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Sociologia Urbana
Prof° Mst. Rosilaine Silva
Sociologia Urbana
• Apresentação e Discussão do Programa• Modulo I: Os Estudos Clássicos sobre a
sociologia Urbana• Modulo II: Da Escola de Chicago aos Enfoques
Marxistas• Modulo III: A Sociologia Urbana no Brasil
Refletindo o conceito e categorias de cidade e Urbano
• Para Weber: A cidade se caracteriza:• Pela localização – densidade/vizinhança• Quantidade – Populacional/prédios/casas• Diferencia-se da denominação jurídica – toda
sede administrativa de um município representa uma cidade.
• Economia: maioria vive do produto da indústria ou comércio e NÃO da agricultura, por isso:
• Weber aponta que as cidades são o locus do estabelecimento do mercado; pois se dá em um intercâmbio incessante de mercadorias; No entanto, nem todo o estabelecimento de mercado é uma cidade...
• A partir de uma analise marxista: Não se pode ignorar que a industrialização permitiu o desenvolvimento do mundo da mercadoria – com a generalização do valor e troca que invadiu o cotidiano – capturando o tempo cíclico da vida e submetendo ao tempo linear da industria.
Ainda, segundo Weber:
• Quanto maior a cidade – capitalismo -, menor será o número de habitantes que irão dispor de terra para o cultivo – ligados diretamente ao seu sustento, por conta disso, a cidade se caracterizará por consumidores;
• No passado – cidades antigas – cidadão tinha maior proximidade as práticas agrícolas, lavrador.
• A política econômica urbana apresenta uma zona de dominação política onde “se é executado uma política econômica urbana ela o será para a cidade de seus habitantes, porém não partirá deles”.
O que é uma cidade?
• Partindo Lefebvre:• Polis Urbis• Cidade Urbano• Quantidades qualidade• Delimitação territorial Exercício da cidadania• política, filosofia e de • um MODO de VIDA
No Brasil:
• Ainda se classifica a partir da sede administrativa do município e a vila seria a sede dos distritos ou áreas de planejamento, em outros países a quantidade populacional;
• No entanto, estes conceitos não conseguem dar conta da complexidade deste conceito, que se refere:
• As centralidades - principalmente enquanto inserção no mercado – nível e distribuição de renda, caracteristicas culturais... Difusão de ideias – e bens de consumo, de valores urbanos.
• Sendo assim, percebe-se que as cidades possuem diferenças de grau e intensidade e vão ao longo da história surgindo novos conceitos para dar conta dessas novas relações históricas e espaciais:
• São os espaços periurbanos;• As megalópoles;• Metrópoles;• Conurbação...
Grau de urbanização no mundo:
• 18OO - 3%• 185O - 6%• 19OO - 14%• 195O - 28%• 197O - 38%
O que significa viver nas cidades?
• Periferias, subúrbios, distritos industriais, estradas, recobrem e absorvem as zonas agrícolas num movimento intenso de urbanização;
• Participar de alguma forma da vida pública;• “Misto de orgulho e satisfação e por outro
lado, descontentamento, medo e frustração”.
A Origem das cidades está vinculada a:
• Funções Urbanas:
• Industria Cultura Comércio Política
• Religião educação administrativa
• Cidade Povoados
• Centrípeta centrifuga
• Volta-se para seu voltam-se para• Centro suas franjas onde • desenvolve-se • atividades agricolas.
• Vale ressaltar: • Que a origem das cidades não se explica pelo
crescimento das vilas ou povoados em sitio ou densidade populacional, mas as condições históricas especificas, como veremos.
Segundo Ana Fani Carlos:
• As primeiras cidades surgem na Ásia e norte da África, onde a agricultura apresentou certos níveis de desenvolvimento, fato que possibilitou a divisão do trabalho e a divisão da sociedade em classes:
• Um urbano pontual• Agricultura dispersa• Caracteristicas centrais:
• Divisão do trabalho;• Sociedade em classes – sacerdotes, homens livres
e escravos;• Inovações tecnológicas – irrigação, adubagem, uso
do arado, veiculo de tração animal e barcos a vela;• Excedente agrícola;• Sistema de comunicação;• Concentração de atividades não agrícolas.
• As cidades eram amuralhadas, os habitantes se viam diante da cidade. Hoje, estamos dentro das cidades:
• Principal exemplo de cidade antiga foi Roma, onde era possível encontrar desde o esturjão do mar negro até as plumas de avestruz africana.
• Primeiras cidades VII D.C
• 5 mil AC 3 mil Invasão Sarracena fecha• UR Roma o mediterrâneo, declínio• Jérico das cidades, retomando• funções agrícolas
• Feudalismo XI Cruzadas
• Economia autossuficiente Reativa Rotas marítimas• Sem mercados externos e comerciais• Terra = riqueza O comércio volta a ser• Proprietários: nobres, fonte de riqueza.• Igrejas;• Não proprietários:• Lavradores.
• Transição do feudalismo para o capitalismo
• A cidade era incompatível com a economia de subsistência, como a feudal, caracterizada pela ausência de especialização, pela embrionária divisão do trabalho e a inexistência de excedente e a circulação de mercadorias
• No capitalismo
• As cidades são dinâmicas, de alto poder concentracional e contribuiu para o surgimento de um novo modelo de relações e um novo contexto de luta de classes: a burguesia e o proletariado – trabalhadores expulsos do campo.
• XVIII Revolução Industrial
• Cidade como ponto de concentração da industria, população e do poder econômico e político, em um contexto de avanço da divisão do trabalho.
F. Engels no texto a situação da classe operária na Inglaterra, aponta:
• Um quadro de condições de vida precária e de trabalho daqueles que constituem o segmento mais genuíno da modernidade: o proletariado urbano.
• “Que sujeira! [diz o autor]. Por toda parte montes de• escombros, de detritos e de imundícies; em vez de valetas,
poços estagnados e um cheiro que, por si só, impediria qualquer homem, por pouco civilizado que fosse, de ali
• viver”. Ainda em Manchester, ele diz, “este é o espetáculo de toda margem do rio Irk; verdadeiro caos de casas amontoadas (...) cujo interior está em perfeita harmonia com a sujeira das redondezas”.
Em relação ao trabalho nas cidades Inglesas:
• “As crianças são obrigadas a fornecer um trabalho de uma duração irracional e cruel e que até os adultos têm de fazer um trabalho que ultrapassa as forças de um ser humano.
• As consequências são que muitos morrem prematuramente outros sofrem toda a vida os efeitos de uma constituição deficiente e que, psicologicamente falando, os receios de ver nascer (sic) gerações enfraquecidas pelas taras dos sobreviventes parecem muito fundamentados”.
Em seguida, em um momento de grande indignação, o autor diz: “Falando claramente: o trabalhador é, de direito e de fato, o escravo da classe possuidora, da burguesia; a sua escravidão é tal que chega ao ponto de ser vendido como uma mercadoria e de seu preço subir e descer tal como uma mercadoria”
• Engels registra, por exemplo, que a mortalidade por doenças, bem como a mortalidade entre os trabalhadores, era mais alta nas cidades industriais do que no campo. Em cidades como Manchester e Liverpool a mortalidade por varíola, sarampo, escarlatina e coqueluche era quatro vezes maior do que nas áreas rurais vizinhas, e a mortalidade por convulsões era dez vezes maior do que no campo. Além disso, a taxa de mortalidade geral em Manchester e Liverpool era significativamente mais elevada do que a média nacional. Um exemplo interessante refere-se à evolução das taxas de mortalidade geral na cidade industrial de Carlisle. Antes da introdução dos moinhos (1779-1787), 4.408 em 10.000 crianças morriam nos primeiros cinco anos de vida. Após a introdução dos moinhos, o número aumentou para 4.738. Da mesma forma, antes da introdução dos moinhos, 1.006 em cada 10.000 adultos morriam antes de completar 39 anos. Depois da introdução dos moinhos, a mortalidade passou para 1.261 em cada 10.000.
Raquel Rolnik indaga:
• “Centro e expressão de domínio sobre um território, sede do poder e da administração, lugar da produção de mitos e símbolos – não estariam estas caracteristicas ainda presentes nas metrópoles contemporâneas? Cidades da era eletrônica, não seriam suas torres brilhantes de vidro e metal os centros de decisão dos destinos do Estado, país ou planeta? Não seriam seus out-doors, vitrinas e telas de TV os templos dos novos deuses?”
Sinal fechado – Chico Buarque• - Olá! Como vai?• - Eu vou indo. E você, tudo bem?• - Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro… E
você?• - Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo… Quem sabe?• - Quanto tempo!• - Pois é, quanto tempo!• - Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!• - Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!• - Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!• - Pra semana, prometo, talvez nos vejamos… Quem sabe?• - Quanto tempo!• - Pois é… Quanto tempo!• - Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...• - Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
• - Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa,rapidamente…
• - Pra semana…• - O sinal…• - Eu procuro você…• - Vai abrir, vai abrir…• - Eu prometo, não esqueço, não esqueço…• - Por favor, não esqueça, não esqueça…• - Adeus!• - Adeus!• - Adeus!