Programa de Acção dos O&M
O&M versão para
aprovação
O&M
aprovados
Acções e
Registos
Balanço O&M Propostas para revisão do sistema
Relatório de Revisão do Sistema (draft)
Relatório de Revisão do Sistema
Legenga:
GF – Gestão Florestal
O&M – Objectivos e Metas
Início
Definição/revisão da
Política Florestal
Fim
Revisão do SGF
Recolha de informação para revisão do Sistema
Balanço dos O&M
Definição de objectivos da Gestão Florestal para 2
Anos
Definição do Programa de Acção
Consolidação dos O&M e seus programas de acção,
para aprovação
Execução de acções para cumprimento dos
objectivos
Aprovação e divulgação dos O&M do Sistema
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GPS – Grupo Portucel Soporcel
PGF – Plano de Gestão Florestal
SGF – Sistema de Gestão Florestal
9.3.2 Descrição
A Política Florestal é definida e promulgada pela Administração e deve ser revista periodicamente.
Tendo por base a Política Florestal, as propostas enviadas pelos diferentes responsáveis de área, os
requisitos legais e normativos, o balanço da realização de objectivos e metas precedentes e outros
elementos relevantes (como por exemplo a tendência de evolução de algum(ns) indicador(es) de
gestão), são definidos os O&M do SGF e os respectivos programas de acção para os cumprir. Os O&M
devem ser estabelecidos pelo menos para um biénio, sendo da responsabilidade da Administração
solicitar o envolvimento das diferentes estruturas no seu estabelecimento, aprovar e divulgar uma
versão final consolidada com o apoio do gestor do SGF.
A definição dos programas de acção pelos responsáveis de área deve implicar o planeamento das
actividades e dos meios e recursos necessários à sua execução.
Pelo menos uma vez por ano, o Gestor do SGF deve avaliar o estado de cumprimento dos O&M,
fazendo um balanço de cada programa de acção com recurso a diferentes fontes de informação
(dados, registos, etc.).
Pelo menos de dois em dois anos o Gestor do SGF recolhe um conjunto de informação para revisão
do sistema, nomeadamente:
Balanço dos O&M;
Informação sobre desenvolvimentos relevantes na actividade da empresa;
Resultados de auditorias e estado das acções correctivas e preventivas;
Documentação do sistema, incluindo referencial técnico (PGF, Normas Técnicas, Fichas de
Segurança e Gestão de Resíduos, Instruções de Trabalho);
Registos do sistema, incluindo os da comunicação de partes interessadas, formação,
monitorização de prestadores de serviços, auditorias e ocorrências;
Estado das alterações ao sistema (incluindo revisões de PGF e restante documentação,
processos de formação e monitorização);
Sugestões de melhorias (quando existam).
Com base nesta informação, o Gestor do SGF elabora um relatório de base para a revisão do Sistema
o qual é apresentado à Administração.
A revisão pela Administração é feita com a mesma periodicidade e tem em conta o Relatório
produzido pelo Gestor do Sistema, resultando num relatório revisto (se necessário) e aprovado.