Slide 3 -Tipos de Processos Fermentativos

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Tipos de processos fermentativos - Engenharia Bioquimica - uerj

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  • Prof. Edmar das Mercs Penha

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  • Podem ser classificados quanto ao modo de

    conduo, forma de desenvolvimento do agente e

    suprimento de oxignio.

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  • Classificao dosProcessos

    Fermentativos

    Quanto forma deconduo

    Quanto forma dedesenvolvimento

    do agente

    Quanto aosuprimento de

    oxignio

    Quanto forma deapresentao do

    meio

    Batelada ouDescontnuo

    BateladaAlimentada ou

    Semi-contnuo

    Contnuo

    Convencional

    Por cortes

    Comrecuperao do

    inculo

    Convencional

    Cclica

    Com umadorna

    Com mais de

    uma dorna

    Fermentao em

    meio lquido

    Com reciclo de

    clulas

    Fermentao emmeio slido ou

    Semi-slido

    Em superfcie

    Em profundidade

    Sem aerao

    Aerado

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  • So processos pelo qual o mosto (esterilizado

    previamente ou no) colocado na dorna de

    fermentao, o agente inoculado e, aps a

    fermentao, o mosto descarregado para

    separao/purificao do produto.

    Para uma nova fermentao, repete-se todas as etapas,

    desde o preparo do inculo. Um processo em regime de

    bateladas pode ser conduzido de trs formas:

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  • Convencional (com um inculo para cada

    dorna)

    Cada dorna recebe um inculo novo, preparadoespecialmente para ela, que no reutilizado.

    a forma mais antiga e que apresenta menor risco decontaminao, porm um processo caro, o que faz

    com que seja usado somente para produtos nobres

    como vitaminas, esterides, antibiticos e enzimas.

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  • Por cortes

    Prepara-se o inculo para a primeira dorna.

    Aps determinado tempo, transfere-se parte do mosto (j fermentado) para uma segunda dorna, completando-se o volume

    de ambas com mosto estril, e assim sucessivamente.

    Ou seja, utiliza-se apenas um inculo para uma srie de dornas, reduzindo o custo do processo.

    O nmero de cortes determinado pelo rendimento que pode comear a cair, devido a contaminao, ou a mutao do agente.

    o processo mais empregado no Brasil, sendo utilizado na fermentao do melao de cana.

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  • Com recuperao de inculo

    Aps a fermentao, o mosto levado para a seo de separao e derecuperao do produto (centrifugao, filtrao, etc.), onde as clulas

    so separadas, tratadas e reativadas, sendo utilizadas como inculo

    para outra fermentao.

    No processo "Melle-Boinot" (5 a 9 recuperaes), largamente utilizadona indstria alcooleira, as leveduras, aps serem separadas do mosto,

    so tratadas com cido sulfrico (pH 2,5) para eliminao de bactrias e

    outros contaminantes, novamente centrifugadas e reutilizadas.

    H uma economia de cerca de 30% da matria-prima, para fazer omesmo lcool que o processo em batelada convencional.

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  • Muito usados em processos biossintticos onde o

    interesse a produo de biomassa.

    A alimentao durante a fermentao serve para manter

    a concentrao tima de substrato na dorna, evitando-

    se o "efeito Crabtree", pela necessidade de altas

    concentraes de substrato no incio.

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  • Convencional

    Durante o tempo de fermentao, um ou mais nutrientes (normalmente, o substrato principal) so

    alimentados de forma contnua ou intermitente e, findo

    o tempo, todo o mosto descarregado.

    Ex: fabricao do fermento Fleischmann

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  • Cclica

    A alimentao de substrato contnua ou intermitente,mas tambm h retirada parcial de mosto fermentado

    em tempos pr-estabelecidos.

    Pode-se conduzir um processo desta forma durantemeses e o rendimento do mesmo determinar seu

    trmino.

    Ex: fabricao de vinagre pelo processo orleanense

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  • Um processo contnuo sempre comea com uma batelada.

    Normalmente, a 2/3 da fase exponencial de crescimento tem

    incio o processo contnuo.

    O tipo de reator mais comum o CSTF ("continuous stirred

    tank fermenter"), ou de mistura completa.

    Quando se utiliza um fermentador de mistura completa com

    uma s dorna, enche-se o reator com mosto estril e inocula-

    se o meio. Aps determinado tempo, comea-se a alimentar

    continuamente o fermentador com mosto estril e a retirar

    mosto fermentado na mesma vazo.

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  • Nestes processos o substrato no totalmenteesgotado, saindo um pouco no produto.

    Por isso, o clculo e o controle da vazo devem ser precisos a fim de minimizar esta perda.

    Altas vazes provocam baixos tempos de residncia nadorna, o que provoca um empobrecimento em nmerode clulas ("wash out") alm de altas concentraes de substrato na sada.

    Por outro lado, vazes baixas reduzem a concentraode substrato no reator, podendo provocar autlise das clulas e/ou diauxia.

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  • Com uma nica dorna

    Usado quando se consegue dimensionar o fermentador de forma a

    conseguir baixas perdas de substrato na sada do fermentador.

    Com mais de uma dorna

    Empregado quando a matria-prima usada no processo cara e,

    necessrio que o mosto deixe a dorna com o mnimo de substrato

    no fermentado. Se a reduo da vazo, por exemplo, no for

    suficiente, pode-se conseguir a utilizao de forma mais completa

    usando-se mais de uma dorna em srie. Neste caso, o fermentado

    (vinho) passa a ser a alimentao de uma nova dorna.

    Os processos de fermentao em regime contnuo, podem ainda

    ser conduzidos com ou sem a recuperao do inculo.

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  • Processo em superfcie

    Aplica-se para microrganismos aerbios estritos como bolores e

    algumas bactrias. O agente se desenvolve na superfcie do meio

    de cultura. um processo obsoleto, s utilizado em casos

    especiais, pois o tempo de fermentao elevado devido

    necessidade de difuso dos nutrientes do meio para a superfcie do

    mesmo.

    Ex: produo de cido ctrico por Aspergillus niger, de enzimas por

    Bacillus subtilis e de vinagre por espcies de Acetobacter.

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  • Processo em profundidade Tambm chamado de submerso, aquele em que o agente

    desenvolve-se no seio do mosto, agitado.

    Devido ao maior contato mosto-microrganismo, so maiores astaxas de transferncia de massa, de nutrientes e de O2 (quandonecessrio), acarretando menores tempos de fermentao.

    Uma outra vantagem com relao ao fato de poderem serconduzidos continuamente a depender da cintica da fermentao.

    Os processos cujos agentes so anaerbios estritos, facultativosou microaerfilos, so, necessariamente, conduzidos emprofundidade.

    Ex: fermentao acetonobutlica (anaerbia estrita), alcolica(facultativa) e ltica (microaerfila).

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  • Processos aerados

    Usado para agentes aerbios estritos, ou seja, aqueles que tm o

    oxignio atmosfrico ser o aceptor de prtons (H+).

    Ex: produo de cido ctrico, penicilina e vitamina B12 .

    Tipos de aerao:

    A) Natural - o mosto exposto ao ar ambiente, como no caso da

    fermentao ctrica em bandejas.

    B) Forada - o ar introduzido na dorna, sob presso, borbulhando

    na massa lquida, onde o O2 dissolvido, para ser posteriormente

    utilizado pelo agente da fermentao.

    Ex: processos submersos para produo de penicilina, cido ctrico

    e levedo prensado.

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  • 1.3.2 - Processos no aerados

    Aplica-se para agentes que desenvolvem metabolismo

    anaerbio, onde o aceptor de H+ no o O2 do ar

    atmosfrico e sim outras substncias como os nitratos e

    aldedos.

    Ex: produo de solventes orgnicos por Clostridium

    (anaerbio estrito) e de etanol por Saccharomyces(anaerbio facultativo).

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  • Fermentaes em meio lquido

    Fermentaes em meio slido ou semi-slido

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  • Vantagens

    mais produtivo, devido diminuio dos tempos mortos(enchimento, limpeza, esterilizao, esvaziamento), permitindomaior produo num mesmo tempo para o mesmo volume dereator;

    maior uniformidade do produto (microrganismos atuam emcondies ambientais mais uniformes), o processo conduzido emregime estacionrio ("steady state");

    menores custos com mo-de obra;

    maior facilidade de controle automtico;

    permite ser facilmente associado a outras operaes contnuas nalinha de produo, como, por exemplo, a esterilizao contnua domosto e a extrao contnua do produto obtido.

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  • Desvantagens

    no esgotamento total do substrato (maior custo de

    matria-prima);

    maior possibilidade de contaminao devido a

    dificuldade de se manter as condies de esterilidade

    do processo por longos perodos de tempo;

    possibilidade de mutao do microrganismo agente do

    processo.

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