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DIREITO TRIBUTÁRIO MATERIALPÓS GRADUAÇÃO DIREITO PÚBLICO 2011 – UNISALAula 4 - Profª Milena Zampieri Sellmann de Menezes
CRÉDITO TRIBUTÁRIOConstituição Federal de 1988 Art. 146, da CF – “Cabe à lei complementar (...)
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
(...)b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários;(...)”
Código Tributário Nacional - Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1.966
Livro Segundo - Título III – Crédito Tributário – arts 139 a 193.
Crédito tributário• Previsto do artigo 139 a 141 do CTN
• Artigo 139 do CTN – “O crédito tributário decorre da
obrigação principal e tem a mesma natureza desta”.
• Deriva do lançamento tributário que o formaliza e o
torna exigível.OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIAOBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
LANÇAMENTOLANÇAMENTO
CRÉDITO TRIBUTÁRIOCRÉDITO TRIBUTÁRIO
LIQUIDEZLIQUIDEZ
CERTEZACERTEZA
EXIGIBILIDADEEXIGIBILIDADE
Lançamento Tributário• Artigo 142 a 150 do CTN
• Conceito e funções: artigo 142 do CTN
““Art. 142. Compete privativamente à autoridade Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa administrativa constituir o crédito tributário constituir o crédito tributário pelo pelo lançamento, assim entendido o lançamento, assim entendido o procedimento procedimento administrativo administrativo tendente a tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, correspondente, determinar a matéria tributável, , calcular o montante do tributo devido, devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, e, sendo caso, propor a propor a aplicação da penalidade cabível.cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional”.
Lançamento Tributário• Questões pontuais:
1.Procedimento ou ato administrativo (único ato)?
2.Natureza declaratória (Amílcar de Araújo Falcão),
constitutiva (Américo Lacombe e José Souto Maior Borges)
ou mista (dúplice) (Paulo de Barros Carvalho)?
• REsp n. 250.306/DF- STJ, 1ª Turma, rel. Min. Garcia Vieira, j. 06.06.2000 – “O
crédito tributário não surge com o fato gerador. Ele é constituído com o
lançamento (art. 142 do CTN)”.
▫ Mista: É constitutivo do crédito tributário e declaratório da obrigação
correspondente.
Lançamento Tributário•Questões pontuais:
3. Trata-se de atividade privativa da
autoridade administrativa?
4. Atividade discricionária ou vinculada? (art.
3°e art. 142, parágrafo único, do CTN)
Lançamento Tributário
Art. 3º - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada”.
“Art. 142 (...)
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade
funcional”.
Lei Aplicável ao Lançamento Tributário
• Ao lançamento aplica-se a lei vigente ao tempo do
fato gerador (fato imponível) – tem efeito ex tunc.
Art. 144 do CTN: “O lançamento reporta-se à data da “O lançamento reporta-se à data da
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada lei então vigente, ainda que posteriormente modificada
ou revogada”.ou revogada”.
• Vedação à Retroatividade Tributária – artigo 150,
III, “a”, da CF
Lei Aplicável ao Lançamento Tributário
• É possível aplicar a lei vigente ao tempo do lançamento
(aspectos formais):
a)Se a nova lei estabelecer novos critérios de apuração ou
processo de fiscalização;
b)Se a nova lei ampliar os poderes de investigação da
autoridade administrativa;
c)Se a nova lei outorgar ao crédito maiores garantias ou
privilégios;
d)Se a nova lei estabelecer multa menos severa que a
vigente ao tempo da infração
Modalidades de Lançamento Tributário
1. Direto, de ofício ou unilateral;1. Direto, de ofício ou unilateral;
2. Por declaração ou misto;2. Por declaração ou misto;
3. Homologação ou autolançamento.
Classificação pautada pelo grau de
participação do sujeito passivo e do Fisco na
sua realização.
Modalidades de Lançamento Tributário
1. Lançamento direto ou de ofício (artigo 149 do
CTN): Ex. IPTU, IPVA, Taxas, Contribuições de Melhoria
etc.
Ordinariamente – nos casos em que a lei determina
• iniciativa da autoridade administrativa• independe de qualquer colaboração do sujeito
passivo
Excepcionalmente – qualquer tributo pode ser objeto de lançamento de ofício.
Modalidades de Lançamento Tributário
2. Lançamento misto ou por declaração (artigo 147
do CTN): Ex. II e ITBI.
• tem fundamento em declaração do sujeito passivo
ou de terceiro prestada à Administração
Tributária
• o sujeito passivo ou terceiro é quem presta as
informações indispensáveis à efetivação do
lançamento pela autoridade administrativa, não
tendo o sujeito passivo o dever de pagar antes de
ser notificado do lançamento.
Modalidades de Lançamento Tributário
3.Lançamento por homologação ou autolançamento
(artigo 150 do CTN): Ex. ICMS, IPI, Cofins etc.•a apuração e o pagamento do tributo é
realizado pelo sujeito passivo;•não há prévio exame da autoridade
administrativa;•ocorre a homologação em etapa posterior –
tácita ou expressa;•é possível a cobrança de eventuais diferenças
apuradas (lançamento de ofício);•o pagamento extingue o crédito sob condição
resolutória.
Modalidades de Lançamento Tributário
Lançamento por homologação ou autolançamento (artigo 150 do CTN)
“Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos
cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se
pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo
extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao
lançamento. (...)
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar
da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda
Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento
e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência
de dolo, fraude ou simulação”.
Modalidades de Lançamento Tributário
Natureza jurídica da Homologação:
Ato homologatório “extinguindo definitivamente o débito tributário” é ato de fiscalização.
Súmula 436/STJ - DJe 13/05/2010 - Enunciado: “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.”
Súmula 446/STJ – DJe 13/05/2010 – Enunciado: “Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, élegítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positivacom efeito de negativa.”
Notificação do Lançamento Tributário
Importância da Notificação – art. 145 do CTN
•Notificação do lançamento é ato administrativo que dá ao sujeito passivo conhecimento da constituição do crédito tributário e confere eficácia ao lançamento
•O lançamento só produz efeitos junto ao contribuinte se este for regularmente notificado:
– pessoalmente;– por via postal; ou – por edital
Notificação do Lançamento Tributário
Depois de regularmente notificado o sujeito
passivo, o lançamento pode ser alterado somente
em virtude de:
• Impugnação do sujeito passivo – dá início ao contencioso administrativo (ampla defesa e contraditório – art. 5º, LV, da CF/88)
• Recurso de ofício
• Iniciativa de ofício da autoridade administrativa (art. 149 do CTN)
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário• Previstas no artigo 151 do CTN - matéria reservada à
lei (art. 97, VI, do CTN).
• Suspensão da exigibilidade e não do crédito.
• CONSEQUÊNCIAS:
1.Fisco não pode propor a Execução Fiscal;
2.Fica suspenso o prazo prescricional;
3.Direito a certidão positiva de efeitos negativos – art.
206 do CTN;
4.Não dispensa do cumprimento das obrigações
acessórias – art. 151, p. único, do CTN.
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito TributárioCausas de Suspensão do Crédito Tributário
Moratória
Depósito do montante integral
Reclamações ou recursos
Concessão de medida liminar em mandado de segurança
Concessão de medida liminar ou tutela antecipada em outras modalidades de ação judicial
Parcelamento
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
1. MORATÓRIA: art. 152 a 155-A
▫ Dilação do prazo para pagamento do tributo. Decorre de lei do ente tributante.
Concedida em caráter:
GERAL – decorre diretamente da lei, sendo imediatamente aplicável às situações
e classes de indivíduos identificados.
Pode ser concedida:
a) Pela pessoa jurídica de direito público titular da competência;
b) Pela União, quanto aos tributos de competência dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedidas quanto aos
tributos de competência federal e às obrigações de direito privado. (Moratória
heterônoma)
INDIVIDUAL – a concessão depende da comprovação, em cada caso, das
condições ou requisitos legalmente exigidos. Contudo, uma vez preenchidos os
requisitos, a autoridade não pode negar a moratória (despacho autorizativo)― Os requisitos exigidos pela autoridade administrativa devem restringir-se àqueles expressamente previstos na
lei que concede a moratória – não há discricionariedade.
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
1. MORATÓRIAArt. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou
autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos:
I - o prazo de duração do favor;II - as condições da concessão do favor em caráter individual;III - sendo caso:a) os tributos a que se aplica;b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do
prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual;
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
1. MORATÓRIA
Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
2. Depósito do montante integral do débito:
• Depósito não é pagamento, é garantia dada ao
credor.
• É um direito, uma faculdade do contribuinte (STJ,
1ª Turma, REsp nº 324.012/RS, REl. Min.
Humberto Gomes de Barros, DJU 05/11/01).
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
2. Depósito do montante integral do débito:
• Perante a administração ou no curso do processo
judicial
–Afasta a incidência de correção monetária
Súmula Vinculante n. 21 (DOU de 10/11/2009): É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
• Art. 38 da Lei n. 6.830/80 – viola do art. 5°, XXXV, da CF (universalidade da jurisdição) - Súmula n. 247 do TRF
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
2. Depósito do montante integral do débito:
• Decisão
– favorável ao sujeito passivo = valor depositado retorna ao contribuinte e extingue
o crédito tributário.
– desfavorável ao sujeito passivo = converte-se em renda para a Fazenda e crédito
tributário é extinto.
– sem julgamento do mérito = PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. DEPÓSITO
JUDICIAL PARA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO. ART. 151, II, DO CTN. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
JULGAMENTO DE MÉRITO. CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA.
PRECEDENTES. 1. Com a extinção do processo sem resolução de mérito, o
depósito do montante integral realizado pelo contribuinte nos termos do
art. 151, II, do CTN para suspender a exigibilidade do crédito tributário
deve ser convertido em renda da Fazenda Pública. Precedentes. 2. Recurso
especial provido. (STJ, 2 Turma, REsp nº 884625/SP, Rel. Min. Castro Meira,
DJU 13/05/08) .
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
2. Depósito do montante integral do débito:
•Decisão
O levantamento do depósito somente poderá ser feito após o transito em julgado da decisão.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO QUE PROVEU O RECURSO ESPECIAL. INCONSISTÊNCIA DOS ÓBICES INVOCADOS PELO RECORRIDO (ORA AGRAVANTE). TRIBUTÁRIO. ISS. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO PARA DISCUTIR A LEGITIMIDADE DO TRIBUTO. DEPÓSITO JUDICIAL DOS VALORES CONTROVERTIDOS, PARA SUSPENDER A EXIGIBILIDADE DO TRIBUTO. SENTENÇA FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO (AUTORIZADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM) QUE É CONDICIONADO AO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO. PRECEDENTES DO STJ. (STJ, 2 TURMA, AgRg no REsp 817815/SP, Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJU 22/06/2010)
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
3. Reclamações e Recursos Administrativos
• No caso de discordar da exigência fiscal, o contribuinte
pode impugná-la, dando início ao contencioso
administrativo (nas esferas federal, estadual e municipal).
É direito constitucionalmente assegurado (art. 5º, XXXIV,
a).
• Exaurimento das vias administrativas não é condição legal
para ter acesso ao Judiciário. Decisão– favorável ao sujeito passivo = extingue o crédito tributário
– desfavorável ao sujeito passivo = crédito pode ser cobrado
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
4. Concessão de Medida Liminar em Mandado de
Segurança e 5. Concessão de Medida Liminar ou
Tutela Antecipada em outras espécies de ação judicial
LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 – Mandado de
Segurança. Suspende a exigibilidade do crédito tributário até ser proferida
sentença. Ato precário, pode ser revogado a qualquer tempo. Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: (...)III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. (ADI n. 4296-3, Conselho Federal da OAB, data 14/09/09).
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
6. Parcelamento
• Ampliação, prorrogação do prazo para pagamento do
tributo de forma parcelada. Parcelamento é uma
modalidade de moratória (LC nº 104/01).
• Concessão somente por lei do ente tributante.
• Quitadas todas as parcelas, extingue-se o crédito
tributário.
• Descumprido o parcelamento, o crédito tributário
passa a ser exigível novamente.
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário 6. Parcelamento
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. PEDIDO DE PARCELAMENTO. CAUSA INTERRUPTIVA DO PRAZO PRESCRICIONAL. SÚMULA 248/TFR. 1. A regra prescricional aplicável ao caso concreto é a que alude ao reinício da contagem do prazo, ante a ocorrência de causa interruptiva prevista no inciso IV do parágrafo único do artigo 174 do CTN, in casu, o pedido de parcelamento, que pressupõe a confissão da dívida, ato inequívoco que importa em reconhecimento do débito pelo devedor. 2. O prazo da prescrição, interrompido pela confissão e pedido de parcelamento, recomeça a fluir no dia em que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado, momento em que se configura a lesão ao direito subjetivo do Fisco, dando azo à propositura do executivo fiscal. 3. Considerado que o reinício do prazo prescricional ocorreu em 1.11.2001 e a citação da executada foi promovida somente em 30.11.2006, dessume-se a extinção do crédito tributário em tela pelo decurso in albis do prazo prescricional qüinqüenal para a cobrança judicial pelo Fisco. 4. Agravo regimental não provido. (STJ, 2 Turma, AgRg no REsp 1167126/RS, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJU 22/06/2010) .
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário 6. Parcelamento
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. TRIBUTÁRIO. PEDIDO DE PARCELAMENTO. ART. 174, PARÁGRAFO ÚNICO, IV, DO CTN. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. PRECEDENTES. SÚMULA 168/STJ. 1. A prescrição interrompe-se por qualquer ato, judicial ou extrajudicial, que constitua em mora o devedor; como exemplo, o preenchimento de termo de confissão de dívida para fins de parcelamento do débito que, nos termos do art. 174, parágrafo único, do CTN, recomeça a fluir por inteiro. 2. Precedentes: AgRg no Ag 1.222.567/RS, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 12.3.2010; REsp 1.223.420/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 15.3.2011; REsp 1.210.340/RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 10.11.2010; AgRg no Ag 976.652/RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 14.9.2009; REsp 945.956/RS, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, DJ 19.12.2007. 3. Incidência da Súmula 168/STJ: "não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado". Agravo regimental improvido. (STJ, 1ª Seção, AgRg nos EREsp 1037426 /RS, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJU 25/05/2011) .
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito TributárioParcelamento x Denúncia Espontânea
A questão que se coloca é se o artigo 138 do CTN aplica-se
também em casos em que o pagamento do tributo seja feito
parceladamente, ou se esse dispositivo somente se aplica
aos casos de pagamento integral e imediato do tributo. Art. 155-A, do CTN – “O parcelamento será concedido na forma e
condições estabelecidas em lei específica.Parágrafo 1º - Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multa”.
Causas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário Posição do STJ após a LC nº 104/01
TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. FALTA DE PAGAMENTO INTEGRAL. SÚMULA 208/TFR. TAXA SELIC. JUROS MORATÓRIOS. DÍVIDA TRIBUTÁRIA. APLICAÇÃO. 1. Não se concede o benefício da denúncia espontânea, prevista no art. 138 do CTN, na ausência de pagamento integral do débito. Inteligência da Súmula 208/TFR: "A simples confissão da dívida, acompanhada do seu pedido de parcelamento, não configura denúncia espontânea". Precedente: Recurso Especial representativo de controvérsia n.º 1.102.577/DF. 2. É legítima a incidência da Taxa Selic sobre os débitos tributários federais, nos termos da Lei n.º 9.250/95. Precedente: Recurso Especial representativo de controvérsia n.º 1.111.175/SP. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1239370 / RS, 2º Turma, MinistroCASTRO MEIRA, DJU 04/08/2011)
Causas de Extinção do do Crédito Tributário
Previstas no artigo 156 do CTN (decorrem de previsão
legal – artigo 97, VI , do CTN)
Pagamento Compensação Transação Remissão Prescrição e Decadência Conversão de depósito em renda Pagamento antecipado e a homologação Consignação em pagamento Decisão administrativa irrevogável Decisão judicial transitada em julgado Dação em pagamento em bens imóveis
Causas de Extinção do do Crédito Tributário
Previstas no artigo 156 do CTN (decorrem de previsão
legal – artigo 97, VI , do CTN)
Pagamento Compensação Transação Remissão Prescrição e Decadência Conversão de depósito em renda Pagamento antecipado e a homologação Consignação em pagamento Decisão administrativa irrevogável Decisão judicial transitada em julgado Dação em pagamento em bens imóveis
Causas de Extinção do do Crédito Tributário
PAGAMENTO – art. 157 a 164 do CTN
• Forma usual de extinção do crédito tributário
• Entrega pelo contribuinte (sujeito passivo) à Fazenda Pública
de um montante pecuniário.
• Deve ser feito na repartição competente do domicílio do
sujeito passivo (salvo disposição na legislação em contrário).
• Deve ser feito dentro de 30 dias depois de notificado o sujeito
passivo (salvo disposição na legislação em contrário).
• A legislação pode conceder desconto pela antecipação do
pagamento.
Pagamento Indevido
• Contribuinte tem direito a restituição do valor que
pagou indevidamente (valor maior que o devido ou
indevido).
• Prazo: 5 anos contados do pagamento indevido
(extinção do crédito tributário) – Ação de Repetição
do Indébito
• Tributos lançados por homologação: art. 3°da Lei
Complementar n. 118/05 – extinção do crédito ocorre
no momento do pagamento antecipado.
• Regulado do art. 165 a 168 do CTN
Causas de Extinção do Crédito Tributário
REMISSÃO
▫ Perdão legal do débito tributário.
▫ Somente por lei do ente competente.
▫ Pode ser total ou parcial.
▫ Exige a ocorrência do lançamento.
Causas de Extinção do Crédito Tributário
Decadência e prescrição:Decadência: perda do direito do Fisco de lançar (Fazenda perde o
direito de constituir o crédito tributário) – artigo 173 do CTN
• Prazo: 5 anos contados:
a)Tributos lançados de ofício, por declaração ou homologação
(sem pagamento antecipado) – do 1°dia do exercício financeiro
seguinte ao que deveria ter ocorrido o lançamento ou o
pagamento – art. 173, I, do CTN
b)Tributos lançados por homologação (com pagamento
antecipado a menor) – da ocorrência do fato gerador (fato
imponível) – artigo 150, §4°, do CTN
Causas de Extinção do Crédito Tributário
Decadência e prescrição:Prescrição: perda do direito do Fisco de cobrar o crédito
tributário (propor Execução Fiscal) – art. 174 do CTN
• Prazo: 5 anos contados da constituição definitiva do crédito
tributário.
Constituição definitiva: ocorre quando termina o prazo para
interposição de recurso do lançamento ou quando, uma vez
interposto o recurso, torna-se definitiva a decisão.
Causas de Exclusão do Crédito Tributário
• Previstas no artigo 175 do CTN – decorem de
lei (artigo 97, VI, do CTN).
• Não dispensam o cumprimento das obrigações
acessórias.
• Duas causas: 1. Isenção e 2. Anistia
Causas de Exclusão do Crédito Tributário
1. Isenção: ▫ Conceito:
1.1. Dispensa do pagamento do tributo devido (Rubens Gomes
de Souza);
1.2. Hipótese de não-incidência legalmente qualificada (José
Souto Maior Borges);
1.3. Regra de isenção anula um dos critérios da regra-matriz de
incidência (PBC).
• # de Imunidade – deriva de norma constitucional
(incompetência tributária)
• # Remissão – perdão do tributo.
Causas de Exclusão do Crédito Tributário
1. Isenção:
▫ Somente pode ser concedida pelo titular da
competência tributária: Artigo 151, III, da CF; Artigo 156, §3, III, da CF (isenção heterônoma)
• Pode ser concedida:
1. Por prazo determinado – irrevogável
2. Por prazo indeterminado – revogável por lei – Há
necessidade da observância da Anterioridade para a cobrança
do tributo novamente.
Causas de Exclusão do Crédito Tributário
2. Anistia:
▫ perdão da multa tributária (infração praticada)
• Somente pode ser concedida pelo titular da competência
tributária
• Abrange apenas as infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concede