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Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Tecnologia
Programa de Ps-graduao em
Engenharia de Produo
SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES TXTEIS
-
ANLISE COMPARATIVA ENTRE AS TECNOLOGIAS USADAS
NO BRASIL E NA PENNSULA IBRICA (02 volumes)
Manoel Francisco Carreira
Volumes 01 e 02
Florianpolis Janeiro de 2006
Manoel Francisco Carreira
SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES TXTEIS
-
ANLISE COMPARATIVA ENTRE AS TECNOLOGIAS USADAS
NO BRASIL E NA PENNSULA IBRICA
Tese apresentada ao
Programa de Ps-Graduao em
Engenharia de Produo da
Universidade Federal de Santa Catarina
como parte do requisito para obteno
Ttulo de Doutor em
Engenharia de Produo.
Orientador: Prof. Flvio Rubens Lapolli, Dr.
Florianpolis
Janeiro/2006
Ficha Catalogrfica Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao(CIP)
(Biblioteca Central UEM, Maring PR., Brasil)
ff
Carreira, Manoel Francisco C314s Sistemas de tratamento de efluentes txteis :
Anlise comparativa entre as tecnologias usadas no Brasil e na Pennsula Ibrica / Manoel Francisco Carreira. -- Florianpolis : [s.n.], 2006. 2 v. : il. Color., figs., tabs.
Orientador : Prof. Dr. Flvio Rubens Lapolli. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa
Catarina. Programa de Ps-graduao em Engenharia de Produo, 2006.
1. Tratamento de efluentes - Indstria txtil - Brasil.
2. Tratamento de efluentes - Indstria txtil - Pennsula Ibrica. 3. Indstria txtil - Portugal e Espanha. 4. Inovaes tecnolgicas - Tratamento de efluentes txteis. I. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Ps-graduao em Engenharia de Produo. II. Ttulo
CDD 21.ed. 628.48
Manoel Francisco Carreira
SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES TXTEIS - -
ANLISE COMPARATIVA ENTRE AS TECNOLOGIAS USADAS NO BRASIL E NA PENNSULA IBRICA
Esta tese foi julgada adequada para a obteno do ttulo de Doutor em
Engenharia de Produo e aprovada em sua forma final pelo Curso de
Ps-Graduao em Engenharia de Produo da Universidade Federal de
Santa Catarina.
Florianpolis, 20 de janeiro de 2006.
Prof. Edson Pacheco Paladini, Dr. Coordenador do Programa
BANCA EXAMINADORA (membros)
________________________________ ______________________________ Prof. Maria ngeles Lobo Recio, Dr. Prof. Flvio Rubens Lapolli, Dr. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Moderador Orientador
_________________________________ ______________________________ Prof. Edis Mafra Lapolli, Dr. Prof. Maria T. S. P. de Amorim, Dr. Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Universidade do Minho Portugal Membro Membro
_________________________________ ____________________________ Prof. Rosangela Bergamasco, Dr. Prof. Silgia Ap. da Costa, Dr Universidade de Estadual de Maring - UEM Universidade de So Paulo USP Membro Membro
Reflexo
Ainda que eu fale as lnguas dos homens
e dos anjos, se no tiver amor,
serei como o bronze que soa, ou como
o cmbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar
e conhea todos os mistrios e toda a cincia;
ainda que eu tenha tamanha f, a ponto
de transportar montanhas,
se no tiver amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os
meus bens entre os pobres
e ainda que entregue o meu prprio
corpo para ser queimado,
se no tiver amor,
nada disso me aproveitar.
O amor paciente, benigno,
o amor no arde em cimes,
no se ufana, no se ensoberbece,
no se conduz inconvenientemente,
no procura o seu interesse,
no se exaspera,
no se ressente do mal;
no se alegra com a injustia,
mas regozija-se com a verdade.
Tudo sofre, tudo cr, tudo espera,
tudo suporta.
Apstolo Paulo.
Homenagem
In memoriam
Manuel Carreira N- 08/08/1917 F- 02/01/2003
Ao pai querido,
que lutou durante 85 anos,
com dignidade e altivez;
na juventude cruzou o mar,
adentrou as matas;
diante das dificuldades nunca esmoreceu;
no teve oportunidade de estudar,
mas sabia do seu valor;
ensinou-me as pequenas coisas,
como assobiar e tirar a prova dos nove,
mas tambm me ensinou grandes coisas,
a lutar sempre e nunca desistir,
transformar as derrotas em fonte de brio,
as vitrias em estmulo para novos desafios.
Por isso e por muito mais,
que a conquista de hoje dele tambm,
e daquela que tanto me amou,
a minha me.
Obrigado por tudo.
Dedicatria
A minha amada, companheira e cmplice, Suely,
por estar em todos os momentos
ao meu lado.
Aos meus buguelinhos
Matheus, Fernanda e Jhonatan.
Agradecimentos
Alegro-me em deixar aqui consignadas minhas sinceras manifestaes de gratido e
reconhecimento a quantos comigo colaboraram nesta jornada, principalmente:
Ao prof. Dr. Flvio Rubens Lapolli pela orientao, confiana, compreenso,
pacincia, incentivo e, sobretudo, irrestrito apoio ao longo do caminho.
prof. Dr. Maria Teresa Amorim do Departamento de Engenharia Txtil da
Universidade do Minho Portugal, pela orientao durante o estgio de doutorado,
pelo empenho na viabilizao das pesquisa e pelo companheirismo e a amizade.
s professoras Doutoras Rosangela Bergamasco e Clia R. G. Tavares, do
Departamento de Engenharia Qumica da Universidade Estadual de Maring,
primeiramente pela amizade e depois pela confiana demonstrada quando da suas
recomendaes ao orientador.
Aos professores Gilberto C. Antonelli, Jos Eduardo Pitelli e Jabra Haber, do
Departamento de Engenharia Txtil da Universidade Estadual de Maring, pela
amizade e companheirismo.
Aos novos amigos, Adriana Kieckhfer (Marilia), Andr Longaray (Rio Grande),
Maria Teresa Rodrigues (Guimares-Portugal), Vernica (Rssia), Erkan (Turquia) e
Silgia Costa (Brasil/Portugal), pela amizade que eterna.
Universidade Estadual de Maring, por autorizar o afastamento para a ps-
graduao em perodo integral; Universidade Federal de Santa Catarina, por
disponibilizar o curso de ps-graduao, e Universidade do Minho, pela concesso
do estgio de doutoramento sem custos financeiros.
Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior CAPES pela
concesso de bolsa institucional em nvel nacional e a bolsa de estgio de
doutoramento na Universidade do Minho Portugal pelo perodo de nove meses,
que foram imprescindveis para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa.
Agradecimentos aos colaboradores brasileiros Sem a colaborao das indstrias txteis este trabalho no teria sido possvel; desta
forma os nossos sinceros agradecimentos a todos os responsveis tcnicos e
administrativos das empresas listadas a seguir, assim como aos entrevistados que
se dispusseram a responder a todas as indagaes a respeito dos STETs.
Empresas Cidade Entrevistados Funo
Anglian Water Brusque SC Hildebrando Superintendente
Artex - Coteminas Blumenau SC Rubens Sulze Adolfo Ribert
Gerente industrial Responsvel STET
Canatiba Txtil Ltda Santa Brbara DOeste SP
Jos Maria Fort Ldio Correa Lima
Gerente industrial Responsvel pelo STET
Cermatex - Tecidos Sta Brbara -SP Martinho Guidolon Responsvel. STET
Cia. Hering Blumenau SC Joo Ademir Berchtold Paulo Csar Duarte
Josiani Orsi
Gerente de engenharia Analista de ambiente
Resp STET
Cia. Jauense S/A Ja SP Roberval A. C. MazzuiaTineto Kawaguchi
Ger. de manut. e STET Gerente de qualidade
Dhler Ltda Joinville SC Jos Mrio Ribeiro Diretor tcnico
Karsten S/A Blumenau SC Frank Edson Maas Vanessa D. B. Pelenz
Tcnico ambiental Resp. gesto ambiental
Malwee Malha Ltda Jaragu do Sul Cassiano R. Minatti Analista ambiental
Marisol Malhas S/A Jaragu do Sul Silene Seibel Fernando Scarburro
Diretora industrial Analista ambiental
Momento Engenharia Blumenau lvaro G. P. Borges Diretor operacional
Santista Txtil S/A Americana Lus Furquim da Silva Diretor tcnico
Sulfabril Malhas Blumenau Jos Keller Tcnico ambiental
TEKA Kuehnrich Blumenau Oldio Mordhorst Flvio Andrade
Diretor industrial Resp. STET
s direes administrativas e aos entrevistados dos rgos pblicos que
participaram da pesquisa, os nossos agradecimentos.
rgo pblico Cidade Entrevistados Funo Faema Blumenau Rosalene Zumach Superintendente de controle
Fatma regional Blumenau Luzia Scarnieri Vieria Chefe de anlise de projeto
Polcia Ambiental Blumenau Dhiogo Cidral de Lima Tenente Comandante 6 Peloto Proteo Ambiental
Agradecimentos aos colaboradores portugueses
Pela confiana dos administradores das indstrias txteis portuguesas em permitir o
processo de coleta de dados em suas empresas, pois a deciso de fornecer dados
de interesse da empresa a pesquisador estrangeiro , a princpio muito difcil. Assim
fica aqui enaltecida a coragem e desprendimento de todos. A mesma coisa se pode
dizer a respeito dos entrevistados.
Empresas Cidade Entrevistados Funo
Valindo Acab. Txteis Fafe Alpio Aguiar Diretor administrativo e
scio proprietrio
Cmara Municipal Barcelos Claudia Gala Engenheira de ambiente
Ecobarcelos Barcelos Carla Sacarneiro Responsvel pelo STET
Crispim Abreu Txtil Famalicao Arthur Belm Superintendente
Coats Clark Ltda Vila Nova Gaia
Jos Antnio Ribeiro Alexandre Assis Jorge Caravela
Diretor tcnico Gerente da tinturaria Depto. Engenharia
Mundotxtil Soc. Exp. Vizela Ricardo Texeira Resp. Gesto ambiental
Tinturaria Adalberto Santo Tirso Dra. Ana Paula P. Silva Diretora administrativa
Tinturaria Risetmega Marco de Canaves
Carla Rodrigues Responsvel STET
Tinturaria Riler Vizela Antnio Manuel Santana Responsvel ambiental
SIDVA Guimares e Santo Tirso
Cludio Costa Norberta Coelho
Resp. tcnico Tratave Resp. tc. guas do Ave
J.M.A. Felpos Ltda Guimares Elizabeth Silva Gerente de ambiente e qualidade
T.M.G. Manuel Gonalves
Guimares Dulce Joel Guilherme Farias
Resp. Gesto ambiental Gerente manuteno
Coelima Guimares Otvio Pereira Diretor industrial
Tinamar Barcelos Manuel Pinheiro Diretor industrial
Barroso Malhas Lda Barcelos Antnio Barroso Antnio Barroso Filho
Scio proprietrio Gerente de qualidade
CPM Pimenta Machado
Guimares Carlos Pimenta MachadoRenato da Silva
Scio proprietrio Responsvel STET
Paulo Oliveira Covilh Marta de Oliveira Resp. STET
Lavadora - Penteadora Manuel Tavares
Guarda Pedro Lemos Gerente produo
direos administrativa e ao entrevistado do rgo pblico ambiental que
participou da pesquisa o nosso agradecimento.
rgo pblico Cidade Entrevistado Funo
CCDR-N Braga Antnio L. de Oliveira Gerente fiscalizao
s empresas de projetos de tratamento de efluentes e aos entrevistados (projetistas)
que contriburam com a pesquisa um sincero obrigado.
Projetistas Cidade Empresa Funo
Venceslau Correa Braga Amblink Ambiental
Ltda Diretor
Moinhos da Costa Santo Tirso Moinhos - gua e Energia Ltda
Diretor
F. Duarte Porto F. Duarte e Duarte Diretor
Aos pesquisadores que participaram da pesquisa com a suas opinies sinceras, as
nossas consideraes.
Pesquisador Cidade Instituio Funo
Dra. Isolina Gonalves Covilh Universidade Beira
Interior Professora de disciplinas
ambientais
Dra Tereza Amorin PhD Guimares Universidade do Minho
Professora de disciplinas ambientais
Instituto Cidade Pesquisador Funo Idite-Minho
Centro de pesquisa Braga Antnio Sanfins Diretor de pesquisa
Citeve Centro de pesquisa
Famalico Moinhos - gua e Energia Ltda
Diretor
Agradecimentos aos colaboradores espanhis
Aos administradores e entrevistado das indstrias de acabamento txtil espanholas,
pela forma simples, sincera e aberta como nos receberam, alm do
despreendimento em dividir as experincias vividas em relao ao ambiente.
Empresas Cidade Entrevistados Funo
Sara & Lee Grupo Sans
Barcelona Jaime Porta Espasa Diretor tcnico
Tybor S.A. Massaranes Carles Fa Resp. Ambiental
Hidrocolor S.A. Girona Josep More I Pruna Eng Txtil Resp. Ambiental
Ao pesquisador espanhol que participou da pesquisa com a suas opinies sinceras,
as nossas consideraes.
Pesquisador Cidade Instituio Funo Dr. Martin Crespi Terrassa Universidade de
Barcelona Pesquisador ambiental
Txtil
Resumo
CARREIRA, Manoel Francisco. Sistemas de tratamento de efluentes txteis Anlise comparativa entre as tecnologias usadas no Brasil e na Pennsula Ibrica. 2006. 2v. 674f. Tese de doutorado em Engenharia de Produo Programa de Ps-Graduao em Engenharia de Produo, UFSC, Florianpolis.
Orientador: Dr. Flvio Rubens Lapolli
A indstria txtil um dos mais importantes segmentos de transformao industrial,
no Brasil e em todo o mundo. As vestimentas fazem parte das necessidades bsicas
de todos os seres humanos, e assim a indstria txtil tem o seu lugar de destaque
na economia. Desde o final do sculo XIX esta atividade se destaca industrialmente
tanto no Brasil como na Pennsula Ibrica, e ao longo de toda a sua histria sempre
ficou evidente a poluio gerada pelos seus efluentes lquidos, que, em geral,
apresentam o inconveniente de colorir os corpos receptores. O presente trabalho
busca resgatar o perfil do desenvolvimento dos projetos de sistemas de tratamento
de efluentes txteis (STETs) no Brasil, e o faz atravs de um paralelo com o que
ocorre na Pennsula Ibrica na rea ambiental. Os cenrios brasileiros e ibricos so
distintos quanto cultura histrica, mas quanto cultura ambiental se pode dizer
que surgem no mesmo perodo e desenvolvem-se de forma semelhante, com a
diferena de que a cultural ambiental Ibrica chancelada pela Comunidade
Europia (CE), enquanto a brasileira pode-se dizer que chancelada pelo mundo
global. Fizeram parte da pesquisa as maiores indstrias txteis dos plos das
regies de Americana (SP), Blumenau (SC), Minho (PT), Covilh (PT) e Barcelona
(ES), alm dos rgos ambientais e alguns pesquisadores txteis. Com as
informaes obtidas pde-se fazer uma anlise detalhada do uso de todas as
tecnologias de tratamento de efluentes encontradas, como tambm foi possvel
montar diagramas de fora ambiental (DFAs) para a compreenso da macrogesto
ambiental dos efluentes txteis nos cenrios pesquisados. Os resultados so
algumas diretrizes para os projetos de STETs e a proposta do que seria um cenrio
ideal em termos de sustentabilidade para os efluentes txteis no Brasil.
Palavras-chave: Tratamento de efluentes txteis; gesto ambiental, Brasil e Pennsula Ibrica.
Abstract CARREIRA, Manoel Francisco. Systems of treatment of textile effluents - A comparative analysis among the technologies used in Brazil and in the Iberian Peninsula. 2006. 2v. 674f. Thesis of doctor in Systems and Production of Engineering. Program Post Graduction, UFSC, Florianpolis in Brazil.
Advisor: Dr. Flvio Rubens Lapolli
The textile industry is one of the most important segments of industrial
transformation, in Brazil and all over the world. The vestments are part of all the
human beings basic needs, and then the textile industry has its prominence place in
the economy. Since the end of the century XIX this activity stands out industrially in
Brazil and in the Iberian Peninsula, and along all its history it was always evident the
pollution generated by its liquid effluents, that, in general, present the inconvenience
of coloring the receiving bodies. The present work searches to rescue the profile of
the development of the projects of systems of treatment of textile effluents (STTEs) in
Brazil and it makes it through a parallel with what it happens in the Iberian Peninsula
in the environmental area. The Brazilian and Iberian sceneries are different with
relationship to the historical culture, but with relationship to the environmental culture
it can be said that appear in the same period and they developed in a similar way,
with the difference that the environmental cultural Iberian is sealed by the European
Community (EC), while the Brazilian can be said that is sealed by the global world.
They made part of the research the largest textile industries of the poles of the areas
of Americana (SP), Blumenau (SC), Minho (PT), Covilh (PT) and Barcelona (ES),
besides the environmental organs and some textile researchers. With the obtained
information it could be made a detailed analysis of the use of all the technologies of
treatment of found effluents, as well as it was possible to set up diagrams of
environmental force (DAFs) for the understanding of the environmental
macromangement of the textile effluents in the researched sceneries. The results
are some guidelines for the projects of STTEs and the proposal of what it would be
ideal scenery in sustainability terms for the textile effluents in Brazil.
Key-words: Treatment of textile effluents; environmental management, Brazil and Iberian Peninsula.
Sumrio
Resumo.....................................................................................................................12
Abstract .....................................................................................................................13
Lista de Figuras.........................................................................................................23
Lista de Tabelas ........................................................................................................32
Seqncia lgica do trabalho ....................................................................................33
1 INTRODUO .......................................................................................................35
1.1 Situao problema...........................................................................................37
1.2 Objetivos da pesquisa......................................................................................40
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................40
1.2.2 Objetivos especficos ................................................................................40
1.3 Justificativas ....................................................................................................41
1.4 Delimitao da pesquisa..................................................................................42
1.5 Hiptese principal ............................................................................................44
1.5.1 Hipteses secundrias ..............................................................................44
1.6 Relevncia e contribuio................................................................................45
2 FUNDAMENTAO TERICA..............................................................................46
2.1 Construo do conhecimento (cognitivo).........................................................46
2.2 Anlise de sistema dinmico por linguagem sistmica ................................49
2.3 Contextualizao dos assuntos txteis ............................................................56
2.3.1 Legislao aplicada aos resduos txteis ..................................................56
2.3.1.1 Legislao ambiental brasileira...........................................................56
2.3.1.1.1 Resduos lquidos - Brasil.............................................................57
2.3.1.1.2 Resduos slidos - Brasil..............................................................63
2.3.1.1.3 Licenas ambientais - Brasil.........................................................66
2.3.1.1.4 Penalidades e multas ambientais - Brasil ....................................68
2.3.1.2 Legislao ambiental - Pennsula Ibrica - (PI) ..................................70
2.3.1.2.1 Legislao ambiental - Portuguesa ..............................................70
2.3.1.2.1.a Efluentes lquidos - Portugal..................................................72
2.3.1.2.1.b Resduos slidos - Portugal...................................................75
2.3.1.2.1.c Licenas ambientais - Portugal..............................................80
2.3.1.2.2 Legislao ambiental Espanhola - Catalunha ..............................82
2.3.1.3 Aplicao das diretivas ambientais comunitrias europias...............84
2.3.2 Processo fabril txtil e os resduos gerados..............................................85
2.3.3 Caracterizao dos resduos txteis .........................................................91
2.3.3.1 Resduo lquido viso qualitativa e quantitativa ...............................93
2.3.3.2 Cor - parmetro de impacto ambiental .............................................102
2.3.3.3 Cor - formas de remoo..................................................................109
2.3.3.3.1 Remoo de cor por processos primrios..................................110
2.3.3.3.2 Remoo de cor e degradabilidade - tratamento secundrio.....113
2.3.3.3.3 Remoo de cor processos avanados - Tratamento tercirio117
2.3.3.3.3.a Processos oxidativos e no-fotoqumicos............................117
2.3.3.3.3.b Processos fotoqumicos.......................................................119
2.3.3.3.3.c Processo fotocataltico.........................................................122
2.3.3.3.3.d Adsoro .............................................................................124
2.3.3.3.3.e Membranas..........................................................................125
2.3.3.3.3.f Processos combinados.........................................................137
2.3.3.4 Toxicidade do efluente txtil .............................................................138
2.3.3.5 Remoo de AOX.............................................................................141
2.3.3.6 Metais pesados no efluente txtil......................................................143
2.3.3.7 Resduos slidos ..............................................................................145
2.3.4 Minimizao de resduos - carga hidrulica e orgnica...........................149
2.3.4.1 Recuperao de gomas....................................................................152
2.3.4.2 Recuperao de lixvia de soda custica..........................................160
2.3.4.3 Recuperao de lanolina fibra de l ..............................................166
2.3.4.4 Recuperao de corantes.................................................................166
2.3.4.5 Alvejamento com perxido de hidrognio.........................................169
2.3.4.6 Reutilizao e reciclagem dos efluentes txteis ...............................170
2.3.4.6.1 Reciclagem dos efluentes ..........................................................170
2.3.4.6.2 Reciclagem de efluentes aps remoo de corante ..................172
2.3.5 Tipos de tratamento para efluente txtil ..................................................174
2.3.5.1 Tratamento preliminar.......................................................................174
2.3.5.1.1 Segregao dos efluentes..........................................................174
2.3.5.1.2 Gradeamento .............................................................................176
2.3.5.1.3 Peneiramento.............................................................................176
2.3.5.1.4 Desarenao e caixa de gordura ...............................................178
2.3.5.1.5 Resfriamento..............................................................................179
2.3.5.1.6 Homogeneizao e equalizao ................................................180
2.3.5.1.7 Neutralizao .............................................................................182
2.3.5.1.7.a Neutralizao com cidos....................................................184
2.3.5.1.7.b Neutralizao com dixido de carbono (CO2)......................186
2.3.5.1.7.c Neutralizao com gs de combusto (CO2).......................189
2.3.5.2 Tratamento primrio .........................................................................190
2.3.5.2.1 Fsico-qumico............................................................................190
2.3.5.2.1.a Coagulao e floculao .....................................................191
2.3.5.2.1.b Flotao...............................................................................194
2.3.5.2.1.c Sedimentao (decantao) ................................................196
2.3.5.3 Tratamento secundrio.....................................................................199
2.3.5.3.1 Processos anaerbios................................................................199
2.3.5.3.2 Processos aerbios....................................................................200
2.3.5.3.2.a Lodos ativados ....................................................................201
2.3.5.3.2.b Filtro biolgico .....................................................................205
2.3.6 Eficincias dos processos usados nos STETs........................................207
2.3.7 Fluxogramas de STETs implantados ......................................................209
3 ASPECTOS METODOLGICOS.........................................................................220
3.1 Pesquisa - definio.......................................................................................220
3.2 Classificao da pesquisa .............................................................................221
3.3 Metodologia do trabalho ................................................................................223
3.3.1 Aplicao do estudo de caso ..................................................................224
3.3.2 Fontes de informaes para o trabalho...................................................224
3.3.3 Forma de obteno e registros das informaes ....................................226
3.3.4 Critrios para seleo das fontes de informao ....................................227
3.3.5 Forma de designao dos atores no contexto da pesquisa ....................230
3.3.6 Receptividade para aplicao das entrevistas ........................................231
4 CENRIOS E ATORES........................................................................................232
4.1. Brasil plo txtil de Americana (SP)...........................................................232
4.1.1 Aes ambientais - Americana (SP)........................................................234
4.1.2 Cetesb Plo txtil de Americana (SP) ..................................................235
4.1.3 STETs - Plo txtil de Americana (SP) ...................................................236
4.1.3.1 Santista Txtil S/A - (Americana SP) .............................................236
4.1.3.2 Canatiba Txtil (Santa Brbara DOeste SP).................................237
4.1.3.3 Companhia Jauense de Tecidos (Ja SP) ....................................238
4.1.3.4 Cermatex (Santa Brbara DOeste SP) ........................................239
4.2. Brasil plo txtil de Blumenau (SC) ...........................................................239
4.2.1 Aes ambientais - Blumenau (SC) ........................................................241
4.2.2 rgos ambientais Plo txtil de Blumenau (SC) ................................241
4.2.3 STETs - Plo txtil de Blumenau (SC) ....................................................243
4.2.3.1 Anglian Water STETs - (Brusque SC) ........................................243
4.2.3.2 Artex Grupo Coteminas (Blumenau SC)..................................244
4.2.3.3 Dlher Txtil (Joinville SC).............................................................244
4.2.3.4 Companhia Hering (Blumenau SC) ...............................................245
4.2.3.5 Karsten Txtil (Blumenau SC) .......................................................246
4.2.3.6 Malwee Malhas (Jaragu do Sul SC) ............................................246
4.2.3.7 Marisol (Jaragu do Sul SC)..........................................................247
4.2.3.8 Tecelagem Kuehnrich - Teka (Blumenau SC) ...............................247
4.2.3.9 Sulfabril txtil (Blumenau SC) ........................................................248
4.2.3.10 Momento Engenharia Ambiental Aterro Industrial - (SC).............248
4.3. Brasil projetistas ........................................................................................249
4.4. Brasil pesquisadores..................................................................................249
4.5. Portugal plo txtil do Minho (Vale do Rio Ave - PT) .................................250
4.5.1 Aes ambientais - Minho (PT) ...............................................................251
4.5.2 rgos ambientais Minho (PT).............................................................252
4.5.3 STETs Minho (PT)................................................................................252
4.5.3.1 Txtil Adalberto Tinturaria (So Tirso Minho-PT)........................253
4.5.3.2 Barroso Malhas (Barcelos Minho-PT).........................................253
4.5.3.3 Carlos Pimenta Machado Tinturaria (Guimares Minho-PT) ......254
4.5.3.4 Coelima Indstrias txteis - (Guimares - MinhoPT) ...................254
4.5.3.5 Coats Clark (Vila Nova de Gaia Minho-PT) ...................................255
4.5.3.6 Crispim & Abreu Txteis (Famalico Minho - PT)..........................255
4.5.3.7 Estao de Tratamento de Barcelos (Barcelos Minho-PT)............256
4.5.3.8 J.M.A. Felpos (Guimares Minho - PT) ......................................256
4.5.3.9 Mundotxtil Sociedade Exportadora (Vizela Minho - PT) ..............257
4.5.3.10 Riler Indstrias Txteis (Vizela Minho - PT)..............................257
4.5.3.11 Risetamega Acabamentos Txteis (Marco Canaves Minho-PT) 258
4.5.3.12 SIDVA Serzedelo e Rabada Tratave (Guimares Minho)......258
4.5.3.13 T.M.G. Acabamentos Txteis (Guimares Minho - PT) ...............260
4.5.3.14 Tinamar (Barcelos Minho - PT)....................................................261
4.5.3.15 Valindo Acabamentos (Fafe Minho - PT).....................................261
4.6. Portugal plo txtil de Covilh (Serra da Estrela) ......................................262
4.6.1 Aes ambientais - Covilh (PT) .............................................................263
4.6.2 STETs Covilh (PT) .............................................................................264
4.6.2.1 Paulo de Oliveira - Txteis (Covilh Serra da Estrela - PT) ........264
4.6.2.2 Lavadora de L Manuel Tavares (Guarda Serra da Estrela - PT) .265
4.7 Projetistas - Portugal......................................................................................265
4.8 Pesquisadores e centro de pesquisa - Portugal ............................................266
4.9 rgo ambiental CCDR-N - Portugal.............................................................267
4.10 Ongs ambientais - Portugal.........................................................................267
4.11. Espanha plo txtil da Catalunha - Barcelona .........................................268
4.11.1 Aes ambientais Regio da Barcelona (ES) ....................................269
4.11.2 STETs Catalunha (ES).......................................................................270
4.11.2.1 Abanderado - Sara & Lee (Catalunha Girona - ES)..................271
4.11.2.2 Hidrocolor Acabamentos Txteis - (Barcelona - ES) ......................271
4.11.2.3 Tybor SA (Massanes Catalunha - ES).....................................272
5 RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPO ..........................................................273
5.1 Sintetizao dos resultados das entrevistas STETs ...................................273
5.1.1 IBA-01 .....................................................................................................274
5.1.2 IBA-02 .....................................................................................................283
5.1.3 IBA-03 .....................................................................................................289
5.1.4 IBA-04 .....................................................................................................298
5.1.5 IBB-01 .....................................................................................................304
5.1.6 IBB-02 .....................................................................................................313
5.1.7 IBB-03 .....................................................................................................321
5.1.8 IBB-04 .....................................................................................................330
5.1.9 IBB-05 .....................................................................................................335
5.1.10 IBB-06 ...................................................................................................342
5.1.11 IBB-07 ...................................................................................................348
5.1.12 IBB-08 ...................................................................................................356
5.1.13 IBB-09 ...................................................................................................363
5.1.14 IBB-10 ...................................................................................................369
5.1.15 IPM-01...................................................................................................379
5.1.16 IPM-02...................................................................................................386
5.1.17 IPM-03...................................................................................................392
5.1.18 IPM-04...................................................................................................399
5.1.19 IPM-05...................................................................................................405
5.1.20 IPM-06...................................................................................................413
5.1.21 IPM-07...................................................................................................420
5.1.22 IPM-08...................................................................................................424
5.1.23 IPM-09...................................................................................................428
5.1.24 IPM-10...................................................................................................433
5.1.25 IPM-11...................................................................................................438
5.1.26 IPM-12...................................................................................................443
5.1.27 IPM-13...................................................................................................447
5.1.28 IPM-14...................................................................................................452
5.1.29 IPM-15...................................................................................................457
5.1.30 IPC-01 ...................................................................................................461
5.1.31 IPC-02 ...................................................................................................466
5.1.32 IEB-01 ...................................................................................................471
5.1.33 IEB-02 ...................................................................................................479
5.1.34 IEB-03 ...................................................................................................484
5.2 Informaes dos rgos ambientais ..............................................................493
5.2.1 Orgo ambiental So Paulo (Americana).............................................493
5.2.2 Orgo ambiental Santa Catarina (Blumenau) ......................................495
5.2.2.1 Orgo ambiental estadual regional Blumenau............................496
5.2.2.2 Orgo ambiental estadual Polcia ambiental...............................498
5.2.2.3 Orgo ambiental municipal ............................................................500
5.2.3 Orgo ambiental - Portugal .....................................................................502
5.3 Informaes dos centros de pesquisa (pesquisador) ....................................504
5.3.1 Pesquisadores ambientais txteis no Brasil ............................................505
5.3.1.1 Pesquisador PB-01 - Brasil...............................................................505
5.3.1.2 Pesquisador PB-02 - Brasil...............................................................507
5.3.2 Pesquisadores ambientais txteis em Portugal.......................................509
5.3.2.1 Pesquisadores do centro de pesquisa - Portugal .............................509
5.3.2.2 Pesquisador do instituto de desenvolvimento - Portugal ..................511
5.3.2.3 Pesquisador universitrio - Portugal .................................................514
5.3.3 Pesquisas txteis na Espanha ................................................................516
5.3.3.1 Centro de Pesquisas Txteis Pesquisador - Espanha...................517
5.4 Informaes dos projetistas ...........................................................................519
5.4.1 Projetistas brasileiros ..............................................................................519
5.4.1.1 PBA - 01 (Brasil) ...............................................................................520
5.4.2 Projetistas portugueses...........................................................................524
5.4.2.1 PPM - 01 (Portugal) ..........................................................................524
5.4.2.2 PPM - 02 (Portugal) ..........................................................................528
5.4.2.3 PPM - 03 (Portugal) ..........................................................................533
6 ANLISES DOS RESULTADOS..........................................................................541
6.1 Localizaes das indstrias txteis................................................................541
6.2 Aes que envolve o processo industrial.......................................................543
6.2.1 Recuperao de calor .............................................................................543
6.2.2 Co-gerao de energia eltrica e o uso do gs natural...........................545
6.2.3 Recuperao de goma............................................................................546
6.2.4 Recuperao de soda custica (NaOH)..................................................548
6.2.5 Reso de efluentes baseado na condutividade.......................................549
6.3 Tratamento preliminar slidos grosseiros ...................................................551
6.4 Tratamento primrio.......................................................................................551
6.4.1 Tanque de homogeneizao e equalizao............................................551
6.4.2 Neutralizao ..........................................................................................553
6.4.2.1 cido sulfrico (H2SO4).....................................................................554
6.4.2.2 Gs carbnico - (CO2) ......................................................................555
6.4.2.2.1 CO2 - puro ..................................................................................555
6.4.2.2.1 CO2 Reaproveitamento de gases de combusto ....................556
6.4.2.3 STET sem processo de neutralizao ..............................................557
6.4.2.4 Sintetizao da anlise em relao neutralizao .........................558
6.4.3 Inverso de posio entre o fsico-qumico e o biolgico ........................559
6.4.4 Tratamento qumico - decantao versus flotao..................................561
6.4.5 Tratamento secundrio - biolgico ..........................................................563
6.4.5.1 Processos biolgicos diferenciados dos lodos ativados ...................566
6.4.5.2 Forma de injeo O2 nos processos biolgicos aerbios .................567
6.4.6 Tratamento tercirio ................................................................................569
6.4.6.1 Remoo de cor ...............................................................................570
6.4.6.2 Desidratao do lodo txtil (qumico e biolgico)..............................572
6.4.6.3 Disposio do lodo txtil (qumico e biolgico) .................................575
6.4.6.4 Reaproveitamento de efluente txtil .................................................576
6.4.6.5 Tecnologias avanadas (membranas, ozonizao e outras)............578
6.4.7 Questes ambientais envolvendo os STETs...........................................579
6.4.7.1 Sistema de gesto ambiental (SGA) na indstria txtil.....................579
6.4.7.2 Certificao ISO 14.001....................................................................581
6.4.7.3 Marketing ambiental .........................................................................582
6.4.7.4 Envolvimento da comunidade local ..................................................583
6.4.7.5 Legislao ambiental e rgos ambientais (fiscalizao) .................585
6.4.7.6 Toxicidade dos efluentes txteis.......................................................588
6.4.7.7 Desenvolvimento de pesquisas cientficas .......................................589
6.4.7.8 Processos diferenciados utilizados nos STETs pesquisados ...........590
6.4.7.9 Servios de projetos de STETs ........................................................592
7 ANLISE GLOBAL EM LINGUAGEM SISTMICA..............................................594
7.1 Situao dos cenrios pesquisados ..............................................................594
7.1.1 Regio de Americana (SP-Brasil)............................................................594
7.1.2 Regio de Blumenau (SC-Brasil) ............................................................602
7.1.3 Regio do Minho (Portugal) ....................................................................612
7.1.4 Regio de Barcelona Catalunha (Espanha) .........................................623
7.2 Comparao entre os cenrios Brasil Portugal e Espanha......................628
7.2.1 Comparao do cenrio Brasil versus Portugal ...................................628
7.2.2 Comparao do cenrio Brasil versus Espanha ..................................631
7.3 Cenrio hipoteticamente ideal .......................................................................634
8 CONCLUSES GERAIS......................................................................................636
8.1 Informaes relevantes obtidas na pesquisa.................................................636
8.2 Consideraes sobre os objetivos .................................................................642
8.3 Consideraes sobre as hipteses................................................................643
8.4 Consideraes finais......................................................................................645
9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .....................................................................646
10 APNDICE.........................................................................................................667
10.1 Roteiros dos questionrios ..........................................................................667
10.1.1 Roteiro para questionamento - indstrias txteis ..................................667
11 ANEXOS ............................................................................................................674
11.1 Figuras.........................................................................................................674
Lista de Figuras Figura 2.01 Ciclo da dinmica da metodologia cientfica .......................................47
Figura 2.02 Relaes do conhecimento .................................................................47
Figura 2.03 Relaes scio-econmico ambiental .................................................48
Figura 2.04 Diagrama de enlace causal (adaptao para condies ambientais) .51
Figura 2.05 Diagrama do enlace de uma dor de cabea........................................54
Figura 2.06 Arqutipo Controle de poluio ........................................................55
Figura 2.07 - Classificao dos corpos receptores Res. Conama n 357/2005......58
Figura 2.08 - Smula dos padres para efluentes lquidos limite de despejo. .......60
Figura 2.09 - Classificao dos resduos slidos - potencial de risco sade..........64
Figura 2.10 - Classificao dos resduos slidos Norma NBR 10.004/5/6 e 7. ......65
Figura 2.11 - Smula padres para resduos slidos limites de disposio. ..........65
Figura 2.12 - Macrorrepresentao da estrutura ambiental portuguesa....................71
Figura 2.13 - Portaria 423/97 - Parmetros de descarga para o setor txtil ..............72
Figura 2.14 - Valores-limites de emisso de efluentes lquidos - Portugal ................74
Figura 2.15 - Valores-limites de emisso - substncias organocloradas - Portugal ..75
Figura 2.16 - Critrios de classificao de RSs - Composio do Eluato.................76
Figura 2.17 - Critrios de classificao dos RS - Propriedades fsico-quimicas........77
Figura 2.18 Classificao de Resduos Slidos usada pela UE.............................78
Figura 2.19 - Valores-limite de metais pesados no solo agrcola - Portugal..............79
Figura 2.20 - Principais valores-limite dos parmetros de despejos .........................83
Figura 2.21 Classificao das fibras txteis ...........................................................85
Figura 2.22 Fluxograma fabril-txtil bsico e os resduos slidos gerados. ...........86
Figura 2.23 - Lista de poluentes txteis - relacionados a processos e fibras. ...........92
Figura 2.24 Estrutura molecular do corante mauveina.........................................102
Figura 2.25 Estrutura molecular de grupos qumicos dos principais corantes. ....103
Figura 2.26 Classificao dos corantes pela solubilidade em gua e aplicao. .106
Figura 2.27 - Classificao de corantes por uso e natureza qumica. .....................108
Figura 2.28 - Principais aspectos ecolgico dos corantes.......................................109
Figura 2.29 - Eficincias da flotao em efluentes txteis.......................................113
Figura 2.30 - Biodegradao de corantes txteis - Cultura bacteriana....................116
Figura 2.31 Relaes - substrato - tamanho da partcula - tipo de membrana.....126
Figura 2.32 Esquematizao de reteno de slidos em diferentes membranas 127
Figura 2.33 Classificao das membranas em funo do fluxo ...........................127
Figura 2.34 Classifica das membranas em funo da configurao ....................127
Figura 2.35 Sistema tubular de membrana de ultrafiltrao em espiral. ..............128
Figura 2.36 Esquemas de sistemas de bioreatores de membranas.....................130
Figura 2.37 Esquema de recuperao de gua industrial txtil por NF e RO. .....132
Figura 2.38 - Comparao de eficincia para diferentes tipos de membranas .......133
Figura 2.39 - Resumo das principais tecnologias usadas em STETs .....................135
Figura 2.40 - Mtodos especficos de tratamento para STETs ...............................136
Figura 2.41 - Informaes ecotoxicolgica corante cido vermelho 17 (azo).......139
Figura 2.42 - Aminas aromticas de tingimento com azocorantes - Clivagem........140
Figura 2.43 Esquema de vias biolgicas em tratamento de azocorantes ............140
Figura 2.44 - Metais pesados versus a fontes contaminao txtil .........................144
Figura 2.45 - Relao de corantes metlicos em uso na indstria txtil..................144
Figura 2.46 Tipos de desengomagem..................................................................154
Figura 2.47 Processo de engomagem/desengomagem e recuperao de goma 158
Figura 2.48 Unidade de Ultrafiltrao...................................................................158
Figura 2.49 Membrana de ultrafiltrao................................................................158
Figura 2.50 Fluxo de balano de massa de recuperao de lixvia de soda ........162
Figura 2.51 Detalhe do estgio de recuperao de lixvia de soda ......................163
Figura 2.52 Sistema recuperao de lixvia de soda com 3 estgios...................164
Figura 2.53 Esquema de filtrao de membranas para recuperao de ndigo. ..168
Figura 2.54 Esquema para recuperao gua - microfiltrao.............................173
Figura 2.55 Membrana de microfiltrao recuperao gua e pasta. ...............173
Figura 2.56 Peneira hidrodinmica.......................................................................177
Figura 2.57 Resduo de lavanderia ......................................................................177
Figura 2.58 Peneira rotativa - escova...................................................................177
Figura 2.59 - Peneira rotativa jato dgua ...............................................................177
Figura 2.60 Trocador de calor - placa ..................................................................180
Figura 2.61 Trocadores calor -tubulares ...............................................................180
Figura 2.62 Distribuio de equilbrio das espcies carbonatadas.......................187
Figura 2.63 Distribuio de equilbrio das espcies carbonatadas.......................188
Figura 2.64 Misturador lento axial ........................................................................192
Figura 2.65 Representao da ao dos polieletrlitos........................................193
Figura 2.66 Floculador vertical de paleta .............................................................193
Figura 2.67 - Principais coagulantes e floculantes para aplicao em STETs. .......194
Figura 2.68 - Processos de flotao e sistemas de gerao de bolhas. .................195
Figura 2.69 Flotador com raspador de espuma sem recirculao (tpico)............196
Figura 2.70 Sistema de decantao com raspador ..............................................197
Figura 2.71 Sistema de decantao com lamela..................................................197
Figura 2.72 Esquema do sistema de lodos ativados. ...........................................201
Figura 2.73: Processos de lodos ativados e principais variantes. ...........................202
Figura 2.74: Vantagens e desvantagens do processo de lodos ativados................203
Figura 2.75: Vantagens e desvantagens do filtro biolgico (percolador).................206
Figura 2.76 Fluxograma de STET projetado na dcada de 1970 (biolgico). ...209
Figura 2.77 Fluxograma de STET de 1970 fsico-qumico e biolgico) ................210
Figura 2.78 Fluxograma STET Tratamento biolgico e land-application (1970)211
Figura 2.79 Fluxograma de STET Acabamentos de fios de algodo ................212
Figura 2.80 Fluxograma de STET 20 indstrias txteis e esgoto ......................213
Figura 2.81 Fluxograma do STET Condomnio de 200 industrias - Alemanha..214
Figura 2.82 Fluxograma do STET Tratamento conjunto txtil e sanitrio..........215
Figura 2.83 Fluxograma de um STET Utilizao de tecnologias avanadas.....216
Figura 2.84 Fluxograma STET Efluentes txteis e sanitrios - Condomnio .....217
Figura 2.85 Fluxograma STET Efluentes txteis e sanitrios - Condomnio .....218
Figura 2.86 Fluxograma STET Efluentes txteis e sanitrios - Condomnio .....219
Figura 4.01 Mapa da localizao da cidade de Americana So Paulo..............232
Figura 4.02 Foto: o rio Piracicaba, nas proximidades de Piracicaba....................234
Figura 4.03 Mapa da localizao da cidade de Blumenau Santa Catarina .......240
Figura 4.04 Fotos do rio Itaja-au - STETs - IBA-02 ...........................................241
Figura 4.05 Mapa da localizao da regio do Minho Portugal.........................250
Figura 4.06 Fotos do rio Ave em dois pontos distintos.........................................252
Figura 4.07 Distribuio das unidades do SIDVA da bacia do Ave ......................259
Figura 4.08 Localizao de Covilh dentro do territrio portugus. .....................262
Figura 4.09 Vale e rio Zzere Regio da Serra da Estrela. ...............................263
Figura 4.10 Localizao de Barcelona no contexto da Pennsula Ibrica. ...........268
Figura 4.11 Classificao da qualidade da gua da pennsula ibrica.................269
Figura 4.12 Rio Bess da nascente a desembocadura - Barcelona.....................270
Figura 5.01 - Sntese de dados da empresa IBA-01 ...............................................274
Figura 5.02 Foto do STET da empresa IBA-01 ....................................................275
Figura 5.03 Foto do tanque anxico da empresa IBA-01 .....................................277
Figura 5.04 Foto da bactria filamentosa tipo 1851. ............................................278
Figura 5.05 Foto do filtro biolgico empresa IBA-01. ........................................279
Figura 5.06 Fluxograma do STET empresa IBA-01. .........................................279
Figura 5.07 Foto do lodo biolgico - empresa IBA-01. .........................................281
Figura 5.08 - Sntese de dados da empresa IBA-02 ...............................................283
Figura 5.09 Esquema do primeiro STET da empresa IBA-02 (1986) ...................284
Figura 5.10 Comparao - lodo de leito de secagem e o centrifugado - IBA-02 .285
Figura 5.11 Esquema do STET depois do 1 upgrade (1996) - IBA-02 .............285
Figura 5.12 Fotos do STET - IBA-02 ....................................................................286
Figura 5.13 Fotos do efluente do STET - IBA-02 .................................................288
Figura 5.14 - Sntese de dados da empresa IBA-03 ...............................................289
Figura 5.15 Foto area da empresa IBA-03 .........................................................290
Figura 5.16 Fluxograma do STET da empresa IBA-03 ........................................290
Figura 5.17 Sistemas de reciclagem de soda custica e goma sinttica .............291
Figura 5.18 Presena de espuma nos tanques de homogeneizao e biolgico.294
Figura 5.19 Efluente final e lodo qumico e biolgico da IBA-03 ..........................295
Figura 5.20 - Sntese de dados da empresa IBA-04 ...............................................298
Figura 5.21 Fluxograma esquemtico do STET da IBA-03 ..................................299
Figura 5.22 Filtro-prensa, lodo prensado e leito de secagem (coberto) ...............300
Figura 5.23 Colorao do efluente bruto e tratado IBA-04 ................................303
Figura 5.24 - Sntese de dados da empresa IBB-01 ...............................................304
Figura 5.25 Desenho esquemtico do parque florestal da IBB-01 .......................305
Figura 5.26 Fotos do aterro industrial da IBB-01..................................................306
Figura 5.27 Fluxograma esquemtico do STET da IBB-01 ..................................307
Figura 5.28 Sistema de neutralizao de efluente por gases de combusto .......308
Figura 5.29 Vista area do processo biolgico valo de oxidao- IBB-01........309
Figura 5.30 Comparao visual dos efluentes bruto e final IBB-01...................310
Figura 5.31 Tela do programa de controle e automao do STET IBB-01........311
Figura 5.32 - Sntese de dados da empresa IBB-02 ...............................................313
Figura 5.33 Vista area da unidade IBB-02 .........................................................314
Figura 5.34 Fluxograma do STET da IBB-02 .......................................................316
Figura 5.35 Secagem do lodo da IBB-02 .............................................................317
Figura 5.36 Sistema de resfriamento utilizado na IBB-02 ....................................318
Figura 5.37 Comparao de colorao dos efluentes bruto e tratado na IBB-02.319
Figura 5.38 Grfico de pizza referente distribuio de rea da IBB-03 .............321
Figura 5.39 Montagem de fotos do parque ecolgico da IBB-03..........................322
Figura 5.40 - Sntese de dados da empresa IBB-03 ...............................................323
Figura 5.41 Montagem de fotos que mostram diferentes tipos de aerao..........324
Figura 5.42 Fluxograma esquemtico do STET da IBB-03 ..................................325
Figura 5.43 Montagem de fotos para comparao viso do efluente IBB-03. ......326
Figura 5.44 Campanha do Naturinho pela coleta seletiva na IBB-03.................327
Figura 5.45 - Sntese de dados da empresa IBB-04 ...............................................330
Figura 5.46 Posicionamento da IBB-04 em relao ao centro da cidade.............331
Figura 5.47 Multiciclone e lavador de gases da IBB-04. ......................................332
Figura 5.48 Fluxograma esquemtico do STET da IBB-04. .................................333
Figura 5.49 - Sntese de dados da empresa IBB-05 ...............................................335
Figura 5.50 Fluxograma esquemtico do STET da IBB-04. .................................338
Figura 5.51 Comparao visual dos dois tanques de aerao da IBB-05............339
Figura 5.52 Problema de bulking no decantador secundrio da IBB-05. .............340
Figura 5.53 Comparao visual entre efluente no inicial e final do STET. ...........341
Figura 5.54 - Sntese de dados da empresa IBB-06 ...............................................342
Figura 5.55 Fluxograma do STET da IBB-06. ......................................................343
Figura 5.56 Secador rotativo de lodo e amostra de lodo seco. ............................344
Figura 5.57 Forma de aerao do tanque biolgico da IBB-06. ...........................345
Figura 5.58 - Sntese de dados da empresa IBB-07 ...............................................350
Figura 5.59 Fluxograma esquemtico do STET da IBB-07. .................................351
Figura 5.60 Perfil e fluxo de efluente e ar do efluente no Deep Shaft. .................352
Figura 5.61 Comparao visual entre efluente bruto e tratado IBB-07..............353
Figura 5.62 Lagoas de disposio de lodo txtil aterro industrial IBB-07 .......353
Figura 5.63 Vista area da cidade e o sistema tratamento - IBB-07. ...................355
Figura 5.64 - Sntese de dados da empresa IBB-08 ...............................................356
Figura 5.65 Prensa desaguadora e secador de lodo IBB-08.............................358
Figura 5.66 Fluxograma esquemtico do STET IBB-08. ......................................359
Figura 5.67 Qualito - defensor da qualidade dos produtos e do ambiente.........360
Figura 5.68 Vista area da fbrica e do STET IBB-08. .....................................362
Figura 5.69 Monitoramento atravs de bioteste com peixes IBB-08. ................362
Figura 5.70 - Sntese de dados da empresa IBB-09 ...............................................363
Figura 5.71 STET construdo em ao carbono IBB-09. .....................................365
Figura 5.72 Fluxograma esquemtico do STET IBB-09 ....................................366
Figura 5.73 Comparao visual de colorao entre efluente bruto e o tratado. ...367
Figura 5.74: Sntese de dados da empresa IBB-10.................................................370
Figura 5.75 Fluxo esquemtico de implantao do aterro industrial - classe 2. ...372
Figura 5.76 Preparao da clula de resduo de classe 2 ...................................373
Figura 5.77 Sistemas auxiliares usados no aterro industrial IBB-10. ................373
Figura 5.78 Fluxograma de operao do aterro. ..................................................374
Figura 5.79 Comparao visual entre o efluente bruto (lixiviado) e o tratado. .....375
Figura 5.80 Vista area do aterro industrial IBB-10...........................................376
Figura 5.81 Lago a jusante do aterro pontos de monitoramento do aterro........376
Figura 5.82 - Sntese de dados da empresa IPM-01...............................................379
Figura 5.83 Fluxograma esquemtico do STET da IPM-01..................................381
Figura 5.84 Comparao visual da cor entre efluentes na IPM-01.......................382
Figura 5.85 Filtro aerbio percolador do STET da IPM-01. ..................................383
Figura 5.86 - Sntese de dados da empresa IPM-02...............................................386
Figura 5.87 Fluxograma esquemtico do STET da IPM-02..................................388
Figura 5.88 Tanque biolgico e prensa desaguadora do STET da IPM-02..........389
Figura 5.89 Efeito da ozonizao na remoo de cor na IPM-02.........................389
Figura 5.90 - Sntese de dados da empresa IPM-03...............................................392
Figura 5.91 Fluxograma do STET da IPM-03.......................................................394
Figura 5.92 Tanque de homogeneizao e lodos ativados por batelada .............395
Figura 5.93 Equipamentos e esquemas da coagulao, floculao e flotao. ...396
Figura 5.94 Armazenamento de lodo qumico e biolgico no ptio da indstria. .396
Figura 5.95 Baterias de membranas de ultrafiltrao e osmose reversa. ............397
Figura 5.96 - Sntese de dados da empresa IPM-04...............................................399
Figura 5.97 Recuperao de soda .......................................................................400
Figura 5.98 Fluxograma esquemtico do STET da IPM - 04................................401
Figura 5.99 Imagens envolvidas com o lodo qumico e biolgico da IPM - 04 .....403
Figura 5.100 Fluxograma esquemtico do sistema integrado da IPM - 05 ..........407
Figura 5.101 - Sntese de dados da empresa IPM-05.............................................408
Figura 5.102 Imagens do processo de desidratao da IPM - 05 ........................409
Figura 5.103 Situao dos aterros da IPM - 05 ....................................................410
Figura 5.104 Visualizao da cor do efluente da IPM - 05 ...................................411
Figura 5.105 Vista area de um sistema..............................................................412
Figura 5.106 - Sntese de dados da empresa IPM-06.............................................414
Figura 5.107 Vista area do sistema integrado da IPM - 06.................................415
Figura 5.108 Fluxograma esquemtico do sistema integrado da IPM 06..........416
Figura 5.109 Vista do filtro aerbio percolador aerao natural - IPM 06 ......417
Figura 5.110 Efluente na sada dos decantadores primrio e secundrio............418
Figura 5.111 - Sntese de dados da empresa IPM-07.............................................420
Figura 5.112 Fluxograma esquemtico do STET IPM-07 .................................421
Figura 5.113 Leito de secagem desativado IPM-07 ..........................................422
Figura 5.114 Tanque biolgico IPM-07. ............................................................422
Figura 5.115 - Sntese de dados da empresa IPM-08.............................................424
Figura 5.116 Desidratao do lodo qumico IPM-08 .........................................425
Figura 5.117 Tanque de homogeneizao com pr-oxigenao..........................425
Figura 5.118 Fluxograma do STET (Processo fsico-qumico) IPM-08 .............426
Figura 5.119 Comparao visual de cor entre os efluentes bruto e tratado .........427
Figura 5.120 - Sntese de dados da empresa IPM-09.............................................428
Figura 5.121 Tanque biolgico prximo margem do rio IPM-09.....................429
Figura 5.122 Fluxograma esquemtico da IPM-09...............................................430
Figura 5.123 Filtro de proteo do trocador de placa da IPM-09 .........................431
Figura 5.124 Separao do lixo coleta seletiva na IPM-09 ...............................432
Figura 5.125 - Sntese de dados da empresa IPM-10.............................................433
Figura 5.126 Equipamento de recuperao de soda custica na IPM-10 ............434
Figura 5.127 Equip. de neutralizao por gases de combusto IPM-10 ...........435
Figura 5.128 Fluxograma esquemtico da IPM-10...............................................436
Figura 5.129 - Sntese de dados da empresa IPM-11.............................................438
Figura 5.130 Fluxograma do pr-tratamento do efluente IPM-11.........................439
Figura 5.131 Tanque de homogeneizao efluente colorido e sem agitao....440
Figura 5.132 Ponto de despejo de efluente apenas pr-tratado IPM 11 ...........441
Figura 5.133 - Sntese de dados da empresa IPM-12.............................................443
Figura 5.134 Fluxograma esquemtico do pr-tratamento IPM 12 ...................445
Figura 5.135 Comparao visual entre efluente bruto e recuperado....................446
Figura 5.136 - Sntese de dados da empresa IPM-13.............................................447
Figura 5.137 Vista area da IPM - 13...................................................................448
Figura 5.138 Fluxograma esquemtico do pr-tratamento da IPM -13 ................448
Figura 5.139 Recuperao de soda custica e neutralizao com CO2 puro......450
Figura 5.140 - Sntese de dados da empresa IPM-14.............................................452
Figura 5.141 Fluxograma do STET implantado em 1986 na IPM - 14 .................453
Figura 5.142 Filtro prensa desativado na IPM - 14...............................................453
Figura 5.143 Fluxograma do pr-tratamento na IPM - 14 ....................................454
Figura 5.144 - Sntese de dados da empresa IPM-15.............................................457
Figura 5.145 Pr-tratamento e corpo receptor da IPM - 15..................................458
Figura 5.146 Fluxograma esquemtico do STET da IPM - 15..............................459
Figura 5.147 Construo do tanque biolgico e decantador IPM-15.................460
Figura 5.148 - Sntese de dados da empresa IPC-01 .............................................461
Figura 5.149 Fluxograma esquemtico do STET da IPC - 01. .............................462
Figura 5.150 Fotos da l suja e limpa processo industrial da IPC - 01..............463
Figura 5.151 Visualizao dos efluentes bruto e tratado (final) da IPC - 01.........464
Figura 5.152 Processo de lodos ativados aerao por venturi - IPC - 01 .........465
Figura 5.153 - Sntese de dados da empresa IPC-02 .............................................466
Figura 5.154 Fluxograma esquemtico do STET da IPC - 02..............................467
Figura 5.155 Tratamento biolgico Valo de oxidao do STET da IPC - 02 .....468
Figura 5.156 Comparao visual da colorao do efluente da IPC - 02. .............468
Figura 5.157 Lodo gerado no STET da IPC - 02 ..................................................469
Figura 5.158 - Sntese de dados da empresa IEB-01 .............................................471
Figura 5.159 Fluxograma esquemtico do STET da IEB - 01 ..............................472
Figura 5.160 Sistema biolgico - bioflotao da IEB - 01.....................................473
Figura 5.161 Sistema de bombeamento e injeo de ar da IEB - 01 ...................474
Figura 5.162 Sistema de desidrao do lodo da IEB - 01. ...................................475
Figura 5.163 Decantador lamelar e os filtros de areia da IEB-01.........................476
Figura 5.164 Vista area da indstria e o corpo receptor da IEB-01....................477
Figura 5.165 - Sntese de dados da empresa IEB 02...........................................479
Figura 5.166 Fluxograma esquemtico do STET da IEB-02 ................................480
Figura 5.167 Etapas da desidratao do lodo qumico e biolgico da IEB-02 .....481
Figura 5.168 Efluente bruto tanque biolgico e efluente final da IEB-02..............482
Figura 5.169 Filtro eletrosttico da IEB-02 ...........................................................483
Figura 5.170 - Sntese de dados da empresa IEB-03 .............................................485
Figura 5.171 Fluxograma esquemtico do STET da IEB-03 ................................486
Figura 5.172 Tratamento biolgico do STET da IEB-03.......................................487
Figura 5.173 Conjunto de membranas de ultrafiltrao do STET da IEB-03........489
Figura 5.174 Conjunto de membranas de osmose reversa do STET da IEB-03..490
Figura 5.175 Comparao visual entre os efluentes no STET da IEB-03. ...........491
Figura 5.176 Filtro eletrosttico do STET da IEB-03. ...........................................492
Figura 7.01 - Dados bsicos das unidades pesquisadas na regio de Americana. 595
Figura 7.02 Diagrama de fora ambiental (DFA) regio de Americana - SP. ....596
Figura 7.03 Rio Itaja-au, permetro urbano Blumenau rea poluida...............602
Figura 7.04 - Dados bsicos das unidades pesquisadas na regio de Blumenau ..603
Figura 7.05 - Diagrama de fora ambiental (DFA) regio de Blumenau - SC.......604
Figura 7.06 Diagrama de fora ambiental (DFA) cidade de Brusque - SC. .......609
Figura 7.07 Flagrante de poluio rios Vizela e Ave Bacia do Minho.............613
Figura 7.08 - Dados bsicos das unidades pesquisadas na regio do Minho.........614
Figura 7.09 - Diagrama de fora ambiental (DFA) SIDVA - regio do Minho (PT)615
Figura 7.10 Diagrama de fora ambiental (DFA) STETs prprios Minho(PT) 621
Figura 7.11 Corpo receptor dos efluentes da IEB-01 Catalunha ES ..............624
Figura 7.12 - Dados bsicos das unidades pesquisadas na regio da Catalunha. .624
Figura 7.13 Diagrama de fora ambiental (DFA) regio da Catalunha ES.....625
Figura 7.14 - Comparativo entre os cenrios do Brasil e de Portugal .....................629
Figura 7.15 - Comparativo entre os cenrios do Brasil e da Espanha ....................632
Figura A-01: Balano de Soda Custica I Sistema Recuperao de lixvia .........674
Figura A-02: Balano de Soda Custica II Sistema Recuperao de lixvia ........674
Lista de Tabelas Tabela 01 - Consumo de gua na indstria txtil fibras naturais............................94
Tabela 02 - Consumo de gua segregado para fibras de algodo............................96
Tabela 03 - Consumo de gua na indstria txtil Fibras qumicas e l ..................96
Tabela 04 - Caracterizao dos efluentes de fibras naturais (exceto l). ..................98
Tabela 05 - Caracterizao dos efluentes de fibras naturais (exceto l). ..................98
Tabela 06 - Caracterizao dos efluentes de fibras qumica.....................................99
Tabela 07 - Caracterizao dos efluentes de fibras qumica.....................................99
Tabela 08 - Valores mdios de parmetros ambientais Fibras naturais...............100
Tabela 09 - Valores mdios de parmetros ambientais Fibras qumicas .............100
Tabela 10 - Valores mdios de parmetros de poluio fibras de l (lavagem)...101
Tabela 11 - Valores mdios de parmetros de poluio Tingimento de l...........101
Tabela 12 - Coeficiente de afinidade e percentual de fixao de corantes. ............103
Tabela 13 - Percentuais de perda de corante - No-fixao. ..................................104
Tabela 14 - Consumo brasileiro de corantes - 2002. - Estimativa de no-fixao...105
Tabela 15 - Comparao entre a flotao convencional e a modificada .................112
Tabela 16 - Principais processos de separao por membranas............................126
Tabela 17 - Concentrao de metais pesados em efluentes de tingimento ............143
Tabela 18 - Caracterstica do lixiviado de lodo de STETs 100% algodo ............146
Tabela 19 - Comparao de custo para disposio de lodo txtil ...........................147
Tabela 20 - Valores especficos de DQO na desengomagem.................................155
Tabela 21 - Valores para o dimensionamento de sistema de ultrafiltrao .............159
Tabela 22 - Dados de lixvia de mercerizao - segundo vrios autores ................161
Tabela 23 - Parmetros de dimensionamento - Recuperadora de lixvia de soda ..165
Tabela 24 - Reuso - operaes de tingimento e os parmetros de controle ...........171
Tabela 25 - Susceptibilidade dos corantes na remoo por coagulao. ...............191
Tabela 26 - Taxa de aplicao para decantao de efluentes industriais. ..............198
Tabela 27 - Parmetros de dimensionamento para processos lodos ativados. ......205
Tabela 28 - Parmetros de dimensionamento para filtro biolgico percolador........207
Tabela 29 - Eficincia dos processos biolgico e qumico efluentes txteis ........207
Tabela 30 - Eficincia dos processos presente em STETs .....................................208
Tabela 31 - Anlise de efluente final do STET da IEB - 01 .....................................474
Seqncia lgica do trabalho A busca pela fundamentao e anlise deste trabalho passa por dois pontos
distintos, que podem ser assim definidos: no primeiro momento, procura-se
identificar parmetros que possam subsidiar a interpretao e compreenso das
formas de concepo dos STETs, de modo a atender s necessidades atuais de
desenvolvimento ambiental no segmento txtil; no segundo momento, so montados
os diagrama de foras dos cenrios propostos e, seguindo-se a anlise comparativa
das tecnologias usadas nos STETs empregados no Brasil e na Pennsula Ibrica.
A estrutura deste trabalho de tese est organizada em 11 sees, dispostas
seqencialmente, conforme se segue:
01 introduo, objetivos e metas;
02 fundamentao terica;
03 aspectos metodolgicos;
04 cenrios e atores;
05 resultado da pesquisa de campo;
06 anlise dos resultados;
07 anlise global em linguagem sistmica;
08 concluses gerais;
09 referncias bibliogrficas;
10 apndice;
11 anexos.
No captulo 1 se tem a introduo, problematizao, objetivos, justificativa,
delimitao da pesquisa, hipteses da tese, relevncia e contribuio, alm da
seqncia lgica do trabalho.
No captulo 2 desenvolvida uma reviso bibliogrfica baseada nas principais
questes do trabalho, que so: os diagramas de fora sistmica, a caracterizao
dos processos industriais e os diferentes tipos de tratamento de efluentes utilizados
na indstria txtil.
33
34
O captulo 3 inicialmente faz uma classificao da pesquisa realizada, e em seguida
descreve-se a metodologia aplicada para atingir os objetivos propostos no trabalho.
No captulo 4 os atores e os cenrios so identificados e caracterizados no contexto
da pesquisa, ou seja, todas as empresas, os rgos ambientais, os projetistas e
pesquisadores so relacionados e traado o perfil e o envolvimento de cada um
dentro de seu cenrio.
No captulo 5 so apresentados os resultados da pesquisa de campo, destacando-
se os pontos positivos e negativos dos processos histricos de implantao dos
STETs de cada elemento participante dos cenrios em estudo.
No captulo 6 feita uma anlise comparativa entre os diferentes STETs
empregados nos cenrios pesquisados.
O captulo 7 utiliza-se dos dados da pesquisa de campo para compor os diagramas
das foras envolvidas em cada cenrio e fazer uma anlise macroambiental entre os
diferentes cenrios.
No captulo 8 tem-se o pice do trabalho. Nele se tem a concluso a respeito dos da
anlise comparativas e dos diagramas de fora sistmica montados e tambm so
prescritas algumas recomendaes, com o objetivo de se ter uma seqncia da linha
de pesquisa, de forma a possibilitar a montagem de modelos dinmicos para cada
cenrio estudado.
Nos captulos 9, 10 e 11 encontram-se relacionados e dispostos de forma opcional a
consulta do leitor, as referncias bibliogrficas, o apndice (roteiros das questes
aplicadas na pesquisa) e os anexos (dados), respectivamente nesta ordem.
35
Ns no herdamos a terra de nossos pais,
ns pegamos de emprstimo de nossos filhos
John Henry Brown (1820 1895).
Esta seo discorre sobre os principais objetivos que levaram ao desenvolvimento e
formalizao do presente trabalho. Busca esboar os vrios aspectos atravs da
introduo, problematizao, objetivos, justificativa, delimitaes, relevncia,
contribuio e estrutura do trabalho.
1 INTRODUO
Na elaborao de qualquer produto, seja ele essencial ou no vida dos seres
humanos, existir sempre uma interferncia direta ou indireta na qualidade do
ambiente. Assim, a mentalidade ecolgica passa a se agregar a todos os produtos
destinados sociedade.
Segundo Kaminiski (2000), a mudana de mentalidade ecolgica dos produtores de
bens e servios se deve basicamente a trs fatores:
presso do mercado consumidor;
cobrana de instituies pblicas e privadas;
ganho econmico.
Estes fatores, em conjunto ou individualmente, interferem nos lucros ou prejuzos
das empresas. A questo deixa de ser puramente ecolgica e ideolgica para ser
um diferencial de desempenho econmico no mundo altamente competitivo em que
nos encontramos.
Porter (1999), ao abordar a questo ambiental em relao competitividade das
indstrias, desmistifica a viso que a regulamentao ambiental (controle) possa
trazer prejuzos s empresas. Afirma que a poluio resultado de um processo
produtivo ineficiente e que a soluo destes problemas sempre produziu aumento de
competitividade entre as empresas. Na busca de satisfazer as regulamentaes
ambientais, os processos produtivos so revistos e conseqentemente
aperfeioados, e assim podem surgir muitas inovaes tecnolgicas.
36
Assim, o binmio tecnologia de produo e tecnologia ambiental requer um elo de
integrao, que o programa ou sistema de gesto ambiental (SGA), e em alguns
casos j se tem o Sistema Integrado de Gesto (SIG), que composto pelo trip:
qualidade (ISO 9000), meio ambiente (ISO 14000), sade e segurana (ISO 18000).
Nesta situao pode-se destacar a empresa txtil Companhia Hering S/A, Blumenau
- Santa Catarina, pioneira no segmento txtil na implantao de sistemas de
qualidade e ambiente, que desde 2001 tem implementado o SIG em suas unidades
industriais. Para as empresas, a implantao de sistema de gesto s passa a ser
vivel quando gera custo-benefcio favorvel, e este pode vir na forma de economia
de recursos por unidade produzida ou diminuio do reprocesso, pela melhoria da
qualidade dos produtos e da imagem institucional associada a produtos
ecologicamente corretos - alm da reduo dos custos com penalizaes, quando
do no-cumprimento da legislao.
Neste novo milnio, em qualquer tecnologia de produo deve-se ter, agregada, a
tecnologia ambiental para garantir a competitividade do produto final. A tecnologia
txtil (fios, tecidos, vestimentas e produtos de no-tecidos) enquadra-se no perfil de
tecnologia de produo que necessita da agregao da tecnologia ambiental para a
viabilizao do sucesso dos seus produtos, principalmente na questo da imagem
institucional de empresa ecologicamente correta, dado que a maioria dos produtos
gerados pela indstria txtil entra em contato direto com o corpo das pessoas.
A tecnologia ambiental utilizada atualmente no processo txtil fruto do
desenvolvimento ocorrido nas dcadas de 1970, 1980 e 1990, desenvolvimento este
que teve incio na conscientizao do homem em relao s necessidades de se
controlar a poluio. Neste perodo constata-se uma grande evoluo no campo da
gesto ambiental, principalmente nas reas de efluentes lquidos e gasosos. O
melhor desempenho destas reas se deve ao fato de a poluio nelas ser pontual,
assim os efeitos sobre o ambiente so concentrados apenas em alguns pontos. A
sociedade nestas situaes exerce sempre uma forte presso sobre os rgos
fiscalizadores e conseqentemente tal exigncia se converte em aes de controle
dos focos, com melhores resultados para essas reas.
37
O tratamento de resduo nas indstrias txteis tiveram nas ltimas dcadas
considerveis avanos tecnolgicos, principalmente em relao aos lquidos e
gasosos. Quanto aos slidos, atualmente esto sendo implementadas algumas
solues, que dependem primeiramente e principalmente de uma adequada soluo
para os efluentes lquidos, pois na maioria das situaes a origem primria dos
resduos slidos est no tratamento dos resduos lquidos atravs de coagulao,
floculao, flotao, sedimentao, filtrao e desidratao.
relativa aos efluentes txteis a principal abordagem deste trabalho. Ela consiste na
busca de informaes precisas, as quais sero usadas na construo de diagramas
de fora para uma anlise comparativa em sistemas de tratamento de efluentes
txteis STETs implementados no Brasil e na Pennsula Ibrica. Tais anlises,
podero auxiliar projetistas de STETs durante a tomada de deciso, propiciar uma
melhor adaptao s condies de cada tipo de indstria txtil, isto tudo baseado
nas melhores tecnologias existentes e emergentes, como tambm nas exigncias da
legislao e da comunidade regional.
1.1 Situao problema
Considerando-se a abordagem principal deste trabalho, os resduos lquidos e
slidos existentes nas industriais txteis, se presume que anualmente so
desenvolvidas e projetadas inmeras estaes de tratamento desses resduos, alm
das estaes j existentes e que necessitam de upgrade para melhorarem suas
eficincias. Todas elas precisam de uma anlise individual para se definir a melhor
soluo de tratamento a ser adotada.
Dentro do segmento txtil h uma gama muito varivel de produtos finais,
conseqentemente a matria-prima, os produtos auxiliares e o processo industrial
so suscetveis de grandes variaes. Alm destas questes txteis, existem
tambm as questes geogrficas e sociais que envolvem cada uma das unidades
industriais existentes ou a serem projetadas e implantadas, as quais geraram
concepes distintas para a definio dos STETs.
38
Desta forma, surge o seguinte questionamento: ser que as diferentes concepes
de STETs atingem a eficincia de remoo de carga necessria para no mnimo se
ter o cumprimento da legislao ambiental? Para esta situao supracitada, se
presume haver um certo quadro de ineficincia nesses STETs; assim surgem outros
questionamentos a respeito das causas destas supostas ineficincias, as quais so
relacionadas a seguir:
os STETs so mal-operacionalizados?
h falhas de dimensionamento nos projetos dos STETs?
a concepo dos projetos de STETs so equivocados?
Primeiro, se a causa da ineficincia do STET for m operacionalizao do sistema,
o problema simples, bastando um treinamento atravs de assessoria ambiental
competente. Mas, caso o problema seja devido ao segundo item, falhas de
dimensionamento no projeto do STET, ento s poder ser resolvido com ajustes
no projeto original, cuja dificuldade neste caso considerada de grau mdio.
Finalmente, caso o problema seja referente ao terceiro item, concepo equivocada
do STET, ento o problema srio e complexo, pois em alguns casos, segundo a
concepo de tratamento adotada a soluo passa pelo projeto de um novo STET.
Quando est situao ocorre em indstrias de mdio e grande porte, o prejuzo
financeiro pode ser da ordem de milhes de dlares, alm que s vezes os impactos
ambientais so irreparveis e nesses casos no h dinheiro que recomponha o
ambiente impactado.
Quando os problemas da ineficincia das estaes so referentes aos resduos
lquidos e gasosos, a agresso ambiental facilmente detectada (visualmente o