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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

Centro Universitário Leonardo da Vinci

Organização

Grupo UNIASSELVI

Reitor da UNIASSELVI

Prof. Malcon Anderson Tafner 

Pró-Reitor de Ensino de Graduação a Distância

Prof. Janes Fidélis Tomelin

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância

Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa

Paulo Herique do Nascimento

Revisão:

Harry Wiese

José Roberto Rodrigues

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Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.

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SOCIOLOGIA

A PRESENTAÇÃO

O cenário do século XXI é fruto de uma série de variáveis dasquais se podem citar: a globalização, as inovações tecnológicas, ocaos urbano, a falta de mão de obra qualicada, as exigências e osdesaos, as incertezas da modernidade, a destruição ambiental,

a robótica, a inteligência articial, dentre tantas outras.De certa forma, podemos dizer que se vive em um período de

imprevisibilidade frente aos cenários futuros. Conforme Drucker (2002),a sociedade, em poucas décadas, tem se organizado e mudado sua

visão de mundo, valores básicos fundamentais, a estrutura social epolítica, as artes, dentre outras.

Diante deste cenário em que vivemos, muitas são asproblemáticas que se fazem presentes para a sociedade, que e exigem

cada vez mais, do ser humano, buscar soluções para os desaos que sefazem presentes. Por isso, você irá estudar alguns assuntos que de certaforma estão na agenda das discussões na atualidade, a saber: desaose perspectivas da vida urbana; políticas públicas, sociodiversidade,sustentabilidade, geopolítica mundial e conitos internacionais.

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1 GEOPOLÍTICA MUNDIAL

O termo Geopolítica pode sugerir, à primeira vista, a uniãode Geograa e Política. De fato, ambas as disciplinas são partedo contexto da Geopolítica. Atualmente, porém, muitas outrasdisciplinas, como a ecologia, o direito, a história, a economia, asociologia, dentre outras, têm discutido assuntos desta ordem.

Antigamente, discutia-se a arte da guerra e a estratégiapara compreender a divisão política do mundo. Em tempos deglobalização, a discussão passa pela compreensão do espaçoem função de religiões, matrizes energéticas, conitos regionaise nanceiros, entre outros. Além disso, as relações de poder entre

as nações é tema primordial para essa disciplina.

Para se ter uma ideia, a questão da Palestina, por exemplo, extrapola e muito as fronteiras de Israel e da Palestina,e praticamente divide o mundo com várias tendências de

pensamento e ação. O bloqueio americano a Cuba divide opiniõesno mundo ocidental. A crise nanceira nos países europeus estáapenas começando e já causa reexos no mundo todo. Issotudo faz parte da ideia de globalização, que será vista adiante. Oconceito de globalização certamente discute estas inuências cada

vez mais próximas entre os países. Isso demonstra o quanto aglobalização e a geopolítica são termos próximos. A área de estudoda geopolítica mundial é, portanto, a organização dos países e

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instituições em suas relações de poder, entre eles mesmos e oambiente.

1.1 A ORGANIZAÇÃO DO MUNDO NO PÓS-GUERRA

Logo após a Segunda Guerra Mundial, o planeta se dividiu

entre capitalistas e socialistas. Isso foi fruto da divisão de doisex-aliados, Rússia e Estados Unidos, que passaram a dominar diferentes regiões do globo.

FIGURA 1 – MAPA-MÚNDI DOS TEMPOS DE GUERRA FRIA

FONTE: Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-ZRXVApCTCo4/TaCJ8wXljMI/AAAAAAAAABY/ul ihjCr4Fg8/s1600/bipolaridade+mundial.gif>. Acesso em: 1 ago. 2011.

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A divisão do pós-guerra levou o mundo a ter dois blocospoliticamente distintos: o dos países capitalistas, liderados pelosEstados Unidos, e o dos socialistas, liderados pela extinta UniãoSoviética. Vários conitos, como a Guerra do Vietnã e a RevoluçãoCubana, zeram parte desse contexto, em que a balança do poder pendia ora para um lado, ora para outro. Com o m da UniãoSoviética e a queda do Muro de Berlim, foi abaixo também essemundo dividido em dois, dando lugar a novos países e novasformas de se pensar o planeta do ponto de vista político. Tambémse abriu espaço para discussões mais focadas nos aspectosambientais e econômicos.

Hoje vemos o crescimento dos BRICs (grupo dos paísesformados por Brasil, Rússia, Índia e China), ameaçando ahegemonia da Europa e dos Estados Unidos. As economiasdos BRICs crescem a passos largos, enquanto se percebe umaestagnação nas economias europeia e americana. Puxadas por esses países, Ásia e América Latina crescem e tendem a se afastar do que se chamou, durante a guerra fria, de “terceiro mundo”.

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FIGURA 2 – PAÍSES DOS BRICS

FONTE: Disponível em: <http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2010/01/BRIC.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

As reservas energéticas e de biodiversidade sãoconsideradas essenciais nessa nova conguração do mapa-múndi. Nos tempos das grandes navegações, países com mais

colônias eram os mais poderosos. Na atualidade, reservasbiológicas e energéticas movem conitos e relações entre paísese organizações, como no caso do petróleo ou de orestas como aAmazônia. A própria água potável já é tema de amplas discussõese conitos entre nações.

Outro tema importante para a Geopolítica é a questão dasmigrações. Para Silva (2000), a migração dos trabalhadores não éum fato novo, mas atualmente, de certa forma, está estreitamenteassociada à globalização. E assim, podemos perceber que esta

migração tem inuenciado até mesmo na identidade dos paísese que têm reações das mais diversas.

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1.2 AS IDENTIDADES

As identidades nacionais e mesmo institucionais são temade muita discussão nos tempos de globalização. Há tempos,parecia fácil distinguir os povos por seus costumes, tradições,enfim, sua cultura. Hoje, quando as grandes corporaçõesconseguem chegar aos mais distantes pontos do planeta, ascomidas regionais são substituídas por  Big Macs e as roupastípicas são substituídas por  jeans ou artigos da moda. Um operáriochinês pode ter hábitos, no seu dia a dia, semelhantes aos de umoperário brasileiro, africano ou europeu. Mesmo as facilidadesem torno de transporte e comunicação colaboram para isso. Éfácil entrar em contato com pessoas dos mais diferentes lugaresatravés das mídias sociais. Também estão muito mais acessíveisas viagens, principalmente pela popularização e pelos preços cadavez mais competitivos do setor aéreo.

Tudo isso inuencia para que cada vez mais as identidadesnacionais sejam fragmentadas, ou seja, as culturas se entrelaçame relativizam as noções que cada país ou povo tem de si mesmoe dos outros. A Geopolítica não se afasta dessa discussão, já que,assim como se fragmentam as identidades, contraditoriamente,tendem a se rmar para sobreviver a esse movimento. É o casodos terroristas, que podem ter suas bandeiras próprias, mas nofundo lutam por suas identidades.

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1.3 PERSPECTIVAS PARA O “PÓS-11 DE SETEMBRO”

Em um mundo de identidades fragmentadas, com Europae Estados Unidos em crise, o que podemos esperar do futuro? Osataques de 11 de setembro, que destruíram o World Trade Center e parte do Pentágono, podem dar uma dica de que a supostasegurança da política americana nada mais tem de segura. Aguerra contra o terror, tão falada nos meios de comunicação, éuma guerra com alguns diferenciais: Um deles é que, diferentedas guerras antigas, onde cada exército tinha seu uniforme, nesseo inimigo usa roupas civis e pode estar dentro do trem, do metrôou do avião. Isso aumenta muito a paranoia e a obsessão por uma segurança que não existe de fato. A própria liberdade estáem xeque, uma vez que as pessoas já não saem nas ruas comtanta segurança.

Outra diferença desta guerra em relação às que foramfeitas antes do 11 de setembro é que ela instiga uma espéciede Apartheid dirigido aos islâmicos. Muitos terroristas sãofundamentalistas islâmicos, o que gera, em parte dos americanose outros ocidentais, a ideia de que o problema é o Islã e seuspressupostos, o que não corresponde à realidade.

Economicamente, já vimos que o mundo se encaminhapara um predomínio de novas nações, especialmente a China. Ogigante oriental cresce a taxas altíssimas e engole a economiamundial como um dragão, enquanto países europeus tradicionais,como a (PIGS) Grécia, Portugal, Espanha e Itália, patinam epedem ajuda.

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FIGURA 3 – 11 DE SETEMBRO

FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/

Ficheiro:National_Park_Service_9-11_Statue_of_Liberty_ and_WTC_re.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2011

A velocidade dos acontecimentos faz com que a cada dianovas perspectivas se abram para que possamos compreender omundo atual. Nenhuma delas, no entanto, trará a certeza absoluta.A cada dia temos mais e mais certeza de que não há certezas emrelação ao futuro do planeta. A guerra está cada vez mais em nósmesmos, em nosso dia a dia. Para Bauman (2007), “Os medosnos estimulam a assumir uma ação defensiva. Quando isso ocorre,a ação defensiva confere proximidade e tangibilidade ao medo”.É esse medo o grande perigo nas relações e no entendimento

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dessas relações. Cabe a cada um de nós acompanhar e inuenciar para um futuro pacíco.

O NOVO TERRORISMO

Um outro entendimento trouxe à tona o termo “NovoTerrorismo”, que vem sendo utilizado por muitos teóricos a

partir de meados dos anos 90, sendo o 11 de setembro vistocomo o marco desse, cuja organização, ações e objetivossão transnacionais, e não regionais como os do ETA (gruposeparatista basco, caracterizado pela luta dos bascos por suaautonomia política) ou do IRA (Exército Republicano Irlandês,

que buscava a autonomia da Irlanda em relação a Londres). Osnovos terroristas têm táticas mais sosticadas, inclusive suicidas.(29) Ademais, o “Novo Terrorismo” não deve ser identicado comnenhuma nacionalidade, religião ou tradição cultural, assim comoo eram anteriormente.

Na época do velho terrorismo, ou terrorismo tradicional,havia grupos conhecidos, com propostas políticas bemdeterminadas e que, normalmente, assumiam seus atos. E ospaíses que os patrocinavam não costumavam esconder o fato

da comunidade global. Hoje, a situação é bastante diferente, talcomo expressa o especialista norte-americano Ian O. Lesser,de que os ataques de 11 de setembro são exemplos típicos donovo terrorismo, por apresentarem as seguintes características:enorme número de vítimas fatais, alvos simbólicos, ataques

suicidas e demora em assumir a autoria. (30)

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Grupos terroristas chamados de tradicionais apresentavamum certo limite às suas ações, de forma a expor as fraquezasde governos e grupos opositores e, não necessariamentebuscavam causar danos maiores do que os que consideravamnecessários para atingir seus objetivos. Mas o novo terrorismobusca conquistar suas metas através da publicação na mídiae não apresenta tantos limites quanto aos seus atentados, deforma que haja sempre uma repercussão, ainda que não sejanecessário atingir o alvo determinado. (31)

O chamado terrorismo tradicional ou velho terrorismoera cometido por um grupo de indivíduos pertencentes a umaorganização identicável, que tinha um claro controle de seuaparato e objetivos econômicos, políticos ou sociais altamentedenidos. (32) O fato é que, no passado, o terrorismo se vinculavaa grandes e organizados grupos, por vezes intrinsecamenteligados a Estados – normalmente não democráticos. Jáatualmente, as ações de maior vulto têm acontecido por partede células de organizações que, com recursos tecnológicos,capacidade de planejamento, uma estrutura descentralizada,podem causar muitos e maiores estragos. (33)

 O denominado novo terrorismo tem se intensicado,

sendo opção política de grupos extremistas, e que sabem ter namídia o principal meio de divulgação de suas ideias. Dessa forma,ações espetaculares tendem a ganhar mais espaço nos jornaise revistas (34) e na televisão, ao vivo, como apresentado nosatentados de 11 de setembro. Uma característica marcante a que

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se pode fazer alusão com relação ao chamado “Novo Terrorismo”seria a busca por publicidade. Quer dizer que os terroristasbuscam atingir seus objetivos por meio da mídia, pois produzresultados imediatos, tendo assim, uma grande repercussão,como nos ataques acontecidos às Torres Gêmeas, em que foiproporcionado à grande parte da população assistir ao atentadoà segunda torre ao vivo, no exato momento em que ocorria.

NOTAS

29 O Império Vulnerável. Revista Veja. Editora Abril. Edição 1718. Ano 34 nº37Edição Especial. 19 de setembro de 2001 p. 14

30 O Império Vulnerável. Revista Veja. Editora Abril. Edição 1718. Ano 34 nº37Edição Especial. 19 de setembro de 2001 p. 1431 Ibidem.32 Adaptação de: LESSER, Ian O. et. al. Op. cit. p. 833 O Império Vulnerável. Revista Veja op. cit. 19 de setembro de 2001 p.11-15

34 UTTI, Paulo e RICARDO, Silvia. Op. cit. p. 113

FONTE: NOGUEIRA, Patrícia. O terrorismo transnacional e suasimplicações no cenário internacional. Universitas - RelaçõesInt., Brasília, v. 2, n. 2, p. 221-244, jul./dez. 2004.

Em termos gerais, pode-se dizer que no cenário vigente,dentre os motivos que têm alimentado o terrorismo estão fatoresideológicos, religiosos, políticos, econômicos, dentre outros.Mas, de certa forma, o terrorismo, ou ainda o bioterrorismo, podedeixar uma população de uma determinada cidade ou país em

apreensão, pois nunca se sabe a hora, como, onde e por quemotivos o ataque se efetivou.

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2 CONFLITOS INTERNACIONAIS

O que domina o mundo hoje é o confronto entregrupos islâmicos prontos a tudo, inclusive aosuicídio, e o império americano, que possuias armas mais poderosas, mas não conseguecontrolar totalmente o Afeganistão, o Iraque e osoutros países do Oriente Médio. (TOURAINE,2006, p. 76).

Boa parte dos conitos armados em curso no mundoé resultado do processo histórico de invasão e ocupação deterritórios e de questões envolvendo a delimitação de fronteiras.Muitas guerras também eclodem pela disputa do controle por recursos naturais estratégicos, principalmente o petróleo, oupela escassez de recursos naturais e muita desigualdade social.Conforme Coelho e Terra (2005, p. 75), “a partir do século 16, como início do processo de colonização da América, da África e daÁsia, as grandes potências dividiram e redistribuíram essas áreas”.

Como consequência dessa divisão, passaram a conviver num mesmo território, povos e nações diferentes, ao mesmotempo em que se separaram grupos da mesma etnia em diversosterritórios. Posteriormente, durante o processo de descolonização(nal do século XIX e início do século XX), novos Estados foramconstituídos e desconstituídos.

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Atenção para os conceitos de povo e nação!

Povo – “É o conjunto de pessoas que fazem parte de umEstado – é seu elemento humano”. (MORAES, 2007, p. 192).Nação – “Agrupamento humano, em geral numeroso,cujos membros xados num território são ligados por 

laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos”.

(MORAES, 2007, p. 193).

2.1 PRINCIPAIS CONFLITOS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Segundo o Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz(SIPRI, 2011), organização com sede em Estocolmo, que divulgaanualmente um minucioso estudo sobre as guerras no mundo, 15grandes conitos armados estavam ativos em 2010.

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FIGURA 4 – DIVISÃO POLÍTICA

FONTE: Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/mapas_pdf/mundo_planisferio_politico_a3.pdf>. Acesso em: 25

 jul. 2011.

2.1.1 África

Com a independência das colônias africanas, especialmentea partir do ano de 1960, em vários Estados, prevaleceu o sistemade partido único, em que ditadores permaneciam no poder,favorecendo seu grupo étnico e negligenciando os demais. Dessaforma, “essa opressão estimulou a ação rebelde de segmentos

marginalizados e o surgimento das guerras civis” (GUIA DOESTUDANTE, 2010, p. 38-39).

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2.1.2 Ruanda

Em 1994, 800 mil pessoas, segundo a Organização dasNações Unidas (ONU, 2010), a maioria da etnia tutsi, foram mortasem uma ação desencadeada pela morte do presidente hutu deRuanda, Juvenal Habyarimana. A origem dos conitos entre asetnias remonta à ocupação belga de 1918 a 1962, quando a

minoria étnica tutsi foi favorecida com privilégios, em detrimentoda maioria de hutus.

2.1.3 Somália

Vinte anos após a queda do governo central, a Somáliapermanece em ruínas após diversas guerras civis, conitosreligiosos e anarquia que causaram a morte de meio milhão depessoas, forçaram um milhão de refugiados ao exílio e deslocaraminternamente outros milhões, segundo dados da Organização dasNações Unidas (ONU, 2010).

2.1.4 Sudão

Entre 1956 e 2005, os rebeldes sulistas entraram emconito com a capital Cartum, reclamando maior autonomia. Osconitos arrasaram a região e somente em 2005 um acordo depaz foi rmado, após milhares de mortes. Em janeiro deste anofoi realizado um referendo sobre a independência do sul, que foiaprovada pela maioria da população. Em 8 de julho de 2011, o

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Sudão do Sul se tornou ocialmente o mais novo país do mundo.

Veja infográfico sobre os conflitos no ContinenteAfricano acessando: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/infograco/afp/2010/02/02/conheca-os-principais-conitos-na-africa.jhtm>. Acesso em: 18 jul. 2011.

Para saber mais sobre este conito que já matou milhares

de pessoas na América Latina, acesse: <http://veja.abril.com.br/130208/p_062.shtml>. Acesso em: 18 jul. 2011.

2.1.5 Colômbia

Neste país, as Forças Armadas Revolucionárias daColômbia (FARC) são a principal guerrilha do país, cujas

especialidades são o sequestro e o narcotráco. Autoproclamadaguerrilha revolucionária marxista-leninista, luta pela implantaçãodo socialismo na Colômbia.

2.1.6 Afeganistão

Depois dos atentados com aviões nas torres gêmeasde Nova York, os americanos exigiram que o Talibã entregasseo chefe da rede al-Qaeda, que havia assumido a autoria dosataques. Com a recusa do grupo, os Estados Unidos invadiram o

Afeganistão para derrubar o Talibã. Nestes dez anos de ocupaçãodo país, os talibãs sofreram perdas, mas não estão derrotados.

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Saiba mais sobre esta importante guerra daatualidade acessando: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/raio-x-da-guerra-afeganistao.html>.

Acesso em: 18 jul. 2011.

Para saber mais sobre o conito e sua localização,acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Caxemira>. Acessoem: 18 jul. 2011a.

Os Estados Unidos anunciaram em junho deste ano a retiradadas tropas do país até 2014.

2.1.7 Índia e Paquistão

O conito que envolve a Índia – de maioria hindu e – oPaquistão – de maioria muçulmana – preocupa toda comunidadeinternacional, uma vez que envolve duas potências nucleares.A discórdia gira em torno da região da Caxemira, localizada aonorte da Índia.

2.1.8 Filipinas

A atividade de grupos terroristas islâmicos separatistas é oprincipal conito deste país asiático, majoritariamente cristão. Osgrupos islâmicos Abu Sayyaf, Frente Moro de Libertação Islâmica(FMLI) e Frente Moro de Libertação Nacional (FMN) desaam ogoverno lipino reclamando um Estado independente em Mindanao,

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arquipélago situado no sul do país, de maioria muçulmana.

Para saber mais sobre o movimento separatistanas Filipinas, acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Insurg%C3%AAncia_nas_Filipinas>. Acesso em: 18 jul. 2011b.

Saiba mais sobre este conito acessando: <http://

g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/raio-x-da-guerra-iraque.html>. Acesso em: 18 jul. 2011.

2.1.9 Iraque

Sob o argumento de que o país possuía armas de

destruição em massa e sem a aprovação do Conselho deSegurança da Organização das Nações Unidas (ONU), forçasamericanas e britânicas invadiram o Iraque em 20 de março de2003. O ex-ditador Saddam Hussein foi acusado por diversoscrimes, entre os quais um massacre de xiitas em 1982, tendo

sido condenado à forca por crimes contra a humanidade. Em 18de agosto de 2010, o conito foi encerrado.

2.1.10 Israel

O conito entre israelenses e palestinos envolve a disputa

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Saiba tudo sobre a disputa entre israelenses epalestinos acessando: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Conito_israelo-palestino>. Acesso em: 18 jul. 2011c.

pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada pelosterritórios palestinos e por Israel. O conito teve início no século

19, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar umEstado em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentosna região então controlada pelo Império Otomano. Desde então,apesar de inúmeras negociações de paz, a região vive em conito.

2.1.11 Revoluções Árabes

Os movimentos pró-democracia iniciados em dezembro de2010 na Tunísia e que ganharam força na África do Norte e OrienteMédio já destituíram dois presidentes – da Tunísia e do Egito.Na Líbia, rebeldes lutam contra o regime do ditador Muammar Gadda, no poder há 42 anos. A Organização do Atlântico Norte

(OTAN) assumiu o controle das manobras contra o regime, comapoio do Conselho de Segurança da Organização das NaçõesUnidas (ONU). Apesar das deserções em seu exército e dapressão internacional, o ditador ainda resiste. Protestos popularestambém chegaram a Bahrein, Marrocos, Iêmen, Jordânia, Irã e

Arábia Saudita.

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Para saber mais sobre as manifestações populares

nos países da África do Norte e Oriente Médio,acesse: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/celular/noticias/2011/02/110221_mapas_oriente_medio.shtml>.Acesso em: 18 jul. 2011.

2.2 RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS

A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em1945 para que o mundo se libertasse do agelo da guerra.

FIGURA 5 – ONU

FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/geografia/

organizacao-das-nacoes-unidas-onu/>. Acesso em: 25 jul. 2011.

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SOCIOLOGIA

Conheça a Declaração Universal dos Direitos Humanos,

documento-marco na história dos direitos, acessando:<http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-os-direitos-humanos/>. Acesso em: 25 jul. 2011.

Todavia, estamos muito distantes do mundo idealizadopelos arquitetos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

em dezembro de 1948, uma vez que conitos espalhados emtodos os cantos do planeta assolam a vida de milhões de pessoas.

Nesse cenário, o desao de controlar os conitos armadosse impõe a todos. E nada como as primeiras linhas da Constituiçãoda Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciênciae a Cultura (UNESCO) para inspirar a luta pela paz: “Uma vezque as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é nas mentes

dos homens que devem ser construídas as defesas da paz”(UNESCO, 2011).

3 VIDA URBANA EM FOCO

Na história da humanidade é possível observar que emcertos momentos a vida esteve ora concentrada no campo, orana cidade. Entretanto, atualmente tem predominado a vida nascidades. É claro que em outros períodos da história da humanidade

também houve o predomínio da vida na cidade. Ao investigar acidade de Roma Antiga, encontraremos certos problemas como

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os atuais, é claro, com outra roupagem, a exemplo: violência,roubos, lixo nas ruas, dentre outros.

Entretanto, com nova roupagem, as cidades modernas nãopodem ser consideradas um “paraíso terrestre”, pois nelas existeuma série de problemas a serem sanados. Por exemplo: falta desaneamento básico, falta de segurança, alagamentos, homicídios,

latrocínios, dentre outros problemas. E o desao que se tem feitopresente é administrar tal situação e buscar soluções dentro dosrecursos disponíveis para que a vida urbana seja qualicada.Segundo Guterres (2010), em 1950, menos de 30% da populaçãoglobal vivia em cidades. Esse percentual subiu para mais de 50%

e deverá chegar a 60% por volta de 2030. Em termos numéricos,as estatísticas são igualmente impressionantes. Enquanto cercade 730 milhões de pessoas viviam em zonas urbanas em 1950,agora são mais de 3,3 bilhões.

 

Além disso, devido ao êxodo rural e, de certa consequência,aumento do tamanho das cidades, não há de se negar que muitascidades cresceram sem o mínimo planejamento necessário ouinfraestrutura adequada. Muitas cidades têm no seu interior imensas comunidades que são construídas sem a infraestrutura

mínima, ou ruas que surgem sem sequer serem planejadas.

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FIGURA 6 – FAVELA

FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_AMa8BZ3IG5g/S-wVCDvatVI/AAAAAAAAAXU/Fd8u-91hgSA/s1600/favela.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

Ao analisarmos em especíco, em muitas das grandescidades brasileiras, é comum o crescimento desordenado.Repentinamente, casas aparecem, sem a devida autorização do

poder público e, às vezes, em locais impróprios para construçõesde moradias. Frente a este cenário, é muito comum observarmosem jornais notícias que versem sobre cidades que ficaramalagadas ou casas que foram soterradas, e, por vezes, ceifandovidas humanas. Quanto às cidades, reforçam ainda Araujo, Bridi,

Motim (2009, p. 191):

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A cidade é um complexo, onde os problemas sãoainda mais interdependentes e conectados. O

esgoto não canalizado, exposto a céu aberto, vazapara o vizinho. O lixo produzido e arremessadonos rios da cidade interfere na vazão da água,resultando em enchentes. A falta de transportepúblico, ou em condições insucientes, afeta a

qualidade de vida dos cidadãos, que dependem de

locomoção para trabalhar. Além disso, transportepúblico ruim incentiva o uso individual do automóvel,agravando as condições ambientais e provocandocongestionamentos, além de outros exemplos dainter-relação dos espaços da cidade.

Observa-se que diversos são os problemas que existemnas cidades, e estes problemas podem ter as mais diversascausas. Também não podemos deixar de mencionar a violência,que acontece principalmente nas grandes cidades, e tambémtem surgido nas cidades de pequeno e médio porte. Outrossim,diversas são as causas da violência que tem atingido as cidadesbrasileiras.

As causas da violência, portanto, têm raízes sociais

e históricas. Nas cidades, por se constituírem centros

mais dinâmicos do capitalismo, concentram-se nomesmo espaço as contradições e os contrastessociais: casas luxuosas lado a lado com moradiasprecárias. A opulência do consumo versus a

severidade da escassez faz-se visível na cidade. [...].(ARAÚJO; BRIDI; MOTIM, 2009, p. 198).

Além das causas da violência supramencionadas, podemos

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encontrar outras, porém, para amenizar a violência em algumascidades ou regiões, as autoridades públicas buscam em alguns

casos tomar medidas mais enérgicas no sentido de inibir a suadifusão, já em outras cidades ou regiões isso pode não acontecer.

É comum observar que a sociedade ou parte dela temcobrado que as penalidades sejam mais severas ao que tenha

conduta ilícita, ou ainda, que se construam prisões com o intuitode inibir a violência ou, até mesmo, penalizar os que descumpremas leis. A violência interfere no modo das pessoas agirem epensarem no dia a dia! Existem pessoas interessadas no aumentoda violência para expandir negócios e aumentar os lucros!

Como apontado, nas cidades brasileiras são inúmeros osproblemas enfrentados pelos habitantes, desde a segurança atéo esgoto a céu aberto, falta de água potável, ou ainda, décit dehabitação, ou seja, há um número considerável de brasileiros que

buscam realizar o seu sonho, ter casa própria.

Além das mudanças frequentes que acontecem nascidades, os que as gerenciam devem estar atentos às discussõesda sustentabilidade, principalmente em assegurar um crescimento

racional da população. Conservação dos recursos para garantir vida futura das cidades e reestruturação das formas de consumoe redução da poluição deverão ser uma preocupação. (MORENO,2002).

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4 POLÍTICAS PÚBLICAS

FIGURA 7 – POLÍTICAS PÚBLICAS

FONTE: Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/inc/multimidia/verImagem.aspx?codImagem=149118>.Acesso em: 1 ago. 2011.

Para buscarmos resposta a esta pergunta temos deindagar, primeiramente, o que é política. Da perspectiva clássica,política ( politikós) é um adjetivo que tem origem na palavra grega pólis e refere-se a tudo o que diz respeito às coisas da cidade; ou

seja, ao que é urbano, público, civil e social. Aristóteles, no séculoV a.C., foi o primeiro lósofo a desenvolver um tratado sobre otema, intitulado “Política”.

Na era moderna, esse conceito adquire nova roupagem

e, aos poucos, a ideia de política como arte de governar a pólis passa a ser substituída por expressões como “Ciência do

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Estado” ou “Ciência Política”. Na conotação moderna, a política,em contraponto ao termo que tinha como referência a pólis, diz

respeito à atividade ou ao conjunto de atividades que, de algumamaneira, faz referência ao Estado.

No contexto das Políticas Públicas, a política é entendidacomo o conjunto de procedimentos que expressam relações de

poder e que se orienta à resolução de conitos no que se refereaos bens públicos. Em suma, a política implica a possibilidade deresolvermos conitos de uma forma prática. Deste modo, PolíticasPúblicas é o processo pelo qual os diversos grupos que compõema sociedade tomam decisões coletivas, que condicionam oconjunto dessa sociedade. Quando decisões coletivas sãotomadas, elas se convertem em algo a ser compartilhado, isto é,em uma prática comum.

Para atingir resultados em diversas áreas e promover obem-estar da sociedade, os governos se utilizam das PolíticasPúblicas, que podem ser denidas como um conjunto de açõese decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) deproblemas da sociedade.

Segundo Rua (1998), as demandas da sociedade sãoas aspirações e as necessidades, sejam estas expressas demaneira organizada ou não; e que estão em consonância ounão com amplos setores da sociedade ou a pequenos grupos.

Entretanto, as demandas sociais da sociedade contemporânease caracterizam por uma ampla diversidade tanto em termos de

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idade, religião, etnia, língua, renda, prossão, ideias, valores,interesses e aspirações.

As reivindicações podem ser por saúde, educação,segurança pública, transportes, estradas, saneamento, demandaspor preservação ambiental, pelo desenvolvimento sustentável, por direitos políticos, direitos de greve, por renda e outros.

Entende-se que estas áreas são prioritárias para odesenvolvimento de forma sadia e equilibrada de qualquer sociedade. Para que estas necessidades entrem na pauta dosgovernos, se faz necessário que tais demandas façam parte dosprogramas e metas do Executivo nos âmbitos municipal, estaduale federal.

Para elucidar melhor a ideia de necessidade/reivindicações/

demandas, observe o exemplo do Programa do ArtesanatoBrasileiro (PAB), gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cuja missão é “estabelecer ações conjuntas no sentido de enfrentar os desaos e potencializar as muitas oportunidades existentes para o desenvolvimento do

Setor Artesanal, gerando oportunidades de trabalho e renda,bem como estimular o aproveitamento das vocações regionais,levando à preservação das culturas locais e à formação deuma mentalidade empreendedora, por meio da preparação dasorganizações e de seus artesãos para o mercado competitivo”,

conforme apresentado na página do MDIC. Tal programa é geridopelo governo federal, mas busca a descentralização, pois pretende

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desenvolver as potencialidades dos estados e municípios.

De acordo com o livro Políticas Públicas: conceitos epráticas, do SEBRAE/MG (2008), tal política foi desenvolvidavisando à geração de emprego e renda, bem como a preservaçãodas culturas locais e a criação de uma mentalidade empreendedora.Para tanto, as ações adotadas são a capacitação de artesãos e

multiplicadores, estruturação de núcleos produtivos do segmentoartesanal, feiras e eventos para comercialização da produçãoartesanal e rotas de artesanato e turismo. Certamente, tais açõesnão são consideradas sucientes por todos os grupos envolvidosnesse tema, entretanto, certamente ela surgiu como resultado dainteração dos elementos que constituem esse segmento social.

Quanto mais consistente um programa de governo, sejaeste no âmbito federal, estadual ou municipal, maior a possibilidade

de a população ter uma melhor qualidade de vida. Entretanto, oque se apresenta em nosso país atualmente é uma gama depropostas e projetos que não são cumpridos, ou seja, políticaspúblicas que não se concretizam, não são implementadas ou nãocumprem com a sua nalidade na íntegra.

Para que a população tenha suas demandas e expectativasatendidas, precisamos urgentemente de uma maior conscientizaçãoquanto ao nosso dever de cidadão.

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O QUE É CIDADANIA?

Conforme Rodrigues (2010), cidadania se compõe de trêstipos básicos de direitos, que, por sua vez, remetem-nos a umconjunto de instituições especícas.

Direitos Civis: O primeiro tipo de direitos refere-se àquelesque se compõem dos direitos à propriedade, de rmar contratosválidos, de liberdade de expressão, pensamento, crença e justiça.Da perspectiva institucional, os direitos civis estão relacionados

aos Tribunais de Justiça, que servem para salvaguardar essesdireitos e à proteção dos membros da comunidade nacional.

Direitos Políticos: O segundo diz respeito ao direito devoto (votar e ser votado) e do acesso aos cargos públicos. As

assembleias representativas (locais e nacionais) são exemplosde instituições que servem como vias de acesso à participaçãopolítica (na legislatura) e ao processo de tomada de decisõespúblicas.

Direitos Sociais: Os direitos civis se referem a um lequemais amplo dos direitos dos cidadãos, que vão do direito a ummínimo de segurança e bem-estar econômico, até o direito departicipar plenamente da herança social e viver a vida de umser civilizado, de acordo com os padrões que prevalecem na

sociedade. Nesse caso, as instituições públicas correspondentessão a escola pública (que possibilita a todos os membros da

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id d b l l t bá i d

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comunidade receber, pelo menos, os elementos básicos de umaeducação) e os serviços sociais ofertados pelo Estado, que visam

garantir um mínimo de proteção contra a pobreza e a doença.Observe um caso bem-sucedido de uma Política Pública

realizada na cidade de Batalha – Piauí e que foi lançada no livro“Pequenos Negócios e o Desenvolvimento Municipal” (SEBRAE,

2008).BATALHA – PIAUÍ

Com a população de 25.751 habitantes, o município de

Batalha foi o ganhador da Região Nordeste do 4º Prêmio nacategoria Planejamento, Estruturação e Governança Local parao Desenvolvimento, graças ao programa Mutirão Empreendedor das Potencialidades de Batalha.

O objetivo da política pública desenvolvida pelo municípioem questão é apoiar o estímulo ao empreendedorismo por meiode capacitação, focada nas potencialidades econômicas daregião.

O público-alvo das ações são as mulheres empreendedoras,produtores rurais, apicultores e comerciantes (segmentoseconômicos já existentes no município, mas que não desenvolviamtodo o seu potencial). O investimento foi de R$ 216 mil, e contoucom a participação, além da prefeitura, do SEBRAE, BNB, Banco

do Brasil, associações de criadores, sindicatos e órgãos estaduaise federais.

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Em outras palavras, o município reconheceu sua vocaçãona ovinocaprinocultura, no gado leiteiro, na roça orgânica familiar,

na mandioca, na apicultura e no artesanato, e transformou essasatividades no meio de gerar trabalho e, consequentemente, ren-da, dinamizando a economia local, criando condições para quea população da cidade não precise mais buscar emprego nasgrandes cidades.

 

5 SOCIODIVERSIDADE

FIGURA 8 – SOCIODIVERSIDADE

FONTE: Disponível em: <http://mercadoetico.terra.com.br/website/wp-content/uploads/2009/05/diversidade.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

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Por sociodiversidade podemos entender a compreensão detoda uma sociedade diversicada, com múltiplas formas de cultura,

de entendimento, de oportunidades, de aceitação. Originalmente,no século XVIII, havia duas formas distintas de entendermoscultura – civilization (francesa – realizações materiais) e kultur  (germânica – aspectos espirituais). Esta ideia perpassou, em suaorigem, pela Antropologia. Já no século XIX, a ideia de cultura

se assemelha à palavra Culture (inglesa) – único vocábulo querepresentava “todas as possibilidades de realização humana” e inclui conhecimentos, crenças, leis, arte, princípios, moral ecostumes.

A Antropologia é entendida como: O estudo do homemcomo ser biológico, social e cultural. Antropos = homem e Logos =estudo. Surge como disciplina acadêmica no séc. XIX, juntamentecom a Sociologia. Porém, com focos distintos, pois seu objeto deestudo é diferente. Deste modo, sendo a Antropologia a ciência

do homem e de suas várias dimensões e manifestações, ela temum campo de investigação extremamente vasto: abrange, noespaço, toda a terra habitada; no tempo, pelo menos dois milhõesde anos; todas as populações socialmente organizadas e que secentram no desejo de conhecer a sua origem e a sua capacidade

de se conhecer.

Portanto, quanto mais diversicada uma sociedade, maior a sua riqueza cultural. Deste modo, precisamos aprender aaceitar o diferente, a não termos um padrão único em sociedade

e a vivermos de forma equilibrada e harmônica com as nossas

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diferenças sociais.

MISTURA CORPORATIVA

Cresce a preocupação das empresas em promover a inclusão e a ascensão das minorias em seus postosestratégicos. As mulheres são o principal alvo.

Roberta Queiroz Em janeiro deste ano, a executiva americana Ellen

Kullman assumiu o cargo de CEO global da DuPont, gigante

da indústria química. Foi a primeira mulher na empresa aalcançar esse cargo. Mas não deverá ser a última. Fruto deum longo trabalho de diversidade, a ascensão de mulheres aposições de liderança vem crescendo na empresa. Em 2003,elas representavam apenas 1% dos postos estratégicos na lial

brasileira. Hoje, 14% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres. “O nosso objetivo é manter o crescimento percentualda presença das mulheres em cargos de liderança de 2% aoano, como vem acontecendo nos últimos três anos”, arma AnaCristina Piovan, diretora de recursos humanos da DuPont Brasil.

O movimento feito pela DuPont vem sendo, cada vezmais, acompanhado por outras companhias. Preocupadas emaumentar a diversidade de seus times, empresas de diferentesportes e setores estão empenhadas em criar estratégias

de inclusão e ascensão não apenas de mulheres, mas das

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chamadas minorias. Segundo um levantamento feito pelo InstitutoEthos e pelo Ibope Inteligência com o apoio institucional da Inter-

American Foundation (IAF), em 2007, 79% das 500 maioresempresas do Brasil promoveram ações em favor da diversidade.Dois anos antes, apenas 52% delas se preocupavam com otema. “Apesar desse tipo de discussão não ser brasileiro, acabouchegando também aqui”, diz a antropóloga carioca Lívia Barbosa,

professora da Universidade Federal Fluminense. “O que era umassunto periférico passou a ser um tema importante.” [...]

 A IBM conta com anos de tradição na história da

diversidade. Muito antes de o assunto entrar na pauta de

discussão dos movimentos sociais, em 1935, a empresa jáhavia iniciado a política de equidade salarial entre homens emulheres. No Brasil, as ações ganharam mais foco em 2002.Com 17 mil funcionários na subsidiária brasileira, a companhiaconvidou os prossionais que fazem parte dos grupos de minoria

a liderar, junto com os executivos, as iniciativas de diversidade.Foram criadas equipes de trabalho para discutir diculdadese construir ações. São comitês de mulheres, portadores dedeciência, afrodescendentes e GLBT (gays, lésbicas, bissexuaise transexuais). “Criamos esses grupos porque não são executivos

tentando adivinhar as necessidades, mas as pessoas quevivem na pele as diculdades encontradas no dia a dia”, armaBonorino. [...]

 Desde 1996, a Fersol vem investindo em diversidade,

passando a contratar pessoas que fazem parte de minorias.

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Na época, com 90% do quadro formado por homens brancoscom idade entre 20 e 40 anos, a companhia começou a fazer 

parcerias com ONGs para selecionar mulheres, negros eportadores de deciência. “A qualicação é fundamental, mas,quando não conseguimos um prossional que tenha todos osrequisitos necessários para o cargo, criamos uma posição commenor responsabilidade para treiná-lo”, diz Michael Haradom,

presidente da Fersol. “Dessa forma, conseguimos mudar aformação da empresa.” Já em 2004, a Fersol contava com 64%de mulheres, 53% de afro-brasileiros, 26% de pessoas acima de45 anos, 3% de portadores de deciência, 3% de homossexuaise 5% de pessoas em processo de liberdade assistida. No mesmo

ano, a empresa bateu recorde em seu faturamento: 100 milhõesde dólares.

Os homossexuais também foram conquistando seurespeito no ambiente corporativo. Prova disso é o crescimento

de empresas que passaram a estender os benefícios do planode saúde para parceiros do mesmo sexo. Segundo a terceiraedição da pesquisa sobre benefícios de assistência à saúde daconsultoria Watson Wyatt, em 2008 houve aumento de 13% naconcessão da assistência pelas companhias em relação ao ano

anterior, quando esse índice era de 20%.

Os especialistas fazem um alerta para esse tipo deação. “Algumas empresas optaram por um caminho maisconservador, como oferecer benefícios”, arma Klecius Borges,terapeuta de homossexuais. “Isso é importante para mostrar que

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elas se preocupam com essa questão, mas não vai eliminar ainsegurança do prossional.” O mais importante, segundo ele,

é tornar as políticas claras e educar os funcionários a praticar orespeito às diferenças.

Tendo a diversidade como um dos pilares de seunegócio, a DuPont deixa claro, desde o início, que não tolera o

trato desrespeitoso. Assim que o funcionário entra, passa por treinamentos que envolvem a questão da diversidade. O códigode conduta da empresa também inclui essa questão e estabelecepadrões de convivência. [...]

Desenvolver os deficientes também foi a soluçãoencontrada pela IBM para incluí-los em sua força de trabalho. Em2008, a empresa realizou uma parceria com o Instituto Eldorado,em Campinas, interior de São Paulo, para formar 20 prossionaisem tecnologia, programação de sistemas e inglês. Para acelerar 

a capacitação dos prossionais e ter massa crítica para contratar,especialmente as pessoas com deciência, a empresa estárealizando um projeto em parceria com o Centro Paula Souza.“O perl da IBM é mais alto que o de muitas indústrias. A maioriapossui curso superior”, diz Bonorino. “Nosso desao é investir 

na preparação de mais pessoas desde a base.” O desao delee de muitas outras empresas que buscam efetivamente levar odiscurso de diversidade para a prática.

FONTE: Disponível em: <http://revistavocerh.abril.com.br/noticia/

conteudo_448482.shtml>. Acesso em: 12 maio 2011.

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Quando tratamos de aceitação, de livre oportunidade atodos e que as sociedades atuais são extremamente homogêneas,

compostas por pessoas com culturas distintas, interesses diversos,classes sociais conitantes, entendemos que faz-se imprescindívelque os diferentes que compõem esta sociedade tão multifacetadaconvivam da melhor maneira possível.

Para enfatizar, leia o texto a seguir, extraído do JornalFolha de São Paulo, dia 21.11.10, de Navi Pillay, alta-comissáriadas Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Todos temos a obrigação de combater a intolerância e

o preconceito e de exigir que os agressores, motivadospelo ódio, respondam por seus atos.

Seth Walsh tinha 13 anos quando foi até o jardim da casaonde morava com sua família, na Califórnia, e se enforcou. Seth

é um dos seis adolescentes que sabemos que se suicidaramnos EUA, só em setembro, devido ao que sofreram nas mãosde perseguidores homofóbicos.

Nas últimas semanas, vimos acontecer uma série de

ataques contra gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais nomundo. Em Belgrado, no dia 10 de outubro, um grupo demanifestantes atirou coquetéis molotov e granadas paralisantescontra uma parada do orgulho gay, ferindo 150 pessoas.

Em Nova York, em 3 de outubro, três jovens homossexuais

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foram sequestrados, levados para um apartamento desabitadoe torturados.

Na África do Sul, realizou-se em Soweto uma manifestaçãopara chamar a atenção para as violações contra as lésbicas nas“townships”, atos que os seus autores tentam justicar como umatentativa de “corrigir” a sexualidade das vítimas. A homofobia,

como o racismo e a xenofobia, existe em diversos graus, emtodas as sociedades. Todos os dias, em todos os países,indivíduos são perseguidos, violentamente atacados ou mesmomortos devido à sua orientação sexual.

Quer seja explícita, quer não, a violência homofóbicacausa um enorme sofrimento, que é frequentemente dissimuladosob um véu de silêncio e vivido na solidão.

Chegou o momento de fazermos ouvir a voz desses

grupos minoritários. Embora a responsabilidade pelos crimesmotivados pelo ódio recaia sobre os que os cometem, todostemos a obrigação de combater a intolerância e o preconceito ede exigir que os agressores respondam pelos seus atos.

A prioridade inicial é descriminalizar a homossexualidade.Em mais de 70 países as pessoas podem sofrer sanções penaisdevido à sua orientação sexual. Essas leis expõem os indivíduosà detenção, à prisão, até à tortura ou mesmo à execução eperpetuam o estigma, além de contribuir para um clima de

intolerância e violência.

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Ainda que importante, a descriminalização é apenaso primeiro passo. A experiência mostra que são necessáriosmaiores esforços para combater a discriminação e a homofobia.Infelizmente, acontece com demasiada frequência que aquelesque deveriam usar de moderação ou exercer a sua inuência parapromover a tolerância fazem exatamente o contrário, reforçandoos preconceitos.

Em Uganda, por exemplo, onde a violência contra aspessoas com base em sua orientação sexual é comum, um

  jornal, no dia 2/10, publicou uma matéria na primeira páginaidenticando cem ugandenses como gays ou lésbicas, colocandoao lado de suas fotos a frase: “Enforquem-nos”.

Temos que denunciar esse tipo de jornalismo como aquilo queé: incitamento ao ódio e à violência. No país, os ativistas de direitoshumanos que defendem os direitos de gays, lésbicas, bissexuaisou transexuais correm o risco de serem perseguidos ou detidos.No mês passado, em Genebra, falei sobre a descriminalizaçãoda homossexualidade em um painel promovido por um grupode quatorze países.

No evento, o arcebispo emérito Desmond Tutu manifestouseu apoio, falando apaixonadamente sobre as lições do apartheide sobre o desao de assegurar a igualdade de direitos para todos:“Sempre que um grupo de seres humanos é tratado como inferior 

por outro, o ódio e a intolerância triunfam”.

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Nã d i á i i t d t

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Não deveriam ser necessárias mais centenas de mortese espancamentos para nos convencer disso.

Compete a todos nós exigir a igualdade para nossossemelhantes, independentemente de orientação sexual e deidentidade de gênero.

FONTE: Disponível em: <http://www.gestospe.org.br/web/noticias/conteudo1/?conteudo=492481871>. Acesso em: 1 ago. 2011.

6 EM BUSCA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Atualmente, o consumo tem aumentado consideravelmentee isso tem levado à busca por matéria-prima para atender àelaboração dos produtos e satisfazer as necessidades humanasque são básicas ou até mesmo incentivadas pelo mercado. Porém,

muitas das matérias-primas não serão sucientes para atender às grandes demandas de consumo. Frente a este cenário, muitasdas organizações que produzem podem não estar preocupadascom as consequências malécas que podem trazer ao meioambiente. Por exemplo, se olharmos mais atentamente, podemos

visualizar vários descasos com a natureza, a exemplo: poluição,desmatamento, uso irracional dos bens renováveis ou não, mas,por outro lado, o tema sustentabilidade tem ganhado força noscírculos empresariais ou até mesmo na condução dos negócios.

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FIGURA 9 – DEVASTAÇÃO

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Ç

FONTE: Disponível em: <http://www.ecodebate.com.br/foto/desmat6.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

Entretanto, o sinal de alerta está lançado, pois apossibilidade iminente da ausência de matérias-primas renováveisou não tem deixado muitas organizações com a preocupação daviabilidade dos negócios frente às formas de usufruir os recursosnaturais. E além disso, a própria sociedade, de modo geral, tem semostrado preocupado com tal questão e tendo face às exigênciasda sociedade, tratados ou leis, a ação tende a redirecionar as suascondutas perante as formas de conduzir os negócios. De acordocom Seiffert (2009, p. 268):

A necessidade de conciliar o crescimento e a

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preservação ambiental, duas questões antes tratadas

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çseparadamente, levou à criação e ao amadurecimentodo conceito de desenvolvimento sustentável, quesurge como alternativa inclusive de abrangência

global. A consciência de que é necessário utilizar 

com parcimônia os recursos naturais, uma vez queestes podem se esgotar rapidamente, mobilizaa sociedade no sentido de organizar para que o

crescimento econômico não seja predatório, mas simsustentável.[...] A capacidade de carga do planetaTerra não poderá ser ultrapassada sem que ocorramgrandes catástrofes ambientais. Entretanto, não seconhece qual é essa capacidade, e será muito difícilconhecê-la com precisão, sendo necessário adotar 

uma postura proativa. Neste sentido, é preciso criar condições socioeconômicas, institucionais e culturaisque estimulem não apenas um rápido progressotecnológico poupador de recursos naturais, comotambém uma mudança na direção a padrões deconsumo que impliquem o crescimento contínuo e

ilimitado do uso de recursos naturais per capita. De certa forma, a humanidade tem se preocupado com

a necessidade de buscar um desenvolvimento sustentável. Noentanto, podemos dizer que para que se otimize o desenvolvimento

sustentável é necessário que neste processo se desenvolvamprojetos ecologicamente compatíveis com as necessidades humanase viáveis economicamente. Pois muitas das ações que têm impactosao meio ambiente, de certa forma, podem contribuir para aniquilar ou não as aspirações de gerações futuras, no sentido destas não

conseguirem atender às suas necessidades básicas, inclusive. Assim

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de acordo com Andrade, Tachizawa, Carvalho (2002, p. 21):

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( p )

Um dos maiores desaos que o mundo enfrentaráno próximo milênio será fazer com que as forças de

mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente,com a ajuda de padrões baseados no desempenhoe no uso criterioso de instrumentos econômicos, emum contexto harmonioso de regulamentação. O novo

contexto econômico caracteriza-se por rígida posturados clientes, voltada à expectativa de interagir comorganizações que sejam éticas, com boa imageminstitucional no mercado e que atuem de formaecologicamente correta. 

E como mencionado anteriormente, as questões de cunhoambiental têm atingido as organizações, pois estas podem nãoser responsabilizadas por continuar a destruir o meio ambiente eos anseios das próximas gerações. Por isso, conforme Donaire(2009, p. 28):

 Muitos países têm inserido em seus estudos de

desenvolvimento modelos de avaliação de impactoe custos-benefícios ambientais nas análises deprojetos econômicos, que têm resultado em novas

diretrizes, regulamentações e leis na formulaçãode suas políticas e na execução de seus projetosde governo. Tal iniciativa acarreta nova visão nagestão de recursos naturais, a qual possibilita, aomesmo tempo, ecácia e eciência na atividade

econômica e mantém a diversidade e a estabilidade

do meio ambiente.

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FIGURA 10 – RECICLAGEM E ENERGIAS ALTERNATIVAS

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FONTE: Disponível em: <http://vidasustentavel.perus.com/img/fog%C3%A3o-solar-feito-em-casa.jpg>. Acesso em: 1ago. 2011.

Enm, vários setores da sociedade têm buscado colocar na agenda das suas discussões as questões relativas ao meioambiente, ou ainda, já buscando implementar ações concretaspara efetivar o desenvolvimento sustentável.

7 SUSTENTABILIDADE

Caro(a) acadêmico(as)! Você já deve ter percebido que,

com o processo de globalização, o mundo se torna um só mercadocapitalista, e as práticas de exploração de recursos naturais, a

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produção de bens e o consumo atingem escala insustentável. Num

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processo paralelo, mas não necessariamente complementar, há

um crescimento da reexão e da consciência ecológica. A evoluçãoda reexão sobre ecologia nos coloca um impasse:

Como desenvolver a produção de bens e serviços paraatender à demanda crescente e potencialmente innita, com a

certeza da nitude dos recursos naturais?

Na tentativa de responder a essa pergunta, surge anoção de desenvolvimento sustentável.

7.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Um importante marco da reflexão sobre o processode mudanças que vivemos na sociedade contemporânea é o

relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre oMeio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das NaçõesUnidas (ONU), presidida pela Primeira-Ministra da Noruega,Gro Brundtland. O documento, também conhecido comoRelatório Brundtland, publicado em 1987, deniu o conceito de

desenvolvimento sustentável como: “desenvolvimento que satisfazas necessidades presentes sem comprometer a capacidade dasgerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. (WWF,2011). Aqui ca evidenciado o compromisso sincrônico, ou seja, ocompromisso com a geração atual, e o compromisso diacrônico,

com as gerações futuras. (MONTIBELLER FILHO, 2008).

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Sobre um histórico da evolução das reexões sobre

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Sobre um histórico da evolução das reexões sobre

desenvolvimento sustentável, ver: <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/IIseminario/pdf_reflexoes/reexoes_14.pdf>.

Não devemos confundir crescimento econômico comdesenvolvimento. Crescimento econômico é a multiplicação dariqueza material, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB),por exemplo. Desenvolvimento sustentável exige crescimentoeconômico com ampliação do emprego, redução da desigualdade

e da pobreza. É necessário compatibilizar a melhoria nos níveis equalidade de vida com a preservação ambiental. Segundo Sachs(1993), existem cinco dimensões daquilo que ele denominouecodesenvolvimento:

1 A sustentabilidade social: é o processo que visa à diminuiçãodas diferenças sociais e atendendo às necessidades materiaise não materiais das classes menos favorecidas.

2 A sustentabilidade econômica: visa à gestão e aplicação de

recursos nanceiros e investimentos tanto públicos e privados.

3 A sustentabilidade ecológica: visa à diminuição dos impactosnegativos da exploração de recursos naturais e energéticos.

4 A sustentabilidade espacial: visa a uma melhor distribuição

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da população, estabelecendo um equilíbrio entre o campo e aid d

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cidade.

5 A sustentabilidade cultural: visa ao respeito às conguraçõesdas culturas locais e a cada ecossistema.

As lideranças das sociedades atuais devem estar atentas

às problemáticas da sustentabilidade que envolvem suas váriasdimensões.

Além das mudanças frequentes que acontecemnas cidades, aqueles que as gerenciam devemestar atentos às discussões da sustentabilidade,principalmente em busca de assegurar umcrescimento racional da população. Conservaçãodos recursos para garantir vida futura das cidadese reestruturação das formas de consumo e reduçãoda poluição deverão ser uma preocupação.

(MORENO, 2002 apud URBANESKI; SILVA, 2010,p. 181).

Desenvolvimento econômico precisa ser acompanhado daevolução dos Indicadores de Desenvolvimento Humano (IDH).Com o crescimento populacional e a vigência de um paradigma deconsumo insustentável, percebe-se uma verdade inconveniente:o planeta, com seus recursos nitos, está à beira da exaustão.

O desenvolvimento sustentável torna-se um novoparadigma de desenvolvimento. Desenvolver para as geraçõesatuais sem comprometer a capacidade de desenvolvimento de

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gerações futuras.

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É fundamental que estejamos atentos ao desenvolvimentode medidas mitigadoras de impactos socioambientais. Medidasdo cotidiano das pessoas no seu fazer diário e também medidasde políticas públicas que envolvam amplos setores da sociedade.

Mas você pode se perguntar: e a Ecologia, como ela estárelacionada com tudo isso?

Vamos ao sentido da palavra: Ecologia: do grego oîkos, que signica casa. Podemos resumi-lo como o estudo da casa

maior, a Terra. Todo organismo existe de forma não isolada. Todoser natural ou cultural se relaciona com o meio físico, com oselementos químicos necessários ao seu crescimento, multiplicaçãoe relacionamento com outros seres de outras espécies (naturaise culturais).

A esse conjunto de elementos e fatores físicos,químicos e biológicos [e culturais] necessários àsobrevivência de cada espécie denominamosmeio

ambiente, ou  simplesmente ambiente. Ao estudodas relações entre os seres vivos e o ambiente

damos o nome de ecologia. (BRANCO, 1997, p. 8).

Nos primórdios, a discussão ecológica era antropocêntrica,centrada nos interesses do ser humano colocado fora da natureza.Para que o conceito de ecologia que completo é importante

inserirmos a dimensão sociocultural, ou, como prefere Capra(2011):

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A ecologia profunda não separa seres humanos

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A ecologia profunda não separa seres humanos -ou qualquer outra - coisa do meio ambiente natural.Ela vê o mundo não como uma coleção de objetos

isolados, mas como uma rede de fenômenos queestão fundamentalmente interconectados e sãointerdependentes. A ecologia profunda reconheceo valor intrínseco de seres vivos e concebe os

seres humanos apenas como um o particular nateia da vida.

Uma visão de ecologia profunda igualando homem enatureza, ou melhor, inserindo o ser humano no meio ambiente,

nos alerta para as limitações do desenvolvimento. É necessáriauma mudança profunda em nossos valores.

Toda a questão dos valores é fundamental paraa ecologia profunda; é, de fato, sua característicadenidora central. Enquanto o velho paradigma

está baseado em valores antropocêntricos(centralizados no ser humano), a ecologiaprofunda está alicerçada em valores ecocêntricos

(centralizados na Terra). É uma visão de mundoque reconhece o valor inerente da vida nãohumana. Todos os seres vivos são membros de

comunidades ecológicas ligadas umas às outrasnuma rede de interdependências. (CAPRA, 2011).

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Um texto interessante sobre Ecologia é “A carta do

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Um texto interessante sobre Ecologia é A carta do

Cacique Seattle”, de 1855. Veja-o em: <http://www.geomundo.com.br/sala-de-aula-10124.htm>.

7.2 DESENVOLVIMENTO E SOCIEDADE DE CONSUMO

Os padrões de consumo da sociedade atual sãodesiguais, em função de fatores como concentrações de renda, einsustentáveis em função do previsível esgotamento de recursosnão renováveis (o petróleo, por exemplo).

“O consumismo é um processo eticamente condenável,pois faz com que as pessoas comprem mais do que realmentenecessitam.” (BRANCO, 1997, p. 44).

A Carta da Terra, outro texto de referência fundamentalpara o entendimento das questões relativas à sustentabilidadeglobal, ao caracterizar a situação atual, arma que:

Os padrões dominantes de produção e consumoestão causando devastação ambiental, reduçãodos recursos e uma massiva extinção de espécies.Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefíciosdo desenvolvimento não estão sendo divididosequitativamente e o fosso entre ricos e pobres estáaumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e

os conitos violentos têm aumentado e são causa degrande sofrimento. O crescimento sem precedentes da

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população humana tem sobrecarregado os sistemasecológico e social. As bases da segurança global estão

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g g ç gameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não

inevitáveis. (CARTA DA TERRA, 2011).

Fica evidente a necessidade de modicarmos nosso padrãode consumo. Devemos buscar um consumo sustentável, ou, comoarma Mendes (2011):

[...] um modo de consumir capaz de garantir nãosó a satisfação das necessidades das geraçõesatuais, como também das futuras gerações. Issosignica optar pelo consumo de bens produzidos

com tecnologia e materiais menos ofensivos aomeio ambiente, utilização racional dos bens deconsumo, evitando-se o desperdício e o excessoe ainda, após o consumo, cuidar para que oseventuais resíduos não provoquem degradação aomeio ambiente. Principalmente: ações no sentido

de rever padrões insustentáveis de consumo eminorar as desigualdades sociais.

Uma produção sustentável deve buscar minorar os

impactos negativos causados ao meio ambiente. Para tanto, umadas possibilidades é desenvolver processo de logística reversa,que

[...] é o instrumento de desenvolvimento econômicoe social caracterizado pelo conjunto de ações,procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e

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a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclosprodutivos ou outra destinação nal ambientalmente

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produtivos, ou outra destinação nal ambientalmente

adequada. (POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOSSÓLIDOS, 2011).

Devemos nos preocupar, como consumidores, cidadãos,prossionais nas diversas áreas de atuação, como gestores

públicos e privados, para adotar um padrão de consumoambientalmente sustentável e socialmente ético.

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R EFERÊNCIAS

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