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Súmula da Audiência Pública nº 02/2015. Documento produzindo com base na transcrição da gravação da Audiência nº 02/2015. Página 1 de 14 Súmula da segunda Audiência Pública sobre a revisão da Resolução ANP nº 33/2005 e Regulamento Técnico ANP nº 05/2005 que tratam das regras de aplicação dos recursos a que se refere à Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação dos contratos para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. 1. Ato: Aviso de Consulta Pública e de Audiência Pública nº 02/2015, publicado no Diário Oficial da União de 15 de janeiro de 2014. 2. Data, hora e local da realização: A Audiência Pública nº 02/2015 foi realizada em 04 de fevereiro de 2015, com início dos trabalhos às 14 horas 30 minutos, no auditório da ANP, situado à Avenida Rio Branco nº 65 / 13º andar – Centro – Rio de Janeiro – RJ. 3. Presentes: Mesa Presidente da Audiência e Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Dr. Elias Ramos de Souza Procuradora Federal Dra. Tatiana Motta Vieira Secretária da Audiência Dra. Luciana Maria Souza de Mesquita Demais Presentes Cerca de 200 pessoas registraram presença na Audiência, representando as seguintes instituições: Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo - ABESPetro, Associação Brasileira de P&D em Petróleo e Gás - ABPG, Alis Soluções em Engenharia e Sistemas S.A, Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas – ANPEI, Bain & Company, BG Brasil, Bio Bureau Biotecnologia, BNDES, Bureau Veritas, Centro ABS Brasil de Inovação e Pesquisa em Tecnologia Naval e Oceânica, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações – CPqD, CGG, Chevron, Concremat Engenharia & Tecnologia, Confederação Nacional da Indústria – CNI, COPPE/UFRJ, , DEEP BBL, Editora Abril, Embraer S.A., EMC, ESSS, FGV, FINEP, FIOCRUZ, Flexibras, Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia – FORTEC, FSB, Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – FBTS, Fundação COPPETEC, Fundação CPqD, Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – IBP, IPEA, GE – Centro Brasileiro de Pesquisas Ltda., GeoPark Brasil Exploração e Produção de Petróleo e Gás Ltda., Halliburton, Industry Technology Facilitator – ITF, INPEX Petróleo Santos Ltda., Instituto de Pesquisa Eldorado, Instituto Mauá de Tecnologia, Instituto Sintef do Brasil, Instituto Nacional de Tecnologia – INT, Invision Geofísica Ltda. , Marilda Rosado Advogados Associados, MH Wirth, OilEquip, OilFinder, Orbiz Desenvolvimento de Negócios e Projetos Internacionais, Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP, Parque Tecnológico da UFRJ, Petrogal Brasil S.A., Petróleo Brasileiro S.A.,

Súmula da segunda Audiência Pública sobre a revisão da ...€¦ · Súmula da Audiência Pública nº 02/2015. Documento produzindo com base na transcrição da gravação da

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Súmula da Audiência Pública nº 02/2015. Documento produzindo com base na transcrição da gravação da Audiência nº 02/2015. Página 1 de 14

Súmula da segunda Audiência Pública sobre a revisão da Resolução ANP nº 33/2005 e

Regulamento Técnico ANP nº 05/2005 que tratam das regras de aplicação dos

recursos a que se refere à Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação dos

contratos para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural.

1. Ato:

Aviso de Consulta Pública e de Audiência Pública nº 02/2015, publicado no Diário Oficial da União de 15 de janeiro de 2014.

2. Data, hora e local da realização:

A Audiência Pública nº 02/2015 foi realizada em 04 de fevereiro de 2015, com início dos trabalhos às 14 horas 30 minutos, no auditório da ANP, situado à Avenida Rio Branco nº 65 / 13º andar – Centro – Rio de Janeiro – RJ.

3. Presentes:

Mesa

Presidente da Audiência e Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico

Dr. Elias Ramos de Souza

Procuradora Federal Dra. Tatiana Motta Vieira

Secretária da Audiência Dra. Luciana Maria Souza de Mesquita

Demais Presentes

Cerca de 200 pessoas registraram presença na Audiência, representando as seguintes instituições: Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo - ABESPetro, Associação Brasileira de P&D em Petróleo e Gás - ABPG, Alis Soluções em Engenharia e Sistemas S.A, Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas – ANPEI, Bain & Company, BG Brasil, Bio Bureau Biotecnologia, BNDES, Bureau Veritas, Centro ABS Brasil de Inovação e Pesquisa em Tecnologia Naval e Oceânica, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações – CPqD, CGG, Chevron, Concremat Engenharia & Tecnologia, Confederação Nacional da Indústria – CNI, COPPE/UFRJ, , DEEP BBL, Editora Abril, Embraer S.A., EMC, ESSS, FGV, FINEP, FIOCRUZ, Flexibras, Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia – FORTEC, FSB, Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – FBTS, Fundação COPPETEC, Fundação CPqD, Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – IBP, IPEA, GE – Centro Brasileiro de Pesquisas Ltda., GeoPark Brasil Exploração e Produção de Petróleo e Gás Ltda., Halliburton, Industry Technology Facilitator – ITF, INPEX Petróleo Santos Ltda., Instituto de Pesquisa Eldorado, Instituto Mauá de Tecnologia, Instituto Sintef do Brasil, Instituto Nacional de Tecnologia – INT, Invision Geofísica Ltda. , Marilda Rosado Advogados Associados, MH Wirth, OilEquip, OilFinder, Orbiz Desenvolvimento de Negócios e Projetos Internacionais, Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP, Parque Tecnológico da UFRJ, Petrogal Brasil S.A., Petróleo Brasileiro S.A.,

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ProOil Consultoria Técnica e Representação Comercial Ltda., PUC RS, PUC-Rio, Queiroz Galvão Exploração e Produção, RBNA Consult, Repsol Sinopec Brasil S.A., Revista Brasil Energia, Saipem do Brasil, SEBRAE, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Energia e Serviços do Rio de Janeiro, SENAI CETEC, SENAI CIMATEC, Shell Brasil Petróleo Ltda., Sinochem Petróleo Brasil Ltda., Sistema FIRJAN, Sociedade Brasileira de Engenharia Naval – SOBENA, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, Stallivieri e Gusmão Gestão Tecnológica e Ambiental Ltda., Statoil Brasil, Tecgraf PUC Rio, Technip, Terratek Tecnologia Ltda., UENF, UERJ, UFF, UFPE, UFRGS, UFRJ, UFSC, UNESP, UNICAMP, USP, Vallourec. 4. Objetivos:

A proposta de revisão regulamentar busca atualizar e aperfeiçoar as regras de aplicação de recursos inerentes ao cumprimento da obrigação estabelecida na Cláusula de P,D&I, presente nos contratos para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. A Audiência Pública em referência foi realizada com o objetivo de dar conhecimento das alterações processadas pela ANP, no âmbito da Consulta e Audiência objeto do Aviso de Consulta e Audiência nº 10/2014, realizado no período de 30/06/2014 a 25/08/2014, de forma a obter subsídios e informações adicionais para o processo decisório da ANP relativo às minutas de Resolução e Regulamento, dando oportunidade aos interessados de apresentar seus pleitos, opiniões e sugestões, identificando os aspectos relevantes, conferindo, desta forma, publicidade, transparência e legitimidade às ações regulatórias praticadas pela ANP. Nas minutas submetidas à consulta e audiência, destaca-se a presença de disposições regulatórias de estimulo a interação entre instituições de pesquisa e empresas no desenvolvimento e implantação de novos produtos, processos e serviços, do estabelecimento de regras específicas destinadas à capacitação tecnológica de empresas brasileiras da cadeia de fornecedores do setor como forma de ampliar a capacidade de conteúdo nacional em bases competitivas, de disposições sobre propriedade intelectual, além da instituição do COMTEC, um Comitê Técnico Científico a ser implantado no âmbito da ANP com atribuições específicas de estabelecer diretrizes para aplicação de parte dos recursos. 5. Dos Fatos:

A Audiência foi aberta pelo Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Dr. Elias Ramos de Souza, às 14h 30min, que cumprimentou a todos, e fez referência ao ato como a continuidade do processo de revisão da Resolução ANP nº 33/2005 e do Regulamento Técnico ANP nº 05/2005, iniciado em 01 de julho de 2014, com a edição do Aviso de consulta e audiência pública nº 10/2014. Na seqüencia, foi dada a palavra a Dra. Luciana Mesquita para exposição dos principais aspectos objeto das minutas sob consulta, onde foi destacada a ênfase dada para inovação na nova regulamentação, por meio da inserção de disposições que ampliam a participação de empresas e a abordagem quanto às atividades de pesquisa e desenvolvimento. Foi ressaltado o estímulo a liderança tecnológica do país e ao desenvolvimento de conteúdo local intensivo

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em tecnologia, e a consolidação de regras no que diz respeito a despesas admitidas e procedimentos de fiscalização. A Secretária da Audiência destacou os principais pontos alterados após a etapa anterior: o ajuste processado na estrutura do regulamento técnico, que apresentou uma redução em seus capítulos e anexos; os ajustes nas disposições que tratam da propriedade intelectual que tiveram por premissa o estímulo a proteção com difusão do conhecimento; a ampliação das regras de estímulo a aplicação de recursos em projetos executados por empresas da cadeia com a ampliação da participação no que concerne ao porte; a incorporação dos programas de formação de recursos humanos no conceito estruturante; a redução do escopo das categorias de projetos e programas sujeitos a aprovação preliminar; a ampliação do percentual de recursos destinado a ressarcimento dos custos indiretos em projetos executados por instituições credenciadas; e a redefinição dos documentos a serem disponibilizados à ANP no âmbito da fiscalização da aplicação dos recursos. Sobre o COMTEC, foi ressaltado que sua atuação se dará por meio de um processo coordenado para definição de temas, áreas de conhecimento e atividades com vistas à aplicação de recursos em instituições credenciadas e empresas nacionais, sendo empregados meios para seleção de projetos via demanda induzida, por meio de chamadas públicas, ou encomenda na forma de projetos ou programas estruturantes, sem deixar de garantir a continuidade de aprovação de projetos que nasçam dentro de empresas petrolíferas na forma de demanda espontânea. Sobre o funcionamento do Comitê, a palestrante afirma que, conforme apresentado na minuta de resolução, o mesmo deve ser enxergando em três camadas: câmaras técnicas, composta de técnicos, pesquisadores de universidades, empresas e outros especialistas, com o objetivo de assessorar a tomada de decisão do comitê nas suas proposições; os representantes das empresas e da academia como demandante das tecnologias a serem desenvolvidas e potenciais provedores de soluções tecnológicas demandadas pelo setor; e a ANP atuando na coordenação, promovendo um ambiente institucional que favoreça a cooperação e a congregação dos esforços empreendidos pelos agentes para a geração de novas tecnologias para o setor. No que concerne a etapa de consulta prévia a audiência, Luciana mencionou que foram recebidos 27 formulários com sugestões e comentários, cujo conteúdo encontra-se disponível na página da ANP. A apresentação realizada encontra-se anexa a este documento. Concluída a exposição, o Presidente da Audiência retomou a palavra para estabelecer os critérios de apresentação e manifestação dos expositores inscritos previamente, no total de 17 (dezessete). Foi então passada a palavra ao primeiro inscrito, André Lima Cordeiro, Gerente Executivo do CENPES, representante da empresa Petróleo Brasileiro S.A. Andre Cordeiro iniciou sua exposição lamentando que as sugestões apresentadas na fase de consulta e audiência pública anterior não foram consideradas. Enfatizou que os recursos de investimento em P&D atrelados a Clausula são de natureza privada, cabendo as empresas com obrigação a definição da forma de aplicação. Foi destacado pelo representante da Petrobras como “uma distorção” as disposições estabelecidas para propriedade intelectual, manifestando a necessidade de manutenção da possibilidade de segredo do negócio de forma a preservar o caráter sigiloso das informações e assegurar o diferencial competitivo entre as empresas petrolíferas. Sobre as disposições presentes de estímulo a aplicação em empresas, segundo o representante da Petrobras, as parcerias entre empresas petrolíferas, instituições de ciência e tecnologia, fornecedores e fabricantes de equipamentos são comuns e desejáveis, no

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entanto, seria inviável para as empresas petrolíferas administrarem o investimento em PDI em micro e pequenas empresas que se situam na cadeia como sub-fornecedores. O expositor ponderou que as grandes empresas devem participar do investimento para gerar resultados e ir além de um indicador de números de patentes, e afirmou que de outra forma não há como promover e viabilizar a inovação, sugerindo, que nesse cenário, é fundamental ampliar a participação da indústria para execução de projetos de P,D&I usando os recursos da parcela externa da obrigação e sem restrições de porte para empresas. A não admissibilidade de despesas no desenvolvimento de protótipos e unidades piloto decorrentes de tecnologia estrangeira também foi apontado como questão a ser revista na minuta de Regulamento pelo gerente do CENPES. Também foi mencionado o fato de que todos os custos de suporte à gestão dos investimentos devem ser computados para o cumprimento da obrigação contratual. O expositor ressaltou ser um contra-senso que a ANP aceite os custos com despesas administrativas e até ampliando de 5% para 15% no caso de projetos com as ICT’s e não aceite os custos da mesma natureza das empresas de petróleo na gestão dos projetos. Andre revelou que estes custos hoje giram em torno de 3% ao ano, considerando o valor da obrigação. Por fim, o representante da Petrobras ponderou sobre os diversos prêmios que a empresa recebeu em reconhecimento ao seu papel na área de inovação tecnológica do setor, e que as questões por ele apontadas sejam consideradas pela ANP na versão final do regulamento. Concluída a manifestação do representante da Petrobras, passou-se a palavra ao próximo expositor, Marcelo Gattass, Diretor do Instituto Tecgraf da PUC-Rio. Marcelo Gattass iniciou sua manifestação afirmando que deve ser reconhecido o avanço entre a última minuta e a minuta atual. Ressaltou a questão da natureza dos recursos, apoiando a fala de André Cordeiro, e, na seqüencia, discorreu sobre questões relacionadas à dificuldade de manutenção das equipes nas instituições, e sobre a qualificação de empresas de base tecnológica. Sobre este último tema, o expositor deu destaque à necessidade de esclarecer no regulamento aspecto relacionado à identificação efetiva de uma empresa de base tecnológica, seu histórico, seus feitos, de modo a restringir, de forma clara a criação de

empresas de oportunidade face aos estímulos propostos na minuta. O representante da PUC-Rio finalizou sua fala com o pleito pela continuidade do modelo atual, enfatizando que, independente do modelo de gestão e do governo, deve ser preservado o papel de fiscalizador da ANP. Na seqüencia foi dada a palavra a Antônio Carlos Migliari Guimarães, Secretário Executivo do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - IBP. Em suas ponderações, o representante do IBP falou sobre o papel da instituição como fomentadora da atividade de petróleo no Brasil, relatando o lançamento de uma agenda estratégica cujo objetivo é trazer à discussão elementos que representariam uma diminuição de atratividade para atuação no setor no País. Foi neste contexto que o expositor começou a destacar tópicos relacionados às regras propostas. O primeiro a ser mencionado tratou do COMTEC, que segundo ele, deve ter um papel direcionador da estratégia nacional, sendo criticado o seu papel como um definidor de percentual de alocação dos investimentos e de projetos. O segundo tópico comentado pelo expositor diz respeito à propriedade intelectual, onde ressaltou que já existe lei específica e que disposições específicas sobre o tema em

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regulamento trazem insegurança jurídica, prejudicando a atratividade do setor. Por fim, Antônio Guimarães comentou sobre a questão da não previsão de recursos para gestão tecnológica por parte da empresa petrolífera com obrigação, e o fato de que existem muitas limitações para utilização dos recursos, parecendo haver um descasamento entre as regras previstas e as intenções, no que tange ao desenvolvimento de conteúdo local, tendo em vista que tais regras viriam a limitar os objetivos propostos. A apresentação do representante do IBP encontra-se anexa a este documento. Prosseguindo a Audiência, foi dada a palavra a Thiago Buzaglo Rodrigues, Gerente do escritório de P&D da Sinochem Petróleo Brasil Ltda. O expositor iniciou sua fala parabenizando o trabalho da SPD, destacando que a versão atual do regulamento é melhor do que a anterior, porém, ainda traz algumas inseguranças regulatórias. O primeiro ponto levantado pelo participante diz respeito à aplicação da nova regulamentação, sendo solicitado que a sua entrada em vigência leve em conta os prazos e períodos vigentes sob a regulamentação atual para aplicação dos recursos. Um segundo ponto considerado por Thiago foi a questão da gestão administrativa e o pleito para que os recursos da obrigação sejam considerados para aplicação neste tipo de despesa. Como terceiro ponto, o representante da Sinochem solicitou a adoção de um critério isonômico na aplicação das correções (IPCA ou SELIC) em caso de investimento à maior ou de não investimento. Por fim, foi ressaltada a questão do COMTEC como um fator de insegurança, que segundo Thiago, poderia implicar num cenário onde o operador teria que criar uma estrutura de gerenciamento para investir em projetos não alinhados a sua estratégia. Na seqüencia foi dada a palavra a Mauro Andrade, Vice-Presidente de Relações Institucionais da Statoil Brasil. Mauro Andrade parabenizou a ANP pelo trabalho realizado, ressaltando que houve avanços na nova redação da regulamentação. Enfatizou o consenso entre as concessionárias sobre os diversos pontos já abordados, e destacou três questões como principais. O COMTEC, que segundo suas palavras deve ter papel de orientação estratégica para o País, sem a determinação de linhas de pesquisa específicas. A questão da titularidade da propriedade intelectual, destacando sobre como se dá no caso da Noruega, onde, em muitos casos a Statoil tem o direito do primeiro uso da tecnologia desenvolvida além da propriedade intelectual. Ressaltou que com o tempo os parceiros no P&D se tornaram grandes empresas e tiveram a propriedade intelectual repassada pela Statoil e hoje a licenciam pelo mundo, inclusive no Brasil. Por fim, Mauro comentou sobre a questão do reconhecimento de despesas efetuadas pelas concessionárias no âmbito da gestão dos projetos. O próximo a se manifestar na Audiência foi Carlos Cassino da Allis Soluções em Engenharia e Sistemas, uma spinoff do Instituto TecGraf da PUC-Rio. Carlos Cassino abriu seus comentários agradecendo pela incorporação de sugestões encaminhadas no âmbito da primeira etapa de consulta e audiência públicas ocorridas. Sob o ponto de vista da Allis, o expositor sugere que custos administrativos operacionais indiretos sejam admitidos como despesas em projetos executados por empresas, considerando três razões. A primeira considera o fato de que a titularidade da propriedade intelectual não

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significaria direito de uso. Foi mencionado pelo expositor que em alguns instrumentos contratuais utilizados em projetos executados com recursos da Cláusula de P&D a titularidade é compartilhada entre a empresa petrolífera e o executor do projeto, mas à empresa petrolífera cabe o direito de veto sobre o licenciamento de tecnologia gerada. Este veto, segundo o expositor, compromete a comercialização e o lucro posterior da empresa e, por conseguinte o seu plano de negócios. A segunda razão seria o fato de que há um custo elevado na transformação do protótipo em produto. Como exemplo, foi citado o Congresso da ANPEI de 2014, onde foi apresentado um caso emblemático de uma empresa que adquiriu o direito de uso de uma tecnologia de uma universidade e entre a assinatura do contrato de licenciamento e o início da comercialização do produto se passaram sete anos, demonstrando que há um esforço muito grande na transformação do protótipo em um produto e que esse esforço deveria ser a considerado como a contrapartida da empresa. A terceira razão considera o fato de que apenas uma pequena parcela dos projetos leva a produtos de mercado. A PUC-Rio foi citada como exemplo. Carlos mencionou que nos últimos vinte anos foram geradas, aproximadamente, cem patentes. Que destas, não há uma sequer com contrato de licenciamento gerando recursos para a universidade, ou seja, o risco é muito alto. O expositor encerrou sua manifestação dizendo que neste cenário, entendendo que as empresas serão muito parcimoniosas em relação aos projetos só aceitando executar aqueles que tiverem grande probabilidade de sucesso comercial futuro, as empresas petrolíferas teriam dificuldade em contratar os 10% de recursos a serem obrigatoriamente investidos em empresas brasileiras. O sétimo expositor inscrito, Marcelo Carlos Lins Vertis, Subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Governo do Estado do Rio de Janeiro, iniciou sua manifestação solicitando que seja anexado ao processo carta do Secretário de Desenvolvimento Econômico e Secretário de Ciência Tecnologia, entregue ao Presidente da Audiência. Na seqüencia, Marcelo externou sua preocupação quanto a nova regulamentação e a possível insegurança no que tange ao ambiente de negócios, especialmente para o Estado do Rio de Janeiro, que é a unidade da federação que recebe o maior volume de recursos advindos da Cláusula de P&D. O Sub-secretário sugeriu que a discussão fosse ampliada de forma a avaliar todos os impactos envolvidos. O próximo a se manifestar foi Naldo Dantas, Secretário Executivo da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras – ANPEI. O representante da ANPEI foi breve em sua manifestação, externando sua preocupação com a atuação do COMTEC como mais um ator no sistema a contribuir para o aumento dos custos de transação, e seu papel na definição de projetos. A propriedade intelectual, o primeiro depósito no Brasil e a vedação ao segredo industrial também foram temas abordados pelo expositor como pontos de preocupação. Por fim, Naldo citou que o escalonamento e projetos piloto são um gargalo no Brasil, onde o que puder ser estabelecido em regulamentação para incentivar estas atividades será bem vindo. Na seqüencia seguiu-se a apresentação de Telmo Ghiorzi, Coordenador do GT de P&D da ABESPetro – Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo, que iniciou sua exposição corroborando com as colocações dos expositores que o antecederam.

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O representante da ABESPetro abordou a questão da propriedade intelectual e da vedação ao segredo industrial. Telmo considerou desnecessário tratar em regulamento estas questões por já haver lei específica sobre o assunto, enfatizando que a patente mede invenção, e que a invenção só se torna inovação quando, em decorrência de sua implantação, há efeito econômico. Sobre a vedação ao segredo, o representante da ABESPetro pondera que as empresas irão “fazer inovação fora do Brasil” e sugere que esta questão seja abordada entre as partes envolvidas na execução do projeto. Outro ponto mencionado recai sobre a interpretação do expositor quanto ao item 1.34 da minuta de regulamento que traz disposições quanto à vedação da subcontratação de empresa ou instituição para execução da mesma atividade em que outra empresa ou instituição figure como executora em plano de trabalho. Outro ponto também questionado em função da interpretação do representante da ABESPetro diz respeito ao item 5.10 que trata da vedação de alterações que resultem em modificação do objeto do projeto ou programa preliminarmente aprovado pela ANP. A apresentação do Sr. Telmo encontra-se anexa a este documento. Terminada a exposição do representante da ABESPetro, o Presidente da Audiência passou a palavra a João Mariano, Gerente de Tecnologia da Shell Brasil Petróleo Ltda. O representante da Shell iniciou sua exposição comentando sobre os pontos positivos da nova minuta, ressaltando que a legislação ficou mais esclarecedora, principalmente quanto ao aspecto de despesas admitidas e a forma como as informações devem ser apresentadas à ANP para efeito de acompanhamento do cumprimento da obrigação. Na seqüencia teceu considerações sobre o que considerou pontos críticos da regulamentação. O primeiro ponto considerado diz respeito ao COMTEC e a necessidade de que o mesmo tenha papel apenas orientador da aplicação dos recursos, sendo destacado que, na forma proposta, poderá representar um desestímulo às operadoras, além implicar em grande esforço de gestão por parte da ANP. A possibilidade de despesas com a gestão por parte das operadoras, o tratamento dado no regulamento quanto à responsabilidade solidária e a penalização decorrente, foram aspectos abordados por João Mariano. O representante da Shell teceu considerações sobre a questão da propriedade intelectual, ressaltando que o modelo atualmente vigente está funcionando bem, tendo em vista que para cada caso há uma negociação específica e que os percentuais previstos serão de difícil verificação por parte da ANP. Na sua fala final ressaltou que na forma proposta, dificilmente a Shell repetirá feitos já realizados, a exemplo da tecnologia de árvore de natal projetada no Brasil e utilizada pela empresa em vários países. Seguindo a lista de inscritos para manifestação o próximo a ter a palavra foi o Paulo Macedo, Vice Presidente de Relações Políticas e Corporativas da BG E&P Ltda. O expositor iniciou sua manifestação reconhecendo o esforço da ANP no atendimento as observações e sugestões encaminhadas quando da etapa anterior, com avanços em relação a pontos que geravam alguma insegurança jurídica, e acreditando que melhorias ainda podem ser alcançadas com um pouco de boa vontade de ambos os lados. Na seqüencia, o representante da BG ponderou sobre três questões. A primeira considera a necessidade de maior clareza quanto à atuação do COMTEC e suas câmaras técnicas no que diz respeito à definição de estratégias para o investimento dos recursos. Paulo manifestou apoio da BG à sugestão dada pela SEAE de apresentação de análise de impacto regulatório pela ANP sobre

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esta questão. A segunda questão abordada diz respeito ao reconhecimento de despesas com a gestão da aplicação dos recursos por parte das operadoras. Como terceiro ponto, o representante da BG teceu considerações no tocante a interpretação de que haveria uma limitação a nacionalização de tecnologia nas diretrizes apresentadas na minuta de regulamento. Paulo Macedo encerrou sua manifestação na Audiência sugerindo que as disposições previstas na minuta no que concerne à propriedade intelectual sejam eliminadas do texto e que seja considerado o previsto na Lei de Inovação. O próximo manifestante foi Eliane Borges, Analista Técnica e Coordenadora da Carteira de Petróleo, Gás e Energia do SEBRAE. Eliane reiterou as contribuições do SEBRAE quanto a necessidade de tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas, com base no art. nº 179 da Constituição, que dispõe que deve haver um tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas, bem como na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que dispõe que órgãos públicos devem mencionar em seus dispositivos como se dá esse tratamento diferenciado. Recordando sua manifestação na Audiência anterior, a representante do SEBRAE ressaltou a experiência da instituição em convênios com a Petrobras, há dez anos, onde se trabalha com estratégias para inserir pequenas empresas no processo de inovação da cadeia de petróleo e gás, a partir de demandas tecnológicas sinalizadas por unidades da Petrobras. Baseado nesta experiência, afirma ser possível sim colocar no mercado demandas desenvolvidas por pequenas empresas nacionais. Foi destacado pela manifestante que as demandas devem vir das grandes empresas, sendo identificadas as demandas que podem ser desenvolvidas e colocadas no mercado por pequenas empresas. Outros pontos colocados por Eliane consideraram a importância das despesas com gestão e a inclusão de despesas com transferência, aquisição e absorção de tecnologia, como fator de aceleração no processo de inovação. Pela ordem de inscrição, Luis Pinguelli Rosa, Diretor da COPPE/UFRJ, foi o próximo a se manifestar. No tocante ao tema objeto da Audiência, o professor Pinguelli foi conciso em sua manifestação, reconhecendo que houve um avanço em relação à minuta anterior, particularmente, no que diz respeito aos gastos indivisíveis ligados à gestão em instituições credenciadas. Sobre o Comitê foi ressaltado que sua composição deveria ser discutida de forma a comportar maior representatividade de empresas, demais órgãos envolvidos, institutos e universidades. Por fim, a questão da flexibilidade no tocante a propriedade intelectual foi mencionada, sendo ressaltado que um projeto tecnológico não deve ser reduzido a uma patente a sim a algo a acontecer além dela, como um protótipo ou um produto. João Adauto, Professor Associado vinculado ao PRH 26 da UFPE foi o próximo a se manifestar. O professor João Adauto se apresentou como representante do Comitê dos Programas PRH-ANP/MCT, ressaltando a grande abrangência do programa. Os pontos destacados pelo manifestante em sua apresentação de PowerPoint versaram sobre despesas admitidas, especificamente aquelas dispostas nos itens 4.9, 4.10 e 4.11 da minuta de regulamento, que tratam de despesas admitidas em Instituições credenciadas. O conteúdo da apresentação com as sugestões proferidas encontra-se anexo a este documento.

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João Emílio Gonçalves, Gerente Executivo de Política Industrial da CNI foi o próximo a se manifestar. João Emílio iniciou sua fala parabenizando a iniciativa da ANP, enaltecendo que mesmo em início de ano foi dada continuidade ao processo com o estabelecimento de nova etapa de consulta e audiência públicas em busca do aperfeiçoamento das novas regras. O representante da CNI ressaltou que os recursos da Cláusula ganham importância na medida em que, pela tendência dos próximos anos, será uma das principais fontes de financiamento à pesquisa, desenvolvimento e inovação do setor. Com base no princípio mencionado no item 1.27 da minuta de regulamento, João ponderou que se deve buscar a criação de um ecossistema que estimule e induza, mais do que obrigue, a inovação, e que favoreça o relacionamento livre entre os diversos atores da cadeia para produzir a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação necessária para enfrentar os desafios tecnológicos das operadoras. Tentar usar a regulação para fazer uma espécie de encomenda tecnológica privada. Sob este aspecto, o expositor considera que o COMTEC deve ter uma visão mais estratégica e menos operacional. Segundo as palavras do representante da CNI, a idéia é que o desafio tecnológico defina os atores que vão participar das atividades de P,D&I. Cada desafio é particular a empresa - aumentar a sua produtividade, aumentar a eficiência da sua exploração, isto definirá as competências específicas, dominadas por empresas específicas ou ICT’s, de diferentes portes, localizadas em lugares distintos. Sobre a questão da propriedade intelectual, no entender do manifestante, as disposições propostas limitariam o que pode ser realizado, ou seja, se estaria definindo que algumas tecnologias não vão ser desenvolvidas no Brasil. Por fim, João Emílio sugeriu a possibilidade de a Agência liderar um processo de reuniões ou grupos de trabalho sobre temas específicos, definindo um prazo para que cada ator coloque o seu posicionamento. Foi também ressaltada a importância do envolvimento do BNDES e FINEP como forma de integração de instrumentos.

O professor Fernando Morais do Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo – LENEP da UENF foi o próximo a se manifestar, conforme ordem de inscrição prévia. O professor Fernando iniciou sua apresentação mencionando sua atuação na UENF como professor, coordenador de Grupos de Pesquisa e coordenador de Programa de Formação de Recursos Humanos, além de fundador de uma empresa spinoff, a Invision. Sobre a estrutura do documento ressalta que está muito boa. No entanto aponta equívocos conceituais que contradizem os princípios dispostos. No entender do manifestante há restrição a contratação de serviços tecnológicos por parte do concessionário, o que é previsto na regulamentação atual. Segundo Fernando há um excesso de burocracia no que tange a limitação de despesas qualificadas e há um equívoco quanto ao direcionamento da aplicação de despesas por parte do COMTEC. Por fim, como sugestões, o professor enfatiza que o conceito de despesas qualificadas deve ser ampliado, como proposto anteriormente por vários manifestantes, considerando que sejam aquelas necessárias a execução de determinado projeto com exclusões para casos extremos e que a atuação do COMTEC seja no sentido de avaliar e definir metodologias para mensurar a produção tecnológica, e de estimular, de propor áreas e projetos para investimento. A apresentação em PowerPoint do manifestante encontra-se anexa a este documento. Terminada a manifestação do professor Fernando Moraes, foi passada a palavra a Alberto Machado, Diretor Executivo de Petróleo, Gás Natural e Petroquímica da Associação Brasileira

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da Indústria de Máquinas e Equipamentos – ABIMAQ, último manifestante com inscrição prévia. Como representante as ABIMAQ, Alberto Machado iniciou sua fala mencionando que a associação, que representa 6.800 fabricantes, considera os recursos da Cláusula importantes para o desenvolvimento tecnológico do setor no País. O manifestante ressalta que a regulamentação proposta não contempla os anseios da indústria, pois traz uma série de conceitos que, no entender da Associação, são inadequados e de grande complexidade burocrática, vindo a prejudicar o timing decisório. O representante da ABIMAQ questiona a representatividade da sociedade no que tange a composição proposta para o COMTEC. Que, embora desnecessário sob sua ótica, em existindo, deve representar a sociedade envolvida, sendo desejável, também, ser revista a sua atribuição, considerada inadequada aos objetivos da indústria. Outra questão abordada diz respeito a limitações ao investimento para fins de ampliação do conteúdo local, especificamente, ao uso do recurso para nacionalização de tecnologia estrangeira. Foi apontado pelo manifestante que a ação coordenada pela Diretoria-geral da ANP relativa à reconstrução da Engenharia Básica nacional não está, de certa forma, estabelecido na nova regulamentação. Alberto Machado encerrou sua manifestação considerando como imprescindível a liberdade de atuação e negociação entre as concessionárias, seus parceiros e colaboradores, de tal forma que estes tenham viabilizada a sua participação no projeto e que a ANP participe apenas como uma avaliadora quanto a pontos conflitantes com a legislação em vigor. Na seqüencia, o presidente da Audiência agradeceu a participação de todos os inscritos previamente, e relacionou os próximos manifestantes: Cristina Quintella da FORTEC, Helena Nader da SBPC e Tathiany Moreira da ANP. Cristina Quintella, Presidente da Associação Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia – FORTEC iniciou sua fala mencionando que o FORTEC é uma associação que congrega os gestores de Núcleo de Inovação Tecnológica criados pela Lei de Inovação, do qual fazem parte cerca de 280 instituições de ciência e tecnologia, 10 empresas e 40 pessoas físicas. No tocante a propriedade intelectual, Cristina Quintella ressaltou que qualquer apropriação de transferência de tecnologia envolvendo ICT’s passa pelos núcleos de inovação tecnológica e que a Lei de Inovação não é suficiente, fato que, em 8 de agosto de 2007 – sete anos atrás – foi fechado o acordo Andifes-Petrobras no âmbito dos contratos de pesquisa e desenvolvimento. Sobre patentes, registros de softwares, desenhos industriais, existentes no Brasil, oriundos dos recursos de P&D utilizados pelas operadoras, a manifestante ressalta desconhecer os números, mas que ouve dos seus associados que este número tende a zero. A manifestante relatou que, de acordo com os contratos existentes entre as ICT’s e a Petrobras, não se sabe se a tecnologia desenvolvida está sendo utilizada ou não. Cristina ressalta que os produtores de conhecimento estão na academia, 75% dos desenvolvedores de tecnologia estão na academia. Durante sua fala, Cristina Quintella parabenizou a ANP pelas disposições sobre a temática, enfatizando que as empresas presentes parecem esquecer que os recursos são divididos para aplicação interna e em instituições credenciadas, pleiteando regras iguais para ambos os casos. Sobre o Comitê, sugere que a composição seja revista com o aumento de participantes externos à ANP. No que concerne a empresas, enfatizou que as de menor porte devem ter tratamento privilegiado.

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A seguir, foi concedida palavra a Helena Nader, Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC. Helena Nader iniciou seus comentários agradecendo a ANP por ter aberto o debate para toda a sociedade brasileira, e que, pelo número de reuniões que aconteceram e os documentos apresentados, percebe-se um nítido amadurecimento da sociedade e das propostas. A representante da SBPC, sociedade científica brasileira que representa mais de 130 associados, se diz satisfeita ao ver que de forma clara, o regulamento expressa que o investimento deve ser realizado no País. No que tange a aplicação dos recursos, Helena enfatizou que o Estado brasileiro tem o direito de opinar sobre como pode ser utilizado, visto que há uma concessão para perfurar e produzir, e o que se deseja é que haja retorno para ciência brasileira. Sobre o Comitê, Helena ressalta que o mesmo deva ter um caráter mais teórico, direcionador, sem apontar para onde deve ir o recurso. Ainda sobre o COMTEC, argumentou que não está claro como se dará a representação de seus membros, principalmente as instituições credenciadas, podendo ser um indivíduo, uma ICT ou mesmo uma sociedade civil, havendo, portanto, a necessidade de deixar esta questão mais clara. Terminada a exposição da representante da SBPC foi concedida a palavra a Tathiany Moreira, Superintendente Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da ANP, que foi breve em sua manifestação, esclarecendo sobre a questão abordada pela Secretaria de Acompanhamento Econômico, objeto de comentário de alguns dos manifestantes da Audiência. Tathiany mencionou que essa Secretaria encaminhou à ANP dois pareceres analíticos com contribuições às minutas de resolução e de regulamento nos quais, dentre outras recomendações, sugere que a ANP faça uma análise de impacto regulatório sobre a nova norma. Sobre a questão, a representante da ANP comentou que está sendo finalizada uma nota técnica para a Secretaria justificando o porquê da não análise de impacto regulatório, embora seja reconhecido que essas análises são úteis em muitos casos e, muitas vezes, se justificam, porém não há uma condição necessária para novas normas. Ressaltou que não existe uma normatização pelo Ministério nem pela Casa Civil, ou mesmo pela ANP, que defina o escopo que deva ser adotado para essas análises, em quais casos deve ser feita, em quais casos é dispensada. A superintendente adjunta enfatizou que a motivação para as mudanças na regra vem de quase dez anos de experiência, sendo fruto de muita discussão, e da experiência de trabalho da equipe técnica ao longo dos últimos anos. Tathiany encerrou, mencionando que será esclarecido o porquê da não adoção da análise de impacto regulatório no caso em questão. O presidente da audiência passou a palavra à Dra. Tatiana Mota, Subprocuradora-Geral de Exploração e Produção da Procuradoria Federal junto à ANP. A procuradora foi breve em sua manifestação colocando que, após a análise de todas as contribuições e sugestões feitas à ANP, o processo vai para a Procuradoria Federal junto à ANP para análise das questões jurídicas. Tatiana enfatizou que as questões jurídicas serão avaliadas com o devido cuidado e que as questões eminentemente técnicas, e que não fazem parte da competência da procuradoria, deverão estar devidamente motivadas pela SPD.

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Terminadas as colocações da Dra. Tatiana Mota, o presidente da Audiência, Dr. Elias Ramos de Souza, Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da ANP, retomou a palavra para as considerações finais de encerramento. Em sua explanação de encerramento, Elias iniciou sua fala dizendo que tudo o que foi apresentado na Audiência assim como o que foi encaminhado por escrito será devidamente analisado tecnicamente pela ANP, e que estava satisfeito com o processo que envolveu discussões em vários fóruns da sociedade científica, entre elas, a COPPE-UFRJ, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, Academia Brasileira de Ciência – ABC, UFRGS, UFBA, entre outros. Elias ressaltou que a temática objeto da Audiência é bastante complexa, e que por anos poderíamos discuti-la sem chegar a uma posição de consenso em função da diversidade de opiniões, o que é salutar. Elias destacou que a nova minuta absorveu muitas sugestões encaminhadas por muitos dos representantes presentes. O Superintende transmitiu aos participantes a posição do presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições de Ensino Superior - ANDIFES, professor Targino de Araújo Filho, que lamentou não poder estar presente em virtude de a data coincidir com reunião plenária em Brasília, tendo declarado que a Associação se sente bastante contemplada pela nova minuta apresentada pela ANP. Outro ponto destacado pelo Superintendente, segundo suas palavras, trata de um objetivo comum. À medida que se instituiu uma obrigação de investimentos em P,D&I em contrato, isto é uma obrigação a ser cumprida pelas empresas em uma atividade que é de concessão de um bem que é da União, é preciso que o Poder Público zele pela orientação da boa aplicação desses recursos. Sob esta ótica, Elias ressaltou que uma boa orientação da aplicação dos recursos passa, em primeiro lugar, pelo objetivo do desenvolvimento de tecnologias brasileiras, contemplando sim uma diversidade de formas de se fazer pesquisa, desde que, resulte em apropriação de conhecimento, em capacitação tecnológica do País. Neste contexto afirmou que transferência de tecnologia é permitida pelas regras propostas, lembrou que esta transferência deve ser diferente de compra de tecnologia, ressaltando que deve haver transferência de conhecimento para o Brasil, sendo internalizado em algum momento do processo. Sobre o fato de ter que iniciar a pesquisa no Brasil do zero, Elias citou que é necessário atuar buscando encontrar soluções no curto prazo e no médio-longo prazo. Que a ANP ao conduzir a discussão na linha proposta apresenta esse aspecto como uma preocupação básica e que manter a universidade no processo é fundamental considerando uma expectativa de médio-longo prazo. O presidente da Audiência destacou que a universidade não é o principal instrumento para responder às necessidades de curto-curtíssimo prazo, da qual ela pode participar, mas que o principal instrumento é a empresa. Sobre esta questão em específico, ressaltou que uma grande reivindicação que existia e que foi contemplada na nova minuta, foi a ampliação da aplicação dos recursos em empresas. O superintendente ponderou que a vertente de inovação nessa regulamentação é muito forte, com destaque para empresas de base tecnológica, o que não ocorre com a regulamentação vigente. Enfatizou que propostas no sentido de remover a possibilidade de aplicação dos recursos em universidades não serão acatadas. Que é papel da ANP enquanto órgão do poder público proteger uma fatia da sociedade que tem um papel muito importante no processo. Segundo o Superintendente 80% dos pesquisadores no Brasil estão nas universidades, e que devemos tirar a devida conseqüência disso, com a Agência atuando em prol do equilíbrio.

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No que concerne a questão do segredo industrial, Elias afirmou que o segredo industrial é respeitado como estratégia. No entanto, enquanto política pública não caberia porque segredo industrial pode até elevar a competitividade de um ou de outro, mas não coletiviza o conhecimento, pelo contrário, ele quebra o fluxo do conhecimento, e que em função disto surgiu o sistema de patentes, como uma forma de divulgar, mas, ao mesmo tempo, dando uma vantagem competitiva a quem fez a descoberta tecnológica. Elias ponderou que a minuta proposta não estimula o segredo industrial, porém, as possibilidades de sigilo, estão garantidas na medida em que se respeitou o sigilo durante o desenvolvimento do projeto. Se for um projeto de dois anos, tem cinco de sigilo, se for de cinco, tem oito de sigilo. Segundo Elias é difícil ter uma tecnologia que se sustente, hoje, oito anos. Sobre o fato de que quem quer praticar segredo industrial stricto sensu, não o vai com o recurso da Clausula. O Superintendente afirmou ter presenciado em muitas palestras proferidas por representantes do CENPES/Petrobras que só existem duas áreas de segredo para instituição, uma delas é a área de exploração e a outra é a área de formulação de combustíveis, e que para ambas não entrariam recursos da Cláusula. Elias ressaltou que temos um sistema com uma complexidade muito grande e que a ANP, enquanto representante do poder público, vai precisar arbitrar, no sentido de encontrar um caminho que leve ao que é o fim maior, que é utilizar os recursos para favorecer o desenvolvimento do País. O presidente encerrou a Audiência Pública agradecendo, mais uma vez, a presença e a participação de todos os presentes.

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2015.

Luciana Maria Souza de Mesquita Secretária da Audiência Pública

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ANEXO Impresso das apresentações realizadas

26/02/2015

1

AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 02/2015REVISÃO DA RESOLUÇÃO ANP Nº 33/2005 E

REGULAMENTO ANP Nº 05/2005, QUE TRATAM DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM P,D&I

Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento

Tecnológico – SPD/ANP

Objetivos da Audiência

� Dar conhecimento das alterações processadas pela ANP, noâmbito da Consulta e Audiência Públicas nº 10/2014 realizadas noperíodo de 30/06/2014 a 25/08/2014.

� Obter subsídios e informações adicionais sobre a revisão daregulamentação em referência.

� Propiciar aos agentes econômicos e aos demais interessadosa possibilidade de encaminhamento de opiniões e sugestões.

� Identificar, da forma mais ampla possível, todos os aspectosrelevantes à matéria objeto da audiência pública.

� Dar publicidade, transparência e legitimidade às ações da ANP.

Revisão das RegrasPrincipais pontos

� Ênfase na Inovação por meio da inserção de empresas ede atividades de P,D&I mais abrangentes;

� Estímulo à liderança tecnológica do país e aodesenvolvimento de CL intensivo em tecnologia;

� Ampliação da atuação do Estado na definição da agendade investimentos em P,D&I estabelecido na Cláusula;

� Consolidação de regras no que diz respeito a despesasadmitidas e procedimentos de fiscalização.

� Ajustes na estrutura de apresentação do Regulamento: oito capítulos e dois anexos � setecapítulos e um anexo.

� Ajustes nas regras de propriedade intelectual.

� Ampliação das regras de estímulo ao investimento em empresas da cadeia, com ampliaçãoda participação no que diz respeito ao porte.

� Projetos Estruturantes.

� Aprovação preliminar: redução do escopo de projetos e programas sujeitos a aprovação.

� Instituições credenciadas: ampliação do % destinado a despesas com ressarcimento decustos indiretos: 5% �15%.

� Processo de fiscalização: redefinidos os documentos a serem disponibilizadas à ANP ereformulados os itens que tratam do processo de verificação anual do cumprimento daobrigação.

� COMTEC

Minutas objeto desta Audiência Destaques

26/02/2015

2

Consulta PúblicaPeríodo de 16/01 a 26/01/2015

� 27 Formulários com Sugestões/Comentários:

ABESPetro, Alis Soluções em Engenharia e Sistemas, CEPETRO/UNICAMP, Comitê de

Coordenadores do PRH-ANP/MCTI, COPPE/UFRJ, Comitê de Petróleo e Gás da FIESC, FINEP,

FUNCAMP, Governo do Estado do RJ, IBP, ITF – Industry Technology Facilitator, Marilda Rosado

Advogados, Oilfinder, ONIP, Parnaíba Gás Natural, Petrogal, PUC-Rio, Schlumberger, Sebrae, UFC,

UNESP, UNISINOS.

� Nº de Inscritos para a Audiência dentro do prazo estabelecido: 153

� Nº Inscritos para exposição durante a Audiência: 23

Consulta PúblicaSugestões e Comentários Enviados

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP

Av. Rio Branco, 65 – Centro – Rio de Janeiro – Brasil

www.anp.gov.br

OBRIGADA

� Direitos de PI assegurados a quem produz o conhecimento:

� Instituição Credenciada ou Empresa Brasileira executora das atividades de P,D&I� pelo menos 80% da titularidade nos casos em que a Empresa Petrolífera nãoseja co-executora.

� Instituição Credenciada ou Empresa Brasileira executora das atividades de P,D&I� pelo menos 50% da titularidade nos casos em que a Empresa Petrolífera sejaco-executora.

� Empresa Petrolífera que não figure como co-executora de projeto ou programa �

até 20% da titularidade a título de compensação pela formulação da demandatecnológica, repasse de recursos e atividades de acompanhamento e gestãopor ela realizadas.

� Participação dos inventores nos ganhos econômicos da ICT.

� Realização do primeiro depósito de patente no Brasil (INPI).

Propriedade IntelectualEstímulo a proteção e a difusão do conhecimento

26/02/2015

3

Ampliação do Estímulo às Empresas

DOS RECURSOS PREVISTOS PARA APLICAÇÃO EM INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS:

� Até 20% poderão ser aplicados diretamente em empresa de base

tecnológica, incubada ou não, de até médio-grande porte;

� Para contratos anteriores a rodada 11:

� Possibilidade de ampliação do percentual para até 40% desde que

pelo menos 20% dos recursos previstos para investimento “interno”

sejam destinados a empresas de até médio-grande porte.

DOS RECURSOS PREVISTOS PARA APLICAÇÃO EM EMPRESAS ATÉ MÉDIO-GRANDE PORTE

� Introdução do conceito de Empresa Âncora:

A Empresa de grande porte poderá ser incluída em projeto ou programa

cujo objetivo seja a capacitação de uma ou mais empresas de menor

porte como suas fornecedoras ou subfornecedoras.

mínimo 50%ICT credenciada

até 50% EP, Empresa qq

porte ou ICT credenciada

mínimo 50%ICT credenciada

mínimo 10%Fornecedores

até MGE ou GE (âncora)

Obrigatório

até 40%EP, Empresa qq

porte ou ICT credenciada

Distribuição dos Recursos

mínimo 50%

ICT's

Credenciadas

até 20 %

EBT até MGE

em

colaboração

Opcional

mínimo 10%

Fornecedores

até MGE ou GE

(âncora)

Obrigatório

até 40%

EP, Empresa qq

porte ou ICT's

credenciadas

mínimo 50 %

ICT's

credenciadas

até 20% EBT

até MGE

(colaboração)

Opcional

até 20%

EBT até MGE

(colaboração)

Opcional

até 20%

Fornecedores

até MGE ou GE

(âncora)

Opcional

até 50%

EP, Empresa qq

porte ou ICT's

credenciadas

Contratos até a 10ª Rodada

Contratos a partir da

11ª Rodada e Partilha

Aplicação dos RecursosProjetos/Programas Estruturantes

� Projeto ou programa que crie competência nova ou consolide competênciaemergente para o sistema de ciência, tecnologia e inovação do setor.

� Aprovação da Diretoria Colegiada.

� Programas específicos de formação de recursos humanos.

� Projetos de estudo de bacias sedimentares de nova fronteira que envolva aatividade de perfuração de poços estratigráficos.

� Atividades de P,D&I executadas no âmbito de ações de Entidades Públicasde Fomento: Repasse de Recursos � Reconhecimento do MontanteInvestido

Presidente

Diretor Geral da ANP

3 servidores da ANP e suplentes

(contemplando diferentes áreas

técnicas)

1 representante de empresa

petrolíferas e suplente

1 representante de empresas fornecedoras brasileiras e

suplente

1 representante de instituições credenciadas e

suplente

Secretário Executivo Superintendente da SPD

Estrutura do Comitê Técnico-CientíficoCOMTEC

26/02/2015

4

Estabelecer um processo coordenado para definição de temas, áreas de conhecimento e atividades com vistas à aplicação de recursos em

Instituições credenciadas e Empresas nacionais

Seleção de projetos através de demandas induzidas formuladas por meio de chamadas públicas ou encomenda na forma de

projeto ou programa estruturante

Dar continuidade à aprovação de projetos encaminhados diretamente pelas Empresas petrolíferas na forma de demandas espontânea

Atuação do COMTECEm consonância com o estabelecido em Regulamento

Funcionamento do COMTEC

CÂMARAS TÉCNICAS

Representantes Empresariais e

Academia

Coordenação da ANP

Técnicos e pesquisadores de universidades e empresas -

Assessoramento à tomada de decisão do Comitê e proposição

e análise de projetos e programas de P,D&I

Demandantes das tecnologias a serem desenvolvidas /

Potenciais provedores de soluções tecnológicas

demandadas pelo setor

Promotor de um ambiente institucional que favoreça a

cooperação e a congregação dos esforços empreendidos pelos

diferentes agentes, de forma mais efetivas para a geração de

novas tecnologias para o setor

26/02/2015

1

Audiência Pública n°02/2015

REVISÃO DO REGULAMENTO DA CLÁUSULA DE INVESTIMENTOS EM P,D&I

CONSIDERAÇÕES DO IBP

04 de fevereiro de 2015Ver FINAL

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

1. COMTEC

2. PI

3. Conceito de P&D mais amplo que inclua todo o ciclo de vida do

projeto

4. Prazo de adaptação da indústria às novas regras (Item 6.11 –

Regulamento)/ Retroatividade da aplicação da regra (Item 7.4 –

Regulamento) / Regras e documentos que ainda serão escritos e que

julgamos ser necessário a Consulta Pública

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

5. Limitações para investimentos em inovação que possibilitam a

ampliação do Conteúdo Local: restrições quanto segmentos, porte e

percentual de investimento direto na indústria

6. Limitações à nacionalização de tecnologia

7. Responsabilidade solidária (aplicação de multas)

8. Aplicação desproporcional SELIC X IPCA

1. Composição e atuação do Comitê Técnico-Científico - COMTEC (Art.

3° ao 11°, Resolução)

� O Comitê deve ter o foco em direcionamento estratégico, tendo todo o apoio do setor

nesta atuação, contudo, o art. 9º da Resolução contradiz tal entendimento. A disposição

não pode levar à Insegurança Jurídica.

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

26/02/2015

2

2. Propriedade intelectual. (Item 1.47 a 1.57, Regulamento)

� Titularidade da patente.

� Obrigatoriedadeda 1º patente no país

� Estratégia da empresas

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

3.Conceito de P,D&I mais amplo que inclua todo o ciclo de vida do

projeto (Item 1.10, Regulamento)

� Entendemos que o conceito Investigação científica ou tecnológica com início e final

definidos, fundamentada em objetivos específicos e procedimentos adequados,

empregando recursos humanos, materiais e financeiros, visando à obtenção de

resultados de causa e efeito ou colocação de fatos novos em evidência. Os Projetos de

Pesquisa e Desenvolvimento compreendem as atividades de definição de escopo,

objetivos e justificativas; levantamento bibliográfico e do estado da arte;

identificação de principais pesquisadores, especialistas e instituições relevantes no

assunto; proposição de premissas, hipóteses a serem validadas e métodos de

pesquisa; acompanhamento, avaliação de resultados e definição do escopo de

pesquisa futuro com base nos resultados obtidos.

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

4. Prazo de adaptação da indústria às novas regras (Item 6.11,Regulamento)/

Retroatividade da aplicação da regra (Item 7.4, Regulamento) / Regras e

documentos que ainda serão escritos e que julgamos ser necessário a Consulta

Pública (Item 4.18 e 7.9, Regulamento)

� As empresas petrolíferas devem ter prazo adequado para atenderem as novas demandas

impostas pela revisão do Regulamento.

� Para os limites do poder regulamentar da ANP, é clara a conclusão de que tal competência

deve ser exercida observando-se a proteção ao ato jurídico perfeito, o que se aperfeiçoa na

vedação da retroatividade de qualquer diploma com caráter normativo abstrato.

� As informações que serão requeridas pela ANP devem ser de prévio conhecimento das

empresas petrolíferas. Desta forma, qualquer diretriz adicional deverá ser objeto de nova

consulta pública (novas regras ou manuais).

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

5. Limitações para investimentos em inovação que possibilitam a

ampliação do Conteúdo Local: restrições quanto segmentos, porte e

percentual de investimento direto na indústria (Item 2.7 ao 2.19,

Regulamento)� Entendemos que o objetivo de conferir tratamento privilegiado às micro, pequenas e

médias empresas já será suficientemente alcançado, por intermédio das iniciativasprevistas nos itens 3.6 a 3.8 e na proposta de Programa ou Projeto de Fomento àInovação nas EBT.

� Na medida em que a participação de grandes empresas, com tamanho, know-how ecapacidade tecnológica e de fabricação adequadas, é fundamental para superar osdesafios tecnológicos inerentes à exploração e produção de petróleo e gás no País, acriação de uma cota mínima de investimento em empresas de pequeno porte nãoparece ser adequada à realização do objetivo preconizado pela lei de promover odesenvolvimentocientífico e tecnológico da indústria.

� O modelo existente, que privilegia o investimento mandatório em instituiçõescredenciadas, não se demonstrou eficiente para a promoção da inovação e dodesenvolvimentoda indústria local.

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

26/02/2015

3

6. Limitações à nacionalização de tecnologia. (Item 2.12 a 2.15,

Regulamento)

� Tendo Desenvolver a tecnologia nacional a partir das tecnologias já existentes.

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

7.Responsabilidade solidária / aplicação de multas (Item 2.4 e 2.6,

Regulamento)

� O art. 235 do Código Civil brasileiro diz que a responsabilidade solidária não pode ser

presumida, e ocorre apenas nos casos em que tenha havido previsão legal ou

disposição contratual a torná-la cabível.

� O regulamento não pode criar hipótese de responsabilização solidária à mingua de

prévio cabimento legal ou de composição contratual entre as pessoas jurídicas afetadas

pelo dispositivo em comento.

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

8. Aplicação desproporcional SELIC X IPCA (Itens 2.22, 2.25 e 2.27,

Regulamento)� Não nos parece justa a correção do SRN pela SELIC, enquanto que a correção do SCC é feita

pelo IPCA-E. Em se tratando do mesmo recurso, deve ser adotado o mesmo índice para

corrigir saldos positivos e negativos.

• SRN - Saldo de Recursos Não Aplicados

• SCR - Saldo Credor a Compensar

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

9. Uso de receitas das aplicações financeiras (itens 2.36 e 2.37,

Regulamento)� Estando garantidas as despesas previstas num contrato privado voltado para atividades de P,D&I,

não parece ser medida razoável, proporcional ou eficiente criar uma demanda artificial para os

recursos excedentes advindos de uma aplicação financeira, o que ocorreria se eles tivessem que

ser obrigatoriamente investidos em despesas correlatas. Contudo, considerando que as relações

contratuais ligadas a temas tecnológicos são sujeitas a certa imprevisibilidade, é razoável que a

aplicação dessa receita seja uma faculdade, a critério das EP, e em tal caso elas devem compor o

montante efetivamente investido para os fins desse regulamento, do mesmo modo que o

montanteprincipal que gerou o rendimento.

Principais tópicos abordados pela proposta IBP

26/02/2015

4

Recomendações

� Necessidade de realização de Workshop com ANP para esclarecimentos

de pontos do Regulamento, para garantir a correta interpretação e

aplicação do mesmo;

� O grande desafio do processo de discussão e aprovação do novo

regulamento é que vários dos novos conceitos, obrigações, processos e

procedimentos necessitam aprofundamento das discussões e

amadurecimentos dos conceitos. Muitos destes trazem grande

preocupação, pois alteram de modo significativo provisões do atual

regulamento.

Antonio Carlos Migliari Guimarães

Secretário Executivo de E&P

antonio.guimarã[email protected]

ou

Raimar van den Bylaardt

Gerente Executivo de Gestão do Conhecimento

[email protected]

Contato

26/02/2015

1

A proposta da ANP tem diversos pontos cujos efeitos não

induzem inovação. Alguns críticos estão abaixo:

• Propriedade Industrial e Inovação

• Redes de inovação e subcontratações

• Incerteza e mudanças de trajetória na Inovação

• Internacionalização da indústria brasileira de O&G

• Direcionamento e Intervenção

� ABESPetro: segredo ou registro de patente a critério das partes

envolvidas, conforme a legislação vigente

Maior número de patentes não implica mais inovação. Estimular

patentes pode reduzir o ritmo das inovações

• Há resultados que não podem ou não devem ser patenteados

• Patentes registram e medem invenções, mas não inovações

• A busca por patentes bloqueia a evolução exploratória

• Existe legislação que regula a questão de propriedade industrial

• Efeito esperado:

– Mais patentes no Brasil, mas não necessariamente mais inovação

– Empresas inovando nos países em que segredo industrial seja permitido

�ANP: “1.48. É vedada a proteção sob regime de segredo industrial para os resultados

ob5dos em projeto ou programa realizado com recursos das Cláusulas de P,D&I.”

O desempenho do Japão, em termos do inovação, foi muito

melhor do que na então URSS, nos anos 70, por razões que

permanecem válidas

Japão URSS

Alto gasto em P&D (2,5% do PIB) Muito alto gasto em P&D (4% do PIB)

Baixa proporção de gastos nos setores militar ou espacial (<2% de P&D)

Altíssima proporção de gastos nos setores militar ou espacial (>70%)

Forte integração entre P&D, produção e importação de tecnologia

Separação entre P&D, produção e importação de tecnologia e conexões institucionais fracas

Forte integração entre clientes, fornecedores e redes de subcontratados

Conexões fracas ou inexistentes entre marketing, produção e aquisições

Incentivos para inovação envolvendo gestores e operadores

Incentivos de integração neutralizados

Intensa exposição a mercados internacionais Baixa exposição internacional, exceto com relação à corrida armamentista

Freeman, C. 1995. Cambridge Journal of Economics, 19, 5-24

� ABESPetro: integração, intensidade das conexões,

direcionamento sem intervenção, e exposição internacional

são fatores essenciais para estimular inovação

26/02/2015

2

Inovação é um fenômeno sistêmico, que depende de harmonia e

integração entre empresas, redes e instituições (“regras do jogo”)

� ABESPetro: estimular as subcontratações para aumentar a

intensidade dos laços de rede. Não distinguir tamanho ou

natureza das organizações envolvidas em inovação

�ANP: “Art. 1.34-b - É vedado (…) subcontratar atividade de P,D&I de empresa diversa daquela responsável pela execução do projeto ou programa.”

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Proposta ANPProposta ANP Proposta ABESPetroProposta ABESPetro

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O processo de inovação é marcado pela incerteza e seus

resultados (quase) sempre são diferentes do previsto

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�ANP: “Art. 5.10 – É vedada qualquer alteração que resulte em modificação de projeto ou programa preliminarmente aprovado pela ANP (…)”

Diretrizes

� ABESPetro: facilitar e agilizar as alterações de projeto, desde que

as diretrizes sejam obedecidas, desestimulando trajetórias

infrutíferas

Enquanto direcionar é essencial, intervir nas rotinas e escolhas

das empresas é impraticável e desestimula inovação

• Direcionar para assegurar:– Foco nas vocações do Brasil (e.g., “Exploração Submarina” sim, mas

“Exploração no Ártico”, não)

– Foco nos objetivos de política industrial (CL, internacionalização…)

• Não intervir para assegurar:– Liberdade inovadora dos atores

– Agilidade perante inovações e mudanças no mercado

�ANP, via COMTEC, teria o poder de decidir quais projetos devem ser conduzidos pelos atores

� ABESPetro: ANP e demais atores estabelecem em conjunto as

diretrizes, mas os atores mantém suas rotinas e critérios de

escolha de projetos

A Regulação de P,D&I, mesmo após a consulta e audiência de

2014, permanece mais bloqueadora do que indutora de inovação

• Patentes não implicam inovação; segredo industrial é fundamental para atrair geração de inovação para o Brasil

• As redes devem ser intensificadas pelo estímulo a subcontratações entre todos os portes e natureza de atores

• As alterações de projeto devem ser aceitas, facilitadas e agilizadas; incerteza e tentativa-e-erro são componentes essenciais do processo de inovação

• Direcionamento, mas não intervenção em rotinas das empresas, para assegurar a liberdade de inovar

• Buscar exposição internacional para estimular inovação (a minuta não faz nenhuma referência à busca por competitividade internacional)

26/02/2015

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Consulta Pública Resolução ANP no 33/2005 e Regulamento Técnico ANPno 05/2005: Regras Aplicação Recursos PD&I

Rio de Janeiro, 04 de Fevereiro 2015.

Consulta Pública Resolução ANP no 33/2005 e Regulamento Técnico ANPno 05/2005: Regras Aplicação Recursos PD&I

Rio de Janeiro, 04 de Fevereiro 2015.

PRH PRH –– ANP / MCTIANP / MCTI

* 15 Anos de Sucesso: Resultados e Gestão ...Empregabilidade, Patentes, Premiações,Conteúdo LocalProdução Científica Internacional ... Livros

* Modelo de Educação Continuada no Setor P & G(Agenda Prioritária I B P, 2014) ...

Item 4.9 da Minuta de Regulamento Técnico ANP X/2015

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO

Alterar segundo a seguinte notação: suprimir texto e acrescentartexto.4.9. Poderão ser admitidas como despesas qualificadas como paraprojetos ou programas de P,D&I ou Programa Específico deFormação e Qualificação de Recursos Humanos aquelas realizadasem projetos ou programas executadas por InstituiçõesCredenciadas, no âmbito do previsto no item 3.5, correspondentes a:

d) Concessão de bolsas de pesquisa e inovação a alunos queparticipem de projeto ou programa de P,D&I ou ProgramaEspecífico de Formação e Qualificação de Recursos Humanos, bemcomo a docentes ou pesquisadores vinculados à InstituiçãoCredenciada.

g) Aquisição de material de consumo no âmbito de projeto ouprograma de P,D&I ou Programa Específico de Formação eQualificação de Recursos Humanos.

JUSTIFICATIVA

Diversos itens de despesas listados neste item 4.9 sãocomumente integrantes do orçamento dos Programas deRecursos Humanos da ANP há mais de 15 anos. O Caputdeste item na minuta está restringindo a P,D&I o queimpossibilitaria que os termos de cooperação e convêniospossam prever esses itens de despesas.

Portanto, a sugestão de alteração visa contemplar as despesasde aquisição de material de consumo e as bolsas doscoordenadores dos PRH, uma vez que é uma experiência bemsucedida há mais de 15 anos e avaliada anualmente pela ANP, oque a qualifica como uma boa prática para qualquer ProgramaEspecífico de Formação e Qualificação de Recursos Humanosprevisto nesta Resolução e Regulamento.

Item 4.10 (a) da Minuta de Regulamento Técnico ANPX/2015

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO

4.10. Além do previsto no item 4.9, poderão seradmitidas em projetos ou programas executados porInstituição Credenciada os seguintes itens:a) Despesas operacionais e administrativas relativas àgestão administrativa e financeira das obrigaçõesprevistas nos acordos, convênios e contratos firmados,com a interveniência ou não de Fundações de Apoio,definida nos termos da Lei 8958/1994, limitados a 5%sobre o valor total de itens de despesa previstos paraexecução de Projeto ou programa de P,D&I ou ProgramaEspecífico de Formação e Qualificação de RecursosHumanos.

26/02/2015

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JUSTIFICATIVA

Os programas específicos de formação e qualificação derecursos humanos executados pelas Instituições Credenciadasem muitos casos utilizam a interveniência das Fundações deApoio, que são demandadas por um extenso e detalhadotrabalho administrativo de execução das despesas e prestaçãode contas.

É vedado por lei que as Fundações de Apoio utilizem recursoshumanos das universidades para essas atividades.Portanto, estender aos Programas Específicos deQualificação e Recursos Humanos a previsão dessas despesasoperacionais e administrativas significa contribuir para o bomandamento dos Programas e a transparência dosprocedimentos.

Item 4.11 da Minuta de Regulamento Técnico ANP X/2015

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO4.11. O Programa Específico de Formação e Qualificação deRecursos Humanos, conforme previsto no item 3.12, poderádeverá prever recursos destinados à Taxa de Bancada, naforma de um percentual do no valor mínimo referente aototal destinado ao pagamento de bolsas para os alunos oPrograma, conforme definição da ANP, a serem utilizados narealização de despesas relacionadas às seguintes atividades:

a)Pesquisa de campo e coleta de dados.b)Análises e experimentos de laboratório.c)Participação de coordenador, Comissão Gestora,

bolsista, professor orientador ou pesquisador visitante emeventos e congressos técnico-científicos, relacionados aoprograma e suas especializações, fomentando com taxas deinscrição, passagens e diárias.

d)Publicações relacionadas com as atividades realizadasno âmbito do programa.

e) Aquisição de material de consumo no âmbito do Programa.

f) Serviços técnicos de apoio, tais como instalação,montagem, calibração, manutenção e outros necessários àoperacionalização de equipamentos e instrumentos que integreminfraestrutura necessária para execução do Programa.

g) Serviços de editoração e de impressão gráfica.h) Aquisição de material bibliográfico.i) Aquisição de licença de software.j) Aquisição de equipamentos, instrumentos e material

permanente que integrem infraestrutura necessária paraexecução do Programa.

k) Aquisição de equipamentos, instrumentos, peças,componentes e demais materiais que integrarem o protótipo ouunidade-piloto que decorram de tecnologia gerada em projeto ouprograma executado no país;

l) Execução de obras civis, bem como a realização de estudostécnicos e elaboração de projeto executivo necessários àimplantação de infraestrutura necessária ao Programa.

JUSTIFICATIVA

O valor da taxa de bancada dos Programas deRecursos Humanos da ANP são utilizados paradiversas despesas que garantem a realização dosobjetivos definidos nos termos de cooperação.

A redação do item 4.11 restringe a utilização dataxa de bancada a apenas poucos itens quecompõe a boa execução do Programa.

26/02/2015

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Revisão do Regulamento Técnico

ANP Nº 5/2005

Atuação

• Coordenação acadêmica UENF

– Grupo de pesquisa

– Programa de Recursos Humanos PRH-PB 226

• Fundador da INVISION – empresa de base

tecnológica

Princípios• 1.26. As Cláusulas de P,D&I estabelecem a obrigação de

realização de despesas qualificadas como Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) pelas Empresas Petrolíferas, cujo cumprimento será regido pelo estabelecido neste Regulamento e na legislação aplicável.

• 1.27. A realização das despesas qualificadas como P,D&Ideve ter por finalidade a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico no setor de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e outras fontes de Energia, Meio Ambiente e Indústria Petroquímica de Primeira e Segunda Geração, visando fomentar o desenvolvimento da indústria nacional, a busca de soluções tecnológicas e o fortalecimento do conteúdo local de bens e serviços fornecidos.

Distorções que comprometem os

objetivos da cláusula

• Restringe o mercado de prestação de serviço para

empresas de base tecnológica (exceto EAD) –

exclusão de 8.2.1 a) no novo texto 4.4;

• Promove a burocracia ao super regular em torno

do tema despesas qualificadas, desperdiçando a

oportunidade de verificação do objeto fim:

produção tecnológica-científica qualificada

• Atuação do COMTEC centrada no direcionamento

da aplicação dos recursos

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Premissas equivocadas

• O recurso da cláusula de investimento em

pesquisa e desenvolvimento é público

• Os resultados alcançados até o momento não

são satisfatórios

Depoimento relevante sobre a

natureza dos recursos

É importante salientar que os recursos aplicados por este instrumento não passam pelos cofres da União e, portanto, não são tributos. Mas cabe a iniciativa e responsabilidade do Concessionário o seu devido uso, dentro das normas estabelecidas pela Cláusula mostrada.

Eloi Fernandez - 15.8.2007

Uma Grande Conquista da Nova Lei do Petróleo

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/fernandez/posts/2007/08/15/uma-grande-conquista-da-nova-lei-do-petroleo-69726.asp

Propósito da cláusula: diversidade

Correções sugeridas

• Despesas qualificadas são aquelas necessárias para execução de determinado projeto ou programa cuja produção qualificada possa ser verificada (exclusões somente casos extremos)

• Atuação do COMTEC deve ser de avaliação (aprovar-definir metodologias para mensurar a produção qualificada) e de fomento (apontar e estimular áreas e projetos para investimento)

Para onde aponta a revisão em sua

forma atual

• Eliminação da cláusula convertendo-a em uma destinação legal de tributo a exemplo dos royalties

Risco:

Parcela do MCT (CT-PETRO) – Ações Transversais e depois Fundo Social

Parcela do MME (Estudos das bacias) –contingenciado e depois Fundo Social