Sri Ramakrishna, O Grande Mestre III

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    N D I C E

    Captulo Pginas

    Prefcio ...........................................................................................................................5Um Breve Retrospecto..................................................................................................5

    1.1 - A Influncia do Mestre no Brahmo Sama............................................................!1.2 - "estival Brahmo na #asa de Manimohan Mallic$.............................................%&1.3 - ' Mestre na #asa de (a)a*opal Sen..............................................................%52 - #ome+o da #he*ada dos ,evotos do Mestre Previamente mostrados em ises......%/3 - Antecedentes de 0arendra e sua Primeira isita ao Mestre...............................&&4 - A Se*unda e 1erceira isitas de 0arendra ao Mestre........................................2'5 - 3 Amor ,esprovido de 4*osmo do Mestre e 0arendranath................................266.1 - 3 47traordinrio Relacionamento entre o Mestre e 0arendranath..............................2/6.2 - 3 47traordinrio Relacionamento entre o Mestre e 0arendranath..............................62

    7 - 3 M8todo de 1estar do Mestre e 0arendranath................................................6/8.1 - 3 Aprendi9ado de 0arendranath no Mundo e o rece:ido atrav8s do Mestre........;'8.2 - 3 Aprendi9ado de 0arendrananth no Mundo e o rece:ido atrav8s do Mestre............;29 - 3 #rculo de ,evotos do Mestre e 0arendranath....................................................;o o Mestre estava completamenteesta:elecido no estado divino e todas as suas a+es e atitudes eram determinadas por esse estado.1am:8m@ esta fase de sua vida ficou t>o unida para sempre vida de 0arendra FSami ive$anandaHnum relacionamento t>o doce Due@ Duando come+amos a estudar este perodo da vida do Mestre@ ahistJria da vida de 0arendra apresenta-se simultaneamente. A presente parte do livro foi por istochamadaK ?3 Mestre em 4stado ,ivino e 0arendranath?.

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    0>o podamos ima*inar@ ao come+ar a escrever o o*o da M>e ,ivina com Sri Rama$rishna@ Duepoderamos avan+ar tanto. #onsiderando todas as coisas ficamos convencidos de Due isto foi possvelsomente por Sua *ra+a. Inclinamo-nos profunda@ repetida e humildemente a seus p8s de lJtus@ ecolocamos esta Parte diante do leitor.

    "uto-

    Se*undo dia da Duin9ena :rilhante@

    Phal*un &'@ B.4. %2&5 FA.,. %e ,ivina corno Shodasi."oi a partir dessa data Due tudo o Due fe9 foi so: impulso do estado divino. 3 Mestre estava comtrinta e oito anos e aDuele estado continuou ao lon*o de sua vida@ por um pouco mais de do9e anos % F%

    3 Mestre faleceu com cinDNenta anos.H.0esse perodo todos seus atos assumiram um carter novo@ pelavontade da M>e Universal. So: o impulso daDuela vontade@ passou a transmitir reli*i>o eespiritualidade s pessoas de educa+>o ocidental. Ao t8rmino das prticas espirituais de do9e anoscompletos@ o Mestre despendeu seis anos para se familiari9ar com seu poder e com o estado espiritualdas pessoas. ,ali para frente empenhou-se com uma ener*ia sem par para resta:elecer a 4ternaReli*i>o FSanatana ,harmaH e deter seu declnio Due se a:ateu so:re a Lndia so: a forte influnciadas id8ias e ideais ocidentais@ Due pre*avam Due este mundo 8 tudo para o homem. 3 Mestre saiudo cenrio do mundo depois de ter terminado esta parte de seu tra:alho. eamos como e7ecutou estatarefa divina.

    &. ,o Due dissemos@ pode-se pensar Due o Mestre havia sido@ at8 a idade de trinta e noveanos@ apenas um aspirante espiritual@ mas n>o foi assim. 47plicamos na Parte III do livro@ Duetodos aDueles Due foram urus@ profetas e fundadores de reli*ies e desfrutaram de reverncia eadora+>o@ por haverem condu9ido a humanidade reali9a+>o das verdades espirituais@ manifestaram

    as Dualidades de instrutor na infOncia. 0o caso do Mestre@ tam:8m@ vemos essas Dualidades emtodos os est*ios da vida@ inclusive na infOncia. imos como@ so: o impulso delas@ fe9 muitascoisas durante sua Sadhana na uventude mas Due@ com o t8rmino da Sadhana@ com a idade de trintae dois anos@ nJs o vemos fa9endo praticamente tudo so: o impulso desta inspira+>o. Isto ocorreu emsua pere*rina+>o com Mathur e depois dela. Por esta ra9>o adotamos o ano de %/!5 como a data damanifesta+>o de seu estado divino@ no Dual passou a propa*ar a verdadeira espiritualidade. 0>o 8 Duen>o tivesse ocorrido antes@ mas 8 Due@ desde ent>o o estado divino e7pressou-se num flu7ocontnuo e a miss>o de sua vida tornou-se clara e definitivamente manifestada. ,e a*ora em diante ovemos tomando uma posi+>o contra o materialismo ocidental e a cultura e civili9a+>o :aseadas nacincia material. Isso porDue@ eles entraram na Lndia e fi9eram com Due os homens e mulheres dopas assumissem uma vis>o do mundo contrria Duela da Reli*i>o 4terna@ Due diariamente afastava-os dos valores espirituais. Assim@ passou a se dedicar de todo o cora+>o introdu+>o da verdadeira

    espiritualidade entre pessoas de educa+>o in*lesa@ para Due pudessem ser a:en+oadas com a lu9divina.2. Eouve uma necessidade para Due assim a*isse. Parece Due o carter nacional da Lndia e sua

    reli*i>o teriam sido completamente destrudos@ se n>o tivessem@ pela vontade de ,eus@ sidosustentados pelo e7traordinrio poder espiritual do Mestre@ esta:elecido no estado divino. Umpouco de refle7>o mostra-nos Due@ assim como as prticas das principais reli*ies Due o Mestreempreendeu e suas reali9a+es por meio delas levaram desco:erta da *rande verdade@ ?1antascren+as@ tantos caminhos?e trou7eram :n+>os a todos os povos do mundo@ assim tam:8m os lon*osdo9e anos entre pessoas de id8ias e ideais ocidentais@ serviram como a lu9 de um farol para elas@indu9indo-as a a:andonar a :usca de valores puramente materialistas e retornar reli*i>o eterna.,essa maneira o Sanatana ,harma foi resta:elecido e a Lndia salva de uma terrvel catstrofe. ADuio duplo propJsito de sua vida foi claramente mostrado. 4m primeiro lu*ar colocou todas as reli*ies

    e7istentes do mundo em alinhamento com a 4terna Reli*i>o da Lndia e demonstrou Due todas eramverdadeiras@ muitas e variadas porDue os *ostos e tendncias das pessoas s>o diversos. 4m se*undolu*ar@ salvou a alma da Lndia de ser apanhada pelo rodamoinho do materialismo ocidental@ :aseado noen*randecimento prJprio e na competi+>o acirrada. A educa+>o ocidental foi introdu9ida na Lndia

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    em %/2;@ ano em Due o Mestre nasceu. Por conse*uinte fica-se admirado ao ver o nascimentosimultOneo@ pelo des*nio da Providncia@ de dois movimentos@ a sa:er@ a raada do sistema ocidentalde educa+>o@ destinado a varrer a Lndia de sua cultura e o vento contrrio Due tornariam os malesdaDuele sistema inJcuos@ dei7ando livre a atmosfera na Dual os m8ritos do novo sistema poderiamser separados e incorporados prJpria cultura da Lndia@ com muito mais vanta*em.

    6. A reali9a+>o completa do estado divino@ o *rande final do drama espiritual@ 8raramente vista na vida humana. 3 (iva@ profundamente li*ado aos *rilhes de seus atos@ ao ser

    li:erado pela *ra+a de ,eus@ o:t8m somente um fraco *osto desse estado. PorDue@ Duando ocontrole dos Jr*>os internos e e7ternos dos sentidos de um (iva torna-se fcil e natural como suarespira+>o Duando@ perdendo sua identidade no amor do Ser Supremo@ sua peDuena conscinciado eu funde-se para sempre no indivisvel oceano da 47istncia-#onhecimento-Bem-aventuran+aA:solutos Duando fundida no 0irvi$alpa Samadhi@ a mente a:andona todas as impure9as e assumeformas stvicas e Duando os deseos de sua mente@ redu9ida a cin9as pelo fo*o do #onhecimentodivino@ n>o pode mais dar nascimento a novas impresses e frutos das a+es - 8 ent>o@ e somenteent>o Due o o*o do estado divino come+a nele e sua vida passa a ser a:en+oada de formaincomensurvel. C muito raro encontrar Duem tenha oportunidade de encontrar al*u8m a:en+oadopela completa manifesta+>o do estado divino@ desfrutando uma pa9 inDue:rantvel e contentamento.Al8m disso@ as a+es desse homem@ visto Due n>o decorrem de DualDuer sentimento de falta eportanto@ parecem ser sem o:etivo@ permanecem para sempre incompreensveis para as mentes

    comuns. 0in*u8m@ a n>o ser um homem Due est esta:elecido no estado divino@ pode realmentecompreender a verdadeira nature9a desse estado. (amais 8 possvel para mentes e intelectos comoos nossos@ compreender o verdadeiro si*nificado das a+es e7traordinrias feitas so: influnciadaDuele estado@ a n>o ser Due nos apro7imemos com f8 e reverncia profundas.

    5. A manifesta+>o completa deste estado divino 8 vista somente nas 4ncarna+es ,ivinas. AhistJria reli*iosa do mundo testemunha esse fato. Por isso@ o carter de uma 4ncarna+>o parece-nosmisterioso. 4 possvel pintar uma fi*ura parcial@ com a auda da ima*ina+>o@ do #onhecimento deBrahman@ al8m de Ma)a@ mas est al8m de nosso poder compreender um pouco Due sea@ oso:etivos das pessoas Due moram naturalmente neste estado@ ou e7plicar porDue@ s ve9es@ s>ovistas tra:alhando arduamente como nJs@ adotando meios definidos para fins determinados eporDue@ outras ve9es@ como deuses@ possuidores de poderes sem limites@ fa9em@ miraculosamente@coisas maravilhosas. 3 QporDuQ disso permanece um mist8rio. uando tolamente tentamos sondarseus feitos misteriosos@ ficamos estupefactos. 4@ portanto@ impossvel analisar de forma satisfatJria@os atos da vida de Sri Rama$rishna nessa 8poca. amos@ portanto@ simplesmente narrar o Due elefe9 so: influncia desse estado@ dei7ando a conclus>o so:re seus propJsitos para o futuro@Duando a importOncia de seus atos e ensinamentos se tornarem claros@ atrav8s dos frutos.eralmente :aseamos nosso ponto de vista a respeito de uma causa@ em seus efeitos. Se o efeito8 *rande@ da mesma maneira@ a causa deve ser *rande. Assim@ ao ponderarmos so:re a nature9ae7traordinria dos atos do Mestre@ naDuele perodo@ ficamos convencidos de Due o *rande poderdo estado divino estava se manifestando atrav8s de seu corpo e mente.

    ;. 4m:ora todas as a+es de Sri Rama$rishna tinham como Gnica meta@ esta:elecer aespiritualidade@ contudo@ podem ser classificados em sete *randes divisesK

    %H uando moldou de modo e7traordinrio a vida espiritual de sua esposa Sri Sarada ,evi@convertendo-a num poderoso reservatJrio de espiritualidade.

    &H uando conheceu todos os diri*entes espirituais de #alcut contemporOneos@ notveis pela:usca de *randes ideais e influncia na sociedade e aud-los a aprimorar suas vidas espirituais@tra9endo-lhes poder espiritual para lhes dar apoio.

    2H uando saciou a sede espiritual das comunidades reli*iosas Due vieram a ,a$shinesarnaDuela ocasi>o.

    6H uando escolheu entre os devotos Due vieram a ele@ al*uns dos Duais tivera visesanteriores@ especialmente marcados pela M>e ,ivina para serem seus audantes no tra:alho damiss>o divina@ classificando-os se*undo suas ha:ilidades e aplicando-se a moldar suas vidasespirituais.

    5H uando iniciou al*uns deles no voto de Sann)asa FrenGncia dos valores e*ostas para areali9a+>o de ,eusH@ fundando assim@ uma fraternidade para a propa*a+>o das novas doutrinasli:erais para o mundo.

    ;H uando repetidamente foi casa dos devotos Due viviam em #alcut e despertou a

    conscincia espiritual nos mem:ros daDuelas famlias e vi9inhos@ com conversas so:re temas sa*radose servi+os devocionais.

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    !H uando uniu os devotos com o elo de um amor e7traordinrio@ ocasionando umrelacionamento entre eles@ Due todos ficaram e7tremamente unidos@ vindo a constituir uma Gnicaalma de maneira Due@ *radual e naturalmente converteram-se numa fraternidade espiritual li:eral.

    ( falamos ao leitor@ no final da Parte II Fol. IH@ como o Mestre empreendeu o primeiro dos setetipos de atividades acima mencionadas@ em %/!6. ,iscutimos@ tam:8m@ no Apndice daDuela Parte@como tomou a se*unda atividade ao visitar o Achar)a =esavachandra@ chefe do Brahmo Sama em%/!5. ,emos@ tam:8m@ ao leitor uma peDuena indica+>o das terceira@ Duarta e se7ta classes de suas

    atividades nos #aptulos @ I@ II e na Parte 6. amos estudar neste volume@ como e Duandoempreendeu as remanescentes.

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    " IN>,ANCI" D' #E)!E N' 8!"%#' "#";

    ASSU013SK %.3 amor e a reverncia dos Brahmos pelo Mestre. &. 3 relacionamento afetuoso do Mestre com eles.2. A afinidade dos Brahmos com ele. 6. 3 Mestre audou os Brahmos na Sadhana. 5. 4le dei7ou os Brahmoslivres para aceitarem esses ensinamentos na medida em Due os considerassem praticveis. ;. 3 Mestreensinava atrav8s de *raceos. !. A devo+>o e conscincia de ,eus como poder. /. ?0>o ponha um limite

    nature9a do Senhor?. o parcial de =eshav dos ensinamentos do Mestre a 0ova Revela+>o. %'. 3*rande amor do Mestre por =eshav. %%. A influncia do Mestre so:re ia)a$rishna osami.%&. 3 Duanto ia)adiantou-se na Sadhana. %2. Removido o mal-entendido entre =eshav e ia). %6. 3 Achar)a Sivanath n>o vai a,a$shinesar. %5. 3 Achar)a Pratapchandra a respeito da influncia do Mestre no Brah-mo Sama. %;. A influnciado Mestre no eneral Brahmo Sama. %!. A influncia do Mestre na mGsica Brahmo. %/. 3 Mestre reconheceu areli*i>o Brahmo.

    %. As pessoas de #alcut sJ tomaram conhecimento do Mestre depois Due ele conheceu=esavchandra@ lder do Brahmo Sama na Lndia. =esav@ Due dava *rande valor s Dualidades moraisde uma pessoa@ foi e7tremamente atrado pelo Mestre desde o dia em Due o viu pela primeira ve9.4m:ora inspirado pelas id8ias e ideais ocidentais@ seu cora+>o estava pleno de amor por ,eus eera-lhe impossvel desfrutar so9inho o n8ctar da devo+>o. medida Due conDuistava mais lu9 emseu caminho@ com as palavras su:limes do Mestre@ falava a seu respeito com as pessoas@ convi-

    dando-as entusiasticamente a compartilharem com ele a ale*ria e felicidade de sua sa*radacompanhia. Por conse*uinte@ viu-se Due todos os ornais em in*ls e :en*ali@ controlados peloBrahmo Sama@ como o Sula:ha Samachara@ o Sunda) Mirror@ o 1heistic uarterl) Revie etc.@estavam cheios de arti*os so:re o carter puro@ palavras de sa:edoria e princpios reli*iosos eespirituais do Mestre. =esav e outros lderes Brahmos foram vistos em diversas ocasies@ repetindo dopGlpito@ as palavras do Mestre@ ao se diri*irem con*re*a+>o@ no final do servi+o e das ora+es.1am:8m@ sempre Due tinham tempo livre@ iam a ,a$shinesar com al*uns mem:ros do crculo ntimo@ou s ve9es com todo o *rupo@ Duando ent>o@ passavam al*um tempo conversando so:re assuntosespirituais com o Mestre.

    &. 4ncantado com a sede de ilumina+>o espiritual e amor a ,eus dos chefes Brahmos@ o Mestren>o economi9ou esfor+os para encora-los a mer*ulhar profundamente no mar da Sadhana e serema:en+oados com a p8rola do #onhecimento de ,eus. 4ra t>o *rande a ale*ria em cantar e conversar so:re

    ,eus com eles@ Due at8 mesmo n>o se importou em ir@ muitas ve9es@ sem ser convidado@ casa de=esav. Assim@ um prJ7imo e ntimo relacionamento cresceu entre o Mestre e muitos mem:ros daDuelaSociedade@ Due :uscavam sinceramente a erdade. s ve9es@ tam:8m@ ia casa de outros Brahmos@al8m de =esav@ tornando-os feli9es e a:en+oados. Por e7emplo@ muitas ve9es visitou@ so:retudo nasfestividades@ as casas de Manimohan Mallic$ de Sinduriapati@ (a)a*opal Sen de Matha*hasa ane@enimadhav Pai de Sinthi em Barana*ar@ =asisar Mitra de 0andan:a*an e outros@ todos se*uidores domovimento Brahmo. 4m certas ocasies aconteceu Due@ ao ver o Mestre entrar su:itamente no temploBrahmo@ enDuanto dava instru+es no pGlpito@ =esav descia@ e mesmo antes de terminar o serm>o@rece:ia o Mestre cordialmente e terminava a ora+>o do dia@ a fim de ouvir suas palavras e desfrutar afelicidade do =irtan em sua companhia.

    2. C com pessoas Due tm a mesma maneira de pensar e viver@ Due se pode conviverlivremente e sentir-se :em. Portanto n>o 8 de causar surpresa Due os Brahmos ao v-lo

    relacionando-se harmoniosamente com eles@ tenham concludo Due o Mestre era um homem compontos de vista reli*iosos semelhantes aos deles. ,esta maneira pensaram as diversascomunidades reli*iosas hindus como os Sha$tas e aishnavas@ ao v-lo untar-se a eles e participarde seus cultos. Isso porDue@ Duem iria compreender Due o Mestre podia comportar-se de maneira t>o

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    natural com todas as seitas e cren+as@ como se fosse um fiel se*uidor de cada uma delas@ porDuemorava o tempo todo em Bhavamu$haT ,evido completa identifica+>o do Mestre com sua devo+>o@os devotos Brahmos n>o tinham a menor dGvida de Due sua mente estava unida a Brahman semforma mas com atri:utos@ Duando participava de seus =irtans e medita+es. Sentiam tam:8m Due eledesfrutava de uma felicidade ainda maior do Due a deles e Due@ verdadeiramente@ havia tido areali9a+>o direta daDuela u9@ ao contrrio deles Due sJ viam escurid>o durante a medita+>o.#ompreenderam tam:8m Due@ a n>o ser Due pudessem oferecer tudo a ,eus e tornarem-se

    a:sorvidos nQ4le@ como ele estava@ aDuele tipo de ale*ria e vis>o permaneceria como um *ritodistante.6. endo o amor erdade@ renGncia@ sede de espiritualidade e outras Dualidades :oas dos

    mem:ros do Brahmo Sama da Lndia@ o Mestre procurou aud-los a avan+ar no caminho reli*iosoescolhido por eles. Sempre considerava Due aDueles Due amavam a ,eus@ independentemente dacomunidade a Due pertenciam@ estavam muito unidos a ele e audava-os indistintamente em sua:usca espiritual@ para Due atin*issem a perfei+>o@ mas se*uindo seus prJprios caminhos. 1am:8m@o Mestre sempre di9ia Due os verdadeiros devotos de ,eus constituam uma classe independente e

    amais hesitou em comer e :e:er com eles. 3lhava com afei+>o =esav e os mem:ros de suacon*re*a+>o como ia)$rishna osami@ Pratapchandra Maumdar@ #hiranivi Sarma@ SivanathSastri@ Amrital Bose e outros. ,evido ao contato ntimo com eles@ n>o demorou muito para Duecompreendesse Due@ so: influncia da educa+>o ocidental@ eles estavam se desviando do ideal

    reli*ioso do pas@ considerando a reforma social como o o:etivo de suas prticas reli*iosas. Porconse*uinte@ tentou fa9er com Due aceitassem a reali9a+>o de ,eus como o ideal de suas vidas@mesmo Due sua Sociedade n>o os se*uisse inteiramente nesta linha de pensamento. #omoresultado@ =esav e seu *rupo foram muito al8m no caminho mostrado por ele. 3 costume de se diri*ir a,eus com o nome de M>e e de ador-lo como M>e@ foram introdu9idos no Sama as id8ias e ideaisdo Mestre entraram na mGsica@ literatura etc.@ daDuela Sociedade e encheram-na de do+ura. Isson>o foi tudo. 3s lderes do Sama o:servando a vida do Mestre@ constataram Due havia muito apensar e aprender daDueles ideais e prticas da reli*i>o hindu Due o Sama a:andonara por achar Dueeram errados e supersticiosos.?

    5. 3 Mestre compreendeu desde o incio Due@ im:udos de id8ias ocidentais@ =esav e seuscompanheiros n>o entenderam corretamente todas as suas id8ias e instru+es@ e mesmo o Duepuderam compreender@ n>o era do a*rado deles. em:rando-se disso@ no momento de dar-lhesinstru+>o@ costumava di9er-lhes@ ?4u disse o Due veio minha ca:e+a@ podem aceitar@ menos aQca:e+a e a caudaQ.? 1am:8m@ lo*o verificou Due para muitos mem:ros do Brahmo Sama@ a reformasocial e a satisfa+>o dos pra9eres mundanos constituam o o:etivo da vida. So:re isto falou@ em tomde :rincadeira@ em diversas ocasies.

    ;. ?"ui or*ani9a+>o de =esav e o:servei as ora+es. ,epois de falar so:re os poderes de,eus durante muito tempo@ o sacerdote disse@ Qamos meditar nele.Q "iDuei ima*inando por Duantotempo iriam meditar. Mas@ ah@ mal haviam fechado os olhos por al*uns minutos e tudo estavaterminado Pode al*u8m reali9-lo@ meditando assimT 3lhei os rostos de todos enDuanto meditavam.,epois disse a =esav@ Qi muitos meditando@ mas sa:e Due pensamento passou pela minha menteTBandos de macacos ficam s ve9es sentados Duietos@ so: as rvores tamar*a em ,a$shinesar@ comose fossem :on9inhos@ inocentes. Sentam-se nos terra+os das casas onde h a:J:oras@ moran*as@etc.@ ou nos ardins onde h plantanos e :erin*elas. 4m pouco tempo pulam no ardim com um*rito@ apanham as frutas e verduras e enchem o estVma*o. i muitos meditarem assim.Q 3uviram eriram.

    3 Mestre ensinava-nos dessa maneira@ por meio de *raceos. Um dia@ Sami ive$anandaestava cantando hinos devocionais diante dele. 3 Sami nessa 8poca costumava visitar com freDNnciao Brahmo Sama@ praticar medita+>o e orar duas ve9es ao dia@ uma ve9 pela manh> e outra tarde.#ome+ou a cantar com devo+>o e concentra+>o@ o hino a Brahman@ ?#oncentra tua mente naDueleUno Imaculado Purusha.? E um verso naDuela can+>o@ ?Adora-o sempre@ luta constantemente parareali9-lo.? A fim de imprimir estas palavras na mente do Sami@ o Mestre disse su:itamenteK ?0>o@n>o@ de preferncia di*a QAdora e ora a 4le duas ve9es ao dia.Q Por Due devem repetir aDuilo Due n>opem em prticaT? 1odos riram e o Sami pareceu um pouco em:ara+ado.

    !. 4m outra ocasi>o o Mestre disse a =esav e a outros Brahmos@ com referncia adora+>ode ,eus@ ?Por Due falam tanto de Seus poderesT Uma crian+a senta-se diante do pai e ima*ina Duantascasas@ Duantos cavalos@ Duantas vacas@ Duantas chcaras@ etc.@ o pai temT 3u simplesmente fica

    encantada pensando como o pai 8 Duerido@ como 8 *rande seu amor por eleT 3 pai alimenta e vesteo filhoK o Due tem issoT Afinal de contas@ todos nJs somos Seus filhos@ portanto@ por Due dar tantaimportOncia@ se 4le fa9 tudo issoT Ao inv8s de pensar assim@ um verdadeiro devoto torna-o QseuQ pelo

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    amor - importuna@ e7i*e Due suas ora+es seam atendidas@ Due 4le Se revele. Se al*u8m pensamuito so:re Seus poderes@ n>o pode for+ar seus pedidos a 4le. 3 pensamento de Sua *rande9a criauma distOncia entre 4le e o devoto. Pensem nele como sendo muito ntimo. Somente assim 3reali9ar>o.?

    /. Al8m de compreender a a:soluta necessidade de tra:alhar duramente para reali9ar ,eus ede sacrificar tudo por 4le@ =esav e outros Brahmos tiveram al*o mais do Mestre. Eaviam aprendido dosmissionrios ocidentais e nos livros in*leses Due ,eus amais poderia ter forma. 4ra@ portanto@

    se*undo eles@ um *rande pecado acreditar Due Sua presen+a poderia ser sentida nas ima*ens comotendo formas@ adorando-o nelas e orando a 4le. 3s comentrios do Mestre@ tais como@ ?Assim como a*ua sem forma se condensa em *elo adDuirindo uma forma devido ao frio@ assim a 47istncia-#onhecimento-Bem-aventuran+a A:solutos@ condensados pela devo+>o@ tomam formas? ?Assimcomo o homem se lem:ra de uma fruta-de-conde ao ver uma feita de corti+a@ assim tam:8m@recorrendo a uma ima*em com forma@ atin*e o conhecimento imediato da verdadeira nature9a de ,eus- impressionaram-nos e eles vieram a compreender Due havia muito a falar e pensar a respeito do Duechamavam ?idolatria? e prticas at8 ent>o consideradas irracionais e despre9veis. Al8m disso@ n>o hdGvida Due tenham visto a adora+>o de ,eus com forma so: uma nova vis>o desde o dia em Due oMestre provou a =esav e a outros Brahmos Due Brahman e Seu poder@ do Dual o universo 8somente uma manifesta+>o@ n>o s>o diferentes@ assim como o fo*o e seu poder de Dueimar.#ompreenderam Due 8 t>o incorreto afirmar Due ,eus 8 sem forma mas tem atri:utos@ como

    sustentar o inverso@ a sa:er@ Due 4le 8 com formas mas n>o tem atri:utos. Isto porDue formas eatri:utos andam untos e di9er Due al*uma coisa tem uma@ 8 admitir Due tam:8m tem a outra. #omomanifestado@ 4le 8 o Universo Due tem todas as formas como sem forma@ mas Brahman pleno deatri:utos@ 8 o controlador do Universo e como aDuele al8m dos atri:utos@ 8 o su:strato eterno Duesustenta todas as manifesta+es como nomes e formas@ como pessoas e coisas tais como ,eus@ o(iva e o Universo. =esav e os outros ficaram muito admirados naDuele dia ao desco:rirem osi*nificado profundo no dito comum do Mestre@ ?0>o se deve fi7ar limites para a nature9a de ,eus-4le 8 com formas e sem formas@ com atri:utos e sem atri:utos. uem pode conhecer e di9er o Duemais 4le 8T?

    Por pouco mais de trs anos@ desde Due =esav conhecera o Mestre em %/!5@ o BrahmoSama da Lndia so: sua competente lideran+a@ come+ou a a:andonar@ de modo crescente@ a anti*apai7>o pelas id8ias e ideais ocidentais e adDuiriu uma nova fei+>o. Um importante aspecto dessenovo desenvolvimento foi o amor pelas prticas espirituais Due lo*o se tornaram t>o marcantes aponto de atrarem a aten+>o do pG:lico em *eral. Mais tarde@ no dia ; de mar+o de %/!/ =esav deua filha em casamento ao prncipe de #ooch:ihar. #omo a idade dela fosse um pouco menor daDuelafi7ada pelo Sama para o casamento das mo+as@ esse enlace provocou *randes crticas naDuelasociedade e levados pelo 9elo de reformas sociais@ imita+>o do 3cidente@ os lderes dividiram-se emdois@ respectivamente Brahmo Sama da Lndia e o eneral Brahmo Sama. A influncia do Mestre noBrahmo Sama@ contudo@ n>o terminou por causa desse acontecimento. Seu amor i*ualmentea:ra+ou am:os os *rupos e os Due :uscavam a erdade vinham a ele como antes e rece:iam audaespiritual.

    o =esav@ lder do Brahmo Sama da Lndia@ fe9 rpidos pro*ressosno caminho da Sadhana e sua vida espiritual aprofundou-se@ pela *ra+a do Mestre. #onvencido deDue o oferecimento de o:la+es@ :anhar-se na *ua consa*rada@ raspar a ca:e+a@ pVr roupa ocre eoutros atos sim:Jlicos audam a mente a se elevar a camadas cada ve9 mais sutis e elevadas nocampo espiritual@ adotou praticamente todos. 1endo desenvolvido uma f8 ardente na e7istnciaeterna de auran*a@ (esus e outras *randes almas@ como personifica+es vivas de estadosespirituais e Due tais Seres servem como fontes perenes de inspira+>o para aDuisi+>o daDuelesestados@ aplicava-se de tempos em tempos medita+>o neles. =esav empenhou-se nas prticasacima mencionadas porDue sou:e Due o Mestre@ enDuanto praticava al*uma cren+a particular@ vestiao em:lema concernente a seus se*uidores. #om a auda dessas prticas tentou compreender averdade rec8m-postulada pelo Mestre@ ?1antas f8s@ tantos caminhos?@ o Due levou@ dois anos apJs ocasamento de #oo:ihar@ funda+>o da 0ova Revela+>o@ do pGlpito da Dual passou a pre*ar averdade para o pG:lico@ at8 onde a havia compreendido. 0>o podemos e7primir o Duanto eradedicado ao Mestre e Duanta f8 tinha nele@ uma ve9 Due o considerava a personifica+>o da referida0ova Revela+>o. Muitos de nJs o vimos ir a ,a$shinesar e tomar a poeira de seus p8s@pronunciando repetidamente as palavras@ ?Salve a 0ova Revela+>o? ?Salve a 0ova Revela+>o?

    uem pode di9er Du>o profunda teria sido sua vida espiritual@ se n>o tivesse morrido t>o cedo@ maisou menos Duatro anos depois de ter come+ado a pre*ar a 0ova Revela+>oT

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    %'. 3 Mestre considerava =esav t>o intimamente li*ado a ele Due@ ao sa:er de suaenfermidade@ prometeu M>e do Universo@ uma oferenda votiva de coco verde e a+Gcar@ se ele serecuperasse. "oi visitar =esav durante sua doen+a e@ encontrando-o muito fraco@ n>o pVde controlar asl*rimas. ,isse-lhe@ ?3 ardineiro s ve9es n>o somente poda os *alhos de uma roseira :asra@ comoarranca as ra9es do ch>o e as coloca no sol e orvalho@ para Due ela d *randes flores. 3 (ardineiroprovocou este estado em seu corpo com tal o:etivo.? Sa:endo de sua morte em %//6@ o Mestrefoi tomado de dor@ n>o falava com nin*u8m e permaneceu imJvel na cama durante trs dias. Mais

    tarde disse@ ?Ao sa:er da morte de =esav@ senti como se um dos meus mem:ros estivesse paralisado.?1odos os homens e mulheres da famlia de =esav eram muito dedicados ao Mestre. s ve9es levavam-no a =amal =utir@ casa de =esav@ e outras@ vinham a ,a$shinesar para ouvir instru+es espirituaisde sua sa*rada :oca. 4nDuanto =esav vivia@ os Brahmos da 0ova Revela+>o consideravamindispensvel passar o dia desfrutando a sa*rada companhia do Mestre e cantar o =irtan com eledurante as comemora+es Ma*ha. Al8m disso@ de ve9 em Duando =esav costumava vir de :arco a,a$shinesar com toda a con*re*a+>o@ para :uscar o Mestre e@ medida Due o :arco desli9avava*arosamente no an*a@ tinham lu*ar no conv8s@ o =irtan e conversas sa*radas com o Mestre@ nosDuais todos se perdiam.

    %%. ,epois da separa+>o dos dois *rupos por causa do casamento de #ooch:ihar@ia)$rishna osami e Sivanath Sastri tornaram-se os Achar)as do eneral Brahmo Sama. ia)reverenciava muito =esav devido sua veracidade e amor Sadhana. A ansiedade de ia)$rishna

    pela Sadhana@ como a de =esav@ aumentou muito depois de conhecer o Mestre. medida Dueavan+ava no caminho@ alcan+ou em pouco tempo diversas vises espirituais novas e passou a crerna manifesta+>o de ,eus com forma. uando ia) veio pela primeira ve9 a #alcut para estudar noSans$rit #olle*e@ tinha a aparncia de um Brahmana ortodo7o com um *rande tufo na ca:e+a@cord>o sa*rado e diversos tipos de amuletos. 1ornando-se um Brahmo@ ia) a:andonou tudo porrespeito erdade como postulada plos se*uidores do Brahmo Sama. ,epois do episJdio docasamento de #ooch:ihar@ :oicotou =esav Due era para ele como um uru@ pelo mesmo respeito erdade. 1am:8m@ por respeito a essa erdade@ achou impossvel ocultar sua f8 em ,eus com formase viu-se o:ri*ado a se separar do Brahmo Sama. #omo perdeu os meios de so:revivncia@ suportou*randes sofrimentos durante muito tempo devido falta de dinheiro. Mas n>o ficou deprimido. Pordiversas ve9es ia) disse-nos a:ertamente Due havia rece:ido auda espiritual do Mestre e Due@ sve9es@ de uma maneira misteriosa@ tinha vises. 0>o sa:emos@ por8m@ se ele o amava e respeitavacomo a um Upa*uru@ porDue ouvimos dele Due na colina A$asa*an*a@ em a)a@ um mon*e o fi9eraentrar su:itamente em 7tase com a auda de seu poder iJ*uico@ tornando-se seu uru. 0>o h@por8m@ dGvida Due ia) tinha o Mestre num conceito muito elevado.

    %&. ,epois de sua separa+>o do Brahmo Sama@ medida Due os dias se passavam@ a vidaespiritual de ia) tornou-se cada ve9 mais profunda. As pessoas ficavam encantadas ao v-lo dan+arale*re e descontrado@ e atin*indo 7tase freDNente durante o =irtan. 3 Mestre falou-nos da condi+>oespiritual dele@ ?ia) alcan+ou o aposento adacente cOmara mais interior@ pice da reali9a+>oespiritual e est :atendo porta.? ia) iniciou muitas pessoas em Mantras depois de ter atin*ido umaespiritualidade profunda. "aleceu em Puri@ apro7imadamente Duator9e anos depois de o Mestre tera:andonado o corpo.

    %2. iu-se Due depois do casamento de #ooch:ihar@ sur*iu um forte mal-estar entre os dois*rupos Brahmos@ o Sama da Lndia e o eneral Sama. 3s dois *rupos nem se falavam@ mas como

    dissemos anteriormente@ pessoas de am:os os lados@ Due amavam a Sadhana@ continuaram afreDNentar ,a$shinesar como antes.

    Um dia tanto =esav como ia) su:itamente visitaram-no com os mem:ros de seus crculosntimos. 0aturalmente isso aconteceu porDue cada um dos *rupos i*norava Due o outro iria. Eouveum constran*imento por causa da anti*a :ri*a. endo o Due ocorria@ mesmo com =esav e ia)@ oMestre falou-lhes@ visando reconcilia+>oK ?eam@ certa ve9 houve uma :ri*a entre Shiva e Rama.Sa:e-se Due o uru de Shiva 8 Rama e Due o uru do Rama 8 Shiva@ portanto@ n>o levou muitotempo para Due a :ri*a terminasse@ mas depois da luta@ amais pVde haver uni>o entre os espritos@discpulos de Shiva e os macacos@ discpulos de Rama. A luta entre os espritos e os macacoscontinuou@ para sempre.? ,iri*indo-se a =esav e ia)@ continuou@ ?3 Due tinha de acontecer@aconteceu. 0>o devem ter ressentimento uns com os outros dei7e isso para os espritos e osmacacos.? ,epois desse incidente =esav e ia) pelo menos passaram a trocar al*umas palavras.?

    %6. uando ia) saiu do eneral Brahmo Sama por causa de suas e7perincias

    espirituais@ aDueles Due haviam depositado a:soluta f8 nele@ dei7aram o Sama Due@ emconseDNncia@ perdeu muito de sua *lJria. "oi o Achar)a Sivanath Sastri Due veio a se tomar older daDuele *rupo e salvou-o. Anteriormente visitara diversas ve9es o Mestre a Duem dedicava

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    *rande amor e respeito. 3 Mestre tam:8m era muito afei+oado a ia)@ mas Sivanath ficou em*rande dificuldade depois Due ia) dei7ou o Sama. ,ei7ou de visitar o Mestre@ pensando Due aopini>o reli*iosa de ia) havia mudado por influncia das instru+es do Mestre e Due@ por essara9>o ia) havia dei7ado o Sama. Sami ive$ananda unira-se ao eneral Sama um pouco antese tornara-se o favorito de Sivanath e outros Brahmos. 4m:ora pertencesse ao eneral Sama@ oSami costumava ir@ de ve9 em Duando@ a =esav e ao Mestre em ,a$shinesar. 3 Sami di9ia@?Per*untado naDuela ocasi>o porDue dei7ara de ir ao Mestre@ o Achar)a Sivanath disse@ QSe eu for

    l com freDNncia@ todos os outros do Brahmo Sama assim o far>o para me imitar e@ comoresultado@ o Sama vai entrar em colapsoQ.? 3 Sami acrescentou Due@ so: aDuela impress>o@Sivanath aconselhou-o a a:ster-se de ir a ,a$shinesar@ di9endo@ ?3 7tase do Mestre e tudo omais@ resultado de sua fraDue9a nervosa@ tornou seu c8re:ro pertur:ado pelo fato de suportar muitaausteridade fsica.?

    %5. 3 Due Duer Due tenha acontecido@ por influncia do Mestre@ o amor Sadhana entrou noSama e todos os Due :uscavam a erdade@ tanto da 0ova Revela+>o como do eneral Sama@tentaram moldar suas vidas para poder o:ter o conhecimento imediato de ,eus. Um dia@Duando Pratap #handra Maumdar veio a ,a$shinesar para desfrutar a companhia do Mestre@per*untamos a ele so:re a nature9a e *rau do desenvolvimento das id8ias espirituais do Sama@depois Due os mem:ros entraram em contato com o Mestre. Respondeu@ ?Ser Due havamoscompreendido o Due a reli*i>o 8@ antes de t-lo conhecidoT 4stvamos simplesmente o*ando

    hJDuei. iemos e compreendemos o Due 8 a reli*i>o@ somente depois de conhec-lo.? 0essaocasi>o o Achar)a #hiraniv Sarma F1railo$)a 0ath Sann)alH estava presente@ com Pratap.%;. 4nDuanto a influncia do Mestre na 0ova Revela+>o era evidente@ no eneral Sama n>o

    foi ne*li*enciada@ enDuanto ia)$rishna foi Achar)a. Mas Duando ia) e muitos outros Due:uscavam a espiritualidade@ a dei7aram@ essa espiritualidade declinou e a or*ani9a+>o passou a seen*aar em reformas sociais@ tra:alho patriJtico e atividades semelhantes. 4m:ora tenha havido umadiminui+>o@ a referida influncia n>o estava totalmente ausente e a prova disso est na prtica daWo*a@ no estudo da edanta e na :usca da espiritualidade por al*uns mem:ros do eneral Sama.Al*uns deles se*uiram a doutrina v8dica praticada pela classe mais elevada da comunidade =arta:haaDue procurava curar as doen+as fsicas com a auda da medita+>o.

    %!. #hiraniv Sarma@ o Achar)a da 0ova Revela+>o@ fe9 muito pelo desenvolvimento da mGsicaBrahmo@ mas sou:emos Due compVs aDuelas can+es Due despertam pensamentos elevados eemo+es depois Due entrou em contato com diversos tipos de vises@ 7tases e Samadhis do Mestre.A:ai7o damos os primeiros versos de al*umas dessas can+es.

    %. 1ua :ele9a sem forma@ X M>e@ :rilha na densa escurid>o.&. 3 profundo mar de Samadhi@ infinito@ sem limites.2. Ah@ a lua cheia do Amor divino sur*iu no firmamento da #onscincia6. As ondas da "elicidade do Amor divino nas *uas do mar da 47istncia-#onhecimento-"elicidade.5. ,-me em:ria*ue9 divina@ X M>e

    0>o h dGvida Due todas as pessoas de Ben*ala e Sadha$as do pas devem ser *ratas aoe7celente poeta #hiraniv Sarma@ por aDuelas can+es. 0em h DualDuer dGvida Due foi somenteao ver o 7tase do Mestre Due pVde compV-las. 3 Achar)a #hiraniv tinha uma vo9 doce Due porvrias ve9es fe9 o Mestre entrar em 7tase ao ouvi-lo.

    %/. Assim naDuela 8poca o Brahmo Sama sofreu uma e7traordinria influncia espiritual doMestre. 4m:ora o Mestre dissesse Due a adora+>o do aspecto sem forma de ,eus como pre*ada noSama era do tipo imaturo Fch.III.&H vrias ve9es ouvimos dele Due um aspirante reali9aria ,eus seadorasse com f8 sincera aDuele aspecto. (amais se esDuecia de di9er@ ?Inclino-me profundamente anteos modernos conhecedores de Brahman? e saudar o crculo dos Brahmos@ Duando inclinava-se ante,eus e Seus devotos de todas as denomina+es@ no final dos =irtans. ,este fato vemos Duerealmente acreditava ser a reli*i>o Brahmo uma das cren+as ou caminhos Due condu9em reali9a+>ode ,eus@ pre*ada por Sua vontade. ,eseava e esfor+ava-se@ por8m@ para ver o crculo dos Brahmosli:ertar-se da influncia ocidental e se*uir firmemente o verdadeiro caminho da espiritualidade.Repetidamente falava-lhes so:re a impropriedade e o peri*o de tornar as reformas sociais eatividades filantrJpicas o Gnico o:etivo da vida@ por mais louvveis e indispensveis Due pudessemser do ponto de vista social@ e de considerar os e7erccios devocionais inGteis para a reali9a+>o de

    ,eus. "oi o Brahmo Sama Due primeiro discutiu pu:licamente a e7traordinria vida espiritual doMestre e portanto@ atraiu as pessoas de #alcut@ para ,a$shinesar. 1odos os Due se sentaram aosp8s do Mestre e foram a:en+oados ao alcan+ar poder espiritual e pa9@ est>o em d8:ito eterno tantocom a 0ova Revela+>o como com o eneral Brahmo Sama. 3 presente escritor@ tam:8m@ um d8:ito

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    com am:os@ porDue foram essas duas sociedades Due colocaram ideais elevados diante dele eaudaram-no a moldar sua vida espiritual no come+o da uventude. #heios de reverncia e *ratid>o@nJs@ portanto@ inclinamo-nos profunda e repetidamente ao Sama e suas trs emas@ a sa:er@Brahman@ o Brahmo Sama e o crculo de Brahmos@ sa:endo Due s>o unos em sua nature9a.

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    ASSU013SK %. Marcando a data do evento. &. 0osso relacionamento com ai$unthanath Sann)al. 2. 4ncontropela primeira ve9 com Ba:uram. 6. 3 e7traordinrio San$irtan na casa de Mani Mallic$. 5. A dan+a e7traordinriado Mestre. ;.' Mestre divertia-se com ia) osami. !. 3 amor do Mestre plos devotos. /. A famlia de ManiMallic$ era formada de devotos.

    %. 4ra a esta+>o de Eemanta Foutu:ro-de9em:roH. Satisfeita com o :anho de chuva evestindo a roupa do outono@ a 0ature9a@ Due anteriormente fora escorchada pelo calor dover>o@ come+ou a sentir o primeiro toDue da esta+>o fria e vestiu suas roupas um pouco maisapertadas no tenro e frio corpo. A Eemanta estava Duase terminando. 4stamos descrevendo odecorrer de um dia nessa 8poca. Balaram Basu@ um estimado ami*o nosso e *rande devoto do

    Mestre@ marcou o dia@ como de costume@ na mar*em do almanaDue. Por isso sou:emos Due setratava de uma se*unda-feira@ &; de novem:ro de %//2.&. 4stvamos estudando no St. YavierQs #olle*e@ em #alcut e havamos tido o privil8*io

    de visitar o Mestre somente duas ou trs ve9es. #omo a escola estava fechada naDuele dia nJs@untamente com arada Sundar Pai de #omilla e Eari Prasanna #hattopadh)a)a@ mais tardeconhecido como Sami inanananda@ com:inamos Due tarde iramos visitar o Mestre. uandoestvamos no :arco para ,a$shinesar@ informaram-nos Due havia um passa*eiro Due tam:8mestava indo visitar o Mestre. #onversando com ele@ sou:emos Due seu nome era ai$unthanathSann)al e Due sJ recentemente conhecera o Mestre. uando um passa*eiro@ ouvindo o nomedo Mestre@ referiu-se a ele com palavras de 9om:aria@ a resposta de despre9o deai$unt*anath silenciou o homem. 4ram duas ou duas e meia da tarde Duando che*amos a nossodestino.

    Assim Due entramos no Duarto do Mestre e inclinamo-nos a seus p8s@ ele disse@ ?Ah@vieram hoe Se tivessem che*ado um pouco mais tarde@ n>o nos teriam encontrado. Eoe voua #alcut@ numa carrua*em reservada. E um festival dos Brahmos. "oi :om Due nJstiv8ssemos nos encontrado. Por favor@ sentem-se. ue desapontamento teria sido se tivessemde voltar sem me ver?

    2. Sentamo-nos no ch>o do Duarto e depois@ per*untamos ao Mestre@ ?Podemos ir aofestival Brahmo Due o senhor vai assistirT? ?Por Due n>oT S>o livres de ir@ se Duiserem. C na casade Mani Mallic$ de Sinduriapati.? endo um ovem@ n>o muito es:elto@ louro e usando roupavermelha@ entrando no Duarto@ o Mestre disse@ ?Por favor di*a a eles o nGmero da casa de ManiMallic$.? 3 ovem falou@ humildemente@ ?/%@ #hitpore Road@ Sinduriapati.? endo ocomportamento educado e calmo do ovem@ pensamos Due se tratasse do filho de umfuncionrio Brahmana do templo. Mas Duando@ depois de al*uns meses o vimos sair da sala dee7ames da universidade@ constatamos Due nossa impress>o estava completamente errada.Sou:emos Due seu nome era Ba:uram@ ori*inrio do vilareo de Antpur@ perto de 1ara$esar.4stava morando numa casa alu*ada em #om:uliatola@ #alcut@ e de ve9 em Duando visitava oMestre. Atualmente 8 conhecido como Sami Premananda da 3rdem de Sri Rama$rishna.

    A carrua*em che*ou em pouco tempo. Pedindo a Ba:uram para levar sua toalha@roupas@ peDueno em:rulho com especiarias etc. e inclinando-se profundamente ante a M>e@ oMestre entrou na carrua*em. Ba:uram apanhou as coisas e sentou-se no outro lado dacarrua*em. 0aDuele dia outra pessoa tam:8m foi com o Mestre a #alcut. 1ratava-se dePratapchandra Ea9ra.

    "eli9mente@ assim Due o Mestre saiu@ havia um :arco de passa*eiros. 1omamos o :arcoe descemos em Bara:a9ar em #alcut. Pensando Due o festival teria lu*ar ao pVr-do-sol@esperamos na casa de um ami*o. ai$unthanath@ nosso novo conhecido@ saiu a ne*Jcios@di9endo Due nos encontraria no festival na hora com:inada.

    4ram apro7imadamente Duatro horas Duando che*amos casa de Mani Ba:u. Aoper*untarmos pelo Mestre@ um homem indicou-nos a sala do andar de cima. #he*ando@ vimos umlindo aposento decorado com folhas e flores para o festival@ onde al*uns devotos conversavam. Ao

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    per*untarmos@ sou:emos Due o culto do meio-dia e o =irtan haviam terminado e Due@ novamente tarde haveria ora+es e =irtan. A pedido das devotas@ o Mestre foi condu9ido ao aposentointerior da casa.

    6. Samos ao sa:er Due ainda haveria al*um tempo at8 Due as ora+es come+assem. Maistarde@ ao entardecer@ re*ressamos. Mal alcan+amos a estrada defronte casa@ ouvimos umamGsica suave e os altos sons de Mridan*a saudando nossos ouvidos. endo Due o =irtancome+ara@ apressamo-nos para che*ar ao sal>o@ mas o Due presenciamos@ n>o pVde passar em

    :ranco. Eavia uma multid>o de pessoas@ dentro e fora do sal>o. Muitas pessoas estavam diantede cada porta e no terra+o@ de modo Due era a:solutamente impossvel atravessar a multid>o.1odos espichavam o pesco+o@ olhando para dentro do sal>o com olhos tranDNilos@ cheios dedevo+>o. 0in*u8m estava completamente consciente de Duem estava ou n>o a seu lado. #omoera impossvel entrar no sal>o pelo terra+o@ demos a volta@ atravessamos o terra+o e che*amosperto da porta norte do sal>o. #omo as pessoas eram mais ou menos ma*ras@ metemos a ca:e+ano aposento e vimos -

    5. Uma cena maravilhosa 4levadas ondas de felicidade divina moviam-se numa fortecorrente. 1odos estavam completamente perdidos no =irtan@ riam@ choravam e dan+avam.Incapa9es de se controlar@ muitos@ de ve9 em Duando@ caiam violentamente no ch>o.Arrastados pela emo+>o@ comportavam-se como um *rupo de lunticos. 3 Mestre dan+ava nocentro daDuela reuni>o de pessoas into7icadas por ,eus@ ora andando a passos rpidos para

    frente@ ora para trs@ da mesma maneira@ na cadncia da mGsica. ualDuer Due fosse adire+>o Due ia para frente@ as pessoas ali@ como Due encantadas@ arranavam lu*ar para seusmovimentos livres. Uma maravilhosa ternura@ do+ura e for+a leonina eram visveis em cadamem:ro do Mestre. ue dan+a so:er:a 0ela n>o havia DualDuer artificialidade ou afeta+>o@nenhuma arro*Oncia@ nenhum *esto for+ado e acro:acia nem falta de controle. Por outro ladovia-se uma sucess>o de poses naturais e movimentos dos mem:ros como um atotrans:ordante de *ra+a@ felicidade e do+ura movendo-se do interior@ como se pode ver nomovimento de um *rande pei7e h muito confinado numa po+a de lama@ Duando su:itamente 8li:ertado num vasto len+ol de *ua - nadando em todas as dire+es@ ora lentamente@ orarapidamente e e7pressando ale*ria de diversas maneiras. Parecia Due a dan+a era a e7press>odinOmica do corpo na onda de "elicidade@ a realidade de Brahman@ Due o Mestre estavae7perimentando no seu interior. Assim dan+ando@ s ve9es perdia a conscincia normal@Duando ent>o a roupa escorre*ava e os outros se apressavam em prender firmemente nacintura. 1am:8m@ s ve9es ao ver al*u8m perdendo a conscincia normal devido infus>o deemo+es espirituais@ o Mestre tocava o peito e tra9ia-o de volta conscincia. 4manava deleuma :rilhante corrente de "elicidade divina@ Due parecia se espalhar por todos os lados@permitindo aos devotos ver ,eus face a face. Isso fa9ia com Due aDueles de disposi+>o t:iaintensificassem o fervor@ mentes pre*ui+osas irem para frente com entusiasmo no campo daespiritualidade e os e7tremamente ape*ados ao mundo li:ertarem-se daDuele ape*o duranteesse tempo. A onda de emo+>o divina inundava todos e as mentes dos iluminados@ devido pure9a@ su:iam a um desconhecido nvel espiritual elevado. 0>o precisamos di9er Dueia)$rishna osami@ o Achar)a do eneral Brahmo Sama@ e outros devotos de ve9 emDuando entravam em transe. Al8m disso #hiraniv Sarma@ Due tinha uma vo9 suave@ enDuantocantava com acompanhamento de um instrumento musical de uma corda a can+>o@ ?,ancemem roda@ X "ilhos da enturosa M>e?@ ficava a:sorvido na id8ia e perdia-se no Ser. ,estamaneira um perodo de mais de duas horas foram assim despendidas no desfrutar a felicidadedo =irtan@ no final do Dual se cantou a can+>o a se*uirK

    0itai Due apresentou o nome de Eari t>o doce - 0itai ouaur@ ou Advaita de Santipur o trou7eTBe:a o vinho do nome de Eari@ a essncia de todos osSeres@ X mente minha 4 fiDue em:ria*ada.Rola uma ve9 no ch>o e chora repetidamente pronunciandoEari e di9endo@ ?Por favor consi*a um refG*io para mim.?4nche :em alto o c8u com o nome de Eari. evanta am:os os :ra+os@ dan+a pronunciando QEariQ. 4distri:ui *rtis nome de Eari de porta em porta. Permite ser suavemente arrastado todos os dias pelafelicidade do amor de Eari.#anta o nome de Eari@ eleva-1e ao pice de Sua vida e into7icado

    #om a felicidade do amor de ,eus@ destrJi todos os deseos mesDuinhos.

    radualmente as ondas de emo+>o produ9idas por aDuele e7traordinrio =irtandiminuram. 1odos os instrutores das comunidades reli*iosas foram saudados.

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    uando todos se sentaram no final do =irtan@ o Mestre pediu ao Achar)a 0a*endra0ath #hattopadh)a)a para cantar@ ?Be:a o vinho do nome de Eari@ a essncia de todos osseres@ X mente minha@ e fica em:ria*ada? com o Due ele imediatamente concordou. #heio dedevo+>o@ cantou repetindo duas ou trs ve9es@ ale*rando novamente os cora+es de todos.

    ,epois o Mestre deu diversas instru+es a todos os presentes@ e7pondo o tema de Due o(iva certamente alcan+ar a Pa9 Suprema@ se puder retirar a mente da vis>o@ do paladar e doso:etos mundanos e oferec-los ao Senhor. As devotas@ sentadas atrs do :iom:o@ tam:8m

    fi9eram vrias per*untas so:re assuntos espirituais e desfrutaram suas respostas iluminadoras.4nDuanto respondia s per*untas@ o Mestre de ve9 em Duando cantava al*uns hinos em louvor M>e ,ivina compostos por Ramprasad@ =amala$anta e outros Sadha$as@ para imprimir oassunto na mente dos presentes. ,as Due cantou@ lem:ramo-nos de cincoK

    Z A a:elha ne*ra da minha mente est completamente ocupada em su*ar o mel do lJtus a9ul dos p8s deSh)ama.Z A pipa de minha mente voava alto no c8u dos p8s de Sh)ama.Z 1udo isso 8 o o*o da mulher louca. FA M>e do UniversoH.Z ual 8 o erro da po:re mente por Due voc falsamente a ul*a culpadaTZ amento@ X M>e@ somente porDue o rou:o foi cometido em minha casa enDuanto eu estava totalmentedesperto e 1u@ M>e@ estavas tomando conta de mim.

    ;. 4nDuanto o Mestre cantava o nome da M>e@ ia) foi para outro aposento com al*unsdevotos. eu e e7plicou-lhes o Rama)ana de 1ulsidas. endo Due a hora do culto vespertino seapro7imava@ voltou ao sal>o para se inclinar diante do Mestre antes de come+ar a ora+>o. o*oDue viu ia)@ o Mestre disse 9om:eteiramente@ ?ia) hoe em dia sente muita ale*ria noSan$irtan@ mas fico tomado de medo Duando ele dan+a@ porDue o terra+o pode desa:ar F1odosriramH. Sim@ isto aconteceu aDui na cidade. As pessoas constrJem um se*undo andar emsuas casas somente com madeira e ar*ila. Um osami foi casa de um de seus discpulos ecome+ou a cantar o =irtan no primeiro andar. Assim Due a atmosfera foi criada e o =irtantornou-se muito a*radvel@ teve incio a dan+a. 3ra@ o osami era um pouco *ordo@ comovoc Folhando para ia)H. ApJs ter dan+ado por al*um tempo@ o terra+o desa:ou e o osamidesceu direto para o andar t8rreo C por isso Due tenho medo Due sua dan+a possa ter omesmo efeito.? F1odos riramH. endo Due ia) vestia a roupa ocre@ o Mestre acrescentou@ ?4le

    hoe em dia tam:8m se tornou um *rande amante da cor ocre. As pessoas tin*em de ocresomente as roupas de :ai7o e as de cima@ mas ia) tin*iu a roupa@ a*asalho@ camisa@ incluindoat8 mesmo um par de sapatos de lona. Isto 8 :om. Um estado so:revem Duando uma pessoasJ *osta de vestir roupa ocre. 3cre 8@ certamente@ a marca da renGncia portanto@ lem:ra aoaspirante Due ele fe9 o voto de tudo renunciar para reali9ar ,eus.? ia) inclinou-seprofundamente ante o Mestre Due o a:en+oou di9endo@ ?Pa9@ Due a pa9 perfeita estea comvoc.?

    !. 4nDuanto o Mestre cantava o nome da M>e@ um outro evento ocorreu@ mostrandoclaramente como seu poder de o:servar as coisas e7teriores era a*udo@ mesmo Duepermanecesse o tempo todo em estado introspectivo. 4nDuanto cantava@ olhou o rosto deBa:uram e viu Due ele estava com muita fome e sede. #omo sa:ia Due ele n>o tomaria nadaantes Due ele prJprio comesse@ o Mestre mandou :uscar al*uns doces e um copo de *ua@

    di9endo Due Dueria tom-los. #omeu al*uns doces@ deu a maior parte a Ba:uram e o resto aosdevotos Due comeram@ como Prasad.Al*um tempo depois@ ia) inclinou-se ante o Mestre e desceu para o culto da tarde. 3

    Mestre foi antar no interior da casa. ( passavam das nove. 0o meio tempo descemos paranos untar adora+>o de ia). imos Due os devotos Brahmos haviam se reunido no ptiopara ora+>o e o Achar)a ia) estava sentado no altar na varanda. A con*re*a+>o inteira@se*uindo o Achar)a@ cantava em coro a passa*em v8dica@ ?Brahman 8 a erdade@ o#onhecimento Infinito?@ em lem:ran+a *lJria de Brahman@ no incio do culto. A ora+>o teveincio e continuou por al*um tempo@ Duando o Mestre che*ou e sentando-se com os outros@

    untou-se ora+>o. Permaneceu Duieto por de9 ou Duin9e minutos e ent>o@ inclinou-seprofundamente no ch>o. endo Due passava das de9 pediu Due providenciassem umacarrua*em@ porDue deseava voltar a ,a$shinesar. estiu a camisa@ meias e *orro co:rindo osouvidos para se prote*er do frio@ saiu do sal>o com uma passada lenta@ acompanhado deBa:uram e outros e entrou na carrua*em. 0aDuele momento@ o Achar)a ia) do altar diri*ia-se aos Brahmos dando-lhes a instru+>o usual. ,ei7amos o recinto e partimos. .

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    /. 0essa ocasi>o sou:emos como o Mestre desfrutava de felicidade na companhia dosdevotos Brahmos. 0>o sa:emos se Mani Ba:u era um Brahmo iniciado@ mas sa:emos Due todos osmem:ros de sua famlia eram se*uidores da reli*i>o Brahmo e diariamente oravam@ se*undo asprescri+es do Sama. Eavia uma senhora de sua famlia Due n>o podia concentrar a menteenDuanto re9ava e o Mestre@ ao sa:er@ pediu-lhe@ ?Por favor di*a-me de Duem a senhora selem:ra naDuela hora.? Sa:edor Due ela criava o filho de seu irm>o e Due sempre se recordavadele durante a ora+>o@ o Mestre aconselhou-a a servir a crian+a como o Menino =rishna.

    Praticando esta instru+>o@ a senhora em pouco tempo alcan+ou Bhavasamadhi. 4m outraocasi>o vimos o Mestre desfrutando a felicidade divina na companhia de al*uns devotosBrahmos.

    C"P),' I * E?@' 3

    ' #E)!E N" C"" DE ;"B"('P", EN

    ASSU013SK %. A casa de (a)a*opal Sen. &. M8todo de ensino do Mestre. 2. 3utra caracterstica desse m8todo. 6.Seu desa*rado com palavras Due n>o condi9em com atos praticados. 5. 3 Mestre ensinava como reali9ar ,eus navida mundana. ;. A felicidade do San$irtan.

    0>o fomos somente nJs Due ficamos enlevados e a:en+oados@ ao vermos o 7tase e ase7perincias de felicidade do Mestre na casa de Manimohan de Sinduriapati. 0osso ami*o aradaSundar um dos presentes@ tam:8m sentiu o mesmo e per*untou como e Duando o Mestreparticiparia de um evento semelhante@ proporcionando felicidade aos devotos. 0>o demoroumuito tempo e seus esfor+os foram :em sucedidos@ porDue na Duarta-feira de manh>@ dia &/ denovem:ro@ assim Due o encontramos@ ele nos revelou@ ?Sri Rama$rishna ir a =amal =urti ver=esav Ba:u e tam:8m ao entardecer@ ir casa de (a)a*opal Sen no :airro Matha*hasa. >ov-lo lT? Sa:amos Due =esav estava muito doente e por isso pensamos Due a presen+a em=amal =utir de pessoas estranhas como nJs@ possivelmente incomodaria a famlia. ,ecidimos@ent>o@ ir ao entardecer casa de (a)a*opal ver o Mestre.

    %. #onsidervamos Matha*hasa uma parte de Bara:a9ar e por isso fomos em primeiro

    lu*ar. Per*untando s pessoas e apressando o passo@ che*amos por fim casa de (a)a*opal@Duando o sol havia se posto. 0aDuele dia@ como em outras ocasies na casa de Manimohan@caiu uma chuva forte ao entardecer@ o Due nos o:ri*ou a atravessar o caminho cheio de lama afim de che*ar a nosso destino. A casa de (a)a*opal Ba:u@ como a de Manimohan@ foraconstruda em dire+>o oeste e entramos pelo lado leste. Ao atravessarmos o port>o vimos umapessoa e per*untamo-lhe se o Mestre havia che*ado. Rece:eu-nos cordialmente e pediu-nos Duenos diri*ssemos at8 o primeiro andar e fVssemos ao amplo sal>o. Ao entrar no sal>o vimos Dueera limpo e :em mo:iliado no ch>o havia um lar*o colch>o co:erto por um len+ol de al*od>o:ranco servindo de assento para todos. 3 Mestre estava sentado cercado por al*uns devotosBrahmos. imos Due os dois Achar)as da 0ova Revela+>o@ #hiraniv Sarma e Amrital Basuestavam entre eles. Al8m de (a)a*opal@ dono da casa@ seu irm>o@ dois ou trs ami*os Duemoravam nas redonde9as e um ou dois devotos do Mestre Due vieram com ele@ estavam

    presentes. 1am:8m vimos um ovem devoto chamado opal (Gnior Due o Mestre costumavachamar Eut$o Fliteralmente@ ?aDuele Due sur*e repentinamente e desaparece da mesmamaneira?H. endo mais ou menos do9e homens com o Mestre naDuela ocasi>o@ sentimos Due areuni>o daDuele dia n>o era para o pG:lico e Due n>o deveramos ter ido. ,ecidimos@ portanto@ irem:ora um pouco antes das pessoas serem convidadas a comer.

    Assim Due entramos na casa@ inclinamo-nos profundamente ante o Mestre. ?#omo vieramaDuiT? per*untou . Respondemos@ ?Sou:emos Due o senhor estaria aDui hoe e ent>o@ decidimosvir v-lo.? Parece Due ficou satisfeito com aDuela resposta e pediu-nos para sentar. Sentamo-nose@ livres de constran*imento@ come+amos a o:servar as pessoas e ouvir as palavrasiluminadoras do Mestre.

    &. 4m:ora tiv8ssemos tido a :oa sorte de conhec-lo pela primeira ve9 apenasrecentemente@ sentimos desde o nosso primeiro encontro uma atra+>o e7traordinria por suaspalavras am:rosacas. 0aturalmente@ n>o podamos compreender a ra9>o. u>o mpar era seum8todo de ensino 0>o e7i:ia DualDuer erudi+>o@ DualDuer pedantismo no arrano de frases:onitas. 0em havia DualDuer artificialidade estudada em suas palavras - nenhuma tentativa deostentar id8ias vestindo-as com palavras pomposas ou ocultar pensamentos profundos com

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    economia de palavras como feito plos escritores indianos de aforismos filosJficos FSutrasH. 0>opodemos di9er se o Mestre@ a personifica+>o das id8ias Due e7pressava@ prestava aten+>o spalavras Due empre*ava. uem por8m@ ouviu-o falar pelo menos uma ve9@ deve ter notadocomo colocava diante das pessoas Duadro apJs Duadro tirados do cotidiano@ das coisas eacontecimentos com as Duais a audincia estava familiar@ a fim de imprimir em suas mentesaDuelas id8ias. 3s ouvintes tam:8m ficavam sem dGvidas e perfeitamente satisfeitos com averdade de suas palavras@ como se eles a vissem diante de seus olhos. Pensando como esses

    Duadros vinham imediatamente sua mente@ sentimos Due era devido sua e7traordinriamemJria@ ao seu a*udo poder de o:serva+>o e sua presen+a de esprito mpar. Mas o Mestresempre di9ia Due a *ra+a da M>e era a Gnica causa. #ostumava di9er@ ?A M>e senta-se nocora+>o daDuele Due depende inteiramente dela e o fa9 falar o Due ele tem a falar@ mostrando-lhe isso por sinais incontestveis. A M>e mant8m sempre a mente dele plena de conhecimentoDue 4la continuamente retira de Seu estoDue interminvel de sa:edoria@ sempre Due pareceinsuficiente. C por isso Due ele amais termina@ por mais Due use.? Um dia@ e7plicando estefato@ disseK

    ?E um depJsito do *overno ao norte do templo de =ali em ,a$shinesar@ onde al*unssi$his Due tomavam conta do local moravam. 1odos eram devotos do Mestre e por diversasve9es levaram-no ao aloamento para Due ele esclarecesse vrias dGvidas so:re assuntosreli*iosos. 3 Mestre di9ia@ ?Um dia per*untaram@ QPara reali9ar ,eus@ como deve um homem

    viver no mundoTQ 3 Due imediatamente vi diante dos olhos@ foi a fi*ura de uma mDuina dedescascar. 3 arro9 estava sendo descascado e uma pessoa@ com muito cuidado@ empurrava-opara o :uraco onde o pedal de descascar estava caindo. o*o Due vi@ sou:e Due a M>e estavae7plicando Due uma pessoa deve viver no mundo com aDuele cuidado. Assim como uma pessoaDue se senta perto do pedal empurra o arro9 para cima@ est sempre atenta para Due o pedal n>ocaia em sua m>o@ assim tam:8m@ um homem empenhado em atividades mundanas deve tomarcuidado para n>o ficar enredado por elas@ tomando conscincia de Due os ne*Jcios mundanos n>os>o seus. C somente ent>o Due pode escapar da escravid>o sem se ferir@ nem ser destrudo. o*oDue vi a fi*ura da mDuina de descascar@ a M>e imprimiu essa id8ia em minha mente e foi isso oDue disse a eles. 1am:8m ficaram muito satisfeitos. em:ro-me desses Duadros Duando falo spessoas.?

    2. 3utra peculiaridade o:servada no m8todo de ensino do Mestre foi a de Due ele amaisconfundia a mente do ouvinte com palavras desnecessrias. Analisava o assunto e o o:etivo daper*unta e respondia com al*umas frases adeDuadas. #onclua e ilustrava com palavras vvidasda maneira acima descrita. #hamamos a isso - afirma+>o da conclus>o - como caracterstica deseu m8todo de ensino@ porDue ele costumava dar como resposta somente o Due consideravaverdadeiro do fundo do seu cora+>o. 0>o utili9ava muitas palavras para resolver o pro:lema.#ontudo aDuela impress>o ficava firmemente criada na mente do ouvinte@ devido sua profundaconvic+>o e for+a Due costumava imprimir nas e7presses. Se@ devido educa+>o eimpresses passadas@ um ouvinte apresentasse ra9es e ar*umentos contrrios@ aos Duaische*ara pela Sadha$a empreendida e@ portanto@ n>o aceitava suas concluses@ encerrava oassunto@ di9endo@ ?,isse o Due veio minha mente tome muito ou pouco@ como Duiser Fou@tradu9ido literalmente@ aceite o Due disse menos Qa ca:e+a e a caudaQ.H? Assim amais preudicouou destruiu a atitude espiritual do ouvinte@ interferindo em sua li:erdade. Ser Due ele pensavaDue o ouvinte n>o poderia aceitar a solu+>o verdadeira do assunto em discuss>o@ enDuanto n>otivesse alcan+ado pela vontade de ,eus@ um estado mental mais elevado de ,eusT C o Dueparece.

    1am:8m n>o parava ai@ mas refor+ava a conversa entremeando-a com can+es compostaspor Sadha$as conhecidos e s ve9es@ citando e7emplos das escrituras@ o Due costumava removeras dGvidas do inDuiridor Due@ firmemente convencido da solu+>o@ lo*o se empenharia em moldarsua vida de acordo.

    6. C necessrio acrescentar mais uma palavra. 3 Mestre di9ia-nos repetidamente Due oaspirante atin*e o conhecimento n>o-dual ao reali9ar no final da via*em@ sua identidade com oo:eto de sua adora+>o@ sea se trilhar o caminho da devo+>o sea o do #onhecimento. #omoprova di9ia@ ?Pura devo+>o e puro #onhecimento s>o a mesma coisa?@ ou ?0o estado supremotodos os chacais uivam da mesma maneira Ftodos os homens de conhecimento falam damesma reali9a+>oH?. Assim@ em:ora fosse de opini>o de Due o conhecimento Advaita era a

    erdade Suprema@ sempre ensinava ao pG:lico em *eral@ Due ansiava plos o:etos do mundo@ averdade do monismo Dualificado e Duase sempre@ o amor a ,eus se*undo o dualismo.#ostumava ficar :astante a:orrecido com pessoas Due@ n>o tendo uma e7perincia espiritual

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    elevada@ nem mesmo amor a ,eus@ discutiam em favor do n>o-dualismo ou do n>o-dualismoDualificado. Muitas ve9es n>o hesitou em conden-las com palavras duras. Um dia@ o Mestreper*untou ao nosso ami*o ai$unthanath Sann)al se ele havia lido o Panchadasi e outros livrossemelhantes. Rece:endo uma resposta ne*ativa@ o Mestre disse@ aliviado@ ?C :om Due n>o tenha.Al*uns rapa9es lem estes livros e@ dando-se ares@ vm aDui n>o praticam nada@ simplesmentevm para discutir. C um tormento para mim.?

    Um dia@ na casa de (a)a*opal@ uma pessoa per*untou ao Mestre@ ?#omo podemos viver

    no mundo e rece:er a *ra+a do ,eusT? 3 Mestre ensinou-lhe a doutrina do monismo Dualificado@enfati9ando o assunto com al*umas can+es a respeito da M>e Universal.5. 4nDuanto o homem considerar o mundo como ?meu? e a*ir de acordo@ permanece

    enredado nele@ em:ora sai:a Due ele 8 transitJrio. 4ncontra sofrimento e n>o pode achar umamaneira de sair mesmo Due Dueira fu*ir. Assim falando@ o Mestre cantou@ ?1>o *rande 8 a Ma)a deMahama)a@ Due vem mantendo o mundo so: uma *rande ilus>o at8 Brahma e ishnu est>o so:esta ilus>o@ para n>o falar do (iva Due desconhece este fato? e assim por diante. Uma pessoa@portanto@ deve mentalmente associar este mundo transitJrio com ,eus e e7ecutar as a+es Duelhe s>o devidas. ,eve-se se*urar firme Seus p8s de otus com uma m>o e continuar tra:alhandocom a outra@ sempre recordando Due as pessoas e coisas do mundo s>o de ,eus e n>o suas. Sea*ir assim@ n>o sofrer ape*o mundano. Sur*ir a id8ia de Due o Due fi9er 8 de ,eus e a menteir em dire+>o a 4le. A fim de imprimir esta verdade firmemente na mente do inDuiridor@ o

    Mestre cantou@ ?X mente minha@ tu n>o sa:es como arar Fo ch>o da vidaH? e assim por diante.1erminada a can+>o@ continuou@ ?Se uma pessoa viver no mundo :uscando ,eus desta maneira@*radualmente sentir Due todas as pessoas e coisas do mundo s>o partes de ,eus. 3 aspiranteservir os pais considerando-os como Pais do Universo FBrahman e Seu PoderH@ v amanifesta+>o do Menino opala e a M>e do Universo em seus filhos e filhas e sa:endo Due todoss>o partes de 0ara)ana@ comporta-se em rela+>o a eles com respeito e devo+>o. Uma pessoa Duevive no mundo com esta atitude espiritual 8 um chefe de famlia ideal e o medo da morte 8erradicado da mente. 4ssas pessoas s>o certamente raras@ mas n>o s>o ine7istentes. ,epois@assinalando os meios para alcan+ar aDuele ideal@ o Mestre disse@ ?Uma pessoa deve recorrer aopoder do Qintelecto discriminativoQ e tudo fa9er lu9 dele@ retirar-se de ve9 em Duando davi9inhan+a pertur:adora do mundo@ para a Duietude da solid>o e empenhar-se nas prticasespirituais para a reali9a+>o de ,eus.? 4 somente dessa maneira Due pode pVr em prtica oreferido ideal de sua vida.%F%4stamos em dvida com ?M.?@ o estimado autor do 4van*elho de Sri Rama$rishna por parteda conversa deste dia.HMostrando o meio@ o Mestre cantou a famosa can+>o de Ramprasad@ ?X mente@vamos dar uma volta o:ter@ se simplesmente colher@ os Duatro frutos& F&A sa:er@ ,harma@ Artha@=ama e Mo$sha@ i. 8@ m8rito moral@ econVmico e est8tico@ :em como li:era+>o.Hso: a rvore Due satisfa9 todos osdeseos@ =ali.? 1am:8m@ Duando empre*ava a e7press>o ?intelecto discriminativo?@ e7plicava oDue si*nificava. ,i9ia Due com a auda desse intelecto@ o aspirante conhece ,eus como aSu:stOncia 4terna@ su:ordinando as aparncias fu*a9es@ Due est>o por :ai7o das vises@ *ostos@etc.@ Due constituem o mundo@ e renuncia a ele. Ao conhecer ,eus@ contudo@ este mesmointelecto ensina-lhe Due o Uno@ Due 8 o A:soluto@ em Seu o*o como mGltiplo@ assumiu miradesde formas como coisas e pessoas individuais do universo e o aspirante por fim 8 a:en+oado coma reali9a+>o de Due ,eus 8 tanto o A:soluto como o relativo FinanaH.

    ;. 3 Achar)a #hiraniv come+ou a cantar@ com a auda de um instrumento de uma corda@?1orna-me ine:riado@ X M>e? e todos cantaram em coro@ se*uindo-o. uando o =irtan assimcome+ou@ o Mestre estava em 7tase e levantou-se. 1odos os outros ficaram a sua volta ecome+aram a dan+ar e a cantar. 1erminando@ #hiraniv cantou outraK

    Ah@ a lua cheia de Amor divino sur*iu no firmamento da #onscincia. Salve o Uno misericordioso#ontemple o mar do Amor divino e7pandido X@ Due felicidade Ah@ os devotos como estrelas@ :rilham emtorno de Eari@ o Uno :rincalh>o e ami*o dos devotosA:rindo a porta do c8u@ a :risa primaveril da 0ova Revela+>o sopra e levanta ondas de felicidade.3 doce perfume de n8ctar do Amor divino espalha-se rapidamente em volta e torna os Wo*is ine:riadoscom a felicidade da sa*rada contempla+>o.0o mar sem praia do mundo dan+a o lJtus da Revela+>o@ onde a venturosa M>e senta-se com muita *ra+a.As a:elhas@ os devotos@ tomados de emo+es espirituais@ :e:em o n8ctar daDuele lJtus.eam A est a M>e com o sem:lante *racioso Due encanta o mundo@ t>o pra9erosa s mentes dosdevotos 4 su:mer*idos .em amor@ os homens santos em *rupos dan+am e cantam . X@ Due :ele9a A vida

    tornou-se fria e refrescada ao ver tudo isso. Se*urando os p8s de todos@ Premadas e7orta todos asaudar a M>e.

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    ,an+ando durante muito tempo com acompanhamento da can+>o@ fecharam o =irtandaDuele dia inclinando-se profundamente ante ,eus e Seus devotos. 1odos tomaram a poeirados p8s do Mestre e sentaram-se. 1am:8m nesta ocasi>o 3 Mestre dan+ou com muita *ra+a@mas n>o vimos aDui aDuele tipo de 7tase profundo de lon*a dura+>o Due presenciamos na casade Manimohan. 1erminado o =irtan@ o Mestre sentou-se e disse a #hiraniv@ ?Ao ouvir sua can+>opela primeira ve9@ vi uma *rande e :rilhante lua cheia levantando-se@ e eu entrava em 7tasesempre Due era cantada.?

    (a)a*opal e #hiraniv conversavam so:re a doen+a de =esav. 3 Mestre disse Due Ra$haln>o estava :em. 0>o sa:emos se (a)a*opal era ou n>o um Brahmo iniciado@ mas n>o h dGvidaDue tinha um *rande respeito e reverncia por =esavchandra@ o lder Brahmo e amor plosmem:ros do crculo Brahmo. =esav s ve9es ia chcara de (a)a*opal em Bel*haria perto de#alcut com todo o seu *rupo e passava o tempo em prticas espirituais. "oi numa dessasocasies Due encontrou o Mestre pela primeira ve9@ o Due levou ao aprofundamento de suaespiritualidade@ culminando com o desa:rochar da flor da 0ova Revela+>o. ,esde aDuele dia(a)a*opal passou a ter *rande respeito pelo Mestre. Sentia-se muito feli9 em falar so:rereli*i>o@ Duando ia visit-lo em ,a$shinesar ou o convidava a ir sua casa. ,isseram-nos Due(a)a*opal pa*ava *rande parte do alu*uel da carrua*em para #alcut. 1odos os mem:ros de suafamlia respeitavam muito o Mestre.

    A*ora Due a noite estava avan+ada@ despedimo-nos do Mestre e voltamos para a casa.

    C"P),' II

    ' INICI' D" C%E("D" D' DE+')' P!E+I"#EN)E #')!"D' E#+IE

    ASSU013SK %. 3 Mestre tam:8m aprendeu al*o com o Brahmo Sama. &. 4le veio a conhecer a influncia dasid8ias ocidentais. 2. A fei+>o comparativa dos modernos. 6. 3 Mestre impertur:vel com este fato. 5. 3 Mestreharmoni9a-se com a aceita+>o parcial de seus ensinamentos plos Brahmos. ;. As pessoas de #alcut foramatradas para o Mestre atrav8s dos Brahmos. !. Uma vis>o maravilhosa do MestreK a che*ada de Ra$hal. /. Anature9a infantil de Ra$hal.

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    estudar a nova situa+>o ao o:serv-lo durante os dias de seu contato com ele. Ao conhecer osBrahmos@ contudo@ viu Due em:ora estivessem se esfor+ando para reali9ar ,eus@ haviam sedesviado do anti*o ideal de renGncia. Por isso empenhou-se em encontrar a causa. "oi assimDue se familiari9ou pela primeira ve9@ com as id8ias Due estavam entrando na vida dosindianos@ com a educa+>o ocidental.

    2. 3 Mestre a princpio pensou Due@ Duando =esav e outros Brahmos entrassem emcontato com as e7perincias espirituais reali9adas diretamente por ele@ lo*o as aceitariam sem

    reservas. Mas medida Due os dias se passavam viu Due@ em:ora tivessem entrado em contatocom ele@ n>o podiam a:andonar a influncia da educa+>o ocidental e acreditar nelas. Assimveio a compreender Due as id8ias ocidentais haviam se enrai9ado profundamente na nature9ados ovens indianos@ Due os pensadores e eruditos do 3cidente haviam vindo para ocupar olu*ar dos urus@ Due continuariam ainda por muito tempo e Due@ sem comparar as e7perinciasespirituais diretas dos anti*os videntes da Lndia com as id8ias desses eruditos@ os discpulosindianos desses Gltimos amais as aceitariam como verdadeiras e :en8ficas. 4sta foi a ra9>oporDue o Mestre imediatamente@ depois de dar-lhes instru+>o@ costumava di9er@ ?,isse tudo oDue veio minha ca:e+a escolham o melhor para vocs@? ou no seu lin*uaar@ eliminando ?aca:e+a e a cauda?. Aceitaram todas as id8ias e e7perincias do Mestre porDue ele lhes derali:erdade para escolher.

    6. Mas o Mestre@ 4ncarna+>o das id8ias e ideais dos videntes deste pas@ n>o ficava

    pertur:ado com a atitude deles@ porDue sentia@ no fundo de seu cora+>o@ Due a vontade da M>eUniversal era a Gnica causa de todos os acontecimentos Due ocorrem no mundo e Due nadapoderia amais desviar aDuele Due possusse Seu comando e estava ha:ituado a ser *uiado por4la so: DuaisDuer circunstOncias. Ma)a@ o divino Poder@ capa9 de tornar possvel o impossvel@revelou-lhe Sua nature9a real@ dotou-o para sempre de Pa9 imutvel. 3 Mestre@ portanto@compreendeu Due foi somente pela vontade da M>e ,ivina Due as id8ias e ideais ocidentaishaviam penetrado na Lndia e Due somente por Sua vontade haviam os Brahmos e outrascomunidades educadas se tornado simples :rinDuedos nas m>os daDuelas id8ias. Assim@ comopoderia ficar a:orrecido com a fraDue9a deles ou ne*ar-lhes seu amor e afei+>o infinitaTPortanto permaneceu tranDNilo e pensou@ ?,ei7e-os aceitar o m7imo do conhecimento dosvidentes Due lhes 8 possvel a M>e do Universo trar no futuro as pessoas Due aceitar>ototalmente aDuele conhecimento.?

    5. 4m:ora dissesse Due os Brahmos n>o poderiam aceitar tudo o Due ele di9ia@ n>oficava satisfeito em dar-lhes somente um Duadro parcial de suas e7perincias espirituais.Sempre lhes falava de todas as verdades ocultas do mundo espiritual comoK ?A vis>oa:en+oada de ,eus amais ocorrer a n>o ser Due a pessoa renuncie tudo por 4le?@ ?1odos oscredos s>o caminhos verdadeiros na reali9a+>o de ,eus?@ ?0o fim de cada caminho@ o adoradoridentifica-se com o adorado?@ ?"a9er com Due as palavras esteam de acordo com os seuspensamentos 8 a Sadhana mais importante?@ ?3 caminho Due condu9 a 4le consiste emdiscriminar entre o Real e o irreal@ li:ertar-se de todos os deseos e cumprir os deveresmundanos com f8 e confian+a em ,eus.? 47plicou a =esav e a outros Due amais seria possvelser completamente desape*ado do corpo e e7perimentar as mais elevadas verdades do mundoespiritual a n>o ser Due se praticasse continncia com o corpo@ mente e fala. #omo resultado@esfor+aram-se para o:servar seus ensinamentos. uando@ contudo@ viu Due eram incapa9es deapreender totalmente suas palavras@ mesmo depois de repetidas e7plica+es che*ou conclus>o de Due@ uma ve9 Due as impresses do passado tornam-se enrai9adas@ 8 impossvelfa9er com Due uma pessoa fiDue im:uda de id8ias novas - tal esfor+o 8 t>o inGtil como ensinar aum papa*aio a repetir ?Radha$rishna? Duando atin*iu a idade adulta. #ompreendeu DueaDuelas pessoas em Duem o deseo de desfrutar o mundo estava profundamente enrai9ado@devido influncia do materialismo ocidental ou DualDuer outra causa@ amais poderia aceitaras id8ias eternas de renGncia pre*adas neste pas@ Duanto menos pV-las em prtica. "oi porisso Due se desfe9 numa prece sincera@ ?1ra9 aDui@ M>e@ 1eus devotos Due a tudo renunciaram@com Duem vou ter a ale*ria de falar de 1i sem reserva.? #omo resultado dessa o:serva+>o@ficou convencido de Due somente as mentes de rapa9es@ isentas de impresses fortes@poderiam apreender e aceitar suas id8ias e ideais sem constatar e@ dedicarem-se suareali9a+>o.

    ;. 0>o levou muito tempo contudo@ para Due o pG:lico em *eral de #alcut o:servasse

    Due os lderes Brahmos estavam aceitando as novas id8ias espirituais e as modifica+es Dueacarretaram neles. 1am:8m Duando =esav e outras pessoas come+aram a pu:licar nos ornaisBrahmos arti*os so:re a nature9a e7traordinria de seus pontos de vista espirituais e suas

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    palavras am:rosacas@ as pessoas de #alcut foram atradas para ele e come+aram a correr para,a$shinesar a fim de terem o privil8*io de conhec-lo. "oi desta maneira Due os QdevotosmarcadosQ do Mestre come+aram *radualmente a che*ar ao templo de =ali. 3s dois devotoschefes de famlia do Mestre@ Ramchandra ,atta e Manomohan Mitra@ disseram-nos@ tomaramconhecimento dele num ornal diri*ido por =esav e vieram a ele mais ou menos no fim de %/!o ocorreu em suas vidas porterem tido a :oa sorte de conhecer em contato com ele. 4m:ora incapa9es de aceitarcompletamente o ideal de renGncia total da lu7Gria e ouro dele@ para a reali9a+>o de ,eus@avan+aram muito no caminho da renGncia so: a influncia da devo+>o e f8 nele. A intensidadeda devo+>o e f8 de um devoto chefe de famlia pode@ em *rande parte@ ser determinada Duandoo vemos *astar muito dinheiro para uma :oa causa. #olocando o Mestre como seu uru edepois@ como seu Ideal 4scolhido@ Ramchandra@ freDNentemente convidava-o e seus devotospara irem sua casa@ no :airro de Simla em #alcut e *astava dinheiro t>o *enerosamentedurante os festivais naDuelas ocasies@ Due facilmente se poderia avaliar a profundidade de suaf8 e devo+>o. ,e ve9 em Duando o Mestre di9ia a seu respeito@ ?A*ora vocs vem Ram t>omaravilhosamente *eneroso@ mas 8 necessrio lem:rar de sua avare9a Duando veio aDui pelaprimeira ve9. Pedi-lhe Due trou7esse um pouco de cardamono e um dia ele me trou7e uma

    por+>o e colocou-o diante de mim@ inclinando-se profundamente. Reparem deste acontecimentoa *rande mudan+a Due ocorreu em sua nature9a.?!. 0>o podemos e7primir Du>o a:en+oados Ram e Manomohan sentiram-se Duando a

    *ra+a do Mestre caiu so:re eles ao serem aceitos e ao tomarem refG*io a seus p8s@ ficandolivres para sempre de todo o medo. 4stava al8m do seu mais intenso sonho Due esse refG*iopudesse ser encontrado no mundo So: tais circunstOncias n>o 8 de se admirar Due a*oraestavam levando parentes e ami*os Duele lu*ar de auda espiritual. Suas prJprias famlias eoutros conhecidos come+aram a visitar o Mestre mais ou menos um ano depois deles o teremconhecido. "oi assim Due todos os devotos Due a tudo renunciaram@ os eternos companheirosdo Mestre em sua ila@ come+aram a che*ar@ um a um@ depois do Gltimo Duarto do ano de%//%. ,esses@ Sami Brahmananda@ muito conhecido na 3rdem de Sri Rama$rishna@ foi oprimeiro a che*ar. 0os anos anteriores sua vida monstica@ seu nome era Ra$halchandra.#asara-se com a irm> de Manomohan e foi nessa famlia Due ouviu pela primeira ve9 o nome doMestre. isitou-o pouco depois do casamento. Sri Rama$rishna di9ia@ ?Antes de Ra$hal vir@ tivea vis>o da M>e do Universo Due su:itamente me trou7e um menino e o colocou em meu colo@com as palavras@ Q4le 8 seu filhoQ. 4u me assustei de medo ao ouvir isso e disse@ Q3 Due 8T#omo posso ter um filhoTQ 4la sorriu e e7plicou@ Q4le n>o 8 um filho no sentido comum emundano do termo@ mas filho espiritual Due a tudo renunciou.Q Assim tranDNili9ado@ fiDueiconsolado. Ra$hal veio lo*o depois de eu ter essa vis>o e imediatamente nele reconheci omenino.?

    /. 0outra ocasi>o@ o Mestre falou-nos so:re Ra$hal@ ?0aDueles dias Ra$hal tinha anature9a de uma crian+a de trs ou Duatro anos. #onsiderava-me sua m>e. inha correndo emintervalos de curto tempo e feli9@ sentava-se no meu colo@ sem DualDuer timide9. 0>o arredavaum passo daDui@ a n>o ser para re*ressar sua casa. ,e ve9 Duando eu o apressava paravoltar@ sen>o o pai o proi:iria de vir aDui. 3 pai era um [amindar@ imensamente rico@ masi*ualmente avarento. Mais tarde@ ao ver Due muitos homens ricos e eruditos visitavam estelu*ar@ dei7ou de fa9er o:e+>o a Due seu filho viesse aDui. Al*umas ve9es veio aDui ver o filho.Pelo :em de Ra$hal fui muito atencioso com ele@ Due ficou satisfeito.

    o de sua vinda aDui@ da parte da famlia de seuso*ro@ porDue a m>e@ esposa e irm> de Manomohan freDNentavam assiduamente este lu*ar.Um dia@ lo*o depois de Ra$hal come+ar a vir aDui@ a m>e de Manomohan veio com a ovemesposa. 4u temia Due sua esposa fosse um o:stculo no caminho de sua devo+>o a ,eus e pediDue a trou7essem. 3:servei minuciosamente suas caractersticas fsicas@ da ca:e+a aos p8s@ econvenci-me de Due n>o havia DualDuer motivo de receio. Representando o aspecto auspiciosoda divina Sha$ti@ ela amais seria um o:stculo no caminho do marido@ para a reali9a+>o de,eus. "iDuei contente e mandei uma palavra Santa M>e@ pedindo-lhe Due desse nora umarupia e desco:risse seu rosto%. F%4sta 8 a maneira@ em Ben*ala@ como a so*ra v a face velada da nora rec8m-

    che*ada. Primeiro d al*uns presentes@ *eralmente dinheiro e@ em se*uida@ retira suavemente o v8u@ v seu rosto e a :eia.H%'. ?C impossvel descrever o arrou:o infantil Due tomava conta de Ra$hal@ sempre Due

    estava comi*o simplesmente perdia-se em si mesmo. 1odos Due o viam ficavam tomados deadmira+>o. Inspirado de fervor espiritual@ eu tam:8m costumava dar-lhe leite en*rossado e

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    mantei*a e :rincava com ele para ale*r-lo. Por diversas ve9es levantei-o nos om:ros. Mesmoisso n>o lhe dava a menor ver*onha. ,e ve9 em Duando@ contudo@ eu di9ia@ QSe ele crescer e viverna companhia da esposa@ sua nature9a infantil desaparecer.Q

    %%. ?4u tam:8m o repreendia Duando fa9ia al*o errado. Um dia estava com muita fomee pe*ou mantei*a@ Prasad tra9ido do templo de =ali@ com as m>os e comeu-a. 4u disse@ Que*uloso oc comeu a mantei*a com as m>os@ ao inv8s de controlar a avide9@ Due deveria teraprendido aDuiQ ele fechou-se em si mesmo de medo e amais fe9 novamente.

    %&. ?Ra$hal tam:8m tinha um ciGme infantil. 4ra-lhe insuportvel Due eu amasseal*u8m al8m dele. Sentia-se ferido. "iDuei muito preocupado porDue ele poderia se preudicarpor ter ciGme das pessoas Due a M>e me tra9ia.

    %2. ?1rs anos depois de che*ar@ Ra$hal ficou doente e foi a rindavan com Balaram.Pouco tempo antes eu tivera uma vis>o@ como se a M>e o fosse tirar daDui. Por isso oreisinceramente@ QM>e@ ele FRa$halH 8 apenas um menino@ muito i*norante 8 por isso Due sve9es sente-se enver*onhado. Se@ devido a Seu tra:alho@ 1u o removes daDui por al*umtempo@ coloca-o num lu*ar :om e feli9.Q 4le foi a rindavan pouco depois.

    %6. ?0>o posso e7pressar o Duanto fiDuei preocupado Duando me contaram Due ele estavadoente em rindavan@ porDue@ a M>e mostrara-me anteriormente Due Ra$hal era na verdade umQpastorQ&Fom Duem o Senhor@ em Sua 4ncarna+>o como Sri =rishna@ :rincava em Sua infOncia. A palavra Ra$hal si*nificapastor.Hde raa. Se uma pessoa vai a um lu*ar onde tomou um corpo@ muitas ve9es recorda-se

    de sua vida passada e a:andona o corpo. Por isso eu temia Due ele pudesse morrer emrindavan. Ansiosamente orei M>e e 4la confortou-me@ infundindo-me confian+a. A M>emostrou-me muitas coisas so:re Ra$hal@ mas estou proi:ido de contar2F24m:ora o Mestre n>o tenhadito todas as coisas mencionadas acima de uma sJ ve9@ nJs as untamos aDui por Duest>o de convenincia.Hmuitas delas?.

    %5. 0>o h limite para as coisas Due o Mestre contou@ em diversas ocasies@ a respeitode seu primeiro devoto rapa9. 3 Due a M>e mostrou ao Mestre so:re ele@ provou ser verdadeiro. medida Due avan+ava em idade@ foi considerado um Sadha$a conhecido por sua *ravidade eserenidade a tudo renunciando para a reali9a+>o de ,eus. A*ora ocupa o mais elevado car*o na3rdem. Poupado pela vontade do Mestre@ Sami Brahmananda est fa9endo um :em imenso humanidade.6F6Sami Brahmananda faleceu em %o por 0arendra naDuela 8poca. %%. Sua li*a+>ocom o Brahmo Sama. %&. As duas id8ias maravilhosas de 0arendra. %2. A inclina+>o natural de 0arendra para amedita+>o. %6. 3 encoraamento de Maharshi ,evendra. %5. A *enialidade de muitas facetas de 0arendra. %;. Ainclina+>o de 0arendra pelo estudo. %!. A capacidade para leitura rpida de 0arendra. %/. A ar*umenta+>o de0arendra. %e de 0arendra.

    %. 3s edas e outras escrituras afirmam Due o conhecedor de Brahman torna-seconhecedor de tudo. 3 comportamento do Mestre@ firmemente esta:elecido no #onhecimento de

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    Brahman@ comprovou esta afirma+>o porDue@ n>o somente havia reali9ado o aspecto A:soluto@ comotam:8m o relativo de Brahman e Seu poder@ Ma)a@ mas elevara-se muito acima de todas as dGvidas eimpure9as@ morando num estado de felicidade perene. 4sta:elecido em Bhavamu$ha@ Due consisteem e7perimentar a unidade com a M>e Universal@ podia a*ora compreender DualDuer mist8rio oculto nocampo de Ma)a. Ma)a n>o mais podia ocultar sua nature9a aos olhos de sua mente@ possudo comoestava da vis>o sutil de penetrar seu v8u. 4ra naturalmente assim@ porDue tanto Bhavamu$ha comoa Mente Universal de Ishvara@ o Senhor de Ma)a@ na Dual a id8ia do Universo permanece s ve9es

    manifestada e s ve9es n>o manifestada@ s>o uma e mesma entidade.1odas as id8ias Due emanam da Mente Universal aparecem claras para aDuele Dueatravessou o limite de sua peDuena conscincia do eu e identificou-se com o 4u Universal. 3 Mestrepodia conhecer os acontecimentos de todas as vidas anteriores de seus devotos antes deles virem aele@ somente porDue alcan+ara aDuele estado. Podia conhecer a ila particular Fo*oH da MenteUniversal@ para a manifesta+>o da Dual assumira este corpo atual. Sa:ia tam:8m Due al*unsSadha$as da mais elevada ordem nasceram@ pela vontade de ,eus@ para participar daDuele o*o.#ompreendeu tam:8m Due havia os Due o audariam na maior ou menor manifesta+>o daDuele

    o*o e Duem simplesmente desfrutaria o :enefcio dele ter alcan+ado perfei+>o esta vida. Sa:endoDue a 8poca da che*ada daDuelas pessoas estava prJ7ima@ esperava-as com *rande ansiedade.Poderia ele ser considerado de outra maneira sen>o como aDuele Due tudo sa:e@ Due vive dentro daMa)a e conhece todos os seus se*redosT

    &. uando pensamos no primeiro encontro de Sami ive$ananda com o Mestre@ come+amosa compreender Du>o ansiosamente o Mestre@ esta:elecido no estado divino@ estava esperando porseus devotos QmarcadosQ@ Due vira Due sua che*ada estava prJ7ima. Sami Brahmananda disseDue Surendranath Mitra de Simla@ em #alcut@ veio a ,a$shinesar Duase na mesma 8poca Due ele.Surendra foi atrado para o Mestre desde a primeira visita. Atrado cada ve9 mais para ele@ em poucotempo levou-o para sua casa e cele:rou um festival. #omo n>o havia outro cantor disponvel naocasi>o@ Surendra convidou 0arendra@ filho de isanath ,atta@ seu vi9inho@ para ir ao festival epresentear a audincia@ so:retudo o Mestre@ com can+es reli*iosas. 3 primeiro encontro do Mestrecom ive$ananda@ seu principal companheiro no o*o divino@ foi talve9 no ms de novem:ro de %//%.0arendra@ ent>o com de9oito anos@ preparava-se para o e7ame na Universidade de #alcut.

    2. Sami Brahmamanda di9ia Due o Mestre ficou atrado por 0arendra lo*o Due o viu naDueledia porDue em primeiro lu*ar chamou Surendra@ e depois Ramachandra@ per*untando-lhes tudo so:re o

    ovem cantor de vo9 doce pedindo Due o levassem a ,a$shinesar. 1am:8m@ ao terminar a can+>o@ele mesmo apro7imou-se do rapa9 e estudando cuidadosamente seus tra+os fsicos@ disse-lhe uma ouduas palavras@ convidando-o a ir a ,a$shinesar.

    6. 3 e7ame vesti:ular para a Universidade de #alcut terminou al*umas semanas depoisdesse acontecimento. A pedido de um senhor da cidade@ o pai de 0arendra estava planeando cas-lo com a filha dele. #omo a noiva tinha a pele um tanto escura@ o pai concordou com um dote dede9 mil rupias. 3s parentes de 0arendra@ enca:e+ados por Ramachandra@ fi9eram o m7imo parapersuadi-lo a concordar com o casamento@ mas 0arendra fe9 forte o:e+>oK o casamento n>o poderiaacontecer. Ramachandra era um parente muito prJ7imo de seu pai. "ora criado em sua casa e eram8dico em #alcut. Ao ver Due 0arendra desistira de se casar porDue deseava se*uir o caminhoespiritual@ disse-lhe@ ?Se voc desea verdadeiramente reali9ar ,eus@ v ao Mestre em ,a$shinesarao inv8s de visitar o Brahmo Sama e outros lu*ares.? Por essa 8poca Surendra o convidou aacompanh-lo a ,a$shinesar. 0arendra concordou e@ com dois ou trs ami*os@ foi com Surendra a,a$shinesar.

    5. 3 Mestre contou-nos resumidamente@ no decorrer de uma conversa@ Duais ospensamentos Due vieram sua mente ao ver 0arendra naDuela ocasi>o. ,isseK ?0aren entrouneste Duarto no primeiro dia pela porta Due fica em frente ao an*a. Reparei Due n>o tinha cuidadocom o corpo. 3 ca:elo e a roupa estavam desalinhados. Ao contrrio dos outros@ n>o tinha deseo porDualDuer o:eto do mundo e7terior. 4ra desape*ado de tudo. 3s olhos mostravam Due a maior parteda mente estava sempre voltada para o interior. Ao ver tudo isso@ ima*inei@ QSer possvel Due haaem #alcut@ cidade das pessoas mundanas@ um aspirante espiritual t>o elevado@ com e7cesso deSattvaTQ

    ?Eavia um colch>o no ch>o. Pedi-lhe Due se sentasse. Sentou-se perto de um arro com *ua doan*a. #he*aram al*umas pessoas de suas rela+es. 4ram pessoas de nature9a mundana totalmenteoposta dele. A aten+>o deles era voltada somente para os pra9eres.

    ?Per*untando@ vim a sa:er Due ele conhecia apenas duas ou trs can+es :en*alis. Pedi-lheDue as cantasse para mim. #ome+ou com uma do BrahmoK

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    ?X mente@ vem@ vamos para casa. Por Due viaas numa terra estranha do mundo com roupa deforasteiroT 3s cinco elementos e o:etos dos sentidos s>o todos teus inimi*os@ nenhum deles tepertence. ,esiludida com o amor dos outros@ tu te esDueceste do Uno Due 8 seu. X mente minha@continua no caminho da erdade. Acende o lampi>o do amor@ tem-no sempre conti*o e v emfrente. eva cuidadosamente conti*o a provis>o secreta da devo+>o. anOncia@ desilus>o etc.@assaltantes@ rou:am o viaante de tudo. Por isso di*o@ QX mente@ dei7a Due os dois@ o controledos Jr*>os internos e o dos Jr*>os e7ternos@ vi*iem. Quando estiveres cansada@ permanece nacompanhia santa e Duando perderes teu caminho@ per*unta so:re ela aos Due est>o a.

    Se encontrares um motivo de medo em teu caminho@ apela para o Rei com toda tua for+a. 3Rei e7erce *rande poder e ante ele at8 a morte treme de terror.

    #antou com todo o cora+>o como se estivesse meditando. Ao ouvir@ n>o pude controlar-me eentrei em 7tase.

    ;. ?uando foi em:ora fiDuei durante vinte e Duatro horas@ com uma *rande ansiedade emmeu cora+>o. 0>o posso e7primir em palavras o Due ocorria comi*o. ,e ve9 em Duando sentia umador cruciante como se o cora+>o estivesse sendo torcido como uma toalha Gmida. Incapa9 de mecontrolar@ corri para as rvores tamar*as ao norte do ardim@ onde *eralmente as pessoas n>o iam echorei alto di9endo@ QX meu filho enha@ n>o posso permanecer sem ver voc.Q "oi somente depois dechorar um pouco 8 Due pude me controlar. Isso aconteceu durante seis meses. Minha mente s ve9esficava inDuieta por al*um outro rapa9 Due vinha aDui@ mas pode-se di9er Due n>o era nada

    comparado com os sentimentos Due nutria por 0aren.?!. Mais tarde sou:emos@ Due o Mestre n>o contou muitas das emo+es profundas Duee7perimentou ao ver 0arendra pela primeira ve9 em ,a$shinesar e@ com muita reserva@ falou-nosso:re o assunto. 0o decorrer de uma conversa@ um dia 0arendranath disse-nosK ?4u aca:ara decantar@ Duando o Mestre su:itamente se levantou e tomando-me pel