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SITUAÇÃO ATUAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO
ESTADO DO CEARÁ
Ana Paula Cunha Gomes Bouty Médica Veterinária
Assessora Técnica GT-Leishmanioses NUVET/COVIG/SESA
Leishmaniose Visceral
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença de caráter
zoonótico que pode acometer o homem e outras
espécies de mamíferos, tendo como principal agente
etiológico a Leishmania infantum e como principal
transmissor o inseto hematófago da espécie Lutzomyia
longipalpis e Lu. cruzi (Brasil,2014).
Leishmaniose Visceral
Segundo a OMS anualmente 500 mil pessoas adoecem com LV, 10% delas morrem. Atualmente a leishmaniose visceral existe em todos os continentes, com exceção da Antártica.
Vetores
Os vetores no Brasil são a Lutzomyia longipalpis e a Lutzomyia cruzi. São genericamente chamados de flebótomos.
São insetos semelhantes aos mosquitos, mas de tamanho muito pequeno e com características biológicas próprias.
Lutzomyia longipalpis
Os agentes etiológicos da leishmaniose visceral são protozoários tripanosomatídeos do gênero Leishmania. Leishmania (infantum) chagasi é a espécie comumente isolada em pacientes com LV.
Forma promastigota de Leishmania sp
Agentes Etiológicos
Reservatórios
Na área urbana, o cão (Canis familiaris) é a principal fonte de infecção.
No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous) e os marsupiais (Didelphis albiventris).
Cão: reservatório urbano da Leishmania sp
Raposa: reservatório silvestre de Leishmania sp
Programa Nacional de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral
OBJETIVOS:
Reduzir a morbidade e letalidade através: Realização do diagnóstico precoce e do
tratamento adequado dos casos humanos;
Redução do contato do vetor com os hospedeiros;
Redução das fontes de infecção para o
vetor; Promoção das ações de educação em
saúde.
EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL
Fonte: SINAN/SESA
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1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
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2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Inci
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or
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hab
Nú
me
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aso
s d
e L
V
Casos confirmados Incidência Linear (Incidência)
Distribuição dos casos de LV e incidência, Ceará, 2007 a 2017
N=6.296 Média = 572,3
Casos de LV
Fonte: SINAN/SESA
Distribuição de óbitos e taxa de letalidade por LV, Ceará, 2007 a 2017
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
0
10
20
30
40
50
60
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Taxa
de
leta
lidad
e (%
)
Ób
ito
s p
or
LV
Óbitos Taxa de letalidade
N= 391
Média = 35,5 Óbitos
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Menor 1 ano
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
80 anos e maisFa
ixa
Etár
ia
Fonte: SINAN/SESA
Distribuição dos casos de LV por faixa etária, Ceará, 2007 a 2017
N= 6.296
Municípios com transmissão de LV, Ceará, 2017
102 Municípios
415 Casos
Classificação das Áreas de Risco para LV, Ceará, 2015 a 2017
Fonte: NUVEP/COVIG/SESA
LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO ESTADO DO CEARÁ
Leishmaniose Canina
• População Animal Estimada (Censo Animal 2017)
2.067.644
A razão homem/cão no Estado é 4:1
1.314.074
753.570
63,55%
36,45%
Fonte: NUVET/COVIG/SESA
Número de cães examinados no teste rápido (TR DPP) e taxa de positividade para LVC (ELISA), Ceará, 2013 a 2018
*Dados atualizados até julho de 2018. Fonte: NUVET/COVIG/SESA
0,0
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4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
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0
50000
100000
150000
200000
250000
2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Taxa
de
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ade
LV
C (
%)
Cãe
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s (T
R D
PP
)
Cães examinados (TR DPP) Positivos (%)
N= 819.752
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
Nú
me
ro d
e c
ães
exam
inad
os
2016 2017
Número de cães examinados no teste rápido (TR DPP) por Coordenadoria Regional de Saúde
(CRES), Ceará, 2016 e 2017
Aproximadamente 11,5% da população canina domiciliada/ano
Percentual de cães positivos para LVC, por Coordenadoria Regional de Saúde, Ceará, 2017
4,8
15,5
1,7
5,6
0.0 0,7
1,6
11,2
5,4 5,3 4,5
1,1 1,6
6,1
8,6
3,4
2,2
8,2
3,1 2,6
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
Pe
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ães
po
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vos
par
a LV
C (
%)
Municípios com transmissão de leishmaniose visceral canina, Ceará, 2017 e 2018*
*Dados sujeitos a alterações, atualizados até julho de 2018. Fonte: NUVET/COVIG/SESA
DESAFIOS PARA O CONTROLE DA LEISHMANIOSE VISCERAL
CANINA
Desafios
• Ausência de controle do reservatório doméstico em alguns municípios com transmissão da LVC (recursos humanos, insumos, local adequado para realizar eutanásia);
• Recusa na entrega dos animais infectados;
• Alta taxa de reposição de cães;
• Animais nas ruas sem controle;
• Descontinuidade e baixa cobertura das ações nos municípios;
• ONGs de proteção aos animais.