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Socorro! Meus Alunos Sumiram - Ray Johnston

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Digitalizado por:

Ray Johnston

Editora li BetâniaL iv r o s q u e f a l a iv í d é D e u s

Caixa Postal 5010 - 31611-970 Venda Nova, MG

Título do original em inglês:Help! fm a Sunday School Teacher!Copyright © 1995 by Youth Specialties, Inc.Publicado originalmente em inglês por Youth Specialties, Inc., California 92021.

Tradução de Helen Hope Gordon Silva

Revisão de José Gabriel Said

Primeira edição, 1998

Todos os direitos reservados pela Editora Betânia S/C Caixa Postal 5010 31611-970 Venda Nova, MG.

É proibida a reprodução total ou parcial sem permissão escrita dos editores.

Composto e impresso nas oficinas da Editora Betânia S/C Rua Padre Pedro Pinto, 2435 Belo Horizonte (Venda Nova), MG.

Printed in Brazil

DEDICATÓRIACom muito carinho, dedico este livro a três casais:

Morgan e Sandy Davis,que com sua fé contagiante, seu apoio ao nosso ministério e

sua capacidade de apreciar a vida, estão mudando o mundo de Moscou a Marin.

Jim e Barbara Edenscujo entusiasmo, generosidade e fidelidade no serviço cristão

constituem para mim e Carol um precioso exemplo e uma maravilhosa base de apoio.

Ron e Eunice Kriegercujo compromisso com Cristo, com um viver digno, com a

boa criação dos filhos e um com o outro, tem causado um impacto tremendo sobre sua família e sobre a nossa também.

AGRADECIMENTOSNossa carinhosa gratidão a:

Tic Long, por estar sempre atento àquilo que de fato tem impor­tância, e sempre pronto a percorrer a segunda milhâ.

#*■Karl Grubaugh e Bill Romanelli, por sua grande ajuda no prepa­ro dos originais.

Kim Larson, por sua habilidade na editoração e seu amor para com nossos quatro filhos.

Cindy Uhler, Stacey Wade, Norma Wilson e Pat Pankratz, por se encarregarem, com toda a boa vontade, dedicação e gentileza, dos telefonemas, das interrupções e agendas superlotadas, tornando o escritório um lugar prazeroso e acolhedor.

Noel Becchetti, pela sua disposição em caminhar a segunda milha.

Bob Gaddini, Jeff Koons e Rob Dirkes, por estarem sempre prontos a atender à garotada.

Dave e Shelly Olson, pela sua parceria no evangelho.

Burt e Irene Burgess, por terem me dado o melhor presente: uma esposa que qualquer homem desejaria ter.

INDICEIntrodução: A escola dominical vale a pena?....................... 11

Primeira Parte: Cinqüenta Maneiras de Tornar a EscolaDominical Mais Vibrante............................ 13

1. Dê aos Seus Alunos Conteúdo............................................ 142. Dê Ação à Sua Turma......................................................... 163. Providencie Para que a Ttirma Goze de Bons

Relacionamentos................................................................. 184. Proporcione Experiência à Sua Túrnia.............................. 205. Podem Não lhe Dar Presentes, mas Precisam de Você.... 226. Responda às Perguntas dos Seus Alunos........................... 247. Mantenha a Curiosidade da Túrma Aguçada.................... 268. Cuidado: Você Poderá Gostar Muito Dessa TUrma............ 289. Se Tiver Dúvida, Diga: “Não Sei.” ...................................... 30

10. Tente Algo Exagerado........................................................... 3211. A Aula Deve Ser Divertida.... .............................................. 3412. Melhorar Faz Bem ............................................................... 3613. Deixe os Alunos Escolherem o Conteúdo.......................... 3814. Acrescente Técnicas Para Dar Vida ao Seu Currículo....... 4015. Quebrar Espelhos e Abrir Janelas...................................... 4216. Leve Profissionais à Sua Classe...................................... . 4417. Nem Todas as Crianças São Iguais..................................... 4618. Mudança Não é Palavrão....................... ............................ 4819. Uma Classe Pequena Pode Ser Maravilhosa...................... 50

20. P arabéns-Você é um Exemplo!......................................... 5221. É Bom Tirar um Tempo Para Descansar........................... 5422. Eles Precisam Sentir-se Queridos....................................... 5623. Discordar Pode Ser B om ..................................................... 5824. Todo Mundo Falha de Vez em Quando............................... 6025. Espere Grandes Coisas dos Seus Alunos............................. 6226. Envolva Sua Classe com a Igreja......................................... 6427. Faça os Alunos Falarem....................................................... 6628. Dê um Nome Bem Legal à Classe....................................... 6829. Não Dê as Respostas - Deixe que Eles as Descubram..... 7030. Não Foi Deus quem Criou 0 Flanelógrafo........................... 7231. Programe uma Aventura..................................................... 7432. Pegue a Estrada.................................................................... 7633. Deixe os Moradores do Manicômio Administrá-lo............. 7834. Diversão é Para Você Também............................................. 8035. Tenha 0 Seu “Caderno de Oração” ..................................... 8236. Aprenda com Seus Alunos................................................... 8437. Deixe Deus Travar Suas Próprias Batalhas........................ 8638. Luzes (Vídeo), Câmera, Ação............................................... 8939- Escutar é um Ótimo Meio de Comunicar................ ......... 9140. O Poder do Amor.................................................................. 9341. Você se Acha Numa Posição Estratégica!............................. 9542. Ofereça Ponto Extra................................................ ............. 9743. Quanto Maior 0 Número, Melhor 0 Trabalho.................... 9944. “Transparência” Não é Retroprojetor.............................. 10145. Vamos Dar-lhes Tarefas Difíceis........................................ 10346. Ligue oVídeo................. ......................................... .......... 105

47. Jesus Ama Sua Classe - por Seu Intermédio............ . 10748. Você Pode Ser Criativo!.................................................... 10949. Você Também Pode Ser Legai......................................... 11150. Quando Tlido Mais Falhar, Confie em Deus................... 113

Segunda Parte: Créditos Extras............................................. 11551. Pesquisa “Escolha os Assuntos” ..................................... 11652. Formulário de Avaliação do Ensino................................ 11953. Inventário de Estilos de Aprendizagem........................... 12154. Folha de Planejamento-Como Aprender Ativamente ... 12455. Dez Livros que o Ajudarão na Sua Tarefa de Ensinar... 127

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INTRODUÇÃOA escola dominical vale a pena?

Domingo, pouco depois das nove horas da manhã. 0 superin­tendente fez a abertura, o pastor deu uma palavra curta e você está pensando:

“Quem sabe se agora dá para sair de fininho e ir assistir à corrida da Fórmula 1, ou dar uma chegada ao clube para acertar aquele jogo...”

Você deseja qualquer coisa, menos estar ali na igreja, num belo domingo de sol: de pé, meio desajeitado, na frente de um grupinho de adolescentes desinteressados, sentados com os olhos no chão, as roupas incômodas, o rosto estampando o tédio de quem veio porque os pais os obrigaram.

Isso é escola dominical!Uma classe de escola dominical assim (que existe em toda

parte) faz surgir em nossa mente a pergunta se Deus não poderia nos ter chamado para uma tarefa mais fácil - como treinar boxe com o Mike Tyson, por exemplo. Também fica no ar uma indagação que muitos professores fazem:

“Será que adianta? Vale a pena?”Quarenta anos atrás, uma igreja na cidade de Filadélfia

assistiu ao batismo de três garotos de nove anos que entraram para o rol de membros. Um deles foi Tony Campolo, que hoje é sociólogo, professor, escritor e conferencista mundialmente conhecido.

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“Anos depois, quando eu estava realizando uma pesquisa nos arquivos da nossa denominação”, diz Campolo, “decidi procurar o relatório de minha igreja referente ao ano do meu batismo. Havia três nomes: Tony Campolo, Dick White e Bert Newman. Dick hoje é missionário. Bert Newman é atualmente professor de teologia num seminário africano.

“Então li o que constava do relatório referente àquele ano: ‘O ano não foi muito bom para a nossa igreja. Perdemos vinte e sete membros, e ganhamos apenas três, e eram só crianças.’"*

Só crianças! Mas acrescente alguns anos de ensino cristão e mais alguns de escola dominical, e algumas dessas crianças por quem você está dando a vida agora poderão um dia ajudar a formar vidas para Cristo em todos os rincões da terra.

A escola dominical vale a pena, sim. Fico contente de saber que você concorda.

* Marlene LeFever. “Only Children” (Apenas crianças). Covenant Companion. 1993.

Prim eira Parte

CINQÜENTA MANEIRAS DE

TORNAR A ESCOLA DOMINICAL MAIS

VIBRANTE

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DÊ AOS SEU S ALUNOS CONTEÚDO

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Quatro elementos são essenciais para que as aulas de escola dominical funcionem: Conteúdo, Ação, Relacionamentos e Experiência. Juntos formam a sigla inglesa C.A.R.E, cuja pro­núncia é “quer”, e significa amar, cuidar, ter interesse.

Tradicionalmente, as escolas dominicais têm se caracteriza­do por um só componente (Conteúdo), e pouca coisa dos outros três. Isso já levou muitos adolescentes a achar essa escola no domingo um lugar chato, impessoal, onde eles recebem informações e quase nada mais. Mas se você bolar um programa contendo os quatro componentes da sigla, irá maximizar o que os garotos aprendem (e provavelmente eles vão gostar disso!)

O processo começa com conteúdo. Que assuntos você vai ensinar? Algumas vezes escolhemos um tópico apenas porque está na revista que nossa igreja adota. Em outras, porque cremos que os alunos precisam saber determinada matéria, ou os pais pedem que ela seja dada. É possível também que tenhamos ido a um congresso ou seminário e ouvimos uma boa palestra de um especialista sobre o assunto. Seja qual for o caso, é muito

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importante pensar bastante nos assuntos que pretendemos abordar, em nosso tempo de aula.

A não ser que você dê uma aula puramente recreativa (e não é errado fazer isso, de vez em quando), um bom conteúdo bíblico é necessário pará que os alunos saibam em que crêem e por que crêem. Quer nosso plano seja dar a matéria numa só aula, ou numa série de quatro, ou em um ano, comecemos perguntando:

“Que conteúdo quero comunicar?”Essa pergunta vai apontar-nos o alvo

- aquilo que queremos que nossos alunos aprendam, sintam e façam quando terminarmos a aula.

Uma vez identificados um ou mais tópicos, estamos preparados para o segundo passo: criar um plano de ação para comunicar o rconteúdo.

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DÊ AÇÃO À SUA TURMA

Quando penso nos vinte anos em que freqüentei escola dominical, um fato se destaca: não consigo me lembrar de uma palestra sequer. Mas me lembro muito bem do dia em que ficamos quase congelados, ao sairmos à rua para aprendermos a ter compaixão dos desabrigados. Também me recordo da ocasião em que nossa classe se reuniu num sopão da cidade, e dos debates sobre a evolução e a criação. Outra coisa de que me recordo foi de quando estudamos o livro de Jonas dramatizando- o, e da sessão de perguntas e respostas sobre sexo, com um casal recém-casado que se sentia meio acanhado. Também me lembro de como minha fé foi provada na primeira vez em que dei uma aula.

Muitas aulas de escola dominical não funcionam porque passamos diretamente da escolha do assunto à apresentação da aula. Assim uma aula que poderia ser uma experiência de aprendizagem criativa, diversificada, cheia de ação, torna-se um monólogo entediante.

Pense como foi seu próprio desenvolvimento na fé. De que tipos de lições você se lembra? Quais as aulas que causaram mais impacto em sua vida? A maioria se recorda daquelas que exigiram nossa participação, onde tivemos de fazer alguma coisa.

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Você pode adicionar ação à sua aula simplesmente diversifi­cando sua maneira de comunicar. As lições ilustradas com objetos, situações simuladas, dramatizações, excursões, discus­sões, entrevistas, mesas redondas, debates, cadernos de ativida­des e jogos educativos interessam à turma e ampliam o volume de conteúdo retido.

Além disso estaremos fazendo como Jesus. Se ele tivesse instruído seus discípulos da maneira como ensinamos as classes da escola dominical, ele os teria levado para dentro de uma sala, sentando-os em filas de cadeiras, colocando ali um flanelógrafo e dando uma hora de aula. Em vez disso, ele optou por ação. Saiu a campo. Esse é um modelo que vale a pena seguir.

y ^ > > *

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PROVIDENCIE PARA QUE A TURMA GOZE DE BONS RELACIONAMENTOS

Um conhecido meu que é especialista em crescimento de igrejas tem uma teoria que ele chama defator amizade. Sua tese é que as pessoas que visitam uma classe de escola dominical assumirão o compromisso de se tornarem alunos, sefizerem amizade dentro do grupo. Os que visitam e não fazem amizades, com o passar do tempo desaparecem, por melhor que seja a programação.

Os jovens adoram a companhia uns dos outros. Em vinte anos de trabalho na direção de programa para jovens, ainda não encontrei um que me viesse procurar com o formulário do acampamento ou do congresso para perguntar:

“Ray, qual vai ser o assunto da sua palestra?”O que eles perguntam (e o que determina se eles vão ou não

participar) é:“Quem mais vai?”

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Eles querem ir aonde os amigos vão e onde podem fazer amizades.

A escola dominical oferece grandes oportunidades para o desenvolvimento de relacionamentos. Você pode iniciar (ou encerrar) cada aula separando dez minutos para cumprimentos ou bate-papos. Assim terá tempo de programar uma variedade de atividades divertidas que servirão para unir o grupo. Pode criar, por exemplo, um comitê de boas-vindas e/ou de acompa­nhamento, encarregado de escrever bilhetinhos de agradecimen­to aos visitantes, e também ligar para os que faltaram no domin­go. A classe pode comemorar os aniversários e outros eventos.

Ajudar os alunos a formar elos uns com os outros fará com que experimentem o que Jesus quis dizer quando ordenou:“... que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15.12.)

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PROPORCIONE EXPERIÊNCIA À SUA TURMA

üm amigo me contou algo que lhe aconteceu recentemente quando, pela primeira vez, deixou seu filho encher o tanque no posto self-service. Ele pôs o revólver da bomba na mão do menino e entrou no posto para efetuar o pagamento. Quando voltou, o garoto estava esguichando gasolina no carro todo, ao invés de encher o tanque. (Felizmente, não pegou em ninguém!) Ri com ele sobre sua experiência (enquanto procurávamos telefones de oficinas), e logo me dei conta de como isso se aplica ao ensino na escola dominical.

Jogar gasolina no carro pode dar certo se a intenção é incendiá-lo, mas não o ajuda a ir a parte alguma. O mesmo pode dizer-se da escola dominical. Nosso alvo é ajudar os alunos a introduzir a verdade no coração.

Comecemos pensando em que o conteúdo pode ajudá-los especificamente. Façamos perguntas, como:

“O que quero que meus alunos saibam, sintam e façam?” “Como esses jovens podem experimentar essas verdades no

seu dia-a-dia?”Em segundo lugar, demos aos alunos a oportunidade de

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aplicar o que estão aprendendo. Dentro do período de aula, temos de dar tempo para perguntas sobre a aplicação da lição, como por exemplo:

“O que seria diferente em sua vida se você pusesse em prática essa verdade em casa? na escola? com seus amigos? no grupo de jovens?”

A coisa mais importante que devemos ter em mente, com respeito ao ensino da verdade, não é o que os jovens aprendem, mas como a vida deles poderá ser diferente por causa daquilo que aprendem.

PS.: No final do livro, apresentamos uma Folha de Planeja­mento de Atividades Didáticas baseada no modelo C.A.R.E.É toda sua - e sem nenhuma taxa adicional!

PODEM NÃO LHE DAR PRESEN TES,MAS PRECISAM DE VOCÊ

Os evangelistas Tony Campolo e Gordon Aeschliman falam de como muitos países que passaram por todo o processo de evangelização e abraçaram o evangelho, depois vieram a abando­nar a fé cristã.* Isso também tem acontecido nos Estados Unidos, nos dias de hoje, e tem desanimado aqueles que tentam incutir convicções e caráter cristão nos jovens.

Estamos instruindo uma geração que pode estar mais neces­sitada da verdade espiritual do que qualquer outra anterior. Da próxima vez que formos tentados a largar tudo, lembremos dos resultados de pesquisa bastante recente, que revelou o seguinte:

• 82% das pessoas disseram que a idéia de que “Deus ajuda a quem cedo madruga” (isto é, quem salva a pessoa é ela mesma, pelo esforço), foi tirada diretamente da Bíblia.

• 66% disseram que não existe verdade absoluta; “tudo é relativo”.

* Gordon Aeschliman e Tony Campolo. Fijty Was You Can Reach the World (50 maneiras de ganhar o mundo). InterVarsity Press, Downers Grove, 1993.

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• 63% foram incapazes de nomear os quatro evangelhos.• 58% não souberam citar nem a metade dos Dez Manda­

mentos.• 58% não sabiam que foi Jesus quem pregou o Sermão do

Monte.*A falta de informações convincentes sobre a fé pode levar os

adolescentes de hoje a concluir que é impossível sustentar uma fé cristã genuína. Ou então, mais provavelmente, nem vão pensar nisso. Quando aceitamos a missão de ensinar na escola dominical, normalmente recebemos um grupo que se acha na fase da vida em que são mais sensíveis à mensagem de Cristo. Nossa grande oportunidade está exatamente quando eles vêm à igreja. Podem até não nos trazer presentes, mas um dia ouvire­mos as palavras: “Bem feito, servo bom e fiel.”

* Howard e William Hendricks, Living By the Book (Vivendo de acordo com a Biblia). Moody Press, Chicago, 1991.

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RESPONDA 6 ÀS PERGUNTAS 1— DOS SEUS ALUNOS

Geralmente o que é importante e o que é lembrado cami­nham de mãos dadas. Decorar os livros do Novo Testamento não vai prender o interesse de uma criança de 8 ou 9 anos cujos pais estão se separando. Dificilmente um estudo da vida de Ezequias vai atrair o estudante de 13 para 14 anos que está lutando para fazer amigos. A história da Igreja não desperta o rapazinho do segundo colegial que acaba de descobrir que seu melhor amigo possui uma arma guardada junto com seu material escolar.

Ao abordarmos os assuntos difíceis, os problemas pelos quais nossos alunos estão passando, nós os ajudamos a entender a importância e a realidade de sua fé. Não tenhamos medo de encarar as dúvidas e os problemas que eles possam estar enfren­tando. Os alunos mais novos talvez perguntem:

• Que devo fazer quando ninguém gosta de mim?• Como devo agir com o valentão da escola que quer bater

em todo o mundo?• Que faço acerca de minhas dúvidas sobre ser crente?• Como posso melhorar minha aparência?• Como devo reagir diante da separação de meus pais?

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• Como vou melhorar as minhas notas?• Por que não consigo me dar bem com meus pais?Os adolescentes, por sua vez, podem estar lutando com

questões como:• Por que devo evitar o sexo antes do casamento?• Como Deus pode ser justo e permitir que gente inocente

morra?• E a AIDS, como fica?• Que há de errado em tomar bebida alcoólica?• Por que não devo colar para melhorar minhas notas na

escola?São perguntas para as quais os garotos buscam respostas. E,

para alguns deles, saber as respostas é, literalmente, uma questão de sobrevivência

Aviso: Quando os assuntos são polêmicos, ou “quentes”, temos de verificar a posição dos pais com relação a eles, antes de apresentá-los aos alunos. Se você está planejando uma série de três aulas sobre sexo, talvez seja bom uma reunião com os pais antes (ou mandar-lhes uma carta), propondo uma lista de pontos que planeja abordar. Agindo assim, poderá estar salvando uma vida - a sua!

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MANTENHA A CURIOSIDADE DA TURMA AGUÇADA

É domingo de manhã em Miami e faz muito calor! Numa sala abafada, com uma voz monótona, o professor começa a ler Marcos 2. É a passagem que fala dos quatro homens que fizeram uma abertura no telhado de uma casa para descer um amigo paralítico na frente de Jesus.

Os alunos estão parados, curtindo um tédio total... até que ouvem passos no telhado. Em seguida, ouvem o barulho de uma serra elétrica sendo ligada, e o rumor ensurdecedor da serra abrindo um buraco no telhado da sala. Começam a cair cacos. Os meninos se agitam e o pó se levanta, enquanto quatro homens abrem o telhado com a serra. Depois, é a vez deles. Descem um dos colegas na frente do professor, que sorri e diz: “Filho, os teus pecados estão perdoados. Levanta-te, toma o teu leito e anda.” E assim o professor consegue que sua classe acorde e fique atenta!

Observação: A sala, nesse caso, estava para ser reformada. Não tente fazer isso na sua igreja, antes de conversar com o pastor!)

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Um dos motivos de os alunos, nesta faixa etária, estarem tão saturados com a escola dominical é que a aula é previsível demais. Eles sempre vão à mesma sala, sentam-se nas mesmas cadeiras, usam a mesma revista, ouvem as mesmas histórias, e olham para as mesmas paredes, às vezes com o mesmo mapa da Palestina ou o mesmo versículo em um cartaz.

Quando quebrarmos a rotina e fizermos com que eles perguntem: “Que será que vai acontecer por lá hoje?”, teremos uma classe de gente alerta, cheia de expectativas. Da próxima vez que você vir a classe parada, entediada, tente fazer algo inespera­do. Combine com algumas pessoas para aparecerem na classe vestidas a caráter, representando os personagens bíblicos da lição.

Seus alunos vão vibrar com as surpresas e, como o professor da Flórida que quebrou o telhado dasala, você vai provocar lembranças que durarão muito tempo.

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CUIDADO: VOCÊ PODERÁ GOSTAR MUITO DESSA TURMA

Cris era o tipo do menino de escola dominical que, só por estar na classe, já desgastava minha capacidade de ensinar e minha paciência. Não se interessava por nada que quiséssemos apresentar. Falava o tempo todo, e nada do que ele dizia era para ajudar. Ele era um constante fator de distração para os outros alunos. Tinha ganhado o apelido de “Papa-inseto”, por causa do hábito de engolir qualquer inseto que os colegas passassem para ele. Minha vontade era que ele fosse comandado por controle remoto, para eu ter o prazer de “desligá-lo”.

Semanas depois do início das aulas, quando ele já vinha comparecendo regularmente, seus pais, que iriam ficar fora uma semana (será que era por que não o agüentavam mais?), sem mais nem menos, pediram que eu ficasse com o Cris durante o fim de semana. Concordei, porque não tinha saída. E foi com a imagem de um par de algemas na mente que recebi o “Papa- inseto”, que se instalou em minha casa.

Mas tive uma tremenda surpresa! Tivemos um tempo maravi-

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lhoso! Por trás daquela fachada de insegurança, descobri um garoto que era muito boa companhia. Jogamos bola, fizemos lanches (sem insetos), assistimos a fitas, nos divertimos a valer! Por ele gostar de conversar (o que na aula me aborrecia), era ótima companhia para um papo. Na metade daquele fim de semana me surpreendi quando percebi que gostava da compa­nhia do Cris.

Faz tempo que saí daquela igreja, mas sempre que vou àquela cidade faço questão de procurá-lo. Fique de olho nos jovens de sua classe, pois você poderá conquistar boas amizades, para a vida inteira.

SE TIVER 9DÚVIDA, DIGA: 1— "NÃO S E I.”

À medida que meus filhos estão crescendo, suas perguntas ficam cada vez mais interessantes:

“A que distância do teto a mosca se vira para pousar nele?” “Quantos anos Deus tem?”“Que há do outro lado do céu”?Quando você aceitar o cargo de professor na escola domini­

cal, é bom ir se acostumando com o fato de que vai ouvir per­guntas a que não poderá responder. Meu filho de seis anos me perguntou por que Deus colocou o nariz - uma coisa comprida, e que às vezes escorre - de cabeça para baixo e logo acima da boca. Há coisas para as quais não temos mesmo nenhuma resposta adequada.

Nessas horas, o melhor a fazer é ser sincero, e dizer:“Não sei.”Admitir que não sabemos tudo pode ser intelectualmente

humilhante, mas é um presente muito legal para seus alunos.Quando dizemos “Não sei”, estamos criando uma atmosfera

de liberdade. Como os alunos compreendem que não são obrigados a saber tudo, sentem liberdade de perguntar o que

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quiserem, uma vez que você já os livrou do peso de aparentar que sabem tudo. Eles vão reconhecer também que não saber tudo faz parte da vida, e que podem perfeitamente viver para Cristo antes de obter as respostas de todas as perguntas.

Além disso, eles vão ser forçados a pensar por si próprios e vão sair da sua classe com uma fé pessoal. Será que não foi por isso que Jesus, em tantas ocasiões, respondeu a uma pergunta fazendo outra?

A propósito, eu tenho, sim, uma resposta para as perguntas sem respostas dos meus filhos. Simplesmente digo a eles que perguntem a seus professores da escola dominical!

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TENTE ALGO EXAGERADO 1-------

Certo dia, na hora do recolhimento da oferta numa igreja da minha região, três homens de roupa preta e encapuzados entraram de repente e avisaram:

“Não se mexam! Isso é um assalto.”Depois de exigir o dinheiro das pessoas que ali estavam

paralisadas de susto, saíram, levando a filha adolescente do pastor como refém.

Depois que os ladrões saíram, o pastor explicou à congrega­ção, que estava horrorizada, que fora tudo um arranjo dele para demonstrar como as pessoas que não dão o dízimo roubam a Deus. Disse que era igual ao roubo que acabavam de testemu­nhar.

Talvez o pastor dessa igreja tenha exagerado um pouco, pois pouco tempo depois ele teve de procurar outra igreja. Entretanto, sem dúvida, ele conseguiu prender a atenção do povo.

Ensinar a Bíblia à garotada e mantê-la acordada é, igual­mente, muito difícil. Um método de conseguir as duas coisas é tentar o exagero. Há uns seis meses levei alguns de meus

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alunos para praticar bungee jum ping*. Não só consegui a atenção deles, como foi uma ótima lição prática sobre o salto da fé que precisamos dar!

Observação: Não se esqueça de pedir a permissão dos pais antes de partir para qualquer atividade muito fora do comum!

*Bugee jumping: esporte radical que consiste em prender os pés a um forte cabo elástico e saltar de grandes alturas.

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A AULA DEVE SER DIVERTIDA

Certo dia um amigo meu assistiu a uma reunião de adoles­centes que foi um verdadeiro desastre. 0 programa foi tão chato, que quase precisaram ligar para o 192 (Pronto-Socorro) durante uma brincadeira de pegar maçã com a boca, dentro de um tacho de água, porque dois dos meninos adormeceram e quase se afogaram. Mais tarde meu amigo soube que o conselho da igreja tinha estabelecido que o Catecismo de Heidelburg seria o tema dos estudos da escola dominical para a classe de adolescentes. Mais maçante, impossível! (Como diz meu amigo David: eu não estou inventando isso.)

Se usamos jogos e brincadeiras para iniciar outros progra­mas; por que não a escola dominical? Eles podem ser até mais úteis na escola dominical, onde é provável que a maioria dos presentes esteja ali porque alguém os obrigou. Quando bem feito, um bom jogo ou brincadeira quebra barreiras e traz sorrisos a rostos desinteressados.

Para muitos jovens a idéia de se divertir está sempre ligada a fazer alguma coisa ilegal, prejudicial ou eletrônica. Um dos grandes presentes que podemos lhes oferecer é criar um ambi­

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ente em que aprendam a brincar, rir e divertir-se juntos. Esse tipo de ambiente atrai os adolescentes à fé cristã.

Por isso, não dê atenção àquela voz que aparece no fundo de sua mente, insistindo em que a escola dominical não deve ser divertida. Ela pode ser muito agradável sim!

MELHORAR FAZ BEM

Certa vez, após uma aula de escola dominical, uma menina de 13 para 14 anos (por que será que os adolescentes dessa idade são sempre tão sinceros?) chegou-se para mim, e disse:

“Ray, a aula foi ótima nos primeiros cinco minutos, mas depois ficou chata.”

Assim que a excomunguei da minha classe (brincadeirinha), fiquei pensando no que dissera e percebi que eu havia contado todas as histórias divertidas na introdução. Realmente, dei de tudo para atrair a atenção deles, mas não consegui mantê-la. A avaliação sincera daquela garota ajudou tanto meu modo de ensinar, que estou até pensando em permitir que ela retorne às aulas.

O processo de avaliação nos capacita a descobrir até onde estamos alcançando nossos objetivos de ensino, e onde é que podemos melhorar nossa abordagem e nossos métodos. De vez em quando costumo gravar minha aula, ouvindo mais tarde a fita. Isso sempre me deixa meio desconfortável, mas saio com uma nova percepção daquilo que preciso fazer para melhorar.

Regularmente também peço aos meus alunos e colegas que me avaliem. Dou-lhes o Formulário de Avaliação do Ensino (no final do livro), e mando que o preencham após a aula. Depois

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peço que conversem comigo sobre ele. A avaliação em geral não é algo divertido, mas, assim como um remédio, produz cresci­mento e resultados saudáveis.

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DEIXE OS ALUNOS ESCOLHEREM O CONTEÚDO

Alguns anos atrás, fiquei frustrado com a total falta de interes­se que meus alunos demonstravam em qualquer coisa que fizéssemos na escola dominical. Um dia, ao me queixar com um amigo empresário, com uma pergunta, ele foi direto à raiz do problema:

“Quem escolhe os tópicos ensinados nas aulas?”Com muito jeito, ele fez-me ver que é natural as pessoas não

demonstrarem interesse quando não se acham envolvidas no processo decisório.

Na semana seguinte, levei os alunos para minha casa e fiz uma pesquisa. Dei a cada um uma lista de assuntos, e deixei que escolhessem os três mais interessantes. Fiz uma lista dos assun­tos selecionados e depois deixei a classe inteira votar neles. Os seis assuntos mais votados tornaram-se os tópicos dos seis domingos seguintes. Não houve milagres, mas foi surpreendente descobrir como melhorou o grau de interesse da classe durante esse período.

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Geralmente os alunos se mostram desinteressados porque não puderam dar palpite na escolha do que estão estudando. A pesquisa é uma boa maneira de você descobrir de que é que seus alunos necessitam e eles, por sua vez, vão se sentir como se a escola dominical fossem um pouco mais deles.

No final do livro, apresento minha pesquisa “Escolha os Assuntos” (páginas 116-118), dividida em quatro categorias: Bíblia, Crescimento Espiritual, Tópicos Quentes e Técnicas Para a Vida. Você pode usá-la com sua classe, ou elaborar sua própria pesquisa. De qualquer forma, verá como o nível de interesse da turma cresce quando eles mesmos ajudam a escolher o currículo.

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ACRESCENTE TÉCNICAS PARA DAR VIDA AO SEU CURRÍCULO

Bill ama a Jesus. Freqüenta a igreja desde que era pequenino. Já foi a todos os retiros, ora, canta no conjunto de jovens, está se preparando para ser membro da igreja, não falta à escola dominical, e no momento está decorando o livro de Cantares de Salomão. Mas não se dá com os amigos, perdeu média em duas matérias, nunca tem dinheiro, não sabe cuidar do saldo bancá­rio, nem trocar um pneu, nem usar computador.

À medida que cultivamos a convicção cristã em nossos alunos, também precisamos ajudá-los a desenvolver suas habilidades. Para aqueles que têm idade entre 10 e 12 anos, isso pode implicar aprender a arrumar seu quarto ou usar um computador, saber participar de atividades esportivas ou admi­nistrar sua mesada, ou mesmo combinar com seus irmãos.

Para os jovens, as possibilidades são infinitas. Alguns vão cuidar do talão de cheques, ajustar o carburador do carro, trocar um pneu, elaborar um currículo, procurar um emprego (mes­mo que temporário), gastar bem seu tempo, melhorar as notas.

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Talvez você descubra que à medida que os estudantes desen­volvem técnicas de vida, podem usá-las na escola dominical. Na minha igreja, alguns dos videoteipes que mostramos na classe são filmados e editados por um estudante que aprendeu a usar o equipamento na própria igreja. (Um dia desses talvez eu lhe peça para me ensinar a acertar o relógio do meu vídeo.)

QUEBRAR 1 5ESPELHOS E -------ABRIR JANELAS

Alguém descreveu nossos alunos de hoje como sendo uma geração Kodak: muito tempo de exposição e pouca revelação. Além disso, são muito voltados para si mesmos. Temos de ajudar essa turma a quebrar seus espelhos e isso pode começar na própria classe de escola dominical, para que deixem de se preocupar consigo mesmos e comecem a agir. Os mais novos podem ajudar na disposição das cadeiras, na organização da sala, podem fazer a oração de abertura e a arrumação ao final da aula. A maioria dos alunos mais velhos consegue recepcionar visitantes, dirigir brincadeiras ou discussões e procurar relacio­nar-se com os visitantes visando a que voltem outras vezes.

Podemos criar uma equipe de liderança estudantil para prestar serviços durante a aula. Coloque no papel algumas equipes (de boas-vindas, acompanhamento aos visitantes, decoração, música, mídia, etc.) e deixe cada aluno escolher aquela em que deseja atuar. Periodicamente, separe alguns minutos durante a aula para que as equipes façam seu planeja­mento.

A classe pode também prestar serviço à comunidade e ao

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mundo. Há uma classe de escola dominical que, a cada quinze dias, durante o horário de aula, faz visitas num hospital de pacientes em recuperação. Outra classe de crianças apadrinha um menor através de uma organização chamada Compassion International (Compaixão Internacional). Uma outra classe de adolescentes “adota” um país por ano. Eles põem um grande mapa daquele país na sala, dão as previsões do tempo semanal­mente, oram por aquele país e, de vez em quando, organizam telefonemas da classe para os missionários de lá.

Abrir uma janela de serviço cristão pode despertar crianças que se acham indiferentes, levando-as a aprender lições que durem a vida inteira.

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LEVE PROFISSIONAIS À SUA CLASSE

Que tal oferecer variedade a seus alunos, apresentando-lhes adultos competentes, elevando o nível de instrução da classe? Assim você aproveita e tira uma folga. Pode ser mais fácil do que se imagina. É só usar os conhecimentos técnicos que estão nos bancos da igreja, pertinho de você.

Em todas as igrejas de que já participei havia pessoas mais qualificadas do que eu para tratar de alguns dos assuntos que estávamos abordando na escola dominical. Há muita gente que não quer dar aulas, mas terá prazer em fazer uma ou duas preleções em domingos seguidos na sua área de competência (e assim conquistar a amizade dessa turma que gosta de fazer umas travessuras).

Veja como você pode aproveitar ao máximo os peritos da sua igreja. Primeiro, convide uma grande variedade de pessoas. Numa certa ocasião, em minha igreja, um farmacêutico falou sobre os efeitos das drogas no organismo, Outra vez um policial expôs os males de dirigir embriagado. Em outra realizamos uma mesa redonda, onde os pais apresentaram questões familiares. Também tivemos um conselheiro familiar ensinando os filhos a

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encararem o divórcio dos pais, e um mecânico mostrando aos alunos como se ajusta a rotação de um carro.

Em segundo lugar, dê a esses profissionais condições de fazerem uma boa apresentação. Muitos conhecem bem o assunto da palestra, mas ficam nervosos de estarem à frente de uma turma. Experimente alguma atividade inicial introdutória, como entrevistá-los, ou dirija um período de perguntas e respos­tas. Tenha cuidado com a introdução e a conclusão, para que esses momentos ajudem a tornar a experiência muito mais agradável e eficaz para o palestrante e os alunos.

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NEM TODAS j 7AS CRIANÇAS 1-------SÃO IGUAIS

Sei que parece muito simples, mas as três ou quatro primei­ras aulas que dei foram um desastre. Deram-me uma classe, entregaram-me a revista de escola dominical adotada pela igreja, e só. Segui as instruções... mas acabei percebendo que o currícu­lo e o programa tinham pouco ou nada a ver com os interesses de meus alunos.

É imprescindível que conheçamos bem o nível espiritual da classe. Assim adaptaremos melhor a aula às necessidades dela. No meu livro Developing Spiritual Growth in Junior High Students (Desenvolvendo o crescimento espiritual em adolescen­tes de 13 a 15 anos),* demonstro que a maioria dos estudantes desse grupo se encaixa em uma das três categorias seguintes:

Descomprometidos: ainda não se tomaram seguidores de Jesus; possuem pouco interesse espiritual.

Curiosos: já começaram a firmar um relacionamento com Cristo e desejam crescer espiritualmente.

*E1 Cajon, Calif.: Youth Specialties/Zondervan, 1993-

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Comprometidos: estão prontos a cumprir tarefas, a servir.(É o tipo de atitude que gostaríamos de ver nos “descomprometidos”.)

üm dos problemas da escola dominical de hoje é nossa tendência de usar revistas que foram escritas para os alunos classificados como curiosos e comprometidos, numa classe cheia dos descomprometidos, que estão lá só por insistência de alguém. Um professor de escola dominical da Califórnia perce­beu que tinha mais alunos do nível descomprometido na sua classe do que o pastor de jovens, nas reuniões de evangelização que realizava no meio da semana. Agora o professor está progra­mando eventos de evangelização nos domingos de manhã e vem colhendo excelentes resultados.

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MUDANÇA NÃO É PALAVRÃO

Um amigo me contou a seguinte piada:“Quantas pessoas são necessárias para trocar uma lâmpada

na igreja?”“Quatro”, disse ele. “Uma para trocá-la e três para ficarem

recordando as vantagens da lâmpada velha.”A palavra “mudança” não é bem aceita em muitas igrejas. 0

lema delas parece ser: “Como foi no princípio, é hoje, e será para sempre.” Entretanto sair um pouco do “esquema” da classe de escola dominical, inserindo nela algumas mudanças ocasio­nais, pode ter o efeito de quebrar a monotonia, despertar o interesse e produzir crescimento.

A especialista em educação cristã, Marlene LeFever, ensina que existe valor até na própria variação em si. Ela exemplifica citando o caso de uma fábrica que possuía excelentes geren­tes que fizeram alguns experimentos procurando maneiras de aumentar a produção. Instalaram música ambiente e a produção subiu. Aumentaram a iluminação e a produção subiu. Tiraram a música e a produção subiu. Baixaram a iluminação e a produção subiu. Ficou claro que não era o

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tipo de mudança que causava a diferença. Era a própria mudança.

A lista de inovações que podemos fazer não tem fim. Virar as cadeiras para outra direção. Trocar de sala. Mudar a rotina da classe. Dar uma lição diferente da indicada pela revista (guarde a revista por uma semana). Se a igreja possuir ônibus, dar uma aula dentro dele um dia. Trocar os professores num domingo. Preparar a classe para apresentar uma dramatização para outra. Num domingo qualquer, convidar os pais para assistirem à aula junto com os filhos. Chamar uma classe de escola dominical de outra igreja para reunir-se com a sua. Colocar música ambiente; servir um lanche.

Se os alunos já estão cansados de sentarem numa mesma sala, olhando para a mesma parede e para o mesmo antigo mapa da Terra Santa, fazeralgumas mudanças seria uma boa receita de sucesso.

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UMA CLASSE PEQUENA PODE SER MARAVILHOSA

Você aceitou lecionar uma classe de escola dominical. Já vem se preparando durante várias semanas, e hoje é o grande mo­mento. São 9:45 - hora de começar a aula. O único problema é que só tem você na sala. Você se senta e espera. Finalmente, dez minutos depois, tem um grupo de quatro garotos, sentados desconfortavelmente, olhando para você e aguardando o início do estudo.

Ficou desanimado porque sua classe toda cabe no banco de trás do seu carro? Não fique. Existem muitas coisas que pode­mos fazer com uma classe pequena e que nunca dariam certo com um grupo maior.

A primeira é que você pode ficar conhecendo melhor seus alunos. Pode ter a participação de todos na discussão dos assun­tos. E você pode dar a lição de maneira muito mais vibrante. É difícil permanecer anônimo num grupo pequeno, porque não há onde se esconder.

Como a classe inteira cabe no seu carro, você pode decidir

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dar a aula numa lanchonete, tomando café com torradas. (Não se esqueça de pedir antes a permissão dos pais.)

Existem outras atividades e projetos fáceis de se realizar juntos. Servir um sopão na favela. Cuidar do berçário da igreja num domingo. Dirigir um culto num asilo de velhos, e assim por diante.

Se sua classe é pequena, anime-se. Você tem um ministério do tamanho daquele que Jesus teve. Ele passou a maior parte de seu tempo com apenas três discípulos: Pedro, Tiago e João.Quem sabe? Talvez um desses garotos poderá ser o seu próximo pastor!

PARABÉNS - VOCÊ É UM EXEMPLO!

Certa vez, o evangelista Billy Graham perguntou a um garoti- nho como chegar à agência de correio mais próxima. Depois que o menino lhe deu a explicação, o Dr. Graham lhe agradeceu, e disse:

- Se você for à cruzada hoje, irá ouvir-me explicar como se chega ao céu.

- Acho que não vou, não, respondeu o menino. Você nem sabe onde fica o correio.

Como esse menino, é provável que seus alunos não sejam de fazer muito elogio e já estejam acostumados demais com você. Mas não se engane, eles o vêem como um verdadeiro exemplo!

Sei que na maioria das vezes você não se sente como um grande exemplo para ninguém. Seu carpete não tem aquela marca de joelhos que passam cinco horas diárias em oração. Há meses você interrompeu sua memorização do livro de Levítico, e há semanas não prega numa cruzada evangelística da cidade.

Contudo são as pequenas coisas que fazemos que nos tornam exemplo para outros. São nossas atitudes de bondade e gentileza. É o fato de escutarmos os outros sem interrompê-los. É

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lembrarmo-nos do aniversário de cada um. É darmos uma carona a alguém. É estarmos dispostos a dar a esses alunos uma hora de nosso tempo (uma hora que a maioria dos adultos não lhes dá).

Essas coisas parecem insignificantes, mas, somadas, elas representam muito e têm um grande valor. As crianças e os adolescentes de hoje estão desejosos de que os adultos se inte­ressem por eles. Parabéns! Você é um exemplo. Um dia, se tiver sorte, podem até procurá-lo e lhe dizer isso.

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É BOM TIRAR UM TEMPO PARA DESCANSAR

A maioria das pessoas leva uma vida muito agitada. Estamos sempre muito ocupados. Como Marta, citada nos evangelhos (e que daria uma ótima superintendente de escola dominical), temos múltiplas responsabilidades, ficamos estressados com tudo que temos que fazer, e com sentimento de culpa pelo que deixamos de fazer. Não é isso mesmo?

Faça a auto-avaliação seguinte, que tem apenas uma questão, e verá se está ocupado demais

Preparei a lição de escola dominical para o domingo passado (marque uma resposta só):

- no sábado à noite, assistindo a um programa de TV;- no carro, a caminho da igreja;- durante o sermão do pastor;- durante a entrega dos dízimos e ofertas;- domingo, no café da manhã, e cheguei à igreja um pouco

atrasado;- durante os avisos de abertura da escola dominical;- não a preparei, mas tive duas ótimas idéias depois da aula.

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Se a hipótese de tirar uma folga da classe pode causar enfarto nos dirigentes da igreja, arranje um substituto um domingo por mês. Peça a um amigo (ou ex-amigo) para dar aula no primeiro domingo do mês. Ofereça-lhe todas as ferramentas de que vai precisar, e depois vá passar o fim de semana fora.

Talvez você queira tirar umas férias de fim de ano. Procure algum seminarista, estudante de faculdade ou professor que esteja de férias nessa época e pratique a esquecida arte de D & D (delegar e desaparecer). A folga lhe fará bem e irá restaurar-lhe a sanidade mental. Assim você será bem mais eficiente quando retornar.

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ELES PRECISAM SENTIR-SE QUERIDOS

Você já foi a um acampamento de jovens, por exemplo, e a primeira coisa que ouviu foram os regulamentos? Desse modo a reunião já começa com uma nota negativa. O que estamos comunicando a eles é:

“Ei! Isso aqui é um evento adulto. Vocês têm sorte de estar aqui, e esperamos que se comportem bem, facilitando assim as coisas para nós.”

Muitos garotos, quando pisam dentro da igreja, sentem-se como se estivessem no meio de estrangeiros. Não conhecem os hinos. A linguagem parece de outro planeta. O templo lembra uma cela de prisão, e para a maioria, um sermão de trinta minutos poderia ter como título: “A meia hora que durou dias.” Você pode ajudar a mudar isso, criando um ambiente caloroso e convidativo em sua classe de escola dominical.

Não é tão difícil assim criar uma atmosfera alegre e jovial para a turma. Ligue uma música ou ponha uma fita no vídeo enquanto estão chegando. Arrume as cadeiras em círculos, em

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vez de em fileiras. Tire aquele mapa da Terra Santa que está lá há meses e coloque retratos dos próprios garotos. Que tal cartazes de eventos programados? Providencie alguns joguinhos para deixar na sala, e algumas coisas para comer.

Recentemente tive o privilégio de dar aula para uma turma cujo professor queria que os alunos sentissem que a sala de aula era deles. Afixados à parede havia saquinhos de papel com o nome de cada participante. Os alunos deveriam escrever mensa­gens de apoio, de incentivo uns para os outros e colocar ali. Toda semana esse professor mandava um bilhete para cada aluno, com um elogio ou estímulo. Ali a atmosfera era elétrica!

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DISCORDAR 2 3PODE SER -------BOM

Em muitas igrejas, discordar é considerado um ato de rebelião. 0 resultado acaba sendo uma geração de jovens que não têm a capacidade de pensar por si. A base de fé deles é:

“Jesus me ama,Jesus me ama,Jesus me ama,Meu professor de escola dominical assim o diz.”

Uma fé que não for examinada e questionada, muitas vezes não sobreviverá às perguntas que surgirão mais tarde na vida.

Quando nos dispomos a incentivar o questionamento, levamos os alunos a serem sinceros com relação às suas dúvidas, verificar criteriosamente as indagações e assumir com firmeza a fé cristã.

Uma boa maneira de fazer isso é organizar debates em classe. São ótimos para incentivar o raciocínio. Existem vários modos de realizá-los. O professor pode debater com a classe, isto é, ele defende um lado de uma questão e a classe, o outro.

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Podemos ainda levar os alunos a debater entre si. O professor apresentará material sobre um assunto controvertido (evolução versus criação, por exemplo), dividirá a classe em dois grupos, e cada um defenderá uma posição. Os alunos poderão ter trinta minutos para a preparação e trinta para o debate.

Esse estilo de ensino obtém bons resultados com adolescen­tes. Aqueles que adotam o estilo “sabe-tudo” e não escutam muito o que o professor diz na aula, quase nunca hesitam quando é para discordar. Já vi debates despertarem toda uma classe que se achava desmotivada, levando os alunos a pensar para valer. No caso de alguns, isso foi um ótimo começo!

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TODO MUNDO 2 4FALHA DE VEZ 1-------EM QUANDO

É, a dramatização da história de Natal em sua classe não saiu exatamente como você esperava. Da próxima vez você não vai incluir aquele bode na história. No momento, os garotos estão deprimidos, os pais querem você fora do quadro de professores, e 0 que você mais quer é procurar um buraco e se enfiar nele. O ar que se respira na sala nada tem de natalino.

Vejamos outra situação (um pouco mais provável). 0 número de alunos presentes está diminuindo ultimamente, e os que ainda estão vindo parecem desinteressados. Para piorar, quando um garoto perguntou por que ele devia crer em Deus, você não soube responder direito.E como se isso fosse pouco, no domingo seguinte ele faltou.

Um fracasso não é fatal, mas 0 desânimo pode ser!Quando eu cometo falhas (e isso acontece regularmente),

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lembro-me de duas coisas que me dão ânimo para prosse­guir.

Primeira, nenhum professor pode acertar com todos os alunos. Nenhum professor de escola dominical consegue ser interessante todos os domingos, nem agrada a todos. Há sempre alunos que são sabidos demais, malucos demais ou se acham entediados demais - ou simplesmente não gostam do professor. Vamos dar um desconto para nós mesmos. E se formos bem sinceros, teremos de admitir que também temos as nossas preferências.

Segunda, nenhuma criança ou adolescente está fora do alcance de Deus. Pense um pouco sobre os discípulos. Tomé duvidava. Pedro falava demais. Tiago e João pareciam estar

sempre discutindo sobre quem era o mais importante. Nós não somos assim também? Da próxima vez que você estiver prestes a desistir, lembre-se dos discípulos de Jesus, e confie que Deus pode usá-lo para alcançar seus alunos na hora determinada por ele.

ESPERE GRANDES COISAS DOS SEUS ALUNOS

Anos atrás, fizeram uma experiência com a classe de certa professora. Disseram-lhe que ela tinha alguns alunos excepcio­nalmente dotados e alguns muito vagarosos. Na verdade, eles tinham escolhido os estudantes de forma aleatória. O que aconteceu? Ela fazia mais perguntas aos estudantes “dotados”, dava-lhes mais atenção e eles tiraram melhores notas do que o resto da classe. Os que foram apontados como “vagarosos” não receberam atenção quando levantaram as mãos, foram mais repreendidos em vez de incentivados, e receberam notas mais baixas do que os colegas. Com o passar do tempo, pararam de se esforçar e tomaram-se realmente fracassados, como se esperava que fossem.

Recentemente, falando a um grupo de onze adolescentes, dei uma série de estudos sobre como podemos descobrir nosso dom espiritual. Os alunos estavam praticamente dormindo, até o momento em que pedi a cada um que se sentasse à mesa, na frente da classe, e fosse tomando nota, enquanto os outros

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diziam quais, na sua opinião, eram os dons daqueles que, um a um, se colocavam à frente.

A atmosfera da classe mudou completamente! Quando eles descobriram que os colegas realmente acreditavam que ele (ou ela) possuía dons e aptidões, o nível da sua confiança e interesse aumentou. Dois daqueles jovens, Ben e Stacy, passaram a realizar um estudo bíblico na hora do almoço, ao qual já estive­ram presentes trinta colegas.

Nem todos os jovens da sua classe (nem da minha) passarão por uma experiência de transformação desse tipo. Entretanto os professores que acreditam no potencial dos seus alunos esten­dem consideravelmente os limites das possibilidades de cresci­mento desses jovens.

Aquele pedaço de carvão, que ocupa uma das cadeiras de sua classe de escola dominical, pode ser um diamante em estado bruto que só precisa de tempo para ser transformado naquilo que realmente é.

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ENVOLVA SUACLASSE COM 1-------A IGREJA

Em seu livro Keeping Your Teens in Touch With God (Mante­nha seus adolescentes em contato com Deus)*, Robert Laurent conta que fez uma pesquisa para descobrir as dez principais razões pelas quais os adolescentes se afastam da igreja. Para sua surpresa, descobriu que a que os jovens mais citaram foi “a falta de oportunidade de um envolvimento significativo com a igreja”. A maioria dos adolescentes se convenceu de que há pouco espaço para eles na igreja, e pouquíssimas oportunidades para prestar serviços e exercer liderança.

Aprende-se melhor uma fé positiva no contexto do compro­metimento, do serviço e do envolvimento. Esses três pontos essenciais adquirem vida quando damos oportunidades aos alunos para que causem impacto.

O melhor meio de fazer essa mudança é levar a classe a trabalhar e exercer liderança. As possibilidades são infinitas. Os mais novos podem fazer cartazes, confeccionar e levar presentes

* Elgin II: David C. Cook, 1988.

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para pessoas idosas ou acamadas, ou então ajudar nas várias atividades da classe. Os maiores podem dirigir quase todas as partes da aula (recepcionar, fazer avisos, ajudar com o lanche, dar aula), ou participar em projetos da classe inteira, como apadrinhar uma criança ou visitar aqueles que estão doentes. Os resultados em geral são um “caos” total e o crescimento espiri­tual da turma. A soma é fantástica!

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FAÇA OS ALUNOS FALAREM

Aqui está você, à frente da sua classe, explicando como Saulo perseguia os cristãos. Então, para acordar a turma, você pergun­ta:

“O.k., e depois, o que aconteceu a Saulo?”Infelizmente, nesse exato momento os alunos estão totalmen­

te preocupados com seu sapato. Todos, menos um, cujos olhos se acham tão parados, que parecem artificiais.

Essa situação ocorre com todos os professores, até mesmo com os melhores. A aula orientada para a discussão aberta é mais divertida, mas requer uma conversação genuína. Por que será que a escola dominical se tornou a única hora da semana em que os adolescentes se calam?

Um dos problemas com que deparamos é que depois de freqüentarem a escola dominical durante alguns anos, os meninos já aprenderam a manha. E uma das primeiras regras de sobrevivência na classe é manter a boca fechada.

Para quebrar esse regulamento de “é proibido falar”, o professor precisará de um pouco de criatividade. A mera prática de fazer perguntas não é garantia de que os alunos vão se dispor

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a falar de fato. Temos de incentivar os jovens a isso utilizando seu assunto predileto: falarem sobre si próprios. Vá caminhando pela sala, pedindo a cada um que diga seu nome, onde estuda e quais os seus filmes prediletos.

Divida os garotos de dois em dois para conversarem entre si. Assim se verão obrigados a se expressar. Depois de conversarem aos pares, será mais provável que falem perante todo o grupo. E quando uma discussão se desviar do assunto (o que vai aconte­cer, com certeza), resista à tentação de cortá-la imediatamente.Se todas as tentativas falharem, desista e recomece na semana seguinte.

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DÊ UM NOME BEM LEGAL À CLASSE

Recentemente, um grupo de analistas de automóveis recebeu um carro para testar durante um dia inteiro. Como pensassem que se tratasse de um modelo importado pela G. M., quase todos disseram que pensariam em comprá-lo. Mas quando lhes disseram que na verdade era um Chevette, mudaram de idéia. A conclusão é óbvia. Na cabeça dos analistas, o nome Chevette já era sinônimo de carro arcaico, fora de moda. Apesar de o veículo ser bonito e ter um bom desempenho, os compradores iriam desinteressar-se dele por causa do nome.

O mesmo princípio poderá estar operando na sua classe de escola dominical. Qual terá sido o Q. I. do gênio de marketing que criou a estratégia de se ensinar verdades teológicas a adoles­centes mandando-os levantar cedo no domingo, usar roupas desconfortáveis, sentar-se em cadeiras enfileiradas e assistir a palestras feitas por adultos durante uma hora - e, pra completar, dar a isso o nome de escola!

Você está procurando uma mudança, uma imagem diferente? Experimente dar à classe um novo nome. Jogue longe o nome escola dominical e arranje outro. Pode ser qualquer coisa:

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Horário Nobre, Domingueiros Acordados, Intelectuais do Domin­go, Alongamento Matutino, etc. O professor sugere alguns, e os alunos acrescentam outros, e depois votam naquele que preferi­rem. Um nome diferente pode trazer energia à sua classe, e a turma pode achar essa competição emocionante.

NAO DE AS RESPOSTAS - OEIXE QUE ELES AS DESCUBRAM

Howards Hendricks, em seu livro Ensinando Para Transfor­mar Vidas, conta que um dia, no Parque Nacional de Yellowstone, ele perguntou por que havia tantos avisos proibindo que se alimentassem os ursos. O guarda florestal explicou que, sendo alimentados, eles perdiam a habilidade de caçar o próprio alimento e no outono e inverno morriam.

Há um grande número de crentes que cresceram se alimen­tando de sermões e palestras, e nunca aprenderam a buscar as verdades de Deus por si mesmos. Decoraram as respostas “certas”, mas não têm confiança nem capacidade de aprender sozinhos.

Quando mudamos a tática e, em vez de dar respostas prontas, fazemos com que os alunos procurem, isso melhora a retenção, desperta mais interesse, aumenta a confiança dos jovens e contribui para que continuem crescendo espiritualmente.

Esse método de aprendizagem em que deixamos os alunos “descobrirem” as respostas pode ser trabalhoso (é difícil dizer

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“não” a um urso). Temos de fazer mais perguntas e dar menos respostas. Discutir mais e discorrer menos. Estimular o pensa­mento crítico em vez de nos contentar com uma atitude passiva por parte deles. E talvez haja domingo em que eles não chegarão a conclusão nenhuma e poderão até sair da aula confusos. Mas não faz mal! Isso faz parte do processo de aperfeiçoamento dos alunos; é assim que eles irão crescer espiritualmente. Eles aprenderão a superar o período (talvez longo) de dúvida e depois, lá na frente, terão uma fé realmente viva!

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NÃO FOI DEUS QUEM CRIOU O FLANELÓGRAFO

Você sabia que as crianças não são todas iguais? Estou sempre redescobrindo esse fato óbvio sempre que percebo que minha classe nunca se interessa pelos mesmos assuntos, ao mesmo tempo, nem pelo mesmo estilo de ensino. Aqueles que adoram aula expositiva não suportam debates. O menino que vibra durante uma discussão cai no sono durante uma palestra. O que gosta de jogos é incapaz de abrir a boca durante um debate. O estudo em grupo, que um aluno acha superlegal, é chato para aquele que não vê a hora de sairmos para uma excursão. Diante disso, o que deve fazer um professor criativo?

A grande diversidade dos jovens de nossas classes é um dos aspectos mais difíceis para o professor. Mas também é o que nos dá as maiores oportunidades. Variando nossa abordagem e estilo de ensino, podemos alcançar mais alunos.

Para começar é bom aceitar o fato de que não existe um método “certo” de ensinar. Deus não inventou nem o flanelógrafo nem a aula expositiva. Portanto estamos livres para

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utilizar uma variedade de estilos em nosso ensino. Falar, debater, servir, brincar, contar histórias, fazer jornalismo, memorizar e perguntar é apenas uma parte da variada gama de opções (veja mais algumas no Inventário de Estilos de Aprendizagem, ao final do livro).

Da próxima vez que achar que seu trabalho está meio rotinei­ro, abandone o currículo adotado pela igreja e experimente alguma coisa nova (prometo não contar para seu pastor).

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PROGRAME 3 i UMA AVENTURA1------

Seja na TV a cabo (com mais de 50 canais) ou no sorvete (30 sabores), vivemos num mundo em que as pessoas têm a seu dispor uma grande variedade de opções. Infelizmente, na média das escolas dominicais ocorre o contrário. A aula típica é assim: o grupo se reúne, ouve uma palestra, e pronto. Não devemos nos surpreender com o pequeno impacto que vemos.

Um bom antídoto para a apatia e um método garantido para mexer com a garotada é dar a ela a oportunidade de uma aventura. Pode ser algo simples como levar uma classe de 10 anos à delegacia, entrar numa cela, trancá-la e estudar a história da prisão do apóstolo Paulo.

Se você tiver tempo, pode experimentar algo mais complica­do. Na última igreja em que trabalhei com jovens, levei toda a minha classe de escola dominical ao México, a fim de que vivenciassem ali uma semana de missões. Precisei fazer um bom planejamento (eu nunca havia feito isso e não tinha a menor idéia de como realizá-lo na prática) e, mais ainda, exercitar minha criatividade para angariar o dinheiro necessário. Mas deu para levar um bom grupo.

Foi mesmo uma aventura e tanto! Pela primeira vez a turma teve contato com uma cultura diferente. Os alunos compreende-

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ram os efeitos da pobreza de maneira nova. Ao prestarem ajuda, sentiram que Deus pôde realmente usá-los em seu serviço. Conheceram pessoas simpáticas que possuíam tão pouco das riquezas deste mundo, e ainda assim amavam a Deus e umas às outras. Com isso, fizeram uma avaliação de seus valores pesso­ais.

Alguns deles, que antes se encontravam meio indiferentes, ainda estão “curtindo” sua semana de serviço cristão no México.

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PEGUE A ESTRADA

Há pouco tempo ouvi um pastor cético descrever a escola dominical como sendo “colocar as criancinhas todas apertadas numa salinha e ensiná-las a não gostar de Deus”. Embora admita que há aí um pouco de exagero, acho que vale a pena considerar esse ponto de vista. Se a maioria dos meninos pudes­se optar, não iria querer passar a manhã de domingo dentro de uma sala de aula. Uma boa solução é pegar a estrada.

Na verdade, a idéia de levar os alunos para fora da sala, e ir para uma variedade de lugares onde podem aprender não é nova.Jesus fez isso. A maioria das aulas que ele deu não foi em salas de aula.

Mude a classe para sua casa, para uma lanchonete próxima ou para a secretaria da igreja. Alguns dos lugares que podemos visitar oferecem oportunidades valiosas para se aprender muito. Uma visita a um cemitério, por exemplo, seria perfeita para

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se estudar uma lição sobre a vida eterna. Um depósito de lixo seria um excelente local para se discutir sobre o materialismo. Uma lição sobre a compaixão cristã poderia ser ensinada num abrigo municipal para os desabrigados. Um “sopão” daria um bom cenário para ensinar sobre o milagre da multiplicação dos pães para cinco mil pessoas.

Afinal, é difícil “considerar” os lírios do campo quando não os estamos vendo.

DEIXE OS MORADORES DO MANICÔMIO ADMINISTRÁ-LO

A idéia de deixar que os alunos dirijam a classe (por algum tempo) pode parecer assustadora e arriscada, mas há várias vantagens nisso. Primeiro, permitir que a turma ponha a mão na massa ajuda a combater o desinteresse. Aqueles que estão na ativa raramente sentem tédio. Quando os alunos começam a ensinar, tornam-se participantes ativos em vez de espectadores passivos.

Em segundo lugar, os alunos aprendem mais quando estão envolvidos no ensino. O aprendizado baseado na participação aumenta o índice de entendimento e retenção da matéria.

Terceiro, os adolescentes, muitas vezes, escutam melhor os próprios colegas do que os adultos. Isso significa que os outros membros da classe também poderão aprender mais.

Por último, com isso poderemos estar formando futuros professores. Na primeira vez que me convidaram a dar uma aula, eu estava no colegial. Quase tive um ataque do coração. Dei a aula todo nervoso; mas ninguém desmaiou, e nunca mais parei de lecionar.

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Tenha o cuidado de começar aos poucos, em doses pequenas. Não entregue o horário todo achando que tudo vai funcionar como as engrenagens de um bom relógio. Deixe que eles se responsabilizem por algumas das partes da aula: dirigir o período de cânticos, arrúmar a sala, dar os avisos, distribuir as folhas com a letra dos corinhos, organizar uma dramatização, ler os versículos da Bíblia, etc. Aos poucos vá aumentando a partici­pação deles.

E lembre-se: Quando as coisas se tornarem caóticas (o que é inevitável), e a experiência não trouxer nenhum outro benefício, pelo menos agora eles verão como é duro ensinar na escola dominical!

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DIVERSÃO E PARA VOCÊ TAMBÉM!

No ano passado, no Dia dos Namorados, eu e Carol, minha esposa, e mais quatro casais, entramos na perua da igreja para dar um passeio. Depois de rodar uns três quilômetros, nós, os homens, simulamos uma falha mecânica (muito fácil de acredi­tar se tratando daquele carro da igreja!). Quando as esposas já começavam a sentir saudade do tempo em que eram solteiras, uma limusine chique, que tínhamos alugado secretamente, parou atrás. Conduzimos nossas esposas - que estavam muito espantadas - à limusine e seguimos em frente. Fomos parando em vários lugares. Em cada um, alguns alunos de nossas classes de escola dominical nos serviram uma parte do jantar. Foi com um jantar por etapas que comemoramos a data. Cada vez que saíamos de um lugar desses, eu percebia que esse quadro não batia bem com o que ia na cabeça daquela turminha - adultos se divertindo!

O que surpreendeu minha esposa foi a festa, e a mim foi a reação de minha classe. Ver o professor se divertir, comemoran­do a data com a esposa, numa limusine, teve maior impacto para a turma do que qualquer das aulas que eu cuidadosamente

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preparara. Nos domingos seguintes, quando mencionávamos essa experiência na classe, percebi que alguns de seus conceitos errados sobre os adultos serem chatos já estavam meio abalados.

A vida é para ser apreciada, não suportada. Como diz Brennan Manning:

“Se você tem a alegria do Senhor no coração, faça o favor de avisar isso ao seu rosto!”

Um professor alegre, que sabe se divertir, atrai os alunos para sua fé e para sua maneira de viver. Ainda vou me encontrar com você na estrada, certo?

TENHA 0 SEU [31^"CADERNO DE 1-------ORAÇÃO”

0 primeiro capítulo de Marcos descreve um dos dias mais agitados da vida de Jesus. Ele pregou, ensinou, curou, fez tudo. Na manha seguinte, os discípulos tiveram de procurá-lo, porque tinha se levantado cedo para orar. (Se fosse eu, iria levantar-me bem tarde.)

A oração era uma das prioridades máximas do Senhor. Quando oramos, 0 ministério se torna um esforço conjugado. Estamos operando juntamente com Deus na vida das pessoas. Eu, pessoalmente, noto que quando oro pelos meus alunos, minhas expectativas para com eles aumentam, porque realmen­te creio que Deus irá operar na vida deles. Quando oro mais, me preocupo menos com eles e os admiro mais.

Para obtermos melhores resultados, podemos utilizar um caderno de oração, simples, do tipo espiral. Escreva 0 nome de um aluno em cada página, dividindo-a em duas colunas. Depois, diariamente, passe alguns minutos orando por dois ou três deles. Na coluna da esquerda anote uma ou duas petições com relação àquele aluno. Na da direita, registre as respostas de Deus.

Você pode até mencionar isso para seus alunos, dizendo-lhes

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como Deus está operando na vida deles, e revelando que tem orado por cada um regularmente. (No meu caso, coloco uma foto do aluno em sua respectiva página.)

O fato de passar algum tempo em oração me ajuda a lembrar que não estou apenas lecionando uma classe e, sim, que estou lecionando para Marcelo, Davi, Carlos e Érica.

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APRENDA COM SEUS ALUNOS

Quando eu era garoto, vivia tão ligado em esportes, que tinha pouco tempo para as outras coisas. Por causa disso, de carpinta­ria, por exemplo, entendo quase nada. Só sei qual dos lados do martelo que devo segurar. Por isso, eu e minha esposa comete­mos um grande erro quando compramos uma casa que poderia ter concorrido ao título de “A Mais Reformável do Ano”.

Mudamos para ela, arranjamos os melhores livros no assun­to, iniciamos a reforma, e aproveitamos todo a ajuda que recebe­mos, que veio quase toda da nossa classe de jovens, todos entre 15 a 17 anos. Os pais de vários deles eram carpinteiros/marce­neiros e esses garotos sabiam mais do que eu sobre quase tudo. Eles adoraram “ensinar” ao professor deles os macetes do ofício, e eu adorei receber, de graça, a ajuda que me puderam dar.

Uma das maiores alegrias de um professor é aprender com os alunos. É verdade que eles nos ensinam a ter paciência, mas podem também ensinar-mw algo daquilo em que demonstram aptidão. A lista é infinita: carpintaria, computadores, instrumen­tos musicais, video games, ou como assistir à televisão, ouvir 0 aparelho de som e estudar ao mesmo tempo.

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Com meus alunos estou aprendendo, por exemplo, algumas verdades espirituais. Alguns me ensinam a lidar com o sofrimen­to, quando os vejo enfrentando as conseqüências de decisões erradas. Outros, a ter compaixão, à medida que procuro amar os que, naturalmente, não amo. E há aqueles com quem aprendo a crer em milagres, quando vejo Cristo trabalhar na vida deles.

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DEIXE DEUS TRAVAR SUAS PRÓPRIAS BATALHAS

A Lição

Então Jesus levou seus discípulos para cima no monte e, reunindo-os em volta dele, ensinou-os dizendo:

“Abençoados são os pobres de espírito, porque deles é o reino do céu.

Abençoados são os mansos, abençoados os que choram,

abençoados os misericordiosos, abençoados os que têm sede de justiça,

abençoados sejam vocês, quando perseguidos, abençoados quando sofrerem.

Fiquem alegres e regozijem-se, porque sua recompensa é grandeno céu.”

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Então Simão Pedro indagou:“Teremos de decorar isso?”

“É preciso anotar?” perguntou André.“Vai ter prova sobre isso?” quis saber Tiago.

“Não tenho papel”, comentou Filipe.“Vamos ter de entregar um trabalho sobre essa matéria?”

disse Bartolomeu.“Os outros discípulos não tiveram de aprender isso”, reclamou

João.“Com licença! Posso sair um pouquinho?” pediu Mateus.

“O que tem isso a ver com a vida real?” indagou Judas.

Um dos fariseus, que estava presente, pediu para ver o plano de aula de Jesus, e perguntou-lhe:

“Onde estão sua motivação e seus objetivos da área cognitiva?”

“Jesus chorou.”*

Ah! sim, você recebeu a grande responsabilidade de ensinar verdades espirituais a crianças e adolescentes. Provavelmente foi por isso que você se ofereceu para lecionar. Em alguns domingos, a aula é, realmente, maravilhosa, e os alunos assimilam tudo. Mas, na maioria das vezes, eles parecem os

* Bill McNabb e Steve Mabry. Teaching the Bible Creatively (Usando a criatividade no ensino da Bíblia). Zondervan/Youth Specialties, 1990.

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discípulos da parábola acima, e você sai da classe sentindo-se um fracassado.

Esse é o lado ruim da situação. 0 lado bom dela, porém, é que não cabe a você ganhar todas as batalhas. Jesus vai ganhar algumas. E, como vemos por uma simples leitura dos evange­lhos, algumas ele vai deixar “passar em branco”. Nossos alunos, como os discípulos, vão ter muitos “altos e baixos”. O segredo é não deixarmos que isso nos influencie.

Da próxima vez que seus alunos o deixarem com vontade de chorar, coloque-os nas mãos de Deus e deixe o Senhor travar essa batalha.

LUZES, (VÍDEO) CÂMERA, AÇÃO

Certa vez assisti a um programa de Natal na escola de meu filho. No momento em que a peça começou havia tantas filmadoras apontadas para as crianças, que provavelmente pensaram que estivessem numa audiência de confirmação do Senado.

As crianças gostam de ser filmadas e também de filmar. Qual ( o garoto ou garota que não apreciai se ver na telinha? Não existe nada melhor para criar interesse, fazer os alunos se envolverem na classe e até formar futuros Steven Spielbergs. Os vídeos que eles fazem podem ajudá-los a aplicar as lições na vida prática.

São inúmeras as possibilidades de transformar nossos alunos em

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astros. Podemos dividir a classe em equipes de produção, dando a cada grupo uma câmera e mandando fazer um documentário sobre o assunto que estivermos ensinando no momento.

Ou podemos levar a classe a um shopping center e deixá-los gravar entrevistas. Eles poderão fazer perguntas sobre assuntos que estaremos abordando na classe e filmar as pessoas respon­dendo. Depois podem passar a fita para toda a classe. Isso é um recurso maravilhoso para apresentar o assunto da lição.

A câmera também serve para ajudar os garotos a se familiari­zarem com alguns dos eventos da Bíblia. Leve a máquina à aula e ajude os garotos na criação de um vídeo sobre um evento bíblico. Marque uma noite para mostrar a fita ao pessoal da classe e a seus familiares. O sucesso é garantido, sempre!

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ESCUTAR E UM ÓTIMO MEIO DE COMUNICAR

Quando dirijo seminários para professores de escola dominical, às vezes gosto de dividi-los de dois em dois, nomeando um deles professor e o outro, aluno. Dou aos “alunos” um minuto para inventarem e descreverem uma crise pessoal por que estejam passando. Depois digo aos “professores” que demonstrem total falta de interesse, enquanto os “alunos” se dispõem a contar suas piores crises. Depois, peço aos “alunos” que descrevam o que sentiram ao verem que o “professor” não os estava ouvindo. Geralmente eles falam de frustração, raiva, insignificância e desânimo ou deses­pero. Infelizmente, essa experiência pode estar realmente ocorrendo repetidas vezes em muitas classes de escolas dominicais.

0 período da aula talvez não dê para que os alunos se abram e relatem seus problemas. Para isso podemos usar o horário de almoço no domingo, uma vez por mês, depois da escola. Leve o aluno para almoçar fora (entregue a conta ao seu pastor), e verá como será bom e maravilhoso esse momento a sós, dedicado só para escutá-lo.

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Algo que pode deixar os alunos realmente espantados é pedir a opinião deles. Nunca me esquecerei da experiência que tive com quatro rapazes de 14 e 15 anos, que levei comigo certa vez, quando fui comprar um carro. (Até o vendedor deve se lembrar disso.) Depois de dar uma volta com o carro para ver o funciona­mento dele, chamei a turma de lado, e perguntei:

“Bem, o que vocês acham?”Eles adoraram dar sua opinião sobre o veículo. Acabei com­

prando aquele carro - e eles passaram os outros anos o destru­indo.

Nesses vinte anos em que trabalho com adolescentes, aprendi que a melhor maneira de dizer-lhes “Gosto de você!” é escutá- los atentamente, mostrando com isso que os amamos.

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O PODER DO AMOR

Na Convenção Nacional dos Líderes de Jovens em Los Angeles, em 1990, um moço que trabalhava com jovens ficou emociona­do ao ouvir 0 relatório do trabalho de Tony Campolo, contando como fez uma festa de aniversário para prostitutas no Havaí. O moço lembrou-se de uma garota do grupo de jovens da sua igreja que estava meio desinteressada. O estilo de vida dessa moça era meio louco. Ela se sentia isolada e alienada da igreja. Ninguém lhe dava muita atenção. Esse líder de jovens perguntou se poderíamos fazer uma ligação para ela durante uma sessão plenária. Era aniversário dela aquele dia, e ele queria que todos nós, os 1.400 participantes, cantássemos “Parabéns pra você!”.

Montamos um sistema de viva-voz, e ele ligou:- Trícia? disse ele, à frente de todos os presentes.- Pois não! perguntou ela, hesitante.- Trícia, você não vai acreditar nisto, mas eu estou num

salão com 1.400 pessoas...- Você está brincando! replicou ela, interrompendo-o.- Não estou, não, Trícia. Eu estou numa convenção e me

lembrei de que hoje é seu aniversário; então convidei todo mundo para que desejássemos a você um feliz aniversário.

- Não acredito. Você está brincando, repetiu ela, pasmada.

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- É verdade!Queria que você estivesse lá. Nunca vi um grupo de pessoas

cantar mais alto ou com maior emoção, torcendo, gritando entre uma frase e outra. Quando acabamos, eram poucos os que não estavam com lágrimas nos olhos. Pelo menos por um momento em sua vida, Trícia soube que havia quem se interessasse por ela, que lhe transmitisse carinho.

Sua classe de escola dominical está cheia de Trícias. Graças à atenção que você lhes dá, desejoso de estar ao lado delas, de lhes falar, de apoiá-las, elas estão descobrindo que também contam, que também têm valor.

VOCE SE ACHA NUMA POSIÇÃO ESTRATÉGICA!

0 escritor Charlie Shedd disse, certa vez, que quando come­çou a escrever um livro sobre ser pai (ou mãe), mudou o título dele várias vezes.

• Antes de ter filhos, o título que usou foi: Como Criar Seus Filhos.

• Depois de nascidos os filhos, mudou-o para: Idéias Sobre Criação de Filhos.

• Com os filhos um pouco maiores, o título tornou-se: Idéias de um Colega de Luta.

• E quando os filhos chegaram à adolescência: Alguém Tem Alguma Idéia?

A experiência sempre nos dá uma visão mais panorâmica de tudo. Por melhor professor que você seja, sua classe de escola dominical nem sempre será:

• uma experiência de transformação de vida que se iguale ao melhor acampamento a que os alunos já foram;

• o substituto do seminário para seus alunos;

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• a maior reunião de jovens da cidade;• a hora predileta da turma;• a sua hora favorita.Sendo assim, a escola dominical tem de positivo o fato de que

oferece um lugar onde se pode desenvolver um grande ministé­rio. Ela poderá florescer bem mais em nossos dias, porque muitas pessoas buscam seu primeiro contato com a igreja (e com a fé cristã) no domingo de manhã. Se uma família resolve visitar a igreja, talvez seja em sua classe que os filhos ouvirão falar de Jesus pela primeira vez. Sua aula poderá ser uma “chamada” para que eles se interessem em conhecer melhor o Senhor Jesus Cristo.

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OFEREÇA PONTO EXTRA

Provavelmente para alguns de seus alunos ir à escola domini­cal exige um grande sacrifício. Contudo sem dúvida você deve ter pelo menos alguns com um pouco mais de interesse pelas coisas espirituais.

Embora não devamos preparar a aula só para esses, é bom lembrar que Jesus dedicou a maior parte do seu tempo a indiví­duos assim. É provável que não tenhamos tempo para passar três anos no deserto com esses alunos, mas podemos oferecer a esses mais motivados alguns “pontos extras”. Isso poderá contribuir para que eles aprofundem o seu relacionamento com Jesus. Também irá cooperar para que eles cresçam mais depressa.

Comece organizando uma biblioteca de livros que possam ser emprestados. Procure saber se a igreja dispõe de alguma verba para ajudar (boa sorte). Visite uma livraria evangélica para fazer a compra dos livros e assim comece a sua bibliote­ca de classe. Coloque bons livros, fitas, vídeos e CDs. Estabe­leça um sistema de registro de saídas e entradas, e deixe os alunos aproveitarem. Alguns talvez nem se aproximem, mas

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outros aproveitarão. Uma boa maneira de despertar o interes­se deles é levá-los junto quando for comprar os livros. Assim também poderá adquirir obras pelas quais eles tenham interesse.

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QUANTO MAIOR O NÚMERO, MELHOR O TRABALHO

Às vezes os alunos vão se cansar de você (difícil de acreditar, mas é verdade). E você vai se cansar deles (isso já não é tão difícil de acreditar). Lecionar uma classe de escola dominical não precisa ser um vôo solitário. Quem foi que disse que você tem de fazer tudo sozinho? É muito mais fácil dar aulas em equipe. Além disso, é mais divertido, e propicia aos alunos a oportunidade de conviver com pessoas de tipos variados servindo de modelos cristãos. Talvez você se surpreenda, mas encontrará outros adultos (e até alunos!) dispostos a ajudar.

A procura do pessoal para formar a equipe poderá ser uma experiência divertida, positiva. Na última classe em que lecionei na escola dominical, pedi aos garotos que escrevessem numa ficha o nome de todos os adultos da nossa igreja de que gostavam e que respeitavam. Recolhi as fichas e na semana seguinte mostrei-as àqueles cujo nome aparecia com mais freqüência. Muitos deles ficaram contentes e se dispuseram a cooperar no aprendizado da turma. Sentiram-se felizes de

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saber que a meninada gostava deles, e eu gostei do auxílio que recebi.

A maioria das pessoas pode não querer dar a aula, mas talvez se prontifique a colaborar. Recrute-as para dirigir o louvor, a abertura, a aplicação da lição, ou para lecionar uma vez por mês. Outra idéia é procurar gente que se disponha a assumir a direção por um, dois ou três domingos. Você tem um descanso da preparação das lições e seus alunos têm a oportunidade de ver uma cara nova.

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"TRANSPA­RÊNCIA” NÃO É RETROPROJETOR

Após cinco anos de casados, aconteceu uma coisa maravilho­sa: minha esposa ficou grávida. Ficamos felicíssimos! Telefona­mos para os familiares, e depois tivemos o privilégio de dar a boa notícia aos alunos da nossa classe de escola dominical. Durante alguns dias houve só parabéns e a turma fazendo fila para o lucrativo cargo de babá. Depois de duas semanas, no entanto, começou a haver problemas na gestação. O médico confirmou nossos temores. Minha esposa sofreu um aborto espontâneo.

Eu não imaginara como ia ser difícil dar essa notícia ao nosso grupo. Fui para a reunião resolvido a bancar o cristão exemplar, louvando a Deus nas horas duras da vida, mas não consegui! Lá estava eu, de pé à frente da classe, e só consegui dizer:

“Estamos muito tristes. Orem por nós.”Os alunos foram admiráveis! Escreveram bilhetes, fizeram

bolos e disseram que nos amavam. Eles nos animaram muito, ajudando-nos a atravessar aquela fase difícil. Também passaram a me procurar quando se sentiam magoados. Minha sinceridade

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mudou meu estilo de relacionamento e ministério com aqueles jovens!

Os adolescentes não estão procurando modelos perfeitos. O que procuram são adultos sinceros, que amem a Cristo e que venham a amá-los.

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VAMOS DAR-LHES TAREFAS DIFÍCEIS

Recentemente vi um adesivo de carro que dizia: “Contrate um adolescente enquanto ainda sabem tudo.” Vamos encarar a verdade - alguns dos nossos alunos já estão na igreja há mais tempo do que nós. Quer a aula seja em Levítico ou em Lucas, a reação deles é sempre a mesma:

“Já ouvimos isso!”A melhor solução pode estar numa frase que um professor

meu do seminário gostava de repetir:“A tarefa do professor é consolar os desconsolados e incomo­

dar os acomodados.”O que precisamos fazer para que nossos alunos saiam da

rotina, e deixem a indiferença do “já ouvi isso”? Precisamos empurrá-los para a frente, temos de desafiá-los. Nossos objeti­vos, quanto ao conteúdo, podem continuar sendo os mesmos, mas, se a movimentação variar, conseguiremos despertar uma classe inteira que se acha “acostumada” com a igreja.

Podemos, por exemplo, convidar uma pessoa que vive nas ruas para vir à classe falar sobre o tipo de vida que ela leva. Ou então levar os garotos a uma instituição beneficente para servi-

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rem ali um café reforçado durante o horário da classe (ou mais cedo).

Certa vez levei minha classe de escola dominical - alunos de 12 a 14 anos - a uma creche muito carente, no centro de São Francisco. Passaram o dia dando o duro, trabalhando de verdade (um milagre) e interagindo com pessoas crentes de origem bem diferente da sua. Aprenderam lições sobre compaixão e serviço cristão que uma aula tradicional faria todos dormirem.

LIGUE O VÍDEO

Quando Ross Perot foi candidato a presidente dos Estados Unidos, ele usava recursos visuais em todas as suas propagan­das, para exemplificar o que queria dizer e tornar os assuntos claros e compreensíveis. Se ele tivesse usado seus ouvidos com essa mesma eficiência, talvez tivesse ganho a eleição por uma boa margem de votos.

Estamos trabalhando com uma “geração vídeo”. Os filmes, os vídeos e a TV são veículos que moldam valores na cultura jovem de hoje. O efeito da mídia sobre os índices de atenção e retenção das pessoas é extraordinário.

Não podemos deixar que só o inimigo use essas boas ferra­mentas. Vamos utilizar o vídeo para dar mais vida às nossas aulas. Grave uns minutinhos das notícias, ou uma parte de algum programa popular, e faça com que os alunos discutam o assunto ali focalizado, relacionando-o com a Bíblia. Mostre um bom filme, todo ou uma parte dele. Exiba filmes que tenham muito o que ensinar sobre questões como amor cristão, fé, liberdade, compaixão, esperança.

Mostre bons vídeos evangélicos. Ultimamente têm sido

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produzidos muitos filmes, com excelente conteúdo; verdadeiras produções para entreter e ensinar.

Divirtam-se!

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JESU S AMA SUA CLA SSE - POR SEU INTERMÉDIO

0 ensino da escola dominical abrange muitas tarefas. Somos secretários na hora de marcar a presença, conselheiros, palestrantes, dirigentes de brincadeiras, iniciadores de debates, motoristas, diretores de atividades, programadores e outras coisas mais. Em meio a tudo que fazemos, é fácil perder de vista o chamado principal: o de levar nossos alunos a ter um relacio­namento pessoal com o Deus que os ama.

Brennan Manning conta o caso interessante de um menino que estava brincando de esconder com seu amigo. Quando chegou sua vez, se escondeu e ficou aguardando que o amigo fosse procurá-lo. Esperou muito tempo, e nada. Finalmente saiu do esconderijo. Foi então que descobriu que o amigo tinha ido embora, sem ter ido procurá-lo. O garotinho voltou para casa chorando. Encontrando o pai, desabafou:

“Ninguém foi me procurar!”Nós sabemos de um fato maravilhoso: Jesus está procurando

não só a nós, mas a nossos alunos também. A tarefa de que nos

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incumbe é, acima de tudo, ajudá-los a ouvir e a atender ao chamado do Senhor.

Sei o que muitos de vocês devem estar dizendo:“Não posso fazer isso. Não sou muito espiritual.”Há pouco recebi uma carta de uma estudante universitária.

Havia seis anos se tornara cristã num acampamento onde eu fora preletor. A carta dizia o seguinte:

“Quercf agradecer-lhe por ter estado naquele acampamento. O retiro mudou minha vida. Para mim foi muito importante o senhor ter pedido que eu enviasse meu retrato, com a promessa de colocá-lo no seu escritório. Não me lembro de nenhuma de suas palestras, mas nunca me esquecerei da experiência de sentir-me amada e apreciada. ”

Quando os alunos sentem que você os ama, compreendem melhor o amor de Deus por eles. E Deus os ama por seu inter­médio, do jeito que você é.

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VOCE PODE SER CRIATIVO!

Ninguém pode ser criativo por encomenda. É mais ou menos como quando alguém chega para mim, e diz:

“Diga alguma coisa engraçada.”De repente, a parte de meu cérebro onde está a seção de

humor se fecha para reformas.A criatividade, no entanto, é algo que podemos desenvolver e

fortalecer, quase como fazemos com os músculos. E muitas vezes precisamos ter uma porção de idéias ruins para depois surgir uma boa. Certa vez um ex-aluno meu, que agora trabalha em propaganda, disse:

“A criatividade é noventa por cento suor e dez por cento inspiração.”

Todos nós temos esses dez por cento. É só vasculhar aqueles cantinhos escuros de nossa mente que os descobrire­mos.

Àqueles que lutam para aumentar seu índice de criatividade, um conselho: comecem permitindo-se a si mesmos pôr em prática uma péssima idéia, que acabe em total fracasso. Façam isso porque, por pior que uma idéia seja, desistir é um erro

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ainda maior. Se a primeira idéia cair por terra, tente outra, e mais outra, até que uma dê certo.

Talvez você queira usar o plano TE3: tomar emprestado, tomar emprestado, tomar emprestado. Quando ouvir falar de uma boa idéia, anote-a e tente pô-la em prática. Eu me reúno regularmente com outros professores, e trocamos idéias sobre os assuntos a abordar no currículo, os jogos, formas de atividades, etc. Geralmente no final saímos com muitas idéias mesmo que nem tenhamos condições de implementar todas elas. Certa vez um bom e sábio “copiador de idéias” disse:

“A essência da criatividade é a capacidade de copiar.”

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VOCÊ TAMBÉM PODE SER LEGAL

Leith Anderson começa seu admirável livro Dying For Change (Morrendo de vontade de mudar),* narrando a história de uma igreja que se encontrava em declínio e estava à procura de um pastor novo, dinâmico:

“Uma comissão ‘nota dez’ fez tudo certinho e encontrou o dirigente perfeito. Ele era jovem, porém experimentado; sério, mas espirituoso; bom orador, mas sem intimidar ninguém; era espiritual, mas conhecedor do mundo e da vida. Se havia alguém que pudesse dar novo rumo àquela igreja problemática, era ele.

“Quando o candidato a pastor falou à igreja pela primeira vez, deu uma inspirativa descrição dos pontos que o qualificavam, de sua experiência, de sua visão e seus planos. Na última frase, ele resumiu sua emocionante apresentação:

‘“Com a ajuda de Deus’, disse ele, ‘pretendo levar esta igreja em frente, para que entre no século XIX!’

* Minneapolis: Bethany House, 1990.

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“Surpreso e constrangido pelo erro do candidato, o relator da comissão sussurrou-lhe um pouco alto:

‘“Você quis dizer século XX?’“E o candidato logo respondeu:“‘Vamos por etapas - um século de cada vez!’”Nossa cultura muda rapidamente, e os adolescentes a acom­

panham. A atualização é essencial, porque aquele excelente programa de escola dominical do passado pode ser o fiasco amanhã. É preciso não deixar que seu programa de escola dominical se torne uma exposição do “Parque dos Dinossauros”.

O primeiro passo nesse sentido é ouvir os alunos. Converse com eles fora da classe. Quais são seus problemas? suas lutas? suas frustrações? suas vitórias? Então, na escola dominical, focalize aquilo que os preocupa.

Utilize recursos atualizados. A maioria dos alimentos e medicamentos, hoje, vêm com data de validade. Os recursos usados na escola dominical deveriam vir com o seguinte aviso:

“Cuidado. Após tal data o efeito poderá ser mínimo.”A maioria das editoras pode mandar amostras grátis de

material para a escola dominical. Reúna uma boa mostragem e deixe que os alunos escolham as de sua preferência.

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QUANDO TUDO MAIS FALHAR, CONFIE EM DEUS

Quer lecionemos para uma classe de irrequietas crianças de 8 a 11 anos ou uma de adolescentes com as pilhas carregadas de hormônio, em geral será raro obtermos resultados visíveis. O professor que ficar na sala depois da aula esperando ouvir as crianças dizerem: “Muito obrigado por essa lição sobre Levítico. Mudou a minha vida”, poderá acabar passando a noite na igreja. Se não tivermos cuidado, é possível acharmos que Deus não está operando.

Meu primeiro contato real com a fé cristã ocorreu numa classe de escola dominical, quando eu era adolescente. O profes­sor era um policial (o que, para mim, parecia ser uma contradi­ção). Para surpresa minha, constatei que ele era divertido, amigo, simpático, e falava em linguagem simples sobre como seu compromisso com Jesus Cristo afetava sua vida e suas relações com os outros.

Saí daquela classe ainda inseguro sobre o valor da fé cristã, mas profundamente comovido e comprometido com a idéia de

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pensar melhor a respeito - embora na aula eu tivesse agido como se estivesse completamente desinteressado. Hoje, passa­dos vinte anos, ainda não me esqueci da mensagem simples e clara daquele professor.

Pode parecer que os resultados demoram, mas lembre-se de que você não está sozinho. Enquanto transmite a mensagem da Bíblia aos alunos, Deus está operando, convencendo-os de que as palavras dele são reais, e conquistando-os para si. O engraça­do é que acho que nunca falei com aquele professor sobre o impacto que ele causou em minha vida. Você poderá ter alunos assim. No momento, não dão sinais exteriores de vida, mas daqui a vinte anos... quem sabe?

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Segunda Parte

CRÉDITOS EXTRAS

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PESQUISA [í "ESCOLHA ^ OS ASSUNTOS”

Os assuntos da pesquisa seguinte estão divididos em quatro categorias: Bíblia, Crescimento Espiritual, Tópicos Quentes e Vida Prática. Os primeiros assuntos de cada coluna são para alunos mais novos, e os que estão do meio para o fim funcionam melhor para jovens um pouco mais velhos. Ao realizar sua própria pesquisa, escolha na lista os assuntos mais apropriados faixa etária de seus alunos.

Escolha os AssuntosInstruções: Em cada categoria, marque os cinco assuntos que mais lhe interessam. Depois coloque um asterisco em dois que você considera os melhores de cada categoria.

Bíblia Crescimento Espiritual- A multiplicação dos pães - Deus nos criou de forma toda especial

- O sentido da Páscoa- O Filho Pródigo- A criação do mundo

- O amor de Jesus- A vida de Jesus

- Ser honesto- Aprender a orar- Como receber o perdão- Como resolver o problema das dúvidas- O uso dos dons espirituais

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/C3

A Bíblia é verdadeira? O livro de Gênesis A vida de Moisés Introdução ao Novo Testamento O livro de Atos Os Dez Mandamentos Os evangelhos O livro de Neemias

Os heróis do Velho Testamento O livro de Jonas O livro de Romanos

O Espírito Santo A vida de Davi A vida de José

O livro de Efésios0 livro de Filipenses As cartas aos coríntios1 e 2 Tessalonicenses O livro de Provérbios O Sermão do Monte O livro dos SalmosO livro de Apocalipse Conheça bem sua fé

- Deus existe?- Como se dar bem com os pais- Conhecendo a vontade de Deus- O que é a igreja e como m e encaixo nela?

- Pontos essenciais em servir a Deus- Oração- Confraternização- Como tornar mais interessante o

estudo devocional da Bíblia- Como cultivar amizades mais profundas

- Como compreender os dons espirituais- Como envolver-se na obra de missões

e no serviço cristão- Serviço globalizado- O ensino cristão sobre o casamento- O mês de missões - Conhecer melhor

os campos missionários- Evangelismo pessoal- As seitas e religiões do mundo- Mordomia cristã- Enfrentando a tentação

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Tópicos Quentes- Como se relacionar com o

briguento da classe- Como agir quando os pais brigam- Como agir quando os outros

fazem piadas a nosso respeito- Quando Deus parece distante- Homossexualismo- Como encarar os estudos- Puberdade - Vejam! Estou

mudando- O estresse- Como encarar a pressão dos

colegas- Que fazer quando seus pais se

separam- AIDS- Drogas e álcool: o que fazer?- Como agir diante de um fracasso- Depressão- Auto-estima- Amor, sexo, namoro e

relacionamentos- O suicídio- Música rock- Solidão- A mídia- Racismo- Sexualismo- O problema da fome mundial- A vocação- O auê da Nova Era- Como agir quando sofremos- Que fazer com o desânimo- Evolução e criação- A questão do aborto- A eutanásia

Vida Prática- Como fazer amigos- O que fazer com a mesada- Como conservar o meu quarto

arrumado- Curso de comunicação: ouvir e falar- Como lidar com a raiva/revolta- Como tomar boas decisões- Como estudar- Como melhorar as notas- Como administrar meu dinheiro- Como praticar o domínio próprio

- Como elaborar um currículo- Como arranjar um emprego nas

férias- A divisão do tempo: equilíbrio

entre esportes, estudos e trabalho

- Como usar um computador- Como usar o talão de cheques- Como planejar seu futuro- Como dizer não às festanças- Como regular o motor do carro- A vida na família de Deus- Como trocar um pneu furado- Como manter a forma

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FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO ENSINO

0 formulário aqui apresentado visa a ajudá-lo a avaliar sua aula em vários aspectos: a atmosfera criada, o conteúdo, a ação, os relacionamentos e a experiência. Peça a uns dois amigos que assistam à sua aula e depois o preencham. Se preferir, peça a dois alunos da classe que dêem sua opinião, também usando o formulário.

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO ENSINONome do professor:Assunto do dia:Breve comentário sobre os seguintes aspectos da aula:A AULA

ATMOSFERA: A aula foi agradável e divertida?

CONTEÚDO: O conteúdo foi relevante e interessante?

AÇÃO: Você participou?

RELACIONAMENTOS: Você teve oportunidade de interagir com os outros?

EXPERIÊNCIA: Como o conteúdo poderá aplicar-se em sua vida?

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ATITIIDE DO PROFESSOR

Sinceridade:

Entusiasmo:

A MENSAGEM (se houve)

Volume:

Ritmo:

Contato visual:

A introdução conseguiu atrair sua atenção e o motivou a escutar e aplicar a lição?

EM GERAL

O que você mais gostou nessa aula?

Como o professor poderia melhorar?

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INVENTARIO DE ESTILOS DE APRENDIZAGEM

0 Inventário de Estilos de Aprendizagem (The Leaming Style Inventory) * causou grande impacto sobre minha técnica de ensino. 0 inventário sugere que a maioria dos alunos aprende mais em um ou dois dos seguintes estilos:

OsExperienciais (“Aprendem sentindo”): são pessoas intuitivas e mais interessadas no ser humano em si. Aprendem melhor através de relacionamentos, expressão criativa e experiências pessoais.

Os Analíticos {“Aprendem Vendo e ouvindo”): são os que observam e refletem. Aprendem melhor quando escutam e observam.

Os Práticos (“Aprendempensando”): são pessoas que pensam com lógica. Por serem práticas, aprendem melhor através de

*Boston: McBer and Co., 1985.

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técnicas que ofereçam tempo para que processem as informa­ções: discussão, debates, questionamento, meditação e estudo.

Os Dinâmicos ( “Aprendem fazendo”): são os que gostam de aprender experimentando. Preferem as experiências de aprendi­zagem que permitam ação: participação, liderança, experimenta­ção, jogos e experiências no serviço cristão.

Para compreendermos melhor esses quatro estilos, devemos manter em mente dois princípios: Primeiro, a maioria das pessoas pode aprender em mais de um estilo, mas gosta mais de seu próprio. Segundo, quando ensinamos predominantemente num estilo (como a exposição), corremos o risco de tolher o crescimento dos alunos que aprendem melhor em outros estilos. Uma ótima maneira de dar aula é ver o conteúdo da lição e responder a pergunta:

“Como vou ensinar isso em cada um dos quatro estilos?”A tabela seguinte apresenta as técnicas de ensino organizadas

por estilo de aprendizagem. Da próxima vez que você for dar uma aula, experimente pelo menos uma técnica de cada uma dessas quatro áreas.

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Os Experenciais Os Analíticos Os Práticos Os Dinâmicos(“Sentindo”) (“Vendo e

Ouvindo”)(“Pensando”) (“Fazendo”)

Joguinhos Quadro e giz Concordar/Discordar

Passeios

Discussões Mapas Debates de líder vs. alunos

Pesquisa

Pantomina Entrevista Mesa redonda DiálogoRetroprojetor (os alunos são Dramatização

Ilustrações Flanelógrafos jurados)Música Vídeos Análise de Situações Dramatização com

criação do finalCompartilhamento Contos Resolução de

Problemasda história. Caso

discutido em seguida

pela classeSimulações Contar história Questionamento Estudo

Compor corinhos Livros infantis Pesquisa SimulaçõesTrabalhos manuais Fotos Estudo indutivo Confecção de

Preparação de Shows de laser Apologética: vídeospropagandas Acrósticos defesa de tese/texto

Dar aulaFolhetos Memorização Palestras feitas por Acampamentos eMurais

Preparar esboços

professoresvisitantes

retiros

Pôsteres Paráfrase Joguinhosinstrutivos

Redação de cartas Jornalismo

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FOLHA DE PLANEJAMENTO - COMO APRENDER ATIVAMENTE

A Folha de Planejamento de Como Aprender Ativamente visa dar subsídios para que o professor possa planejar uma hora plena de atividades de acordo com princípios da aprendizagem ativa de C.A.R.E. {Conteúdo, Ação, Relacionamentos & Experiência).

Primeiro, faça uma lista de idéias. Estabeleça as metas do conteúdo e, em seguida, elabore uma lista de todas as idéias possíveis e impossíveis levando em conta os componentes Ação, Relacionamentos e Experiência da lição.

Em seguida,yãftf o plano de aula. É o momento de reunir ao esboço de procedimento da aula as idéias C.A.R.E. Escreva os seis pontos do procedimento (abaixo) no lado esquerdo do papel. No lado direito, coloque as idéias úteis de acordo com os pontos à esquerda. Acrescente a abertura da aula (introdução) eo final (conclusão). Aí está um plano de aula que produzirá bons resultados:

1. preparação do ambiente (de que materiais vai precisar para a aula);

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2. abertura (“ligue” os alunos à situação);3. apresente o conteúdo (prenda a atenção deles);4. explore o assunto (busque o envolvimento da classe);5. resposta (procure aplicar a lição à vida deles);6. conclusão.

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FOLHA DE PLANEAMENTO DE ATIVIDADES DIDÁTICAS

PLANEJAMENTO DA AULA & LISTA DE IDÉIAS (CAR.E.)

HORÁRIO DA AULA

CONTEÚDO

Assunto:

Meta(s)

PREPARAÇÃO Sala em ordem Materiais necessários

ABERTURA("Ligue" os alunos à situação)

APRESENTE O CONTEÚDO (conquiste a atenção deles)

EXPLORE 0 ASSUNTO (busque o envolvimento da classe)

RESPOSTA(procure aplicar a lição à vida deles)

CONCLUSÃO

AÇÃOQue podemos fazer para comunicar o conteúdo?

RELACIONAMENTOS O que podemos fezer para criar melhores relacionamentos durante esta aula?

EXPERIÊNCIA Como esses garotos vão experimentar essas verdades na vida cotidiana?

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DEZ LIVROS QUE O AJUDARÃO NA SUA TAREFA DE ENSINAR

Nota dos Editores: 0 autor apresenta uma lista de dez livros de grande utilidade para o professor, alguns deles não disponí­veis em português. Para sanar essa falta, nossos especialistas em educação cristã sugeriram outros títulos, de utilidade semelhan­te, disponíveis em nossa língua.

1 .As 7 Leis do Aprendizado. Dr. Bruce Wilkinson, Editora Betânia.

2 .103 Perguntas que as Crianças Mais Fazem. Editora Candeia.

3. Ensinando Para Transformar Vidas. Howard Hendricks. Editora Betânia.

4. Firme Seus Valores. Charles Swindoll. Editora Betânia.5. Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos. William

Coleman. Editora Betânia.6. O Maravilhoso Mundo dos Fantoches. Mirly de Oliveira.

Editora Betânia.

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7. Peças Rápidas e Quebra-Gelos. Chuck Boite e Paul McCusker. Editora Vida Nova.

8. Redescobrindo a Alegria das Manhãs de Domingo. Ken Hemphill. Editora Exodus.

9- Teatro na Igreja com Criatividade. Maria José Resende. Editora Exodus.

10. Você Acredita em Escola Dominical? Angelo Gagiliardi Júnior. Editora Vinde.

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Otima notícia para professores de escola dominical frustrados:

A ajuda que você esperava chegou na forma deste livro gostoso de 1er, d ivertido, mas extremamente prático. O autor, um experiente professor de escola bíblica, se identifica com as dificuldades que você enfrenta e lhe traz 5 0 idéias criativas, dicas e sugestões para você fazer sua classe "pegar fogo".

* Deixe os alunos escolherem o assunto •Com o usar o elemento surpresa* Mantenha seus alunos em suspense •Com o adaptar um currículo aos seus alunos •V o c ê (é !, você mesmo) pode ser criativo* D ivertir-se na classe também é válido

E muito mais!Você esta' ensinando primários ou adolescentes? Então este livro é pra você, não importa qual seja a denominação de sua igreja. Ele vai lhe dar uma nova visão da escola dominical e abrir seus olhos para as reais necessidades dos alunos.

Seu ensino nunca mais será o mesmo depois de 1erSOCORRO! MEUS ALUNOS SUMIRAM!

I.1VKOS O U I IAI AM 1)1 D l 1 ISEditora II? Betânia

Caixa Postal 5 0 1 0 -31 6 11 -9 70 Venda nova, MQ 2 6 9 1