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Novo Manual da Sintaxe O ESTUDO DA GRAMÁTICA

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Novo Manual da Sintaxe

O ESTUDO DA GRAMÁTICA

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Introdução

O que é fazer ciência da linguagem?

O que você pensa ser “Investigação científica”???

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No caso em análise, para facilitar o relacionamento desse tipo de investigação à linguística, os Autores esclarecem ser necessário recorrer a algumas estratégias de convencimento, porque a questão ainda não é unânime;

E, a fim de elucidar a discussão direcionada a mostrar como um programa de investigação da linguagem pode se caracterizar como “científico”, os Autores adotaram a estratégia da comparações com os estudos da física, que é uma disciplina já bem assentada como ciência.

O método científico é um conjunto de regras básicas de como se deve proceder a fim de produzir conhecimento dito científico, quer seja este um novo conhecimento quer seja este fruto de uma integração, correção ou uma expansão da área de abrangência de conhecimentos pré-existentes. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Investigação_científica)

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Tal como ocorre nos estudos científicos

relacionados à física, com a linguística também o passo inicial a ser adotado, é especificar qual é o objeto de estudo, a fim de restringir a abrangência do estudo, tendo em vista a existência de uma grande quantidade de fenômenos relacionados à linguagem.

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No caso, esse estudo será direcionado,

especificamente a uma das facetas da linguagem, a constituição sintática das sentenças das línguas naturais, face ao interesse em explicar a estruturação sintática de uma sentença, como por exemplo: “Você sabe que horas são?”

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Para explicar os fenômenos relacionados aos

objetos do estudo, esse estudioso (cientista) – deve observá-los atenta e acuradamente inúmeras vezes, de forma objetiva e imparcial, tanto na física, como na linguística, caso em que se pretende construir uma teoria científica da organização sintática das sentenças, para o que deve-se observar as que efetivamente são próprias da língua, sem ignorar nenhuma delas, como ocorre no estudo da Gramática Tradicional (TG).

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Mas além de fazer uma observação cuidadosa

desses fenômenos, deve-se neles focar a atenção, para poder formular princípios que estão em suas bases, destinados à explicação do que eles são.

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Somente observando as sentenças que

efetivamente existem na língua, o linguista não será capaz de prever o formato da próxima sentença que vai lhe aparecer pela frente. Ele precisa deixar de lado características das sentenças que existem, para poder formular um padrão para elas, que deve ser necessariamente abstrato. Esse padrão é que deve ser explicado, porque só assim chegará a prever o formato que as sentenças podem ou não ter.

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Assim, os linguistas estão interessados na

formulação de princípios que estejam na base de todo fenômeno sintático existente, o que exige cuidadosa postulação, baseada na teoria exposta, se mostrando dispostos a rever ou mudar um postulado, cada vez que os dados das línguas naturais mostrarem que ele não é adequado nem para a descrição nem para a explicação de certo fenômeno.

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E para que isso seja possível, o pesquisador deve

levar em conta suposição da existência de entidades que não são diretamente perceptíveis nos fenômenos em estudo, sendo legítimo que o linguista se utilize de categorias e conceitos que não aparecem diretamente na produção linguística, mas cuja existência pode explicar por que a produção linguística se dá de uma maneira e não de outra; ações que se constituem em postulações básicas e de afirmações consequentes, chamados de “modelo teórico”.

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O linguista deve utilizar-se de uma metalinguagem

acurada, rigorosa, para garantir que os princípios formulados sejam interpretados de maneira inequívoca e estarem interessados no poder de predição de suas generalizações, propiciando que se extraia delas as predições pretendidas.

O modelo teórico apresentado pelos Autores no Manual em análise, é conhecido como “gramática gerativa”, em que se propõe reflexões que devem remeter à conclusões de que um tal tipo de postura é tanto possível e desejável, como altamente instigador.

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Gramática do “certo” e “errado”

X

Sentenças “gramaticais” e “agramaticais”

Pertencem a uma Não pertencem a uma

determinada língua determinada língua

Conceito de gramática

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Aspecto criativo da linguagem: várias espécies possuem algum tipo de comunicação mas só os seres humanos o fazem a partir da combinação de itens de um conjunto de elementos segundo certos princípios básicos.

Racionalidade humana: dote comum aos indivíduos da espécie que tem relação estreita com as línguas naturais: Possibilita que a combinação dos elementos seja não-

aleatória Mesmo que o indivíduo não obedeça as regras da gramática

normativa ainda estará obedecendo as regras da racionalidade humana já que falantes nativos dispõem de uma gramática internalizada

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Competência e Desempenho

é o conhecimento que o falante possui

é o uso desse conhecimento para produzir sentenças

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Vamos pensar na hipótese: Que a capacidade de falar nos diferencia das

Outras espécies.

O programa gerativista

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Módulos diferenciados para lidar com

diferentes tipos de informação linguística. Princípios: Leis gerais para toda a língua

válidas para todas as línguas naturais. Parâmetros: propriedades de uma língua

pode ou não exibir e que são responsáveis pela diferença entre as línguas.

Parâmetro do Sujeito Nulo.

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Exemplos:

a) O Paulo disse que ele vai viajar.b) *Ele disse que o Paulo vai viajar.

Parâmetro do Sujeito Nulo: ______A) O Paulo disse que vai viajar.

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Gramática Universal (UG – Universal

Grammar): Estágios inicial de um falante que está adquirindo uma língua.

Gramáticas das Línguas: São constituídas à medida que os parâmetros vão sendo fixados.

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O formato do modelo

DS

SS

PF LF

Estrutura profunda (Deep-structure)

Estrutura superficial (Surface-structure)

Forma fonética(Phonetic Form)

Forma lógica Logical Form

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DS = Estrutura profunda é a organização da

frase em um nível abstrato ou seja, é gerada apenas pelas regras de base (componente categorial e léxico);

SS = Estrutura sintática responsável por mediar a relação entre PF e LF, ou seja tem como função interpretar a função fonológica e semântica da estrutura;

PF = Tem como função demonstrar como a estrutura é pronunciada;

LF = Tem como função mostrar o sentido da estrutura ou seja é ela que interpretará a frase;

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DS

SS

PF LF

• Este carro novo foi comprado por mim

• Quando comprei este carro, ele era novo

/’EU KON’PREI ‘ESTE ‘KARU/

Eu comprei este carro novo

EU + COMPREI + ESTE + CARRO + NOVO

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DS

SS

PF LF

Na passagem pode –se movimentar constituintes

Como SS é pronunciado

Como é interpretado, podendo conter mais de uma forma para entendimento

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Quando se pensa em aquisição da linguagem,

devem ser consideradas as capacidades envolvidas no processo, bem como a natureza de um tal conhecimento.

Não há tal preocupação por parte do adulto por parte do adulto porque sabemos que a criança vai naturalmente adquirir uma língua.

Os dados linguísticos que a criança encontra ao seu redor são truncados e desorganizados.

Aquisição da linguagem

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O ser humano possui uma capacidade

genética que lhe permite de algum modo “organizar” e “completar” as informações necessárias para aprender a falar uma língua natural.

É um processo natural e inconsciente.

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MIOTO, Carlos; SILVA, Maria Cristina Figueiredo; LOPES, Ruth Elisabeth Vasconcellos. Novo Manual de Sintaxe: O ESTUDO DA GRAMÁTICA. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2005. pág 11-36.

Bibliografia