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Televisão Monocromática Sistemas de Rádio e Televisão
Bruno A. Moçambique UEM 1
Índice 1. Introdução ................................................................................................................. 2
2. Definação ................................................................. Error! Bookmark not defined. 3. Tipos de televisao ..................................................... Error! Bookmark not defined.
1. Televisão Monocromatica ...................................................................................... 3
Definição ................................................................... Error! Bookmark not defined. 1.1. A formação da imagem na televisão .................................................................. 4
2. Televisão Policromatica ......................................... Error! Bookmark not defined. 3. Conclusão ................................................................. Error! Bookmark not defined. 4. Bibliografia .............................................................................................................. 14
Televisão Monocromática Sistemas de Rádio e Televisão
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Introdução No presente trabalho iremos falar da televisão mais propriamente quanto ao tipo de
informação contida na imagem, isto é televisão monocromática.
Para abordar este assunto de iremos primeiro falar da formação da imagem. Vamos
falar primeiro do sistema de transformação da luz em sinais eléctricos utilizando o tubo
de imagem, ou Tubo de Raios Catódicos - CRT, que foi o primeiro sistema utilizado,
hoje substituído com muitas vantagens pelo CCD - Charge Couple Device.
Resumo Histórico Em Julho de 1941, a Comissão Federal de Comunicações Norte-Americana,Federal Communications Commission (FCC), autorizou o funcionamento das duas primeiras estações de TV em preto-e-branco nos Estados Unidos. Em 1945, existiam nove estações de televisão autorizadas naquele país, sendo que seis já estavam em funcionamento. Em 1954, foi definida a versão final do sistema norte-americano de TV em cores, sistema National Television System Committee (NTSC). Inicialmente, as transmissões de TV colorida norte-americanas apresentavam problemas de fidelidade das cores. Assim sendo, os países europeus criaram outros sistemas para resolver o referido problema. Na França, surgiu o sistema Sequencial Couleur Avec Mémoire (Secam), e na Alemanha, foi criado o sistema Phase Alternation Line (PAL). Em 1974, o Brasil adoptou o sistema PAL de TV em cores, porém compatível com o sistema de TV preto-e-branco já existente (padrão M).
Televisão é a transmissão à distância de imagens em movimento, usando ondas
electromagnéticas.
A televisão de acordo com a informação pode ser classificada de seguinte maneira:
Quanto ao tipo de informação contida na imagem pode ser: • Monocromático (Y) • Policromático (YUV) • Estereoscópico (2 × YUV) • Multivista (N × YUV)
Quanto à definição da imagem pode ser: • Baixa definição, < 300-400 linhas/imagem • Média definição, 500-600 linhas/imagem
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• Alta definição, > 1000 linhas/imagem
Quanto modo de transmissão: • Radiodifusão (terrestre) • Cabo • Satélite • Linha telefónica (XDSL) • Móvel (UMTS)
No presente trabalho iremos nos debruçar acerca da televisão quanto ao tipo de
informação contida na imagem como já nos tínhamos referido acima.
Televisão Monocromática
Monocromia é definida como sendo um tipo de pintura que emprega vários tons de
uma mesma cor, ou podemos dizer que é uma arte feita com uma única cor isto é com
variação de tonalidades.
Também pode se considerar que é a harmonia obtida através da adição gradual de
branco ou preto a uma única cor primaria, secundaria ou terciária.
Mono + Cromia = Uma Cor
Nas escalas monocromáticas as misturas com o preto tornam-se mais escuras e com o
branco ficam mais claras. Na realidade, as coisas, nunca são de uma só matiz ou
tonalidade de cor. As cores recebem influencias da luz, da intensidade, dos reflexos e
também da nossa própria retina.
Em televisão monocromática, a imagem é reproduzida como tons de branco, cinza e
preto
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Reprodução da imagem na televisão
A geração de imagens de televisão eram obtidas, inicialmente, através de Tubos de Raios Catódicos - (TRC’s). Os TRC’s, a exemplo do Vidicon e Orticon, é basicamente uma espécie de válvula electrónica de grandes proporções, consistindo de um tubo de vidro, com um canhão de electrões em uma das extremidades, algumas bobinas e grades (para ajuste do feixe de electrões), e na extremidade oposta (à do canhão) uma placa feita de material foto condutor ou foto emissor.
O uso de um ou outro material caracteriza o tipo de tecnologia da vídeo câmara: Orticon que usa foto emissão, Vidicon ou Pumblicon que usam foto condução. Utilizaremos aqui o exemplo do tubo Vidicon para explicar o funcionamento básico deste dispositivo.
Fig. 1. Tubo de raios catódicos
Funcionamento
Uma das faces da placa fotocondutora é varrida pelo feixe eletrônico que divide a extensão da mesma em 525 linhas horizontais, a outra face recebe os raios de luz vindos do objeto cuja imagem será captada. Como a placa é fotocondutora, as variações de incidência de luz provocarão variações de resistência elétrica em toda a extensão da mesma, formando um imagem "resistiva" do objeto alvo. Por isso, a medida que o feixe de elétrons varre a face da placa e para cada ponto encontrado sobre esta, é estabelecida uma corrente elétrica (em direção à tensão positiva - figura 2) que varia em função da resistência elétrica do ponto que sofre a ação do feixe naquele momento. Essas correntes passam por um resistor de carga que gera uma
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queda de tensão, que por sua vez constituirá o desejado sinal de vídeo, ou seja o conjunto de sinais elétricos que representarão a imagem do objeto.
Há circuitos adicionais ao TRC que controlam a varredura do feixe de elétrons sobre a placa alvo (figura 3), além disso, há outros circuitos que geram um sinal elétrico linear acrescido de informações, tais como sincronismo vertical e horizontal, os quais permitirão a reconstrução bidimensional da imagem na tela de um monitor.
Transmissão Monocromática de banda lateral Residual (vestigial)
A modulação de amplitude de sinal de imagem de televisão monocromática implica a
transmissão de uma banda ampla de frequências de modulação. Em muitos sistemas
actuais de televisão, para transmissão de informação de imagem preto e branco, o
sinal de imagem contem frequências de modulação tão altas como 4.5 MHz
aproximadamente. Para transmitir estas informações por modulação de amplitude
convencional banda lateral dupla seria necessário usar um canal de transmissão cuja
largura de banda fosse de 9MHz aproximadamente para cada estação emissora de TV.
Usando esta modulação, para além de gasto de potência durante a transmissão, faz
com que uma única emissora ocupe uma larga faixa espectral para operar o que reduz
consideravelmente o número de estações a serem licenciadas.
Como foi dito antes, a transmissão de banda lateral residual (VSB) permitirá transmitir a
mesma informação em um canal de 4.5MHz de largura de banda e constitui uma
solução prática de compromisso entre a transmissão de banda lateral dupla e da banda
lateral única.
A figura que segue mostra as características de banda lateral residual normalizada
implementada em todas emissoras de televisão monocromática (preto e branco).
A componente da frequência portadora de imagem está separada 1.25MHz do extremo
inferior do canal.
Todas componentes de frequência lateral superior produzidas pelas frequências de
modulação de vídeo de 4MHz aproximadamente são transmitidas com uma amplitude
normal. A s frequências mais altas produzidas pelo sinal de vídeo são eliminadas a fim
de evitar a interferência com sinais de som associados.
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Fig. 2. Característica de transmissão de banda lateral residual (preto e branco)
implementada nos estados Unidos para transmissão de informação de imagem.
Varredura
Uma varredura de quadriculação (raster scan), ou simplesmente varredura de imagem, nada mais é do que o processo padrão para a detecção e reconstrução da imagem na televisão, e são os procedimentos padronizados de armazenamento e da transmissão da imagem usados na maioria de sistemas da imagem em televisão. Numa varredura de quadriculação, uma imagem é segmentada (cortada) à partir do canto superior esquerdo em amostras sucessivas chamadas pixéis (elemento de imagem), ou nos elementos de quadro, ao longo das linhas de varredura. Cada linha de varredura pode ser transmitida como ela é lida pela câmara (detector) . Em um monitor de televisão, a linha de varredura é deflexionada para trás para uma linha através de uma imagem, na mesma ordem. Após cada linha de varredura, a posição da linha de varredura é deflexionada, tipicamente para baixo, através de um processo conhecido como a exploração vertical, e uma linha de varredura seguinte é detectada, transmitida, armazenada, recuperada, ou apresentada. Esta reconstrução dos pixéis (elementos de imagem) por fileiras é conhecida como ordem da quadriculação, ou a ordem da varredura de quadriculação (raster scan).
Indicar ou capturar uma imagem de vídeo linha por linha. Os monitores de tv’s (e os de computador) usam este método, através do qual os electrões são irradiados (feito a varredura) no fósforo que reveste na tela uma linha em um movimento da esquerda para a direita começando pelo canto superior esquerdo. Na extremidade [direita] da
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linha, o feixe é desligado e movido para trás para a esquerda traçando uma linha, denominada de “retraço horizontal.” Quando o canto inferior-direito é alcançado, o injector está retornado ao canto superior-esquerdo, denominado “retraço vertical.”
Fig.3. Traçado da varredura de quadriculação Começando pelo alto-esquerdo da tela e indo ao fundo-direito, o feixe de elétron é deflexionado em uma linha em um momento (1), a seguir desligado para ir para trás à linha seguinte (2), a seguir fora uma vez outra vez para ir backup ao alto (3).
Modulação negativa
O sinal é codificado dedicando a gama entre 0 e 33% do nível máximo ao sincronismo e restante gama à informação de luminância, com o preto nos 33% e o branco nos 100%do nível máximo.
A modulação negativa garante uma maior protecção em termos de relação sinal/ruído aos impulsos de sincronismo e a menor distorção do sinal associada à saturação do modulador ou amplificador (pontos pretos em vez de pontos brancos).
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Fig.4. Modulaçao
Receptores de Televisão Monocromático
Os receptores de TV e super-heterodinos de MA tem muitos circuitos comuns, alguns
dos quais incluem um amplificadores, conversores, osciladores, detectores. O receptor
de televisão incluem os circuitos de sincronismo, varreduras e de alta tensão.
Os estágios de um receptor preto-e-branco típico estão mostrados na figura7 abaixo,
com as setas indicando o fluxo do sinal para produzir duas saídas, uma imagem no
tubo de raios catódicos ( TRC ) e som no alto-falante. As funções dos estágios são
resumidamente descritas na tabela 2.
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Fig.5. Diagrama de blocos de um receptor de TV monocromático Tabela 1: Funções dos estágios do receptor monocromático
Estágio Função Observações
Varredura vertical (oscilador
vertical e amplificadores)
Gera e amplifica a tensão de
deflexão vertical
Deflexão vertida do feixe do
TRC para desenvolver um
frame
Varredura horizontal
(oscilador horizontal e
amplificadores)
Gera e amplifica a tensão de
deflexão horizontal
Deflexão horizontal do feixe
do TRC para desenvolver
um frame
Sincronismo Amplifica e separa os pulsos de
sinc. vertical e horizontal do sinal
de vídeo
Sincronizar a deflexão do
feixe com o sinal de vídeo
Controlo automático de
frequência (CAF)
Os os pulsos de sincronismo
horizontal para controlar o
oscilador horizontal
Para controlo preciso de
sincronismo horizontal
Alta tensão (HV) Produz corrente de feixe do TRC É desenvolvida a partir do
amplificador de saída
horizontal
Fonte de alimentação de Fonte primaria de potência para
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baixa tensão
( LVPS)
todos estágios
Sintonizadores ( VHF e UHF) Selecciona o canal desejado e
converte sinais do RF para FI
Pastilha de FI de vídeo Amplifica o sinal de FI proveniente
dos sintonizadores
De resson6ancia fixa em
uma frequ6encia tanto para
os sinais de som quanto
para os de vídeo
Detector (demodulador de
vídeo)
Recupera o sinal de vídeo da
portadora de FI
Amplificador de vídeo Amplifica o sinal de vídeo Modula em intensidade a
corrente de faixa do TRC e
cria uma imagem de cada
(tomada de vista)
Tubo de imagem TRC Converte sinais de vídeo em
imagens
Pastilha de FI de som Amplifica o sinal de FI de som
oriundo da tomada de som na
secção de vídeo
Detector ( demodulador) de
som
Recupera o sinal de áudio da
portadora de FI modulada em
frequência
Amplificador de áudio Amplifica o sinal para excitar o
alto-falante
Alto-falante Converte o sinal de AF em som
audível
Controlo automático de
ganho (CAG)
Mantém constantes os níveis de
imagem e som
Regula o ganho dos
estágios de RF-FI
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Tabela 2: Características dos principais padrões de Televisão Monocromática
(Preto e Branco).
Padrão Características
B E G H I L M N
Nº de linhas 625 819 625 625 625 625 525 625
Frequência de varredura Vertical (Hz)
50 50 50 50 50 50 60 50
Frequência de Varredura Horizontal (Hz)
15625 20475 15625 15625 15625 15625 15750 15625
Máxima
frequência de
Vídeo (MHz)
5 10 5 5 5,5 6 4,2 4,2
Largura de
Faixa de
RF (MHz)
7 14 8 8 8 8 6 6
(Ps-Pv) (MHz) 5,5 11,15 5,5 5,5 6 6,5 4,5 4,5
Largura de faixa Banda Lateral Residual (MHz)
0,75 2 0,75 1,25 1,25 1,25 0,75 0,75
Tipo de
Modulação da portadora de Vídeo.
AMVSB
AMVSB
AMVSB
AMVSB
AMVSB
AMVSB
AMVSB
AMVSB
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Tipo de
Modulação da portadora de SOM.
FM AM FM FM FM FM FM FM
Relação entre as potências transmitidas dos sinais
de RF de vídeo e SOM.
10/1
4/1
10/1
5/1
5/1
8/1
10/1
10/1
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Conclusão Em televisão monocromática, a imagem é reproduzida como tons de branco, cinza e
preto.
Para a reprodução de imagem usa se tubo de imagem cinescópio que e semelhante
ao tubo de raios catódicos TRC, cuja função é de controlar e regular a intensidade do
feixe de electrões emitido pelo cátodo.
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Bibliografia
• BALAN, Willians Cerozzi. Iluminação para TV. Maringá, Departamento de
Engenharia da Rede Paranaense de Televisão, 1984.
• FARIA, Nelson. Sistema de TV. São Paulo, Departamento de Engenharia da
Rede Globo, 1985.
• SENATORI, Nelson et SUKYS, Francisco. Introdução à Televisão e ao Sistema PAL-M. Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1984.
• www.phph.com.br/comunicações/modulação-am.html
• www.qsl.net/py4zbz/teoria.html.