12
~ "" -:... Sociedade Nordestina de Zoologia Universidade Estadual de Feira de Santa na Feira de Santana . BA 31 dejaneiroa 05 de fevereirode 1999 ~

Sociedade Nordestina de Zoologia Universidade Estadual de ... · diferentes meios terrestres, os quais podem contar também com uma po- ... es exóticas (Delabie et aL, 1994), que

  • Upload
    vocong

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

~ "" -:...

Sociedade Nordestina de ZoologiaUniversidade Estadual de Feira de Santa na

Feira de Santana.BA

31dejaneiroa 05de fevereirode1999

~

-I...

XII Encontrock2ooloBiado~ordesteI

~

COMUNIDADES DE FORMIGAS (HYMENOPTERA;FORMICIDAE): MÉTODOS DE ESTUDO E ESTUDOS

DE CASOS NA MATA ATLÂNTICA.

'>.0-

~

Jacques Hubert Charles DelabieLaboratório de Mirmecologia - Centro de Pesquisas do Cacau CEPLAC -Caixa Postal 7 - 45600-000 - Itabuna - Bahia

Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - Universidade Estadualde Santa Cruz, Rod. IIhéus/ltabuna - 45660-000 Ilhéus - BahiaE-mail: [email protected]

I

.

~

Formicidae: um grupo onipre,sente na Região Neotropical!

Três a oito mil espécies de formigas, segundo estimativas publicadassobre a mirmecofauna (Kempf, 1972; Holldob/er & Wilson, 1990), vivem naRegião Neotropical. Salvo algumas exceções (formigas cortadeiras, porexemplo), esses insetos interagem raramente de forma direta com o ho-mem, mas são, em todos os casos, componentes essenciais dos meiosterrestres. Nas regiões tropicais, a fauna de Formicidae constitui uma dasmaiores parcelas da biomassa animal, e existe uma extrema diversidadede espécies caracterizadas por uma grande capacidade de adaptação, quepermite a esses insetos a ocupação de ampla variedade de nichos ecológi-cos. Além disso, as densidades elevadas de formigueiros que existem nosdiferentes meios terrestres, os quais podem contar também com uma po-pulação importante, contribuem sobremaneira para a manutenção da esta-bilidade dos ecossistemas tropicais (Holldobler and Wilson, 1990; Fowleret alo,1991).O sudeste da Bahia está situada no coração de um dos biomasatualmente mais ameaçados do planeta: a Mata Atlântica. Atualmente exis-

~ te apenas 5 a 8 % da sua cobertura florestal original e é considerada umadas regiões com uma das maiores taxas de endemismo do mundo (Câma-ra, 1991; Ayres et alo, 1997; Oliveira, 1998; Thomas et alo, 1998). A fauna deformigas da Mata Atlântica é assustadoramente rica e diversificada e estadiversidade, igualmente ao bioma, está ameaçada pela destruição dá mataem questão. O estudo dos componentes desta fauna, considerada atual-mente indicadora da qualidade conservadora do espaço natural é, então,de suma importância para entender os processos de degradação ou deregeneração que afetam o meio ambiente nesta região do Brasil.58

L--.--

r

I.

XII Encontrode-Zoologiado2-Jordestt

Formigas da Bahia

Até recentemente, a mirmecofauna da Bahia era mal conhecida, e osregistros publicados de ocorrência de espécies permanecem até hoje bas-tante incompletos, contando apenas com uma centena de espécies de for-migas segundo a literatura taxonômica (Kempf, 1972; Brandão, 1991). Noentanto, o sudeste do Estado caracteriza-se por ser extremamente rico emespécies, devido às própria natureza do bioma Mata Atlântica, e ao tipo deagricultura praticada (cultivo do cacaueiro, principalmente), sendo conheci-das atualmente, pelo menos, 600 espécies dessa parte do Estado. Entreas formigas regionais, numerosas espécies são endêmicas à Mata Atlânti-ca, e essa característica é válida também para outros segmentos da flora eda fauna (Brown, 1976; Brown & Ab'Saber, 1979; Dean, 1995; Ayres et alo,1997; Oliveira, 1998). Por exemplo, o endemismo é estimado a cerca de 40% para as plantas superiores nesta região (Thomas et aI., 1998). Um estu-do recente que usou informações provenientes da literatura e de coleçõesbotânicas e zoológicas sobre diferentes organismos (Oliveira, 1998), evi-denciou que a região de mata higrófila que segue o litoral entre aproximada-mente Valença ao norte e Canavieiras ao sul, agrega espécies endêmicasdos mais diversos segmentos da fauna e da flora, a qual coincide aproxi-madamente com parte de um dos "refúgios" quaternários apontados porBrown (1976, 1979) e Brown & 'Ab'Saber (1979). Por outro lado, existemmuitas evidências recentes das conexões que existirem entre a região deMata Atlântica e a Região Amazônica. Isto é o caso de várias espécies quepertencem à gêneros considerados até hoje como tipicamente amazôni-cos ou com distribuição na América Central e no norte da Região Amazôni-ca: Xenomyrmex spp, Ochetomyrmex subpolitus e Eucryptocerusopacus, por exemplo. Em outros gêneros (principalmente, Crematogaster,Dolichoderus, Pheido/e, Pachycondy/a, Strumigenys), encontra-se es-pécies que até então acreditava-se ser típicas da Região Amazônica.

Estrutura das comunidades de formigas das regiões tropicais ena Mata Atlântica em particular

Devido à posição de organismos dominantes que as formigas possu-em nos ecossistemas tropicais, a organização das comunidades deFormicidae já foram objetos de inumeras publicações, tais como, as formi-

59

- ~- -

XII tncontrode-Zoologiado!:Nordeste

vivem nos cacauais da Região Neotropical, um dos agrossistemas; estudados deste ponto de vista (Strickland, 1945; Leston, 1978;1978; Majer et aI., 1994, Delabie & Fowler, 1993, 1995; Delabie et~a, 1998a e b; Fowler & Delabie, 1995, por exemplo), ou as quen áreas de mata (Longino & Nadkarni, 1990; Majer & Delabie, 1994;3t alo, 1997b; Longino & Colwell, 1997; Majer et aI., 1997, Vasconce-, 1997, por exemplo). A maior parte das pesquisas realizadas ems visam o estudo da estrutura de comunidade de espéciesIas. No entanto, algumas, entre os mais recentes, realizadas ems agrícolas ou condições naturais, interessam mais particularmentedo solo e da serapilheira cuja a natureza e estrutura organizacional;ticamente diferentes (Longino & Nadkarni, 1990; Delabie & Fowler,~95; Delabie et aI., 1994a, 1997b, 1998a e b; Majer & Delabie, 1994;~ Delabie, 1995; Majer et aI., 1997).f sua vez, a estrutura organizacional das formigas arborícolas jáI objeto de estudo há mais de 25 anos. Algumas espécies arborícolasTI seu meio, interagindo de forma competitiva entre si e tolerandoqueno número de espécies, resultando na formação de um verda-osaico formado pela justaposição dos seus territórios (ver particu-3 Room, 1971; Majer, 1972; Taylor, 1977; e para a Região Neotropicalai, todos realizados nas áreas experimentais do Centro de Pesqui-acau: Leston, 1978; Winder, 1978; Majer et alo, 1994). Os mecanis-convivência e de manutenção desses territórios são particularmentex:os. Cada espécie possui um mecanismo próprio para a manuten-seu lugar no mosaico. É o caso, por exemplo, de Wasmannia

rnctata que se estabelece em extensas áreas de plantações, ocu-je forma contínua a serapilheira, seu habitat natural, e, secundaria-a copa das árvores, adquirindo características de espécie arborícolante (Majer & Delabie, 1993; Majer et aI., 1994). Suas característicascas e reprodutivas fazem com que esta, entre todas as espécieserrem naturalmente nos cacauais, seja a mais competitiva, apta eara preencher um nicho vazio dentro do agrossistema. Outro casodo é o da caçarema, Azteca chartifex spiriti, que é extremamenteai, originando comportamentos de defesa particulares: as formigas~ma instalação de outras espécies dominantes que competem nas; onde ocorrem, por meio de alomônios (Medeiros & Delabie, 1991).smas premissas de organização territorial através da competição

das es~a organes exótMata At1998a e

Técnic

UJ

maior pentão get aI., 1em um cvolver tE

condiçõções comeio err

1996, pcEr

de formi

"pitfall" (Traun &

Tullgrertransect(LévieUJ(Delabiebém de~Lavelle

Kempsaalém debém chimostrou

nas regiltas (Ols(Delabie,gia nemBerleze

L----

XII encontrode2ooloBÍildo!:Nordeste

das espécies dominantes serviu de embasamento a outras análises sobrea organização das formigas que vivem nas habitações, sobretudo espéci-es exóticas (Delabie et aL, 1994), que vivem nos troncos em reservas daMata Atlântica (Delabie et aL, 1997a)e a nível da serapilheira (Delabie et aL,1998a e c).

Técnicas de estudo de comunidades de Formicidae

Um dos principais desafios dos ecologistas hoje é de definir, com amaior precisão possível, a riqueza biológica de determinados meios, atéentão geralmente subestimados, sobretudo nas latitudes tropicais (Agostiet aL, 1994). Entre os ecologistas zoólogos, os mirmecologistas constitu-em um dos grupos mais ativos, mostrando um interesse grande em desen-volver técnic.as apropriadas para coletar e analisar o material biológico emcondições ótimas para uma rápida avaliação que vai Ihes fornecer informa-ções confiáveis sobre as condições de conservação ou de degradação domeio em estudo (Majer, 1983, 1984; Belshaw & Bolton, 1993; Oliver & Beattie,1996, por exemplo).

Entre as diferentes técnicas freqüentemente utilizadas por coletoresde formigas do solo (sensu lato), as mais clássicas são iscas (Fowler, 1995),"pitfall" (Adis, 1979; Andersen, 1991; Olson, 1991; Fowler, 1995; Abensperg-Traun & Steven, 1995; Majer, 1996; Oliver & Beattie, 1996), funeis de Berlese-Tullgren (Delabie & Fowler, 1995; Oliver & Beattie, 1996), quadrats etransectos (Lévieux, 1969; Andersen, 1991), coletas manuais regulares(Lévieux, 1969) ou extração manual de um volume predefinido de solo(Delabie & Fowler, 1995). Outras técnicas mais sofisticadas foram tam-bém desenvolvidas, tais como, a extração por flutuação (Strickland, 1945;Lavelle & Kohlmann, 1984) ou ainda com a utilização do aparelho deKempson (Adis, 1987), mas nenhuma dessas fornece resultados rápidosalém de ser inviável sua utilização no campo. O extrator de Winkler, tam-bém chamado armadilha de Winkler/Moczarski (Besuchet at aL, 1987),mostrou ser extremamente prático para extrair rapidamente a mirmecofaunanas regiões tropicais e por isso obteve grande sucesso entre os especialis-tas (Olson, 1991; Belshaw & Bolton, 1993, 1994; Agosti et aL, 1994; Majer &Delabie, 1994). Com sua fácil utilização por ser leve e não precisar de ener-gia nem produto químico, ele possui uma eficácia superior à do fúnil deBerleze que estressa alguns grupos de formigas crípticas impossibilitando

61

XII Encontrode 2001o9ia do ::Nordeste

sua extração adequadamente (Delabie et aL, 1998 e não publicado).O aperfeiçoamento dos métodos de coletas das formigas da

serapilheira e do solo tem sido uma preocupação constante dosmirmecologistas nesses últimos anos (Olson, 1991; Delabie et ai, 1998b, enão publicado). O objetivo principal desses esforços visa, além disso, aextrapolar as observações para estimar de forma confiável a diversidade(Colwell & Coddington, 1994; Longino & Colwell, 1997; Delabie et aL, nãopublicado). Métodos de estimação da biodiversidade, além de fornecer in-formações sobre a riqueza bruta de determinada área, permitem fazerinferências sobre a qualidade do ambiente prospectado, por comparaçãocom outros meios cujas caraterísticas foram anteriormente definidas. Ape-sar de não receber unanimidade (Lawton et aL, 1998), o uso das formigascomo organismos representativos dos demais invertebrados é bastantepromissor como uma t.erramenta para estimações de diversidade e comoindicadores biológicos das condições de conservação ou de perturbaçãodos ecossitemas tropicais.

Desenvolvemos no Laboratório de Mirmecologia uma metodologia decoletas sistematizadas baseada sobre a utilização do extrato r de Winkler.Coleta-se 50 amostras de 1 metro quadrado cada uma na área onde oestudo deve ser realizado, amostras consecutivas distando entre si de 50metros, sendo a área amostrada um pouco superior a 3 hectares. Além defornecer informações sobre a natureza das espécies encontradas e suafreqüência relativa, esse método permite construir uma curva de riquezaacumulada cuja projeção é um interessante estimator da biodiversidadelocal (ver Lauga & Joachim, 1987; Delabie et aL, 1998b). Outras ferramen-tas recentemente desenvolvidas (Longino & Colwell, 1997; programaEstimateS de Colwell disponível sobre Internet) são também utilizáveis paraa mesma finalidade e fornecem paramêtros ecológicos que permitem acomparação entre diferentes comunidades amostradas seguindo os mes-mos critérios. Esse método permite aínda separar as espécies caraterísticasdo grupo das espécies raras e "turistas" (Belshaw & Bolton, 1993). Paraalguns autores (Abensperg- Traun & Steven, 1995), as espécies desta cate-goria são os indicadores os mais precisos de qualquer alteração do habitat.No entanto, discordamos desta visão, pois o aparecimento de espéciessempre raras, em ambiente preservado ou não, tem sempre uma probabi-lidade mínima, enquanto um bioindicador confiável deve necessariamentepoder ser amostrado facilmente, e sua eventual ausência ser vinculada

62

- -XII6ncontro de2oolof1.iadn :J.Jordtsú

. unicamente a alguma alteração do habitat. Um outro problema é que astécnicas de amostragem devem ser facilmente reproduzíveis, inclusive porpessoas treinadas não sendo obrigatoriamente especialistas do grupo(Cranston & Hillman, 1992).

As formigas êomo indicadores biológicosda qualidade do espaço

As formigas constituem um dos grupos de animais que conseguemcolonizar ambientes terrestres com o mínimo de recursos para sobreviver,tais como áreas inundáveis e praias (Woodroff & Majer, 1981; Salmeron etaI., 1983). Nas áreas de mineração, as formigas estão também entre osprimeiros organismos colonizadores e perfeitas testemunhas das condi-ções de recuperação do meio natural, sobretudo o solo, após extração dosminerais e reposição das rochas (Majer, 1990). Além do mais, qualquerintrodução de formiga exógena (isto é: proveniente de outro continente [exó-tica] ou de outro área geográfica próxima ou não da própria RegiãoNeotropical) interage com a fauna nativa, competindo e, as vezes, diziman-do espécies endêmicas (Clark et ai, 1972; Lubin, 1984; Holldobler and Wil-son, 1990; Delabie, 1993). A partir dessas duas constatações além dasobservações feitas nos parágrafos anteriores, entende-se que as comuni-dades de formigas são altamente instáveis, sendo submetidas de formaconstante a uma pressão de colonização dos habitats que ocupam e desubstituição de seus membros por espécies oportunistas ou mais compe-titivas.

O conhecimento sobre a natureza de determinada comunidade de for-migas e as demais informações que podem ser obtidas a partir dasmetodologias descritas acima fornecem uma imagem sobre a situação tem-porária da comunidade em questão e o tipo de ambiente onde ocorre (umpasto ou uma floresta, por exemplo), além de permitir inferir sobre sua con-servação ou degradação (por exemplo, se esta comunidade está sendosubmetida a alguma influência antrópica, como seria o caso de Wasmanniaauropunctata, espécie altamente oportunista e competitiva que existe na-turalmente a nível da serapilheira da Mata Atlântica, assim como das outrasmatas-úrriidasneotropicais, mas que prolifera quando o ambiente está sub-metido a qualquer alteração ou transformado com fins agrícolas). As pes-quisas atualmente realizadas no Laboratório de Mirmecologia do Centro de

63

XII encontrode2oologindo::Nordeste

Pesquisas do Cacau têm como um dos seus principais objetivos o desen-volvimento das ferramentas necessárias a esse tipo de estudos e de tentarentender os mecanismos de formações dessas comunidades sob um as-pecto basicamente biogeográfico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABENSPERG-TRAUN, M. & STEVEN, D. 1995. The effects of pitfall trap diameteron ant species richness (Hymenoptera: Formicidae) and species composition ofthe catch in a semi-arid eucalypt woodland. Australian Journal of Ecology 20:282-287.

ADIS,J. 1987.Extractionof athropodsfrom neotropicalsoilswith a modified Kempsonapparatus. Journal of Tropical Ecology ~: 131-138.

ADIS, J. 1979. Problems of interpreting arthropod sampling with pitfall traps. ZoolAnz. 202 (3/4): 177-184.

AGOSTI, D, MOHAMED, M., ARTHUR, C.Y.C.1994. Has the diversity of tropical antfauna been underestimated ? an indication from leaf litter studies in a West

Malaysian lowland rain forest. Tropical Biodiversity 2.(1): 270-275.ANDERSEN,A.N. 1991.Samplingcommunitiesof ground-foragingants:pitfallcatches

comparedwith quadratcounts inanAustraliantropicalsavanna.AustralianJournalof Ecology 16: 273-279.

AYRES, JM; FONSECA, GAB da; RYLANDS, AB; QUEIROZ, HL; PINTO, LP;MATERSON, D & CAVALCANTI,RB. 1997.Proieto Parques e Reservas. Corre-dores Ecológicos do Brasil. PP-G7 / Programa Piloto para a Proteção das Flo-restas Tropicais Brasileiras. Versão 3.0 (em 2 volumes). MMA 1IBAMA, BancoMundial. Sociedade Civil Mamirauá, Brasília.

BELSHAW, R. & BOLTON, B. 1993.The effect of forest disturbance on leaf litter antfauna in Ghana. Biodiversity and Conservation 2: 656-666.

BESUCHET,C., BURCKHARDT, D. H. & LOBLE, I. 1987. The "Winkler/Moczarski"eclectoras an efficientextractorfor fungusand litterColeoptera.The Coleopterist'sBulletin 41: 392-394.

BRANDÃO, C.R.F. 1991. Adendos ao catálogo abreviado das formigas da regiãoNeotropical (Hymenoptera: Formicidae). Revta bras. Ent., 35: 319-412.

BROWN, K.S. e AB'SABER, A. 1979. Ice-age forest refuges and evolution in theTropis: correlationof paleoclimatological,geomorphologicaland pedologicaldatawith modern iological endemism. Paleoclimas, U.S.P., São Paulo, 5.

64

~;""",

XII tncontrode.zoologiados:Nordeste

BROWN, K.S. 1979.Ecologia.geografia e evolução nas florestas Neotropicais.Tesede Livre-Docência, UNICAMP,Campinas.

BROWN, K.S. Geographical patterns of evolution in Neotropical forest Lepidoptera(Nymphalidae: Ithomiinae and Nymphalinae - Heliconiini). In: H. Descimon (ed.)Biogéographie et Evolution en Amérique Tropicale, Publications du Laboratoirede Zoologie de I'E.N.S. n09,Paris, 118-160.

CÂMARA, C. de G. 1991. Plano de Ação para a Mata Atlântica. Fundação SOSMata Atlântica, São Paulo.

CLARK, DBM; GUAYASAMIN,C; PAZMINO,O; DaNOSO, C; PAEZ de VILLACIS,Y. 1982.The tramp ant Wasmanniaauropunctata: autoecology and effects onant diversity and distribution on Santa Cruz Island, Galapagos. Biotropica, 14(3): 196-207.

COLWELL,RK & CODDINGTON,JA. 1994.Estimatingterrestrialbiodiversitythroughextrapolation. Phil. Trans. R. Soe. London B, 345: 101-118.

CRANSTON,P.,HILLMAN,T.1992.Rapidassessmentof biodiversityusing 'BiologicalDiversity Technicians'. Australian Biologist, Q(3): 144-154.

DEAN, W. 1995.With broadaxand firebrand -the destruction of the Brazilian AtlanticForest. University of California Press, Berkeley, 482 pp.

DELABIE, JHC. 1993. Formigas exóticas na Bahia. Bahia. Análise e Dados, ~ (1):19-22.

DELABIE, JHC, AGOSTI, D & NASCIMENTO, IC do. 1998a. Litter ant communitiesof the Brazilian Atlantic rain forest region. Measuring and Monitoring BiologicalDiversity:StandartMethodsfor GroundLivingAnts, D Agosti,JD Majer,L.Tennantde Alonso & T. Schultz (eds), Smithsonian Institution, Washington (no prelo).

DELABIE, JHC; CASIMIRa, AB; NASCIMENTO, IC do; SOUZA, ALB; FURST, M;ENCARNACAO, AMV da; SMITH, MRB; CAZORLA, 1M.1994a. Stratification deIa communauté de fourmis (Hymenoptera: Formicidae) dans une cacaoyerebrésilienne et conséquences pour le contrôlenaturel des ravageursdu cacaoyer.Prec.11th InternationalCocoaResearchConference(1993},Yamoussoukro,Costado Marfim, Cocoa Producer's Alliance, Lagos, Nigeria, 823-831.

DELABIE, JHC, FISHER, BL, MAJER, JD & WRIGHT, IW. 1998b.Litter and soil antcommunities: how many samples need to be taken. Measuring and MonitoringBiologicalDiversity:StandartMethodsfor GreundLivingAnts, D Agosti, JD Majer,L. Tennant de Alonso & T. Schultz (eds), Smithsonian Institution, Washington(no prelo).

DELABIE, JHC; FOWLER, HG. 1993. Physical and biotic correlates of populationfluctuations of dominant soil and litterant species (Hymenoptera: Formicidae) in

65

.:.:..iIiiiI

XII encontrock2oologwdo::Norckste

8razilian cocoa plantations. Journal of the New York Entomological Society, 101

(1): 135-140.DELA8IE, JHC; FOWLER, HG. 1995. Soil and litter cryptic ant assemblages of

8ahian cocoa plantations, Pedobiologia, 39: 423-433.DELA8IE, JHC; LACAU, S; NASCIMENTO, IC do; CASIMIRO, A8 & CAZORLA, 1M.

1997. Communauté des fourmis des souches d'arbres morts dans trais réserves

de Ia forêt Atlantique brésilienne (Hymenoptera, Formicidae). Ecologia Austral,Z: 95-103.

DELA8IE, JHC; NASCIMENTO, IC do; FONSECA, EC da; SGRILLO, R8; SOARES,

PAO; CASIMIRO, A8 &FURST, M. 1997b (in press).8iogeografia das formigasde importância econômica no leste da 8ahia e nas regiões periféricas dos Esta-dos vizinhos: 1- Formigas cortadeiras (Hymenoptera; Formicinae; Myrmicinae;

Attini). Agrotrópica.DELA8IE, JHC; NASCIMENTO, IC do & MARIA NO, CSF. 1998c. Interactions entre

les fourmis arboricoles (Hymenoptera: Formicidae) et le sol des cacaoyeresdans le sud de 8ahia, 8résil. Prac. 11Séminaire sur les Maladies et les Insectes

Nuisibles du Cacaoyer, Yamoussoukra, Costa do Marfim, (no prelo).FOWLER, H. G. 1995. 8iodiversity estimates: Ant communities and the rare ant

species (Hymenoptera: Formicidae) in a fauna of a sub-tropical island. Revistade Matemática e Estatística 13.: 29-38.

FOWLER, HG; DELA8IE, JHC. 1995. Resource partitioning among epigaeic and

hypogaeic ants (Hymenoptera: Formicidae) of a 8razilian cocoa plantatíon, Eco-logia Austral, Q: 117-124.

FOWLER, HG; FORTI, LC; 8RANDÃO, CRF; DELA8IE, JHC; VASCONCELOS, HL.

1991. Ecologia Nutricional de formigas, In: AR Panizzi e JRP Parra eds., Ecolo-g@ Nutricional de Insetos ~ suas Implicações no Maneio de Pragas, EditoraManole e CNPq, São Paulo, 131-223.

HOLLD08LER, 8; WILSON, EO. 1990. The ants, Springer Verlag, 8erlin, 732 pp.

KEMPF, W.W. 1972. Catálogo abreviado das formigas da Região Neotropical

(Hymenoptera: Formicidae). Studia Ent., 15.: 3-344.LAUGA, J; JOACHIM, J. 1987. L'échantillonnage des populations d'oiseaux par Ia

méthode des E.F.P.: intérêt d'une étude mathématique de Ia courbe de richesse

cumulée. Acta Oecologica - Oecologia Generalis 8 (2): 117-124.LAVELLE, P., KOHLMANN, 8. 1984. Étude quantitative de Ia macrofaune du sol

dans une forêt trapicale humide du Mexique (80nampak, Chiapas). Pedobiologia27: 377-393.

LAWTON, JH; 81GNELL, DE; 80LTON, 8; 8LOEMERS, GF; EGGLETON, P;

66

..

XII encontrode.zoologiado2Vordeste

HAMMOND, PM; HODDA, M; HOLT, RD; LARSEN, TB; MAWDSLEY, NA;STORK, NE; SRIVASTAVA, OS & WATT, AD.1998. Biodiversity inventories,indicator taxa and eftects of habitat modification in tropical forest. Nature 391:72-76.

LESTON, D. 1978.A Neotropical ant mosaicoAnnals of the Entomological Society ofAmerica 71: 649-653.

LÉVIEUX, J. 1969. L'échantillonnage des peuplements de fourmis terricoles.Problemes d'écologie: I'échantillonnage des peuplements animaux des milieuxterrestres (M. Lamotte & F.Bourliere, eds), Masson, Paris, 289-300.

LONGINO, JT & COLWELL, RK.1997. Biodiversity assessment using structuredinventory:capturing the ant fauna of a tropical rain forest. Ecological ADDlicationsZ (4): 1263-1277.

LONGINO, JT & NADKARNI, NM. 1990. A comparison of ground and canopy leaflitter ants (Hymenoptera: Formicidae) in a Neotropical montane forest. Psyche97 (1-2): 81-93.

LUBIN, YD. 1984. Changes in the native fauna of the Galapagos Island followinginvasion by the little red fire ant, Wasmann;a auropunctata. Biol. J. Linn. Soe.,21: 229-242.

MAJER, J.D. 1972. The ant mosaic in Ghana cocoa farms. BulI. ent. Res. 62: 151-160.

MAJER, J.D. 1983.Ants: bio-indicators of minesite rehabilitation, land use, and landconservation. EnvironmentalManagement7: 375-383.

MAJER, JD. 1984. Ant return in rehabilitated mines - an indicator of ecosystemresilience.MedecosIV.Proc.41t!Int.Conf.on MediterraneanEcosystems,105-106.

MAJER, JD. 1990. Rehabilitation of disturbed land: long-term prospects for therecolonization of fauna. Proc. Ecol. Soe. Aust., .1.Q:509-519.

MAJER, J.D. 1996, (in press). The use of pitfall traps for sampling ants and otherinvertebrate fauna - a critique. Memoirs of the Museum of Victoria.

MAJER, J.D.; DELABIE, J.H.C. 1993. An evaluation of Brazilian cocoa farm ants aspotential biological control agents, Journal of Plant Protection in the Tropics, 10(1): 43-49.

MAJER, J.D.; DELABIE,J.H.C. 1994.Comparisonof the ant communities of annuallyinundated and terra firme forests at Trombetas in the Brazilian Amazon.lnsectesSociaux, 41: 343-359.

MAJER, JD; DELABIE, JHC & MCKENZIE, NL 1997. Ant litter fauna of forest forestedge and adjacent grassland in the Atlantic rain forest region of Bahia, Brazil.Insectes Sociaux, 44: 255-266.

67

XII encontro de ,Zoologia do 2Vordesú

MAJER,JD; DELABIE,JHC;SMITH,MRB.1994. Arboreal ant community patternsin Brazilian cocoa farms. Biotropica, 26 (1): 73-83.

OLIVEIRA, R.M de. 1998. Fatores ambientais e esoécies endêmicas: o uso de sis-tema de informaçãogeográfica para a conservação da biodiversidade. Disserta-ção de Mestrado, UNESP, Rio Claro, SP.

OLlVER, 1.,BEATTIE,A.J.1996. Designinga cost-effective invertebratesurvey: a testof methods for rapid assessment of biodiversity. Ecological Applications 6 (2):594-607.

OLSON, D. M. 1991. A comparison of the efficacy of litter sifting and pitfall traps forsampling leaf-litter ants (Hymenoptera: Formicidae) in a tropical wet forest, Cos-ta Rica. Biotrooica 23: 166-172.

ROOM, P.M. 1971. The relative distribution of ant species in Ghana's cocoa farms.Journal of Animal Ecology 40: 735-751.

SALMERON, FJA; BASTOS, MM; TALAVERA, JMS. 1983. Capacidad detranscripcion de uma mirmecocenosis en un medio adverso. BoI. Asoc. Eso.Entomol., I: 151-158.

STRICKLAND, A.H. 1945. A survey of the arthropod soi! and litter fauna of someforest reserves and cacao estates in Trinidad, British Westlndies. Journal ofAnimal Ecology 14 (1): 1-11.

TAYLOR,B. 1977.The ant mosaic on cocoa and othertree crops in Western Nigeria.Ecological Entomology 2: 245-255.

THOMAS, WW; CARVALHO, AMV; AMOR1M,AMA; GARRISON, J & SANTOS, TSdos. 1998 (in press). Diversity of woody plants in the Atlantic Coastal Forest ofSouthern Bahia, Brazil. Biotropica.

VASCONCELOS, H.L.; CARVALHO, K.S. & DELABIE, J.H.C. 1997. Efeitos da per-turbação florestal sobre a comunidade de formigas do solo da Amazônia Cen-tral. Mirmecologia Tropical, 45-50.

WINDER, J.A. 1978. The role of non-dipterous insects in the pollination of cocoa inBrazil. Bulletin of Entomological Research 68: 559-574.

WOODROFF, S; MAJER, JD. 1981. Colonization of ants on the exposed banks ofthe Canning Dam reservoir. Aust. ent. Mag., ~ (4): 41-46.

68

--