Sistemas Lineares

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Mtodos Numricos, Notas de aula, 2011.cDepartamento de Computao, Universidade Federal de Ouro Preto.Sistemas LinearesMarconeJamilsonFreitasSouza, DepartamentodeComputao, InstitutodeCinciasExatas e Biolgicas, Universidade Federal de Ouro Preto, 35400-000 Ouro Preto, MG, Bra-sil. Homepage: http://www.decom.ufop.br/prof/marcone, E-mail: [email protected] IntroduoPrope-se, nestecaptulo, apresentarmtodosnumricospararesolversistemaslinearespostos na forma:___a11x1+ a12x2+ + a1nxn= b1a21x1+ a22x2+ + a2nxn= b2...........................an1x1+ an2x2+ + annxn= bn(1.1)ou, equivalentemente:n

j=1aijxj = bii = 1, 2, . . . , n (1.2)isto , resolveremos sistemas lineares nos quais o nmero de equaes igual ao de incg-nitas.Na forma matricial, um sistema linear representado porAx = b, em que:A =__a11a12 a1na21a22 a2n............an1an2 ann__Matriz dos coecientesx =__x1x2...xn__Vetor das variveis (ou incgnitas)b =__b1b2...bn__Vetor dos termos independentescomumtambmrepresentarosistemaAx=bpelasuamatrizaumentada,isto,por:[A | b] =__a11a12 a1n| b1a21a22 a2n| b2............ |...an1an2 ann| bn__Matriz aumentada do sistema2 Marcone Jamilson Freitas SouzaDenio: Denomina-se vetor soluo (ou simplesmente soluo) de uma sistema Ax = b,e denota-se por x = [ x1, x2, , xn]t, ao vetor das variveis que contm os elementos xj,j = 1, , n, que satisfazem a todas as equaes do sistema.2 Classicaodeumsistemacomrelaoaonmerode soluesCom relao ao nmero de solues, um sistema linear pode ser classicado em:(a) Compatvel e determinado: Quando houver uma nica soluo;(b) Compatvel e indeterminado: Quando houver uma innidade de solues;(c) Incompatvel: Quando o sistema no admitir soluo;3 Sistemas Triangulares3.1 Sistema Triangular SuperiorDenomina-se sistema triangular superior a todo sistemaAx =b em queaij= 0 j i, ouseja, a sistemas da forma:___a11x1= b1a21x1+ a22x2= b2...............an1x1+ an2x2+ + annxn= bn(3.5)Tais sistemas soresolvidos por substituies progressivas atravs deequaes daforma:xi =bii1

j=1aijxjaiii = 1, . . . , n (3.6)3.2.1 Discusso da Soluo1. Seaii = 0i = Sistema compatvel e determinado;2. Seaii = 0 para algum i h dois casos a considerar:(a) Sebii1

j=1aijxj = 0 = Sistema compatvel e indeterminado(b) Sebii1

j=1aijxj = 0 = Sistema incompatvel3.2.2 AlgoritmoOpseudocdigodoprocedimentopararesolverumsistematriangularinferiorpormeiode substituies progressivas mostrado na Figura 2. Supe-se neste procedimento queaii = 0i.4 Marcone Jamilson Freitas Souzaprocedimento SubstituicaoProgressiva(n,A,b,x);1 parai de 1 atn faa2 SOMA 0;3 paraj de 1 ati 1 faa4 SOMA SOMA +aij xj;5 m-para;6 xi (biSOMA)/aii;7 m-para;8 Retornex; { Retorne o vetor soluo }m SubstituicaoProgressiva;Figura 2: Algoritmo para resolver sistemas triangulares inferiores4 Mtodos NumricosOs mtodos numricos destinados a resolver sistemas lineares so divididos em dois grupos:os mtodos diretos e os mtodos iterativos.5 Mtodos DiretosSo mtodos que produzem a soluo exata de um sistema, a menos de erros de arredon-damento, depois de um nmero nito de operaes aritmticas.Com esses mtodos possvel determinar, a priori, o tempo mximo gasto para resolverum sistema, uma vez que sua complexidade conhecida.AclssicaRegradeCramer, ensinadanoensinomdio, ummtododireto. En-tretanto, pode-se mostrar que o nmero mximo de operaes aritmticas envolvidas naresoluodeumsisteman npor estemtodo(n + 1)(n!n 1) +n. Assim, umcomputador que efetua uma operao aritmtica em 108segundos gastaria cerca de 36dias pararesolver umsistemadeordemn=15. Acomplexidadeexponencial dessealgoritmo inviabiliza sua utilizao em casos prticos.O estudo de mtodos mais ecientes torna-se, portanto, necessrio, uma vez que, emgeral, os casos prticos exigem a resoluo de sistemas lineares de porte mais elevado.Apresentaremos, aseguir, mtodosmaisecientes, cujacomplexidadepolinomial,para resolver sistemas lineares. Antes, porm, introduziremos uma base terica necessria apresentao de tais mtodos.Transformaes elementares: Denominam-setransformaeselementares asseguin-tes operaes efetuadas sobre as equaes (ou linhas da matriz aumentada) de umsistema linear:1. Trocar duas equaes:Li Lj;Lj Li;2. Multiplicar uma equao por uma constante no-nula:Lj c Lj; c R, c = 03. Adicionar a uma equao um mltiplo de uma outra equao:Lj Lj +c Li; c RSistemas Lineares 5Sistemas equivalentes: Doissistemas Ax=be Ax= bsedizemequivalentes seasoluo de um for tambm soluo do outro.Teorema: Seja Ax = b um sistema linear. Aplicando-se somente transformaes elemen-taressobreasequaesdeAx=b, obtemosumnovosistema Ax= b, sendoqueAx = b e Ax =b so equivalentes.5.1 Mtodo de GaussO mtodo de Gauss consiste em operar transformaes elementares sobre as equaes deum sistemaAx = b at que, depois den 1 passos, se obtenha um sistema triangular su-perior, Ux = c, equivalente ao sistema dado, sistema esse que resolvido por substituiesretroativas.__a11a12 a1n| b1a21a22 a2n| b2............ |...an1an2 ann| bn__. .Ax=bTransf. Elem.__a

11a

12 a

1n| b

10 a

22 a

2n| b

2............ |...0 0 a

nn| b

n__. .Ux=c5.1.1 Descrio do MtodoPara descrevermos o mtodo, consideraremos o sistema linear 4 4 abaixo.___7x1+ 4x2 2x3+ x4= 14, 3083x1+ 11x2+ 4x3 5x4= 25, 7442x1+ 3x2+ 8x3+ 2x4= 3, 87210x1 5x2+ x3 3x4= 36, 334(5.7)A resoluo deste sistema pelo mtodo de Gauss envolve duas fases distintas. A pri-meira, chamadadefasedeeliminao, consisteemtransformarosistemadadoemumsistematriangularsuperior. Asegunda, chamadadefasedesubstituio, consisteemresolver o sistema triangular superior atravs de substituies retroativas.Para aplicar a primeira fase, utilizemos o quadro abaixo, onde cada grupo de linhas re-presenta um passo (ou estgio) da obteno do sistema triangular superior. Trabalharemoscom 3 dgitos com arredondamento na apresentao em ponto utuante.Tabela 1: Fase de eliminaoLinhaMultiplicadores Coecientes Termos Transformaesdasincgnitas Ind. ElementaresL(0)17 4 -2 1 14,308L(0)2m21= 3/7= 0, 429 3 11 4 -5 25,744L(0)3m31=2/7=0, 286 -2 3 8 2 -3,872L(0)4m41= 10/7= 1, 429 10 -5 1 -3 36,334L(1)20 9,284 4,858 -5,429 19,606 L(1)20, 429 L(0)1+ L(0)2L(1)3m32= 4, 144/9, 284= 0, 446 0 4,144 7,428 2,286 0,220 L(1)30, 286 L(0)1+ L(0)3L(1)4m42=10, 716/9, 284=1, 154 0 -10,716 3,858 -4,429 15,888 L(1)41, 429 L(0)1+ L(0)4L(2)30 0 5,261 4,707 -8,524 L(2)30, 446 L(1)2+ L(1)3L(2)4m43= 9, 464/5, 261= 1, 799 0 0 9,464 -10,694 38,513 L(2)41, 154 L(1)2+ L(1)4L(3)40 0 0 -19,162 53,848 L(3)41, 799 L(2)3+ L(2)46 Marcone Jamilson Freitas SouzaDetalhemos a Tabela 1. Nela constam 3 passos:Passok = 1:piv: a(0)11= 7Linha pivotal: L(0)1Objetivo: zerar os elementos abaixo do piva(0)11 .Ao nal do primeiro passo obtemos o sistemaA1x =b1equivalente ao sistema dado,em que:[A(1)| b(1)] =__7 4 2 1 | 14, 3080 9, 284 4, 858 5, 429 | 19, 6060 4, 144 7, 428 2, 286 | 0, 2200 10, 716 3, 858 4, 429 | 15, 888__Passok = 2:piv: a(1)22= 9, 284Linha pivotal: L(1)2Objetivo: zerar os elementos abaixo do piva(1)22 .Ao nal do segundo passo obtemos o sistema A(2)x = b(2)equivalente ao sistema dado,isto :[A(2)| b(2)] =__7 4 2 1 | 14, 3080 9, 284 4, 858 5, 429 | 19, 6060 0 5, 261 4, 707 | 8, 5240 0 9, 464 10, 694 | 38, 513__Passok = 3:piv: a(2)33= 5, 261Linha pivotal: L(2)3Objetivo: zerar os elementos abaixo do piva(2)33 .Ao nal do terceiro passo obtemos o sistema A(3)x = b(3)equivalente ao sistema dado:[A(3)| b(3)] =__7 4 2 1 | 14, 3080 9, 284 4, 858 5, 429 | 19, 6060 0 5, 261 4, 707 | 8, 5240 0 0 19, 162 | 53, 848__Portanto, ao nal de 3 passos, o sistemaAx = b, expresso por (5.7), foi transformadono seguinte sistema triangular superiorA3x = b3:___7x1+ 4x2 2x3+ x4= 14, 3089, 284x2+ 4, 858x3 5, 429x4= 19, 6065, 261x3+ 4, 707x4= 8, 524 19, 162x4= 53, 848(5.8)Terminada a fase de eliminao, passamos, agora, fase de substituio, resolvendo osistema anterior atravs das seguintes substituies retroativas:x4 =53,84819,162= 2, 810x3 =8,5244,707(2,810)5,261= 0, 894x2 =19,606+5,429(2,810)4,8580,8949,284= 0, 001x1 =14,30840,001+20,8942,8107= 2, 700Portanto, a soluo do sistema :Sistemas Lineares 7 x =__2, 7000, 0010, 8942, 810__5.1.2 Avaliao do Resduo/ErroO erro produzido por uma soluo x do sistema Ax = b pode ser avaliado pela expresso: =max1in|ri| (5.9)sendori ai-sima componente do vetor resduoR, o qual dado por:R = b A x (5.10)Para o exemplo considerado, o vetor resduo :R = b A x =__14, 30825, 7443, 87236, 334____7 4 2 13 11 4 52 3 8 210 5 1 3____2, 7000, 0010, 8942, 810__ =__0, 0020, 0070, 0070, 015__Assim, o erro cometido vale: =max1in|ri| =max1i4{|0, 002|, |0, 007|, | 0, 007|, |0, 015|} = 0, 0155.1.3 AlgoritmoApresentamos, aseguir, opseudocdigodoprocedimentorelativofasedeeliminaodomtododeGauss. elesesegueoprocedimentodesubstituioretroativadescritopgina3. Essealgoritmosupequeoselementosdiagonais(akk)sono-nulos. Nahiptese de existir algumakk = 0, esse elemento deve ser colocado em outra posio forada diagonal principal, por intermdio de operaes de troca de linhas e/ou colunas.procedimento Eliminacao(n,A,b);1 parak de 1 atn 1 faa2 parai dek + 1 atn faa3 m aik/akk;4 paraj dek + 1 atn faa5 aij aij +makj;6 m-para;7 bi bi +mbk;8 m-para;9 m-para;10RetorneA eb; { Retorne a matriz aumentada modicada }m Eliminacao;Figura 3: Algoritmo da fase de eliminao do mtodo de Gauss8 Marcone Jamilson Freitas SouzaTabela 2: Complexidade de pior caso do Mtodo de GaussFase Divises Multiplicaes Adies Total1 n 1 n(n 1) n(n 1)2 n 2 (n 1)(n 2) (n 1)(n 2)............n 1 1 (2).(1) (2).(1)Eliminaon(n1)213n313n13n313n23n312n276nn 0 + 1 + + (n 1) 0 + 1 + + (n 1)Substituio nn(n1)2n(n1)2n2TOTAL12n2+12n13n3+12n256n13n3+12n213n23n3+32n276n5.1.4 ComplexidadeParaavaliaronmeromximodeoperaesaritmticasenvolvidasnaresoluodeumsisteman npelomtododeGauss,mostra-se,pelaTabela2,acomplexidadedepiorcaso das fases de eliminao e substituio.Como se observa, o mtodo de Gauss tem complexidade polinomialO(n3). Um com-putador que faz uma operao aritmtica em 108segundos gastaria 0, 0000257 segundospara resolver um sistema 1515 (Um tempo innitamente inferior quele gasto pela Regrade Cramer, conforme pgina 4).5.1.5 Observaes FinaisNo mtodo de Gauss, os multiplicadores do passok da fase de eliminao so calculadospela expresso:m(k)ik= a(k1)ika(k1)kki = k + 1, , n (5.11)Observe que o piv dok-simo passo da fase de eliminao semprea(k1)kk, isto , oelemento diagonal da matrizA(k1)do sistema transformadoA(k1)x = b(k1)obtido nopasso anterior.Desvantagens do mtodo de Gauss:(i) No pode ser aplicado quando o piv for nulo (akk = 0);(ii) Oserrosdearredondamentocometidosduranteumpassodaobtenodosistematriangular se propagam para os passos seguintes, podendo comprometer a validadeda soluo obtida.Para contornar o problema (i) e minimizar o problema (ii), a ideia usar uma estratgiade pivoteamento, conforme a seguir se descreve.5.2 O Mtodo de Gauss com Pivotao ParcialEsta estratgia de pivoteamento consiste em:(i) No incio da etapakda etapa de eliminao,escolher para piv o maior elemento,em mdulo, dentre os coecientes:Sistemas Lineares 9a(k1)ik; i = k, k + 1, , n(ii) Trocar as linhask ei se necessrioExemplo: Resolver o sistema a seguir, avaliando o erro cometido em cada caso:_0, 0002x1+ 2x2= 52x1+ 2x2= 6(5.12)(a) Pelo mtodo de Gauss(b) Pelo mtodo de Gauss com pivotao parcialResoluo do item (a):ATabela3apresentaafasedeeliminaodoMtododeGaussaplicadoaosistemalinear 5.12.Tabela 3: Fase de eliminao do Mtodo de Gauss do sistema (5.12)Linha Multiplicadores Coecientes Termos Transformaesdasincgnitas Ind. ElementaresL(0)10, 002 2 5L(0)2m21= 2/0, 002= 1042 2 6L(1)20 -19998 -49994 L(1)210000 L(0)1+ L(0)2Tendo triangularizado a matriz dos coecientes do sistema (5.12), passemos fase deresoluo do sistema triangular (5.13), o qual equivalente ao sistema dado:_0, 0002x1+ 2x2= 519998x2= 49994(5.13)cuja soluo : x =_0, 00012, 4999_Avaliemos o resduoR e o erro produzido por esta soluo.R = b A x =_56__4, 99985_ =_0, 00021_ =max1in|ri| =max1i2{|0, 002|, |1|} = 1Resoluo do item (b):A Tabela 4 apresenta a fase de eliminao do Mtodo de Gauss, com pivotao parcial,aplicado ao sistema linear (5.12).Tendo triangularizado a matriz dos coecientes do sistema (5.12), passemos fase deresoluo do sistema triangular (5.14), que equivalente ao sistema dado:_2x1+ 2x2= 61, 9998x2= 4, 9994(5.14)cuja soluo :10 Marcone Jamilson Freitas SouzaTabela 4: Fase de eliminao do Mtodo de Gauss c/ pivotao aplicado ao sistema (5.12)Linha Multiplicadores Coecientes Termos Transformaesdasincgnitas Ind. ElementaresL(0)10, 0002 2 5L(0)22 2 6L(0)

12 2 6 L(0)

1L(0)2L(0)

2m21= 0, 0002/2= 0, 0001 0,0002 2 5 L(0)

2L(0)1L(1)20 1,9998 4,9994 L(1)20, 0001 L(0)

1+ L(0)

2 x =_0, 50012, 4999_O resduoR e o erro produzido por esta soluo so apresentados a seguir.R = b A x =_56__4, 99996, 0018_ =_0, 00010, 0018_ =max1in|ri| =max1i2{|0, 001|, | 0, 0018|} = 0, 0018Tais resultados mostram, claramente, a melhora obtida com a tcnica de pivotao.Observamos, nalmente, que a escolha do maior elemento em mdulo entre os candi-datos a piv faz com que os multiplicadores, em mdulo, estejam entre zero e um, o queminimiza a ampliao dos erros de arredondamento.Apresentamos, pela Figura 4, pgina 11, o pseudocdigo do procedimento de Gausscompivoteamentoparcial pararesolversistemaslineares. Nesteprocedimento,Aamatriz aumentada do sistema, isto ,A = [A | b].5.3 O Mtodo de Gauss com Pivotao CompletaNesta estratgia, no incio do passo k da fase de eliminao escolhido para piv o elementode maior mdulo dentre aqueles que ainda atuam no processo de eliminao, isto :Piv = a(k1)rs=max i,jk|a(k1)ij|;Assim,aps localizado o maior elemento em mdulo da matriz sob transformao,necessrio pass-lo para a posioakk. Para tanto, so feitas, se necessrio, uma troca delinhas eumatrocadecolunasacadapassok. Estaestratgia,entretanto,nomuitoempregada, pois envolve uma comparao extensa entre os elementosa(k1)ij, i, j ketroca de linhas e colunas para posicionar o piv. Todo este processo acarreta um esforocomputacional bem maior que a estratgia de pivoteamento parcial e nem sempre resultaem ganho signicativo na qualidade da soluo produzida.5.4 O Mtodo da Decomposio LU5.4.1 IntroduoEm muitas situaes, desejvel resolver vrios sistemas lineares nos quais a matriz doscoecientes a mesma. Nesses casos, indicado resolver o sistema linear Ax = b por umatcnica de decomposio da matriz A. Dentre as tcnicas de decomposio mais utilizadas,destacamos a da decomposio LU.Sistemas Lineares 11procedimento GaussPivoteamentoParcial(n,A, x);1 parak de 1 atn 1 faa2 w |akk|;3 r k;4 parai dek atn faa5 se |aik| > w ento6 w |aik|;7 r i;8 m-se;9 m-para;10 paraj dek atn + 1 faa11 aux akj;12 akj arj;13 arj aux;14 m-para;15 parai dek + 1 atn faa16 mik aik/akk;17 paraj dek + 1 atn + 1 faa18 aij aij +mikakj;19 m-para;20 m-para;21m-para;22 xn an,n+1/ann;23parai den 1 at 1 passo 1 faa24 SOMA 0;25 paraj dei + 1 atn faa26 SOMA SOMA+aij xj;27 m-para;28 xi (ai,n+1SOMA)/aii;29m-para;30Retornex; { Retorne o vetor soluo }m GaussPivoteamentoParcial(n, A,x);Figura 4: Algoritmo do Mtodo de Gauss com Pivoteamento ParcialPor esta tcnica,uma matrizA decomposta como o produto de duas matrizesL eU, sendoL uma matriz triangular inferior eU, uma matriz triangular superior, isto :A = L.UDesta forma, podemos reescrever o sistemaAx = b na seguinte forma:Ax = (L.U)x = L.(Ux) = bFazendo-se Ux = y podemos resolver o sistema Ax = b em dois passos:Primeiramente,resolvemos o sistema triangular inferior Ly = b, obtendo y como soluo. Em seguida, comasoluo yobtidanopassoanterior, resolvemososistematriangularsuperiorUx= y,obtendo xcomosoluo. Emoutraspalavras, decompomosaresoluodeumsistemalinearnaresoluodedoissistemastriangulares: oprimeiro, triangularinferior, queseresolvefacilmenteporsubstituiesprogressivas(bastaaplicaroAlgoritmodaFig. 2,12 Marcone Jamilson Freitas Souzaconsiderando elementos diagonais unitrios) e o segundo, triangular superior, que se resolvepor substituies retroativas (Algoritmo da Fig. 1).Antes de descrevermos o mtodo da decomposio LU com detalhes, apresentaremosalguns conceitos necessrios sua fundamentao.Denio: SejaAumamatrizquadradadeordenn, no-singular, isto, det(A) =0.Diz-se queA1 a inversa deA seAA1= A1A = I.Teorema 2: SeA eB so matrizes de ordemn, inversveis, ento: (AB)1= B1A1Teorema 3: SeM(0)=__1 0 0m211 0m310 1__eM(1)=__1 0 00 1 00 m321__ento:(i) (M(0))1=__1 0 0m211 0m310 1__(ii) (M(1))1=__1 0 00 1 00 m321__5.4.2 Fatorao LU de uma matrizOsfatores LeUpodemserobtidosutilizando-seaideiabsicadoMtododeGauss.Mostremos como isso pode ser feito fatorando-se uma matrizA genrica de ordem 3.Tabela 5: Fatorao LU de uma matrizLinha Multiplicadores Coecientes Transformaesdas incgnitas ElementaresL(0)1a(0)11a(0)12a(0)13L(0)2m21= a(0)21/a(0)11a(0)21a(0)22a(0)23L(0)3m31= a(0)31/a(0)11a(0)31a(0)32a(0)33L(1)20 a(1)22a(1)23L(1)2m21L(0)1+L(0)2L(1)3m32= a(1)32/a(1)220 a(1)32a(1)33L(1)3m31L(0)1+L(0)3L(2)30 0 a(2)33L(2)3m32L(1)2+L(1)3SejamA(0),A(1),A(2),M(0)eM(1)matrizes denidas conforme a seguir:A(0)=__a(0)11a(0)12a(0)13a(0)21a(0)22a(0)2na(0)31a(0)32a(0)33__ MatrizA originalA(1)=__a(0)11a(0)12a(0)130 a(1)22a(1)230 a(1)32a(1)33__ Matriz obtida ao nal do passok = 1A(2)=__a(0)11a(0)12a(0)130 a(1)22a(1)230 0 a(2)33__ Matriz obtida ao nal do passok = 2Sistemas Lineares 13M(0)=__1 0 0m211 0m310 1__eM(1)=__1 0 00 1 00 m321__Observe que:M(0)A(0)=__1 0 0m211 0m310 1____a(0)11a(0)12a(0)13a(0)21a(0)22a(0)2na(0)31a(0)32a(0)33__=__a(0)11a(0)12a(0)13m21a(0)11+a(0)21m21a(0)12+a(0)22m21a(0)13+a(0)23m31a(0)11+a(0)31m31a(0)12+a(0)32m31a(0)13+a(0)33__=__a(0)11a(0)12a(0)130 a(1)22a(1)230 a(1)32a(1)33__ = A(1)De forma anloga podemos mostrar queM(1)A(1)= A(2)Resumindo, temos:A(0)= AA(1)= M(0)A(0)A(2)= M(1)A(1)..M(0)A(0)= M(1)M(0)A(0)..A= M(1)M(0)ALogo:A(2)= M(1)M(0)APremultiplicando ambos os membros da expresso anterior pela inversa deM(1)M(0),obtemos:(M(1)M(0))1A(2)= (M(1)M(0))1M(1)M(0). .IA = IA = A A = (M(1)M(0))1A(2)= (M(0))1(M(1))1A(2) A =__1 0 0m211 0m310 1__. .(M(0))1__1 0 00 1 00 m321__. .(M(0))1__a(0)11a(0)12a(0)130 a(1)22a(1)230 0 a(2)33__. .A(2) A =__1 0 0m211 0m31m321__. .L__a(0)11a(0)12a(0)130 a(1)22a(1)230 0 a(2)33__. .UAssim, podemos concluir queA = LU, sendo:(i) U a matriz triangular superior obtida ao nal da fase de eliminao do mtodo deGauss;(ii) L uma matriz triangular inferior, cujos elementos da diagonal principal so unitriose abaixo de cada elemento diagonal lkk = 1 encontram-se os multiplicadores da etapak da fase de eliminao com sinal trocado.14 Marcone Jamilson Freitas Souza5.4.3 O Mtodo da Decomposio LUEste mtodo, tambm conhecido como Mtodo de Doolittle, consiste na seguinte sequnciade passos:(i) Obter a fatoraoLUda matrizA;(ii) FazerUx = y;(iii) Resolver o sistema triangular inferiorLy = b;(iv) Obtida a soluo y do sistema Ly = b, resolver o sistema triangular superior Ux = y.Exemplo: Resolver pelo Mtodo da DecomposioLUo seguinte sistema linear:___3x1+ 2x2+ 4x3= 1x1+ x2+ 2x3= 24x1+ 3x2 2x3= 3(5.15)(a) Obteno da fatorao LU da matriz dos coecientes:Tabela 6: Fatorao LU da matriz do sistema (5.15)Linha Multiplicadores Coecientes Transformaesdas incgnitas ElementaresL(0)13 2 4L(0)2m21= 1/3 1 1 2L(0)3m31= 4/3 4 3 -2L(1)21/3... 1/3 2/3 L(1)2(1/3) L(0)1+L(0)2L(1)3m32= (1/3)/(1/3) = 1 4/3... 1/3 -22/3 L(1)3(4/3) L(0)1+L(0)3L(2)34/3 1... -8 L(2)31 L(1)2+L(1)3Logo:A(2)=__3 2 4. . . . . .1/3... 1/3 2/3. . . . . . . . .4/3 1... 8__=L =__1 0 01/3 1 04/3 1 1__e U=__3 2 40 1/3 2/30 0 8__(b) Resoluo do sistemaLy = b:___y1+ = 1 y1 = 1(1/3)y1+ y2= 2 y2 = 5/3(4/3)y1+ y2+ y3= 3 y3 = 0 y = _1 5/3 0 t(c) Resoluo do sistemaUx = y:___3x1+ 2x2+ 4x3= 1 x1 = 3(1/3)x2+ (2/3)x3= 5/3 x2 = 58x3= 0 x3 = 0Sistemas Lineares 15 x = _ 3 5 0 tAobtenodosfatores L=[lij] (comdiagonal principal unitria)e U=[uij] noMtodo de Doolittle pode ser realizada utilizando as seguintes frmulas:u1j= a1jj = 1, , nuij= aij i1

k=1likukjj = i, , n; i 2li1=ai1u11i = 2, , nlij=1ujj_aij j1

k=1likukj_i = j + 1, , n; j 2Figura 5: Frmulas para obteno dos fatores L e U5.5 O Mtodo da Decomposio LU com Pivotao ParcialPara aplicar a estratgia de pivoteamento parcial ao Mtodo da DecomposioLUfaz-senecessrio armazenar um vetor de permutaoP.Mostremos atravs de um exemplo como o mtodo funciona.Seja resolver o seguinte sistema linear:___3x1 4x2+ x3= 9x1+ 2x2+ 2x3= 34x1 3x3= 2(5.16)(a) FatoraoLU:Tabela 7: Fatorao LU da matriz do sistema (5.16)Linha Multiplicadores Coecientes Transformaes Vetordas incgnitas Elementares PermutaoL(0)13 -4 1 1L(0)21 2 2 2L(0)34 0 -3 3L(0)

14 0 -3 L(0)

1L(0)33L(0)2m21= 1/4 1 2 2 2L(0)

3m31= 3/4 3 -4 1 L(0)

3L(0)11L(1)21/4... 2 11/4 L(1)2(1/4) L(0)

1+L(0)22L(1)33/4... -4 13/4 L(1)3(3/4) L(0)

1+L(0)

31L(1)

23/4... -4 13/4 L(1)

2L(1)31L(1)

3m32= 2/(4) = 1/2 1/4... 2 11/4 L(1)

3L(1)22L(2)31/4 -1/2... 35/8 L(2)3(1/2) L(1)

2+L(1)

32Passok = 1:A matriz dos coecientes e o vetor de permutao originais so:16 Marcone Jamilson Freitas SouzaA(0)=__3 4 11 2 24 0 3__; P(0)=__123__Dado que na colunak = 1 o maior elemento est na terceira linha, devemos permutaras linhasL1 eL3, o que resultar na seguinte matriz dos coecientes transformada:A(0)

=__4 0 31 2 23 4 1__; P(0)

=__321__ProsseguindocomoMtododeGauss, obtemosaseguintematriztransformadaaonal do passok = 1:A(1)=__4 0 31/4 2 11/43/4 4 13/4__; P(1)=__321__Passok = 2:Analogamente, dadoquenacolunak=2, omaiorelementoestnaterceiralinha,devemos permutar as linhasL2eL3, o que resultar na seguinte matriz dos coecientestransformada:A(1)

=__4 0 33/4 4 13/41/4 2 11/4__; P(1)

=__312__Encerrado o passok = 2 obteremos:A(2)=__4 0 33/4 4 13/41/4 1/2 35/8__; P(2)=__312__A partir da matrizA(2)extraimos as matrizesL eU:L =__1 0 03/4 1 01/4 1/2 1__e U=__4 0 30 4 13/40 0 35/8__(b) Resoluo do sistemaLy = b:onde b o resultado da aplicao do vetor de permutao ao vetorb.Aplicando P(2)= _3 1 2 tao vetor b = _9 3 2 t, obtemos: b = _ 2 9 3 t___y1+ = 2 y1 = 2(3/4)y1+ y2= 9 y2 = 21/2(1/4)y1 (1/2)y2+ y3= 3 y3 = 35/4 y = _ 2 21/2 35/4 t(c) Resoluo do sistemaUx = y:___4x1+ 0x2 3x3= 2 x1 = 1 4x2+ (13/4)x3= 21/2 x2 = 1(35/8)x3= 35/4 x3 = 2 x = _1 1 2 tSistemas Lineares 175.6 Mtodo de CholeskyEste mtodo se aplica quando a matriz dos coecientesA simtrica (A = At) e denidapositiva(xtAx > 0 x = 0). Nestasituao, amatriz Apodeser fatoradaemA = LU= LLt, sendo os elementoslijdeL obtidos a partir das seguintes frmulas:l11=a11lii=aiii1

j=1l2iji = 2, , nli1=ai1l11i = 2, , nlij=1ljj_aij j1

k=1likljk_i = j + 1, , n; j 2Figura 6: Frmulas para obteno do fator L do Mtodo de CholeskyConhecidoofatorL, osistemaAx=LLt..y=bseresolveemdoispassos. Primei-ramente,resolvemos o sistemaLy=b,obtendo ycomo soluo. A seguir,resolvemos osistemaLtx = y, obtendo x como soluo.Observamos que em uma matriz denida positiva todos os autovalores da matriz sopositivos, isto , so positivas todas as razes do polinmio caracterstico det(AI) = 0).Devido estabilidade numrica da decomposio de uma matriz simtrica denida po-sitiva, no se faz necessrio o uso da pivotao parcial na decomposio de Cholesky.Exemplo: Seja resolver o seguinte sistema linear pelo Mtodo de Cholesky:___4x1+ 2x2+ 14x3= 142x1+ 17x2 5x3= 10114x1 5x2+ 83x3= 155(5.17)Soluo:Procuremos coecienteslijtais que:__4 2 142 17 514 5 83__. .A=__l110 0l21l220l31l32l33__. .L__l11l21l310 l22l320 0 l33__. .LtResolvendo-o, obtemos:l11 =a11 =4 = 2 l21 =a21l11=22= 1 l31 =a31l11=142= 7l22 = _a22l221 =17 1 = 4l32 =1l22 (a32l31l21) =14 (5 7 1) = 3l33 = _a33l231l232 = _83 72(3)2= 5Conhecido o fatorL, resolvamos, agora, o sistema triangular inferiorLy = b:__2 0 01 4 07 3 5____y1y2y3__=__14101155__18 Marcone Jamilson Freitas Souzacuja soluo : y = _7 27 5 tO passo seguinte, agora, resolver o sistema triangular superiorUx = Ltx = y:__2 1 70 4 30 0 5____x1x2x3__=__7275__cuja soluo : x = _3 6 1 t5.7 Renamento da SoluoEm vista da possibilidade de existncia de erros gerados nos clculos dos multiplicadores,em geral a soluo x(0)de um sistema linearAx = b no exata.Procuremos, ento, uma soluo x(1)melhorque x(0)na forma: x(1)= x(0)+ (0)(5.18)onde: x(0)=__ x(0)1 x(0)2... x(0)n__; (0)=__(0)1(0)2...(0)n__isto , (0) a parcela de correo do vetor x(0).Logo, podemos escrever:A x(1)= bA( x(0)+ (0)) = bA x(0)+A(0)= bA(0)= b A x(0)= R(0) A(0)=R(0), isto, paradeterminarmosaparceladecorreoA(0)bastaresolvermosumsistemalinearondeAamatrizdoscoecientesdosistemaoriginal eR(0) o resduo produzido pela soluo x(0).Com isso, obteremos: x(1)= x(0)+ (0)=__ x(0)1+(0)1 x(0)2+(0)2... x(0)n+(0)n__Evidentemente, x(1)tambmpodenoserumaboa soluo. Nestecaso, procura-remos uma soluo ainda melhor x(2),na forma: x(2)= x(1)+ (1),sendo a parcela decorreo (2)obtida resolvendo-se o sistema A(1)= R(1), sendo R(1)o resduo produzidopela soluo aproximada x(1).Este processo se repete at que uma das seguintes condies seja satisfeita:(i) max1in|r(k)i| < , onde a preciso estabelecida;Sistemas Lineares 19(ii) k > ITERMAX, onde ITERMAX o nmero mximo de iteraes.Obs.: Dado o fato de que no processo de renamento de uma soluo devem ser resolvidosvrios sistemasA(k)=R(k), comk = 1, 2, , ITERMAX, sendo a matriz dos coeci-entes a mesma, o mtodo mais indicado o da decomposio LU com pivotao parcial.ExerccioResolva o sistema 5.19, a seguir, pelo Mtodo da Decomposio LU retendo durante osclculos 3 casas decimais (com truncamento). Rene a soluo at que max1in|r(k)i| < 0, 010ouk > 2 iteraes.___3x1+ 5x2+ 3x3= 57x1 3x2+ x3= 10, 4162x1+ 4x2 5x3= 19, 652(5.19)(a) Obteno da fatorao LU da matriz dos coecientes:A tabela 8 apresenta os passos relativos fatorao LU, sem pivotao, da matriz doscoecientes do sistema (5.19).Tabela 8: Fatorao LU da matriz do sistema (5.19)Linha Multiplicadores Coecientes Transformaesdas incgnitas ElementaresL(0)13 5 3L(0)2m21= 7/3 = 2, 333 7 -3 1L(0)3m31= 2/3 = 0, 666 2 4 -5L(1)22,333... -14,665 -5,999 L(1)22, 333 L(0)1+ L(0)2L(1)3m32= (0, 670)/(14, 665)=0, 045 0,666... 0,670 -6,998 L(1)30, 666 L(0)1+ L(0)3L(2)30,666 -0,045... -7,267 L(2)30, 045 L(1)2+ L(1)3Desta tabela resulta a seguinte matriz:A(2)=__3 5 3. . . . . . . .2, 333... 14, 665 5, 999. . . . . . . . . . . . . .0, 666 0, 045... 7, 267__ L =__1 0 02, 333 1 00, 666 0, 045 1__e U=__3 5 30 14, 665 5, 9990 0 7, 267__(b) Determinao de x(0):(b.1) Resoluo do sistemaLy = b:___y1+ = 5 y1 = 52, 333y1+ y2= 10, 416 y2 = 1, 2490, 666y1 0, 045y2+ y3= 19, 652 y3 = 16, 26520 Marcone Jamilson Freitas Souza y = _5 1, 249 16, 265 t(b.2) Resoluo do sistemaUx = y:___3x1+ 5x2+ 3x3= 5 x1 = 2, 238 14, 665x2 5, 999x3= 1, 249 x2 = 1, 000 7, 267x3= 16, 265 x3 = 2, 238 x(0)= _2, 238 1, 000 2, 238 t(b.3) Avaliao deR(0):R(0)= b A x(0)=__510, 41619, 652____3 5 37 3 12 4 5____2, 2381, 0002, 238__ =__00, 0120, 014__Como max1i3|r(k)i| = 0, 014> 0, 010 devemos prosseguir com o renamento da soluoatual x(0).(c) Determinao de x(1):Como x(1)= x(0)+ (0), entoparacalcularanovasoluo x(1), devemosobteraparcela (0), a qual obtida resolvendo-se o sistema linearA(0)= R(0).(c.1) Resoluo do sistemaLy = R(0):___y1+ = 0 y1 = 02, 333y1+ y2= 0, 012 y2 = 0, 0120, 666y1 0, 045y2+ y3= 0, 014 y3 = 0, 014 y = _0 0, 012 0, 014 t(c.2) Resoluo do sistemaU(0)= y:___3(1)+ 5(2)+ 3(3)= 0 (1)= 0, 001 14, 665(2) 5, 999(3)= 0, 012 (2)= 0, 000 7, 267(3)= 0, 014 (3)= 0, 001 (0)= _ 0, 001 0, 000 0, 001 t(c.3) Determinao da nova soluo x(1): x(1)= x(0)+ (0)=__2, 2381, 0002, 238__+__0, 0010, 0000, 001__ =__2, 2371, 0002, 237__(c.4) Avaliao deR(1):R(1)= b A x(1)=__510, 41619, 652____3 5 37 3 12 4 5____2, 2371, 0002, 237__ =__0, 0000, 0060, 007__Como max1i3|r(k)i| = 0, 007 < 0, 010, concluimos que x(1) a soluo do sistema (5.19)com a preciso requerida.Sistemas Lineares 215.8 Mtodos IterativosTratam-se de mtodos nos quais a soluo x de um sistema linearAx = b obtida comolimitedeumasequnciadeaproximaes sucessivas x(0), x(1), x(2), , x(k), , sendodada uma aproximao inicial x(0), isto : x =limk x(k)(5.20)5.8.1 Mtodo de JacobiSeja o sistema linearAx = b em sua forma expandida:___a11x1+ a12x2+ + a1nxn= b1a21x1+ a22x2+ + a2nxn= b2...........................an1x1+ an2x2+ + annxn= bnExplicitemosx1 na primeira equao,x2 na segunda equao e assim sucessivamente.x1 =b1(a12x2 +a13x3 + +a1nxn)a11x2 =b2(a21x1 +a23x3 + +a2nxn)a22...xn =bn(an1x1 +an2x2 + +an,n1xn1)annO mtodo de Jacobi consiste na seguinte sequncia de passos:(i) Escolher uma aproximao inicialx(0)=_x(0)1x(0)2 x(0)n_tarbitrria;(ii) Gerar aproximaes sucessivas x(k)a partir de x(k1)com base nas seguintes equaesde iterao:x(k)1=b1(a12x(k1)2+a13x(k1)3+ +a1nx(k1)n)a11x(k)2=b2(a21x(k1)1+a23x(k1)3+ +a2nx(k1)n)a22...x(k)n=bn(an1x(k1)1+an2x(k1)2+ +an,n1x(k1)n1)ann22 Marcone Jamilson Freitas SouzaSinteticamente, cada componente x(k)i determinada com base na seguinte equao:x(k)i=bin

j=1j=iaijx(k1)jaiii = 1, 2, , n (5.21)Na forma matricial:x(k)= J.x(k1)+D k = 1, 2, (5.22)sendoJeD denidas de acordo com (5.23) e (5.24). A matrizJ conhecida comomatriz de iterao de Jacobi.J =__0 a12/a11a13/a11 a1n/a11a21/a220 a23/a22 a2n/a22...............an1/annan2/annan3/ann 0__(5.23)D =__b1/a11b2/a22...bn/ann__(5.24)(iii) Interromper o processo quando um dos critrios abaixo for satisfeito:(1) max1in|x(k)ix(k1)i| < , onde a tolerncia permitida;(2) k > ITERMAX, onde ITERMAX o nmero mximo de iteraes.Exemplo:Resolverosistema(5.25), aseguir, pelomtododeJacobi usandocomoaproximaoinicial x(0)= _0 0 0 tecomocritriodeparada max1i3|x(k)i x(k1)i| 10 iteraes:___10x1+ 2x2+ x3= 7x1 15x2+ x3= 322x1+ 3x2+ 10x3= 6(5.25)(a) Equaes de iterao:x(k)= J.x(k1)+D, onde:J =__0 2/10 1/101/15 0 1/152/10 3/10 0__D =__7/1032/156/10__Sistemas Lineares 23x(k)1=7 2x(k1)2x(k1)310x(k)2=32 x(k1)1x(k1)315x(k)3=6 2x(k1)13x(k1)210(b) Determinao da soluo do sistema:k x(k)1x(k)2x(k)3Erro =max1i3|x(k)ix(k1)i|0 0 0 0 -1 0,7000 -2,1333 0,6000 2,13332 1,0667 -2,0467 1,1000 0,50003 0,9993 -1,9889 1,0007 0,09934 0,9977 -2,0000 0,9968 0,01115 1,0003 -2,0004 1,0005 0,00376 1,0000 -1,9999 1,0000 0,0004Portanto, x = _1, 0000 1, 9999 1, 0000 t a soluo do sistema (5.25) com pre-ciso < 0, 001.5.8.2 Convergncia do Mtodo de JacobiSeja o sistemaAx = b posto na formax = Jx +D, ondeJ = (fij)nn e:fij =_0 se i = jaij/ajjse i = jSe x a soluo deAx = b ento podemos escrever: x = J x +D (5.26)Por outro lado, as equaes de iterao no Mtodo de Jacobi so:x(k)= Jx(k1)+D k = 1, 2, (5.27)Fazendo (5.27) - (5.26), obtemos:x(k) x = J_x(k1) x_k = 1, 2, (5.28)SejaE(k)= x(k) x o erro cometido nak-sima iterao. Logo:E(k)= J.E(k1)k = 1, 2, (5.29)Ou, em termos de componentes:24 Marcone Jamilson Freitas Souza___e(k)1= 0e(k1)1+ f12e(k1)2+ f1ne(k1)ne(k)2= f21e(k1)1+ 0e(k1)2+ f2ne(k1)n...............e(k)n= fn1e(k1)1+ fn2e(k1)n+ 0e(k1)n(5.30)Aplicando propriedades de mdulo sobre as equaes do sistema (5.30), obtemos:n

i=1|e(k)i| e(k1)1n

i=1i=1|fi1| +e(k1)2n

i=1i=2|fi2| + +e(k1)nn

i=1i=n|fin| (5.31)Teorema: (Critrio das colunas) condio suciente para que o Mtodo de Jacobiconvirja que:|ajj| >n

i=1i=j|aij| j = 1, 2, , n (5.32)O critrio das colunas estabelece que se os elementos diagonais forem dominantes nascolunas, ento o Mtodo de Jacobi converge, independentemente da soluo inicial.Provaremos, agora, esse fato.Prova:Hiptese: Os elementos diagonais so dominantes nas colunasTese: e(k)i0, isto ,x(k) xA partir da hiptese, isto , do fato de que:|ajj| >n

i=1i=j|aij| j = 1, 2, , npodemos escrever:n

i=1i=jaijajj < 1 j = 1, 2, , nn

i=1i=j|fij| < 1 j = 1, 2, , nSejan

i=1i=j|fij| < L < 1 j = 1, 2, , n. Levando esse resultado na expresso (5.31),obtemos:n

i=1e(k)i Ln

i=1e(k1)i k = 1, 2, Fazendok = 1, 2, 3, podemos escrever:Sistemas Lineares 25n

i=1e(1)i Ln

i=1e(0)in

i=1e(2)i Ln

i=1e(1)i L2n

i=1e(0)i...n

i=1e(k)i Lkn

i=1e(0)iTendo em vista que 0 < L < 1, ento fazendok , obteremos:limkn

i=1e(k)i 0Do resultado anterior extramos quee(k)i 0 = e(k)i 0i = 1, 2, , n. Assim,comoe(k)i=x(k)i xii, obteremos: x(k)i xi=x(k) x, conformequeramosdemonstrar.5.8.3 Algoritmo do Mtodo de JacobiA Figura 7, a seguir, apresenta o pseudocdigo do Mtodo de Jacobi. Tol a tolernciaadmitida, ITERMAX o nmero mximo de iteraes permitida ex o vetor soluo, oqual comea com uma aproximao inicial.26 Marcone Jamilson Freitas Souzaprocedimento Jacobi(n, A, b, ITERMAX, Tol, x);1 PARE FALSE;2 k 0;3 erro ;4 enquanto (k < ITERMAXe erro Tol) faa5 erro 0;6 parai de 1 atn faa7 xanti xi;8 m-para;9 parai de 1 atn faa10 soma 0;11 paraj de 1 atn faa12 se (j = i) ento soma soma+aij xantj;13 m-para;14 xi (bisoma)/aii;15 se (|xixanti| > erro) ento16 erro |xixanti|;17 m-se;18 m-para;19 k k + 1;20m-enquanto;21se (erro< Tol ) ento22 Retornex; { Retorne o vetor soluo }23seno24 Imprima: No houve convergncia em ITERMAXiteraesm JacobiFigura 7: Algoritmo do Mtodo Iterativo de Jacobi5.8.4 Mtodo de Gauss-SeidelEste mtodo difere do anterior apenas com relao s equaes de iterao, as quais so:x(k)1=b1(a12x(k1)2+a13x(k1)3+ +a1nx(k1)n)a11x(k)2=b2(a21x(k)1+a23x(k1)3+ +a2nx(k1)n)a22x(k)3=b3(a31x(k)1+a32x(k)2+ +a3nx(k1)n)a33...x(k)n=bn(an1x(k)1+an2x(k)2+ +an,n1x(k)n1)annSinteticamente:Sistemas Lineares 27x(k)i=bii1

j=1aijx(k)jn

j=i+1aijx(k1)jaiii = 1, 2, , n (5.33)Na forma matricial, o Mtodo de Gauss-Seidel pode ser posto na forma:x(k)= Lx(k)+Ux(k1)+D (5.34)sendo:L =__0 0 0 0a21/a220 0 0a31/a33a32/a330 0...............an1/annan2/annan3/ann 0__U=__0 a12/a11a13/a11 a1n/a110 0 a23/a22 a2n/a220 0 0 a31/a33...............0 0 0 0__D =__b1/a11b2/a22...bn/ann__A equao (5.34) pode ser escrita na formax(k)=Gx(k1)+ D. De fato, a partir de(5.34), podemos escrever:x(k)Lx(k)= Ux(k1)+D(I L) x(k)= Ux(k1)+Dx(k)= (I L)1U. .Gx(k1)+ (I L)1D. .D x(k)= Gx(k1)+D.AmatrizG, dadapelaequao(5.35), achamadamatrizdeiteraodeGauss-Seidel.G = (I L)1U (5.35)Exemplo:Resolverosistemaabaixo(queomesmosistema5.25usadoparaexemplicaroM-tododeJacobi)peloMtododeGauss-Seidel usandocomoaproximaoinicial x(0)=_0 0 0 te como critrio de parada max1i3|x(k)ix(k1)i| < 0, 001 ouk > 10 iteraes:___10x1+ 2x2+ x3= 7x1 15x2+ x3= 322x1+ 3x2+ 10x3= 628 Marcone Jamilson Freitas Souza(a) Equaes de iterao:x(k)= Lx(k)+Ux(k1)+D, onde:L =__0 0 01/15 0 02/10 3/10 0__, U=__0 2/10 1/100 0 1/150 0 0__e D =__7/1032/156/10__x(k)1=7 2x(k1)2x(k1)310x(k)2=32 x(k)1x(k1)315x(k)3=6 2x(k)13x(k)210(b) Determinao da soluo do sistema:k x(k)1x(k)2x(k)3Erro =max1i3|x(k)ix(k1)i|0 0 0 0 -1 0,7000 -2,0867 1,0860 2,08672 1,0087 -1,9937 0,9964 0,30873 0,9991 -2,0003 1,0003 0,00964 1,0000 -2,0000 1,0000 0,0009Portanto, x = _1, 0000 2, 0000 1, 0000 t a soluo do sistema (5.25) com pre-ciso < 0, 001.5.8.5 Algoritmo do Mtodo de Gauss-SeidelAFigura8, aseguir, apresentaopseudocdigodoMtododeGauss-Seidel. Tol atolerncia admitida, ITERMAX o nmero mximo de iteraes permitida ex o vetorsoluo, o qual comea com uma aproximao inicial.5.8.6 Convergncia dos Mtodos IterativosPara os mtodos iterativos de Jacobi e Gauss-Seidel so vlidos os seguintes critrios deconvergncia:CRITRIO DAS COLUNAS: condio suciente para que um sistema linear con-virja usando um mtodo iterativo que:|ajj| >n

i=1i=j|aij| j = 1, 2, , nAlm do mais, quanto mais prximo de zero estiver a relao max1jn

ni=1i=j|aij||ajj|, maisrpida ser a convergncia.Sistemas Lineares 29procedimento Gauss-Seidel(n, A, b, ITERMAX, Tol, x);1 PARE FALSE;2 k 0;3 erro ;4 enquanto (k < ITERMAXe erro Tol) faa5 erro 0;6 parai de 1 atn faa7 xant xi;8 soma 0;9 paraj de 1 atn faa10 se (j = i) ento soma soma+aij xj;11 m-para;12 xi (bisoma)/aii;13 se (|xixant| > erro) ento14 erro |xixant|;15 m-se;16 m-para;17 k k + 1;18m-enquanto;19se (erro< Tol ) ento20 Retornex; { Retorne o vetor soluo }21seno22 Imprima: No houve convergncia em ITERMAXiteraesm Gauss-SeidelFigura 8: Algoritmo do Mtodo Iterativo de Gauss-SeidelCRITRIO DAS LINHAS: condio suciente para que um sistema linear convirjausando um mtodo iterativo que:|aii| >n

j=1j=i|aij| i = 1, 2, , nAlm do mais, quanto mais prximo de zero estiver a relao max1in

nj=1j=i|aij||aii|, maisrpida ser a convergncia.CRITRIO DE SASSENFELD: Sejai =i1

j=1(|aij| j) +n

j=i+1|aij||aii|(5.36) condio suciente para que um mtodo iterativo convirja, que: =max1ini< 1Alm disso, quanto menor for mais rpida ser a convergncia.30 Marcone Jamilson Freitas SouzaCRITRIO DO RAIO ESPECTRAL: condionecessriaesucienteparaqueummtodoiterativoconvirjaque (F) |a21| +|a31| = |1| +|2| = 3|a22| = | 1| = 1 > |a12| +|a32| = |1| +|0| = 2|a33| = |3| = 3 > |a13| +|a23| = |2| +|1| = 3Como o critrio das colunas no vericado para as colunas 1 e 2 (bastava que no fossesatisfeito para uma nica coluna), concluimos que esse critrio no garante convergnciase usarmos um mtodo iterativo.(b) Critrio das linhas:|a11| = |3| = 3 > |a12| +|a13| = |0| +|1| = 1|a22| = | 1| = 1 > |a21| +|a23| = |1| +|0| = 1|a33| = |3| = 3 > |a31| +|a32| = |2| +|1| = 3Como o critrio das linhas no vericado para as linhas 2 e 3, concluimos que no hgarantia de convergncia, por esse critrio, se usarmos um mtodo iterativo.(c) Critrio de Sassenfeld:1 =|a12|+|a13||a11|=|0|+|1||3|= 1/32 =|a21|1+|a23||a22|=|1|13+|0||1|= 1/33 =|a31|1+|a32|2|a33|=|2|13+|1|13|3|= 1/3 =max1i3j = max{13,13,13} =13Como = 1/3 < 1 resulta que o critrio de Sassenfeld foi satisfeito. Portanto, pode-seaplicar um mtodo iterativo ao sistema (5.37), uma vez que h garantia de convergnciado mesmo.Exemplo 2:Vericar se h garantia de convergncia do sistema a seguir usando um mtodo itera-tivo.Sistemas Lineares 31___0, 5x1+ 0, 6x2+ 0, 3x3= 0, 2x1+ x2+ x3= 00, 4x1 0, 4x2+ 1x3= 0, 6(5.38)Soluo:Claramenteoscritriosdalinhaedacolunanoseaplicam. Apliquemos, ento, ocritrio do raio espectral. As matrizes de iterao dos mtodos de Jacobi e Gauss-Seidel,dadas respectivamente por (5.23) e (5.35), so:J = L +U =__0 1, 2 0, 61 0 10, 4 0, 4 0__= (J) = 1, 1200S = (I L)1U =__0 1, 2 0, 60 1, 2 0, 40 0, 96 0, 08__= (S) = 0, 6928Como (J) > 1 e (S) < 1 ento somente pelo Mtodo de Gauss-Seidel haver conver-gncia.5.9 Clculo de DeterminantesUm subproduto da resoluo de sistemas lineares por meio de mtodos diretos o clculode determinantes. Mostremos como calcular o determinante de uma matriz pelo Mtododa DecomposioLU.Comovimos,amatrizApodeserdecompostacomoprodutodedoisfatoresLeU,onde L uma matriz triangular inferior com elementos diagonais unitrios e U uma matriztriangular superior, isto : A = LU. Assim, podemos escrever:det(A) = det(L.U) = (det(L)) (det(U))=_n

i=1lii__n

i=1uii_=n

i=1uii = produto dos pivsNo caso de haver pivoteamento:det(A) = (1)kdet(L.U) = (1)kproduto dos pivssendo k o nmero de trocas de linhas que ocorreram durante o processo de decomposio.Exemplo:Na decomposioLUda matrizA =__3 4 11 2 24 0 3__32 Marcone Jamilson Freitas Souzacom decomposio parcial, obtemos os seguintes fatoresL eU:L =__1 0 03/4 1 01/4 1/2 1__e U=__4 0 30 4 13/40 0 35/8__com 2 trocas de linhas. Logo:det(A) = (1)kdet(L.U) = (1)24 (4) 35/8 = 705.10 Sistemas Lineares ComplexosUm sistema linearAx = b dito complexo se seus elementos so nmeros complexos, isto, se:A = M +Nix = s +tib = c +disendoMeNmatrizesn n,s, t, c, d vetoresn 1 ei2= 1.Exemplo: Dado o sistema linear complexo:_(2 + 3i)x1+ (4 2i)x2= 3 + 5i7ix1 4x2= 9 + 3i(5.39)temos:A =_2 + 3i 4 2i7i 4_, x =_s1 +t1is2 +t2i_, b =_3 + 5i9 + 3i_ M=_2 40 4_, N=_3 27 0_, c =_39_, d =_53_Para descomplexicar esse sistema procedemos como segue:Ax = b(M +Ni)(s +ti) = (c +di)Ms +Nsi +Mti +Nti2= c +diMs +Nsi +Mti Nt = c +diMs Nt + (Ns +Mt)i = c +diComo duas entidades complexas so iguais se forem iguais as suas partes real e imagi-nria, ento:_Ms Nt = cNs + Mt = dAs equaes anteriores formam um sistema linear de coecientes reais, cujas incgnitassoosvetoresset, quepodeserresolvidoporqualquerumdosmtodosapresentadosanteriormente. Esse sistema pode ser colocado na seguinte forma matricial:_M NN M_ _st_ =_cd_Exemplo: Resolver o sistema (5.39) por qualquer mtodo numrico.Sistemas Lineares 335.11 Clculo da Inversa de uma MatrizSeja Ann a matriz que se deseja inverter. Se Ann possui a inversa Xnn ento AX = I.Sejam X1, X2, , Xn as colunas de X. Para se achar a matriz inversa faz-se necessrioresolver nsistemaslinearescujamatrizdoscoecientesamesma, isto, devemserresolvidos os sistemas:AX1= ( 1 0 0 0 )tAX2= ( 0 1 0 0 )t...AXn= ( 0 0 0 1 )tO mtodo mais indicado para calcular a inversa de uma matriz o Mtodo da Decom-posioLU, umavezquetem-sequeresolvervriossistemaslinearescomumamesmamatriz dos coecientes.Exerccio:Aplicar o mtodo anterior para encontrar a inversa da matriz:A =__3 5 37 3 12 4 5__5.12 Comparao entre MtodosA Tabela 9 compara os mtodos iterativos e diretos com relao a vrios aspectos.Tabela 9: Comparao entre os mtodos numricosItem Mtodo Direto Mtodo IterativoConvergncia A soluo sempre obtida H garantia de obter soluosomente sob certas condiesNmero de possvel determinar a priori No possvel determinar aoperaes o nmero de operaes necessrias princpio a complexidadeEsparsidade Destri a esparsidade da matriz Preserva a esparsidade dadurante a fase de eliminao matrizErros de Os erros aparecem durante a Apenas a soluo corrente arredondamento aplicao das transformaes sujeita a erro. No helementares sobre as equaes propagao dos erros porquedo sistema. Esse erro se propaga so usados os coecientesporque as transformaes de cada originais da matriz A e vetorfase so realizadas a partir de b no clculo das componentesequaes transformadas da fase da soluo.anterior, as quais esto sujeitasa erros. Essa propagao de errospode ser minimizada usando-setcnicas de pivoteamento.5.13 Mal Condicionamento de Sistemas LinearesResolva os sistemas lineares (a) e (b) a seguir e compare suas solues.34 Marcone Jamilson Freitas Souza(a)_x y = 1x 1, 00001y = 0e (b)_x y = 1x 0, 99999y = 0O que aconteceu e por qu?Esta uma situao em que o sistema dito mal condi-cionado".Dizemos que um sistema bem condicionado (estvel) se pequenas mudanas nos coe-cientes e nos termos independentes acarretam pequenas mudanas na soluo do sistema.Nocasodesistemasmal condicionados, pequenasmudanasnosdadosdeentradaprovocam grandes variaes na soluo nal.Um critrio prtico para vericar se um sistema mal condicionado consiste em avaliaro determinante normalizado da matriz dos coecientes, a saber:det(NormA) =det A12. . . n(5.40)ondei = _a2i1 +a2i2 + +a2inSe o mdulo desse determinante estiver muito prximo de zero (| det(NormA)|1)pode-se esperar o mal condicionamento do sistema.Exerccio:Verique se o sistema (5.41) mal condicionado.___7x1+ 8x2+ 9x3= 248x1+ 9x2+ 10x3= 279x1+ 10x2+ 8x3= 27(5.41)5.14 Aplicaes5.14.1 EletricidadeSeja o diagrama de circuito dado pela Figura 9:0 V100 V123AB5 1 2 2 3 Figura 9: Diagrama de circuito de uma rede eltricaPelaLei deOhm, acorrentequeui donpparaonqdeumaredeeltricacalculada com base na frmulaIpq=VpVqRpq, comIem ampres eR em Ohms, sendoVpeVqas voltagens nos nsp eq, respectivamente, eRpqa resistncia no arcopq.PelaLei deKircho, asomadascorrentesquechegamacadannula; assim, asequaes que relacionam as voltagens podem ser obtidas.Para o diagrama de circuito considerado, pede-se:Sistemas Lineares 35(a) Obter as equaes dos ns 1, 2 e 3;(b) ApliqueocritriodeSassenfeldaosistemaresultanteparamostrar queomesmoconverge usando um mtodo iterativo;(c) Resolver o sistema formado por um mtodo iterativo, com < 0.5, a m de se obteras voltagens em cada n do circuito.Resposta: A soluo do sistema que contm as voltagens do circuito com erro < 0, 5 ,pelo Mtodo de Gauss-Seidel:V=__74, 9970, 9559, 17__Observao: A soluo exata V= [76 72 60]t:5.14.2 Estequiometria de reao qumicaEquilibrar a reao qumica:KMnO4 + H2SO4 + NaNO2 =K2SO4 + MnSO4 + NaNO3 + H2OSugesto: Atribua coecientes xi s substncias que aparecem na equao. Como pela Leide Lavoisier, em uma reao qumica a soma das massas dos reagentes igual soma dasmassas dos produtos resultantes, ento iguale a quantidade de cada elemento qumico queaparece no lado esquerdo da equao quantidade desse mesmo elemento que aparece nolado direito da equao. Esse procedimento, feito para cada elemento qumico, resultarem um sistema de equaes lineares, onde as incgnitas so os coecientes estequiomtri-cosxida reao qumica. No caso de haver mais incgnitas do que equaes,o sistema indeterminado,isto ,h uma innidade de solues para ele. Para gerar uma dessassolues, basta atribuir um valor qualquer a uma das incgnitas. Caso apaream valoresnegativos para alguma incgnita, tente outra atribuio, j que no caso real os coecientesestequiomtricos so nmeros inteiros positivos. Se a soluo do sistema for fracionria,multiplique-a pelo determinante do sistema. Isto far com que todos os coecientes sejaminteiros.Resposta: Uma das possveis solues :2KMnO4 + 3H2SO4 + 5NaNO2 =K2SO4 + 2MnSO4 + 5NaNO3 + 3H2OReferncias[1] L.C. Barroso, M.M.A. Barroso, F.F. Campos Filho, M.L.B. de Carvalho e M.L. Maia.Clculo Numrico (com aplicaes), Editora HARBRA, So Paulo, 2aedio, 1987.[2] F.F. Campos Filho, Algoritmos Numricos, Livros Tcnicos Cientcos Editora, 2aedio, Rio de Janeiro, 2007.[3] E. Kreyzig, AdvancedEngineeringMathematics, JohnWiles &Sons Inc., 70thedition, New York, 1993.[4] M.A.G. Ruggiero e V. L. R. Lopes, Clculo Numrico: Aspectos Tericos e Compu-tacionais, Editora McGraw-Hill, So Paulo, 1988.