3
continua … Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais) Ativo Notas 2012 2011 Ativo circulante Caixa e equivalente de caixa 4 26.598 4.003 Contas a receber 5 199.882 169.496 Direito de uso de imagem 6 8.505 8.390 Outras contas a receber 6.252 5.313 Estoques 309 300 Despesas do exercício seguinte 4.156 1.029 Total do ativo circulante 245.702 188.531 Ativo não circulante Depósitos judiciais 4.411 4.122 Contas a receber 5 866.911 308.162 Direito de uso de imagem 6 4.493 6.403 Direitos para negociações 8 19.340 2.796 895.155 321.483 Imobilizado líquido 7 202.621 192.695 Intangível 8 49.308 53.130 251.929 245.825 Total do ativo não circulante 1.147.084 567.308 Total do ativo 1.392.786 755.839 Passivo e Patrimônio Líquido Notas 2012 2011 Passivo circulante Empréstimos e financiamentos 9 21.081 32.828 Fornecedores 41.534 39.832 Exploração de imagem a pagar 6 14.425 9.635 Obrigações e encargos sociais 10 135.606 76.519 Obrigações tributárias 8.482 4.910 Tributos parcelados 11 4.104 3.913 Receitas a realizar 12 173.532 121.673 Outras contas a pagar 153 Total do passivo circulante 398.917 289.310 Passivo não circulante Empréstimos 9 13.341 20.840 Exploração de imagem a pagar 6 2.840 5.473 Tributos parcelados 11 50.267 53.636 Receitas a realizar 12 845.050 312.310 Provisão para contingências 13 7.500 6.937 Total do passivo não circulante 918.998 399.196 Patrimônio líquido 14 Patrimônio social 1 1 Reserva de reavaliação 90.542 93.158 Reserva de capital 31 31 Deficits acumulados (15.703) (25.857) 74.871 67.333 Total do passivo e patrimônio líquido 1.392.786 755.839 Demonstrações do Resultado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais) Futebol Notas 2012 2011 Receita bruta Direitos de transmissão de TV 153.762 112.486 Patrocínios e publicidades 64.647 44.382 Arrecadação de jogos 35.111 27.171 Premiações, fiel torcedor e loterias e outras 23.572 14.700 Subtotal 277.092 198.739 Receitas com repasses de direitos federativos 15 33.825 59.706 Total das receitas operacionais 310.917 258.445 Deduções da receita bruta Impostos e contribuições (17.469) (9.455) Receita operacional líquida do futebol 293.448 248.990 Receitas/ (despesas) operacionais Pessoal (105.363) (73.308) Serviços de terceiros (31.247) (26.444) Gerais e administrativas (5.558) (4.744) Custo com vendas e aquisição de atletas (16.645) (43.784) Depreciação e amortização de direitos (45.532) (27.266) Futebol (20.732) (15.132) Rateio de despesas administrativas 16 (8.191) (6.708) Total das despesas operacionais (233.268) (197.386) Superativ operacional do futebol antes das despesas financeiras e resultado não operacional 60.180 51.604 Despesas financeiras líquidas 17 (47.451) (32.086) Outras receitas/ despesas 190 (2.882) Superavit do futebol no exercício 12.919 16.636 Clube social e esportes amadores Receita bruta Contribuições dos sócios 9.693 8.628 Explorações comerciais 15.405 8.486 Licenciamento e franquias 21.564 14.038 Outras receitas 933 892 Total das receitas 47.595 32.044 Deduções da receita bruta Impostos e contribuições (596) (478) Receita operacional líquida do clube social e esportes amadores 46.999 31.566 Receitas/ (despesas) operacionais Pessoal (21.643) (18.361) Serviços de terceiros (9.429) (9.450) Gerais e administrativas (15.813) (14.872) Depreciação e amortização de direitos (4.919) (4.976) Esportes amadores (775) (770) Recuperação de despesas 4 Rateio das despesas administrativas 16 8.191 6.708 Total das despesas operacionais (44.388) (41.717) Superavit/ deficit operacional do clube social e esportes amadores antes das despesas financeiras em resultado não operacional 2.611 (10.151) Despesas financeiras líquidas 17 (8.395) (1.762) Outras receitas 403 597 Deficit do clube social e esportes amadores (5.381) (11.316) Superavit do exercício 7.538 5.320 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais) Patrimônio social Reserva de Reavaliação Reserva de capital – doações Deficits acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2010 1 95.822 31 (33.841) 62.013 Realização da reserva de reavaliação (2.664) 2.664 Superavit do exercício 5.320 5.320 Saldos em 31 de dezembro de 2011 1 93.158 31 (25.857) 67.333 Realização da reserva de reavaliação (2.616) 2.616 Superavit do exercício 7.538 7.538 Saldos em 31 de dezembro de 2012 1 90.542 31 (15.703) 74.871 Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais) 2012 2011 Fluxos de caixa das atividades operacionais Superavit do exercício 7.538 5.320 Ajustes para reconciliar o superavit/ (deficit) líquido ao caixa gerado pelas atividades operacionais Depreciação do ativo imobilizado 6.799 5.525 Amortização intangível 43.651 26.462 Encargos sobre empréstimos 13.278 14.151 Baixas de ativo imobilizado 204 163 Aumento/(diminuição) no ativo circulante e não circulante Contas a receber (596.165) (262.781) Direitos e uso de imagem 1.795 5.904 Outras contas a receber (940) (2.887) Estoques (9) 128 Despesas do exercício seguinte (3.127) 87 Depósitos judiciais (288) (1.434) Aumento/(diminuição) no passivo circulante e não circulante Fornecedores 1.701 16.618 Impostos e tributos a recolher 3.572 (63) Exploração de imagem a pagar 2.157 (1.383) Obrigações e encargos sociais 59.087 33.564 Tributos parcelados (3.179) 761 Provisão para contingências 564 (301) Outras contas a pagar 154 Receitas a realizar 584.599 280.485 Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 121.391 120.319 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Adições de ativo imobilizado (14.224) (20.901) Intangível – líquido (39.829) (63.222) Direitos para negociações (16.544) 338 Atletas em formação (8.698) (9.773) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (79.295) (93.558) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Captação dos empréstimos e financiamentos 59.554 34.381 Pagamentos dos empréstimos e financiamentos (79.055) (58.284) Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (19.501) (23.904) Caixa líquido gerado nas atividades operacionais, de investimentos e financiamentos 22.595 2.858 Caixa, bancos e aplicações financeiras No início do exercício 4.003 1.145 No final do exercício 26.598 4.003 Caixa líquido gerado nas atividades operacionais, de investimentos e financiamentos 22.595 2.858 Demonstrações do Valor Adicionado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais) Futebol 2012 2011 Geração do valor adicionado Receitas Participação em campeonatos 153.762 112.486 Exploração e uso da marca 64.647 44.382 Repasses de direitos federativos 33.825 59.706 Arrecadação de jogos 35.111 27.171 Premiações, fiel torcedor, loterias e outras 23.573 14.700 310.918 258.445 Insumos adquiridos e terceiros Serviços contratados (49.023) (39.832) Despesas gerais e administrativas (5.471) (4.507) Custo com vendas e aquisições de atletas (16.645) (43.784) Recuperação de despesas (2.985) Rateio de despesas administrativas (8.191) (6.709) (79.330) (97.817) Valor adicionado bruto 231.588 160.628 Depreciação, amortização e exaustão Depreciação e amortização (45.532) (27.266) Valor adicionado líquido produzido pela atividade 186.056 133.362 Valor adicionado recebido em transferência Receitas financeiras 6.510 8.497 Valor adicionado total a distribuir 192.566 141.859 Distribuição do valor adicionado Pessoal Administrativos e atletas 105.363 73.308 Remuneração de capitais de terceiros Juros 53.771 40.479 Aluguéis 2.996 1.856 Governos Tributos (Federal, Estadual e Municipal) 17.517 9.580 Patrimônio líquido Superavit 12.919 16.636 192.566 141.859 Clube social e esportes amadores Geração do valor adicionado Receitas Exploração e uso da marca 15.281 8.486 Quadro associativo 9.693 8.628 Outras receitas 22.621 14.930 47.595 32.044 Insumos adquiridos de terceiros Serviços contratados (10.204) (10.220) Despesas gerais e administrativas (15.440) (14.608) Recuperação de despesas 4 Rateio de despesas 8.190 6.708 (17.454) (18.116) Valor adicionado bruto 30.141 13.928 Depreciação, amortização e exaustão Depreciação e amortização (4.919) (4.976) Valor adicionado líquido produzido pela atividade 25.222 8.952 Valor adicionado recebido em transferência Receitas financeiras 512 1.191 Valor adicionado total a distribuir 25.734 10.143 Distribuição do valor adicionado Pessoal Administrativos, parque social e esportes amadores 21.643 18.361 Remuneração de capitais de terceiros Juros 8.503 2.356 Governos Tributos (Federal, Estadual e Municipal) 969 742 Patrimônio líquido Deficit (5.381) (11.316) 25.734 10.143 Mensagem do Presidente NO TOPO DO MUNDO Logo no primeiro ano da gestão, o Corinthians termina 2012 repleto de glórias dentro dos gramados e com faturamento recorde e investimentos maciços em infraestrutura. O ano de 2012 foi glorioso para o Corinthians, conquistamos a Copa Santander Libertadores da América, título inédito para o clube, e voltamos ao topo do mundo ao conquistar o bicampeonato do Mundial de Clubes da Fifa. Não houve acaso nas conquistas. Se voltamos ao topo foi em decorrência, principalmente, do apoio maciço da Fiel Torcida, que impressionou o mundo ao invadir o Japão. Dezenas de milhares de corinthianos, vindos não só do Brasil, mas de várias partes do mundo, desembarcaram na Terra do Sol Nascente para apoiar nossos atletas na conquista. Não sabemos como os 35 mil fiéis torcedores chegaram ao Japão, mas eles estavam lá. Contamos também com o empenho de nossos atletas e da comissão técnica de futebol profissional, que tiveram uma conduta irretocável e profissional durante o ano, focados nos objetivos do clube. Outro fator decisivo para a conquista é um trabalho de longo prazo, iniciado ainda em 2007, quando o grupo Renovação e Transparência assumiu a Diretoria do clube. Com uma gestão séria e profissional reformulou a filosofia de trabalho e a metodologia funcional. No primeiro momento, autonomia para profissionais capacitados, em todas as áreas. Como resultado, em 2012 alcançamos a receita total de R$ 356,9 milhões, que supera em 23% a de 2011 (R$ 290,5 milhões) e em mais de 300% a de 2008. Há um detalhe: do total da receita de 2012, R$ 323,1 milhões foram gerados sem a transferência de atletas. Paralelamente, houve uma reestruturação administrativa, com controle severo das despesas. Com o equilíbrio financeiro, passamos a investir no patrimônio do clube. Hoje, temos um dos melhores e mais modernos centros de treinamento para o futebol profissional. Investimos pesado também em melhorias no Parque São Jorge. A Sede Social merecia atenção, e muitas obras foram realizadas neste ano, todas levando em consideração os conceitos de ecoeficiência e uso consciente de recursos naturais. Nas próximas temporadas, o trabalho será ainda mais reforçado, para que o clube se torne cada dia melhor e mais diversificado aos seus associados. Além disso, democratizamos o Corinthians, que hoje é um dos poucos clubes do Brasil com eleição direta, com voto dos sócios, para presidente – e que não permite a reeleição. A próxima prioridade é o Centro de Treinamento das categorias de base. Temos como objetivo montar uma infraestrutura que dê a uma equipe técnica condições para formar os jogadores. Nosso desafio é buscar parceiros para a construção. Trata-se de uma obra de vulto, com valores elevados, e a parceria é uma ferramenta para evitar desequilíbrios financeiros. As obras da Arena Corinthians já estão avançadas em 60%, e o novo estádio deve ser entregue em dezembro de 2013. ´´Será um dos estádios mais modernos do mundo e que representa uma grande oportunidade de desenvolvimento e conquistas sociais para a zona leste, a região mais populosa e, ainda assim, muito carente da cidade de São Paulo. A Arena atrairá o progresso e empregos, além das melhorias que o governo do estado realizará no bairro de Itaquera. Portanto, o estádio traz benefícios não só ao Corinthians e aos corinthianos, mas também a toda a região. Para 2013, nosso objetivo é claro: manter-se no topo. É um desafio tão grande ou até maior do que chegar lá. Nossas metas são manter um time competitivo e vencedor, que sempre dispute títulos, representando o Corinthians à altura de suas tradições. Pretendemos, ainda, alavancar os esportes amadores do clube, que tiveram alguns resultados de destaque em 2012. A natação conquistou uma medalha na Olimpíada de Londres, com Thiago Pereira. O futebol americano já conquistou o seu segundo título nacional. Por fim, não há como não ressaltar que as glórias e os avanços não são méritos exclusivos de ninguém. Trata-se de um trabalho conjunto, com uma equipe multidisciplinar, com autonomia para cada área e descentralização do poder. Parabenizo a todos que de forma direta ou indireta contribuíram para que 2012 fosse inesquecível. VAI CORINTHIANS! Mário Gobbi Filho Presidente Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais) 1 CONTEXTO OPERACIONAL O Sport Club Corinthians Paulista (Clube) é uma sociedade civil, de fins não econômicos, fundada em 01 de setembro de 1910 e com prazo de duração indeterminado. O Clube, cuja sede social está localizada na Rua São Jorge, nº 777, Tatuapé, São Paulo, tem como finalidade proporcionar a prática dos esportes em geral, bem como promover a realização de reuniões sociais, artísticas e culturais e administrar suas atividades patrimoniais. Em Assembleia Geral de Sócios realizada em 11 de fevereiro de 2012, os Srs. Mario Gobbi Filho, Luis Paulo Rosenberg e Elie Werdo foram empossados respectivamente como Presidente, 1º Vice-Presidente e 2º Vice-Presidente da diretoria do Clube para o triênio compreendido entre 2012 a 2015, conforme resultado de eleição realizada na referida data. No ano de 2011, o Clube através de uma estrutura de “Project Finance” deu início às obras da Arena Corinthians em conjunto com a Construtora Norberto Odebrecht. Para a construção do estádio são previstos recursos provenientes de financiamentos bancários e benefícios resultantes da Lei Municipal nº 15.413/11 que contempla os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs). O Clube também comprometeu com parte das receitas futuras a serem obtidas através da operação do estádio para pagamento dos financiamentos da obra. A concretização do investimento se dará por intermédio do já constituído Arena Fundo de Investimento Imobiliário (Arena FII), criado para levar adiante a construção da Arena Corinthians, tendo como cotistas o Clube, a Odebrecht Participações e Investimentos S/A e a Arena Itaquera S/A. A integralização das cotas do Clube no Arena FII se dará entre outros mediante conferência do acervo de direitos intangíveis, dentre eles, o direito de uso da área (terreno) em que a Arena Corinthians está sendo erguida. Integralização essa que se efetivará tão logo a Prefeitura do Município de São Paulo autorize a transferência da CDRU (Concessão de Direito Real de Uso) por cessão temporária pelo Clube ao Arena Fundo de Investimento Imobiliário (Arena FII). Até a data de aprovação destas demonstrações contábeis, ocorrida em 24 de janeiro de 2013, o Clube não havia recebido a autorização da Prefeitura Municipal de São Paulo para a transferência temporária da concessão de direito real de uso do terreno para que, posteriormente, ele seja integralizado no Fundo Imobiliário Arena (Arena FII). Desta forma não foram contemplados nas demonstrações contábeis do Clube em 31 de dezembro de 2012 os registros decorrentes das obras em andamento na Arena Corinthians. A Arena Corinthians receberá a abertura da Copa do Mundo de 2014, servindo como verdadeiro vetor de desenvolvimento para a região da zona leste da capital paulista e como polo propulsor de turismo e geração de receitas para a cidade de São Paulo. 2 RESUMO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS SIGNIFICATIVAS As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis brasileiras, que compreendem a legislação societária brasileira, os Pronunciamentos, as Interpretações e as Orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e homo- logados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam ao pronunciamento “Estrutura conceitual para a elaboração e Apresentação das demonstrações contábeis”, emitido pelo CPC e, por conseguinte, estejam em consonância com as normas contábeis internacionais. Adicionalmente, para os critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registros contábeis e de estruturação das demonstrações contábeis em entidades de futebol profissional, o Clube adota o definido pela Resolução nº 1.005/2004 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que aprovou a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica NBC T 10.13 “Dos aspectos contábeis específicos em entidades desportivas profissionais” e pelas práticas compiladas em cartilha emitida em 2006 pelo Ministério dos Esportes em parceria com o “Clube dos 13”, CFC e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) com vistas à padronização das práticas contábeis brasileiras para clubes de futebol profissional. Conforme previsto na referida resolução, os registros contábeis do Clube evidenciam as contas de recei- tas, custos e despesas, segregando o desporto profissional das demais atividades esportivas, recreativas ou sociais. As principais práticas contábeis e de apresentação adotadas para a elaboração dessas demonstrações contábeis são as seguintes: a) Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis As demonstrações contábeis do Clube estão apresentadas em reais (R$) que também é a moeda fun- cional do Clube. Moeda funcional Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera. Na maioria dos casos, como o Clube, a moeda funcional corresponde à moeda local. No entanto, em alguns casos as entidades podem ter uma moeda funcional diferente da moeda local quando outra moeda é utilizada para as suas principais atividades e reflete melhor o seu ambiente econômico. Transações em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são reconhecidas contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira, na data da transação, sobre o montante em moeda estrangeira. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do exercício. b) Redução ao valor recuperável de ativos (impairment) O Clube analisa periodicamente se existem evidências de que o valor contábil de um ativo não será recuperado. O valor recuperável de um ativo é o maior valor entre: (a) seu valor justo menos custos que seriam incorridos para vendê-lo e (b) seu valor de uso. O valor de uso é equivalente ao fluxo de caixa descontado (antes dos impostos) derivado do uso contínuo do ativo até o final da sua vida útil. Ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, a entidade considera, entre outras, as seguintes indicações: Fontes externas de informação i) durante o período, o valor de mercado do ativo diminuiu significativamente, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; ii) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado. Fontes internas de informação i) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo; ii) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado; iii) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado. A análise do valor recuperável é realizada por unidade de negócio, que é a menor unidade geradora de caixa possível para identificação dos fluxos de caixa. Quando a perda por recuperação ao valor recuperável é revertida subsequentemente, ocorre o aumento do valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) para a estimativa revisada de seu valor recuperável, desde que não exceda o valor contábil que teria sido determinado, caso nenhuma perda por redução ao valor recuperável tivesse sido reconhecida para o ativo (ou unidade geradora de caixa) em exercícios ante- riores. A reversão da perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado. c) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalente de caixa incluem o caixa, os depósitos à vista, outros investimentos de curto prazo e de alta liquidez prontamente conversíveis em caixa com, no máximo, de 90 dias. Esses investimentos são mensurados a custo mais os rendimentos acumulados que são obtidos. d) Contas a receber As contas a receber são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizável menos a perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa (PECLD) e a provisão para impairment (vide Nota Explicativa 2.b), se necessário. Ou seja, na prática, são reconhecidas pelo valor contratado, ajustado pela provisão de crédito de liquidação duvidosa e pela provisão de impairment, caso exista indícios de redução do valor recuperável. O Corinthians presta contas para os seus mais de 30 milhões de torcedores. SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA CNPJ/MF nº 61.902.722/0001-26

SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA · 2014. 4. 24. · O ano de 2012 foi glorioso para o Corinthians, conquistamos a Copa Santander Libertadores da América, título inédito para o

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Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

Ativo Notas 2012 2011Ativo circulante Caixa e equivalente de caixa 4 26.598 4.003 Contas a receber 5 199.882 169.496 Direito de uso de imagem 6 8.505 8.390 Outras contas a receber 6.252 5.313 Estoques 309 300 Despesas do exercício seguinte 4.156 1.029Total do ativo circulante 245.702 188.531

Ativo não circulante Depósitos judiciais 4.411 4.122 Contas a receber 5 866.911 308.162 Direito de uso de imagem 6 4.493 6.403 Direitos para negociações 8 19.340 2.796 895.155 321.483 Imobilizado líquido 7 202.621 192.695 Intangível 8 49.308 53.130 251.929 245.825Total do ativo não circulante 1.147.084 567.308

Total do ativo 1.392.786 755.839

Passivo e Patrimônio Líquido Notas 2012 2011Passivo circulante Empréstimos e financiamentos 9 21.081 32.828 Fornecedores 41.534 39.832 Exploração de imagem a pagar 6 14.425 9.635 Obrigações e encargos sociais 10 135.606 76.519 Obrigações tributárias 8.482 4.910 Tributos parcelados 11 4.104 3.913 Receitas a realizar 12 173.532 121.673 Outras contas a pagar 153 –Total do passivo circulante 398.917 289.310Passivo não circulante Empréstimos 9 13.341 20.840 Exploração de imagem a pagar 6 2.840 5.473 Tributos parcelados 11 50.267 53.636 Receitas a realizar 12 845.050 312.310 Provisão para contingências 13 7.500 6.937Total do passivo não circulante 918.998 399.196Patrimônio líquido 14 – – Patrimônio social 1 1 Reserva de reavaliação 90.542 93.158 Reserva de capital 31 31 Deficits acumulados (15.703) (25.857) 74.871 67.333Total do passivo e patrimônio líquido 1.392.786 755.839

Demonstrações do Resultado para os exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

Futebol Notas 2012 2011Receita bruta Direitos de transmissão de TV 153.762 112.486 Patrocínios e publicidades 64.647 44.382 Arrecadação de jogos 35.111 27.171 Premiações, fiel torcedor e loterias e outras 23.572 14.700Subtotal 277.092 198.739Receitas com repasses de direitos federativos 15 33.825 59.706Total das receitas operacionais 310.917 258.445Deduções da receita bruta Impostos e contribuições (17.469) (9.455)Receita operacional líquida do futebol 293.448 248.990Receitas/ (despesas) operacionais Pessoal (105.363) (73.308) Serviços de terceiros (31.247) (26.444) Gerais e administrativas (5.558) (4.744) Custo com vendas e aquisição de atletas (16.645) (43.784) Depreciação e amortização de direitos (45.532) (27.266) Futebol (20.732) (15.132) Rateio de despesas administrativas 16 (8.191) (6.708)Total das despesas operacionais (233.268) (197.386)Superativ operacional do futebol antes das despesas financeiras e resultado não operacional 60.180 51.604Despesas financeiras líquidas 17 (47.451) (32.086)Outras receitas/ despesas 190 (2.882)Superavit do futebol no exercício 12.919 16.636Clube social e esportes amadores Receita bruta Contribuições dos sócios 9.693 8.628 Explorações comerciais 15.405 8.486 Licenciamento e franquias 21.564 14.038 Outras receitas 933 892Total das receitas 47.595 32.044Deduções da receita bruta Impostos e contribuições (596) (478)Receita operacional líquida do clube sociale esportes amadores 46.999 31.566Receitas/ (despesas) operacionais Pessoal (21.643) (18.361) Serviços de terceiros (9.429) (9.450) Gerais e administrativas (15.813) (14.872) Depreciação e amortização de direitos (4.919) (4.976) Esportes amadores (775) (770) Recuperação de despesas – 4 Rateio das despesas administrativas 16 8.191 6.708Total das despesas operacionais (44.388) (41.717)Superavit/ deficit operacional do clube social eesportes amadores antes das despesas financeirasem resultado não operacional 2.611 (10.151)Despesas financeiras líquidas 17 (8.395) (1.762)Outras receitas 403 597Deficit do clube social e esportes amadores (5.381) (11.316)Superavit do exercício 7.538 5.320

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

Patrimônio social Reserva de Reavaliação Reserva de capital – doações Deficits acumulados TotalSaldos em 31 de dezembro de 2010 1 95.822 31 (33.841) 62.013Realização da reserva de reavaliação – (2.664) – 2.664 –Superavit do exercício – – – 5.320 5.320Saldos em 31 de dezembro de 2011 1 93.158 31 (25.857) 67.333Realização da reserva de reavaliação – (2.616) – 2.616 –Superavit do exercício – – – 7.538 7.538Saldos em 31 de dezembro de 2012 1 90.542 31 (15.703) 74.871

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

2012 2011Fluxos de caixa das atividades operacionaisSuperavit do exercício 7.538 5.320

Ajustes para reconciliar o superavit/ (deficit) líquido ao caixa gerado pelas atividades operacionais Depreciação do ativo imobilizado 6.799 5.525 Amortização intangível 43.651 26.462 Encargos sobre empréstimos 13.278 14.151 Baixas de ativo imobilizado 204 163

Aumento/(diminuição) no ativo circulante e não circulante Contas a receber (596.165) (262.781) Direitos e uso de imagem 1.795 5.904 Outras contas a receber (940) (2.887) Estoques (9) 128 Despesas do exercício seguinte (3.127) 87 Depósitos judiciais (288) (1.434)

Aumento/(diminuição) no passivo circulante e não circulante Fornecedores 1.701 16.618 Impostos e tributos a recolher 3.572 (63) Exploração de imagem a pagar 2.157 (1.383) Obrigações e encargos sociais 59.087 33.564 Tributos parcelados (3.179) 761 Provisão para contingências 564 (301) Outras contas a pagar 154 – Receitas a realizar 584.599 280.485

Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 121.391 120.319

Fluxo de caixa das atividades de investimentos Adições de ativo imobilizado (14.224) (20.901) Intangível – líquido (39.829) (63.222) Direitos para negociações (16.544) 338 Atletas em formação (8.698) (9.773)Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (79.295) (93.558)

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Captação dos empréstimos e financiamentos 59.554 34.381 Pagamentos dos empréstimos e financiamentos (79.055) (58.284)Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (19.501) (23.904)

Caixa líquido gerado nas atividades operacionais, de investimentos e financiamentos 22.595 2.858

Caixa, bancos e aplicações financeiras No início do exercício 4.003 1.145 No final do exercício 26.598 4.003

Caixa líquido gerado nas atividades operacionais,de investimentos e financiamentos 22.595 2.858

Demonstrações do Valor Adicionado para os exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

Futebol 2012 2011Geração do valor adicionadoReceitas Participação em campeonatos 153.762 112.486 Exploração e uso da marca 64.647 44.382 Repasses de direitos federativos 33.825 59.706 Arrecadação de jogos 35.111 27.171 Premiações, fiel torcedor, loterias e outras 23.573 14.700 310.918 258.445Insumos adquiridos e terceiros Serviços contratados (49.023) (39.832) Despesas gerais e administrativas (5.471) (4.507) Custo com vendas e aquisições de atletas (16.645) (43.784) Recuperação de despesas – (2.985) Rateio de despesas administrativas (8.191) (6.709) (79.330) (97.817)Valor adicionado bruto 231.588 160.628Depreciação, amortização e exaustão Depreciação e amortização (45.532) (27.266)Valor adicionado líquido produzido pela atividade 186.056 133.362Valor adicionado recebido em transferência Receitas financeiras 6.510 8.497Valor adicionado total a distribuir 192.566 141.859Distribuição do valor adicionadoPessoal Administrativos e atletas 105.363 73.308Remuneração de capitais de terceiros Juros 53.771 40.479 Aluguéis 2.996 1.856Governos Tributos (Federal, Estadual e Municipal) 17.517 9.580Patrimônio líquido Superavit 12.919 16.636 192.566 141.859Clube social e esportes amadores Geração do valor adicionadoReceitas Exploração e uso da marca 15.281 8.486 Quadro associativo 9.693 8.628 Outras receitas 22.621 14.930 47.595 32.044Insumos adquiridos de terceiros Serviços contratados (10.204) (10.220) Despesas gerais e administrativas (15.440) (14.608) Recuperação de despesas – 4 Rateio de despesas 8.190 6.708 (17.454) (18.116)Valor adicionado bruto 30.141 13.928Depreciação, amortização e exaustão Depreciação e amortização (4.919) (4.976)Valor adicionado líquido produzido pela atividade 25.222 8.952Valor adicionado recebido em transferência Receitas financeiras 512 1.191Valor adicionado total a distribuir 25.734 10.143Distribuição do valor adicionadoPessoal Administrativos, parque social e esportes amadores 21.643 18.361Remuneração de capitais de terceiros Juros 8.503 2.356Governos Tributos (Federal, Estadual e Municipal) 969 742Patrimônio líquido Deficit (5.381) (11.316) 25.734 10.143

Mensagem do Presidente

NO TOPO DO MUNDO

Logo no primeiro ano da gestão, o Corinthians termina 2012 repleto de glórias dentro dos gramados e com faturamento recorde e investimentos maciços em infraestrutura.

O ano de 2012 foi glorioso para o Corinthians, conquistamos a Copa Santander Libertadores da América, título inédito para o clube, e voltamos ao topo do mundo ao conquistar o bicampeonato do Mundial de Clubes da Fifa.

Não houve acaso nas conquistas. Se voltamos ao topo foi em decorrência, principalmente, do apoio maciço da Fiel Torcida, que impressionou o mundo ao invadir o Japão. Dezenas de milhares de corinthianos, vindos não só do Brasil, mas de várias partes do mundo, desembarcaram na Terra do Sol Nascente para apoiar nossos atletas na conquista. Não sabemos como os 35 mil fiéis torcedores chegaram ao Japão, mas eles estavam lá.

Contamos também com o empenho de nossos atletas e da comissão técnica de futebol profissional, que tiveram uma conduta irretocável e profissional durante o ano, focados nos objetivos do clube.

Outro fator decisivo para a conquista é um trabalho de longo prazo, iniciado ainda em 2007, quando o grupo Renovação e Transparência assumiu a Diretoria do clube. Com uma gestão séria e profissional reformulou a filosofia de trabalho e a metodologia funcional.

No primeiro momento, autonomia para profissionais capacitados, em todas as áreas. Como resultado, em 2012 alcançamos a receita total de R$ 356,9 milhões, que supera em 23% a de 2011 (R$ 290,5 milhões) e em mais de 300% a de 2008. Há um detalhe: do total da receita de 2012, R$ 323,1 milhões foram gerados sem a transferência de atletas.

Paralelamente, houve uma reestruturação administrativa, com controle severo das despesas. Com o equilíbrio financeiro, passamos a investir no patrimônio do clube. Hoje, temos um dos melhores e mais modernos centros de treinamento para o futebol profissional. Investimos pesado também em melhorias no Parque São Jorge. A Sede Social merecia atenção, e muitas obras foram realizadas neste ano, todas levando em consideração os conceitos de ecoeficiência e uso consciente de recursos naturais. Nas próximas temporadas, o trabalho será ainda mais reforçado, para que o clube se torne cada dia melhor e mais diversificado aos seus associados.

Além disso, democratizamos o Corinthians, que hoje é um dos poucos clubes do Brasil com eleição direta, com voto dos sócios, para presidente – e que não permite a reeleição.

A próxima prioridade é o Centro de Treinamento das categorias de base. Temos como objetivo montar uma infraestrutura que dê a uma equipe técnica condições para formar os jogadores. Nosso desafio é buscar parceiros para a construção. Trata-se de uma obra de vulto, com valores elevados, e a parceria é uma ferramenta para evitar desequilíbrios financeiros.

As obras da Arena Corinthians já estão avançadas em 60%, e o novo estádio deve ser entregue em dezembro de 2013. ´´Será um dos estádios mais modernos do mundo e que representa uma grande

oportunidade de desenvolvimento e conquistas sociais para a zona leste, a região mais populosa e, ainda assim, muito carente da cidade de São Paulo. A Arena atrairá o progresso e empregos, além das melhorias que o governo do estado realizará no bairro de Itaquera. Portanto, o estádio traz benefícios não só ao Corinthians e aos corinthianos, mas também a toda a região.

Para 2013, nosso objetivo é claro: manter-se no topo. É um desafio tão grande ou até maior do que chegar lá. Nossas metas são manter um time competitivo e vencedor, que sempre dispute títulos, representando o Corinthians à altura de suas tradições. Pretendemos, ainda, alavancar os esportes amadores do clube, que tiveram alguns resultados de destaque em 2012. A natação conquistou uma medalha na Olimpíada de Londres, com Thiago Pereira. O futebol americano já conquistou o seu segundo título nacional.

Por fim, não há como não ressaltar que as glórias e os avanços não são méritos exclusivos de ninguém. Trata-se de um trabalho conjunto, com uma equipe multidisciplinar, com autonomia para cada área e descentralização do poder. Parabenizo a todos que de forma direta ou indireta contribuíram para que 2012 fosse inesquecível.

VAI CORINTHIANS!

Mário Gobbi FilhoPresidente

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis referentes aos exercícios fi ndos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

1 CONTEXTO OPERACIONAL

O Sport Club Corinthians Paulista (Clube) é uma sociedade civil, de fins não econômicos, fundada em 01 de setembro de 1910 e com prazo de duração indeterminado.

O Clube, cuja sede social está localizada na Rua São Jorge, nº 777, Tatuapé, São Paulo, tem como finalidade proporcionar a prática dos esportes em geral, bem como promover a realização de reuniões sociais, artísticas e culturais e administrar suas atividades patrimoniais.

Em Assembleia Geral de Sócios realizada em 11 de fevereiro de 2012, os Srs. Mario Gobbi Filho, Luis Paulo Rosenberg e Elie Werdo foram empossados respectivamente como Presidente, 1º Vice-Presidente e 2º Vice-Presidente da diretoria do Clube para o triênio compreendido entre 2012 a 2015, conforme resultado de eleição realizada na referida data.

No ano de 2011, o Clube através de uma estrutura de “Project Finance” deu início às obras da Arena Corinthians em conjunto com a Construtora Norberto Odebrecht. Para a construção do estádio são previstos recursos provenientes de financiamentos bancários e benefícios resultantes da Lei Municipal nº 15.413/11 que contempla os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs). O Clube também comprometeu com parte das receitas futuras a serem obtidas através da operação do estádio para pagamento dos financiamentos da obra.

A concretização do investimento se dará por intermédio do já constituído Arena Fundo de Investimento Imobiliário (Arena FII), criado para levar adiante a construção da Arena Corinthians, tendo como cotistas o Clube, a Odebrecht Participações e Investimentos S/A e a Arena Itaquera S/A.

A integralização das cotas do Clube no Arena FII se dará entre outros mediante conferência do acervo de direitos intangíveis, dentre eles, o direito de uso da área (terreno) em que a Arena Corinthians está sendo erguida. Integralização essa que se efetivará tão logo a Prefeitura do Município de São Paulo autorize a transferência da CDRU (Concessão de Direito Real de Uso) por cessão temporária pelo Clube ao Arena Fundo de Investimento Imobiliário (Arena FII).

Até a data de aprovação destas demonstrações contábeis, ocorrida em 24 de janeiro de 2013, o Clube não havia recebido a autorização da Prefeitura Municipal de São Paulo para a transferência temporária da concessão de direito real de uso do terreno para que, posteriormente, ele seja integralizado no Fundo Imobiliário Arena (Arena FII). Desta forma não foram contemplados nas demonstrações contábeis do Clube em 31 de dezembro de 2012 os registros decorrentes das obras em andamento na Arena Corinthians.

A Arena Corinthians receberá a abertura da Copa do Mundo de 2014, servindo como verdadeiro vetor de desenvolvimento para a região da zona leste da capital paulista e como polo propulsor de turismo e geração de receitas para a cidade de São Paulo.

2 RESUMO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS SIGNIFICATIVASAs demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis brasileiras, que compreendem a legislação societária brasileira, os Pronunciamentos, as Interpretações e as Orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e homo-logados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam ao pronunciamento “Estrutura conceitual para a elaboração e Apresentação das demonstrações contábeis”, emitido pelo CPC e, por conseguinte, estejam em consonância com as normas contábeis internacionais. Adicionalmente, para os critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registros contábeis e de estruturação das demonstrações contábeis em entidades de futebol profissional, o Clube adota o definido pela Resolução nº 1.005/2004 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que aprovou a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica NBC T 10.13 “Dos aspectos contábeis específicos em entidades desportivas profissionais” e pelas práticas compiladas em cartilha emitida em 2006 pelo Ministério dos Esportes em parceria com o “Clube dos 13”, CFC e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) com vistas à padronização das práticas contábeis brasileiras para clubes de futebol profissional. Conforme previsto na referida resolução, os registros contábeis do Clube evidenciam as contas de recei-tas, custos e despesas, segregando o desporto profissional das demais atividades esportivas, recreativas ou sociais. As principais práticas contábeis e de apresentação adotadas para a elaboração dessas demonstrações contábeis são as seguintes:

a) Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeisAs demonstrações contábeis do Clube estão apresentadas em reais (R$) que também é a moeda fun-cional do Clube.

Moeda funcionalMoeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera. Na maioria dos casos, como o Clube, a moeda funcional corresponde à moeda local. No entanto, em alguns casos as entidades podem ter uma moeda funcional diferente da moeda local quando outra moeda é utilizada para as suas principais atividades e reflete melhor o seu ambiente econômico.

Transações em moeda estrangeiraAs transações em moeda estrangeira são reconhecidas contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira, na data da transação, sobre o montante em moeda estrangeira. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do exercício.

b) Redução ao valor recuperável de ativos (impairment)O Clube analisa periodicamente se existem evidências de que o valor contábil de um ativo não será recuperado. O valor recuperável de um ativo é o maior valor entre: (a) seu valor justo menos custos que seriam incorridos para vendê-lo e (b) seu valor de uso. O valor de uso é equivalente ao fluxo de caixa descontado (antes dos impostos) derivado do uso contínuo do ativo até o final da sua vida útil. Ao avaliar se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, a entidade considera, entre outras, as seguintes indicações: Fontes externas de informaçãoi) durante o período, o valor de mercado do ativo diminuiu significativamente, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal;ii) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é utilizado. Fontes internas de informaçãoi) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo; ii) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado; iii) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado. A análise do valor recuperável é realizada por unidade de negócio, que é a menor unidade geradora de caixa possível para identificação dos fluxos de caixa. Quando a perda por recuperação ao valor recuperável é revertida subsequentemente, ocorre o aumento do valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) para a estimativa revisada de seu valor recuperável, desde que não exceda o valor contábil que teria sido determinado, caso nenhuma perda por redução ao valor recuperável tivesse sido reconhecida para o ativo (ou unidade geradora de caixa) em exercícios ante-riores. A reversão da perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado. c) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalente de caixa incluem o caixa, os depósitos à vista, outros investimentos de curto prazo e de alta liquidez prontamente conversíveis em caixa com, no máximo, de 90 dias. Esses investimentos são mensurados a custo mais os rendimentos acumulados que são obtidos. d) Contas a receberAs contas a receber são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizável menos a perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa (PECLD) e a provisão para impairment (vide Nota Explicativa 2.b), se necessário. Ou seja, na prática, são reconhecidas pelo valor contratado, ajustado pela provisão de crédito de liquidação duvidosa e pela provisão de impairment, caso exista indícios de redução do valor recuperável.

O Corinthians presta contas para os seus mais de 30 milhões de torcedores.

SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTACNPJ/MF nº 61.902.722/0001-26

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continua …

… continuação das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

A provisão para perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa é fundamentada em análise individual dos créditos pela Administração, que leva em consideração o histórico e os riscos envolvidos em cada operação, e é constituída em montante considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas na realização das contas a receber.

e) Demais ativos circulantes e não circulantesOs demais ativos circulantes e não circulantes são demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos.

f) ImobilizadoOs bens do imobilizado são reconhecidos pelo custo histórico de aquisição (corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995), menos a depreciação acumulada e provisão para perda pelo valor recu-perável (impairment). Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ao qual se referem ou são reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que flutuem benefícios econômico-futuros associados ao bem e que o custo do bem possa ser mensurado com segurança. Despesas ordinárias de manutenção são reconhecidas no resultado do exercício no período que são incorridas. Custos de empréstimos relacionados à aquisição ou construção de ativos qualificáveis são capitalizados de acordo com o CPC 20. Os valores gastos diretamente relacionados com a formação de atletas são registrados no ativo imobili-zado em conta específica de formação de atletas. Quando da profissionalização do atleta, os custos são transferidos para a conta específica de atleta formado, no ativo intangível, para amortização ao resultado do exercício pelo prazo contratual firmado. No encerramento do exercício, no mínimo, o Clube avalia a possibilidade de recuperação econômico-financeira do valor líquido contábil do custo de formação de cada atleta registrado no imobilizado. Constatada a irrecuperabilidade do custo, o valor é baixado em conta específica do resultado. O valor depreciável de um ativo é apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança será contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o CPC 23. A vida útil é o período de tempo durante o qual o Clube espera utilizar o ativo. As taxas de depreciação utilizadas para cada classe de ativos está descrita na Nota Explicativa nº 7. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor con-tábil e são registrados em “Outros ganhos/(perdas) operacionais, líquidas” na demonstração do resultado. O Clube realizou reavaliação de seu ativo imobilizado durante o exercício de 2003 e a atualizou em 2007, conforme legislação vigente à época. A Lei nº 11.638/2007 eliminou a possibilidade de reavaliação espontânea de bens. Dessa forma, conforme estabelecido pelo CPC 13, os saldos existentes nas reservas de reavaliação constituídas antes da vigência dessa lei (em 01 de janeiro de 2008) serão mantidos até sua efetiva realização. Com isso, o valor do ativo imobilizado reavaliado existente no início do exercício social passou a ser considerado como o novo valor de custo para fins de mensuração futura e determinação do valor recu-perável. Adicionalmente, a reserva de reavaliação, no patrimônio líquido, continuará sendo realizada para a conta de lucros ou prejuízos acumulados, na mesma base que vinha sendo efetuada antes da promulgação da referida lei.

g) IntangívelAtivos intangíveis referem-se aos gastos efetivamente incorridos com a contratação ou a renovação de contrato de atletas profissionais pelo valor efetivamente pago ou incorrido. Inclui-se nesses gastos o pagamento de luvas ou assemelhados, sem direito de ressarcimento. Esses direitos contratuais são amortizados de acordo com o prazo do contrato e, no mínimo, quando do encerramento do exercício, o Clube avalia a possibilidade de recuperação econômico-financeira do valor líquido contábil do custo de formação de cada atleta registrado no imobilizado. Constatada a não recuperabilidade do custo, o valor é baixado em conta específica do resultado.

h) Custo de empréstimosEmpréstimos e financiamentos são reconhecidos inicialmente a valor justo, líquido dos custos de transações, e, subsequentemente, é mensurado pelo custo amortizado. Além disso, os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que o Clube tenha um direito incondicional de deferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. Os custos de empréstimos atribuíveis diretamente à aquisição, construção ou produção de ativos quali-ficáveis, os quais levam, necessariamente, um período de tempo substancial para ficarem prontos para uso ou venda pretendida, são acrescentados ao custo desses ativos até a data em que estejam prontos para o uso ou venda pretendida.

i) ProvisõesAs provisões são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação.A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que o Clube racionalmente paga para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse momento.

Provisão para contingênciasRefere-se a questões trabalhistas, tributárias e cíveis e está registrada de acordo com avaliação de risco efetuada pela Administração, suportada por seus consultores jurídicos.

j) Demais passivos circulantes e não circulantesOs demais passivos circulantes e não circulantes são demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicável, dos respectivos encargos e variações monetárias.

k) Reconhecimento das receitasAs receitas de bilheteria, direito de transmissão e de imagem, patrocínio, publicidade e outras assemelhadas são registradas em contas específicas do resultado operacional, obedecendo ao regime de competência. Licenciamentos recebidos em decorrência da cessão dos direitos de uso da marca do Clube são reco-nhecidos em conformidade com a substância do contrato. De forma geral, o reconhecimento ocorre linearmente, durante o prazo contratual. Em alguns casos, a receita de uma licença ou royalties está condicionada à ocorrência de um evento futuro. Nesses casos, a receita é reconhecida somente quando for provável que a licença venha a ser recebida, o que ocorre normalmente após a realização do evento. As taxas de franquia, que cobrem o fornecimento inicial e subsequente de serviços, equipamentos e outros ativos corpóreos, e know-how do Clube são reconhecidas como receita em base que reflita a finalidade para a qual as taxas são cobradas. As taxas cobradas pela utilização contínua de direitos concedidos pelo contrato ou por outros serviços prestados durante a vigência do contrato são reconhecidas como receitas quando os serviços são prestados ou os direitos utilizados.

l) Estimativas contábeisA elaboração das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. O Clube revisa suas estimativas e premissas, pelo menos, anualmente. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a análise do risco de cré-dito para determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa, mensuração de instrumentos financeiros e provisão para contingências. As principais fontes de incerteza das estimativas que podem levar a ajustes significativos nos valores contábeis dos ativos e passivos nos próximos exercícios são como seguem:

Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosaO Clube registra a provisão para créditos de liquidação duvidosa em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir perdas prováveis, com base na análise das contas a receber, conforme descrito na Nota Explicativa nº 2.d. A metodologia para determinar essa provisão exige estimativas significativas, considerando uma variedade de fatores entre eles a avaliação do histórico de transações, tendências econômicas atuais, estimativas de baixas previstas, vencimento da carteira de contas a receber e outros fatores. Ainda que o Clube acredite que as estimativas utilizadas são razoáveis, os resultados reais podem diferir dessas estimativas. Considerando a natureza das operações do Clube, a Administração é requerida a estimar a possibilidade de recebimentos de relevantes contas a receber, especialmente junto a outras entidades esportivas. A realização desses ativos, cujos valores estão descritos na Nota Explicativa nº 5f, em alguns casos, requer negociações por parte do Clube.

m) Principais julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeisNo processo de aplicação das políticas contábeis do Clube, a Administração exerce diversos julgamentos, com exceção dos que envolvem estimativas (e estão descritos na Nota Explicativa nº 2.l) para definir o tratamento contábil mais apropriado para aplicar em certas transações, quando os padrões contábeis brasileiros e as respectivas interpretações não tratam de assuntos específicos. De acordo com o CPC 26, os ativos e os passivos circulantes e não circulantes são apresentados sepa-radamente nas demonstrações contábeis. Para a maioria das atividades do Clube, a segregação entre circulante e não circulante é baseada no período esperado em que os ativos serão realizados e os passivos liquidados. Quando a expectativa de realização dos ativos e passivos é em um período de até 12 meses após a data de apresentação das demonstrações contábeis, eles são classificados como circulantes. Caso contrário, são classificados como não circulante.

n) Demonstração dos Fluxos de CaixaO Clube apresenta os fluxos de caixa das atividades operacionais usando o método indireto, segundo o qual o superavit líquido ou o deficit é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento. De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais é determinado ajustando o superavit líquido ou deficit quanto aos efeitos de: (i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; (ii) itens que não afetam o caixa, como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável e (iii) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de financiamento.

o) Demonstração do Valor AdicionadoO Clube elabora, conforme requerido pela legislação societária brasileira, como parte de suas demonstra-ções contábeis individuais, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e apresenta como parte integrante das suas demonstrações contábeis divulgadas ao final de cada exercício. A DVA, preparada segregando-se o desporto profissional das demais atividades esportivas, recreativas ou sociais, proporciona aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pelo Clube no respectivo exercício, bem como a forma pela qual essas riquezas foram distribuídas. A distribuição da riqueza criada é detalhada da seguinte forma: (a) pessoal e encargos; (b) impostos, taxas e contribuições; (c) remuneração de capitais de terceiros e (d) remuneração de capitais próprios.

p) Demonstração do Resultado AbrangenteResultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. O Clube não possui itens de receitas e despesas com natureza que afete a demonstração do resultado abrangente e, dessa forma, a demonstração do resultado abrangente está sendo apresentada dentro das mutações do patrimônio líquido.

q) Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigorAs práticas contábeis adotadas para a elaboração e divulgação das demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 são consistentes. Até a data de divulgação destas demonstrações contábeis, os seguintes pronunciamentos e interpretações contábeis foram emitidos ou sofreram alterações substanciais, porém não eram de aplicação obrigatória para o exercício de 2012: Pronunciamento Corres- Aplicação pondente obrigatória para interna- exercícios iniciadosNo Brasil cional Assunto a partir deCPC 18 (R2) (a) IAS 28 Investimentos permanentes 01 de janeiro 2013CPC 19 (R2) (b) IFRS 11 Negócios em conjunto 01 de janeiro 2013CPC 33 (R1) (c) IAS 19 Benefícios a empregados 01 de janeiro 2013CPC 36 (R3) (d) IFRS 10 Demonstrações contábeis consolidadas 01 de janeiro 2013CPC 45 (e) IFRS 12 Divulgação da participação em outras entidades 01 de janeiro 2013CPC 46 (f) IFRS 13 Mensuração ao valor justo 01 de janeiro 2013CPC 38 (R1) (g) IFRS 9 Instrumentos financeiros 01 de janeiro 2015(a) CPC 18 (R2)/ IAS 28: alterou o nome do pronunciamento incluindo a referência ao empreendimento controlado em conjunto; aumentou a abrangência do pronunciamento que passou a regulamentar os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial quando da contabilização de investimentos em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures); incluiu a possibilidade do registro da equivalência patrimonial levando em consideração o eventual exercício de direitos potenciais de voto e outros instrumentos derivativos que no momento corrente dê à entidade acesso aos retornos; definiu que o investimento e qualquer interesse retido no investimento não classificado como mantido para venda, deve ser classificado como um ativo não circulante; (b) CPC 19 (R2)/ IFRS 11: a revisão deste pronunciamento contábil no Brasil, que na normas internacionais correspondeu a um novo pronunciamento, alterou substancialmente a prática anterior nos seguintes aspectos: eliminação da consolidação proporcional; inclusão da definição “Negócio em conjunto”, inclusão da definição “Operação em conjunto” (joint operation), inclusão da definição “Empreendimento controlado em conjunto” (joint venture); (c) CPC 33 (R1)/ IAS 19: foi excluída a possibilidade de utilização do “Método do corredor” – permissão para que os ganhos e perdas atuariais até um limite de 10% do valor presente da obrigação de benefício

definido ou 10% do valor justo dos ativos do plano, dos dois o maior, pudessem ser apropriados ao resultado pelo tempo médio remanescente de vida laborativa dos empregados participantes do plano. Com isso os ganhos e as perdas atuariais passam a ser reconhecidos integralmente da data das demons-trações contábeis, tendo como contrapartida o patrimônio líquido (outros resultados abrangentes). Esses valores não reciclam para o resultado do exercício, permanecendo em conta do patrimônio líquido de outros resultados abrangentes; (d) CPC 36 (R3)/ IFRS 10: a revisão deste pronunciamento no Brasil, que na Norma Internacional cor-respondeu a um novo pronunciamento, alterou o conceito de controle e introduziu novos conceitos, como os relativos a “poder”, “retornos”, “relação entre poder e retornos”, entre outros. Na Norma Internacional, o IFRS 10 substituiu o SIC 12 e IAS 27; (e) CPC 45/ IFRS 12: trata da divulgação de participação em outras entidades, cujo objetivo é possibilitar que os usuários conheçam os riscos, a natureza e os efeitos sobre as demonstrações contábeis dessa participação. O pronunciamento é aplicável a controladas, negócios em conjunto (ou seja, operações em conjunto ou empreendimentos controlados em conjunto), coligadas e entidades estruturadas não consolidadas; (f) CPC 46/ IFRS 13: se aplica quando outros pronunciamentos contábeis exigem ou permitem mensu-rações ou divulgações do valor justo (e mensurações, como o valor justo menos custo de venda, com base no valor justo ou divulgações sobre as referidas mensurações); (g) CPC 38 (R1)/ IFRS 9: o CPC 38 (R1) ainda não foi emitido no Brasil. O correspondente internacional, IFRS 9, já foi emitido e encerra a primeira parte do projeto de substituição da IAS 39 “Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração”. O IFRS 9 utiliza uma abordagem simples para determinar se um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado ou valor justo, baseada na maneira pela qual uma entidade administra seus instrumentos financeiros (seu modelo de negócios) e o fluxo de caixa contratual característico dos ativos financeiros. A norma exige ainda a adoção de apenas um método para determinação de perdas no valor recuperável de ativos. O CPC 38 (R1)/ IFRS 9 traz também alterações nos CPCs 39 e 40 (IAS 32 e IFRS 7). Esta norma passa a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 01 de janeiro de 2015. A Administração entende que não haverá impacto nas demonstrações contábeis do Clube decorrente da entrada em vigor das novas interpretações e revisões de pronunciamentos acima descritas.

3. GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

a) Fatores de risco financeiroAs atividades do Clube o expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de câmbio e risco de taxa de juros), risco de crédito e risco de liquidez. a.1) Risco de mercadoRisco de câmbioAs principais operações efetuadas pelo Clube são realizadas no mercado interno e não são afetadas pela variação cambial. As operações de compra e venda de direitos contratuais de atletas profissionais junto a outras entidades esportivas no exterior são realizadas em outras moedas diferentes do real e estão expostas ao risco de variação cambial. Esse risco é limitado aos valores reconhecidos pelo Clube nas contas a receber e a pagar. Risco de taxa de jurosO risco de taxa de juros do Clube decorre, substancialmente, dos empréstimos e financiamentos. As captações são efetivadas com taxas de juros pré-fixadas e dentro de condições normais de mercado, atualizadas e registradas pelo valor de liquidação na data do encerramento do balanço. Este risco surge da possibilidade que o Clube pode sofrer perdas devido a flutuações em taxas de juros, aumentando as despesas financeiras relacionadas a empréstimos e financiamentos. O Clube não entrou em qualquer contrato derivado para proteger-se contra este risco; porém, monitora taxas de juros de mercado continuamente para avaliar a possível necessidade de substituir sua dívida. Os detalhes dos contratos de empréstimos e financiamentos denominados em reais e que estão sujeitos à taxa de juros variável estão descritos na Nota Explicativa nº 9. a.2) Risco de créditoO risco de crédito do Clube é primariamente atribuível ao seu contas a receber junto principalmente a patrocinadores, parceiros comerciais e transações com atletas profissionais. Para reduzir esse risco, é reali-zada constantemente a análise de crédito dessas partes, bem como, usualmente, contratos são firmados entre as partes para formalização dessas operações. Para fazer face a possíveis perdas com créditos de liquidação duvidosa, quando aplicáveis, são constituídas provisões em montantes considerados suficientes pela Administração para a cobertura de eventuais perdas com a realização. a.3) Risco de liquidezA liquidez do Clube depende principalmente do caixa gerado pelas atividades operacionais, empréstimos de instituições financeiras brasileiras e financiamento próprio. A gestão do risco de liquidez considera a avaliação dos requisitos de liquidez para assegurar que o Clube dispõe de caixa suficiente para atender suas despesas de capital e operacionais. Os passivos financeiros do Clube, por faixas de vencimento, que compreendem ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento, estão descritos na Nota Explicativa nº 9.

b) Instrumentos financeirosO Clube apresenta em seu balanço patrimonial ativos e passivos financeiros caracterizados como instru-mentos financeiros, conforme descrito nos CPCs 38, 39 e 40. As práticas contábeis utilizadas para valorização dos ativos e passivos financeiros estão reconhecidas a valores que não diferem dos de mercado e foram relatados nas correspondentes notas explicativas. Até o encerramento das demonstrações contábeis, o Clube não possuía operações com derivativos. Classificação dos instrumentos financeirosOs instrumentos financeiros são classificados como: (i) ativo ou passivo financeiro mensurado ao valor justo contra o resultado; (ii) empréstimos e recebíveis; (iii) mantidos até o vencimento; (iv) disponíveis para venda e (v) passivos financeiros não mensurados pelo valor justo. A classificação é realizada com base nos seguintes critérios: (i) ativo ou passivo financeiro mensurado ao valor justo contra o resultado: são os ativos ou passivos financeiros que satisfaçam os seguintes critérios: i) adquirido ou originado principalmente com a finalidade de venda ou de recompra no curto prazo; ii) parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são gerenciados em conjunto e para os quais exista evidência de um padrão recente de realização de lucros a curto prazo ou iii) um derivativo. Os principais ativos ou passivos financeiros que o Clube possui classificados nesta categoria são: “caixa e equivalente de caixa”; (ii) empréstimos e recebíveis: são ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados em mercado ativo, são registrados pelo custo histórico pelo método do custo amortizado. O Clube possui como principais ativos financeiros classificados nesta categoria o seu “contas a receber” (vide Nota Explicativa nº 4); (iii) mantidos até o vencimento: correspondem aos ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para os quais o Clube tem a intenção de manter até o vencimento. Esses são registrados ao custo histórico pelo método do custo amortizado. O Clube não possui ativos ou passivos financeiros enquadrados nesta categoria; (iv) disponíveis para venda: referem-se àqueles ativos e passivos financeiros que não se enquadram em quaisquer das classificações acima ou que sejam designados como disponíveis para venda. O seu registro é realizado pelo valor justo e, para qualquer alteração na mensuração subsequente dos valores justos, a contrapartida é o patrimônio líquido. O Clube não possui ativos financeiros classificados nesta categoria; (v) passivos financeiros não mensurados pelo valor justo: são aqueles para os quais o Clube decidiu não mensurar seu valor justo e sim utilizar o método de custo amortizado. Os principais ativos e passivos financeiros classificados nesta categoria são “Fornecedores” e “Empréstimos e financiamentos” (vide Nota Explicativa nº 9).

4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 2012 2011Fundo fixo 430 370Depósitos bancários 729 270Aplicações financeiras 25.439 3.363Total 26.598 4.003Caixa e equivalentes de caixa compreendem valores de caixa, depósitos imediatamente mobilizáveis e aplicações financeiras em reais indexadas pelo ao CDI com disponibilidade imediata de resgate.

5 CONTAS A RECEBEREm 31 de dezembro de 2012 o saldo de contas a receber está composto pelos eventos demonstrados a seguir: 2012 Circulante Não circulante TotalDireito de transmissão de campeonatos 103.572 647.453 751.025Patrocínios 53.143 181.482 234.625Outras entidades desportivas 20.694 1.950 22.644Licenciados e franquias 2.602 33.348 35.950Premiações e títulos 13.737 – 13.737Outros valores a receber 7.335 2.678 10.013Perdas estimadas de créditos de liquidação duvidosa (1.201) – (1.201)Total 199.882 866.911 1.066.793 2011 Circulante Não circulante TotalDireito de transmissão de campeonatos 79.860 267.290 347.150Patrocínios 17.229 21.956 39.185Outras entidades desportivas 29.616 2.921 32.537Licenciados e franquias 40.540 14.727 55.267Outros valores a receber 6.185 1.268 7.453Duplicatas descontadas – licenciados (3.009) – (3.009)Perdas estimadas de créditos de liquidação duvidosa (925) – (925)Total 169.496 308.162 477.658As transações em moeda estrangeira estão relacionadas com as negociações dos atletas com outros clubes sediados fora do Brasil, conforme demonstrado a seguir: 2012 2011Outras entidades desportivas 22.644 32.537Para as contas de ativos e passivos monetários circulantes e não circulantes, o Clube avalia os impactos do ajuste a valor presente, conforme requerido pelo CPC 12. Em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 não foram efetuados ajustes considerando que os valores classificados na rubrica de “não circulante” possuem sua contrapartida no grupo de “receitas a realizar” no passivo.

a) Direito de transmissão de campeonatosRefere-se a contas a receber do “Clube dos 13”, Globo Comunicação e Participações Ltda., Horizonte Conteúdos Ltda. e da Federação Paulista de Futebol (FPF), segregadas entre ativo circulante e não circu-lante decorrentes da cessão dos direitos de captação, fixação, exibição e transmissão dos sons e imagens em televisão aberta de todos os jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol e do Campeonato Paulista de Futebol. As referidas contas a receber, foram registradas em contrapartida da conta de receitas a realizar, segregadas entre passivo circulante e não circulante, conforme descrito na Nota Explicativa nº 12.

b) Outras entidades desportivasRefere-se a valores a receber provenientes de cotas de solidariedade e venda e empréstimos de direitos federativos de atletas profissionais. Como cotas de solidariedade são classificados os direitos a ressarcimento dos custos de formação de atleta não profissional que pode ser feito: (i) de forma espontânea pelo clube contratante do jogador ou (ii) em virtude de cobrança perante à Câmara de Resolução de Litígios da Fédération Internationale de Football Association (FIFA), endereçada aos clubes contratantes que não realizam o pagamento de forma espontânea. Considerando que, conforme opinião dos assessores jurídicos do Clube, apesar do direito dos clubes formadores ser incontroverso e estar expressamente previsto no regulamento da FIFA, a entidade inter-nacional não estabelece prazos para esses pagamentos serem efetuados e, dessa forma, esses valores foram reclassificados nesse exercício para o ativo não circulante. Atleta 2012 2011CirculanteAL-Gharafa Sports Club Alex Raphael 9.969 –AS Roma S.P.A Leandro Castan 6.736 –Synergy Sport SA (Club Tigres) Edno Roberto 3.065 –FC Anzhi Makhachkala Jucilei Silva 674 12.171Sport Lisboa Benfica S.A.D. Bruno César 250 6.085FC Atlético de Madrid S.A.D. Elias Andrade – 11.360Total do circulante 20.694 29.616Não circulanteLinzer Athletic Sport Club Wendel Raul 1.021 923Al Jazira Renato Abreu 132 363FC Dynamo Kyiv Willian 312 356Real Zaragoza S.A.D. Betão 310 280Real Betis Balompié Ricardo e Everton 117 105Genoa Cricket and Football Club Rafael Sobis – 840Outras entidades 58 54Total do não circulante 1.950 2.921Total de outras entidades desportivas 22.644 32.537Os montantes acima referem-se a valores a receber provenientes de negociação de parte dos direitos federativos de atletas profissionais.

c) LicenciadosReferem-se a contratos de licenciamento para uso da marca “Corinthians”, firmados principalmente com as empresas: Spal Indústria de Bebidas S.A., SPR Indústria de Confecção e Tecelagem Ltda., e com o Grupo Fidelity Participações S/A.

d) Patrocínios• Em 13 de janeiro de 2010 a Hypermarcas S.A., firmou contrato de patrocínio com o Clube, visando o direito de divulgar sua marca/ logotipo nos uniformes e materiais esportivos do departamento de futebol profissional do Clube, vigente até 13 de janeiro de 2012; • valores a receber da Support Editora e Papelaria Ltda., decorrente de contrato firmado entre as partes em 20 de abril de 2011, para divulgação da marca FISK, vigente até 20 de dezembro de 2014; • valores a receber da TIM Celular S.A. decorrentes de contrato firmado entre as partes em 13 de julho de 2010 para divulgação da marca TIM, vigente até 13 de julho de 2013; • valores a receber da patrocinadora Nike do Brasil Comércio e Participações Ltda. decorrente do contrato firmado entre as partes em setembro de 2009, para fornecimento de produtos para futebol e outros esportes, vigente até o encerramento do exercício de 2022; • em 23 de novembro de 2012 a Caixa Econômica Federal, firmou contrato com o Clube, visando o direito de divulgar sua marca/ logotipo nos uniformes e materiais esportivos do departamento de futebol profis-sional do Clube, vigente até 31 de dezembro de 2013 com preferência de renovação por mais um ano. Os valores a receber provenientes de patrocínios, são registrados pelo prazo total dos contratos, em contrapartida da conta de receitas a realizar no passivo circulante e não circulante, conforme descrito na Nota Explicativa nº 12.

e) Outros valores a receberReferem-se basicamente aos saldos que o clube possui com franqueados, entre outros direitos pertinentes ao recebimento ligados aos associados do Clube.

f) Provisão para créditos de liquidação duvidosaA movimentação da provisão para crédito de liquidação duvidosa em 2012 é apresentada como segue: 2012Saldo em 01 de janeiro (925)Provisões constituídas (276)Saldo em 31 de dezembro (1.201)

6 DIREITO DE USO DE IMAGEM E EXPLORAÇÃO DE IMAGEM A PAGARReferem-se aos contratos de direitos de uso de imagem dos atletas e da comissão técnica do elenco profissional do Clube. No momento da celebração do contrato de cessão do direito de imagem, o Clube registra o valor contratual no ativo e no passivo, nas rubricas “Direito de uso de imagem” e “Exploração de imagem a pagar”, respectivamente. O direito registrado como ativo é amortizado em conta específica de despesa no resultado do exercício, conforme regime de competência, e a redução do passivo ocorrem quando do pagamento das referidas obrigações contratuais. A classificação contábil é dada pelo período do contrato, ou seja, segregada entre circulante e não circulante.Composição e movimentação Ativo PassivoDireito de imagem/ exploração de imagem 2012 2011 2012 2011CirculanteChicão Promoções e Eventos (Chicão) 400 400 300 300RG Sports Ass. e Eventos (Jorge Henrique) 1.297 1.297 1.483 1.698C.R Silva Inf. Esportes (Liedson Silva) – 530 – 815S9 Promoções e Eventos – 2.159 1.879 1.571Edno Cunha Marketing – 375 – –SLC Eventos e Participações (Marcio Passo) 2.025 554 2.291 335Almeida e Dale Marketing (Paulo Almeida) 500 224 500 –Danilo Gabriel de Andrade – – 200 –RC6 Lincenciamento e Marketing – – – 300Tite Marketing Ltda. – – – 900Elton Rodrigues Brandão (Think Ball) 1.020 – 2.460 –Fabio Santos (All Soccer/ Gilmar Marketing) 500 – – –Ralf de Souza Telles (GP Sports) 80 258 2.774 200Outros contratos de direito de uso de imagem 2.683 2.593 2.538 3.516 8.505 8.390 14.425 9.635Composição e movimentação Ativo PassivoDireito de imagem/ exploração de imagem 2012 2011 2012 2011Não circulanteChicão Promoção e Eventos (Chicão) – 400 – 1.000SLC Eventos e Participações (Marcio Passo) 573 554 – –JCS Esporte e Marketing Ltda. 250 500 250 –RG Sports Ass.e Eventos (Jorge Henrique) 1.297 2.593 1.740 2.740Edno Cunha Marketing – 250 – –S9 Promoções e Eventos – – – 1.233Elton Rodrigues Brandão 1.020 – – –Fabio Santos (All Soccer/ Gilmar Marketing) 500 – – –Outros contratos de direito de uso de imagem 853 2.106 850 500 4.493 6.403 2.840 5.473

7 IMOBILIZADOO saldo do imobilizado é composto como segue: 2012 2011 % – Taxa anual Custo Depreciação de depreciação corrigido acumulada Líquido LíquidoMóveis e utensílios 10% 4.625 (3.117) 1.508 1.620Máquinas e equipamentos 10% 3.833 (1.431) 2.402 2.586Equipamentos de informática 10% 2.193 (1.433) 760 643Equipamentos esportivos 10% 1.775 (1.073) 702 449Veículos 20% 829 (514) 315 415Edificações 4% 100.514 (17.954) 82.560 75.525Instalações 10% 1.125 (694) 431 543Terrenos – 79.134 – 79.134 79.134Acervo memorial – 341 – 341 341Franquias – 494 – 494 –Imobilizado em andamentoObras em andamento – – – – 169Outros imobilizados – 50 – 50 26Atletas em formação – 33.924 – 33.924 31.244 228.837 (26.216) 202.621 192.695

As mutações do imobilizado estão demonstradas conforme segue: 2011 Adição Baixa Transferência Depreciação 2012Móveis e utensílios 1.620 286 (12) – (386) 1.508Máquinas e equipamentos 2.586 252 (98) – (338) 2.402Equipamentos de informática 643 350 – – (233) 760Equipamentos esportivos 449 435 (89) – (92) 703Veículos 415 29 (3) – (126) 315Edificações 75.525 – – 12.546 (5.512) 82.559Instalações 543 – – – (112) 431Terrenos 79.134 – – – – 79.134Acervo memorial 341 – – – – 341Franquias – 494 – – – 494Imobilizado em andamentoObras em andamento 169 12.377 – (12.546) – –Outros imobilizados 26 25 (1) – – 50Atletas em formação 31.244 8.672 (5.992) – – 33.924 192.695 22.920 (6.195) – (6.799) 202.621Conforme descrito na Nota Explicativa nº 2.l, o Clube efetua, periodicamente, análise sobre a recupe-ração dos valores registrados no imobilizado, a fim de que sejam ajustados os critérios utilizados para a determinação da vida útil estimada e para o cálculo da depreciação. Tendo em vista que o Clube reavaliou seu ativo imobilizado em 2007, de acordo com os avaliadores contratados pela Administração, o valor residual e a vida útil remanescentes não sofreram relevantes variações daquela data para 31 de dezembro de 2012, e, com isso, nenhum ajuste foi registrado neste exercício.

Custo de empréstimosDe acordo com as premissas estabelecidas pelo CPC 20, o Clube realizou a capitalização dos custos de empréstimos diretamente atribuíveis à construção de ativos qualificáveis, os quais estão sendo representa-dos exclusivamente por obras em andamento. Os custos de empréstimos alocados aos ativos qualificáveis em 31 de dezembro de 2012, são apresentados a seguir: 2012Obras em andamento 11.782(+) Custos dos empréstimos (acumulados) 764Transferências das obras encerradas em 2012 (12.546) –

8 INTANGÍVELRepresentado pela aquisição de vínculos desportivos de atletas profissionais. Os saldos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 estão assim representados: 2012 2011 Início de Término de Valor do Amorti- Saldo Saldo contrato contrato custo zação líquido líquidoMatias Adria Defederico 31/08/2009 25/08/2013 10.284 (8.356) 1.928 4.499Julio Cesar de Souza 06/01/2011 31/12/2014 8.233 (3.843) 4.390 6.582Guilherme dos Santos 15/05/2012 31/12/2015 5.950 (576) 5.374 –Luis Alberto Ramirez 20/01/2011 19/01/2013 5.190 (4.973) 217 2.811Paolo Guerreiro 01/07/2012 30/06/2014 5.115 (2.797) 2.318 –Juan Manuel Martinez 20/07/2012 20/07/2015 5.036 (1.290) 3.746 –Douglas dos Santos 16/02/2012 01/02/2015 3.835 (1.065) 2.770 –Cassio Ramos 10/01/2012 31/12/2015 3.424 (785) 2.639 –Vitor Silva Jr. 10/01/2012 31/12/2015 3.413 (782) 2.631 –Anderson Sebastião Cardoso 31/03/2011 31/12/2013 3.252 (2.089) 1.163 2.326Ramon de Moraes Motta 01/07/2011 20/06/2015 3.030 (1.136) 1.894 2.651Elton Rodrigues 10/01/2012 31/12/2014 2.783 (850) 1.933 –Ralf de Souza Telles 01/01/2010 31/12/2015 2.131 (839) 1.292 9Romario Ricardo da Silva 01/06/2012 31/05/2016 1.611 (235) 1.376 –Guilherme Andrade 31/12/2012 31/12/2015 1.000 – 1.000 –Outros 43.100 (9.123) 33.977 37.048 107.387 (38.739) 68.648 55.926Direitos para negociações (19.340) (2.796)Intangível 49.308 53.130

9 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Indexador 2012 2011CirculanteBanco Bradesco S.A. CDI+0,7% e 1,18% a.m 15.683 10.618Banco BMG S.A. CDI+0,50% e CDI+0,65% 5.368 4.565Federação Paulista de Futebol (i) 1,8% a.m – 8.559Banco Itaú S.A. 1,87% a.m – 8.981Outros 1 a 2% a.m 30 105 21.081 32.828Não circulanteBanco BMG S.A.(i) CDI+0,50% e CDI+0,65% 13.003 20.307Outros 1 a 2% a.m 338 533 13.341 20.840Total 34.422 53.668

(i) Referem-se aos empréstimos concedidos pelas referidas entidades, diretamente relacionados aos adiantamentos de cotas dos exercícios seguintes, decorrentes da cessão dos direitos de captação, fixa-ção, exibição e transmissão dos sons e imagens em televisão aberta de todos os jogos do Campeonato Paulista de Futebol que ocorrerão durante os anos de 2011 a 2015. Os referidos valores serão liquidados diretamente com a referida entidade, ou serão abatidos dos valores a serem repassados por ela ao Clube, durante os próximos exercícios.Para os empréstimos firmados com as instituições financeiras, foram dados em garantia o aval do Presi-dente do Clube, penhor de direito a receber e notas promissórias.

Endividamento a longo prazoO cronograma dos vencimentos dos saldos de empréstimos e financiamentos em longo prazo, em 31 de dezembro de 2012, está disposto como segue:Período 20122014 10.6452015 2.6442016 52 13.341

A marca mais valiosa das Américas

Page 3: SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA · 2014. 4. 24. · O ano de 2012 foi glorioso para o Corinthians, conquistamos a Copa Santander Libertadores da América, título inédito para o

… continuação das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 (Valores expressos em milhares de reais)

10 OBRIGAÇÕES E ENCARGOS SOCIAIS 2012 2011IRRF a recolher 82.908 45.791INSS a recolher 43.742 20.927Provisão de encargos e férias 2.654 2.522Salários e ordenados 2.188 1.067FGTS a recolher 1.168 769PIS a recolher 1.847 915Indenizações a pagar 559 860Outros 540 3.668 135.606 76.519

11 TRIBUTOS PARCELADOS 2012 2011CirculanteParcelamento – Timemania 3.041 2.850Parcelamento de IPTU (PPI) (i) 1.063 1.063 4.104 3.913

Não circulanteParcelamento – Timemania 46.815 49.588Parcelamento de IPTU (PPI) (i) 3.452 4.048 50.267 53.636Total 54.371 57.549(i) Em abril de 2007 o Clube aderiu ao Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), visando ao par-celamento de seus débitos com o Fisco Municipal de São Paulo, representados substancialmente pelo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), do período de 1990 a 2004. O valor total dos débitos levados ao parcelamento, naquela data, já considerando os benefícios oferecidos para sua adesão, totalizou R$ 6.997 mil, os quais devem ser liquidados em 120 parcelas mensais, atualizadas monetariamente pela taxa SELIC. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo remanescente desse parcelamento montava R$ 4.515 mil (R$ 5.111 mil em 31 de dezembro de 2011), segregado entre circulante – R$ 1.063 (R$ 1.063 mil em 31 de dezembro de 2011) e não circulante – R$ 3.452 mil (R$ 4.048 mil em 31 de dezembro de 2011) representando 52 parcelas a recolher.

Endividamento a longo prazoO cronograma dos vencimentos dos saldos de tributos parcelados em longo prazo, em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, está disposto como segue:

Período 2012 20112014 550 5502015 550 5502016 550 5502017 em diante 48.617 51.986 50.267 53.636

12 RECEITAS A REALIZAR

2012 2011CirculanteCampeonatos (vide Nota nº 5 a) 87.920 89.097Patrocínios (vide Nota nº 5 d) 74.451 20.218Licenciados (vide Nota nº 5 c) 10.966 12.202Outros contratos 195 156 173.532 121.673

Não circulanteCampeonatos (vide Nota nº 5 a) 647.453 267.290Patrocínios (vide Nota nº 5 d) 181.982 21.900Licenciados (vide Nota nº 5 c) 15.615 23.120 845.050 312.310Total 1.018.582 433.983

13 PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

O Clube é parte envolvida em processos fiscais, trabalhistas e cíveis, e está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa como na judicial. As provisões para as perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela Administração do Clube, amparada pela opinião de seus assessores jurídicos, tendo sido provisionadas e divulgadas as contingências passivas existentes, em atendimento ao CPC 25. 2011 Adições Pagamentos/ acordos 2012Contingências cíveis (ii) 3.937 1.173 (610) 4.500Contingências trabalhistas (iii) 1.100 2.010 (110) 3.000Contingências fiscais (i) 1.900 – (1.900) – 6.937 3.183 (2.620) 7.500

(i) Contingências fiscaisAs provisões para contingências fiscais eram representadas em sua maioria por discussões, tanto na esfera administrativa como na judicial, para defesa de autuações fiscais (Federal e Estadual) e pelos valores em discussão do IPTU a pagar dos exercícios de 2005 e 2008, as quais foram regularizadas no exercício.

(ii) Contingências cíveisAs provisões para contingências cíveis, em 31 de dezembro de 2012, no montante de R$ 4.500 mil (R$ 3.937 mil em 31 de dezembro de 2011) estão representadas, substancialmente, por questionamentos judiciais quanto ao não cumprimento integral de contratos firmados entre o Clube e parceiros.

(iii) Contingências trabalhistasAs provisões para contingências trabalhistas, em 31 de dezembro de 2012, no montante deR$ 3.000 mil (R$ 1.100 mil em 31 de dezembro de 2011) estão representadas em sua maioria por ques-tionamentos quanto ao direito de uso de imagem (atletas profissionais e comissão técnica), contratos de trabalho, vínculo empregatício, horas extra, salários adicionais, entre outros.

14 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Reserva de reavaliaçãoEm dezembro de 2007, o Clube procedeu à atualização da reavaliação de seu ativo imobilizado, anterior-mente reavaliado em 2003, sendo registrada a mais-valia apurada em contrapartida do patrimônio líquido. Conforme mencionado anteriormente, desde 01 de janeiro de 2008 fica impossibilitada a realização de novas reavaliações, decorrente das alterações promovidas pela Lei nº 11.638 de 2007 nas práticas contábeis adotadas no Brasil. A Administração do Clube optou por manter a reserva de reavaliação até sua total realização, que deve ocorrer pela depreciação ou alienação dos bens reavaliados.

15 RECEITAS COM REPASSES DE DIREITOS FEDERATIVOS

O Clube auferiu durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, receitas decorrentes de transferências definitivas, empréstimos e intermediações de direitos federativos de atletas profissionais, nos valores totais de R$ 33.825 mil e R$ 59.706 mil, respectivamente.

16 RATEIO DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS

A partir de 01 de janeiro de 2008, com objetivo de aprimorar a segregação das despesas entre o futebol e o clube social e esportes amadores, foram definidos critérios de rateio das despesas com pessoal e gerais e administrativas, para correta alocação por atividade.

17 RECEITAS/ DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS

2012 2011Receitas financeirasVariação cambial ativa 6.321 8.748 6.321 8.748

Despesas financeirasJuros sobre empréstimos (13.281) (14.151)Despesas com IOF (285) (217)Atualização de impostos (34.325) (15.153)Variação cambial passiva (10.508) (7.157)Outros (3.768) (5.918) (62.167) (42.596)Total (55.846) (33.848)(-) Clube social e esportes amadores 8.395 1.762

Futebol (47.451) (32.086)

Relatório dos Auditores Independentes

Aos Administradores, conselheiros e associados doSport Club Corinthians PaulistaSão Paulo-SP

Examinamos as demonstrações contábeis do Sport Club Corinthians Paulista (Clube), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações contábeisA Administração do Clube é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a entidades desportivas pro-fissionais, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e também que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter a segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para a obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação

das demonstrações contábeis do Clube para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos do Clube. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

OpiniãoEm nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Sport Club Corinthians Paulista em 31 de dezem-bro de 2012, o desempenho de suas operações e os fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a entidades desportivas profissionais.

Outros assuntosDemonstração dos Valores Adicionados (DVA)Examinamos, também, a Demonstração dos Valores Adicionados (DVA), referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas e opcionalmente divulgada pelo Clube. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedi-mentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

São Paulo, 24 de janeiro de 2013.

Grant Thornton Marcos Venicio Sanches Auditores Independentes Contador

CRC 2SP-025.583/O-1 CRC 1SP-218.030/O-9

Parecer do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal do Sport Club Corinthians Paulista, no exercício de suas atribuições estatutárias, reu-nido em sua Sede Social, durante o tempo indispensável e, examinando o conjunto das demonstrações contábeis em 31 de Dezembro de 2012, é de parecer que as mesmas sejam aprovadas pelo Egrégio Conselho Deliberativo.

São Paulo, 12 de Março de 2013.

Haroldo de Souza Miranda Presidente

José Edemar Hirth Membro

Luiz Carlos Rosa (Piter) Membro

Parecer do Conselho de Orientação (CORI)

Ao Senhor Presidente do Conselho Deliberativo

O Conselho de Orientação – CORI do Sport Club Corinthians Paulista, no gozo de seus direitos sociais e no desempenho de suas funções estatutárias, reunido em sua Sede Social nesta data, para emitir o parecer sobre as demonstrações contábeis referentes ao exercício de 2012, apresentado pela Diretoria Executiva, ante parecer favorável do Conselho Fiscal, e esclarecimentos prestados pelo Diretor de Finanças do Clube, declara, por unanimidade, achar as referidas demonstrações contábeis conforme recomendam as exigên-cias legais regradoras, ser de parecer favorável que sejam aprovadas pelo Egrégio Conselho Deliberativo.

São Paulo, 26 de Fevereiro de 2013.

Alexandre Husni Presidente

Jorge Agle Kalil Vice-Presidente

Felipe Legrazie Ezabella Secretário

Decisão do Conselho Deliberativo

O Conselho Deliberativo no gozo de seus direitos sociais e no desempenho de suas funções estatutárias, em reunião desta data aprovou por unanimidade e aclamação as demonstrações contábeis do Sport Club Corinthians Paulista, referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

São Paulo, 22 de Abril de 2013.

Ademir de Carvalho Benedito Presidente

Guilherme Strenger Vice-Presidente

Cláudio Weinschenker 1º Secretário

Rogério Mollica 2º Secretário

Diretoria

Mario Gobbi Filho Raul Corrêa da Silva Presidente da Diretoria Diretor de Finanças

Luis Paulo Rosenberg Elie Werdo 1º Vice-Presidente da Diretoria 2º Vice-Presidente da Diretoria

Roberto de Andrade Souza Luiz Alberto Bussab Diretor de Futebol Profissional Diretor de Negócios Juridicos

Ivan Marques Carlos Ojeda Diretor de Marketing Diretor de Patrimônio

Fausto Bittar Fillho Oldano Gonçalves de Carvalho Diretor de Esportes Terrestres Diretor de Esportes Aquáticos

Ilmar Schiavenato José Max Reis Alves Diretor Social Diretor Administrativo

Fernando Alba Braghiroli Flávio Ferrari Junior Diretor de Futebol de Base Diretor Cultural

Sergio Eduardo Mendonça de Alvarenga Donato Votta de Carvallho Filho Assessor do Presidente Assessor para Assuntos de Responsabilidade Social

Ronaldo Thomaz Cúrcio Ximenes Marcos Chiarastelli Secretário-Geral Superintendente Divisão Financeira

Mauro Túlio Garcia Contador – CRC 1SP 132.860/O-9

Evoluções Gráficas (Valores expressos em milhões de reais)

2007

62,9

Crescimento de 416%

90,7

151,1177,7

230,8

324,741%

Evolução da Receita Sem Transferência de Atletas

2008 2009 2010 2011 2012

OutrasReceitas 5%

TV 39%

Patrocínio e Publicidade 15%

Social eAmador 11%

Bilheteria9%

Negociação de Atletas 21%

Outras Receitas 7%

TV 43%

Patrocínio e Publicidade 18%

Social eAmador 13%

Bilheteria10%

Negociação de Atletas 9%

Participação das Fontes de Receitas

2011 2012

2007

134,3

Crescimento de 167%

117,5

181,0212,6

290,5

358,523%

Evolução da Receita Total

2008 2009 2010 2011 2012

Evolução da Receita Total X EBITDA

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Receita Total Margem EBITDAEBITDA

(5,1

)

134,

3

26,8

117,

5

38,7

181,

0

35,1

212,

6

290,

5

113,

2

358,

573,6

(3,8%)

22,8% 21,4%16,5%

25,4%31,6%

Evolução do Superávit/Déficit do Exercício

10,9

(23,3)

Défi

cit

Sup

eráv

it

5,83,7 5,3

7,5

2007 2008 2009 2010 2011 2012

2004

286

562,6

749,8867

1.005,5

Evolução do Valor da Marca

2009 2010 2011 2012Fonte: BDO Brazil

2007

Evolução da Receita Total X Custos Futebol

2008 2009 2010 2011 2012

Receita Total Custo sobre receitaCustos Futebol

114,

6

134,

3

81,2

117,

5

133,

6

181,

0

153,

4

212,

6

290,

5

233,

3

358,

5

197,

4

85%

69%74% 72%

68% 65%

2007

Evolução do Endividamento X Investimentono Ativo Imobilizado e Intangível

2008 2009 2010 2011 2012

101,

5 143,

2

97,2

149,

7

99,8

158,

1

122,

1 184,

1

178,

524

5,8

171,

125

1,9

Imobilizado / IntangívelEndividamento

2007

Evolução do Endividamento X Investimento Realizado

2008 2009 2010 2011 2012

12,7

101,

5

25,1

97,2

38,9

99,8

46,0

122,

1

95,4

178,

5

66,9

177,

1Investimento RealizadoEndividamento

2007 2008 2009 2010 2011 2012

71,4

26,8

29,9 35

,059

,7

33,8

23,4 25

,6 29,0

55,0

112,5

153,8

19,1 24

,7 49,0 47

,344

,464

,7

8,416

,6 27,6

29,4

27,2 35

,1

Evolução das Fontes de Receitas

Negociação de Atletas TV Patrocínio e Publicidade Bilheteria 2007

101,

562

,9 97,2

90,7

98,8

151,

1

122,

1 177,

7

178,

5 230,

8

177,

132

4,7

Evolução do Endividamento X Receita Sem Transferência de Atletas

2008 2009 2010 2011 2012

EndividamentoReceitas sem Atletas

2007

157,9

106,6

175,6 20

9,928

2,935

1,6

Evolução da Participação dos CustosFutebol X Despesa Total

2008 2009 2010 2011 2012

Despesas TotalCustos Futebol

73% 73% 70% 66%76% 76%

Rua São Jorge, 777 | Tatuapé