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ST – 301
TOPOGRAFIA
Prof. Hiroshi P. [email protected]
U N I C A M P
FACULDADE DE TECNOLOGIA – FTUNICAMP – CAMPUS 1 – LIMEIRA SP
ANÁLISES CARTOGRÁFICAS
ESCALA
Relaciona a medida a ser representado gráficamente, com as dimensões reais.
Detalhes:- Naturais- Artificiais
Problemas principais:- Necessidade de reduzir as proporções dos
- Representabilidade. Certos acidentes geográficos, dependendo da escala adotada, não permitem redução
acentuada pois tornarão imperceptíveis.
A solução é a utilização de símbolos cartográficos.
A escala normalmente é expressa de forma:
- Numéricamente ou em fração representativa
- Gráfica ou em escala de barras
Numérica : E = d / D onde:
d: distância medida na carta D: distância real
São mais comum da forma
E = 1 / n. ou E = 1:n.n: usual em escalímetros e suas proporcionalidade
n 10
Como interpretar Escala
Escala gráfica
Representando gráficamente várias distâncias do terreno sobre uma linha reta graduada.
É constituida de um segmento à direita da referência zero, conhecida como escala primária.
Escala
01Km 1 2 3 4 5 Km
01Km 1 2 3 4 5 Km
01Km 1 2 3 4 5 Km
0 2 mi1 mi1/2 mi
Exemplos
1km 5km
1km
1km
5km
5km
1. Milha terrestre: 1 milha terrestre corresponde a 1.609,34 metros 1. Milha marítima: 1 milha marítima corresponde a 1.852,00 metros
Escalas Especiais
Na projeção de Mercator por exemplo, a escala é variável, constante ao longo dos paralelos e variável ao longo dos meridianos, variando com a latitude, quanto maior a latitude, maior a escala.
PROJ EÇÃO DE MERCATOR Escala em Diferentes Latitudes1/50 000 000 no Equador - 1/9 132 500 na Latitude de 24
Precisão gráfica:É a menor grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em desenho na mencionada escala.
Menor comprimento: 0,2 mm
Seja E = 1 / MErro tolerável: 0,0002 metro, por metro
E = 1/20000 ----- 0.2mm = 4000 mm = 4 mE = 1/10000 ----- 0,2mm = 2000 mm = 2 mE = 1/40000 ----- 0,2mm = 8000 mm = 8 mE = 1/100000 ---- 0,2mm = 20000 mm = 20 m
Escolha da escala:
Considerando uma região que se queira mapear e que possua muitos acidentes geográficos de 10m de extensão, a menor escala que se deve adotar será:
M = 10m / 0,0002m = 50.000 ou sejaE = 1:50.000
Erro tolerável: 0,0002 metro, por metro
Determinação da escala de um mapa Quando por algum motivo não é fornecida a escala de
um mapa pode-se, obter uma escala aproximada, através da medição do comprimento de um arco de meridiano entre dois paralelos.
O comprimento médio de um arco de meridiano é de 111, 111 km, bastando então dividir a distância encontrada no mapa por este valor.
21o
22o
Dist. Mapa 111,111 = mm
111.111.000
Projeções CartográficasSão transformações projetivas, que permitem transformar a superfície tridimensional da superfície terrestre em uma representação plana, ou seja bidimensional.
A correspondência entre a superfície e o mapa não pode ser exata por dois motivos básicos:
1-Alguma transformação de escala deve ocorrer porque a correspondência 1/1 é fisicamente impossível.
2-A superfície curva da Terra não pode ajustar-se a um plano sem a introdução de alguma espécie de deformação ou distorção, equivalente a esticar ou rasgar a superfície curva.
O Conceito de Distorção:
As distorções ou deformações são tanto maiores quanto maior a área representada, e terão características próprias segundo a forma de relacionamento entre a superfície terrestre e a representação plana correspondente, caracterizando a projeção adotada.
A figura ao lado apresenta uma representação plana da Terra pelo corte da superfície esférica ao longo dos paralelos de 150 , 450 e 750 e ao longo do meridiano de Greenwich.
Esta representação faz com que alguns paralelos sejam mostrados duas vezes, gerando uma descontinuidade do mapa e deixando vazios entre os paralelos.
Desejando-se evitar estes vazios, ou seja, o mapa mostrar a superfície de forma contínua, deve-se fechar os vazios esticando-se cada zona em uma direção ao longo dos meridianos até a coincidência dos paralelos, conforme mostra a figura abaixo.
Uma notável ilustração de distorções e deformações pode ser vista nas figuras. Um rosto foi desenhado sobre a projeção globular, sendo depois transportado para as projeções ortográfica, estereográfica e de Mercator.
Distorção Nula:
É claramente impossível criar um mapa perfeito, onde a escala principal seja preservada em todos os pontos. É fácil porém, manter a escala principal ao longo de certas linhas ou pontos no mapa, onde a escala é constante e igual à escala principal, ocasionando uma distorção nula.
Linhas de distorção nula, são linhas em uma projeção, ao longo das quais a escala principal é preservada e correspondem a determinados círculos máximos ou pequenos círculos na esfera ou elipsóide.
Pontos de distorção nula são os pontos onde a escala principal é preservada. Os planos tangentes à superfície da Terra gerarão sempre um ponto de distorção nula.
Distorção
Baixa
Média
Alta
Um cilindro ou cone tangente à superfície terrestre gerará uma linha de distorção nula, igualmente um pequeno círculo.
Tangente
Secante
Classificação:
Propriedades;
Superfície de projeção,
Método de traçado.
Propriedades das Projeções:
ConformidadeUma projeção conforme é uma projeção em que a escala máxima é igual à mínima
em todas as partes do mapa (a = b). Um pequeno círculo na superfície terrestre se projetará como um círculo na projeção, caracterizando uma deformação angular nula.
Equivalência As escalas máxima e mínima são recíprocas: a.b = 1, mantendo uma escala de
área uniforme. Deforma muito em torno de um ponto, porque a escala varia em todas as direções. O princípio da equivalência é a manutenção das áreas de tamanho finito.
EqüidistânciaUma escala específica é mantida igual à escala principal ao longo de todo o mapa.
Por exemplo: a escala ao longo de um meridiano h = 1.0. Assim sob certas condições, as distâncias são mostradas corretamente. A equidistância porém não é mantida em todo o mapa, a escala linear é correta apenas ao longo de determinadas linhas ou a partir de um ponto específico.
AfiláticaAs projeções afiláticas não conservam área, distância, forma ou ângulos, mas
podem apresentar alguma outra propriedade específica que justifique a sua construção.
Superfícies de Projeção
Tangentes
- Planas ou Azimutais: quando a superfície for um plano.- Cilíndricas: quando a superfície for um cilindro.- Cônicas: quando a superfície for um cone.
Conforme o contato da superfície de projeção com o globo, podem ainda ser classificadas em:
Secantes
As projeções são classificadas em:- Normais ou Polares: plano tangente ao pólo (paralelo ao Equador)
- Transversa ou Equatorial: plano tangente ao Equador.
- Horizontais ou Oblíquas: plano tangente a um ponto qualquer.
Método de Traçado
Geométricas: São as que podem ser traçadas diretamente utilizando as propriedades geométricas da projeção.
Analíticas: São as que podem ser traçadas com o auxílio de cálculo adicional, tabelas ou ába cos e desenho geométrico próprio.
Convencionais: São as que só podem ser traçadas com o auxílio de cálculo e tabelas.
As projeções geométricas possuem ainda uma subdivisão, caracterizando ou não a existência de um ponto de vista ou centro de perspectiva:
Perspectiva: possuem um ponto de vista.
Pseudo-perspectivas ou Não-perspectivas: possuem um ponto de vista fictício ou não possuem.
Conforme a posição do ponto de vista, podem ser ainda mais uma vez subdivididas em:
Ortográficas: o ponto de vista está no infinito.Estereográficas: o ponto de vista está no ponto
diametralmente oposto à tangência do plano de projeção.Gnomônica: o ponto de vista está no centro da Terra.
Principais Projeções
Planas ou azimutaisOrtográficaEstereográficaAzimutal Equivalente de LambertAzimutal EqüidistanteGnomômica
Ortográficas
Plano Tangente
Perspectiva Infinita Utilização- Foi popular durante a 2a Guerra Mundial. - Com os vôos espaciais foi rebuscada pois lembra a fotografia dos corpos celestes.
EstereográficasPlano de Projeção
Equador
Polo Norte
Polo Sul
Utilização-O aspecto oblíquo tem sido usado para projeção planimétrica de corpos celestes: Lua, Marte, Mercúrio, Vênus.-O aspecto polar elipsóidico tem sido usado para mapear as regiões polares (Ártico e Antártico).
Azimutal Equivalente de LambertNão é perspectiva, podendo ser chamada de “sintética” , por ter sido desenvolvida para apresentar a característica de equivalência. O aspecto polar tem as mesmas características das demais azimutais. Círculos concêntricos para os paralelos nos polos e meridianos irradiados. Mostra o esquema de distorção da projeção, para a esfera, podendo este esquema ser colocado sobre os demais casos, para se definir as regiões de deformação e distorção da escala.O espaçamento dos paralelos diminui conforme aumenta a distância do polo.Normalmente a projeção não é mostrada abaixo de um hemisfério (ou do Equador).UtilizaçãoÉ bastante utilizada em Atlas comerciais e mapas que necessitem de relações de equivalência entre as formas. Serve de base para mapas geológicos, tectônicos e de energia; mapas comerciais e mapas geográficos (físicos, políticos e econômicos).
Azimutal EqüidistanteNão é uma projeção perspectiva, porém como eqüidistante tem a característicaespecial de todas as distâncias estarem em uma escala real quando medidas docentro até qualquer outro ponto do mapa.
Utilização- Utilizada no aspecto polar para mapas mundiais e mapas de hemisférios polares;- No aspecto oblíquo para Atlas de continentes e mapas de aviação e uso de rádio.-Utilização regular em Atlas, mapas continentais e comerciais tomando-se o centro de projeção em cidades importantes.- Cartas polares;- Navegação aérea e marítima;- Rádio Comunicações (orientação de antenas) e rádio-engenharia;- Cartas celestes tendo a Terra como ponto central.
Gnomônica
Aplicação - Cartas polares de navegação; - Navegação marítima e aérea; -Rádio e rádiogoniometria, rádio faróis; -Geologia (alinhamento de componentes da crosta); - Cartas de portos.
Principais Projeções Cilíndricas
Mercator;
Transversa de Mercator; Equivalente de Lambert; Oblíqua de Mercator.
Mercator Os meridianos da projeção de Mercator são retas verticais paralelas, igualmente
espaçadas, cortadas ortogonalmente por linhas retas representando os paralelos, que por sua vez são espaçados a intervalos maiores, à medida que se aproxima dos polos. Este espaçamento é tal que permita a conformidade, e é inversamente proporcional ao coseno da latitude.
É ainda bastante empregada em Atlas e cartas que necessitem mostrar direções (cartas magnéticas e geológicas). Praticamente todas os mapas de fusos horários são impressas na projeção de Mercator.
Mercator Transversa
Utilização- Mapeamentos Topográficos;-Base para a projeção UTM -(Universal Transversa de Mercator).
Oblíqua de MercatorÉ uma projeção semelhante à projeção regular de Mercator, onde o cilindro étangente a um círculo máximo que não o Equador ou um meridiano.
Utilização-Foi a projeção mais capaz de projetar imagens de satélite no sistema Landsat (HOM - Hotime Oblique Mercator).-Serviu de para a elaboração da projeção SOM (Space Oblique Mercator).-Mapeamento de regiões que se estendem em uma direção oblíqua (Alaska, Madagascar).-Base para a projeção SOM (Space Oblique Mercator).
Projeções Cartográficas Equivalente de Lambert
Resumo e Características É uma projeção cilíndrica, equivalente e equatorial; A escala sobre o Equador é verdadeira; Os paralelos são representados com o mesmo comprimento do Equador; A escala sobre os meridianos é reduzida na proporção inversa do aumento
sobre os paralelos h= cos ; A ampliação da escala nos paralelos é proporcional a sec h = sec (); O espaçamento dos paralelos diminui à medida que se aproxima dos polos,
indicando uma redução de escala; À proporção que a latitude aumenta a escala sobre os paralelos vai sendo
progressivamente exagerada, ao mesmo tempo vai diminuindo sobre os meridianos na proporção inversa;
Grande distorção nas altas latitudes devido a desigualdade entre a escala nos meridianos e nos paralelos.
Projeções Cartográficas
Aplicações Apropriada para cartas equivalentes em baixas latitudes; Mapas mundiais de baixas latitudes.
Projeções Cartográficas
CônicasEquivalente de Albers;Cônica Conforme de Lambert;Policônica.
Projeções Cartográficas Equivalente de Albers
Resumo Equivalente; Os Paralelos são arcos de círculos concêntricos desigualmente espaçados. Estão
mais aproximados nas bordas norte e sul do mapa, pois o cone é secante; Os meridianos são raios de um mesmo círculo cortando os paralelos ortogonalmente; Não há distorção ao longo do paralelo padrão (tangência) ou dos paralelos padrões
(secância); Os polos são arcos de círculo; Utilizada para mapas equivalentes de regiões que se estendem no sentido leste-
oeste.
Projeções Cartográficas Conforme de Lambert
Alguns dos comentários feitos para a projeção de Albers em relação à aparência são idênticos, como por exemplo a aparência do espaçamento dos paralelos.
A seleção de paralelos padrões, também deve se ater à região que se deseja mapear. É uma projeção conforme, porém em altas latitudes, a propriedade não é válida, devido
às grandes deformações introduzidas. As linhas retas entre pontos próximos aproximam-se de arcos de círculos máximos. A escala, reduzida entre os paralelos padrões, é ampliada exteriormente a eles. Isto
aplica-se às escalas ao longo dos meridianos, paralelos ou qualquer outra direção, uma vez que é igual em um ponto dado.
Utilização- Aplicação em regiões com pequena diferença de latitude. - pela Organização Internacional da Aviação Civil (OIAC)- Cartas Aeronáuticas na escala de 1:1.000.000;- Estudo de fenômenos meteorológicos (Organização Mundial de Meteorologia);- cartas sinóticas;- Atlas;- Carta Internacional do Mundo na escala 1:1.000.000.
Projeções Cartográficas Policônica
Utiliza como superfície intermediária de projeção diversos cones tangentes em vez de apenas um.
Utilização- Mapas topográficos de grandes áreas e pequena escala;- Cartas gerais de regiões não muito extensas;- Levantamentos hidrográficos;- Mapa Internacional do Mundo através da projeção policônica modificada - substituído usualmente pela cônica conforme de Lambert.
UTM O mundo é dividido em 60 fusos, onde cada um se
estende por 6o de longitude. Os fusos são numerados de um a sessenta começando no fuso 180o a 174o W Gr. E continuando para Este. Cada um destes fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro de forma que o meridiano de tangência divide o fuso em duas partes iguais de 3o de amplitude.
O quadriculado UTM está associado ao sistema de coordenadas plano-retangulares.
O sistema UTM é usado entre as latitudes 84o N e 80o S. Além desses paralelos a projeção adotada mundialmente é a Estereográfica Polar Universal.
UTM
Sistema Gauss-Krüger (sec XVIII) Decomposição em fusos de 3 de amplitude; Meridiano central múltiplo de 1 30’; Cilindro tangente no meridiano central; Ko coeficiente de escala (fator de escala) = 1 no
meridiano central; Existe ampliação para as bordas do fuso; Constante do Equador - 0; Constante do meridiano central = 0; Coordenadas planas: x - abcissa sobre o meridiano; y - ordenada sobre o Equador (Inversão
do sistema matemático) Desenho: É um sistema de aplicação mais local.
Inspirou a criação dos sistemas LTM (Local Transversa de Mercator).
Central
Equador
x +y +
x +y -
x -y +
x -y -
+ x
+ y
- x
- y
3 o
UTM
Gauss-Tardi
Projeção conforme de Gauss, cilíndrica, transversa e secante; Fusos de 6 de amplitude (3 para cada lado); Meridiano central múltiplo de 6. Para o caso brasileiro, os MC são:
36, 42, 48, 54, 60, 66 e 72; Origem dos sistemas parciais no cruzamento central, acrescidas
as constantes:5.000 km para o Equador,500 km para o meridiano central;
Estas constantes visam não existir coordenadas negativas o que aconteceria com o sistema Gauss-Krüger;
Existência de uma zona de superposição de 30’ além do fuso. Os pontos situados até o limite da zona de superposição são colocados nos dois fusos (próprio e subsequente), para facilitar trabalhos de campo.
UTM O sistema UTM foi adotado pelo Brasil, em
1955, passando a ser utilizado pela DSG e IBGE para o mapeamneto sistemático do país.
Gradativamente foi o sistema adotado para o mapeamento topográfico de qualquer região, sendo hoje utilizado ostensivamente em quaisquer tipo de levantamento. Utiliza a projeção conforme de Gauss
como um sistema Tardi; O cilindro é secante, com fusos de 6, 3
para cada lado; Os limites dos fusos coincidem com os
limites da carta do mundo ao milionésimo; - Os fusos de 6 são numerados a partir do antimeridiano de Greenwich, de 1 até 60, de oeste para leste (esquerda para a direita, desta forma coincidindo com a carta do mundo; pela figura 6.5.7 pode ser verificado a divisão do país em fusos.
UTM A simbologia adotada para as coordenadas UTM é
a seguinte:N - coordenada ao longo do eixo N-S,E - coordenada ao longo do eixo L-O.
As coordenadas são dimensionadas em metros, sendo normalmente definidas até mm, para coordenadas de precisão.
As coordenadas E variam de aproximadamente 150.000 m a 850.000 m, passando pelo valor de 500.000 m, no meridiano central.
As coordenadas N, acima do Equador são caracterizadas por serem maiores do que zero e crescem na direção norte.
Abaixo do Equador, que tem um valor de 10.000.000 m, são decrescentes na direção sul.
Um ponto qualquer P, será definido pelo par de coordenadas UTM E e N de forma P (E;N).
O sistema UTM é utilizado entre as latitudes de 84 e - 80. As regiões polares são complementadas pelo UPS (Universal Polar Estereographic).
Sistema UTM
MeridianoCentral
Equador
6 o
10 0000km
500 km
N> 0E>500 km
N >10000 kmkm
E > 500 km
N>10000 km
E < 500 km
N> 0N<500km
S t o pfor today it is alonewe go for our housegood rest