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Atividades de Língua Portuguesa
Série Enigmas para resolver (Professor)
Ensino Fundamental – 6o e 7o anos
São Paulo
Maio de 2016
GOVERNADORGeraldoAlckmin
Vice-GovernadorMárcioLuizFrançaGomes
SECRETÁRIODAEDUCAÇÃOJoséRenatoNalini
Secretário AdjuntoFranciscoJoséCarbonari
ChefedeGabineteMaríliaMarton
CoordenadoradeGestãodaEducaçãoBásica(CGEB)ValériadeSouza
DiretoradoDepartamentodeDesenvolvimentoCurricularedeGestãodaEducaçãoBásica(DEGEB)ReginaAparecidaResekSantiago
EquipeTécnicaTecnológicaRenatadaSilvaSimõesCamilaCarvalhoLopesEvaMargarethDantas
EquipedeApoioDouglasAlvesAlmeida,GabrielySantosHora,HérculesMacedoBarbosa,MartadeOliveiraContreras,ThiagoNazarioAgostinho
EquipeTécnicaPedagógicaValériaTarantellodeGeorgel(direção),AngelaMariaBaltieriSouza,ClaríciaAkemiEguti,KatiaReginaPessoa,MaraLúciaDavid,RoseliCordeiroCardoso,RozeliFrascaBuenoAlves
ParceirosConcepçãoecoordenaçãoJacquelinePeixotoBarbosa
ElaboraçãodeatividadesdeMatemáticaSilviaSentelhaseRobespierreSentelhas
ElaboraçãodeatividadesdeLínguaPortuguesaEduardodeMoura,HeloisaAmaralDiasdeOliveiraeJacquelinePeixotoBarbosa
ApoioInstitutoNaturaeInstitutoInspirare
Introdução
A criação de um contexto lúdico para o desenvolvimento de atividades de leitura e escrita pode ser interessante não só em razão do potencial de mobilização que pode propiciar, mas também em função de permitir a criação de um contexto de onde o aluno pode partir para ler e escrever. Ainda que seja ficcional, esse contexto fornece uma situação geral, um lugar de onde se lê ou se escreve (de um leitor/detetive), um objetivo, interlocutores variados etc. As atividades propostas (que também podem ser feitas isoladamente) foram formatadas como casos a resolver e envolvem a leitura de trechos de narrativas de enigmas, notícias, tirinhas, sinopses de filmes e livros, instruções de jogos, verbete de enciclopédia, mapa, poema, infográfico, bilhetes, dentre outros textos, e contemplam, em maior ou menor grau, a maioria das habilidades de leitura propostas para o trabalho no 6º e 7º anos em 2016. Como as atividades visam a trabalhar a compreensão dos textos em questão, que não raro supõe diferentes habilidades, pode acontecer de outras habilidades, para além das selecionadas para o trabalho, terem sido contempladas ‒ o que é indicado no início de cada atividade. Ao longodas atividades, está previsto também o uso de diferentes objetos e ferramentas digitais, deforma a fomentar o trabalho com várias linguagens, mídias e TDIC (tecnologias digitais deinformação e comunicação) na escola. Ainda que a ênfase seja o trabalho com a leitura e acompreensão leitora, em algumas ocasiões são propostas situações de produção de textosmultimodais, já que, em uma perspectiva discursiva, ler envolve replicar a voz do outro, o quevai além de responder a questões diretas sobre o conteúdo e as características formais dostextos.
Ao longo do desenvolvimento das atividades, é importante que você avalie o que pode ser feito individualmente ou em duplas, ainda que possa contar com uma questão feita em conjunto pela classe, o que deve ser feito coletivamente, o que pode ser feito em casa e retomado em aula, enfim, espera-‐se que você planeje a melhor forma de propor as atividades. Como já mencionado, quase todas as atividades supõem o uso de tecnologias, objetos digitais de aprendizagem (ODA) ‒ vídeos, áudios, games, dentre outros ‒ e ferramentas, porque foram pensadas para que o aluno desenvolva as atividades no computador. Mas, a maioria delas conta com indicação de adaptações para o caso de não haver conexão com a internet e/ou computadores para os alunos, que, em geral supõem a exibição/audição coletiva por meio de projetores multimídia ou algum tipo de player de áudios ou impressão de algum material. Mas cabe destacar que o ideal é que as atividades possam ser feitas no computador, diretamente pelos alunos, sobretudo, as questões que exploram os ODA, já que a interatividade suposta pode ser melhor explorada.
Do detetive que existe em todo leitor...
Professor, crie um clima de desafio e leia coletivamente o texto introdutório. Diga que essas são atividades diferentes, que visam a trabalhar habilidades de leitura, mas que compõem uma série chamada Enigmas para Resolver. Em cada atividade, organizada como um caso policial, há algo a desvendar.
Em certo sentido, a atividade de ler é muito semelhante ao que faz um detetive. Um crime não se esclarece por si só nem o texto se mostra todo para o leitor sem que ele faça nada. O detetive colhe pistas e evidências, estabelece relações de diferentes tipos, levanta hipóteses e tenta comprová-‐las, tudo para que seu objetivo possa ser alcançado: descobrir o culpado. Na leitura, um processo muito semelhante tem lugar: a partir de um objetivo, que pode ser muito
variado ‒ estudar sobre alguma coisa, fazer uma comida que não se sabe como, saber mais sobre os últimos acontecimentos de relevância social, conhecer a opinião de alguém sobre alguma questão polêmica, sobre um game, filme ou livro, viver um pouco da vida de outras pessoas por meio dos livros de literatura etc. –, o leitor persegue informações no texto, busca pistas e evidências para “descobrir” o que pode significar o que não está explícito, estabelece relações de diferentes tipos, levanta hipóteses etc. O leitor está longe de ser um cara passivo!
O convite aqui é levar esse paralelo entre leitor e detetive até as últimas consequências!
Uma possibilidade de pontuação
Professor, caso você opte por criar um clima mais lúdico, podem ser atribuídos pontos à solução dos casos. O quadro de pontuação (veja adiante) poderá ser acessado na Intranet em formato pdf editável; ele pode ser salvo em algum repositório virtual ou em pen drive da turma. Você poderá, também, solicitar que os alunos construam um quadro de pontos em outro lugar – caderno, folha avulsa. Eles deverão se responsabilizar pelo lançamento dos pontos, mas enfatize que “trapacear”, nesse caso, é roubar deles mesmos e isso não vai permitir que eles possam vir a saber que habilidades ainda precisam ser mais trabalhadas por eles. Para cada questão, é sugerida uma pontuação. Pontuações intermediárias entre certo e errado devem ser consideradas e os alunos deverão desenvolver o bom senso para aplicá-las, o que não significa que não possam checar com você osparâmetros utilizados. A ideia é que eles também aprendam a se auto avaliar e, como tudo queestá sendo aprendido, eles podem não saber que critérios usar e podem ser tendenciosos demais,aproximando-se muito dos 100% ou do zero.
Introdução (material do aluno)
Do detetive que existe em todo leitor e do leitor que existe em todo detetive...
A atividade de ler é muito semelhante ao trabalho de um detetive. Um crime não se esclarece por si: o detetive colhe pistas e evidências, estabelece relações de diferentes tipos, levanta hipóteses e tenta comprová-‐las, tudo para que possa descobrir o culpado. Na leitura, um processo muito semelhante tem lugar: a partir de um objetivo, que pode ser muito variado ‒ estudar sobre alguma coisa, fazer uma comida que não se sabe como, saber mais sobre os últimos acontecimentos do mundo, conhecer a opinião de alguém sobre algo polêmico (uso de celular na escola, por exemplo), sobre um filme, um livro ou um game (Pokémon Go e tantos outros), dentre outras possibilidades –, o leitor persegue informações no texto, busca pistas e evidências para “descobrir” o que pode significar o que não está explícito, estabelece relações de diferentes tipos, levanta hipóteses etc. O leitor está longe de ser um sujeito passivo!
O convite aqui é levar esse paralelo entre leitor e detetive até as últimas consequências! Por meio da leitura de textos, você vai resolver alguns casos policiais e, por meio da resolução desses casos policiais, espera-se que você possa desenvolver mais habilidades de leitura.
Boa sorte (você vai precisar)!
A pontuação
Seu/sua professor(a) vai definir junto com a classe se haverá ou não a atribuição de bônus por casos resolvidos e como isso poderá funcionar. Uma sugestão de pontuação é apresentada na próxima página.
Quadro de pontuações Cada caso solucionado pode render de 10 a 100 pontos. Lance no quadro abaixo a pontuação obtida em cada caso e, depois, verifique os apetrechos conquistados:
Entre 960 e 1200 pontos: Um grande detetive
Você é um grande leitor/detetive. Consegue desvendar mistérios: é capaz de localizar informações, estabelecer diferentes tipos de relação entre partes de um mesmo texto e entre textos, de inferir implícitos e de perceber os efeitos causados por escolhas feitas pelo autor.
Por tudo que conquistou merece um tablet de espionagem máxima _________________________________________________________________________
Entre 710 e 950 pontos: Detetive
Você pode ser considerado um leitor/detetive. Você é observador. É capaz de localizar informações, estabelecer diferentes tipos de relação, de inferir implícitos, de perceber os efeitos causados por escolhas feitas pelo autor, o que lhe separa de um detetive como Sherlock Holmes é a prática.
Por tudo que conquistou merece um celular com linha secreta
_________________________________________________________________________
Entre 500 e 700 pontos: Aprendiz de detetive
Você é um aprendiz de detetive e um leitor em potencial: uma pessoa com muita vontade e com talento para investigação, mas que ainda necessita desenvolver algumas habilidades de leitura.
Você recebeu um relógio da agência de detetives
_________________________________________________________________________
Entre 300 e 490 pontos: Oficial em treinamento
Você ainda é um oficial em treinamento: uma pessoa com talento para investigação. Mas ainda precisa desenvolver habilidades de leitura. Não desista!
Você recebeu disfarces de detetive
__________________________________________________________________________
Entre 100 e 290 pontos: Aspirante a detetive
Você ainda é um aspirante a detetive que precisa desenvolver muitas habilidades de leitura, mas não desista.
Você recebeu um receptor de mensagens secretas
QUADRO DE PONTUAÇÃO
CASOS PONTOS
CASO 1
CASO 2
CASO 3
CASO 4
CASO 5
CASO 6
CASO 7
CASO 8
CASO 9
CASO 10
CASO 11
CASO 12 Ativ. 1:
Ativ. 2:
Ativ. 3:
TOTAL
Sumário
O sumário contém hiperlinks e a ficha-‐resumo da atividade. Clique nos itens para ser direcionado à atividade.
Caso 1 – O que é e o que não é um caso policial
Sinopse: a partir de uma definição do que pode ser considerado um “caso policial”, construída por meio da comparação com outras acepções da palavra “caso”, elementos e vocabulário presentes em narrativas de enigma são elencados. A análise de capas e contracapas de livros e DVDs, bem como de games, fornecem subsídios para esse levantamento.
Habilidades que podem ser contempladas • Identificar o sentido de vocábulos ou expressões, selecionando a acepção mais
adequada ao contexto em que estão inseridos.• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.• Estabelecer relações entre imagens e o corpo do texto, comparando itens de
informação explícita.ODA: games
Jogo 1: <http://escoladigital.org.br/odas/5781650069702d18a52e0a00> Jogo 2: <http://www.escoladigital.org.br/odas/o-misterio-de-aleijadinho> Jogo 3: <http://www.escoladigital.org.br/odas/57816a1f69702d18a9a20900>
Caso 2 – Foi o Coronel Mostarda, com a chave inglesa, na sala de estar
Sinopse: para além de um culpado, um local e uma arma, um crime sempre tem um motivo. A partir da leitura de notícias de jornais, os alunos deverão inferir os motivos para os crimes noticiados.
Habilidades que podem ser contempladas • Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.• Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão
global de um texto.• Inferir tema ou assunto principal de um texto, com base em informações contidas
em título, subtítulo ou corpo do texto.ODA: não há.
Caso 3 – Detetives famosos que podem inspirar: Sherlock Holmes e Hercule Poirot
Sinopse: a atividade consiste em relacionar informações de um áudio que apresenta detetives famosos, retratos falados (imagens e descrição de características) com trechos de histórias que permitam a identificação dos diferentes detetives.
Habilidades que podem ser contempladas • Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.
Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensãoglobal de um texto.
• Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto.• Localizar itens de informação explícita (...); Inferir informação
pressuposta ou subentendida (...); Estabelecer relações entre imagens (foto ouilustração) e o corpo do texto.
ODA: programas sobre detetives (áudios) Áudio 1: Programa sobre Sherlock Holmes http://www.escoladigital.org.br/odas/57917e8469702d3dc9651400> Áudio 2: Programa sobre Hercule Poirot <http://www.escoladigital.org.br/odas/57917ffe69702d3dd9211400>
Caso 4 -‐ O detetive certo para o caso
Sinopse: a partir da sinopse de casos a resolver, os alunos devem escolher, dentre uma lista de possibilidades, características de um detetive que possam ajudar na resolução do caso e produzir uma descrição do detetive mais adequado.
Habilidades que podem ser contempladas • Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.
Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensãoglobal de um texto.
• Produzir trechos descritivos, utilizando recursos como a exemplificaçãoe a comparação.
ODA: não há.
Caso 5 ‒ Enigmas ilustrados
Sinopse: Após resolver quatro enigmas, que envolvem o estabelecimento de relações entre texto verbal e imagem, os alunos deverão procurar três coisas comuns nos quatro casos analisados:
Habilidades que podem ser contempladas: • Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.• Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão
global de um texto.• Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto.
ODA: apresentações de casos/enigmas Ilustrados <http://www.escoladigital.org.br/odas/5791c34b69702d3dd94c1400> < http://www.escoladigital.org.br/odas/5791c4e469702d3dc2971200 ><http://www.escoladigital.org.br/odas/5791c62f69702d352e320000> <http://www.escoladigital.org.br/odas/um-enigma-ilustrado>
Caso 6 – O enigma dos quadrinhos
Sinopse: A partir de uma pista dada por um informante, a resolução do caso -‐ descobrir um quadrinista culpado -‐ envolve a análise de tirinhas para identificar o recurso de humor utilizado pelo criminoso.
Habilidades que podem ser contempladas • Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.• Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto• Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso intencional de
recursos expressivos gráficoi visuais.• Inferir efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras,
expressões ou imagens ambíguas.• Identificar marcas de variação linguística de natureza social ou geográfica, no
léxico mobilizado em um texto.ODA: imagens
<http://coletivocatarse.com.br/home/wp-‐content/uploads/2013/04/13.sapatira89-‐p.jpg> <http://coletivocatarse.com.br/home/caracteres-‐3/> <http://coletivocatarse.com.br/home/caracteres-‐13/> <http://coletivocatarse.com.br/home/caracteres-‐6/> <https://goo.gl/QwlXYR> <http://coletivocatarse.com.br/home/sapatiras-‐11/>
Caso 7 – Cada parte em seu lugar
Sinopse: a resolução desse caso envolve organizar trechos de um original de livro que foi sabotado, colocando-‐os em uma sequência lógico-‐temporal, de forma a contribuir com a resolução de um caso em que um criminoso está sabotando originais de livros em uma editora.
Habilidades que podem ser contempladas • Identificar o sentido denotativo de vocábulo ou expressão utilizados em um
segmento de um texto, selecionando aquele que pode substituíi lo por sinonímiano contexto em que se insere.
• Inferir tema ou assunto principal de um texto, com base em informações contidasem título, subtítulo ou corpo do texto.Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso de marcasdiscursivas de temporalidade no encadeamento dos fatos.
• Identificar os episódios principais de uma narrativa literária, organizandoi os emsequência lógica.
• Localizar itens de informação explícita (...), Identificar os episódios principais deuma narrativa literária, organizandoi os em sequência lógica, estabelecer relaçõesde causa /consequência, entre segmentos de um texto (...), Identificar oefeito de sentido produzido em um texto pelo uso de marcasdiscursivas de temporalidade no encadeamento dos fatos.
ODA: áudio sobre o livro Ele, Lá e os Outros, usado na atividade <http://www.escoladigital.org.br/odas/5791c7a669702d3dc9a61400>
Caso 8 – Detetive do passado
Sinopse: além de resolver um caso proposto pelo jogo Detetives do Passado, que tematiza a escravidão no Brasil no séc. XIX, os alunos deverão preencher uma ficha síntese do caso.
Habilidades que podem ser contempladas • Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.• Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão
global de um texto.• Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto.• Identificar diferenças ou semelhanças observadas no tratamento dado a uma
mesma informação veiculada em diferentes textos (no caso, um texto verbal euma xilogravura).
ODA: jogo Detetives do Passado <http://www.escoladigital.org.br/search?q=Detetives+do+passado>.
Caso 9 – O sumiço da galinha
Sinopse: a atividade propõe que os alunos tentem descobrir o destino de uma galinha antes de saber do final da história. Explora a comparação do conto Uma galinha, de Clarice Lispector, com uma animação inspirada no conto.
Habilidades que podem ser contempladas • Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto.• Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso intencional de
recursos expressivos gráficoi visuais.• Inferir o efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras,
expressões ou imagens ambíguas.• Identificar os episódios principais de uma narrativa literária, organizandoi os em
sequência lógica.ODA: animação produzida por Rafael Aflalo, inspirada no conto Uma galinha, de Clarice
Lispector. <http://www.escoladigital.org.br/odas/54b976fa69702d65e2320100>
Caso 10 – Roubo no mundo das artes
Sinopse: a resolução do caso envolve a observação de uma sequência de imagens com diferentes textos (notícia, instrução de jogo, folheto de campanha, verbete de enciclopédia e infográfico), que passam em uma velocidade que não permite a leitura integral dos textos, mas tão somente a observação de seu formato e a leitura do título e/ou do seu início. Três são os suspeitos de terem cometido o crime e a descoberta do culpado depende da observação de pistas cifradas enviadas por um delator anônimo. Para encontrar as pistas, os alunos deverão reler integralmente os textos dos vídeos à procura das pistas.
Habilidades que podem ser contempladas • Identificar o provável públicoi alvo de um texto, sua finalidade e seu assunto
principal.• Identificar os possíveis elementos constitutivos da organização interna dos
gêneros escritos não literários.• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.
Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensãoglobal de um texto.
• Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto.
• Inferir tema ou assunto principal de um texto, com base em informações contidas emtítulo, subtítulo ou corpo do texto.ODA: vídeo com sequência de textos<http://www.escoladigital.org.br/odas/5791cb0c69702d6f8d2a0000>
Caso 11 – Quem disse o quê?
Sinopse: permeada pela resolução de dois casos, que envolvem a percepção da desinência de gênero e de uma contradição no depoimento de uma suposta vítima, a atividade contempla a leitura de diálogos, a diferenciação entre discurso direto e indireto e a identificação de efeitos de sentido oriundos da escolha de cada um dos tipos de discurso. Ao final da atividade é proposto que os alunos transponham um interrogatório para as páginas de um livro de literatura policial.
Habilidades que podem ser contempladas • Identificar o enunciador do discurso direto, em um segmento de narrativa
literária, identificar efeitos de sentido produzido em um texto literário pelo usodo discurso direto ou indireto, identificar marcas de flexão de gênero,acrescentar circunstâncias em trechos de discurso direto.
ODA: vídeos/áudios Vídeo com diálogos: <http://goo.gl/vNzdGP>.
Caso 12: Presos por desrespeitar a ortografia
Sinopse: um ladrão deixa nos locais de roubo um bilhete em que comete erros sistemáticos de ortografia. Um novo assalto acontece e a polícia está desconfiada de que esse novo crime foi cometido por outro ladrão, já que, do ponto de vista ortográfico, o bilhete não contém o mesmo tipo de erro que os anteriores. Para descobrirem se esse roubo pode ou não ter sido cometido pelo mesmo ladrão, os alunos terão que revisar algumas regras ortográficas.
Habilidades que podem ser contempladas • Identificar diferenças ou semelhanças observadas no tratamento dado a uma
mesma informação veiculada em diferentes textos.• Identificar padrões ortográficos na escrita das palavras, com base na correlação
entre definição/exemplo.ODA: Declamação do poema de Drummond O amor é bicho instruído
Palavras oxítonas <http://www.escoladigital.org.br/odas/5791d3c769702d60a94b0000> Palavras paroxítonas <http://www.escoladigital.org.br/odas/5791d4c969702d3dc9d41400>. Notícia do jornal Agora São Paulo: erro de grafia leva polícia a prender quadrilha <http://www1.folha.uol.com.br/agora/policia/pl1011200701.htm> Notícia do jornal O Estado de São Paulo: bando é descoberto por erro de grafia e preso <http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,bando-e-descoberto-por-erro-de-grafia-e-preso,78506>
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Identificar o sentido de vocábulos ou expressões, selecionando a acepção mais adequada ao contexto em que estão inseridos.
• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto. • Estabelecer relações entre imagens e o corpo do texto, comparando itens de informação
explícita.
Caso 1 – O que é e o que não é um caso policial
Professor, do ponto de vista do contexto geral, essa atividade tem o objetivo de circunscrever o que seria um caso policial, que supõe uma investigação para determinar se houve ou não um crime e, em caso afirmativo, as circunstâncias em que foi cometido. Os crimes, em geral, envolvem um motivo, criminoso(s), vítima(s), alguém que reclama a investigação, dentre outros elementos. Do ponto de vista do trabalho com as habilidades de leitura, a atividade procura contemplar as habilidades destacadas. Após retomar coletivamente os enunciados das questões, esclarecendo o que os alunos deverão fazer, desafie-‐os a responderem-‐nas individualmente. Ao final, faça uma retomada coletiva da atividade e reveja as orientações para anotação de pontos.
Para adentrar a vida de um detetive, é preciso primeiro saber o que é (e o que não é) um caso policial.
1. Leia a seguir alguns significados que a palavra “caso” pode ter:
Caso: 1. Relação amorosa, geralmente extraconjugal ou secreta.*2. Manifestação de doenças em um indivíduo.*3. História contada de forma detalhada e engraçada ou exagerada.4. Ocorrência policial, que demanda uma investigação para saber se houve umcrime ou não e determinar os culpados e as circunstâncias do crime.
* Significados extraídos de Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-‐2013,<http://www.priberam.pt/dlpo/caso>. Acesso em: 22 dez. 2015.
2. Agora, leia os textos abaixo e procure determinar o sentido de “caso” em cada umadas alternativas, colocando o número da definição nos parênteses (20 pontos).
( 2 ) Os casos de dengue aumentaram 30% no último mês.
( 1 ) O caso só foi descoberto porque os dois foram vistos aos beijos no estacionamento de um shopping no horário de almoço.
( 4 ) O caso nunca foi resolvido: no ano de 2006, cinco agências bancárias foram assaltadas da mesma forma: a casa ao lado foi alugada, um túnel foi cavado e o cofre foi aberto com o uso de explosivos (em todos os casos, uma pá e uma picareta foram deixados no chão do banco junto com um bilhete escrito com recortes de revista –“Com os cumprimentos da família Tatu”) [texto elaborado especialmente para essa atividade].
Sumário
( 3 ) Ele era o melhor contador de caso da região. Nem bem tinha terminado o café da manhã e começou: foi pelas bandas do riacho fundo. Nem precisou de barco, das margens mesmo jogou o anzol e pescou um peixe-‐boi, que puxou sozinho para a terra. Quando perguntaram para ele onde estava o fruto de sua pesca ele me sai com essa: “depois que terminei de recolher o anzol um jacaré pulou da água e devorou o peixe-‐boi” [Texto elaborado especialmente para essa atividade].
Se houver tempo, professor, quando a atividade for retomada, proponha que os alunos expliquem os outros significados de “caso” e/ou deem outros exemplos que ilustrem as diferentes acepções.
3. Agora, vamos nos aproximar mais dos casos policiais por meio dos livros de literatura efilmes. Assinale, a seguir, as capas, contracapas ou resenhas de livros ou de DVDs quedizem respeito a histórias policiais: (20 pontos)
( ) CAPA 1
( X ) CAPA 2
( X ) CAPA 3
( ) CAPA 44
4 Disponível em: <http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40246>. Acesso em 21 mar. 2016.
( X ) CAPA 5
4. Um bom detetive observa muito bem os detalhes! Volte às capas de livros e de filmesassinaladas e encontre pelo menos cinco elementos em cada uma delas (imagens,cores, palavras utilizadas, tipos de personagens e de conflitos etc.) que dão pistas deque as histórias selecionadas são mesmo histórias policiais. (30 pontos)
Capa do DVD Assassinato no Expresso Oriente:
Capa do Livro Os crimes ABC:
Capa do Livro O Mistério do 5 Estrelas:
Respostas possíveis:
Capa do DVD Assassinato no Expresso Oriente: as palavras/expressões “assassinato”, “desvendar”, “intrigante caso”, “detetive”, “descobre que a vítima era o sequestrador e assassino”, “segredos a esconder”. Além disso, o tamanho, a perspectiva do desenho e o brilho que saem do trem, bem como a sombra projetada do detetive na neveconferem uma aura de mistério.
Capa do livro Os crimes ABC: as palavras/expressões: “crime”, “perigo”, “apanhá-‐la”, “teme pelo pior”, “assassinato”, “investigarem o caso”, “novo homicídio”, “vítimas”, “capturar”, “serial killer”, “alvo”, “tramas”. Os tons avermelhados da capa e a faca com sangue também contribuem para criar um clima de história policial.
Capa do livro O Mistério do 5 Estrelas: as palavras “mistério”, “assassinado”, “corpo”, “inimigos”, “suspense”, “trama”. O vermelho da capa, a imagem do mensageiro do hotel (que é quase uma silhueta) colocada em um ângulo que faz as peças de xadrez e a figura humana parecerem maiores do que são e mais enigmáticas.
As demais capas, ainda que tragam as palavras “tramam”, “plano”, “misteriosamente” não pertencem a obras que possam ser denominadas propriamente de histórias policiais, já que não apresentam os demais elementos típicos dessas histórias. Pinóquio é um clássico da literatura infantil e Stars Wars tem elementos de aventura e ficção científica.
5. Agora, você irá jogar, por alguns minutos, 3 jogos (no máximo 2 minutos por jogo).Observe qual(is) deles pode(m) ser considerado(s) game(s) de detetive e por quê? (30 pontos)
Professor, combine com os alunos que, para a realização dessa atividade, a ideia é que explorem cada jogo por apenas 2 minutos. Caso não seja possível acessarem o jogo no momento da aula, proponha que o façam depois. Caso isso não seja possível também, projete ou disponibilize para os alunos as sinopses das próprias páginas de apresentação dos jogos.
Você não tem muito tempo para explorar os detalhes do game, precisará, portanto, pôr em prática seu olhar de investigador – aguçado aos detalhes. Fique atento às próprias informações que os sites trazem sobre os jogos (“dica”, “sobre o jogo” etc.), isso renderá pistas preciosas para responder a essa questão.
Jogo 1: Jogo Ancient Jewel Rush<http://escoladigital.org.br/odas/5781650069702d18a52e0a00>Jogo 2: O mistério de Aleijadinho<http://www.escoladigital.org.br/odas/o-misterio-de-aleijadinho>Jogo 3: Sherlock Holmes 2<http://www.escoladigital.org.br/odas/57816a1f69702d18a9a20900>Os jogos 2 e 3 podem ser considerados "jogos de detetive". Já o jogo 1 pode ser considerado "de ação". Nos games 2 e 3, os jogadores assumem a posição de detetives (Jogo 2 – agente secreto; Jogo 3 – Sherlock Holmes), devem interagir com cenário e objetos, acompanhar a narrativa do game, coletar pistas e buscar solucionar um caso ou mistério. Durante o Jogo 2, o jogador deve descobrir por que as obras de Aleijadinho estão misteriosamente se transformando em pó e, no jogo 3, solucionar o caso do assassinato de Jimmy Jack Johnston.
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto. • Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão global de um
texto. • Inferir tema ou assunto principal de um texto, com base em informações contidas em título,
subtítulo ou corpo do texto.
Caso 2 – Foi o Coronel Mostarda, com a chave inglesa, na sala de estar
Professor, do ponto de vista do contexto geral, essa atividade tem o objetivo de explorar um dos elementos de um caso policial: o motivo do crime. Do ponto de vista do trabalho com as habilidades de leitura, a atividade procura contemplar habilidades inferenciais já destacadas. Após retomar coletivamente os enunciados das questões, esclarecendo o que os alunos deverão fazer, desafie-‐os a responderem-‐nas individualmente em sala ou como lição de casa. Depois, retome coletivamente as questões e as orientações para anotação de pontos.
O título da atividade, que faz referência a um famoso jogo de detetive, traz elementos importantes para a investigação de um crime: o criminoso, a arma e o local do crime. Mas deixa de contemplar outro elemento importante: o motivo. Ainda que sejam inventadas, as histórias policiais se inspiram em elementos da realidade. O próprio Allan Poe, considerado pai das narrativas de enigma, se inspirou em notícias de jornais para escrevê-‐las.
1. Leia, a seguir, os títulos de possíveis notícias e selecione os títulos que pareçam ser denotícias policiais, ou seja, notícias que envolvam algum tipo de crime (20 pontos):
( ) Banco Minter decreta falência.
( X ) Desfalque no banco BDV foi organizado pelo vice-‐presidente.
( X ) Quatro caixas eletrônicos são assaltados em Guaianazes.
( ) Caixas eletrônicos passarão a ter leitor de digital.
( ) Morre, aos 50 anos, o rei do pop Michael Jackson.
( X ) MC Daleste é baleado em show em Campinas (SP).
2. Agora, leia as notícias policiais a seguir e procure descobrir os motivos para o crime:5
(80 pontos)
5 Apenas a primeira notícia foi efetivamente publicada em um jornal, as demais, embora baseadas em fatos reais, foram produzidas para a presente atividade.
Sumário
Notícia 1:
Sete pessoas são mortas em cinco horas após assassinato de PM em São Paulo
Criado em 09/10/12 18h09 Por Camila Maciel Edição: Davi Oliveira Fonte: Agência Brasil
São Paulo – Sete pessoas foram assassinadas e cinco ficaram feridas, entre a noite de ontem (8) e a madrugada desta terça-‐feira, nos municípios de Taboão da Serra e Embu das Artes, na Grande São Paulo. As mortes ocorreram em um intervalo de menos de cinco horas, logo após a morte do soldado da Polícia Militar Hélio Miguel Gomes de Barros, de 36 anos, cuja morte é investigada como crime de execução.
De acordo com a Polícia Civil, o policial militar estava em dia de folga e foi baleado em um posto de combustíveis localizado em Taboão da Serra, por volta de 21h50min de ontem. A Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar investigam se há relação entre a morte do policial e
os assassinatos ocorridos em sequência. As imagens das câmeras de segurança do posto de combustíveis estão sendo utilizadas para tentar identificar os suspeitos.
O delegado titular do 1º Distrito Policial de Taboão da Serra, Gilson Campinas, não descarta a possibilidade de que as mortes tenham sido uma retaliação ao assassinato do policial. “Tudo depende da investigação. Nada é descartado, mas a ação foi muito rápida após a morte do policial militar. Há indícios de que pode ter ocorrido uma ação nesse sentido”, admitiu. (...)
Disponível em: <http://www.ebc.com.br/2012/10/sete-‐pessoas-‐sao-‐mortas-‐em-‐intervalo-‐de-‐cinco-‐horas-‐apos-‐assassinato-‐de-‐pm-‐em-‐sao-‐paulo>. Acesso em: 21 mar. 2016.
O motivo mais provável para o assassinato das 7 pessoas foi:
( ) ambição
( ) queima de arquivo (assassinato de pessoa que pode revelar culpados)
( X ) vingança
( ) ciúme
Notícia 2:
Jovem é preso depois de agredir namorada com celular
Jeferson Pinheiro, 24, foi preso em flagrante, na noite de ontem em um bar na Vila das Mercês, após agredir a namorada, Janice Fernandes, 21, com o celular da vítima.
Após ler mensagens no celular de Janice e ver algumas fotos enviadas, Jeferson começou a gritar com a vítima, passando, a
seguir, a ofendê-‐la com palavras de baixo calão e terminando por agredi-‐la fisicamente com o celular.
Dois policiais que faziam a patrulha na região detiveram Jeferson que foi levado para o 26º DP. Janice teve dois dentes quebrados e hematomas no rosto e braços
O motivo mais provável para a agressão foi:
( ) ambição
( ) queima de arquivo (assassinato de pessoa que pode revelar culpados)
( ) vingança
( X ) ciúme
Notícia 3:
Testemunha é sequestrada na porta da sua casa
Alberto Mendes da Costa, testemunha chave da Operação Lava a Seco, foi sequestrado na porta da sua casa no início da noite de ontem, no bairro de Santana, na capital de São Paulo.
Alberto foi abordado por volta das 19h, quando entrava na garagem de sua casa, por três carros que o cercaram e o renderam, segundo informação de vizinhos.
Alberto iria depor no dia seguinte na Operação Lava a Seco e havia a expectativa de que seu depoimento fosse fundamental para apontar envolvimento de políticos e empresários.
O motivo mais provável para o sequestro foi:
( ) ambição
( X ) queima de arquivo (assassinato de pessoa que pode delatar culpados)
( ) vingança
( ) ciúme
Notícia 4:
Mandante do roubo do quadro de Picasso é preso
O empresário José Fernandes da Costa foi preso ontem em flagrante pela polícia em sua casa na Zona Sul de São Paulo. De posse de um mandato de busca, a polícia revistou a casa do empresário e localizou a obra de arte em um falso vão climatizado esculpido em uma das paredes da piscina.
A polícia chegou ao empresário, após a prisão de dois
dos quatro participantes do roubo do quadro de Picasso do Museu de Belas Artes.
Com fortuna estimada em mais de R$ 100 milhões o empresário é um colecionador de arte conhecido
O motivo mais provável para o roubo do quadro foi:
( X ) ambição
( ) queima de arquivo (assassinato de pessoa que pode revelar culpados)
( ) vingança
( ) ciúme
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto. • Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão global de um
texto. • Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto.
Caso 3 – Detetives famosos que podem inspirar: Sherlock Holmes e Hercule Poirot Professor, um dos objetivos da atividade é fazer o aluno relacionar informações de um áudio sobre Sherlock Holmes e Hercule Poirot, com as imagens dos detetives e com suas fichas de identificação, complementando informações dessa última. Após o preenchimento de campos das fichas, os alunos serão convidados a descobrir quem é o detetive de três trechos de casos dados. Para tanto, deverão prestar atenção na menção aos assistentes dos detetives e usar outras informações dos textos disponibilizados. Caso haja problemas de conexão com internet, baixe os áudios antes e salve-‐os em um pen drive ou CD.
1. Você vai ouvir dois áudios que apresentam os detetives Sherlock Holmes e Hercule Poirot,dois dos detetives mais famosos da literatura e do cinema. Além de longa metragens, osdois personagens já mereceram até série de TV. Depois de ouvir o áudio, você deveráreconhecer a foto de cada um deles, sua ficha de identificação e trechos de suas histórias.Para facilitar, procure tomar nota das características dos detetives enquanto escuta oáudio. Suas anotações vão ajudá-‐lo a identificar o retrato, a ficha e os casos.
Clique nos links e fique atento com papel e caneta a postos!
Áudio 1: Grandes Detetives Sherlock Holmes
< http://www.escoladigital.org.br/odas/57917e8469702d3dc9651400> (Holmes)
Áudio 2: Grandes Detetives Hercule Poirot
<http://www.escoladigital.org.br/odas/57917ffe69702d3dd9211400> (Poirot)
Sumário
2. Determine de quem são as fotos que se seguem, identificando-‐as com Holmes ou Poirot. (20 pontos)
Detetive 16
Detetive 27
Hercule Poirot Sherlock Holmes
3. Agora, levando em conta as informações do áudio, coloque o nome do detetive na primeira linha das fichas de identificação e preencha os campos em branco: (30 pontos)
Ficha de Identificação 1
Nome Hercule Poirot Nacionalidade Belga
Moradia Londres
Sexo Masculino
Características físicas
Estatura baixa (1,60m de altura), cabeça oval e levemente inclinada para o lado, cabelo preto e ralo, olhos verdes e bigode
Outras características
Pouco discreto, fala alto e gesticula muito. Vaidoso, veste-‐se de modo elegante. Apresenta uma inteligência lógica e alta capacidade de solucionar enigmas. É metódico. Considera o raciocínio dedutivo, a intuição e a análise psicológica dos crimes os instrumentos mais eficazes para as suas soluções. Desdenha dos detetives em geral, pois considera seus métodos pouco inteligentes.
Amigos Capitão Hastings, Inspetor Japp e Ariadne Oliver
Inimigo Vera Rossakoff
Criador(a) Agatha Christie
6 Disponível em: <http://migre. me/sNDV8>. Acesso em: 03 fev. 2016. 7 Disponível em: <http://migre.me/sNDYh>. Acesso em: 03 fev. 2016.
Alguns dos livros famosos
Assassinato no Oriente Expresso, Morte no Nilo, Os Crimes ABC, Os Cinco Porquinhos, Cai o pano, O Assassinato de Roger Ackroyd
Primeira aparição
O Misterioso Caso de Style
Última aparição
Cai o Pano (oficial) Os Crimes do Monograma
Ficha de Identificação 2
Nome Sherlock HolmesNacionalidade Inglês
Nascimento 6 de janeiro de 1854
Moradia 221B Baker Street, Londres
Sexo Masculino
Características físicas
Magro, alto, nariz delgado, olhos penetrantes, feições firmes e queixo quadrado.
Outras características
Temperamento frio, racional. Não se deixa levar pelas emoções. Esportista. Pratica esgrima, boxe e baritsu. Exímio violonista. Usa a lógica e a observação de todos os detalhes para solucionar os crimes, por meio de métodos dedutivos. Trabalha de modo obsessivo, o que o leva a períodos de esgotamento. É um mestre dos disfarces. Conta com a ajuda de um exército de meninos de rua em suas investigações.
Amigos Dr. John H. Watson, Lestrade e Gregson, policiais da Scotland Yard
Inimigo Professor Moriarty
Criador(a) Sir Arthur Conan Doyle
Alguns dos livros famosos
Um estudo em vermelho, O signo dos quatro, Os cães dos Baskervilles
Primeira aparição
Um Estudo em Vermelho, 1887
Última aparição
O velho solar de Schoscombe, 1927
4. Agora responda algumas questões sobre os dois detetives: (20 pontos)
a. Quanto ao local de nascimento, os dois detetives:
‒ tinham a mesma nacionalidade ( )
‒ tinham nacionalidades diferentes ( x )
b. Os dois detetives protagonizaram muitos casos em um mesmo país. Esse país foi:
‒ França ( )
‒ Inglaterra ( x )
c. O amigo mais chegado de Holmes era:
‒ Watson ( x )
‒ Hastings ( )
d. Os casos “Um estudo em vermelho” e “O velho solar de Schoscombe” foram resolvidospor:
‒ Holmes ( x )
‒ Poirot ( )
5. Agora o desafio maior: você vai descobrir que caso foi resolvido por qual detetive, lendoapenas um pequeno trecho das histórias: (30 pontos)
Caso 1
“— Ah, a atenção do nosso criminologista foi despertada! ‒ exclamou Parker. — Conte-‐lhe tudo, Sra. Robinson. Hastings é um grande decifrador de mistérios. Soltei uma risada, um tanto embaraçado, mas não de todo insatisfeito com o papel que me era atribuído. — Não chega a ser nada realmente estranho, capitão Hastings, apenas esquisito.”
A Aventura do Estrela do Ocidente. Disponível em: <http://migre.me/sPA7i>. Acesso em: 21 mar. 2016.
Detetive que resolveu: Hercule Poirot. Pistas que ajudaram a identificar o detetive: menção ao nome de Hastings, amigo e assistente de Poirot.
Caso 2
“— Que diabo você tem feito, Watson? — perguntou-‐me ele, sem esconder o seu espanto, enquanto passávamos pelas ruas apinhadas de Londres. — Vejo-‐o magro como um sarrafo e escuro como uma castanha. Fiz-‐lhe um breve relato das minhas aventuras e mal o concluíra chegamos ao nosso destino. — Coitado! — exclamou ele, condoído pelos infortúnios que acabava de ouvir. — E que faz agora? — Procuro alojamento — respondi. — Tento resolver o problema de encontrar quartos confortáveis a preços razoáveis. — É curioso — disse o meu companheiro. — Você hoje é a segunda pessoa que fala dessa maneira.”
Um estudo em vermelho. Disponível em: <http://migre.me/sPA9L>. Acesso em: 21 mar. 2016.
Detetive que resolveu: Sherlock Holmes. Pistas que ajudaram a identificar o detetive: menção ao nome de Watson, amigo e assistente de Sherlock.
Caso 3
Na primeira semana de julho, meu amigo ausentou-‐se tantas vezes de casa, que senti que alguma coisa se passava. O fato de vários homens de má aparência terem vindo perguntar,
nessa semana, pelo capitão Basil, fez-‐me compreender que [...] estava trabalhando sob algum dos inúmeros disfarces e nomes falsos que lhe ocultavam a identidade. Ele tinha pelo menos cinco pequenos refúgios em Londres, onde poderia mudar de personalidade. Nada me dissera das suas atividades, e não era meu hábito forçar confidências.
(A aventura de Black Peter) Disponível em https://mundosherlock.wordpress.com/canon_e/arthur-‐conan-‐doyle-‐a-‐volta-‐de-‐sherlock-‐holmes-‐1905/pedro-‐negro/
Detetive que resolveu o caso: Sherlock Holmes Pistas que ajudaram a identificar o detetive: menção aos inúmeros disfarces que utiliza.
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto. • Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão global de um
texto.
Caso 4 ‒ O detetive certo para o caso8
Professor, para cada um dos dois casos propostos, os alunos terão que:
‒ responder a questões de síntese, que retomam qual o crime cometido e o que os alunos devem descobrir;
‒ apontar as características adequadas que o detetive selecionado deve ter, tendo em vista o que o caso demanda, o que supõe a realização de algumas inferências;
‒ escrever um pequeno parágrafo descritivo, a partir de alguns recursos expressivos: no primeiro caso, a exemplificação das qualidades e, no segundo, a comparação.
Fora do universo dos super-‐heróis, não existe um ser (detetive, por exemplo) que possa dar conta de toda e qualquer situação. Por essa razão, é comum que alguns se especializem em certos tipos de crimes. Você agora vai construir o detetive adequado para cada um dos casos apresentados.
1. Leia o texto abaixo, sintetize as principais informações sobre ele e escolha as característicasque um detetive deverá ter para resolvê-‐lo.
Caso 1
A Polícia Federal tem fortes suspeitas da existência de grupos clandestinos que exploram ilegalmente regiões da Floresta Amazônica, cortando árvores para o comércio de madeira. Tais regiões são reservas ecológicas, sendo, portanto, expressamente proibidas a derrubada de árvores e a caça de animais em seu interior. Como a Amazônia é uma região que interessa não só ao Brasil, mas também ao restante do mundo, pela biodiversidade que apresenta e por ser considerada por alguns o “pulmão do mundo”, a CIA e o FBI, chamados pela polícia brasileira, resolveram colaborar nas investigações. A Polícia Federal, a CIA e o FBI decidiram, em um primeiro momento, mandar um único agente, para não levantar suspeitas. Esse agente deveria descobrir onde estão ocorrendo as derrubadas, quem comanda o esquema, para onde vai a madeira extraída e quem são os compradores.
Texto adaptado de Barbosa, J. P. Narrativa de Enigma. São Paulo: Editora FTD, 2002, pp. 65-‐69.
a. Crime: Resposta possível: Derrubada ilegal de árvores (10 pontos).
8 Atividade retirada de adaptada de Barbosa, J. P. Narrativa de Enigma. São Paulo: Editora FTD, 2002, pp. 65-‐69.
Sumário
b. De acordo com o resumo do caso, o detetive escolhido terá que descobrir: (10 pontos)
( X ) o local do crime, os mandantes e o destino da madeira extraída.
( ) o local do crime, o tipo de madeira extraída e os mandantes.
( ) os mandantes do crime, o destino da madeira extraída e o preço pago por ela.
c. Dada essa situação, você vai criar o detetive que mais chances teria para resolver ocaso. A seguir, você encontrará uma lista de características que um detetive pode ter.Mas, atenção!!! Para que você não construa simplesmente um “super-‐homem” muitolonge de um detetive real, você vai poder escolher apenas QUATRO características dalista a seguir. Pense na situação dada e escolha quatro características que esse detetivedeve possuir para que possa resolver o caso. (10 pontos)
LISTA DE CARACTERÍSTICAS ( ) possui bom preparo físico (inclui
resistência e forma física)
( ) é muito forte
( ) é excelente nadador
( ) é um excelente piloto de avião
( ) é muito observador (nada passa
despercebido diante de seus olhos)
( ) é um mestre dos disfarces (pode
aparecer disfarçado de qualquer pessoa, sem
levantar suspeitas)
( ) possui um excelente raciocínio dedutivo
( ) possui conhecimentos de geografia
( ) possui conhecimentos de história
( ) possui conhecimentos de botânica
( ) possui conhecimentos de zoologia
( ) possui conhecimentos de matemática
( ) possui conhecimentos de administração
( ) possui conhecimentos de engenharia de estradas
( ) possui conhecimentos de informática (sabe recuperar informações, cruzar dados, invadir arquivos protegidos com senhas de segurança etc.)
( ) comunica-‐se muito bem (inclui saber fazer perguntas, conseguir informações, saber negociar, confundir etc.
___________________________________________________________________________Resposta pessoal. Ajudaria na resolução do caso alguém que tivesse um bom preparo físico, fosse bom nadador e bom nos disfarces, se comunicasse bem e possuísse conhecimentos de geografia, botânica e zoologia. Mas outras possibilidades, desde que fundamentadas também são possíveis.
d. Agora, descreva o detetive que você começou a criar. Mas, atenção!!! Você NÃO deverá simplesmente dizer, de forma direta, suas características, com frases do tipo “John é um detetive muito forte, observador, possui um ótimo preparo físico e sabe pilotar aviões.” Esse é um jeito mais simples e comum de descrever. Escolha DUAS das características que você atribuiu ao detetive no exercício anterior e ilustre cada uma com uma situação que exemplifique essa característica, como nos três exemplos que se seguem:
Exemplos:
Conhecia informática como ninguém: era capaz de adentrar em qualquer sistema de segurança em busca da informação desejada. [...]
Era um mestre dos disfarces; podia se fazer passar por qualquer um a qualquer hora do dia ou da noite: mulher, homem, velho, jovem, estrangeiro... Até por criança já havia se passado. [...]
Tinha uma memória de elefante. Jamais anotava nada e se lembrava de tudo ‒ nomes, endereços, fatos, pistas. Cheguei a suspeitar que no lugar de neurônios, ele possuía um HD.
Agora é a sua vez. Preste atenção na pontuação que foi usada para ilustrar a característica do detetive. Nos dois primeiros exemplos, foram usados dois-‐pontos (:) e, no terceiro, travessão (–). Tente construir duas frases descritivas, conforme o exemplo acima, variando a pontuação. (20 pontos)
Professor, se julgar conveniente, proponha a elaboração coletiva de um parágrafo de descrição, tomando alguma característica que provavelmente não seria apontada, como conhecimentos de matemática ou de história, e desafiando os alunos a relacioná-‐las com uma exemplificação, como solicitado no enunciado da atividade.
2. Agora, leia o caso 2:
Caso 2 Inconformado com o relatório final de CPI, que não conseguiu apontar a participação de políticos famosos em um esquema de corrupção envolvendo desvio de dinheiro público em obras viárias, um deputado federal resolveu contratar um detetive para esclarecer o caso. Este detetive deverá descobrir quais políticos famosos estão envolvidos neste esquema de corrupção e como o esquema funciona e deve apresentar provas que comprovem o suposto envolvimento.
Texto adaptado de Barbosa, J. P. Narrativa de Enigma. São Paulo: Editora FTD, 2002, pp. 65-‐69.
a. Crime: Resposta possível: Desvio de dinheiro público (10 pontos).
b. O detetive escolhido para o caso terá que descobrir: (10 pontos)
( X ) os culpados e o funcionamento do esquema.
( ) os culpados e os valores desviados.
( ) o funcionamento do esquema e os valores desviados.
c. Tal como na situação 1, você só poderá escolher QUATRO características da lista aseguir que o detetive deverá possuir para poder desvendar o caso. (10 pontos)
LISTA DE CARACTERÍSTICAS ( ) possui bom preparo físico (inclui
resistência e forma física)
( ) é muito forte
( ) é excelente nadador
( ) é um excelente piloto de avião
( ) é muito observador (nada passa
despercebido diante de seus olhos)
( ) é um mestre dos disfarces (pode
aparecer disfarçado de qualquer pessoa, sem
levantar suspeitas)
( ) possui um excelente raciocínio dedutivo
( ) possui conhecimentos de geografia
( ) possui conhecimentos de história
( ) possui conhecimentos de botânica
( ) possui conhecimentos de zoologia
( ) possui conhecimentos de matemática
( ) possui conhecimentos de administração
( ) possui conhecimentos de engenharia de estradas
( ) possui conhecimentos de informática (sabe recuperar informações, cruzar dados, invadir arquivos protegidos com senhas de segurança etc.)
( ) comunica-‐se muito bem (inclui saber fazer perguntas, conseguir informações, saber negociar, confundir etc.
___________________________________________________________________________
Resposta pessoal. Ajudaria na resolução do caso alguém que tivesse conhecimentos de informática, administração e engenharia de estradas. Também ajudaria, nesse e em outros casos, que o detetive tivesse raciocínio dedutivo, se comunicasse bem e fosse observador. Mas outras possibilidades, desde que fundamentadas, também são possíveis.
d. Agora, você vai descrever o detetive que começou a criar. Mas, atenção!!! Você NÃOpoderá simplesmente dizer, de forma direta, suas características, com frases do tipo“John é um detetive muito forte, observador, possui um ótimo preparo físico e sabepilotar aviões.” Para cada característica que você atribuir ao detetive, você deveráestabelecer uma comparação. Veja alguns exemplos.
Exemplos:
Tinha o rosto pálido, os olhos irrequietos e amedrontados, como os de um animal que está sendo caçado. [...]
Era pequena e esguia, muito loira, aparência infantil, os olhos azuis grandes e inocentes como os de uma criança. (A Aventura do ‘Estrela do Ocidente’ -‐ Agatha Christie). [...]
Tinha uma memória de elefante. Jamais anotava nada e se lembrava de tudo ‒ nomes, endereços, fatos, pistas. Cheguei a suspeitar que no lugar de neurônios, ele possuía uma HD.
(Note que neste último exemplo, a palavra “como” não aparece. Em vez de dizer “tinha a memória como a de um elefante” optou-‐se por dizer “tinha uma memória de elefante”).
Agora, é a sua vez. Escolha duas características e crie duas frases estabelecendo comparações. (20 pontos)
Professor, explore com os alunos o recurso da comparação, discutindo que comparações muitos óbvias e gastas como “azul como o céu”, “vermelho como sangue”, “livre como um pássaro” acabam por empobrecer o texto. Recomenda-‐se não ser tão óbvio. Além disso, pode-‐se trabalhar também com outras formas de estruturar a comparação, tais como sinonímias (por ex., X parece y) ou apagamento da palavra que indica comparação, como no último exemplo.
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto.• Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão global de um
texto.• Estabelecer relações entre imagens e o corpo do texto, comparando itens de informação
explícita.
Caso 5 – Enigmas ilustrados
Professor, essa atividade pode ser feita fora da sala de aula, mas desafie os alunos a resolverem os casos sem olhar a resolução. Caso não haja disponibilidade de computadores para os alunos, projete-‐a e proponha que a atividade seja feita coletivamente. Na falta de um projetor multimídia e de computadores, você pode imprimir os slides dos casos e distribuí-‐los para grupos de alunos.
Hora de colocar a mão na massa! Você vai ter que resolver quatro casos. Fique atento a todas as informações ditas e observe todos os detalhes da cena do crime.
1. O primeiro caso vai ser resolvido coletivamente.• Seu professor vai acessar O Caso da Colina Negra9, disponível em:
<http://www.escoladigital.org.br/odas/5791c34b69702d3dd94c1400>.
2. Agora, é com você! Tente resolver os três casos:
• O roubo de 1 milhão de dólares<http://www.escoladigital.org.br/odas/o-estranho-roubo-de-1-milhao-de-dolares>
• O caso do papagaio da Duquesa<http://www.escoladigital.org.br/odas/um-enigma-ilustrado>
• O roubo do baú lacrado<http://www.escoladigital.org.br/odas/5791c62f69702d352e320000>(Cada caso resolvido rende 25 pontos.)
3. Para terminar o desafio final: descubra duas coisas em comum nos casos analisados. (25 pontos)Algumas possibilidades de respostas: todos os casos foram resolvidos pelo Inspetor Arruda. A resolução de todos os casos requer que se relacionem as informações dadas com algo observado na cena do crime – o lado que a cerca de proteção da estrada foi rompido, a cama e a bandeja arrumadas e a ausência de sujeira no bilhete do sequestrador. Em três dos casos – O Caso da Colina Negra, O roubo de um milhão de dólares e O roubo do baú lacrado – quem se apresenta como vítima é, na verdade, culpado.
9 Disponível em: <http://sitededicas.ne10.uol.com.br/enigmas-‐logicos-‐o-‐caso-‐da-‐colina-‐negra.htm>. Acesso em: 11 jan. 2016.
Sumário
6º e 7º anos
• Estabelecer relações entre imagens e o corpo do texto, comparando itens de informaçãoexplícita.
• Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso intencional de recursosexpressivos gráfico-‐visuais.
• Inferir efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras, expressõesou imagens ambíguas.
• Identificar marcas de variação linguística de natureza social ou geográfica, no léxicomobilizado em um texto.
Caso 6: O enigma dos quadrinhos10
Professor, adiante para os alunos que o desafio agora é descobrir um ladrão, autor de HQ. Retome coletivamente as pistas, perguntando como fariam para descobrir se uma pessoa é do interior de São Paulo sem perguntar isso diretamente a ela e se sabem o que é duplo sentido. Se necessário, explique que duplo sentido se refere a palavras que apresentam mais de um significado, que só pode ser determinado pelo contexto de uso. Se necessário, discuta cada uma das tirinhas e retome as pistas para saber se seu autor é o culpado ou não.
Quatro roubos agitaram o mundo dos quadrinhos: os originais dos primeiros números das tirinhas do Menino Maluquinho, da Turma da Mônica, do Geraldinho e da Lola foram roubados em plena luz do dia.
Investigações preliminares levaram a quatro quadrinistas11 suspeitos: Paulo Quadros, Joel das Tiras, Zé dos balões e Duda HQ. Um informante da polícia enviou três pistas e simplesmente desapareceu. As pistas eram as seguintes:
• O culpado NÃO é o quadrinista que costuma brincar com as letras e os números.• Os personagens criados pelo culpado NÃO retratam pessoas do interior de São Paulo.• O culpado NÃO é o quadrinista que costuma brincar com o duplo sentido das palavras.
A seguir, leia as tirinhas produzidas pelos quatro suspeitos, responda à questão colocada para cada tirinha e, a partir das três pistas acima, procure determinar quem é o culpado.
Tirinha 112
10 As tirinhas integrantes dessa atividade tiveram alguns de seus títulos e assinaturas retirados em função da proposta de atividade. As tirinhas originais podem ser acessadas nos links indicados. 11 Quadrinista é autor de história em quadrinhos. 12 Tirinha original de autoria de Rafael e disponível em: <http://coletivocatarse.com.br/home/wp-‐content/uploads/2013/04/13.sapatira89-‐p.jpg>. Acesso em 02 jan. 2016.
Sumário
1. Como podemos ter certeza de que o tênis é mesmo “pirata”?
Porque o nome da marca está escrito de forma errada – Naike – quando o certo seria NIKE.
Tirinha 213
2. Circule o Wally. (10 pontos)
13 Tirinha original de autoria de Rafael disponível em: <http://coletivocatarse.com.br/home/caracteres-‐3/>. Acesso em: 02 jan. 2016.
Tirinha 314
3. O que provoca humor nessa tirinha? (10 pontos)
O duplo sentido de chutar – adivinhar e dar um chute.
Tirinha 415:
4. Por que se desconfia que os dois estão brigados? (10 pontos)
Porque um está de costas para o outro.
14 Tirinha produzida para essa atividade. 15 Tirinha original de autoria de Rafael e disponível em: <http://coletivocatarse.com.br/home/caracteres-‐13/>. Acesso em: 02 jan. 2016.
Tirinha 516:
5. Quem é o Joel? (10 pontos)
O oito deitado.
Tirinha 617
6. O que provoca humor nessa tirinha? (10 pontos)
O fato da personagem de azul ter cumprimentado seu compadre – “firme” – e eleentender que não se tratava de um cumprimento, mas de uma pergunta sobre o queele estava assistindo (é um filme?).
16 Tirinha original de autoria de Rafael e disponível em: <http://coletivocatarse.com.br/home/caracteres-‐6/>. Acesso em: 02 jan. 2016. 17 Tirinha original disponível em: <https://goo.gl/QwlXYR>. Acesso em: 02 jan. 2016.
Tirinha 718
7. O que provoca humor nessa tirinha? (10 pontos)
Pés descalços serem considerados pelos dois chinelos como estando nus.
Após analisar todas as tirinhas, não resta nenhuma dúvida: o quadrinista ladrão é o
Zé dos balões. (30 pontos)
18 Tirinha original disponível em: <http://coletivocatarse.com.br/home/sapatiras-‐11/>. Acesso em: 02 jan. 2016.
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Identificar o sentido denotativo de vocábulo ou expressão utilizados em um segmento de um texto, selecionando aquele que pode substituí-‐lo por sinonímia no contexto em que se insere.
• Inferir tema ou assunto principal de um texto, com base em informações contidas em título, subtítulo ou corpo do texto.
• Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso de marcas discursivas de temporalidade no encadeamento dos fatos.
• Identificar os episódios principais de uma narrativa literária, organizando2 os em sequência lógica.
Caso 7: Cada parte em seu lugar
Professor, como a atividade contém trechos de um livro, alguns deles fora de ordem, e envolve certa complexidade, sugere-‐se que a atividade seja feita em sala, por partes e em duplas. Leia para eles o texto de introdução do caso e destaque o objetivo da atividade: arrumar o trecho de um texto que foi desorganizado.
No começo do inverno paulista de 1928, em que o clima da cidade de São Paulo era mais úmido e frio do que é hoje, um estranho fenômeno começou a acontecer na Editora Misteryum. A pequena empresa, que funcionava no bairro do Cambuci, ficava em um estreito prédio de três andares, no alto de uma ladeira íngreme e sinuosa. O prédio não tinha aquecimento interno e a umidade marcava suas paredes, descascando parte do reboco.
Quem subisse a rua, logo avistaria uma placa já gasta com o nome da editora e, se fosse pessoa observadora, logo iria notar que os negócios não andavam bem. De fato, nos últimos meses, algo muito, muito estranho, acontecia ali.
O enigma mais do que misterioso que estava acontecendo ali era inexplicável. Os livros eram produzidos manualmente. Para que eles fossem impressos, era preciso montar cada página antes, colocando cada letra à mão em caixilhos, primeiro compondo frases, depois parágrafos e, por último, a página. Depois de prontas, as páginas iam para a máquina de impressão. A partir daí, podiam ser feitas milhares de cópias. No passado muitos livros foram fabricados dessa forma.
Sumário
Os tipógrafos trabalhavam intensamente durante o dia, compondo as páginas com cada palavra, frase ou parágrafo em seu devido lugar, para que os leitores pudessem ler o texto e apreciar as histórias.
No dia seguinte, quando iam colocar os caixilhos na impressora, os parágrafos estavam totalmente bagunçados! Eles tinham que começar a organização novamente, usar de toda a paciência do mundo para cumprir a tarefa. Mas, toda vez que uma nova página era criada durante o dia, o fenômeno da misturação acontecia.
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Isso não poderia continuar acontecendo! Era preciso solucionar o mistério! Então, chamaram um detetive para resolver o caso. Mas antes mesmo de resolvê-‐lo definitivamente, era preciso dar conta de uma urgência: arrumar a sequência de um capítulo de um livro que precisava ser lançado em breve. Um novo atraso na publicação desse livro causaria o rompimento de um contrato e, certamente, a falência da editora. Você e seus colegas foram então convocados para ajudar o detetive do caso. Enquanto ele tenta descobrir o que ou quem estava por trás da desarrumação dos textos, vocês devem colocar o texto a ser impresso em ordem. Mas é bom se preparar, porque a história em questão envolve aparições, desaparecimentos e sustos...
Mas, antes de arrumar as páginas desorganizadas, vocês precisam conhecer a história do livro. Para isso, realizem as atividades a seguir:
1. Ouça o áudio a seguir de um programa que apresenta o livro “Ele, Lá e os Outros”, deautoria de Percival Tadeu Figueiredo. Ouça até 1min58s e converse com os colegas sobreo resumo do início da história apresentado.
Áudio: Livros a dois cliques 2 Ele, Lá e os Outros: <http://www.escoladigital.org.br/odas/projeto-dois-
cliques>
Professor, coloque o áudio para que escutem até 1min58s e deixe que comentem livremente. Encaminhe, então, para a realização da questão 2, colocando o áudio do resumo dos três primeiros capítulos da história novamente (0min35s até 1min58s). Colocar o áudio para a turma é sempre potencialmente mais rico por trazer a voz de outros, em produções que circulam fora da escola e por ter efeitos sonoros que podem provocar mais envolvimento. Caso não seja possível, conte sobre o livro em questão e proceda a uma leitura expressiva do resumo da história apresentado a seguir:
Uma série de misteriosos acontecimentos provocou a maior agitação entre o pessoal da escola. Tudo começou quando um dos alunos, Pedrinho, entrou em pânico, ficou branco de susto e quase desmaiou no pátio, na hora do recreio. Os professores e a diretora conversaram com ele em particular e o mandaram para casa.
Desde esse dia, os demais ficaram assustados e preocupados, sem saber o que tinha acontecido com ele. Os adultos, com expressões muito sérias e tons graves de voz, evitavam falar mais claramente do assunto. Diziam: ele está passando por um mau momento, voltará dentro de alguns dias.
Como essa explicação não explicava nada, a garotada alvoroçava-‐se, levantando mil hipóteses sobre o acontecido. A mais provável das hipóteses era a de que o garoto estaria doente, com alguma coisa grave e contagiosa. Começaram a planejar uma visita ao Pedrinho, para investigar se era isso mesmo. Iriam ao final da tarde, depois da aula.
Durante a tarde que parecia interminável, porém, outro acontecimento estranhíssimo interrompeu a realização do plano.
Ele, Lá e os Outros, de Percival Tadeu Figueiredo. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000904.pdf>.
Acesso em: 21 mar. 2016.
2. Nos três primeiros capítulos, resumidos no áudio que acabaram de ouvir, ocorreu um fatoque deixou os alunos de certa escola muito agitados. Levando em conta a sequência defatos do áudio ouvido, leiam os títulos desses capítulos e os enumerem de acordo com aordem que acham que eles ocupam no livro. (10 pontos)
a) O Dia Seguinte ( 3 ) b) A Boataria ( 2 ) c) O Susto ( 1 )
Professor, proponha que façam, em duplas, as questões de 3 a 7 e retome-‐as coletivamente.
3. Leia, agora, o início do quarto capítulo.
“As horas pareciam intermináveis, o pessoal não tirava os olhos do relógio e nada de chegar a hora de ir para casa. O pior de tudo é que sempre tem um engraçadinho que repete aquela frase sem graça, achando que está agradando:
— Dá meia noite, mas não dá a hora da gente ir embora.
O tempo estava congelado e a mão da ansiedade parecia puxar os ponteiros para trás. Foi quando se ouviu um medonho grito de horror, misturado com desespero, ou qualquer coisa deste tipo. Os cabelos arrepiaram-‐se pelos corpos e por alguns segundos todos ficaram tal qual o ponteiro do relógio. Congelados.”
Marque os trechos que indicam que o tempo parecia não passar. (10 pontos)
a) — Dá meia noite, mas não dá a hora da gente ir embora. ( X )
b) As horas pareciam intermináveis, o pessoal não tirava os olhos do relógio e nada dechegar a hora de ir para casa. ( X )
c) Foi quando se ouviu um medonho grito de horror, misturado com desespero, ouqualquer coisa desse tipo. ( )
d) O tempo estava congelado e a mão da ansiedade parecia puxar os ponteiros para trás.( X )
4. Como você pode observar, o narrador fala de diferentes formas que o tempo estavademorando para passar, repetindo essa informação mais de uma vez. Pode-‐se dizer queessa repetição. (10 pontos)
( ) revela que o autor da história não tem um domínio mínimo da escrita de narrativas,pois repete desnecessariamente informações.
( X ) ajuda a causar um clima de suspense na história, permitindo que o leitor possa tomarmais contato com o sentimento das personagens.
( ) não tem nenhuma importância, já que ela não altera em nada os fatos centrais danarrativa. Dá na mesma dar a informação só uma vez ou repeti-‐la.
Professor, a fim de realizar uma atividade comparativa, primeiramente, leia para osalunos uma versão mais enxuta do trecho apresentada a seguir:
As horas pareciam intermináveis. Foi quando se ouviu um medonho grito de horror,misturado com desespero, ou qualquer coisa deste tipo.
Depois, leia a versão original e pergunte aos alunos se são iguais. O objetivo é quepercebam os efeitos de sentido causados por esse tipo de repetição. Ajude-‐os a perceberque, em textos literários, a forma como se conta a história é tão ou mais importante doque aquilo que é contado. No caso de histórias policiais, de aventura ou de terror, porexemplo, é fundamental a criação de um clima de suspense.
5. Na história, a palavra “Congelados”, significa o mesmo que: (10 pontos)
a) ( ) muito gelados.
b) ( X ) paralisados.
c) ( ) insensíveis.
6. Como você constatou, no quarto capítulo, aconteceu novamente outro fato estranho.Qual dos títulos abaixo pode ser o desse capítulo? (10 pontos)( ) A investigação ( ) Na Sala da Professora ( X ) Tudo de novo
7. Ouça, agora, a continuidade do áudio que você começou a ouvir na questão. Nessa parte(a partir de 1min59s), o áudio traz a leitura do último trecho do quarto capítulo do livro.
Professor, caso não seja possível colocar o áudio para a turma, como na primeira questão,proceda a uma leitura expressiva do último trecho do quarto capítulo do livro:
E desta vez não houve ensaio de vaia. Um murmurinho extremamente íntimo entre os alunos e entre os professores ocupava o ar, juntamente com o barulho do pessoal retornando pacificamente para as salas de aula.
Todos estavam assustados. Mais assustados do que curiosos. O silêncio sobre o assunto certamente retratava o medo. Medo não se sabia do quê, talvez do desconhecido. Talvez de tornar o desconhecido em conhecido. Fato é que a cumplicidade se instalou na escola, e apesar de estar claro de que nada estava normal, todos fingiam que nada de anormal havia acontecido ou estava acontecendo.
Os professores continuavam suas aulas do ponto em que haviam parado, os alunos fingiam prestar atenção e tudo seguia falsamente normal como se os minutos anteriores não tivessem existido.
Um lapso temporal se estabeleceu, falsamente, pois a lembrança dos pavorosos gritos não permitia que as mentes esquecessem o tempo passado, e por mais que alguns se esforçassem para tornar as coisas normais, tudo parecia soar falso, pois o que todos queriam não era voltar à aula como se nada tivesse ocorrido.
O que todos realmente queriam era falar sobre os fatos estranhos que estavam ocorrendo na escola naqueles últimos dias, mas ninguém se atrevia.
Ele, Lá e os Outros, de Percival Tadeu Figueiredo, Capítulo 4. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000904.pdf>.
Acesso em: 21 mar. 2016.
8. Depois de terem conhecido alguns dos acontecimentos dos três primeiros capítulos dahistória e o final do quarto capítulo, chegou a hora de ajudar realizar sua parte nessecaso: reorganizar as partes da história que foram embaralhadas. Para isso, leia os trechosindicados com as letras A, B, C, D e procure estabelecer a ordem correta deles. (50pontos)
Professor, oriente os alunos a lerem os trechos, procurando as pistas de conexão entreeles. Se necessário, diga para eles que, durante essa sequência de acontecimentos, todosse deslocam pela escola.
Trecho A
A Diretora imediatamente arrasta a Menina por entre os outros alunos em direção à sua sala, ao mesmo tempo em que emite a ordem:
– Voltem para as suas salas. Não foi nada. Foi só um susto.
E desta vez não houve ensaio de vaia. Um murmurinho extremamente íntimo entre os alunos e entre os professores ocupava o ar, juntamente com o barulho do pessoal retornando pacificamente para as salas de aula.
(Trecho 4, sequência do 3)
Trecho B
O segundo grito veio, e este, diferente do primeiro, fez todos os alunos levantarem das carteiras e os professores, instintivamente, irem em direção da porta.
A sequência de frenéticos e pavorosos gritos a partir daquele instante instaurou um verdadeiro caos na escola. Os professores saíam das salas, seguidos pelos alunos, que arrastavam carteiras e espalhavam os materiais escolares pela sala e pelos corredores.
Todos estavam pelos corredores da escola e não era somente um grito feminino que se ouvia agora. Vários outros gritos misturavam-‐se ao original, que a esta altura, já não se sabia de onde vinha e quem era o dono.
(Trecho 1, parte inicial desse trecho do livro que dá continuidade aos fatos relatados no áudio que apresenta a história)
Trecho C
Todos foram rodeando a apavorada criatura como se esta estivesse cercada por um cordão de isolamento invisível, todos mantinham praticamente a mesma distância da Menina, até que a Diretora rompeu o cordão de isolamento para acudi-‐la.
A Diretora aproximou-‐se, apoiou a Menina nos braços e perguntou:
– O que foi que aconteceu?
A Menina olha para a Diretora e diz:
– Uma loira.
(Trecho 3, sequência do trecho 2)
Trecho D
O caos parecia não ter fim, então a correria foi diminuindo, a gritaria parando e todos foram ficando estáticos diante da gélida figura da menina, que agora podiam perceber ser dona dos pavorosos gritos.
A Menina estava no meio do pátio, ancorada no mesmo pilar que servira de apoio ao Pedrinho no dia anterior. Sua aparência estava terrível, os olhos esbugalhados, a cor branca, o suor gotejando por todos os orifícios de sua pele e sua respiração ofegante, davam a impressão que a ancorada havia acabado de fugir da jaula de um leão faminto.
(Trecho 2, sequência do trecho 1)
A sequência correta é:
1ª trecho: B
2º trecho: D
3º trecho: C
4º trecho: A
9. Agora, clique no link abaixo para ter acesso ao livro inteiro (é preciso preencher oscampos “tipo de mídia”, “categoria” e “autor” ou “título” para que a busca possa serfeita), cujos trechos são trabalhados nessa atividade. Vá à página 6 para ver se asequência faz sentido. Aproveite para checar se a sequência que você propôs é a correta.
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000904.pdf>
Professor, caso não haja possibilidade de acesso a computadores, salve o texto em algumamídia e projete-‐o para os alunos ou imprima algumas cópias e proponha uma leituracoletiva do trecho. Mas, oriente os alunos para que tentem fazer uma leitura expressiva ecom ritmo para tentar garantir o clima da história. No final, peça para que confiram se aordem que propuseram é a correta e pergunte quem acertou, lembrando-‐os de lançaremos pontos.
Tudo de Novo
Capítulo do livro “Ele, Lá e os Outros”, de Percival Tadeu Figueiredo
As horas pareciam intermináveis, o pessoal não tirava os olhos do relógio e nada de chegar a hora de ir para casa. O pior de tudo é que sempre tem um engraçadinho que repete aquela frase sem graça, achando que está agradando:
— Dá meia noite, mas não dá a hora da gente ir embora.
O tempo estava congelado e a mão da ansiedade parecia puxar os ponteiros para trás. Foi quando se ouviu um medonho grito de horror, misturado com desespero, ou qualquer coisa deste tipo. Os cabelos arrepiaram-‐se pelos corpos e por alguns segundos todos ficaram tal qual o ponteiro do relógio. Congelados.
O segundo grito veio, e este, diferente do primeiro, fez todos os alunos levantarem das carteiras e os professores, instintivamente, irem em direção da porta.
A sequência de frenéticos e pavorosos gritos a partir daquele instante instaurou um verdadeiro caos na escola. Os professores saíam das salas seguidos pelos alunos, que arrastavam carteiras e espalhavam os materiais escolares pela sala e pelos corredores.
Todos estavam pelos corredores da escola e não era somente um grito feminino que se ouvia agora. Vários outros gritos misturavam-‐se ao original, que a esta altura, já não se sabia de onde vinha e quem era o dono.
O caos parecia não ter fim, então a correria foi diminuindo, a gritaria parando e todos foram ficando estáticos diante da gélida figura da menina, que agora podiam perceber ser dona dos pavorosos gritos.
A Menina estava no meio do pátio, ancorada no mesmo pilar que servira de apoio ao Pedrinho no dia anterior. Sua aparência estava terrível, os olhos esbugalhados, a cor branca, o suor
gotejando por todos os orifícios de sua pele e sua respiração ofegante, davam a impressão que a ancorada havia acabado de fugir da jaula de um leão faminto.
Todos foram rodeando a apavorada criatura como se esta estivesse cercada por um cordão de isolamento invisível, todos mantinham praticamente a mesma distância da Menina, até que a Diretora rompeu o cordão de isolamento para acudi-‐la.
A Diretora aproximou-‐se, apoiou a Menina nos braços e perguntou:
— O que foi que aconteceu?
A Menina olha para a Diretora e diz:
— Uma loira.
A Diretora imediatamente arrasta a Menina por entre os outros alunos em direção à sua sala, ao mesmo tempo em que emite a ordem:
— Voltem para as suas salas. Não foi nada. Foi só um susto.
E desta vez não houve ensaio de vaia. Um murmurinho extremamente íntimo entre os alunos e entre os professores ocupava o ar, juntamente com o barulho do pessoal retornando pacificamente para as salas de aula.
Todos estavam assustados. Mais assustados do que curiosos. O silêncio sobre o assunto certamente retratava o medo. Medo não se sabia do quê, talvez do desconhecido. Talvez de tornar o desconhecido em conhecido. Fato é que a cumplicidade se instalou na escola, e apesar de estar claro de que nada estava normal, todos fingiam que nada de anormal havia acontecido ou estava acontecendo.
Os professores continuavam suas aulas do ponto em que haviam parado, os alunos fingiam prestar atenção e tudo seguia falsamente normal como se os minutos anteriores não tivessem existido.
Um lapso temporal se estabeleceu, falsamente, pois a lembrança dos pavorosos gritos não permitia que as mentes esquecessem o tempo passado, e por mais que alguns se esforçassem para tornar as coisas normais, tudo parecia soar falso, pois o que todos queriam não era voltar à aula como se nada tivesse ocorrido.
O que todos realmente queriam era falar sobre os fatos estranhos que estavam ocorrendo na escola naqueles últimos dias, mas ninguém se atrevia.
Ele, Lá e os Outros, de Percival Tadeu Figueiredo, Capítulo 4.
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto. • Inferir informação pressuposta ou subentendida, com base na compreensão global de um
texto. • Estabelecer relações entre imagens e o corpo do texto, comparando itens de informação
explícita. • Identificar diferenças ou semelhanças observadas no tratamento dado a uma mesma
informação veiculada em diferentes textos (no caso, um texto verbal e uma xilogravura).
Caso 8: Detetive do passado
Professor, o jogo Detetives do Passado tem como tema central a escravidão no Brasil no século XIX, sendo um objeto digital de aprendizagem indicado para a disciplina de História. Um trabalho interdisciplinar seria muito bem-‐vindo, mas, caso não seja possível, seu uso nessa atividade objetiva propiciar uma situação significativa de leitura de textos históricos e didáticos e o trabalho com as habilidades de leitura já destacadas. É importante que você acompanhe os alunos durante a navegação pelo jogo, desafiando-‐os a responderem às perguntas. O próprio jogo disponibiliza uma versão em PDF de seu conteúdo nas telas iniciais (há um quadro de download, à esquerda), que pode ser usada caso haja dificuldades de acesso à internet. Mas, nesse caso, perde-‐se a diagramação mais trabalhada e atraente, a interatividade e uma melhor visualização das imagens. Outra possibilidade é capturar as telas do jogo, dando comando de impressão e, no campo “destino”, alterando para salvar em PDF. Nesse outro caso, a diagramação fica mais próxima da proposta, mas a falta de interatividade permanece, o que pode demandar uma maior mediação da sua parte. De qualquer maneira, facilitaria otrabalho se os alunos pudessem ter cópias da Ficha Síntese do Caso, para que possam irrespondendo às questões, conforme navegam pelo jogo. Ao introduzir a atividade, pergunte oque sabem sobre a escravidão no Brasil. O caso escolhido – Caso 6 – foca uma dimensão do diaa dia da relação entre brancos e negros – o transporte realizado pelos negros. Durante adiscussão das respostas, chame a atenção para a situação a que os negros eram submetidos,como eram desconsiderados em sua humanidade, a ponto de um missionário inglês comentarque era mesmo um sacrifício muito grande brancos subirem a pé as ladeiras íngremes queconduzem à Cidade Alta, em Salvador, e que era mais do que justificável que fossemconduzidos por cadeiras carregadas pelos negros, sem considerar o sacrifício muito maior feitopor eles dado o peso transportado (algo que é explorado na questão 4)]
Uma investigação também pode envolver o passado. A proposta agora é que você jogue o game Mistérios do passado, que tem como temática geral a escravidão no Brasil no século XIX, um episódio da nossa história que, infelizmente, ainda não foi totalmente superado.
A proposta é que você resolva o caso escolhido, colocando-‐se no lugar de um escravo que transportava coisas com suas próprias mãos. Além de definir como você vai transportar o piano envolvido no caso em questão, você deverá preencher a Ficha Síntese do Caso 6, disponibilizada a seguir. De posse da ficha, acesse ao jogo Detetives do Passado <http://www.escoladigital.org.br/search?q=Detetives+do+passado>. Boa sorte!
Sumário
Ficha Síntese do caso 6 – Detetives do Passado (10 pontos cada questão)
1. Quem carregava coisas pelas ruas noBrasil do séc. XIX? Que coisas carregadas sãomencionadas no game?
Os escravos carregavam as coisas dos homens brancos. Pacotes, embrulhos, açúcar, algodão, café, cadeiras com pessoas, cadeiras, mesas, armações de camas, colchões, utensílios domésticos, dentre outros.
2. Quem não carregava coisas pela rua e porque não carregava?
A elite branca não carregava coisas nas ruas. Não o fazia porque era sinal de prestígio ter um negro fazendo o trabalho pesado para si.
3. Etapa 1, pista 2B: onde a menina doquadro do Debret está indo?
Para a escola, que aparece na placa da construção para a qual ela se dirige.
4. Após incluir um trecho de um texto em que missionários americanos relatam que havia escravos encarregadosde transportar passageiros em cadeirinhas, os autores do game incluem o seguinte parágrafo:
Depois de observar o costume das cadeirinhas, Daniel Kinder e James Fletcher tiveram mesmo coragem de escrever que era penoso “para uma pessoa branca subir a pé as encostas íngremes onde fica a Cidade Alta?” Volte lá e confira.
A intenção dos autores ao fazerem esse comentário era:
( ) chamar atenção dos jogadores/leitores para a altura enorme que separava a Cidade Alta da Cidade Baixa em Salvador.
( ) mostrar a sensibilidade dos missionários para com os homens brancos e negros do Brasil.
(X ) mostrar indignação diante do comentário dos missionários, que dizia que era penoso para um branco subir a pé sem considerar o que seria para um negro subir com todo esse peso.
5. Etapa 1, pista 2D: o que está à venda noanúncio do Jornal do Comércio?
Um escravo, de 20 anos, que, segundo o anúncio, é um perfeito cocheiro.
6. Por que as pessoas compravam piano? Porque o piano dava status, era moda. Era um objeto aristocrático que enriquece as casas.
7. Quais eram as funções das cançõescantadas durante o transporte braçal dascoisas?
Ajudava a dar ritmo ao trabalho, a aliviar os esforços do corpo, mas, sobretudo ajudava a aliviar o espírito, de forma a que não se desesperassem.
8. Leia o texto da Etapa 3, pista 1 C,observe atentamente a xilogravura da pista2 da Etapa 3 e diga: como eram carregadosos pianos? O texto e a imagem dão amesma informação?
No texto da pista 1C da Etapa 3, se diz que, geralmente, os pianos eram carregados por seis homens, três na frente e três atrás com as mãos apoiadas sobre os ombros dos parceiros. Já a xilogravura mostra três homens de cada lado com o piano apoiado na cabeça e com os braços soltos. Carregam o piano na cabeça. Mais do que pensar em discutir que fonte de informação poderia estar correta (até porque poderia haver mais de uma maneira de carregar os pianos), o que vale aqui é a comparação de fontes e a percepção do que é semelhante e do que é diferente.
9. Qual o endereço da loja de instrumentosmusicais Isidoro Bevilacqua?
Rua do Ourives, 53.
10. Construa um roteiro para transporte dopiano, desde a loja até a casa de IaiáGarcia, usando os verbos no infinitivo eindicações de sentido e distância, como noexemplo que você pode consultar clicandoAQUI.
Pegue a Rua do Ourives em direção ao Morro do Castelo.
Continue pela Rua da Ajuda.
Entre na 4ª à direita, Rua dos Barbonos, e vá até o final para chegar ao pé do morro de Santa Teresa.
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Estabelecer relações entre imagens e o corpo do texto, comparando itens de informação explícita.
• Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso intencional de recursos expressivos gráfico-‐visuais.
• Inferir o efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras, expressões ou imagens ambíguas.
• Identificar os episódios principais de uma narrativa literária, organizando2 os em sequência lógica.
Caso 9: O sumiço da galinha
Professor: A partir das atividades sobre um conto de Clarice Lispector e de uma animação baseada nesse conto, os alunos deverão descobrir o paradeiro da galinha. Proponha, desde antes da leitura, que tentem descobrir o que vai acontecer com a galinha, retomando a questão durante toda a atividade, para que possam reformular a hipótese levantada, se for o caso.
Uma família comprou uma galinha viva (era uma família de antigamente, claro) para cozinhá-‐la no almoço de domingo. Naquele tempo, nada era mais normal do que torcer o pescoço da ave e retirar suas penas e miúdos internos antes de prepará-‐la de acordo com o cardápio do dia.
Bem, essas eram as intenções da família.
Mas, e as intenções da galinha? O que se passaria naquele pequeno cérebro? O fato é que a galinha sumiu, assim de repente, não mais que de repente.
Sua missão é fazer as atividades a seguir para encontrar a galinha fujona e tentar adivinhar que destino está reservado para ela.
Vamos lá?
Professor, se achar interessante, solicite que formem duplas, leiam o trecho de texto e troquem ideias sobre as questões propostas a seguir. A leitura compartilhada com discussão entre alunos de uma dupla é, comprovadamente, uma estratégia que favorece a compreensão leitora. Além disso, organizar duplas em que um dos alunos seja leitor menos fluente, pode contribuir para que ele supere essa questão.
1. Leia o início do conto escrito por Clarice Lispector, autora de muitas narrativasempolgantes.
Uma Galinha
“Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
Parecia calma. Desde sábado encolhera-‐se num canto da cozinha. Não olhava paraninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua
Sumário
intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado”.
(Clarice Lispector, Laços de Família. RJ: Editora Rocco, 1998.)
2. Conversem sobre as questões a seguir. (30 pontos)
a. No trecho do conto que acabaram de ler, o que quer dizer afrase “Era uma galinha de domingo”?
b. Como a galinha se comportava no início do conto?
c. Que sentimentos as pessoas demonstravam pela ave?
d. O que vocês acham que a galinha foi fazer no telhado do vizinho?
Professor, depois das primeiras discussões, os alunos deverão ver uma divertida animação feita a partir do conto de Clarice. Como matar galinhas é fato mais raro atualmente – normalmente as galinhas que consumimos já estão mortas e congeladas no supermercado, pode ser que os alunos não tenham essa experiência.
3. Em duplas ou grupos, assistam à animação Uma galinha<http://www.escoladigital.org.br/odas/54b976fa69702d65e2320100>, produzida porRafael Aflalo, a partir do conto de Clarice. Tentem descobrir o que vai acontecer com agalinha antes de chegar ao final da história.
4. Agora, comentem o vídeo e, em seguida, escolham as alternativas corretas paracompletar as frases. (30 pontos)
a. No vídeo, há um momento em que a mulher e a galinha:
Entram em conflito. ( )
Tornam-‐se companheiras. ( X )
b. As cenas entre a mulher e a galinha:
Foram imaginadas para causar tristeza. ( )
Foram elaboradas para criar efeito de humor. ( X )
c. No final do vídeo, a galinha:
Vai para a panela. ( X )
Foge e sobrevive. ( )
Professor, pergunte para os alunos se conseguiram descobrir antes o que iria acontecer com a galinha. Explore com eles os outros elementos do vídeo, como por exemplo, a trilha sonora. Pergunte se percebem como ela conduz o ritmo da história, mudando conforme a situação (quando ela pensa que está a salvo durante a fuga, a música muda, retornando à primeira em seguida quando é capturada. No final, também há uma suspensão abrupta da música ‒ reforçando o acontecimento repentino ‒ e a inclusão de outra música.)
5. Leia o restante do conto para saber se a história de Clarice Lispector e a contada novídeo terminam da mesma forma. Consulte:<http://www.releituras.com/clispector_galinha.asp>.
Professor, a sugestão, neste momento, é que você projete e leia o conto para a classe,até a parte do sexto parágrafo, que termina em “cacarejos roucos e indecisos”. Façauma pausa e desafie os alunos a descobrirem o que poderá ter acontecido com agalinha dessa parte do conto em diante. Depois proponha que leiam sozinhos até ofinal da história.
6. Depois da leitura, leiam as questões e marquem as alternativas corretas. (40 pontos)
Professor, ao final desta atividade, retome com os alunos a ideia de personagemfigurativa para abrir uma discussão sobre a questão C. Questione-‐os sobre a posiçãoque tomaram em relação à galinha: ela deveria ser preservada ou acabar morta, comode fato aconteceu no conto? Comente que se a galinha fosse para a panela no começoda história, provavelmente isso não causaria nada nos leitores: seria algo consideradocomum, cotidiano. Uma galinha como outra qualquer. Mas, já no segundo parágrafo,nos inteiramos dos sentimentos da galinha (antropomorfização da personagem) e onarrador conduz o leitor a ficar solidário com a pequena luta da ave por suasobrevivência. Assim, o narrador nos conduz pela história até o final, quando esse climaé cortado bruscamente com a última frase do conto: “curta e seca, soa como uma vozque mostra a crueza das relações humanas”.
Se possível, retome também a comparação com o vídeo, destacando, por exemplo,como se mostra no vídeo que a galinha passou a fazer parte da família depois quebotou o ovo: é usada uma sequência de fotos em que a galinha está presente, sozinhaou junto com a família, na praia, junto à mesa de jantar.
a. No conto, a galinha vai para o telhado do vizinho e é trazida de volta para a cozinha.O que acontece depois que ela volta?
Ela põe um ovo. ( X )
Ela apanha e é colocada de castigo. ( )
A galinha é agarrada e vira uma refeição. ( )
b. Depois que ela põe o ovo há uma mudança brusca na história. Qual é essamudança?
Nesse momento, a família doa a galinha para o vizinho. ( )
Nesse momento, alguém da família defende a galinha. ( X )
Nesse momento, toda a família dá bronca na galinha. ( )
c. As personagens e as cenas dos contos de Clarice Lispector são figurativas, isto é,reagem como pessoas reais. Pensando nisso, assinale a frase correta.
A galinha do conto pode representar as pessoas conformadas com seu destino. ( )
A galinha do conto pode representar pessoas que lutam com o que parece estardestinado a elas. ( X )
d. A galinha, no final do conto, tem o mesmo destino que a galinha da animação?
Sim. ( X )
Não. ( )
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Localizar itens de informação explícita, distribuídos ao longo de um texto. • Inferir informação pressuposta ou subentendida • Estabelecer relações entre imagens e o corpo do texto, comparando itens de informação
explícita. • Identificar o provável público2 alvo de um texto, sua finalidade e seu assunto principal. • Identificar os possíveis elementos constitutivos da organização interna dos gêneros escritos
não literários • Inferir tema ou assunto principal de um texto, com base em informações contidas em título,
subtítulo ou corpo do texto.
Caso 10: Roubo no mundo das artes
Professor, a atividade envolve a leitura de cinco textos pertencentes a gêneros diferentes: notícia, infográfico, instruções de jogo, verbete de enciclopédia e folheto de campanha. Num primeiro momento, a ideia não é que os alunos possam ler já os textos, mas que possam olhar sua estrutura geral, título, partes, imagens, início, trechos saltados etc. Apenas em um segundo momento vão ler os textos ou partes deles para tentarem encontrar as pistas. Sugere-‐se que a atividade seja feita coletivamente e em duplas.
Leia a introdução, a ficha dos suspeitos e o primeiro bilhete do ladrão e proponha que assistam ao vídeo. Caso necessário, baixe o vídeo e exiba-‐o para a classe. Conduza a atividade, comandando o vídeo ou sinalizando a hora em que todos devem assisti-‐lo. Desafie-‐os a ficar prontos e atentos para assistir ao vídeo. Garanta que todos estejam com o quadro nas mãos para poder preenchê-‐lo. Se necessário, você pode ir pausando o vídeo e perguntando sobre o gênero em questão, sobre porque afirmam que o texto pertence a esse gênero e a finalidade do texto. Caso fique muito extensa a atividade, você pode optar por propor uma resposta apenas oral das questões.
A Polícia Federal está atrás de uma quadrilha de roubo de obras de arte que está em plena atividade nas Américas. Seis roubos em grandes museus foram realizados nos últimos oito meses. Dentre os quadros roubados, há obras de Frida Khalo, Portinari e Tarsila do Amaral. A polícia suspeita que três homens podem ser o chefe da quadrilha. Vejam as fichas dos suspeitos:
SUSPEITO 1 SUSPEITO 2 SUSPEITO 3
Nome Mario Palomino Roberto Rodriguez Mario Sabater
Nacionalidade Chileno Argentino Chileno
Sumário
SUSPEITO 1 SUSPEITO 2 SUSPEITO 3
Profissão Empregado de uma madeireira
Empregado de uma fábrica de tintas
Gerente de uma empresa de caminhões
Antecedentes criminais NÃO SIM. Já esteve preso SIM. Já esteve preso
A Polícia Federal recebeu um envelope com uma denúncia anônima ‒ um bilhete e um vídeo:
Em cada texto, poderão ser encontradas peças de um quebra-cabeça. Mas o tempo para vê-los é curto, o que requer muita atenção.
Assinado: Um amigo das artes
1. Assista ao vídeo enviado:
VÍDEO DENÚNCIA
2. Sem saber exatamente o que mais observar no vídeo além do que é proposto, o que nãolhe dava muitas pistas sobre o caso, um delegado chefe da PF propôs que seus agentespreenchessem o quadro a seguir para tentar encontrar as pistas. Assista ao vídeonovamente e preencha o quadro: (25 pontos)
TEXTOS GÊNERO DO TEXTO
PISTAS PARA IDENTIFICAÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL
FINALIDADE DO TEXTO
Texto 1 NOTÍCIA Diagramação do texto, créditos do repórter, manchete, lide, assunto do texto – fato de relevância social.
Informar os leitores sobre um acontecimento de relevância social, no caso, a ocorrência de Zika na América em 2016.
Texto 2 FOLHETO DE CAMPANHA
Diagramação do texto, uso do imperativo, presença de imagens que ilustram o que está sendo dito para facilitar a compreensão, uso de frases curtas e diretas para garantir sua leitura e compreensão, dentre outros.
Convencer o leitor a agir de uma determinada maneira, no caso, economizar água.
Sensibilizar o leitor para o problema do consumo excessivo de água.
Texto 3 INSTRUÇÕES DE JOGO
Partes/subtítulos do texto (material, objetivo, preparação, desenvolvimento), passos numerados.
Ensinar alguém a jogar um jogo (queimada).
Texto 4 VERBETE DE ENCICLOPÉDIA
Diagramação, estrutura geral e partes do texto (biografia, obras, características gerais da obra etc.), presença de imagem, ficha sinóptica, apresentação de dados sobre um artista e sua obra, dentre outros.
Disponibilizar informações para um público leigo, no caso, fatos da vida e obra de um importante artista brasileiro.
Texto 5 INFOGRÁFICO Presença de imagem e texto verbal indicando as fases de um processo.
Ilustrar processos, explicações, cronologias etc., para que o leitor possa compreender melhor o conteúdo e as relações em questão. No caso, o infográfico mostrado pretende ilustrar o ciclo do consumo.
Um segundo bilhete anônimo foi recebido pela PF:
Uma pista para cada texto:
1) No texto que tem o objetivo de informar sobre acontecimentos deinteresse social, você vai encontrar uma pista sobre a nacionalidade dochefe da quadrilha de falsificadores: atente-se para o local em que nãohá vírus Zika na América do Sul.
2) O processo ilustrado por ele inclui a profissão do culpado.3) No texto escrito para quem quer aprender a jogar um jogo, você vai
encontrar uma pista que indica os lugares pelos quais o criminoso jápassou na vida real.
4) No texto escrito com o objetivo de informar/ensinar sobre a vida e obrade um artista, o homem mais alto da foto tem o mesmo nome doculpado.
5) O tema do texto dá pistas de como a quadrilha transporta as obras dearte roubadas.
Assinado: Um amigo das artes.
Agentes da área de tecnologia conseguiram localizar os textos apresentados no vídeo. Clique no link a seguir para acessá-‐los:
Sua missão, agora, é ler esses textos para tentar descobrir:
• Qual dos três suspeitos é o culpado?• Como as obras estão sendo levadas para fora do país?
TOP SECRET VOCÊ SÓ DEVE CLICAR AQUI, APÓS DESVENDAR QUAIS SÃO OS TEXTOS DO VÍDEO.
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Identificar o enunciador do discurso direto, em um segmento de narrativa literária.
Caso 11 – Quem disse o quê e em que circunstâncias?
Professor, a atividade envolve a leitura de diálogos e o reconhecimento do enunciador em trechos de uso de discurso direto. Envolve também e diferenciação entre discurso direto e indireto, a identificação de efeitos de sentido oriundos da escolha de cada um dos tipos de discurso e a retextualização de um interrogatório ficcional. A proposta é que os alunos transponham o diálogo para uma narrativa de enigma, o que supõe o acréscimo de circunstâncias por parte do narrador, o uso de verbos de fala, dentre outros.
Comece a atividade, perguntando o que os alunos sabem sobre a escrita de diálogos: para que servem, qual seu papel dentro da história, como é a pontuação do diálogo etc. Desafie-‐os a resolver os dois casos dessa atividade e a observar os detalhes do diálogo. Se julgar conveniente, leia o texto introdutório da questão 1, peça para que leiam individualmente a conversa gravada e respondam às questões a e b.
1. Uma quadrilha de espionagem cibernética vem atuando junto a várias empresas,roubando dados sigilosos. Após meses de investigação, a polícia chegou a dois suspeitos,conhecidos como Jorge Miguel Download e Maria dos Dados, que haviam trabalhado nasempresas que tiveram seus dados roubados. Uma das escutas telefônicas colocada pelapolícia em telefones de especialistas em sistemas computacionais captou a seguinteconversa entre alguém que aparenta ter encomendado o crime de roubo de dados ealguém que executou o crime:
‒ Você tem certeza de que ninguém viu você acessar o computador? M
‒ Certeza absoluta. Esperei todos saírem, escondida em um banheiro. Quando saí, olhei em todos os locais antes de acessar o computador central. C
‒ Todos os dados foram copiados. Tudo o que foi acessado na última semana e estava na memória recente também foi copiado. C
‒ Ótimo. Por enquanto é só. Aguarde novas instruções. M
‒ Ah, sim... Só mais uma coisa: continue indo normalmente ao trabalho por mais uns dias para não levantar suspeitas. M
‒ Pode deixar. Fico no aguardo de novo contato. C
a. Coloque M ao lado das falas que você considerar que são do mandante do crime e C aolado das falas que você considerar que são do/da criminoso(a). (10 pontos)
Sumário
b. Levando em conta essa conversa, diga: quem está executando os crimes de roubo de dados – Jorge Miguel Download ou Maria dos Dados?
Maria dos dados é a criminosa. A pista é dada pela desinência de gênero na fala “Esperei todos saírem, escondida em um banheiro”. (20 pontos)
Resolvido o caso anterior, passemos para uma etapa mais avançada: identificar quem diz o quê em um trecho de uma das histórias mais famosas do grande Sherlock Holmes.
2. O trecho foi retirado de Os cães de Baskervilles. Leia o boxe sobre a obra para você compreender em que situação o diálogo que você vai analisar se dá:
Um dos livros mais conhecidos de Sherlock Holmes e considerado dentre os 100 melhores livros do século XX, em uma listas elaborada pelo jornal francês Le Monde, “O Cão dos Baskervilles”, de Arthur Conan Doyle, conta um caso enigmático que começa quando Holmes e Watson recebem a visita de um médico do interior – Dr. Mortimer. O motivo da visita é que o médico desejava desvendar a recente morte de Charles Baskerville.
Mortimer conta aos dois amigos que, na região em que viviam os Baskervilles, corria a lenda de um cão diabólico que matara, ao longo de 500 anos, várias pessoas dessa família. Recentemente, Sir Charles Baskerville tinha morrido em circunstâncias estranhas, ligadas a um cão. Seu sobrinho, Henry, segundo contara Mortimer, também corria risco de morrer. O médico do interior não queria admitir, mas parece que estava influenciado pela lenda do cão maldito.
Holmes e Watson resolvem acompanhar Dr. Mortimer até a vila em que ele e Sir Henry Baskerville viviam, embora Sherlock não acreditasse, é claro, no cão fantasmagórico. Além disso, estava provado que Sir Charles havia morrido de ataque cardíaco.
Veja abaixo as capas de edições de livros e de um DVD que contam a história de O Cão dos Barkervilles. Repare como esse cão imaginário é retratado em cada capa pelos artistas gráficos encarregados de desenhá-‐la. Não só parecem muito bravos, como têm algo de fantasmagórico, não é mesmo?
a. Leia o trecho do primeiro capítulo do livro, em que Sherlock Holmes é contatado para solucionar o caso: 19
“Sherlock Holmes golpeou o joelho com a mão, com um gesto de impaciência. – Narrador – Watson
‒ Se ao menos eu estivesse lá! -‐ exclamou ele. SH
‒ Esse é evidentemente um caso de interesse extraordinário, e que apresenta imensas oportunidades ao especialista científico. Esse terreno, no qual eu podia ter lido tanta coisa foi há muito apagado pela chuva e desfigurado pelos tamancos dos camponeses curiosos. Oh, Dr. Mortimer, Dr. Mortimer, e pensar que o senhor podia ter me chamado! O senhor cometeu o pecado da omissão. SH
19 Tradução livre de trecho da obra de Arthur Conan Doyle, em espanhol, “El Sabueso de los Baskerville”, disponível em <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bk000186.pdf>.
‒ Eu não podia chamá-‐lo, Sr. Holmes, sem revelar ao mundo esses fatos que acabo de contar-‐lhe, e já dei minhas razões para não desejar fazer isso. Além disso... M
‒ Por que você vacila? SH
‒ Há um reino em que o mais arguto e o mais experiente dos detetives fica impotente. M
‒ O senhor quer dizer que a coisa é sobrenatural? SH
‒ Não digo que seja positivamente.” M
Agora, responda às questões:
b. Neste trecho, que personagens dialogam? (10 pontos)
R.: Sherlock Holmes e Dr. Mortimer.
c. Coloque as iniciais do autor de cada uma das falas do diálogo acima. (10 pontos)
3. Suponha agora que a conversa entre as duas personagens acima fosse contada da maneira apresentada a seguir. Tente perceber o que é diferente nas duas maneiras de contar a mesma conversa:
Ao ouvir o relato do Dr. Mortimer, Sherlock Holmes disse (batendo com a mão no joelho num gesto de impaciência), que o médico deveria tê-‐lo convidado para examinar a cena em que ocorreu a misteriosa morte.
Mortimer respondeu, afirmando que não poderia revelar ao mundo os acontecimentos que presenciara. Afinal, ele já tinha apresentado os motivos que o levaram a manter segredo.
Não se conformando com a explicação dada pelo médico, o detetive perguntou sobre o motivo de sua dificuldade em falar sobre os fatos relatados. Dr. Mortimer, como se pedisse desculpas, afirmou que existem casos que não podem ser resolvidos nem pelo mais experiente dos detetives. Sherlock, então, indagou se ele achava que a causa da morte tinha sido sobrenatural. O médico respondeu que não poderia fazer tal afirmação.”
a. Que diferenças você pode observar entre as duas formas de contar a conversa? (10 pontos)
No primeiro caso, o narrador sai de cena e os leitores podem “ouvir” diretamente as personagens e, nesse sentido, podem conhecê-‐las por si mesmo. O discurso direto pode conferir mais vivacidade à cena, aproximando o leitor dos fatos narrados. A pontuação do diálogo é usada bem como os verbos de fala. Nesse caso, cabe ao narrador, quando é o caso, acrescentar as circunstâncias que cercam a conversa. No segundo caso, é o próprio narrador quem conta aos leitores o que as personagens disseram. É como se o filtro dele se colocasse entre o leitor e a conversa. O uso
adequado de um dos dois discursos depende dos efeitos que o autor pretende causar com o trecho em questão.
b. Qual delas nos causa a sensação de estarmos observando diretamente a conversa? (10 pontos)
A versão que usa o discurso direto.
Quer conferir o restante da história? Há várias edições de O Cão dos Baskerville, inclusive em quadrinhos. No link a seguir, você pode encontrar uma edição disponibilizada:
https://mundosherlock.wordpress.com/canon_e/arthur-‐conan-‐doyle-‐o-‐cao-‐dos-‐baskervilles-‐1902/
4. Agora, assista ao vídeo indicado para acessar mais diálogos. Procure observar, nos
diálogos que trazem narrador, que tipo de informação ele acrescenta além de identificar a personagem que está falando. No final do vídeo, aparece um link para uma atividade (30 pontos a atividade toda). Clique no link para acessar a atividade e tente descobrir: será que a vítima está falando a verdade para o delegado?
Acesse: http://goo.gl/vNzdGP
Professor, diga aos alunos que prestem atenção nas informações que o narrador fornece e, depois que assistirem ao vídeo, retome com eles o tipo de informação fornecida e peça que acrescentem outras possíveis ‒ como a personagem fala (“calmamente”), tom de voz utilizado (“em tom amargo”), como está se sentindo (“mais animado”), lugar onde está (“das profundezas de sua confortável poltrona”) etc. Comente que esses acréscimos não só permitem que os leitores possam se aproximar mais da conversa que se desenvolve entre as personagens, como confere um certo estilo à narrativa: não basta dizer que Sherlock falou algo. Ele o fez das “profundezas de sua confortável poltrona”). Avise que ao final do vídeo escutarão um interrogatório policial e serão convidados a resolver um caso!
Seguem os diálogos:
Trecho 1: Eu estava parado na janela da sala de Poirot, olhando ociosamente para a rua lá em baixo.
‒ Mas que coisa estranha! ‒ murmurei de repente.
‒ O que é, meu amigo? ‒ perguntou Poirot, calmamente, das profundezas de sua
confortável poltrona.
Adaptado de A Aventura do Estrela do Ocidente, Agatha Christie. Trecho 2:
‒ O que fazemos neste mundo não tem muita importância ‒ comentou meu companheiro em tom amargo. – A questão é o que os outros acham que fizemos. De qualquer modo – acrescentou ele, mais animado, após uma pausa ‒, eu não perderia essa investigação por nada. Que me lembre, ainda não houve um caso melhor. Apesar de simples, teve muitos pontos instrutivos.
Retirado de Um estudo em vermelho, Sir Arthur Conan Doyle.
Texto 3: Interrogatório ‒ Onde exatamente o senhor estava hoje às 9h da manhã, Sr Bernardo? ‒ Eu estava dormindo, pois havia ido dormir muito tarde, terminando um trabalho que precisava entregar hoje. ‒ Você não ouviu a campainha nem nenhum barulho de porta abrindo por volta desse horário? ‒ Não. Como já disse, eu acordei por volta das 10h30 e no caminho para a cozinha, quando passei para o escritório foi que dei com o cofre aberto. ‒ Quantas pessoas conheciam a senha? ‒ Eu, minha ex-‐mulher e meu filho mais velho que mora em Recife. Mas não é difícil imaginar que minha ex-‐mulher tivesse passado a senha para alguém. ‒ O senhor está sugerindo que ela pode estar por trás do roubo? ‒ É possível. Quem mais lucraria com o sumiço desses diamantes? ‒ O senhor, suponho. O seguro a ser pago é alto. ‒ Por que o senhor não mudou a senha depois da separação? ‒ Não me pareceu necessário. ‒ O senhor disse que recebeu um telefonema estranho ontem à noite, pode falar mais sobre ele? ‒ O telefone me acordou por volta das 22h, atendi e a pessoa me disse que era um amigo e desejava proteger o meu segredo. Perguntei quem era e ele só me disse que queria ajudar. Perguntei do que se tratava e ele disse que eu saberia na hora certa. Perguntei mais uma vez quem era e ele disse novamente que era um amigo. Resolvi então desligar o telefone. ‒ Essa pessoa ligou novamente? ‒ Não. ‒ Mais alguém diferente ligou entre ontem e hoje? ‒ Não. ‒ Por enquanto é só. Avise-‐nos se for sair da cidade.
Professor, para acessar o PDF da atividade mencionada no vídeo, clique no link: <https://goo.gl/tbYMCf> .
6º e 7º anos Série Enigmas para resolver
• Identificar diferenças ou semelhanças observadas no tratamento dado a uma mesma informação veiculada em diferentes textos.
• Identificar padrões ortográficos na escrita das palavras, com base na correlação entre definição/exemplo.
Caso 12: Presos por desrespeitar a ortografia
Professor, como sempre, desafie os alunos a tentarem resolver os casos antes da resposta ser apresentada. Leia os exemplos dados do primeiro caso e estimule-‐os a tentar responder à questão: o autor do último bilhete é ou não é o autor dos outros bilhetes? Pergunte para os alunos se eles reconhecem erros de ortografia nos bilhetes e se eles conseguem ver algo em comum entre eles, mas não é necessário nesse momento retomar regras ou questões ortográficas envolvidas, pois as atividades seguintes farão isso.
Agora, você vai conhecer dois casos que foram desvendados porque os culpados não conheciam regras ortográficas.
Primeiro caso:
Dentro de um cofre de banco roubado, a polícia encontrou o seguinte bilhete:
Cavalu dadu não se olha os dentis. Dias mais tarde, em outro banco assaltado, outro bilhete é encontrado:
Cachorru que lati não mordi.Na semana seguinte, outro bilhete é encontrado dentro de um cofre roubado:
Cada macacu no seu galhu. Dez dias depois, outro assalto e outro bilhete:
Quem com ferro fere com ferro será ferido. Só que, dessa vez, a polícia apanhou o criminoso deixando o local do crime. Sem alternativas, o ladrão se entregou, mas quando foi questionado sobre os outros assaltos, disse que não os tinha cometido. Chamado para ajudar a polícia, Hercule Holmes logo deduziu que o ladrão apanhado muito provavelmente não seria mesmo o autor dos outros três assaltos. Por que Holmes chegou a essa conclusão?
Para resolver esse caso, você vai revisitar alguns conteúdos ortográficos que poderão ser úteis.
Sumário
Professor, as atividades resolvidas e a resolução do caso podem render 200 pontos.
Como é que se escreve? Atividade 1 – Ortografia: Falamos de um jeito e escrevemos de outro
Professor, você pode acessar o texto do poema em http://pensador.uol.com.br/frase/MzU3MDg/ e, se for o caso, projetar o vídeo com a declamação. Defina se haverá uma exploração coletiva ou em duplas do vídeo.
1. Para começar, você vai assistir a uma declamação feita por uma jovem do poema de CarlosDrummond de Andrade O amor é bicho instruído http://www.escoladigital.org.br/odas/o-amor-e-bicho-instruido. Depois de assistir ao vídeo, converse com um colega sobre as questões que se seguem: (20 pontos)
a. Gostou da declamação? Por quê?
Professor, a apreciação estética é uma importante capacidade de leitura a serdesenvolvida. Diante de um texto poético diferentes sentidos podem ser construídos e, éclaro, o gostar ou não de um texto (e de sua declamação) é algo subjetivo. Mas éimportante explorar com os alunos diferentes critérios de apreciação estética paraampliar suas possibilidades de apreciação. No caso da declamação do poema, o ritmo, aentonação, as pausas, o volume, enfim, a expressividade da fala interfere no (s) sentido(s) (re) construído (s). Nesse contexto, é preciso trabalhar com os alunos a diferençaentre simplesmente ler um poema em voz alta e declamág lo. Se for possível e vocêjulgar conveniente, pode ler o poema em voz alta de diferentes maneiras, come sem expressividade e pode convidar os alunos a tentarem o mesmo. Declamar envolvecerta interpretação do poema, que se manifesta pela diferente combinação doselementos já destacados. No caso da declamação do poema feita no vídeo, para alémdas variações de ritmo, volume e intensidade e das pausas na locução, cabe consideraras expressões, gestos e olhares da jovem – a cara de lamento que faz quando diz que“o amor se estrepou” e a cara de sapeca que faz quando diz que “sara amanhã”
b. O que é dito sobre o amor nesse poema? Traz só alegrias? Afeta de forma igualou diferente homens e mulheres?
Resposta possível: É dito que o amor pode machucar e trazer felicidade. Falagse, também, que ele é andrógino, isto é, não é coisa só masculina, nem só feminina.Todos nós estamos sujeitos a sofrer e a ser felizes no amor.
c. O poeta usa imagens poéticas para “descrever” o amor, como se estivesse “fazendo umdesenho” ao criar o poema. Que imagens são essas?
Resposta possível: Pular o muro, subir na árvore, cair da árvore, se ferir, derramarsangue, virar ferida e sarar.
2. Veja e ouça novamente a declamação. Enquanto ouve, faça um registro escrito do poemaem seu caderno. Se necessário, ouça mais de uma vez. (30 pontos)
3. Depois que toda a turma tiver registrado o poema, alguns alunos farão um ditado para o
professor, que deverá escrever o poema no quadro.
Professor: solicite que cada verso seja ditado por um aluno que se ofereça para isso. Discuta com os alunos a forma de grafar as palavras e os erros de ortografia que podem (ou poderiam) ter sido cometidos no registro do poema. Provavelmente, esses erros estarão relacionados a uma projeção da oralidade na escrita: as palavras são pronunciadas de um jeito e escritas de outro. É o caso da escrita de “muru” e “tempu”, que têm a última sílaba pronunciada com o som de U, mas são escritas com a letra “o”, de “sangui” e “escorri”, que têm a última sílaba pronunciada com o som de “I”, mas são escritas com a letra “e”, da escrita de “estrepa” que tem a omissão da marca do infinitivo “r”, que não é pronunciada, e da omissão do “u” no pretérito como em “pulô/pulo”, “estrepô/estrepo”, em vez de “pulou” ou “estrepou”. Outros erros ortográficos que podem acontecer no registro escrito do poema seriam r/rr (escorre) e j/g (andrógino). Diga que na próxima atividade a grafia do E/I e do O/U em final de palavra será trabalhada.
4. Corrija seu ditado a partir do texto registrado pelo professor. Anote as palavras que você errou, registrando-‐as de forma correta. (20 pontos)
Atividade 2 – Ortografia: Grafia do O/U e E/I no final das palavras
1. Leia as palavras que se seguem, observando como as letras finais são pronunciadas: (10
pontos) urubu, sapato, angu, mercado, abraço, ovo, caju, peru, médico.
Há algum som que se repete no final de todas as palavras? Que som é esse? Nos exemplos dados, esse som pode ser grafado com que letras?
2. Procure descobrir quando devemos usar uma ou outra letra na escrita desse som no final de palavras. Compartilhe as descobertas com seus colegas. Professor, aqui se trata de perceber que o O quando integrante de uma sílaba átona no final de palavras costuma ser pronunciado como “U”. A questão que se coloca então é saber quando o som do “U” em final de palavra deve ser escrito com U e quando deve ser escrito com O. Propor que eles observem a tonicidade das palavras dadas e digam se é possível estabelecer alguma regularidade. A ideia é que percebam que quando o som do “U” estiver em uma sílaba tônica, ou seja, quando a palavra for oxítona, deve ser grafada com U, como em urubu, angu, caju e peru. Quando o som do “U” estiver em uma sílaba átona, ou seja, quando a palavra não for oxítona, deve ser grafada com O, como em sapato, mercado, abraço, ovo, médico.
DICA: procure identificar a tonicidade das palavras. Para relembrar a tonicidade das palavras, responda ao quiz disponível no link abaixo e depois leia o boxe sobre tonicidade.
3. Acesse o link Certo ou Errado<http://www.escoladigital.org.br/odas/5791d3c769702d60a94b0000> para prosseguir comas atividades. (10 pontos)Professor, caso não haja computador disponível para os alunos nem a possibilidade deprojetar o quiz para todos, você pode propor um quiz coletivo que pode ser respondido porgrupos de alunos (ou fileiras). Proponha algumas das questões sugeridas no quiz inventeoutras que possam ajudar a retomar o assunto tonicidade de forma mais lúdica. Cadapergunta deve ser direcionada a um grupo de aluno (ou fileira), que deve escolher, a cadavez, um aluno para respondê-‐las. Ganha o grupo ou fileira que responder a mais questõescorretas.
Tonicidade
No Certo ou Errado que você respondeu, o assunto foi tonicidade. Essa palavra, como você já sabe, é usada para indicar a sílaba da palavra que é pronunciada com mais força, com mais intensidade. Por exemplo, nas palavras que você analisou na atividade 2, algumas têm a sílaba tônica no final, na última sílaba (caso de urubu, peru, angu, caju). Estas são as oxítonas, que podem ou não receber acento gráfico. Outras, as paroxítonas, têm a penúltima sílaba como a mais forte. Este é o caso de mercado, abraço, sapato, fácil, lápis. Algumas paroxítonas levam acento gráfico outras, não. As proparoxítonas têm a sílaba tônica na antepenúltima sílaba, como em árvore, dúvida, médico. Todas as proparoxítonas recebem acento gráfico.
Todas as sílabas que não são tônicas, em qualquer tipo de palavra, são átonas, isto é, elas têm pouca força, pouca intensidade.
4. Agora, assinale a alternativa que traz a grafia correta das palavras. Marque as respostascorretas. (10 pontos)a. Nome de fruta que usamos em saladas e molhos.
tomate ( x )tomati ( )
b. Nome do oitavo mês do ano.agostu ( )agosto ( x )
c. Utensílio usado para guardar alimento:poti ( )pote ( x )
d. Utensílio usado para servir alimentos.pratu ( )prato ( x )
5. Leia as palavras a seguir em voz alta. Em qual delas a letra final E não corresponde ao som Eda palavra lida? Assinale-‐a: (10 pontos)a. café ( )b. boné ( )c. bote ( x )d. bebê ( )
6. Acertou as respostas da questão 2? Então, assinale com um X as frases corretas. (10 pontos) a. A letra E pode ser pronunciada como I quando seu som é fraco, isto é, átono. ( x ) b. A letra E é pronunciada com som de “e” quando fizer parte de sílaba tônica. ( x ) c.
7. Você observou que o modo de grafar o som “e” em sílabas tônicas ou átonas, em finais de palavras é diferente? Você já viu que o mesmo acontece com palavras terminadas com a letra O ou U. Qual (is) palavra(s) da lista abaixo tem (têm) sílaba tônica no final? Marque-‐a(s): (10 pontos) a. canto ( ) b. espanto ( ) c. urubu ( x ) d. moço ( )
Ao assinalar a palavra correta, você deve ter reparado que ela não recebe acento para marcar a tonicidade. Isso acontece porque, como você já viu, as palavras oxítonas podem ser acentuadas ou não. Só levam acentos agudo ou circunflexo as palavras oxítonas terminadas em a, e, o e em seguidas ou não de s (as, es, os e ens).
8. Vá para Passatempos Educativos: “Palavras oxítonas” <http://www.escoladigital.org.br/odas/5791d3c769702d60a94b0000> e faça as três primeiras atividades desse bloco. (10 pontos) Professor, na ausência de computadores, você pode seguir as mesmas orientações dadas para a atividade da questão 3.
9. Além das palavras oxítonas, como você já aprendeu, existem as paroxítonas e as proparoxítonas. Relembre o que sabe e marque a alternativa incorreta: (10 pontos) a. Palavras paroxítonas têm como sílaba tônica a penúltima sílaba. ( ) b. Palavras proparoxítonas têm como sílaba tônica a antepenúltima sílaba. ( ) c. Palavras paroxítonas sempre recebem acento na sílaba tônica. ( x )
Há paroxítonas que recebem acentuação gráfica em suas sílabas tônicas. São as que terminam com R, X, N, L, PS, I, IS, UM, UNS, US, Ã, ÃO, ÃS, ÃOS e as que terminam em ditongo oral seguido ou não de S. Alguns exemplos: caráter, tórax, hífen, inflável, bíceps, táxi, tênis, álbum, vírus, órfã, órgãos, cárie etc.
10. Retome seus conhecimentos sobre paroxítonas clicando em Passatempos Educativos:
“Palavras paroxítonas” <http://www.escoladigital.org.br/odas/5791d4c969702d3dc9d41400>. Faça as três primeiras atividades desse bloco, no qual você encontrará palavras acentuadas ou não. (10 pontos) Professor, na ausência de computadores, você pode seguir as mesmas orientações dadas para a atividade da questão 3.
As palavras proparoxítonas são pouco numerosas em nossa língua portuguesa. Todas elas recebem acentuação na sílaba tônica. São exemplos de palavras proparoxítonas: sílaba, tônica, átona, polissílaba, monossílaba, vítima, lâmpada, límpido, árvore, romântico, pêssego. Há palavras com sílabas tônicas na antepenúltima sílaba, originárias de outras línguas, que usamos constantemente e não são acentuadas. São exemplos dessas palavras habitat e performance.
11. Depois de todas essas atividades, responda à questão: (10 pontos)
a. Escrever como se fala sempre é correto? Por quê? b. Há alguma regra que regula o uso do O/U e do E/I em final de palavra?
Professor, espera-‐se que os alunos reafirmem a ideia de que não escrevemos como falamos, porque acontece, com frequência, de pronunciarmos um som diferente do representado pela escrita de uma letra (pronunciamos o som “U” em contextos em que a letra da palavra escrita é O, “I” quando se escreve E, omitimos a pronúncia de algumas letras como em caixa, cantar, por exemplo.
Quanto ao uso do O/U e do E/I em final de palavras, espera-‐se que eles concluam que:
• é possível saber quando se usa o O ou o U no final de palavras que terminam com o som de “U”: se a palavra for oxítona, será escrita com U, quando não for, é escrita com O.
• é possível saber quando se usa o E ou o I no final de palavras que terminam com o som de “I”: se a palavra for oxítona, será escrita com I, quando não for, é escrita com E.
12. Agora que revisou seus conhecimentos ortográficos, você já pode dizer se Holmes está certo e como fez para descobrir que o último assalto provavelmente não foi realizado pelo mesmo ladrão: por que Holmes afirma que provavelmente o autor do último assalto não é o mesmo que realizou os outros três assaltos? (30 pontos) Professor, espera-‐se que os alunos percebam que o autor do último bilhete não comete os mesmos erros de ortografia quando grafa palavras com som de “U” ou “I” no final das palavras (grafa, corretamente “ferro”, “ferido” e “fere, ao contrário do autor dos outros três bilhetes que grafa “cavalu”, “dadu”, “dentis”, “cachorru”, “lati”, “mordi”, “macacu” e “galhu”).
Como é que se escreve?
Segundo caso:
Professor, se necessário, projete ou disponibilize para os alunos as notícias para que os alunos possam fazer a atividade.
Agora, você vai conhecer outro crime que foi descoberto por causa de erros de ortografia cometidos.
Atividade 3 ‒ Ortografia: Grafia do O/U e E/I no meio das palavras
1. Leia a notícia que fala sobre esse crime, clicando no link a seguir:
Erro de grafia leva polícia a prender quadrilha
Agora, responda às questões: (40 pontos)
a. Como a polícia chegou até os ladrões? b. O que pode ter motivado o erro de ortografia cometido pelos ladrões? c. Seria possível evitar esse erro de ortografia, caso os ladrões conhecessem as regras
ortográficas? d. O que é diferente e o que é igual em relação ao caso anterior dos ladrões de banco
quanto aos erros de ortografia cometidos?
Respostas possíveis: a polícia chegou até os ladrões por causa de um erro de ortografia no adesivo do carro de entrega usado pela quadrilha: a escrita da palavra Impório (com I). O que provavelmente motivou o erro cometido foi a projeção da oralidade na escrita, ou seja, quem grafou a palavra no adesivo escreveu da forma que se fala. O conhecimento de regras de ortografia não ajudaria os ladrões nesse caso, já que não é possível saber quando usar E ou I em sílabas átonas que não estejam no final da palavra. A diferença desse caso para o caso anterior dos ladrões de banco é que, no primeiro caso, estava envolvida uma regularidade ortográfica (os sons “I” e “U” no final das palavras são, respectivamente, grafados com I e U quando as palavras forem oxítonas e com E e O quando não forem), no segundo caso, não.
2. Agora, leia outra notícia sobre o mesmo fato.
Bando é descoberto por erro de grafia e preso
3. Preencha o quadro com as informações solicitadas: (60 pontos)
Notícia 1 Agora SP
Notícia 2 O Estado de SP
DUAS INFORMAÇÕES QUE COINCIDEM NAS DUAS NOTÍCIAS
Um erro de português – escrita de “Impório” Santa Maria em uma minivan -‐ levou a polícia a uma quadrilha de assaltantes.
Assaltantes participaram do grupo que roubou R$ 15 milhões da sede da transportadora de valores Protege.
DUAS INFORMAÇÕES DIFERENTES
(CONTRADITÓRIAS) NAS DUAS VERSÕES
Número de envolvidos: 8 homens.
Número de envolvidos: 8 homens e uma mulher.
Local da prisão: condomínio na Lapa.
Local da prisão: condomínio em Pinheiros.
DUAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES CONSIDERANDO-‐SE AS DUAS NOTÍCIAS
Segundo o delegado, o bando também seria responsável pelo roubo de um carro forte, em agosto, no estacionamento do Carrefour, no Morumbi (zona oeste). A polícia ainda atribui ao grupo outros três assaltos a banco, todos praticados desde o mês de setembro.
Os ladrões presos anteontem fizeram parte do bando de 60 homens que levaram R$ 15 milhões, maior roubo do ano, e participara de mais dois assaltos. Parte do dinheiro roubado sumiu misteriosamente. Ontem, em depoimento, dois dos oito presos confirmaram o desaparecimento. Os ladrões estão brigando entre si.
Inclui declaração da polícia que diz que a quadrilha é violenta
Publica o nome dos assaltantes.