77
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO I SOLDAGEM

SOLDAGEM introdução

Embed Size (px)

DESCRIPTION

processos de soldagem

Citation preview

Page 1: SOLDAGEM introdução

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ISOLDAGEM

Page 2: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 1INTRODUÇÃO

Page 3: SOLDAGEM introdução

Definição de Soldagem

Os processos em que ocorre a união de dois ou mais materiais com fornecimento de energia, criando um meio metálico contínuo, são denominados de processos de soldagem. A

energia fornecida para que a união se estabeleça pode ser de origem mecânica, termomecânica, química, elétrica ou

radiante. A soldagem pode ou não utilizar materiais de adição e pode ou não apresentar a formação de uma fase líquida.

A grande vantagem da soldagem é a possibilidade de obtenção de uma união em que os materiais apresentem uma continuidade não só na aparência externa, mas também nas suas características e propriedades mecânicas e químicas, relacionadas à sua estrutura interna.

Page 4: SOLDAGEM introdução

Os processos de soldagem são aplicados em todos os segmentos da indústria, desde as etapas de fabricação até o reparo e manutenção de equipamentos e peças. Assim, fundamentalmente os campos de solda são:

• solda de produção • solda de manutenção. • Preventiva • Corretiva

Page 5: SOLDAGEM introdução

Formação de uma Junta Soldada

Page 6: SOLDAGEM introdução

Uma forma de classificação dos processos de soldagem consiste em grupá-los em dois grandes grupos baseando-se no método dominante para produzir a solda:

(a) processos de soldagem por pressão (ou por deformação) (b) processos de soldagem por fusão.

Page 7: SOLDAGEM introdução

Soldabilidade

Quando da soldagem de um material, deve-se verificar a sua soldabilidade. Se o material a ser soldado exigir muitos cuidados, tais como controle de temperatura de aquecimento e de interpasse, ou tratamento térmico após soldagem, por exemplo, dizemos que o material tem baixa soldabilidade.

Page 8: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 2PROCESSO DE

SOLDAGEM

Page 9: SOLDAGEM introdução
Page 10: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Existe um grande número de processos por fusão que podem ser separados

em sub-grupos, por exemplo, de acordo com o tipo de fonte de energia usada para fundir as peças. Dentre estes, os processos de soldagem a arco (fonte de energia: arco elétrico) são os de maior importância industrial na atualidade. Devido à tendência de reação do material fundido com os gases da atmosfera, a maioria dos processos de soldagem por fusão utiliza algum meio de proteção para minimizar estas reações.

Processos de Soldagem por Fusão (ou por Deformação) Este primeiro grupo inclui os processos de soldagem por ultra-som, por

fricção, por forjamento, por resistência elétrica, por difusão, por explosão, entre outros.

Page 11: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Oxigás (Oxifuel Welding, OFW)Diferentes gases combustíveis podem utilizados, mas o mais comum

para a soldagem dos aços e de outras ligas metálicas é o acetileno (C2H2). O soldador movimenta a tocha ao longo da junta para conseguir a sua fusão uniforme e progressiva. Este processo é mais usado na soldagem de chapas finas (em geral, com uma espessura inferior a 6mm) e de tubos de pequeno diâmetro e na soldagem de reparo, podendo ser usado para aços, em particular aços carbono, e para ligas não ferrosas.

Page 12: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Oxigás (Oxifuel Welding, OFW)Principais características e aplicações deste processo são: • Equipamento portátil e muito versátil, • Baixo custo, • Baixa intensidade do calor transferido à peça implica em baixa

velocidade de soldagem, • Necessita de fluxo para a soldagem de alguns metais, • Usado em manutenção e reparo, • Usado na soldagem de peças finas, tubos de pequeno diâmetro. • A temperatura alcançada com a chama oxiacetilênica é de 3200ºC na

ponta do cone.

Fase de combustão, Chama oxiacetilênica, Ingnição e extinção da chama e Regulagem de chama

Page 13: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Eletrodo Revestido (SMAW) A Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos (Shielded Metal Arc

Welding - SMAW) é um processo no qual a coalescência (união) dos metais é obtida pelo aquecimento destes com um arco estabelecido entre um eletrodo especial revestido e a peça.

A alma do eletrodo conduz a corrente elétrica e serve como metal de adição. O revestimento gera escória e gases que protegem da atmosfera a região sendo soldada e estabilizam o arco.

Page 14: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Eletrodo Revestido (SMAW) Para soldagem, a parte não revestida do eletrodo é fixada no porta-

eletrodo e o arco é iniciado tocando-se rapidamente a ponta do eletrodo na peça (que estão conectados, por cabos, aos terminais da máquina de soldagem).

O calor do arco funde a ponta do eletrodo e um pequeno volume do metal de base formando a poça de fusão. A soldagem é realizada manualmente, com o soldador controlando o comprimento do arco e a poça de fusão (pela manipulação do eletrodo) e deslocando o eletrodo ao longo da junta.

Quando o eletrodo é quase todo consumido, o processo é interrompido para troca do eletrodo e remoção de escória da região onde a soldagem será continuada.

Page 15: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Eletrodo Revestido (SMAW)

Um eletrodo revestido é constituído por uma vareta metálica, com diâmetro entre 1,5 e 8 mm e comprimento

entre 23 e 45 cm, recoberta por uma camada de fluxo (revestimento).

• Fonte de energia• Corrente (CC/CA)• Máquina• Porta eletrodo

Page 16: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Eletrodo Revestido (SMAW)

A composição do revestimento determina as características operacionais dos eletrodos e influencia a composição química e propriedades mecânicas da solda efetuada. Além das funções já citadas, o revestimento serve ainda para:

• formar uma camada de escória protetora; • facilitar a remoção da escória e controlar as suas propriedades físicas e

químicas; • facilitar a soldagem nas diversas posições; • dissolver óxidos e contaminações na superfície da junta; • reduzir o nível de respingos e fumos; • diminuir a velocidade de resfriamento da solda; • possibilitar o uso de diferentes tipos de corrente e polaridade; • o aumentar a taxa de deposição (quantidade de metal depositado por

unidade de tempo), entre outras.

Page 17: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Eletrodo Revestido (SMAW)

De acordo com sua formulação, os revestimentos dos eletrodos revestidos podem ser separados em diferentes tipos, por exemplo: • o revestimento oxidante; • o revestimento ácido; • o revestimento rutílico; • o revestimento básico; • o revestimento celulósico.

Page 18: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem TIG (GTAW) A Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (Gas Tungsten Arc Welding - GTAW) ou, como é mais conhecida no Brasil, TIG (Tungsten Inert Gas) é um processo no qual a união é obtida pelo aquecimento dos materiais por um arco estabelecido entre um eletrodo não consumível de tungstênio e a peça.

• A proteção do eletrodo e da zona da solda é feita por um gás inerte, normalmente o argônio, ou mistura de gases inertes (Ar e He). • Metal de adição pode ser utilizado ou não.

Page 19: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem TIG (GTAW) O seu equipamento básico consiste de uma fonte de energia (CC e/ou CA), tocha com eletrodo de tungstênio, fonte de gás de proteção (Ar ou He) e um sistema para a abertura do arco (Geralmente um ignitor de alta frequência). Este ignitor ioniza o meio gasoso, dispensando a necessidade de tocar o eletrodo na peça para a abertura do arco (o que pode causar a mútua contaminação do eletrodo e do metal base). O equipamento para GTAW é mais caro e complicado do que o usado na soldagem com eletrodos revestidos (SMAW).

Page 20: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem TIG (GTAW) Os eletrodos são varetas de W sinterizado puro ou com adições de óxido de Zr ou de outros metais. A faixa de corrente utilizável para um eletrodo depende de seu tipo e diâmetro e, também, do tipo e polaridade da corrente de soldagem.

A extremidade desses eletrodos pode ser apontada com um esmeril, ocasionando um arco mais estável e rígido quando se trabalha com menores densidades de corrente. A forma da ponta do eletrodo, assim como o seu diâmetro, influencia o formato do cordão de solda, sendo, portanto, uma variável do processo, particularmente importante na soldagem mecanizada ou automática.

Page 21: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem TIG (GTAW)

Page 22: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem MIG / MAG (GMAW)

A Soldagem a Arco Gás-Metal (Gas Metal Arc Welding - GMAW) é um processo de soldagem a arco que produz a união dos metais pelo seu aquecimento com um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico contínuo, na forma de arame e consumível, e a peça. A proteção contra a oxidação da região da solda é feita por um fluxo de gás alimentado externamente, o qual também tem a função de colaborar na estabilização do arco e refrigeraçãoda pistola de soldagem.

Page 23: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem MIG / MAG (GMAW)

A proteção do arco e poça de fusão é obtida por um gás ou mistura de gases. Se este gás é inerte (Ar/He), o processo é também chamado MIG (Metal Inert Gas). Por outro lado, se o gás for ativo (CO2 ou misturas Ar/O2/CO2), o processo é chamado MAG (Metal Active Gas).

Gases inertes puros são, em geral, usados na soldagem de metais e ligas não ferrosas, misturas de gases inertes com pequenas quantidades de gases ativos são usadas, em geral, com aços ligados, enquanto que misturas mais ricas em gases ativos ou CO2 puro são usados na soldagem de aços carbono.

Page 24: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem MIG / MAG (GMAW)

O processo é normalmente operado de forma semi-automática, podendo ser, também, mecanizado ou automatizado. É o processo de soldagem a arco mais usado com robôs industriais. Como trabalha com um (ou mais) arame(s) contínuo(s), o que permite um alto fator de ocupação, com elevadas densidades de corrente no eletrodo (elevada taxa de deposição) e, assim, tende a apresentar uma elevada produtividade. Estes aspectos têm levado a uma utilização crescente deste processo (e da soldagem com arames tubulares) em países desenvolvidos, onde o decréscimo do número de soldadores e a necessidade de maior produtividade causaram a substituição da soldagem com eletrodosrevestidos em várias aplicações.

Page 25: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem MIG / MAG (GMAW)

Page 26: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem MIG / MAG (GMAW)

Na soldagem com eletrodos consumíveis, o metal fundido na ponta do eletrodo tem que se transferir para a poça de fusão. O modo de ocorrência desta transferência é muito importante na soldagem MIG/MAG, pois afeta muitas características do processo, como por exemplo: a quantidade de gases (principalmente hidrogênio, nitrogênio e oxigênio) absorvidos pelo metal fundido, a estabilidade do arco, a aplicabilidade do processo em determinadas posições de soldagem e o nível de respingos gerados.

De uma forma simplificada, pode-se considerar que existem quatro formas básicas de transferência de metal de adição do eletrodo para a peça: transferência por curto-circuito, transferência globular, transferência goticular (também chamada de “spray” ou aerossol) e transferência controlada

Page 27: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Arco submerso (SAW)

Neste processo (Submerged Arc Welding – SAW) , o arco elétrico gerado entre a ponta de um eletrodo nu, sólido ou tubular, e a poça de fusão é totalmente recoberto por um fluxo granular. A principal função do fluxo é formar uma escória mais leve que flutua sobre o metal depositado, formando uma camada de proteção contra a atmosfera. Adicionalmente, o fluxo fornece elementos de ligas, atua como isolante térmico, elimina faíscas, luminosidade e respingos.

Page 28: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Arco submerso (SAW)

A soldagem a arco submerso se caracteriza por ser um processo estável e suave, que gera poucos fumos de soldagem e quase nenhum respingo e resulta em cordões com acabamento uniforme e com uma transição suave entre o metal de solda e o metal de base. Pode ser utilizado tanto para união quanto enchimento e revestimento de peças metálicas.

Na soldagem a arco submerso, o grau de automação é grande, sendo que a alimentação do eletrodo ocorre de forma contínua, conferindo rapidez, economia e repetibilidade de resultados.

No processo Arco Submerso, tanto o fluxo quanto o eletrodo podem ser alterados a qualquer momento. Outra característica é a eficiência de deposição que se aproxima de 100%, pois não há perdas de metal por respingos. A perda de calor através do arco é baixa, devido ao efeito de isolamento térmico proporcionado pela camada de fluxo.

Page 29: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Arco submerso (SAW)

Page 30: SOLDAGEM introdução

Processos de Soldagem por Fusão Soldagem Arame Tubular (FCAW)

Page 31: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 3 METALURGIA DE

SOLDAGEM

Page 32: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 3 3.1.DEFEITOS NO

CORDÃO DE SOLDA

Page 33: SOLDAGEM introdução

Alguns dos defeitos que podem ocorrer nometal de solda são:

• trincas de solidificação ou trincas a quente • trincas induzidas por hidrogênio no metal de solda • porosidade • inclusões de escória ou outras inclusões • trincas de cratera • falta de fusão • perfil do cordão desfavorável

Page 34: SOLDAGEM introdução

Glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e aderidos à superfície do metal de base ou à zona fundida já solidificada

Page 35: SOLDAGEM introdução
Page 36: SOLDAGEM introdução
Page 37: SOLDAGEM introdução
Page 38: SOLDAGEM introdução
Page 39: SOLDAGEM introdução
Page 40: SOLDAGEM introdução
Page 41: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 3 3.2 DEFEITOS

GEOMÉTRICOS

Page 42: SOLDAGEM introdução

Os defeitos geométricos são aqueles que resultam em um perfil de solda imperfeito ou inaceitável. Um dos principais defeitos geométricos é a mordedura que consiste em uma depressão, em forma de entalhe, ao longo da solda entre o metal base e o cordão. É um tipo de defeito perigoso, pois pode facilmente iniciar uma trinca por fadiga.

Page 43: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 3 3.3 ZONA

TERMICAMENTE AFETADA (ZTA)

Page 44: SOLDAGEM introdução

A difusão de calor para o metal de base é fortemente influenciada pela temperatura da poça de fusão e pela velocidade de soldagem. Soldagem com alta potência e alta velocidade reduz o gradiente térmico.

Num ponto da ZTA logo além da borda da poça de fusão a temperatura aumenta rapidamente a um nível próximo do da poça de fusão e diminui rapidamente produzindo um efeito como o de têmpera.

Esta é, portanto, uma região potencial de defeitos e seu comportamento em um material qualquer é um aspecto importante da consideração de soldabilidade.

Page 45: SOLDAGEM introdução

Regiões de uma junta soldada (soldagem por fusão): Pode-seconsiderar que uma junta soldada é formada por três regiões. • Metal base • Zona termicamente afetada (ZTA): Região do metal base aquecida

durante a soldagem a temperaturas capazes de causarem mudanças na microestrutura e propriedades do material. Tende a ser a região mais crítica de uma junta soldada.

• Zona Fundida (ZF): Região que, em algum momento durante a soldagem, esteve no estado líquido.

Page 46: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 4 TERMINOLOGIA DE

SOLDAGEM

Page 47: SOLDAGEM introdução
Page 48: SOLDAGEM introdução

Junta (joint)Região entre duas ou mais peças que serão unidas.

Tipos de Junta: Os tipos usuais de junta são: de topo (butt), de ângulo (tee), de canto(corner), sobreposta (lap) e de aresta (edge).

Page 49: SOLDAGEM introdução

Soldas em juntas de topo e ângulo podem ser de penetração total (penetração em toda a espessura de um dos componentes da junta) ou parcial. Soldas de penetração total apresentam um melhor comportamento mecânico, contudo, tendem a ser de execução mais difícil. Assim, quando o melhor desempenho destas não for necessário, o usual é se trabalhar com soldas de penetração parcial.

Page 50: SOLDAGEM introdução

As aberturas ou sulcos na superfície da peça ou peças a serem unidas e que determinam o espaço para conter a solda recebem o nome de chanfro (groove). O tipo de chanfro a ser usado em uma soldagem específica é escolhido em função do processo de soldagem, espessura das peças, suas dimensões e facilidade de movê-las, facilidade de acesso à região da solda, etc.

Page 51: SOLDAGEM introdução

Elementos de um Chanfro: • Encosto ou nariz (s) (nose, groove face): Parte não

chanfrada de um componente da junta. • Garganta, folga ou fresta (f) (root opeming): Menor

distância entre as peças a soldar. • Ângulo de abertura da junta (groove angle), ângulo de

chanfro (bevel angle). Os elementos de um chanfro são escolhidos de forma a

permitir um fácil acesso até o fundo da junta, mas, idealmente, com a menor necessidade possível de metal de adição.

Page 52: SOLDAGEM introdução

A posição da peça a ser soldada e do eixo da solda determinam a posição de soldagem, que pode ser plana, horizontal, vertical ou sobrecabeça.

Page 53: SOLDAGEM introdução

• Raiz (root): Região mais profunda do cordão de solda. Em uma junta chanfrada, corresponde à região do cordão junto da fresta e do encosto. Tende a ser a região em que a soldagem é mais difícil e, desta forma, mais propensa à formação de descontinuidades em uma solda.

• Face (face): Superfície oposta à raiz da solda. • Passe (pass): Depósito de material obtido pela progressão

sucessiva de uma só poça de fusão. Uma solda pode ser feita em um único ou em vários passes (ver figura abaixo).

• Camada (layer): Conjunto de passes localizados em uma mesma altura no chanfro.

• Reforço (reinforcement): Altura máxima alcançada pelo excesso de material de adição, medida a partir da superfície do material de base.

• Margem (toe): Linha de encontro entre a face da solda e a superfície do metal de base.

Page 54: SOLDAGEM introdução
Page 55: SOLDAGEM introdução
Page 56: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 5 SIMBOLOGIA

DE SOLDAGEM

Page 57: SOLDAGEM introdução

CAPÍTULO 6SEGURANÇA NA

SOLDAGEM

Page 58: SOLDAGEM introdução

As regras de segurança são divididas em três grupos principais:

1) Regras de segurança relativas ao local de trabalho;2) Regras de segurança relativas ao pessoal;3) Regras de segurança relativas ao equipamento.

Page 59: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoIncêndios e explosões

• Garantir a segurança da área de trabalho• Eliminar possíveis causas de incêndios• Instalar barreiras contra fogo e contra respingos• Tomar cuidado com fendas e rachaduras• Instalar equipamentos de combate a incêndios• Avaliar a necessidade de uma vigilância especial contra

incêndios• Conhecer os procedimentos locais para casos de incêndios

em soldagem ou corte

Page 60: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoIncêndios e explosões

• Usar um procedimento de "Autorização de uso de área"• Nunca soldar, cortar ou realizar qualquer operação a quente

numa peça que não tenha sido adequadamente limpa• Não soldar, cortar em recipientes fechados ou que não

tenham sido devidamente esvaziados e limpos internamente

• Proceder à inspeção da área de trabalho após ter-se completado a soldagem ou o corte

Page 61: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoVentilação

O local de trabalho deve possuir ventilação adequada de forma a eliminar os gases, vapores e fumos usados e gerados pelos processos de soldagem e corte e que podem ser prejudiciais à saúde dos trabalhadores.

Em muitos casos, a ventilação natural é suficiente, mas certas aplicações podem requerer uma ventilação forçada.

O tipo e a importância da ventilação dependem de cada aplicação específica, do tamanho do local de trabalho, do número de trabalhadores presentes e da natureza dos materiais trabalhados e de adição.

Page 62: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoVentilação

Page 63: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoVentilação

• Locais tais como poços, tanques, sotões, etc devem ser considerados como áreas confinadas.

• Não soldar ou cortar peças sujas ou contaminadas por alguma substância desconhecida.

• O soldador ou operador deve sempre manter a cabeça fora da área de ocorrência dos fumos ou vapores gerados por um arco elétrico de forma a não respirá-los.

Page 64: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoVentilaçãoOutras orientações• Nunca soldar perto de desengraxadores a vapor ou de peças que acabem de ser

desengraxadas. • A decomposição dos hidrocarbonetos clorados usados neste tipo de

desengraxador pelo calor ou a irradiação do arco elétrico pode gerar fosgênio, um gás altamente tóxico, ou outros gases nocivos.

• Metais tais como o aço galvanizado, o aço inoxidável, o cobre, ou que contenham zinco, chumbo, berílio ou cádmio nunca devem ser soldados ou cortados sem que se disponha de uma ventilação forçada eficiente. Uma atmosfera com menos de 18 % de oxigênio pode causar tonturas, perda de consciência e eventualmente morte, sem sinais prévios de aviso. Os gases de proteção usados em soldagem e corte são quer mais leves, quer mais pesados que o ar; certos deles (argônio, dióxido de carbono- CO , nitrogênio) podem deslocar o oxigênio do ar ambiente sem serem detectados pelos sentidos do homem.

Page 65: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoVentilaçãoOutras orientações

• O hidrogênio é um gás inflamável. Uma mistura deste gás com oxigênio ou ar numa área confinada explode se alguma faísca ocorrer. Ele é incolor, inodoro e insípido. Ainda, sendo mais leve que o ar, ele pode acumular-se nas partes superiores de áreas confinadas e agir como gás asfixiante.

• Alguma irritação nos olhos, no nariz ou na garganta durante a soldagem ou o corte pode ser indício de uma contaminação do local de trabalho e de uma ventilação inadequada.O trabalho deve ser interrompido, as condições do ambiente devem ser analisadas e as providências necessárias para melhorar a ventilação do local devem ser tomadas.

Page 66: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoCilindros de gás

• Nunca usar adaptadores de rosca entre um cilindro e o regulador de pressão.

• Sempre conservar as mangueiras e conexões de gás em boas condições de trabalho.

• O circuito de gás deve estar isento de vazamentos. • Os cilindros de gás devem sempre ser mantidos em posição

vertical de ferimento ou morte.

Page 67: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao local de trabalhoCilindros de gás

• Nunca conservar cilindros ou equipamento relativo a gases de proteção em área confinadas.

• Nunca instalar um cilindro de gás de forma que ele possa, mesmo que acidentalmente, se tornar parte de um circuito elétrico.

• Quando não estiverem em uso, cilindros de gás devem permanecer com sua válvula fechada, mesmo que estejam vazios.

• Devem sempre ser guardados com o seu capacete parafusado. O seu deslocamento ou transporte deve ser feito por meio de carrinhos apropriados e deve-se evitar que cilindros se choquem.

• Sempre manter cilindros de gás distantes de chamas e de fontes de faíscas ou de calor (fornos, etc).

• Ao abrir a válvula do cilindro, manter o rosto afastado do regulador de pressão/vazão.

Page 68: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao pessoalChoques elétricos

Choques elétricos podem ser fatais e devem ser evitados. Instalações elétricas defeituosas, aterramento ineficiente assim como operação ou manutenção incorretas de um equipamento elétrico são fontes comuns de choque elétricos.

• Nunca tocar em partes eletricamente "vivas" • Instalar o equipamento de acordo com as instruções do Manual

específico fornecido • Aterrar os equipamentos e seus acessórios a um ponto seguro

de aterramento

Page 69: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao pessoalChoques elétricos

• Garantir bons contatos elétricos na peça soldada e nos terminais de saída da máquina

• Assegurar-se de que todas as conexões elétricas estão bem apertadas, limpas e secas

• Manter o local de trabalho limpo e seco • Usar roupa e equipamentos de proteção individual adequados, em

bom estado, limpos e secos • Ao soldar ou cortar, não usar quaisquer adornos, acessórios ou

objetos corporais metálicos • O soldador ou operador de uma máquina de soldar ou cortar deve

trabalhar em cima de um estrado ou plataforma isolante

Page 70: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao pessoalCampos elétricos magnéticos

A corrente elétrica que circula num condutor provoca o aparecimento de campos elétricos e magnéticos. As correntes elétricas utilizadas em soldagem e corte criam tais campos em torno dos cabos de solda e dos equipamentos. Ademais certas máquinas de soldar geram e usam, para abrir o arco ou durante toda a operação de soldagem, um faíscamento do tipo "ruído branco" conhecido como "alta freqüência". Conseqüentemente, pessoas portadoras de marca-passo devem consultar um médico antes de adentrar uma área de soldagem ou corte: os campos elétricos e magnéticos ou as irradiações podem interferir no funcionamento do marca-passo.

Page 71: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao pessoalCampos elétricos magnéticos

Para minimizar os efeitos dos campos gerados pelas correntes elétricas de soldagem e corte:

Não se deve permanecer entre os dois cabos eletrodo e obra e sim, sempre manter ambos do mesmo lado do corpo. Os dois cabos de soldagem (eletrodo e obra) devem correr juntos e, sempre que possível, amarrados uma o outro. Na peça a ser soldada, conectar o cabo obra tão perto quanto possível da junta. Manter os cabos de soldagem e de alimentação do equipamento tão longe quanto possível do corpo. Nunca se deve enrolar cabos de soldagem em torno do corpo.

Page 72: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao pessoalRegras específicas de segurança corporal Regras para a proteção da visão • Os arcos elétricos de soldagem ou corte emitem raios ultravioletas e

infravermelhos. Exposições de longa duração podem provocar queimaduras graves e dolorosas da pele e danos permanentes na vista.

• Para soldar ou cortar, usar máscara com vidro ou dispositivo de opacidade adequado ao processo e à aplicação prevista.

• Usar óculos de segurança com protetores laterais. • Quando se solda, corta ou goiva, quando se remove a escória de um cordão de

solda ou quando se esmerilha alguma peça partículas metálicas, respingos e fagulhas podem atingir os olhos sob ângulos quaisquer de incidência.

• Qualquer pessoa dentro de uma área de soldagem ou corte, ou num raio de 20 m, deve estar adequadamente protegida

• A irradiação de um arco elétrico tem grande alcance e partículas metálicas e respingos podem voar sobre distâncias relativamente grandes.

Page 73: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao pessoalRegras específicas de segurança corporal Regras para proteção da pele Devido à emissão de raios ultravioletas e infravermelhos, arcos elétricos queimam a

pele da mesma maneira que o sol, porem muito mais rapidamente e com maior intensidade. Os operadores, e em particular aqueles sensíveis à exposição ao sol podem sofrer queimaduras na pele após breve exposição a um arco elétrico.Os respingos de solda e as fagulhas são outras fontes de queimaduras.

• Não deixar nenhuma área de pele descoberta. • Usar roupa protetora resistente ao calor: gorro, jaqueta, avental, luvas e perneiras. • Usar calçado de cano longo e estreito. • Usar calças sem bainha. Bainhas podem reter fagulhas e respingos. • Sempre usar roupa, inclusive de proteção, limpa. • Manchas de óleo ou graxa ou sujeira em excesso podem inflamar-se devido ao

calor do arco.

Page 74: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas ao pessoalRegras específicas de segurança corporal Regras para a proteção da audição

• Usar protetores de ouvido • Certas operações de soldagem, corte ou goivagem produzem ruídos de

intensidade elevada e, eventualmente, longa duração. Protetores de ouvido adequados, além de protegerem contra estes ruídos excessivos, impedem que respingos e fagulhas entrem nos ouvidos.

Page 75: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas aos equipamentos

Sempre instalar e operar um equipamento de soldar ou cortar de acordo com a orientação do seu Manual de Instruções. Alem da proteção ao pessoal de operação e manutenção, o aterramento constitui uma proteção fundamental dos equipamentos.

• Sempre ligar uma máquina de soldar ou cortar à sua linha de alimentação através de uma chave de parede

• Sempre instalar e operar uma máquina de soldar ou cortar de acordo com as orientações contidas no Manual de Instruções

Page 76: SOLDAGEM introdução

Regras de segurança relativas aos equipamentos

• Operar os equipamentos estritamente dentro das características anunciadas pelo fabricante

• Nunca sobrecarregá-los. • Nunca operar equipamentos defeituosos • Sempre manter um equipamento de soldar ou cortar

afastado de fontes externas de calor (fornos, por exemplo). • Máquinas de soldar ou cortar não devem ser utilizados em

locais alagados ou poças de água. • Depois de usar um equipamento de soldar ou cortar,

sempre desligá-lo e isolá-lo da sua linha de alimentação.

Page 77: SOLDAGEM introdução

Procedimentos de pronto socorro e emergência

O pronto socorro consiste em um tratamento provisório aplicado em caso de acidente ou doença. Um socorro imediato (dentro de quatro minutos) e adequado pode ser a diferença entre uma recuperação completa, uma invalidez permanente ou a morte.

• Inalação de gases • Olhos afetados • Irritação da pele • Queimaduras • Choques elétricos • Queimaduras por eletricidade