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Produção unificada para melhorar sinergias de negócio
SSAB lança plano de reestruturação internaA SSAB irá rever, já a partir de 1 de Janeiro próximo, a sua estrutura interna, abdicando da actual organização baseada na produção e substituindo-a para uma nova estrutura Europeia (SSAB EMEA) e com uma perspectiva de mercado, criando uma só estrutura para toda a gama de produtos da SSAB. 2010 será “um ano de mudança”, afirma Joaquim Monteiro, director comercial da SSAB – Swedish Steel Portugal.
A reestruturação anunciada pela SSAB “vai permitir criar uma só unidade de negócio, em vez de duas actualmente existen-tes, e possibilitar alargar a divul-gação dos nossos produtos junto do mercado”, explicou Joaquim Monteiro duante uma visita à casa-mãe na Suécia.
“No entanto, para que isso aconteça, é necessário criar si-nergias nos pontos de venda, de forma a que estes funcionem de uma forma mais homogénea e, possivelmente, obter melhores resultados e melhorar a eficiência do negócio”, sublinha o mesmo responsável.
Olof Faxander, presidente e CEO da empresa, ressalvou con-tudo que “esta reestruturação nada tem a ver com a crise”, sim-plesmente resulta de uma tenta-tiva de “aproveitar totalmente a relação especial que temos com nossos clientes”.
“Temos clientes da divisão de chapa finas (Strip Division) que
poderiam comprar produtos da divisão de chapas industriais (Pla-te Division) e clientes de Plate que poderiam comprar produtos da Strip Division. E, se quiser-mos crescer, precisamos de tirar proveito deste tipo de clientes que não estão no momento ple-namente explorados, utilizando o máximo de sinergias possível e a política de um cliente uma face”, esclareceu.
Resultados positivos em Portugal
Para a filial portuguesa da maior produtora de aço da Suécia, a SSAB, o ano 2009 está a ser po-sitivo. “Conseguimos balancear a quebra dos resultados com um aumento de volume das vendas”, assegura Joaquim Monteiro.
Presentemente, “temos já um volume de vendas superior ao do ano passado” e, acrescenta o director comercial da SSAB
– Swedish Steel Portugal, “possi-velmente atingiremos, no final do ano, um crescimento de mais de 15% que em 2008”. Contudo, a margem bruta alcançada “será in-ferior”, reconhece.
Na verdade, em 2009, a SSAB conseguiu balan-cear os seus resul-tados através do aumento do volu-me da facturação, e para isso apostou na “diversificação do ‘mix’ do pro-duto”, vendendo “não só produtos de nichos de alta gama, onde con-seguimos manter margens interessantes”, mas tam-bém “um volume mais baixo de ‘commodities’”, aços convencio-nais que são utilizados na indús-tria em geral.
“Os nossos produtos são todos na faixa superior de qualidade global” e apesar de o preço se ter
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sexta-feira, 4 Dezembro de 2009EM FOCO42
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Joaquim Monteiro e Olof Faxander.
O Swedish Steel Prize, criado há dez anos, pela SSAB, com o ob-jectivo de estimular as empresas a aumentarem a aplicação de aços de elevada resistência nos seus produtos, teve como vencedor deste ano, os canadianos do grupo Labrie Environmental.
Ao tirar partido da resistência ao desgaste e das propriedades es-truturais do aço em espessuras e larguras seleccionadas, a Labrie Environmental conseguiu reduzir o peso e, ao mesmo tempo, au-mentar a resistência ao desgaste dos contentores e braços de carga. A elevada resistência ao desgaste do aço utilizado permite também que se aplique uma maior pressão de compactação o que, juntamen-te com a redução do peso, proporcionou um aumento substancial da carga útil.
Todos os projectos que até hoje ganharam esta distinção são apli-cações práticas que estão no mercado ou académicas em que o resultado final tem sido sempre um resultado prático com aplicação no mercado. O vencedor recebeu um galardão do escultor Jorg Jes-chke e um prémio monetário no valor de 100 mil coroas suecas, ou dez mil euros.
A acompanhar a entrega dos prémios, e de forma a perceber um pouco mais todo o desenvolvimento do material com que trabalham, estiverem presentes neste 21º aniversário da SSAB algumas empre-sas portuguesas que trabalham diariamente com aço oriundos da SSAB, entre elas Amtrol-Alfa e a Inapal Metal.
Recorde-se que em 2005 Portugal conquistou uma menção hon-rosa e tivemos também algumas aplicações que foram que foram a concurso mas que não foram nomeados para a final.
FST
LABRIE ENVIRONMENTAL VENCE SWEDISH STEEL PRIZE
tornado a “principal prioridade durante esta crise, nós temos uma abordagem diferente”, sublinhou Olof Faxander. Segundo o presi-dente e CEO da empresa, a SSAB procura actuar como um “con-selheiro técnico para o cliente,
apoiando-os para melhorar o pro-duto final”.
No caso do sec-tor automóvel, que utiliza estes produtos excepto nas zonas de im-pacto e de protec-ção, a crise acabou mesmo “por ser benéfica, ou qua-se”, para a SSAB,
pois, dado o incremento de sub-sídios à indústria, os veículos de gama baixa registaram um cres-cimento de novos modelos, e es-tes trabalham cada vez mais com aços altamente elásticos. “Para nós, este novo ‘mix’ da indústria automóvel também nos foi favo-rável”. Já noutros sectores, como a produção de gruas, o mercado “praticamente parou”, registando mesmo uma “redução de 70% no consumo de aço”.
Retoma do mercado vai ser lenta
Quanto ao mercado, Joaquim Monteiro crê que, “até ao final do primeiro semestre, não have-
rá grandes alterações” de maior, acrescentando que “talvez, depois disso, se comece a deslumbrar alguma coisa”. Neste momento todas as movimentações ocorri-das “foram mais uma reposição de stocks do que propriamente um retomar da economia”, na opinião do director comercial da SSAB “foi mais o resultado do balancear de stocks que originou a sensação que algo ir emergir”. Porém, “creio que a retoma não será para já”, conclui.
Também Olof Faxander não “espera qualquer melhoria no mercado” até ao final do ano, pois, conforme recordou o pre-sidente da SSAB, “o mercado do aço é extremamente lento, e está realmente parado desde Outubro do ano passado”.
Em resposta à conjuntura económica que se arrasta desde 2008, a SSAB definiu um plano de redução de custos avaliado em cerca de mil milhões de coro-as suecas por ano. Em resultado disso mesmo, até à presente mo-mento, os custos de fixos foram “significativamente reduzidos”, “em quase 20%”. Os resultados visíveis deste plano traduziram-se em economias ao nível da ma-nutenção, conseguidas mediante contratos de outsourcing, e tam-bém através da redução de mão-de-obra.
FERNANDA SILVA TEIXEIRA, EM ESTO-COLMO A CONVITE DA SSAB
Aumento de resistência permite aumentar carga dos contentores