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GETÓLIO VARGAS ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CADERNOS EDAP 57 SETEMBRO DE 1991 A GUERRA SEM F J[ M SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA H€rmano Roberto EBAP 57

SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

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Page 1: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

FUNDAÇ~O GETÓLIO VARGAS ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CADERNOS EDAP N° 57 SETEMBRO DE 1991

A GUERRA SEM F J[ M

SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

H€rmano Roberto Thir~-Cherques

CI~DERNOS EBAP

N° 57

Page 2: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

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Page 3: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

CADERNOS EBAF"

Publicaçio da ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇ~O PÓBLICA da FUNDAÇÃO GETÓLIO VARGAS para divulgaçio, em car~ter preliminar. de trabalhos acad~micos e de consultoria sobre Administraçio PJblica.

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DIHETOI:;: Dtl EBf:IP: Bianor Scelza Cavalcanti

'" CHEFE DO DEPTo DE PESQUISA E PUBLICAÇOES: Armando S. Moreira da Cunha

EDITOR RESPONS~VEL: Paulo Emflio Matos Martins

COMIT~ EDITORIAL: Corpo docente da EBAP

o texto ora divulgado ~ de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). sendo permitida a sua reproduçio total ou parcial. desde que citada a fonte.

Cor \-espondÊnc ia:

CADERNOS EBAP Praia de Botafo9o. 190, sala 502 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP ;'22. 25~~

Telefones: (02U5!.:a--1542 -- F~alTlal 145

551-4299 - 551-3699 - 551-8051

Page 4: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

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PÚBLICA DO PAis

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d(·~;t'I.';J'l·llluulo l,da f C V (' /iC!iI El31dJ IIil "i7. l 11 lXilÇ'ÚU

ele (ollhcciIIlClllu;; 110 ((/11//10 das Ciêncius Sociais.

INFOHMA.ÇÕES E ASSIN/\TUHAS

FllIlllaçilo Gclulio VarSil;; I.:~colil Bmsilcirtl dI' J\ t!/Jl in is[ ril\'úu ?li !I! iClZ

jJrtiia c1I' Bota/uso, 19U - silla 50!)

551·15,12 I~tllllull/15 ou 551-8051 L,iprctriil Carnciro I'c!ijJC Pmia ele Uniu/uso, 188

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Page 5: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

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Page 6: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

I

INDICE

págs.

1. A PERSPECTIVA MULTIFATORIAL 01

IV I

2. O QUE NAO E PRODUTIVIDADE 03 ..

3. A AVALIAÇÃO INDIRETA ................................ 04

4. OS FATORES DE PRODUÇÃO.. .. . .. .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .. 05

5. O MODO BUROCRÁTICO DE PRODUÇÃO ...................... 06

6. A OUTRA RACIONALIDADE 07

7. A PRODUÇÃO DO CONTROLE .............................. 08

8. A TECNOLOGIA ADMINISTRATIVA ......................... 10 ,

,.., I

9. A SUPRESSAO TECNOLOGICA ............................. 11

IV I

10. ABSORÇAO TECNOLOGICA ................................ 12

11. A PERDA EFICIENTE. .. . . . ..... .. . .. .. ..... .. . ... . . . . .. 15

A

12. O PREÇO DA SOBREVIVENCIA ............................ 17

I

13. NOTAS DE RODAPE ..................................... 19

Page 7: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

"

A GUERRA SEM F I M

Sobre a Produtividade Administrativa

Hermano Roberto Thir~-Cherques

1. A perspectiva multifatorial, 2. O que nio ~ produtividade, 3. A avalia­ção indireta, 4. Os fatores de produ­

ção, 5. O modo burocr~tico de produ­

ção, 6. A outra racionalidade, 7. A

produçao do controle, 8. A tecnologia

administrativa, 9. A supressão tecno­

lógica, 10. AbsOl-ção tecnológica, li. A p e 1- d a e f i c i e n te. 12 . O p 1- e ç o da sobl-evivência.

Quando dividimos o produto pelos fatores de produçio geramos um indicador significativo e algumas dificuldades. Sua

aplicação ~ administração não ~ a menor delas. Neste artigo procuraremos dar uma visão panor~mica das principais quest5es

relacionadas ~ produtividade administrativa, listando e

discutindo os avanços recentes sobre o tema.'

As possibilidades e dificuldades na utilização do indicador são examinadas a partir da especificação: i) do conceito b~s ico de pl-odut i vidade i i i) da det el-minaçlo do" pr od ut o" administrativo; iii) das perdas inerentes ~ aplicação da lógica da maximização ~s organizaç5esi iv) das barreiras ~ produtividade marginal crescente e, v) de sua superação.

Procuramos demonstrar, com base nesses tópicos. as soluç5es encontradas em anos recentes para superação das principais

dificuldades na mensuração e interpretação dos indicadores de

produtividade no campo especffico da administração.

1. A PERSPECTIVA HULTIFATORIAL

At~ a Segunda Guerra Mundial, o conceito de produtividade limitava-se ~ razlo entre o pr~duto e a hora trabalhada. Embora, j~ nos anos 20, Paul Douglas e Charles Cobb tenham

Page 8: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

2

introduzido o capital no denominador desta razão, somente a partir da d~cada de 50 a produtividade global dos fatores começa a ser efetivamente estudada. Tal como o entendemos hoje, o indicador ~ constitu;do pela divisio de um produto/serviço pelos fatores de produçio, que compreendem, al~m do trabalho, o capital financeiro, incluindo seus custos, o capital tangfvel (terras, instalaç5es, equipamentos, e s t o que s) e, a in da, as ma t ~ l- i as·- p r i mas, tl- a n s p o r t e e e n e l- 9 i a . ( :t )

A mensuraçâo efetiva da produtividade global requer um indicador que identifique a contribuiçio de cada fator de produçâo e d~ conta da tecnologia que sobre ele se aplique e do tempo de sua utilizaç5o, o que nio 4 f~cil de ser feito. Por esse motivo. 6 foco de atençâo nos estudos macroeconamicos de produtividade se dirige para os problemas relativos a fronteiras de setor e defiriição de produtos, 1 discrep~ncia e fragilidade dos dados(2) e 1 dificuldade em obt~-los.

Ao reduzirmos nossa perspectiva para o campo espec{fico da produtividade administrativa. isto~, a produtividade interna '\ • ~ IV as organlzaçoes. nos defrontamos com questoes inteiramente diversas daquelas que. tradicionalmente. sio colocadas e resolvidas pela macroeconomia.

A enunciaçio simplificada do 'ndice de produtividade a p ,- o d u ç: â o ~:; o b ,- e

quando nd'e," ida imediatista de se

f"a t oro es ~ ... . de larga utilizaçao economlca.

organizaç5es singulares induz 1 ilusão buscar produtividade na supressio ou

diminuiç50 dos fatores.(3) Mas, se observamos que a o produto - nada mais ~ do que uma funç:io, em determinada, dos fatores de produçio, 4 evidente e

P,"odução -uma ol"dem inevitável

que, na escala limitada das organizações, dada uma alte,-açio seja a de que

se verifique no n o d e n o !TI i n a d 01- d o í n d i c e • a t e n d Ê· n c i a !TIodificaçâo de igual sentido e intensidade numerador - no produto - anulando a operaçio.

Não~} pois, atuando somente sobre os fatores que se poderia incrementar a produtividade administrativa. Ao contr~rio, ela existe, ou & possrvel, porque a funç~o de produçio & maior do que o simples somat6rio dos fatores, porque seu denominador ~

complexo, cont~m mais do que os fatores tradicionais: inclui sua organizaçio - a se transformarem

forma como os fatores sâo combinados para e se diferencia quantitativ~ e qualita-

Page 9: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

3

tivamente do produto pelo valor que a ele se adiciona nessa transformaçio. (4)

I

E, principalmente, sobre este modificador dos fatores a organizaçio da produçio(5) - que se vai verter a contribuiçio administrativa para a produtividade, para que se obtenha uma .. p r o d u t i v i d a d e m a I" 9 i n a "1 p o s i t i va ( 6), i n d i c a d Dl" que, a p e s a I" d E:

simples de enunciar - a diferença entre o acr~scimo no produto sobre o acr~scimo nos custos dos fatores e da sua organizaçio - ainda ~ objeto de equ;VOCOs e distorç5es.

IV ,

2. O QUE NAO E PRODUTIVIDADE

I

E comum a confusio entre a produtividade e outros indicadores de desempenho, especialmente a l"entabilidade, entendida como a relaçio entre os benef{cios obtidos com a venda de produtos/serviços e os custos de produçio.

Embora seja habitual a troca de um indicador pelo outro, ~

simples exemplificarmos sua distinçio: o aumento das margens de lucro em um extremo e a queda de mercados, em outro, afetam substancialmente a rentabilidade e nio a produtividade. Assim ~ que existem organizaç5es , como alguns tipos de instituições banc'rias, de alta rentabilidade e de produtividade muito baixa, como tamb~m ocorre, e isto nio ~

ind~stria~, a coexist~nc~a de grande margens reduzidas, que resulta em baixa

incomum entre pequenas produtividade e de

I" en t ab i 1 i d ad e .

Mais grave, e nio menos freqUente, ~ tomar-se as variações na produçio como produtividade. Como jJ vimos, acr~scimos no produto ou cortes nos fatores de produçio podem ou nio ter efeito sobre a produtividade. Nio obstante, a confusio derivada do desconhecimento ou da mJ (ndole de quem expõe e analisa, persiste. Embora pareça primJrio, ~ surpreendente o n6mero de ocasiões em que investimentos nos fatores, em informatizaçio inclusive, ou, por outro lado, cortes de recursos humanos, financeiros e materiais sio indevidamente relacionados com a produtividade. Desconhecendo-se a variaçio no produto, su~oe-se ou estima-se que esta relaçio nio ~ sim~trica, que a reduçio na produçio seja menor que nos fatores. O que pode nio ser, como veremos adiante.

Tamb~m ~ recorrente a confusio produtividade. Trata-se de um sofisma

entr·e de dupla

qualidade l"aiz: a

e de

Page 10: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

4

tomar um aumento de qualidade, um aperfeiçoamento no produto, como produtividade e a de afirmar que uma maior produtividade foi alcançada quando. na verdade, o que se verificou foi uma diminuiçio na qualidade, um empobrecimento do produto. Em ambos os casos, sendo outra a base, tendo o produto sido alterado, perde sentido qualquer refer~ncia a produtividade.

Feitas essas ressalvas e tendo em conta o objetivo de limitar nossa an'lise a uma visio geral das quest5es atuais da produtividade administrativa, podemos prosseguir, centrando a an~lise nas dificuldades para determinaçio de um indicador dessa natul-eza, qu;:l.Ís sejam: a da cal-actel-izaçio do "pl-oduto" administrativo e a da definiçio dos fatores de produçio que lhe correspondem.(7)

3. A AVALIAÇ~O INDIRETA

H' sempre uma forma melhor de dispor e de prover. Por isso a administraçio ~ necess'ria. Mas os resultados de um

gerenciamento h'bil, de uma operaçio administr'at iva bem resolvida. nio sio imediatamente mensur'veis. O produto administrativo ~ intang;vel e impl;cito. ~ uma contribuiçio, um componente de cada um e de todos os produtos/serviços gerados pela organizaç5es.

o i n d i c a d m- da pl-odut ividade adm:i.nist:rat iva I e assim, duplamente indireto. nos per'guntamos, primeiramente, em que medida uma açio administrativa ou um segmento burocrÁtico da organizaçio contribui para o produto final. Em seguida inquirimos sobre os fatores presentes nessa determinada açio administrativa. nesse preciso segmento

I I,

burocratico. E 50 entio, comparando a variaçio nos fatores com a variação no produto/serviço final. que iremos determinar a produtividade administrativa.

A intangibilidade indireto do "pl-oduto" da admlnistraçâo determinam que o planejar, o coordenar e os demais elementos que compõem o esforço administrativo somente possam ser avaliados quando relacionados ~ finalidade. ao objetivo da instituiçâo. ~s metas do segmento de organizaçio, ~;\ S', i n t: 12 n ç Õ e s d (;\ o p e ,- a ç â o <';\ d m :i. n i s t ,- a t: i va . () .. p '" o d u to" , o denominador do indice de produtividade ser~ vari~vel para cada situação e qualitativamente diverso do numerador, de ordinÁrio expresso sob a forma de custo dos fatores e de sua ordenaçio.

Page 11: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

Os produtos diretos da administraçio, quaisquer que sejam

projetos executados, velocidade e propriedade das decis5es,

controle financeiro, provisio de materiais e tantos outros sio peculiares a cada caso e comparaç5es que nio sejam com eles

de organizaçio para organizaçio.

nio se prestam a outras

mesmos, diferentes que sio

As aquisiç5es de tecnologia gerencial, de equipamento, as reestruturaç5es, os planos estrat~gicos serio produtivos na medida em que os novos custos de produçio foram menores relativamente ao padrlo de desempenho caracter(stico do

produto/serviço considerado. Sendo o objetivo da organizaçio a produçio industrial ou a venda de mercadorias ou o atendimento

de clientes ou o que for, a produtividade administrativa ser~

medida em funçio da produçio, das mercadorias vendidas, do

n6mero de clientes atendidos, e assim por diante. Em s;ntese:

a produtividade administrativa ser~ representada e medida pelo

confronto entre o resultado final do processo produtivo e os agentes de vi~s organizacional/administrativo atuantes sobre os fatores de produçio. (8)

4. OS FATORES DE PRODUÇ~O

Os elementos que conformam a parte administrativa da produçio,

seja ela de bens ou de serviços, raramente estio relacionados

a mat~rias-primas, energia, mio-de-obra nio qualificada e

outros indicadores preponderantes da produtividade industrial

e agr{cola. T~m caracter{sticas

determinados por outros fatores.

, . proprlas: permeiam são

As an~lises relativas ao setor terci~rio são as que mais se aproximam da mensuração da produtividade administrativa absoluta, pela importAncia relativa dos fatores organizacionais nessas atividades. No entanto, os estudos de produtividade estiveram quase sempre voltados para os setores secund~rio e prim~rio, de onde se originam. Dessas fontes e

de estudos de car'ter geral,

dirigidos eSPEcificamente ao principalmente, da

• A • experlenCla

uma vez

setor

vivida

que são raros aqueles

terci~rio, e,

ou relatada por

consultores e especialistas, procuramos ordenar os elementos de diferenciação de produtividade mais relevantes para o nosso objeto.

Page 12: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

6

Dividimos a listagem b~sica em quatro grupos, correspondendo à s f o 1- ç as: ( 10 )

- econSmicas: equipamento 2 reequipamento, tamanho do mercado, competiçio, escalas de produçio custo do trabalho, qua I i dad e de matel- ia 1, mi x de pl-odução j

- comportamentais: educação, sa~de (psicoI6gica, nutriçio, higiene do trabalho), treinamento, motivação (incentivos, competitividade);

individual, • A • exp el-l enc la,

organizacionais: t~cnica de produção, composição da força de trabalho (idade, sexo, etc), enriquecimento/alargamento do tl- a b a I h o , q u a 1 i da d e d o p r o d u to, i n f 1- a .- e s t r u tLll- a e a p o i o à produção, gerenciamento (estilos, capacidade utilizada, relaç5es de trabalho) estabilidade de produção, ordenação (integração, controle, m~todos);

- institucioais: controle governamental, sistema educacional, centros t~cnicos

sindicatos 8. associações. (11)

sistema tributÁrio, e de informação,

A relaçâo poderia ser exaustiva (algumas listagens chegam à casa das centenas de elementos), mas esta s(ntese ~ suficiente para identificarmos os três produtividade administrativa:

determinantes bÁsicos da o referido à racionalidade

intrfnseca e condicionada do processo produtivo, composto principalmente pelas forças econSmicas e institucionais; 2) o t&cno16gico-administrativo, afeto a capacidade e conhecimento gerencial e de apoio ao processo produtivo de bens e serviços,

A • presente nas forças organizacionais e relativo às condicionantes produtivas

economlcas; e 3) o

humana, da na t UI- eza englobadas nas forças comportamentais e organizacionais.

{ sobre esses três grupos de determinantes que a produtividade administrativa se assenta e progride. E ~ na sua anÁlise que vamos deter-nos a seguir.

5. O MODO BUROCRÁTICO DE PRODUÇ~O

Quando aplicamos a noção de pl-odut :i.vidacle dup10 r'i~;co: o de SUPOl-

\ a ,~ d m i n i s t 1- a ç ã o ,

como físico e

Page 13: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

1

7

imediatamente mensur~vel um produto intang{vel e o de, juntamente com o diagn6stico, transplantarmos a enfermidade. Examinamos como, pela aferiç~o indireta do produto do esforço administativo, o primeiro desses riscos pode ser evitado. J~ o

segundo, expresso pe~a suposiçâo, ing~nua ou mal informada, de

que a maximizaçio da produçio ~ natural ou se constitui em interesse dominante nas organizações, requer uma an~lise mais

atenta.

C . I I. ~ .~.. t ~ I omo veremos a seguIr, a oglca ~a a~mlnlS'raçao e menos a da maximizaç~o econ8mica do que a combinaçloda racionalidade da menor perda"com a resultante do confronto entre a ordenaç~o do trabalho e os custos do controle. Claro est~ que a 16gica utilitarista da maximizaç50 de ganhos prevalece, tamb&m, dentro das organizações. No entanto, & em relação a indiv{duos e grupos de interesse que ela se manifesta. Sio os benef;cios

pretendidos e os ~anhos esperados individualmente pelos

agentes internos, e n50 a produçio, que tendem a se maximizar.

H~, ao menos em teoria, uma tensâo permanente entre os

dirigentes que, segundo a 16gica econ8mica e do poder, tendem a exigir o máximo rendimento e a recompensar o

funcion~rio/empregado com o m'nimo suficiente para que permaneça trabalhando, e este que, n~o menos logicamente,

I • I • nJ'

tende a despender o esforço mlnlmo necessarlO para nao ser exclu{do da organizaç50 .

Ao longo dos s&culos, as feitorias, guildas, sindicatos,

associações, ordens ideol6gicas de matizes diversos e grande

parte das t~cnicas gerenciais t~m-se utilizado ou tratado de

superar essa tens50.<i2) O l~tego do mestre, a administraçio

participativa, a autogest~o, dentre tantos outros, sio

esquemas diversos de conciliaçio dos interesses particulares em favor da produçio, de ajustes, convenções e sistemas de

dominaçio que alienam o interesse de indivrduos e grupos em funçio de um resultado, de um produto.

6. A OUTRA RACIONALIDADE

, I

E facil constatar que, independentemente do processo e do

nrvel de sucesso alcançado pela utilizaçio t~cnica dos

instrumentos de administraç50, h~ sempre uma perda. um sacriffcio da produçlo m~xima em benef{cio dos (ou devido aos)

interesses divergentes envolvidos no processo produtivo.

Page 14: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

8

Os resultados medfocres das duas pr'ticas mais 6bvias na busca da produtividade - o sistema de press50 e o de sanções - slo a melhor ilustraçio dessa perda, derivada de uma racionalidade n50 substantiva, mas de procedimentos. (i3)

O risco t~cnico dos sistemas de presslo - entendidos como a utilizaçio coercitiva do poder hier'rquico reside, de um lado, na pobreza do instrumental disponível, baseado em ameaças e puniç5es e, de outro, na inexist~ncia de um quantificador de intensidade que informe sobre o n(vel 6timo de exig~ncia. Todo administrador sabe, ou deveria saber, que a efici~ncia cresce com a presslo, alcança um limite m'ximo e decresce rapidamente, ~s vezes de forma definitiva. O fen8meno ~ conhecido e foi comprovado empiricamente no começo do s~culo. (14) O que nio se pode determinar, a nio ser por experitncia ou sentimento (ou, ~ claro, a posteriori) ~ o moMtante de presslo m'xima ~til. Teoricamente seria posstvel a um gerente experimentado manter um n{vel de pressão suficiente para uma produçio satisfat6ria, mas nenhum gerente se animaria a tentar imprimir uma pressão equivalente ~ produção máxima, o que, dE~ l-esto, POdf:~I-ia sel- seu Ltltimo ato no cal-go.

As sanç5es - entendidas como a coerçio exercida pelo grupo projetam, no caso da força de trabalho, uma tendtncia de

l' 'J' "',. u' 1 . t d t' eSTorço meQ10 e nao maXlmo. na, em qua quer SlS.ema pro u lVO, um ponto abaixo do qual a dedicaçio iridividual (ou a falta de esforço) J punida pelo grupo que suporta a carga de trabalho adicional. Em sentido inverso e aqui a produtividade ~

fortemente sacrificada existe um ponto m'ximo de esforço individual. Sua superação não ~ sancionada pelo grupo tanto por, potencialmente, aumentar o n;vel de exig~ncia m~dia

futura (efeito demonstração), como por induzir a dispensas de pessoal. (15)

7. A PRODUÇ~O DO CONTROLE

(~ntre grupos com interesses divergentes e os processos coercitivos hier~rquicos e de sanç5es determinam perdas importantes em relaçio ~ produtividade m'xima possrvel. A essas perdas devemos aduzir aquelas derivadas dos controles externos e internos impostos ~s organizações.

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Articulada em torno de interesses divergentes, a racionalidade administrativa ~ circ:LI11SC1"]·.ta ~'I'nda' p n 'd dI' " ,:, .. .. o I" e c e s s l. a e s e 9 a 1 S e de legitimaçio social, que imr5em \s organi~aç5es uma outra limitaçio - legal, legítima e socialmente imprescind[vel - na busca da produtividade mJxima. Nio sio esses controles, no entanto, que mais distanciam a administraçio da orientaçio produtiva. O gerenciamento baseado em dom(nio e manipulaçio, que ~ o costumeiro, o usual, desvia do esforço produtivo o esforço de controle a operosidade da administraçâo. (16)

pal"a

Em que pesem as modernas teorias organizacionais, este ~ um problema de dif{cil soluç:io. Primeiramente, porque, al~m das resist~ncias de grupos, manifestas nas sanç5es examinadas acima, existem os componentes de ordem psico16gica. Por exemplo, 11"'ao e' 1·ncOI1"l.lITl a. f A. J .,~ d " pre 'erencla PE.a ln~çao quan o somente partES da organizaçio t~m capacidade para se desenvolver, o que ocorre na maioria dos casos de baixa produtividade. Como nossos av6s jJ sabiam e os pSic61ogos tentam explicar, a mis~ria compartilhada ~ mais suportJvel. O que ~ pr6prio da natureza maximizaç:io.

mas nao d::.\

Interesses individuais tamb~m sio feridos com a busca da produtividade. No intcio dos anos 80 ganhou corpo a hip6tese de que os gerentes estio muito mais interessados em tecnologias e estruturas organizacionais que. minimizem sua depend~ncia dos trabalhadores - na verdade dos conhecimentos, habilidades e capacidade de organizaçio dos trabalhadores - do que em maximizar a efici~ncia da produçio. Os gerentes tendem a multiplicar subordinados, nio rivais, dizia Parkinson. E nem seriam necessJrias todas as pesquisas feitas para comprovar essa hip6tese. Qualquer um que tenham trabalhado na 'rea de treinamento empresarial sabe disso desde o primeiro momento em que pisou uma sala de confer~ncias. (17)

o fato de que, originados dos choques de interesses individuais e de grupos e da tentativa de ajustar a natureza humana \ l6gica da maximizaçio econ8mica, os controles administrativos absorvem energias e limitam a produtividade. Mas, como sio justamente esses controles que organizam e tornam poss{vel a produçio, o primeiro desafio que se coloca para a obtençio de uma produtividade administrativa marginal crescente ~ o de encontrar o ponto de equil{brio, o n(vel 6timo de controle, o processo pelo qual o disp~ndio com a

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gestio seja o necess~rio e suficiente para que os n(veis de / .

produçio sejam maXlmos.

o segundo desafio, que examinaremos a seguir, ~ o de, pelo incremento tecnol6gico, aliviar os custos administrativos sem que, com isso, se afete negativamente a produçio.

8. A TECNOLOGIA ADMINISTRATIVA

Como vimos, para que a produtividade marginal administrativa seja crescente t necessário que a relaçio entre o produto obtido e o custo global dos fatores seja continuamente positiva. A contribuiçio da administraçio se d~, em linhas gerais, pela: a) reduçlo do custo do trabalho, vale dizer, por menos horas/homem/unidade de valor em relaçio ao volume de produç~o; b) eliminaç~o do trabalho nlo produtivo, do tempo desperdiçado, do esforço in6til; c) otimiz~çio do aproveitamento dos demais fatores de produção. Em resumo, a melhoria da produtividade administrativa t função da forma como a produção ~ organizada e conduzida - gerenciamento - e do nrvel e qualidade do apoio e dos serviços de que os agentes de produçâo dispõem nas organizações vale dizer, dos

/

processos administrativos. E sobre as t~cnicas administrati-vas, o conhecimento de como fazer e a capacidade de realizar o gerenciamento e os processos, tanto no que se refere ~ minimi­zaçlo das perdas como ao melhor aproveitamento dos recursos, que se situa o segundo foco da produtividade administrativa, do qual nos ocuparemos agora. (i8)

Parte significativa dos baixos nfveis de produtividade administrativa pode ser atribufda ~ lentidlo e ~ impropriedade com que as novas tecnologias organizacionais s~o absorvidas e processadas. O desenvolvimento, a aquisiçio e a troca de tecnologia sâo hoje coisa corriqueira e de há muito a promoção interna e descentralizada da inovaçlo e as estrat~gias nio concorrenciais s~o praticadas nas ind~strias. (19) Mas isto nio se verifica da mesma forma e na mesma intensidade quando se trata de tecnologia administrativa. Existem dificuldades, barreiras que devem ser superadas para que os conhecimentos, as t[cnicas e os equipamentos alterem positivamente 05 nfveis de produtividade gerencial e dos processos de administraçio.

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u.

Quando nos obstáculos à or·dens.

d et emos sob \- e t l-an fE~\-Ê:nc :i. a

o problema, verificamos de tecnologia s~o de

que os di VE1-sas

Primeiramente, o processo ~ lento porque a introduç~o de novas t~cnicas resulta em mudança de estruturas organizacionais e ocupacionais, transforma os padrões de interaç~o e altera o equil;brio antes existente na organizaçio. Com isso, desencadeia uma s~rie de resist~ncias de grupos e indiv{duos à inovaçio e à modernidade, em tudo similares às que examinamos para o caso dos controles.

, E lenta ainda a absorçio de tecnologia administrativa porque, à diferença das habilidades adquiridas para o prOCEssamento industl-ial, que C2.CIiI em desuso quando a t~cnica é as habilidades de manejo administrativo sio aplicaçio de muitas t~cnicas. O processo de administrativa 6 cumulativo: a boa administraçio experitncia e esta do tempo.

Em terceiro lugar, a aquisiçio e a

substituída, út eis p aI-a a p 1- e n diz a 9 em

dep(-::nde da

A. • conhecimentos e t6cnicas de administraçio investimentos relativamente altos.

e gerencla eXIgem

O ponto crucial, no entanto, está em que a dificuldade na introduçio de novas tecnologias administrativas nio se encontr~, como muitos pensam, unicamente nas resist~ncias à inovaçio ou no seu custo. A supressio tecnol6gica, i.6, a nio difuslo e as barreiras à utilizaçio, criadas pelos que desenvolveram ou det~m o direito sobre a tecnologia, juntamente com a capacidade de absorçio, constituem importantes, ainda que menos evidentes, ao produtividade administrativa pela via tecno16gica.

9. A SUPRESS~O TECNOLÓGICA

ban-ei I"Cl.S aumento da

A proteçio aos resultados de P&D, a aquisiçio de patentes e direitos de licenciamento, embora eventualmente se constituam em obstáculos para o desenvolvimento administrativo, sio problemas essencialmente industriais. O nio repasse de t~cnicas gerenciais e a manipulaçio de informaç5es constituem as principais modalidades de barreiras tecnol6gicas ad m i n i s t I" a t i va s .

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! '-

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Na primeira modalidade, empresas que desenvolveram com sucesso novas pr~ticas de gestlo ou que vieram a adquiri-las de terceiros, tratam, por imposiç5es concorrenciais, de mat~-las fora do alcance das demais organizaç5es. Nlo sem motivo, em 1973, num caso que se tornou c~lebre, a Telex atraiu e contratou pessoal da IBM altamente treinado em marketing, finanças e desenvolvimr::nto. Seria o "pulo do gato" em te\-mos de transfer~ncia barata de tecnologia administrativa, se a IBM nlo tivesse processado a Telex, ganho a causa e o ressarcimento correspondente.

A segunda modalidade ~ a da contra-informaçlo com prop6sitos que vio desde o de confundir a concorr~ncia at~ o de demonstrar ou difundir a crença de que se está administrativamente muito mais avançado do que os demais, ou, inversamente, que a empresa nlo representa um concorrente impo\-t:::tnte. (f.~0)

Tanto o nio repasse como a manipulaçio de informaç5es sao usuais mesmo porque praticados impunemente, e afetam sobremaneira a produtividade. O nlo repasse, obviamente, por negar acesso aos avanços operacionais de gestlol a manipulaçio, pela imensa confuslo 2 despesa que tr~z para os eternos seguidores de modismos e para os clientes de muitas c o n s u "1 t o 1- as.

A par dessas barreiras externas, subsistem barreiras ~ aquisiçio e aplicaçio de novas t~cnicas administrativas e gerenciais. sio constitu{das pelas dificuldades na absorçâo das inovaç5es que, tendo transposto os obstáculos externos a sua utilizaçio, se encontram disponfveis.

10. ABSORÇ~O TECNOLÓGICA

Dentre as ilus5es que povoam os esquemas fáceis de melhoria da produtividade, a mais doce ~ a que confunde a disponibilidade tecno16gica com a inovaçio. Como cedo se descobre, entre uma e outra se interp5e a capacidade de a~sorçio, vale dizer, a capacidade de entender e aplicar corretamente as novas id~ias

(~ instr·l.lIl1entos.

As t:&cnicas de pr'odut ividade

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articulam-se em torno de um duplo eixo: o da cooperaç~o entre

os diversos atores, seu equil;brio e din~mica e o do

barateamento e aceleraçao de processos. Ambos s~o centrados na supressio das atividades improdutivas e imp5em custos, inevitJveis, mas negociJveis ao mfnimo.(21)

Mais do que nas t~cnicas, o gerenciamento encontra na atitude

modernizante o agente decisivo na busca da produtividade marginal positiva. JJ foi demonstrado empiricamente(22) que a

capacidade de reconhecer, analisar, absorver e aplicar inovaç~o ~ funç~o da base e da diversidade dos conhecimentos

de que a organizaçio disp5e. Quem mant~m vias de comunicaçio

abertas com o meio ambiente e investe regularmente em

dessenvolvimento gerencial, vale dizer, pesquisa e

capacitaç~o, ~ capaz de absorver e aplicar inovaç5es t~cnicas com rapidez e propriedade. (23)

Quanto aos processos administrativos, os avanços recentes, principalmente no campo da micro-eletranica, t~m proporcionado uma forte aceleraçio de fluxos informacionais e de decisio, via automaçlo do trabalho.(24) Aqui, no entanto, e preciso

cuidado. Nio raro a transformaçio est~ mais na qualidade do produto e das condiç5es de trabalho do que na produtividade.

Muitos dos sistemas informatizados disponrveis substituem com

desvantagem os processos convencionais, alteram com preju{zos

a cultura organizacional e enrijecem os esquemas de decisio. (25)

A relaçio entre a inovaçio tecnológica e a produtividade nem sempre ~ positiva ou imediatamente verificJvel. H~ que considerar aqui uma dupla dicotomia: 1) a que distingue a inovaçio como resultante de novos produtos e serviços daquela derivada de novos dispositivos e conhecimentos; e 2) a que separa o progresso t~cnico incrementaI das descontinuidades

tecnológicas.

Os efeitos , .

provavelS sobre a produtividade as formas

poss(veis de transfer&ncia sio de quatro classes:

a) a da tecnologia de produto com evoluçio incrementaI - de que slo exemplo, no campo dos processos, as fotocopiadoras e, no do gerenciamento, as t~cnicas de racionalizaçio. Tem como efeito uma produtividade crescente e requer absorçlo constante de m~quinas e conhecimentos;

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b) a da tecnologia de produto resultante de descontinuidades tecnol6gicas - como no caso do aparecimento do fax e das modernas t~cnicas gerenciais de fragmentaçio e participa­ç50. Ocasiona mudanças radicais de produtividade e requer conhecimento ambiental e abertura para o exterior da orga­nizaç:ioi

c) a da tecnologia de procedimentos de evoluç:io incrementaI exemrlificada pelos novos aplicativos de microinform~tica e, no campo do gerenciamento, pela simplificaçio dos instrumentos de gestio financeira. Embora geralmente esteja relacionada ~ melhoria de qualidade, pode representar uma produtividade marginal mínima, mas indiretamente signific~­tiva, se considerarmos o clima organizacional. Requer pou­cos recursos: nlo mais do que aquisiç:io espaçada e treina­mento sistem~tico;

d) a da tecnologia de produto decorrente de descontinuidades -como no exemplo clássico do surgimento das linhas de produçio, quando definitivamente a administraç:io superou o artesanato como fator decisivo de produtividade, ou, ainda, no campo do gerencimaneto, com a aplicaç:lo dos novos conhecimentos sobre o comportamento humano na d&cada de 30. Requer das organiza~5es uma flexibilidade absoluta, muito dif;cil de ser alcançada, mas oferece a possibilidade de saltos de produtividade proporcionais aos riscos de sua introduç:io. (26)

Vemos, entio, que, para que um avanço tecnol6gico seja transformado em produtividade marginal, al~m de vencer as resist~ncias ~ inovaçao, dispor de recursos financeiros ou superar as modalidade de supresslo tecno16gica, ~ imperativo a exist~ncia de capacidade de absorçio diferente para cada t~cnica e situaçlo. Os determinantes da produtividade marginal crescente, a partir das diversas formas do elemento tecno16gico b<:1sico, incluem, pOl-tanto: a) a existência e conduçio adequada de estrat~gia organizacional voltada para a percepçio, atraç50 e aplicaç50 de inovações(27); b) a aquisiç50 de conhecimentos e equipamentos; c) a manutençio de processos de treinamento· e educaç50 continuada; d) flexibilidade administativa (e nao necessariamente a racionalidade, como muitas vezes se supõe).

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Examinadas as dificuldades inerentes a uma racionalidade pr6pria das organizaç5es e as barreiras interpostas ~ inovaçio tecno16gica, completaremos esta visio geral das quest5es atuais da produtividade administrativa examinando alguns dos elmentos comportamentais que a condicionam.

11. A PERDA EFICIENTE

I

E do fil6sofo John Locke a definiçio do trabalho como a busca da alegria sem alegria. Para muitos, talvez para a maioria, o trabalho representa uma perda, uma carga. Nio s6 porque a esforço ~ desagrad~vel, mas, tamb~m, porque indiv{duo, do trabalhador, pode nia coincidir deve realizar. Conciliar este interesse com o sido a ambiçio de quantos se dedicaram ou aumento da produtividade.

,

o com

da se

in t el- E~sse do a t,,\I"e'l~a que p I" o d u ç: i o tem

dedicam ao

A semelhança do desafio imposto pela supress~o dos controles administrativos, a equação que se coloca sobre o que, genel-ic'Õlmente, s€·~ denomina "clima" or·g<:l.nizacional É- a de entender que o bem-estar dos empregados t um meio conducente ~

produtividade marginal crescente - nio um fim em si mesmo. (28) Trata-se, em sfntese, de buscar tr~s pontos distintos de equilfbri6: 1) entre o adequado e o austero; 2) entre o tempo perdido e o trabalho; e 3) uma vez mais, entre o controle e a nE~goc: iação.

A sofisticaçio desnecess~ria e a diversificaçio aparente, algumas vezes impostas por situaç5es de mercado e necessidades de comercializaçio, t~m, no que se refere ~ produtividade burocr~tica, um papel nefasto. A introdução de valores est~ticos de apresentaçio tende a se confundir com a higiente do trabalho; a qu?lidade do produto, com a sua relevAncia. Claro est~ que todos entendemos a importAncia. principalmente pSicol6gica, da apar~ncia do que ~ produzido para aqueles que o produzem. O que nio se deve ~ confundir as coisas. H~ muita informação in~til escrita em papel timbrado, demasiados formatos e cores para formul~rios, excesso de bits destinados à simp'les editoração de textos, lTIuitos "clientes especiais", "atendimentos personal i,zados". o que acaba onel-ando desmesuradamente o produto. (29) H~ um limite e um equilfbrio 6timo entre necessidades, apar~ncia e resultados.

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Quanto ao tempo, embora possa nio parecer, no que se refere ~ produtividade burDcr~tica a hora trabalhada ~ de muito diffcil mensuração. Diferentemente da ind~stria, a discrep~ncia entre a disponibilidade do empregado, o tempo real de trabalho e a parcela deste efetivamente relevante para o produto nio ~ imediatamente vis(vel. Tradicionalmente, o esforço de racionalizaçio 6 dirigido ao tempo morto, ou seja, ao tempo em que o empregado deixa de produzir. Ora, qualquer um que tenha passado algumas horas dentro de um escrit6rio sabe como ~ fácil eludir qualquer avaliaç~o que se imagine para medir o tempo efetivo de produçio. Nio 6 novidade - e hoje ~ consenso, em que pese o sucesso apenas relativo das pr'ticas de Desenvolvimento Organizacional e de Administraçio/Gestio por Objetivos nas dfcadas passadas - a inefic'cia dos controles e a necessidade de envolvimento do indivfduo no aumento da produtividade. De tal sorte que n~o t, nem poderia ser, pelo controle do tempo que se alcançaiia o aumento da produtividade administrativa, mas por meio de estfmulos externos ao pr6prio processo produtivo, troabalho. (:30)

como o sio os incentivos e a atmosfera de

A par desses esttmulos, o aumento da produtividade do trabalho negociado, vale dizer, ser objeto de um acordo. Os

planos de carreira, a estabilidade, os sistemas de incentivos, os pagamentos extra (fringe benefits, inclusive) s~o, na verdade, contratos estabelecidos com vistas ~ manutenção ou aumento da produtividade.(3i) A conveni~ncia de soluções negociadas decorre da pr6pria natureza do ~enameno

organizacional, do conflito de interesses individuais e de grupo, dos fatores de envolvimento e legitimaçio que, como vimos, produzem um tipo espec(fico de racionalidade. Os incentivos e soluç5es negociadas t~m efeitos sobre o clima de t: ,- a b <'\ 1 h o, c: o m 'Iu:2Int idade qualidade, a outros esforços. mais ainda do que as recompensas financeiras ou nio (as recompensas dependem de controles, de monitoraçâo que representa custos, reduçâo de entusiasmo, p f: r' d a cI (~ c o n f i a n ç: <:\. A i n f o ,- m a ~ ã o d E~ In o n :i. t CH' <~. m E:~ n t o p o d (o? se ,- d ~' •• ,,1 "1 I' mO •• I 1 •• , • OlflCI oJtençao e vlClaca nos nlvelS lnierlores. Sabemos todos que não h~ produtividade que se equipare ~ do trabalho

I. !. voluntarlo. l esse padrão, e não o do sup~rfluo, da racionalizaçâo ou do controle que deve orientar o esforço pela p 1- o d u t: i v :i. d a d E~ .

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17

A

12. O PREÇO DA SOBREVIVENCIA

Neste breve resumo dos t6picos atualmente em foco no campo da produtividade administrativa, longe de esgotar o tema, pretendemos deixar claro o muito que ainda há por fazer e aprofundar. As sucessivas crises e dificuldades enfrentadas pelas empresas e agtncias governamentais em todo o mundo deram grande impulso aos estudos sobre a eficácia da administraç~o, de tal sorte que a maioria dos fundamento~ e t[cnicas hoje em uso 6 inteiramente distinta das vigentes nos anos 70/80. (32) Os avanços recentes nos tr~s aspectos que aqui examinamos - o referido ~ racionalidade especrfica das organizaçEes, o tecnol6gico e o comportamental - evidenciam a dist~ncia que separa os modos de administrar tradicionais dos atuais ~.>istem<':i.s de maior' ef.icitncia gel"enci<:'1.1.

Ainda que limitadas a uma vislo panor~mica das principais quest5es relacionadas ~ produtividade consideraç5es feitas conduzem a duas

administrativa, as quest5es finais. Uma

referida ~ realidade brasileira, ao estágio atual da produtividade administrativa nas A • agenClaS governamentais do Brasil. Outra ~s conclus5es práticas que podemos retirar dessas observaç5es.

O balanço negativo dos esforços de produtividade, isto ~, as situaç5es em que os ganhos de produtividade sio menores que o montante despendido constituem barreira alguns set01"eS, o

no esforço de melhoria de produçio ainda i m p 01" t a n t e n o B I" a s i l. I s t o p o I" que, em baixo custo dos fatores de produçio,

principalmente o baixo custo do fator trabalho, e as margens excessivas de lucros fazem quase desaparecer os ganhos reais advindos do aumento da produtividade administrativa global. No entanto, na medida em que as oportunidades econ8micas se estreitam, e com a decorrente busca de competitividade a que as empI"esas l"E.'lacionados mão-·de-obl"a.

A se VE:em

tanto \ a lançadas, ganham relevo tecnologia quanto ao

os fat O1-es l-endimento da

Pesquisa recente(33) junto a empresários industriais de 21 categorias, demonstrou que a capacitação (principalmente no que se refere ao livre acesso

te.'cnológica à tecnologia)

e a produtividade da mio-de-obra constituem-se em importantes

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requisitos para o internacional. Esses '" sao

18

da competitividade superados apenas pelos

relativos aos investimentos em m'quinas e custos das mat~rias-primas e embalagens.

I • aceSSaI-lOS e aos

No setor terci'rio, as ocilaç3es bruscas na rentabilidade dos ativos (lucro l(quido sobre ativos m~dios), demonstradas nas pesquisas de conjuntura, t~m sido acompanhadas de esforços espasm6dicos de melhoria da produtividade. Nas empresas atuante~ no mercado de capitais a abertura de novas modalidades de neg6cios, ao favorecer a competitividade, tem ocasionado avanços importantes de produtividade.

Nas organizaç3es governamentais, a par da dificuldade em se c éU- a c t ~~ 1- i z a r' o" P 1- o d u to" ou P 1- o d u tos d e mui tas d e s s a s instituiçoes, as pressões pela reduçio quantitativa de mio-de­obra e pelas transfer~ncias ao setor privado t~m favorecido, como era de se esperar, um processo de maquiagem de resultados e limitaçio de informações. De tal sorte que ~ problem'tica qualquer assertiva que se refira ~ comparaçio entre resultados obtidos e custos dos fatores de produçio, principalmente os custos do trabalho e do capital financeiro.

No momento em que a tend~ncia mundial de retraçio do apoio governamental aos processos econ8micos, seja pela privatizaçio de organizações e tarefas, seja pela retirada de sustentaçio aos setores e empresas em crise a privatizaçio do setor privado - tamb~m se instala no Brasil, tem-se como inevit'vel a r5pida reestruturaçio da organizaçio da produçio de bens e serviços. O aumento da permeabilidade e flexibilidade das empresas em detrimento da planificaçio e controle rrgidos, a absorçio de novas tecnologias gerenciais e a busca de climas organizacionais abertos apresentam-se como elementos essenciais do crescimento da produçio administrativa a custos reduzidos. No limiar dos anos 90, os dados, estudos e prospecç5es aqui relatados demonstram que o preço da excel~ncia no ambiente s6cio-econ8mico deste final de s&culo

I

sera o da busca intensa e continuamente renovada da produtividade. Anos em que, ao que tudo indica, o desafio do desenvolvimento das organizaç5es, caractertstico das d&cadas de 70 e 80, ser' substitufdo pelo da simples sobreviv~ncia, pelo desafio empresarial de uma subsist~ncia e, quando poss{vel, uma expansio auto-sustentadas.

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19

, 13. NOTAS DE RODAPE

1) Kendrick, John W. e Vaccara, Beatrice. New developments in productivit~ measurement and anal~sis. Chicago, The Universit~ of Chicago Press, 1980. A diferença entre os dois indicadores nio ~ pequena. No primeiro caso, produtividade de mio-de-obra ou do trabalho, estaremos

2)

3)

medindo apenas a relaçio entre produto-serviço e o trabalho (por ex. 3,32 clientes atendidos por hora/trabalhada). No segundo, muito mais complexo, al~m

deste estaremos medindo todos os demais fatores: as relaç5es produto-serviço/capital financeiro, produto­s~-:r'viço/capit<:\l t,!\n~3ívEd, f::tC. (Por ex.: 0,j.~3~) pr'ojetos examinados por Cr$ 1.000,00 de custo global). A vantagem & a de evitar distorç~es na aferiçâo de resultados, jJ que ganhos em uma relaçio podem ser anulados por perdas em out 1"<:l.S.

AtJ recentemente, nos cJlculos de deflaç:io nacional bruta (GNI) dos EUA, os preços dos computadores eram ainda os da d{cada de 60, por nio haver consenso sobre o procedimento para atualiz~-los. Palgrave. The New Palgrave, a Dictionar~ of Economics. London, The Macmillan Press Lil'flit('~d, j.9B7, p. 101j .. FCH.ll"ast: i~f nota ql"l.e o preço do corte de cabelo tende historicamente a ser muito

t. J 1" I ,. 'd' d t tIl d ·t proxlmo DO sa arlo ,orarlo me 10 o .rala ,a 01" em mUI os pafses. Mas isto pode variar, principalmente devido 1 variaçio no custo dos fatores de produçio. Um espelho & mais barato hoje que no tempo de Luiz XIV, mas um Gobelin ~ muito mais caro: variaram a tecnologia e o custo da mio-de-obra especializada. Fourasti~, Jean. A Produtivida­de. sio Paulo, Difusio Europ6ia do Livro, 1961.

Chew, lr.J • Bruce. 91.1idf!' prodl.lctivit~. Harvard Bl.lsiness Review. Universit~, 66(1):110-119, Jan.-Feb., 1988.

to lTIea SUI- in 9

Boston, Har'val-d

4) Sobre outros indicadores correntes de produtividade, ver David M. Miller e P. Mohan Rao. Anal~sis of profit-linked total-factors prodl.lctivit~ measl.lrement models at t:he firm leveI. Management Science. Rhode Island, JOl.lrnal of the Institute of Management Science, 35(6), Jun., 1989.

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5) c o r l- €~; P o n d € n t e \ a "ação e !TI P l- e s a l- i aI" na

A • eCOnOlnlca.

6) A heterogeneidade dos fatores administrativos de produção não deixa outra alternativa do que sua valoração a custos correntes. o que elimina, dentre outras dificuldades de mensuração econSmica. a da ponderabilidade e da conversibilidade de unidades fixas em contrnuas. Chamamos .. p n)(,1 u t i v i d <":\ de" à " P l- o d u t i v i d a d (~ g 1 o b a 1 dos f a t 01- e s " • ou seja. o resultado da divisão do produto pelos insumos. D,=:' f i n i mo -:; c o mo" P r' o d u t i v i d a d e ma 1- 9 i n aI" o a c n? s c i mos o b n:~ o produto dividido pelo acr&scimo sobre os insumos. D e f i n i m o 5. a i n cJ {,'l" C o mo" p 1- o d ti t i v i d a deI í qui da" deu m f a t o l­a divisão do produto subtrafdo dos demais fatores pelo fator em questão. Produtividade=produto/fatores de produção. Produto Cf) fatores de produção, organização da produção, tempo da produção. Produtividade Marginal=à produção/ó fatores. Vincent, Andr~ L. A. La mesure de la productivit~, Paris, Dunod, 1968. p. 277.

7) Dada a composição da razão que determina a produtividade. as alteraçôes diretas sobre os fatores de produção tendem a manter invariável o indicador. Vale dizer. uma diminuição ~2m qualquer' dos fatol-E.'~:; tende já que os f.:<.tol"e<:; (~:~:;tão ('2H1but idos no pl-oduto à diminuição equivalente no produto, Retirar equipamento, cortar pessoal e outras práticas do mesmo g~nero propiciam. obviamente, a queda nos custos de produção. mas s6 muito raramente deixarão de corresponder a queda equivalente no volume de produção. De tal sorte que os elementos que podem pr·op:i.cl<:\l- a 1" e,:\ 1 Inf:'lhOl-ia da produtividade são aqueles que modificam a composição dos fatores, alterando­os sem afetar o produto a não ser pelo aumento do seu volume. Sobre 05 conceitos básicos da produtividade e a confusão com a rentabilidade ver Jean FourastiJ. Op, cit. e Andr& L. A. Vincent. OP. cito

8) Sobre a relev~ncia da vertente administrativa da produtividade, John Young, presidente da Hewlett-Packard. estimava. em 1988, que a produtividade dos empregados de " c C) "1 '":\l" :i. n h o IH' ,Hl C o .. ( .?\ P 1- o cf ti t i v i d a d e ,:\ d m i n i s t r a t i va ). n o ~> anos 70/80, foi a metade daqueles envolvidos diretamente com a produçio. Isto apesar de todo avanço tecno16gico no

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campo do processamento da informaç~o. Shett~. Y. K. e Buehler. V. M •• (edits.). Competing through productivit~ and qualit~. Cambridge. MA. Productivit~ P~ess, 1988. Segundo Skinner, que hJ anos pesquisa sobre produtividade na costa leste dos EUA. a aplicaç~o das t&cnicas dos anos 70/80 resultou em apenas 7% de acr&scimo na produtividade m&dia. A raz~o, ainda segundo Skinner. & que o foco esteve centrado na linha e nas prJticas convencionais (como no corte de custos, P. ex.). o que afeta apenas 20% das possibilidades de aumento da produtividade. Os outros 80% estariam distribufdos igualmente entre a organizaç~o/polrtica de produçâo e os equipamentos. Skinner. Wickham. The productivit~ paradoxo Harvard Business Review. Boston. Harvard Universit~. 64(4):55-59, Jul.-Aug. 1986.

9) O setor terciJrio compreende as empresas de serviços (bancos, seguradoras etc), a administraç~o p6blica. as

I

associações etc. E o setor que mais cresce em termos de oferta de empregos. Note-se que os postos de trabalho (na Europa) representam de 65 a 80% dos seus custos.

10) Pratten, C. F. Labour productivit~ differentials within international companies. London, Press, 1976.

na

Cambridge Universit~

listagem ~a Organizaç~o 11) Baseamo-nos principalmente Internacional do Trabalho. Bureau International du Travail. La mesure de la productivit& du travail. Genebra, BIT, 1969. Parte das observações foi extrafda de Susan Horton e Timoth~ King. Labour productivit~: un tour d'horizon. Washington, D. C., The World Bank Staff Working Paper 497, 1981.

12) Sobre a otimizaç~o da produçio e soluç5es de compromisso entre grupos de interesse ver Harve~ Leibenstein. Inside the firm: the inefficiencies of hierarch~. Cambridge, MA, Harvard Universit~ Press, 1987, PP. 99 e segs.

13) A distinçlo ~ de Simon. A racionalidade de procedimentos (procedural rationalit~) trata do que ~ feito e de como ~ feitoi a racionalidade administrativa, do produt%bjeti-VOa

Page 28: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

22

14) Jerkes, R. M. e Dodson, J. D. The relation of strength of stimulus to rapidit~ of habit-formation. Journal of Comparative Neurolog~ and Ps~cholog~, 18:459-82, 1908, apud leibenstein. Op. cit., p. 19.

I •

15) A questio da produtividade tem sido objeto de varlOS estudos e pesqu~sas nos EUA. O nio conformismo com o distanciamento cada vez maior com o Japio e alguns pa(ses da Europa J a t8nica desses trabalhos. No est~gio atual, as conclusões sobre a forma de incrementar a produtividade convergem para os seguintes par~metros: a) estreitamento das relações com clientes e fornecedores; b) apropriaçio de tecnologia estn!ltJgicaj c) "desCOmpal"t<':\mentalizaçãfJ" ou eliminação das barreiras hier~rquicasj d) políticas de desenvolvimento de RH. Estas são as conclusões finais da Comissão sobre a Produtividade Industrial e sio coincidentes com os relatos da Xerox, IBM, etc., bem como da Benetton italiana. Richards, Karen S. e Robson, Ross E. Corporate strategies for the productivit~ equation. In . "

Robson, R055 E. , (edit.). The qualit~ and productivit~ equation. Cambridge, MA, Productivit~ Press, 1990.

16) A monitoração representa perdas de produtividade na medida em que significa disp~ndios, reduçio no ~nimo, perda de confiança (m~tua).

17) A id~ia nada tem de novo. Trata-se, como sabemos, da velha t . j '1' ~, ". d 'f" c a . ~? gOl" 1 a o: a a H:~ n a ç: a o .' s o q ti e a p 1 1 C a a a o c a s o e s p .:;.:. C t . 1 C o

do g.erenciamento. Segundo este raciocfnio, o lado perverso do capitalismo induziria ~ separação entre o trabalho manual e o inte10~ctual. As tecnologias "pel"lnitidas" s~~l"iam

aquelas que fragmentam o trabalho e nio exigem capacidade intelectual. l6gica e historicamente o argumento e as ., t ~ ~. t" I. aemons'raçoes sao lrre·orqUtVelS. Na pratica atual das organizações modernas ~âo parece tão evidente a alienação dos empregados em relação aos meios de produção. Ver Hannan, Michael T. e Freeman, John. Organi~aticnal .-_ .... ~---. ecolog~. Cambridge, MA, Harvard Universit~ Press, 1989. Barle~, Stephen. R. The alignment of technolog~ and structure through roles and networks. Administrative Science Quarterl~. Cornell, Johnson Graduale School of Management, 35(1):61-103, Mar. 1990; Parkinson, C. Northcote. A lei de Parkinson. Sio Paulo, livraria Pioneira Ed., 1967.

Page 29: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

23

j.8) O tel"lTlD "tecnolog:i.a" f.~ us<~do no sent:ido dp, a) apar'ato, m~quina, etc.; b) t~cnicaJ comportamentos, conhecimentos; e c) organizaçlo, arranjo de pessoas, mate~iais e tarefas.

19) Durand, Thomas. Management pour la technologie: de la th~orie a la pratique. Revue Française de Gestion. Paris, Fondation Nationale pour l'Enseigment de la Gestion, n. 71, Nov.-D~c. 1988, p. 5; Burkhardt, Marlene E. e Brass, Daniel J. Changing patterns or patterns of change: the effects of a change in technolo9~ on social network structure and power. Administrative Science Quarterl~.

CorneIl, Johnson Graduate School of Management, vol. 35, pp. 104-127, Mar., 1990.

20) No campo industrial, ; hist6rico o caso do artigo "plantado" pela AT&T em publicaç.ões de i9é~~l, pr'ovando a impossibilidade da telefonia automática. A concorr~ncia desanimou e parou de pesquisar. E a AT&T, que jJ detinha a tecnologia quando o artigo foi publicado, lançou-a sozinha e com sucesso. O relato detalhado, bem como o caso IBM/Telex e outros, constam de Richard Dunford. The suppression of technolog~ as a strategg for controlling resource dependence. Administrative Science Quarterl~.

Cornell, Johnson Graduate School of Management, 32(4):512-~'525 , D<::c., 1987.

E~i) Weisz, F~C)bert. Ef'Ficacité du tl-avail: fausE':~; pistes et vrais enjeux. Revue Française de Gestion. Paris,Fondation Nationale pour l'Enseigment de la Gestion, vol. 62, Mars-Mai, 1987. Pesquisa l-eaU.zada pela Booz-Allen , ThE: Wall Street Journal e Nihon Keilai Shimbun com 400 executivos de todo o mundo concluiu que: a) o acesso a habilidades gerenciais é mais importante para estratégias de globalizaç.lo do que a desregulamentaçlo governamental, disponibilidades de matérias-primas, de capital, de tecno­logia, de mlo-de-obra nio qualificada e a exist~ncia de facilidades e incentivos governamentais; b) as medidas de efici~ncia devem estar centradas na supresslo de ativida­des improdutivas e na implantaçlo de culturas organizacio­nais de desenvolvimento continuado, em termos de valor a­gregado aos produtos/resultados. Anderson, Paul e Masters, Seth. Building a global enterprise in the 1990's. Outlook. Vol. 14, Booz-Allen, doc. divulgaçio 1990.

Page 30: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

24

22) Cohen, Wesle~ M. e Levinthal, Daniel A. Absorbtive capacit~: a new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterl~. Cornell, Johnson Graduate School of Management, 35(3):128-152, 1990.

23) Quinn, James Drian. Hanaging innovation: controled chaos.

Harvard Business Review. Boston, Harvard Universit~,

63(3):73-84, Ma~-Jun€, 1985. Parece nlo haver d~vida sobre a seqU~ncia: rlOVO conhecimento, alteraçio em um ou mais pap'is da organi~açio, alteraçio na relação entre pap'is, alteraçio na estrutura defendida pela Teoria dos Sistemas Sociot&cnicos. Ver A. K. Rice. Productivit~ and social organization: the Ah~edabad experimento London, -Tavistok, 1958. A distorção que verificamos nas empresas brasileiras quando e ist~ ~ raro investem em tecnologia gerencial deve-se, principalmente, ~ falta de

regularidade nos programas. Os prfios resultados colhidos nos grandes (mas eventuais, irregulares) projetos de

consultoria estio a: para confirmar as pesquisas. Neste campo particular nITo importa investir muito, o que vale ~

investir sempre.

24) Os avanços slo realmente espetaculares. Segundo Gilder, j' em 1987, em termos de instruç5es por segundo por d6lar, os desktops baseados em microprocessadores Intel 386 eram 90 veze~ mais efetivos do que os mainframes. Gilder, George. The revitalization of ever~thing: the law of the microcosmo Harvard Business Review. Universit~, 66(2):4961, Mar.-Arr. 1988.

Boston, Harvard

25) Segundo pesquisa conduzida por Pierre Lemaitre, na França, sobre informatização no terci'rio, os ganhos da informatizaçio slo limitados, j' que: a) somente 30% das informaç5es relevantes para as empresas (do terci'rio) podem ser informatizadas, isto ~,prJ-codificadas; b) a informatizaç50 pressup5e a estandardizaçio de m'todos e processos e conseqUente perda de flexibilidade; c) a obsoles=~ncia dos equipamentos e dos softwares' muito r'pidas d) o tempo economizado com a aceleraçio de processos ~ gasto com treinamento, ajustamentos de rotinas

e toda sorte de atividades improdutivas. Considerados esses fatores e mesmo admitindo um maior volume de informaç5es, qualidade na apresentaçio e confiabilidade,

Page 31: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

25

os custos anteriormente mencionados e os de controle podem, segundo Lemaitre, tornar negativa a produtividade marginal. Lemaitre, Pierre. Approche des couts administratives et productivit6 du tertiaire. Revue Française de Gestion. Paris, Fondation Nationale pour l'Enseigment de la Gestion, voI. 63, Juin-Aoút, 1987.

26) Thusman, Mic:ha(·:~I L.. e And~:~l"~:;on, Ph:i.lip. Technological disc:ontinuities and organizational environments. Administrative Science Quarterl~, Cornell, Johnson G j" <3. d u ,,, t E~ S c: h o o Iof 11,:\rl :':". 9 e m e n t, ~H ( 3) : 4 ~:) 9 ".-4 I:"> ~5, t) E' p t. t <j.-' 8 6 .

27) Evidentemente n30 basta intervir em carac:itaçio para que a I

produtividade cresça. E preciso investir certo. O Japio gasta 5,7% do PIB em educaç~o contra 6,8% dos EUA, mas gasta com maior efici~ncia. Altan~, David. The race with no finish line. lndustr~ Week. Jan. 1990, p. 105.

28) Da mesma forma, o objetivo nlo 6 que o empregado p ·"l .. t .. ·l·(' .. ·.:L·!:-.(: .... ' .. A t·· r.r I. l' ~

g par~lcIPaçao e um melO para o envo Vlmen(O, O compr·omi~,~;o, () "vest :i.r <":lo C:':\lTli~.;a", qUE' VE'm ·h:l.zendo a fortuna da Can6n, da To~ota e de outras grandes empresas japonesas, mas que coincide com uma id~ia americana: o "Suggest ion S~stE~m" d<"i\ Ea"S;tm';l.n I(od,":d<. AI :i.i~.s, lançado em 1898. Bodek, Norman. Total emplo~ee involvement. In Shet:t~, J. K. et aI. Op. c:i.t. L.OCkE~, John. ,;n e~:,sa~ -----concerning human understanding. Ch1c,:\go, Fnc ic 1 op<led i,:\

'---Dl"itannica, Tne., 1 9~;;:? , p. 309.

29) Na indJstria esses sio preceitos h~ muito obedecidos. J~ em 1953, o Centro de Produtividade para a Roupa Masculina da França apresentou um estudo que indicava a conveni~ncia de: a) diminuir a variedade de padrões; b) de modelos; c) aumentar o n~ de tamanhos oferecidos. Robin, Michael. Guia practica de la productividad. Barcelona, Editorial Direcci6n ~ Productividad, 1955.

30) Se o tempo morto, vale dizer, responsabilidade da empresa,

o t ernpo não

pode S~~l"

t l-aba 1 hado, de rapidamentE'

corrigido pela racionalizaçio, o mesmo nio se pode dizer do tempo negligenciado, isto é, o tempo nffo trabalhado l de responsabilidade do empregado. De todas as formas, o importante, e o vi~vell diga-seI é medir a quanti­dade/qualidade do produto em fa~e dos custos de produçio

Page 32: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

26

num tempo dado. Para essas categorias ver: Ivan Jos' de Mecenas Silva, Anatomia da produtividade. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, Fundação Get~lio Vargas, 26(3):47-52, e Gustavo Lufs Gutierrez, Avaliação e incremento da produtividade em 6rglos burocr'ticos, Revista de Administraçio de Empresas, Sio Paulo, Fundação Get~lio Vargas. ~6(3):53-59, 1986. T~cnicas simples, como a adoç:ão de tempo fle><Ív21, podem sen- bastante efetivas. Sobre o tema: ver nan R. Dalton e Debra J. Mesch. The impactof flexible scheduling on emplo~ee attendance and turnover. Administrative Science Quarterl~. Cornell,

.,"-

Johnson Graduate Schaol of Management, vol. 35, Jun. 1990.

31) North, D. B. T. e Buckingham, G. L. Productiv2 agreements and wage s~stems. London, Gower Press, 1970.

32) Principalmente devido ~ adaptação das t'cnicas japonesas e europ~ias. Em uma empresa da 'rea eletro-eletr8nica de Chicago, comprada pelos japoneses e onde 56 parte da alta administraçio foi trocada, a comparaçio com os padr5es anteriores ~ contundente: os defeitos por aparelho catram

33)

riR 150 para 4, os produtos rejeitados de 60 para 3,8 e os custos anuais com garantia, de 17 para 3 milhões. Cameron, Kin S. lhe criticaI role of management skills in America's fu.t un~. In: Robson, Ross E., (ed it. ) . lhe qual it ~ and

prcductivit~ equation. OP. cit., 1990.

Custa Rego, Joio Mendonça da. Horizontes to industrial. Rio de Janeiro, Centro triais - IBRE/Fundaçio Get~lio Vargas, 1991.

do desenvolvimen­de Estudos Indus-

(doc.

Page 33: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

HERMANO ROBERTO THIRY-CHERGUES

Formação b4sica em Administraçio) estudos complementares em gestio Ãlemanha.

mestrado em Filosofia; de projetos no Brasil e na

Coordenador Geral d~s Cursos de Administração de Empresas Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro.

Professor do Curso de Mestrado da Escola Brasileira de Administração Pública - FGV.

Consultor de empresas, de organizações ·governamentais e de agênCias das Nações Unidas no Brasil, outros patses da América Latina e da África.

Professor e coordenador de projetos na Escola Interamericana de Administração Pública - FGV - (1974 - 1987).

, . Areas de Interesse: Administração estrat'gica; administrativa; 'tica das organizações; desenvolvimento de pessoal.

Pl"odut ividade formação e

Atividades mais importantes de pesquisas, projetos e desenvol­vimento gerencial: "Evolução l-ecente e situação atual das es­trat'gias de administl-ação" (Conferência - i.975) J "Métodos de pesquisa e de integração de informações concernentes às insti­tuições culturais" (Pesquisa - UNESCO 1982); "Contl-ibuição ao plano de estabilização da República da Guiné-Bissau" (Projeto - PNUD - 1983); "Administração, planificação e cultura: o Pl"O­jeto cultural" (Confe,-ências Colombia, Equador e PelOU - 1985) j

"Metodologia pal-a desenvolvimento de programa integl-ado de se­min'rios gerenciais" (Direção de Semin'rio - OHS/OPS - EUA 1990); "Administração estratégica: Citibanl< Professional Deve­lopment Center" (Direção de Semin'rios - Argentina, Brasil, Chile 1987/1990); "Análise multicl"iterial de avaliação de re­cm"sos humanos" (Pub I icação - 1991) i "Admini st l"ação da sobl"e­vivênc ia: sobre a decadênc ia e l"evit a I ização das organ izações" (Publicaçlo e conferências - 1990/1991).

FGV/EBAP Praia de Botafogo, 190 - 3g andar; 22253, Rio de Janeiro RJ; Tel: (021) 551-2899/551-36991 Fax: (021) 551-4349

Rua Princesa Janu'ria, 62 7011 Flamengo; 22250; Rio de Janeiro - RJJ Tel: (021) 552-5851

Page 34: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

S~rie Cadernos EBAP

01 - FORMAÇ~O DO ADMINISTRADOR PÓBLICO: ALTERNATIVAS EM DEBATE -- 1980 Bianor Scelza Cavalcanti

02 - EM BUSCA DE NOVOS CAMINHOS PARA A TEORIA DE ORGANIZAÇ~O -1980 Anna Maria Campos

A

03 - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO GERENCIAL: INFERENCIA SOBRE A

A EXPERIENC!A DAS EMPRESAS ESTATAIS NO BRASIL - 1980 Paulo Roberto Motta

04 - ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS - 1980 Luciano Zajdsznajder

05 - A INTERVENÇ~O ESTATAL NO SETOR SAÓDE: UMA CONTRrBUIç~O I I

PARA A PESQUISA "GASTO PUBLICO EM SAUDE" - 1980 Equipe PROASA

06 - EDUCAÇ~O EM ADMrNISTRAÇ~O PÓBLICA: RETROSPECTIVA E PERSPECTIVA DA EXPERI~NCIA NORTE-AMERICANA E REFLEXÕES SOBRE O CASO BRASILEIRO - 1980 ArmandD Moreira da Cunha

I A

07 - PROJETO RIO: ANALISE DE UMA EXPERIENCIA DE PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO - 1981 H4ctor Atilio Possiese

08 - A PROPOSTA DE PARTICIPAÇ~O NA TEORIA GERENCIAL: A PARTI­CIPAÇ~O INDIRETA - 1981 Paulo Roberto Motta

... A

09 - PARTICIPAÇAO NA GERENCIA:UMA PERSPECTIVA COMPARADA - 1981 Paulo Roberto Motta

10 - O RITUAL DA DESBUROCRATIZAÇ~O: SEUS CONTEXTOS E REPRESENTAÇÕES - 1981 Maria Eliana Labra

I

DRAHATICOS

Page 35: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

11

A I I

11 - ASSISTENCIA MEDICO-HOSPITALAR DO SISTEMA PREVIDENCIARIO , BRASILEIRO ATRAVES DE SERVIÇOS CONTRATADOS - 1981 Val4ria de Souza

I

12 - MINHA DIVIDA A LORD KEYNES - 1982 Alberto Guerreiro Ramos

13 - UMA PROPOSTA DE AVALrAç~O DO PÓLO NOROESTE - 1982 Antonio de P~dua Fraga

14 - REPARTINDO TAREFAS E RESPONSABILIDADES NAS ORGANIZAÇÕES: " ALGUNS DILEMAS ENFRENTADOS PELA GERENCIA - 1982

Anna Maria Campos

15 - AS DISFUNÇ5ES DO PROGRAMA NACIONAL DO ÁLCOOL EM A /':, I

DECORRENCIA DA EXCESSIVA ENFASE NA CANA-DE-AÇUCAR - 1982 F~tima Ba~ma de Oliveira

16 - SISTEMA DE INFORMAÇ~O DE SAÓDE: A VIS~O DE UM SANITARISTA -- 1982 Franz Rulli Costa

17 .... O ''.JEITHHW'' BRASILEIRO cmw UM F:ECW;:SO DE PODER - 1982 c16vis Abreu Vieira Frederico Lustosa da Costa L~zaro Oliveira Barbos~

I I

18 - FINSOCIAl: ANALISE DE UMA POLITICA GOVERNAMENTAL - 1983 Paulo Em;lio Matos Martins

19 - AVALIAÇ~O DE EMPRESAS PÓBLICAS NOS DESENVOLVIMENTO: A PERSPECTIVA SOCIAL - 1983 Paulo Roberto Motta

I

PAISES EM

20 - REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE TECNIFICAÇ~O DA MEDICINA NO BRASIL _. t 9B3 Paulo Ricardo da Silva Maia

21 - A CO-GEST~O NO INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER: UMA ADMINISTRATIVA - 1983 Paulo Roberto Motta

, ANALISE

"

Page 36: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

111

, 22 - O SINDICALISMO NO GOVERNO DE GETULIO VARGAS - 1983

Luciv~l Jos~ Siqueira Costa

23 - PLANEJAMENTO, PESQUISA E APRENDIZAGEM - 1983 Luciano Zajdsznajder

24 - A INFORMAÇ~O DO SETOR PÓBLICO COMO FORMA DE OBTENÇ~O DE GANHOS SUBSTANCIAIS DE PRODUTIVIDADE - 1983 Jos~ Osmir Fiorelli

, 25 - ANALISE DA ESTRUTURA FORMAL DAS

CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS - 1983 Armando Bergamini de Abreu

26 - ALGUNS IMPACTOS SOCIAIS E , SETOR BANCARIO - 1983 Samuel Lev~

A ECONOMICOS

ORGANIZAÇÕES:

DA AUTOMAÇÃO NO

27 - O PROGRAMA DE ESTUDOS PROSPECTIVOS SOBRE O IMPACTO SOCIAL DA TECNOLOGIA. UMA PROPOSTA INSTITUCIONAL - 1983 Samuel Lev~

A

28 - PESQUISA: RELEVANCIA APRENDIZAGEM - 1983 Anna Maria Campos

SOCIAL, COOPERAÇ~O E ABERTURA , A

A ,

29 - INVESTIGAÇÕES DE 1984.

CIENCIAS SOCIAIS EM SAUDE NO BRASIL -

Sonia Maria Fleur~ Teixeira

30 - A PARTICIPAÇ~O DO CIDADAO NAS DECISÕES DA ADMINISTRAÇÃO , PUBLICA - 1984 Luis Carvalheira de Mendonça

~ " I 31 - ATENÇAO PRIMARIA A SAUDE - RETROCESSO OU NOVOS RUMOS PARA A MODERNIZAÇÃO DO SERVIÇO? - 1984 Gleisi Heisler Neves

32 - FAMERJ VERSUS BNH: UM ESTUDO DE CASO SOBRE MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS - 1985 Araci Machado Silvia Porto S~lvia Constant Vergara

Page 37: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

33 - A RELAÇ~O ESTADO E TRABALHORES URBANOS NO BRASIL - 1985 Carlos E. Rodrigues L6pez Carmem L~cia L. Veloso de Castro Maria Elide Bortoletto

IV

34 - NOTAS SOBRE A RELEVÂNCIA DA ELABORAÇ~O DE UM NOVO TEXTO CONSTITUCIONAL PARA A EFETIVIDADE DA DEMOCRACIA NO BRASIL - 1986· Jos~ Martins da Silva

~ , , 35 - ADMINISTRAÇAO DA POLITICA INDUSTRIAL NO BRASIL (RELATORIO

F INAlo) -- 1987 Bianor Scelza Cavalcanti Jorge Vianna Monteiro Jos~ Cezar Castanhar

36 - HODERNIZAÇ~O ADMINISTRATIVA: PROPOSTAS ALTERNATIVAS PARA O ESTADO LATINO-AMERICANO - 1987 Paulo Roberto Motta

I

37 - RAZÃO E INTUIÇ~O: RECUPERANDO O DECIS~O GERENCIAL - JUNHO, 1988 Paulo Roberto Motta

ILOGICO NA TEORIA DA

38 - PARTICIPAÇ~O DIRETA DO ~MPREGADO NO PROCESSO DECISÓRIO E , ~

NIVEL DE PRODUTIVIDADE NAS ORGANIZAÇOES - JULHO, 1988 Ethel Val~ria de Oliveira Raiser

39 - IMPACTOS DA RACIONALIZAÇ~O ADMINISTRATIVA NA CONCESS~O DE , I

BENEFICIOS PREVIDENCIARIOS - OUTUBRO, 1988 Maria Eliana loabra Lenaura de Vasconcellos C. Lobato

40 - EM BUSCA DE UM MODELO INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E

DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS - NOVEMBRO, 1988 Jos~ Eduardo Coelho Messeder

41 - AS ORGANIZAÇÕES E O FUTURO: OS ELEMENTOS ,

UTOPICOS -DEZEI1BI:;:O, i 988 Gabriel Antonio Atalia

Page 38: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

,

,

v

42 - IMPLICAÇÕES DO CONCEITO DE AUTOGEST~O DA PERESTROIKA DE GORBACHEV - ABRIL, 1989 Eneida Santos Correia Lima

43 - DOMINAÇ~O BURGUESA NO BRASIL: VARIAÇÕES SOBRE O TEMA DE ESTADO E SOCIEDADE - MAIO, 1989 Rezilda Rodrigues Oliveira Ricardina Maria Menezes dos Santos

A I

44 - GERENCIA DE IDEIAS NOVAS - COMO DESPERTAR A CRIATIVIDADE A

E VENCER A IMPOTENCIA DO DESEJO INOVACIONAL - JUNHO, 1989 Paulo Roberto Motta

45 - RECURSOS HUMANOS NA ADMINISTRAÇ~O ,

PUBLICA MUNICIPAL: I

MODELO GERENCIAL NA AREA DO BEM-ESTAR EM SÃO PAULO OUTUBRO, 1989 Maria Cec(lia Pimentel Bortoletto

46 - A ADMINISTRAÇ~O DE RECURSOS HUMANOS PARA A D~CADA DE 90 -NOVEMBRO, 1989 GiInei Mourio Teixeira Jos~ Eduardo Coelho Messeder

A

47 - ESTUDO ECONOMICO-FINANCEIRO-ADHINISTRATIVO DO SETOR I

SIDERURGICO - SETEMBRO, 1989 Istvan Karol~ Kasznar

" , 48 - ANALISE DE POLITICA URBANA - O CASO DO HUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO - DEZEMBRO, 1989 Carlos A. de Souza Ribeiro HeIiana Marinho da Silva Merc~ EscaIante Ludefia Silvano José da Silva

49 - GEST~O PÓBLICA INTEGRADA: IMPLICAÇÕES PARA A FORMULAÇ~O DE TEORIAS, MODERNIZAÇ~O ADMINISTRATIVA E ENSINO DA ADMINISTRAÇÃO PÓBLICA - MARÇO, 1990 Bianor Scelza Cavalcanti

Page 39: SOBRE A PRODUTIVIDADE ADMINISTRATIVA

VI

A ,

50 - ADMINISTRANDO A SOBREVIVENCIA: INDICADORES DE DECLINIO E , ~

ESTRATEGIAS DE REVITALIZAÇAO ORGANIZACIONAL EM AMBIENTE ADVERSO - ABRIL$ 1990 Hermano R. Thir~-Cherques

5i - O BRASIL VERSUS A UNIVERSIDADE - HAlO, 1990 Paulo ErutIio Hatos Martins

52 - TIPOS DE PESQUISA EH ADMINISTRAÇ~O - JUNHO, 1990

S~lvia Constant Vergara

, 53 - MUDANÇA ORGANIZACIONAL NO SETOR PUBLICO - JULHO, 1990

Bianor ScelzB Cavalcanti Frederico José Lustosa da Costa

54 _. 100 DIAS DO GOVERNO COLL.OR: 1990

AVAL!()ÇÃO DA REFORMA ADMINISTRATIVA - AGOSTO, Jos~ Cezar Castanhar

55 - IMPACTO DAS NOVAS pOlfTICAS GOVERNAMENTAIS NA IMAGEM DO GOVERNO - SETEMBRO, 1990 Rossi Augusta Alves Corre. Ana Maria B. Goffi Marquesini

56 - PRINCIPAIS TRANSFORMAÇÕES QUE PAS~1ADO A DRG~NIZAC~O GOVERNAMENTAL BRASILEIRA 1 A PARTIR DA D~CADA

•• A

DE 30, EM CONSEQUENCIA DO MODELO DE DESENVOLVIMENTO E DAS I f I

POLITICAS PUBLICAS ADOTADAS PELO PAIS - OUTUBRO, 1990 Angela Maria Carneiro de Carvalho

N.Cham. P/EBAP CE 57

Autor: Thiry-Cherques, Hermano R. Título: A guerra sem fim : sobre a produtividade

1111111111111111111111111111111111111111 ~16~~82 FGv -BMHS N° Pat.:411/91

000057082

1111111111111111111111111111111111111