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0,50€ PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS 253 Hélder Fernandes Publicação Mensal | 20 janeiro de 2018 Inf Print FESTA 13 DE FEVEREIRO 2018 TRAGA A SUA MÁSCARA E VENHA DIVERTIR-SE DE

STA DE - ARCPAarcpa.pt/login/upload/produtos/pdf/jornal_janeiro.cdr... · 2018. 1. 31. · Chegámos ao fim de mais um ano que a todos nósnosdeveencherdeorgulho. Agora é tempo novo!

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0,50€

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

253 Hélder FernandesPublicação Mensal | 20 janeiro de 2018

Inf Print

FESTA

13 DE FEVEREIRO 2018

TRAGA A SUA MÁSCARA E

VENHA DIVERTIR-SE

DE

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Infoprint - Informática e Publicidade (Cª de Ansiães)

(Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores)

Eduardo Pinto; Hélder Fernandes; Carlos Fernandes;Flora Teixeira; Manuel Barreiras Pinto; Adriana Teixeira;

Susana Bento; Matilde Teixeira; Hermínia Almeida;Fernando Figueiredo; António Cunha; Paulo Afonso;

Nuno Magalhães; José Alberto Gonçalves e Pedro Carvalho.

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Sede da ARCPA

Hélder Fernandes; Pedro Carvalho

fi

Fernando Figueiredo; Fernanda Natália; Hélder FernandesEduardo Pinto; André Santos

www.arcpa.pt

Hélder Fernandes

Hélder Fernandes

Caros sócios da ARCPA e leitores do

Jornal “O Pombal”

Chegámos ao fim de mais um ano que a todos

nós nos deve encher de orgulho.Agora é tempo novo! Vamos cá a mais um

Ano! E retorno ao trabalho, à luta quotidiana, que se

faz na alegria de construir, a partir de coisas pequenas.É tempo de retornar ao que nos toca

profundamente: continuar, prosseguindo com a

vontade de levarmos para a frente os objetivos desta

Associação.É tempo de agradecimentos sinceros aos

excelentíssimos colaboradores deste jornal, AJUDA

PRECIOSA, sem a qual não seria possível a existência

deste veículo informativo, formativo, cultural e social.Também o nosso obrigado a todos os

colaboradores nas diferentes e diversas atividades, que

foram levadas a cabo ao longo de 2017, sendo que este

agradecimento tem presente as dificuldades e o esforço

de todos e cada um, na realização das atividades

propostas. E como foi bom termos chegado até aqui!

Julgo que, com algum sucesso, respeitando as

diferentes opiniões, respeitáveis, normais num

trabalho em equipa, que privilegiamos.Evocamos os sócios, cuja vida terminou,

recordando-os com saudade, com uma oração em

particular, respeitando as suas memórias e o lugar que

ocuparam nesta sociedade.Início deAno! Saudamos a sua vinda com bom

augúrio que, possamos rejuvenescer sempre,

mantendo a esperança de contribuirmos em 2018 para

a felicidade da comunidade Pombalense, na medida do

possível.VAMOS CÁ A MAIS UM ANO! PLENO DE

SORRISOS!

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desde 1993

Rua Nova da Telheira, 166 - 510-061 Carrazeda de Ansiães

Tlm: 917 838 018

GABINETE DE PROJETOS

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Salão

Salão

Loiças

Loiças

Cozinha

Cozinha

Salão / Loiças / Cozinha

Salão / Loiças / Cozinha

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Dr. Paulo Afonso

Médico Veterinário

Escovar dentes ou não escovar? Eis a questão!

Certamente já ficou encadeado por sorrisos depatudos nos anúncios publicitários e pensou: quem medera que o meu patudo tivesse uns dentes assim, limpos,brancos e, seguramente, sem odor. Porventura, até lhe dáumas barrinhas para ele morder ou coloca uns pós ou usauns croquetes para, supostamente, limpar os dentes.Mas, vamos por partes!Higiene oral, é necessária?

Sim, o seu animal, tal como o leitor, mastigaalimentos que ficam acumulados entre os dentes, língua,gengiva e bochechas, e servem de substrato a bactérias queproliferam e, ao fermentarem, esses restos de comidalibertam o tão repugnante hálito (particular atenção para osnossos felídeos: se a boca cheira mal o gato vai cheirar mal,devido aos banhos de saliva com restos de comida que vãoser espalhados pelo corpo). A médio/longo prazo essaacumulação de restos e fermentação contínua levarão àdeposição de minerais, acumulação de tártaro, gengivite eretração da gengiva, podendo mesmo levar à queda dedentes, abcessos, vómitos, diarreias, falta de apetite e, emsituações graves, levar à morte do seu amigo de 4 patas.P a r a a l é m d a q u e s t ã o e s t é t i c a d o s d e n t e samarelos/castanhos com pedra (literalmente pedra), há aquestão odorífera. Decididamente não quer um cão ou gatoa tresandar da boca a lambê-lo ou a arfar perto de si. Hátambém a questão financeira, pois aquilo que nos humanosrealizamos para reverter estas situações (limpeza oudestartarização), nos cães e nos gatos, requer anestesiageral (infelizmente, os nossos patudos não ficam de bocaaberta, imóveis, enquanto uma broca remove o tártaro dosseus dentes), além do custo de uma intervenção destegénero acresce o risco anestésico.Mas eu dou-lhe barrinhas, pós ou ração para limpar aboca…

É verdade! É um argumento, aparentemente,perentório, que ouço muitas vezes, quando tentosensibilizar um detentor para a higiene oral dos seusamigos de 4 patas. Parece um argumento definitivo!Parece, mas não o é! Efetivamente, se as barrinhas, os pós eos biscoitos tivessem tão bons resultados como os quepublicitam porque motivo andamos, nós humanos, ainda, aescovar dentes depois de cada refeição? Exatamente peloque está a pensar! Não há método melhor para cuidar da

higiene oral que a escovagem dentária. Nem barras, nempós, nem croquetes a substituem! Ponto final, parágrafo!E agora?

Em primeiro lugar adquira uma pasta dentífricaprópria para animais, uma vez que eles não bochecham.Acrescente uma escova de dentes ou uma dedeira e estápronto para escovar os dentes ao seu fiel companheiro. Se oseu amigo for de poucos amigos, quando toca a mexer naboca dele, não desista, há solução. Para aqueles casos emque não foi possível educar desde tenra idade (desde quecomeçam a comer) a aceitar o ritual da escovagem, pelomenos uma vez ao dia (idealmente: depois de cada refeição),ou se estamos perante feras indomáveis no que toca àdentição, existem pastas dentífricas com complexosenzimáticos que degradam os restos alimentares, podendoser aplicadas na comida ou entre a bochecha e os dentes, ouno pelo (gatos).

Quero que tenha consciência que, o ideal e o efeitomáximo serão sempre com escovagem. Sem escovagem,com barrinhas, com pós ou croquetes dentários está acomprometer a higiene oral do seu amigo e a por em risco asaúde dele. A médio/longo prazo está a arrisca umaintervenção com anestesia geral, medicação, uma quebra norelacionamento afetivo com o seu animal (dor de dentes,odor nauseabundo) e um monte de chatices e preocupaçõescom o bem-estar e saúde do seu patudo.

Por isso, escove os dentes ao seu amigo e partilhelambidelas e sorrisos sem ter que por uma mola no nariz oufazer má cara. Porque no que toca à saúde do seu animal ahigiene oral não é uma questão, faz parte da prevenção!

janeiro 2018

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Bonecos de Barro de EstremozPatrimónio Cultural Imaterial da Humanidade

Depois do Fado, do Cante Alentejano, daOlaria Negra de Bisalhães, da Arte Chocalheira e daArte da Falcoaria, foi agora a vez dos Bonecos deBarro de Estremoz se tornarem desde dezembro de2017, também, Património Cultural Imaterial daHumanidade.

A d e c i s ã o d a U N E S C O r e v e l a oreconhecimento de uma arte popular típica do sul dopaís que, historicamente, foi sempre poucovalorizada. A candidatura a Património daHumanidade foi apresentada pela Câmara Municipalde Estremoz, no distrito de Évora e é o primeirofigurado do mundo a merecer esta distinção tão

importante do ponto de vista cultural. A cidadealentejana vê, assim, reconhecido o seu esforço parapreservar uma arte antiga com mais de três séculos.

Os bonecos de barro cozido são feitosmanualmente, sem recurso a moldes e por isso não hádois iguais. As peças levam dias a moldar e a pintarseguindo as referências deixadas pelos artesãosoriginais que terão sido maioritariamente mulheresque nem teriam esta atividade reconhecida como umofício de pleno direito. As primeiras figurasmoldadas, desta arte com mais de trezentos anos,terão sido de santos populares de maior devoção naregião alentejana, como é o caso do Santo António;São João Batista; Nossa Senhora da Conceição eNossa Senhora com o Menino.

Só no século passado é que se acentuou avontade de recuperar e valorizar a tradição desta artepopular, passando a ser objeto de estudo pelosantropólogos portugueses. Refira-se a título decuriosidade que no selo de 0,55€ destinado ao correioazul nacional, posto em circulação pelos Correios dePortugal, em 2015, aparecem dois exemplares debonecos de Estremoz.

Felicito a cidade de Estremoz por estereconhecimento da UNESCO. Que ele contribua paraa continuidade e salvaguarda desta arte. Queproporcione, ainda, a valorização cultural da regiãodo Alentejo e favoreça a sua sustentabilidadeeconómica. Afinal, é mais uma porta que se abre dePortugal para o Mundo.

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Hermínia Almeida

Crónicas de uma pombalense

janeiro 2018

Faleceu

CRISTINO ANTÓNIO GARCIA PERES

Nasceu a 29/01/1934 – Faleceu a 20/01/2018

Cristino António Garcia Peres, sócio da ARCPA nº236, com 83 anos de idade.

A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que o acompanharam à sua última morada

ou que de qualquer modo lhes testemunharam o seu pesar.

Paz à sua alma.

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Nuno Magalhães

Quando falamos de crescimento económico éimpossível não falar de empresas. Como sabemos, asempresas estão divididas de acordo com a sua dimensão –

micro, pequenas, médias e grandes empresas. Estasdivisões têm por base o número de trabalhadores daempresa, o seu volume de negócios e o balanço anual,seguindo os critérios estabelecidos pela Recomendação n.º2003/361/CE, da Comissão Europeia. Para termos umanoção dos critérios, as PME's (Micro, Pequenas e MédiasEmpresas) são empresas que empregam menos de 250pessoas e, simultaneamente, têm um volume de negóciosanual que não excede 50 milhões de euros ou cujo balançototal anual não excede 43 milhões de euros, sendo que asempresas que excedem estes valores são consideradasGrandes Empresas.

Em Portugal, 99% do tecido empresarial éconstituído por PME's, tendo, em 2016, empregado cercade 79% da população ativa empregada, e registado umvolume de negócios de aproximadamente 75% daprodução nacional. Ou seja, cerca de 2/3 da produçãonacional é gerada por PME's, confirmando a importânciadeste tipo de empresas ao nível nacional. No entanto, aeconomia portuguesa continua a registar uma baixaprodutividade, conforme nos refere estudo do Conselhodas Finanças Públicas (CFP) sobre a produtividadeportuguesa, e uma das causas é “a reduzida escala dasempresas portuguesas”, ou seja, a pequena dimensão dasempresas nacionais. Eu, pessoalmente, concordo!

Segundo o estudo do CFP, a produtividadeportuguesa- PIB por hora trabalhada - equivale a cerca de68% da média da União Europeia e a cerca de metade depaíses como França e Dinamarca. Mais ainda, refere que,entre 1995 e 2014, a produtividade teve um crescimentomédio de 0,03% ao ano. Além disso, o mesmo estudo,mostra-nos que as empresas portuguesas são cada vez maispequenas, passando de uma média de 15 trabalhadorespara 10 trabalhadores, no período entre 1989 e 2008, e diz-nos que uma empresa exportadora tem hoje, em média,27,4 empregados, e as restantes contam com 5,9trabalhadores.

E aqui nos questionamos: Será que o tamanho dasnossas empresas importa para a sua produtividade? Sim,importa! Estudos diversos confirmam que a dimensão dasempresas está intimamente ligada ao nível de

produtividade, pois, nas grandes empresas, há umaprevalência de melhores modelos de gestão, melhorcolocação no mercado e implementação de produtos eserviços inovadores, de elevado valor acrescentado. Poroutras palavras, as grandes empresas reúnem um conjuntode ferramentas, know-how e capacidade de investimentoque conduzem a níveis de produtividade mais elevadosque, por sua vez, geram, mais e melhor, crescimentoeconómico.

Assim, torna-se importante criar um ambientefavorável ao crescimento das PME's, elevando a suaprodutividade e, consequentemente a produtividadenacional. Mais que um “culto” à criação de novas PME's,as nossas políticas públicas devem ser canalizadas para oapoio ao desenvolvimento das PME's existentes, criandoas condições necessárias à sua maturação, afirmação emais-valia no mercado, interno e externo. Conforme nosdemonstra o estudo do CFP, com as grandes empresas vemmais empregabi l idade, mais inovação e maisdesenvolvimento. A capacidade de gerar riqueza econseguir reinvestir essa riqueza, criando mais postos det r a b a l h o s , m a i s v a l o r a c r e s c e n t a d o e m a i sdesenvolvimento, é premente para a economia portuguesa.O crescimento das PME's é importante para a economianacional, mas, também, pode ser um catalisador da coesãoterritorial. Se pensarmos no distrito de Bragança,facilmente identificamos a predominância de PME's emtoda a sua extensão. Assim, facilmente reconhecemos queo crescimento das PME's pode tornar-se num verdadeiromotor da região, promovendo emprego, inovação ecriação de riqueza e desenvolvimento nos nossosterritórios.

Inúmeras vezes ouvimos dizer que é necessárioatrair investimento para o interior, esquecendo-nos deapoiar aqueles que já aqui estão. Homens e mulheres queresistem às dificuldades da interioridade, que empregamfamílias, que valorizam a nossa cultura, a nossa gente, onosso território. Eles são a chama que resiste, num País quenão alimenta a fogueira do nosso interior. Aquilo que sepede, aliás que se exige, é que alimentem o fogo que há nonosso território. Pois se o resto do país tem receio daquiloque podemos oferecer, temos uma Europa ansiosa poraquilo que é nosso!

Quanto maior, melhor!

janeiro 2018

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Manuel Barreiras Pinto

Histórias da nossa terra

Era uma vez…, assim começam as histórias eneste mês de janeiro, vamos narrar factos e nasentrelinhas, dizer o que nos vai na alma… Era umavez… há muitos, muitos anos atrás, que estando devisita á nossa terra, um espanhol natural da Galiza, nahora de partir, proferiu esta sentença: - Ai, Carrazeda,Carrazeda, por mais que te pintem, não deixarás de serCarrazeda.

Em verdade, em verdade vos digo. Carrazeda,era uma pequena aldeia, situada no planalto e no mapado concelho, está no meio das freguesias de Amedo-Zedes- Mogo de Malta- Belver- Fontelonga- Selores eMarzação, foi escolhida para suceder á extinta vila deAnsiães. E, assim nascia a vila de Carrazeda deAnsiães. Ainda hoje existem os vestígios dessa épocaa Fonte das Sereias, o Pelourinho, a Casa da Justiça, aCâmara- Tribunal e Cadeia. Ainda o edifício doprimeiro Hospital, junto á Igreja matriz, neste edifíciofez-se história, quando alguns foram presos pelaPIDE/DGS no tempo do Salazar. Só porquepartilhavam ideias diferentes e alguns nem issotinham em comum, outros tempos. Infelizmente,nestes 40 anos de democracia, nenhum autarca teve aousadia de adquirir esta casa que tem história, nahistória deste povo. O Edifício, está em adiantadoestado de decomposição, mas continua de pé, adesafiar consciências.

A vila de Carrazeda, tinha 3 feiras mensais,sempre nos dias 10, 20 e 30. A feira era assim: - Nolocal próprio, estavam os animais domésticos que oslavradores criavam nas suas casas, como galinhas,coelhos, e os porcos. Também se comprava e vendiamcavalos, burros, ovelhas, cabras e bois. Em outrolocal, estavam os vendedores da fruta, legumes ehortaliças, os queijos e produtos do fumeiro que aspessoas das aldeias traziam á vila. Vendiam e era coma receita da venda, que compravam depois os tecidos,o calçado e o vestuário, trocas comerciais, onde todosparticipavam. Os comerciantes locais, no Café e

Tabernas tinham os clientes certos e satisfeitos,quando já á noite seguiam eufóricos com um teor deálcool elevado, em cima do cavalo para a casadistante, rumo á aldeia de onde tinham vindo namanhã desse dia.

O povo era alegre, e vinham á feira contentesnas suas montadas – os carros usados na altura,substituídos agora por tratores – e da aldeia deParadela, passando pela aldeia do Amedo, rumo aomonte da Pranheira, onde existiam as minas devolfrâmio e daqui para o Toural, para a feira era atrote, e ver o cavalo que mais corria. Era bom que hojena atualidade, com a moda dos passeios pedestre, amalta fizesse esse caminho, aqui deixo o desafio aquem queira ter o trabalho de oferecer essa alegria aosmuitos praticantes da modalidade. Pois, por muitoque os autores das monografias do concelho deCarrazeda, digam que as mulheres de determinadaaldeia, eram alegres, bonitas e de fartos seios.

A gente simples também sabia divertir-se e háhistórias verdadeiras que se passaram, as quais osmais velhos recordam com saudade, como esta. – Deuma aldeia do concelho, duas vizinhas vieram á feirae depois, de venderem os produtos, foram festejar átaberna, comeram e beberam. Mais tarde, na hora doregresso a casa, em pleno Inverno, seguiam ocaminho com dificuldade e aos tropeções. Quandocomeçou a chover e a nevar, caíram no caminho, jáperto da aldeia. Diz a mais velha: - Aí Rosa que tantoneva. Responde a Rosa: - deixa nevar que eu bemquentinha estou.

As protagonistas desta história ainda viveramalguns anos, felizes e contentes, gostavam de vinho,para a alegria do taberneiro, mas já nessa altura sedizia. Consumir vinho, é dar de comer a milhões deportugueses. Os lavradores do Douro, apoiados porfirmas nacionais e inglesas, continuam a acreditar naprodução de uvas. Sorria e faça por ser feliz.

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ENTRE O AMOR E A FELICIDADE

Ao abordar os dois conceitos de “Amor” e“Felicidade”, e confrontando-os, de algum modo, não épretensão minha desafiar os filósofos que, se quiserem, fá-lo-ão melhor do que eu. Trata-se apenas de uma reflexãopartilhada, que me levou a fazer alguma pesquisa sobre asduas matérias tão interessantes, ainda que vagas ecomplexas.

Já se percebeu que não pretendo apresentar umestudo profundo. Vou também tentar que não sejademas iado enfadonho . Ass im, l imi ta r-me-e i ,essencialmente, a reproduzir o que alguns pensadores,entre os muitos, ao longo do tempo, têm dito sobre taisassuntos, e a tentar relacioná-los.

O sábio chinês Confúcio (551 - 479 a.C.) colocavao amor como peça fundamental na relação entre aspessoas: “Amar os homens é a essência da convivência.…”

Passando à Antiguidade Clássica, podemosdestacar o seguinte:O amor socrático (respeitante ao filósofo grego Sócrates (?- 339 a. C.), encontra-se associado à mútua atracção domestre e seu discípulo e vice-versa, pelas virtudes mais doque pelo físico, embora parecendo um amor homossexual,mas sendo sobretudo a maneira de os gregos venerarem abeleza masculina.

Com Platão (428/27- 448/47 a. C.), seu discípulo,o amor era algo elevado e ligado à alma. De facto, segundoele, o amor não se concebe em coisas carnais, mas sim emvirtudes, desprovidas de paixões, consideradasessencialmente cegas, materiais e efémeras. Este tipo deamor não é um “amor feliz”. É o célebre “amor platónico”,não realizável; porém, na concepção vulgar, o amorplatónico é aquele em que existe uma ligação amorosaentre duas pessoas sem nenhum interesse sexual.Aristóteles (384-322), discípulo de Platão, estabeleceu

uma relação estreita entre Amor e Felicidade, embora nãose referindo nunca directamente ao primeiro.

Segundo ele, sendo o homem um ser racional,devia agir e viver de acordo com a razão e isso trar-lhe-ia afelicidade. Todavia, apesar de o homem procurarnaturalmente ser feliz, dadas as limitações da próprianatureza humana, não seria possível alcançar a plenaperfeição. Tudo estaria em encontrar então o perfeitoequilíbrio entre dois extremos: a carência e o excesso.Situar-se-ia neste ponto, aquilo a que chamamos amor.

Mas nem a felicidade nem o amor se vivemisoladamente: É-se feliz quando se está satisfeito consigomesmo e quando se ama desinteressadamente os amigos,ou seja, os que convivem harmoniosamente à volta de ummesmo ideal. Trata-se, então, de uma felicidade social,comunitária, na qual os homens são felizes na medida emque praticam o amor, em sua forma ideal: a amizade.

Importa também considerar uma outra ideiafilosófica: o amor de Cristo. Nesta, o que importa não équem ama mas quem é amado. Este torna-se o centro doafecto. É o exemplo do amor dos pais pelos filhos, mastambém pelo próximo.

Refira-se, no entanto, que o lema central doCristianismo: “Amai-vos uns aos outros como a vósmesmos”, não é uma novidade trazida por este. Era tãoantigo como o próprio Judaísmo, sendo uma citação de umdos livros mais antigos e respeitados na Tora, o livro doLevítico. No entanto, o Cristianismo dar-lhe-ia granderepercussão.

No fim deste período histórico, conhecidogenericamente porAntiguidade, refira-se:S. Agostinho (354-430), que considerava o amorincomensurável: “Amedida doAmor é amar sem medida”.Trata-se, em meu entender, de uma profunda definição deamor.

Já Dante (1265-1321), autor da Divina Comédia,onde a sua atracção por Beatriz é de tipo “platónica”, refereque o amor tem força para mexer o sol e todas as estrelas,acrescentando ainda: “Muito pouco ama, quem compalavras pode expressar quanto muito ama”, dandotambém a ideia da importância do amor e de como é difíciltraduzi-lo em palavras.

William Shakespeare (1564-1616), escritoringlês, expressa também as mesmas ideias, nesta síntese:“É um amor pobre aquele que se pode medir”.Poucos terão definido o amor como Camões (?-1580),sobretudo no soneto:Amor é um Fogo queArde sem se Ver

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Fernando Figueiredo

Património e cidadania

janeiro 2018

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Amor é um fogo que arde sem se ver;É ferida que dói, e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;É um andar solitário entre a gente;É nunca contentar-se e contente;É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

(Luís Vaz de Camões, in "Sonetos" )

O amor é cego e é, simultaneamente, tudo ou quase tudo…

Desde a Antiguidade que o coração é associadodirectamente ao amor…Na Idade Moderna, de novo William Shakespeare, refere:“O amor não se vê com os olhos mas com o coração”.Já mais perto de nós, o escritor francês Theophile Gautier(1811-1872) faz a seguinte distinção: “Amar é admirarcom o coração.Admirar é amar com o cérebro”.De facto, o amor é um sentimento que se impõe às pessoas.Já a moral é uma actividade inteligente do homem. Naverdade, amamos pouca gente e temos que conviver commuita. Por isso, a ética é tão importante, sendo o

substitutivo do amor onde ele nunca existiu ou deixou deexistir.” Esta distinção é muito importante no quotidianodas nossas relações, nas quais a falta de amor não deveexcluir o respeito e as regras.Por sua vez, o escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908), diz que “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo,pouco importa; o essencial é que saiba amar”.Já o indiano Mahatma Gandhi (1869-1948) consideravaque “O amor é a força mais subtil do mundo”.No que respeita ainda à relação entre o Amor e aFelicidade, o escritor francês Victor Hugo (1802-1885),referia: “A suprema felicidade da vida é ter a convicção deque somos amados”.Por sua vez, o escritor alemão Friedrich Nietzche (1844-1900) considerava que “Aquilo que se faz por amor estásempre além do bem e do mal”, ou seja, acima.Como se viu, há diversas formas de compreender edescrever o amor.Há também, como é sabido, vários tipos de amor: paternal,maternal, filial, fraternal, familiar, etc. Nenhum delesexclui o outro nem ocupa o seu lugar. Mais do quedescrevê-los, o mais importante é praticá-los. E issoajudará a ser feliz.Afelicidade não é nada de permanente nem completo. Nãoé um destino, mas um caminho. Por isso, tem momentos,tem dias, tem anos… Podem ser muitos ou poucos. É algoque também se constrói e se vive.Parece que a longa caminhada do Homem sobre a Terra,marcada por mais ou menos amor, sempre almejou isso: aFelicidade. E esta passou muitas vezes pela procura daImortalidade. Mas esta última abordagem ficará talvezpara outra ocasião.

11 janeiro 2018

O CANTINHO DO VELHINHO

Foi-nos proposto pela nossa Diretora Técnica o desafio de mensalmente escrevermos um ou mais artigos para este Jornal. Desafiopor nós aceite…..

Os artigos que aqui vamos escrever são fruto de um trabalho de grupo que com regularidade se reúne e debate ideias,sendo assim uma forma de estarmos ocupados mentalmente, emocionalmente e socialmente.É também para nós um grande gosto e prazer, poder partilhar com todos vós, amigos e familiares os nossos saberes, memórias,histórias e também o nosso dia-a-dia, além de ser também um grande orgulho de ver imprimido em papel aquilo que nóstransmitimos e de que estar no lar, não é estar inativo. Somos uma equipa pequena, mas muito rica em sabedoria….Esperemos ir de encontro às vossas expetativas.Aequipa Sénior do Centro Social Paroquial de Pombal

A NOSSA PARTICIPAÇÃO NOS CANTARES DOS REIS NA ARCPA

No dia 7 de janeiro, realizou-se o encontro dos Reis naARCPA, com início às 15H30.A abertura dos cantares foi efetuada com o grupo de cantares do CSPPombal. Para principiantes, julgamos ter feito boa figura,esperamos que esta participação seja a primeira de muitas.

Prosseguiu a atuação de outros grupos que muito nos alegraram e fizeram recordar outros tempos, com músicas antigas jáhá muito não ouvidas, finalizou o encontro o grande grupo daARCPA, com várias canções alusivas à época.Como é hábito a ARCPA, no final homenageou todos os presentes com um riquíssimo lanche, que ainda foi acompanhado poracordeões para que a nossa juventude sénior pudesse dar uns passos de dança.Como iniciantes, foi para nós um grande entusiasmo, ensaiarmos a nossa música, que foi compilada com várias ideias de todosnós, fomos apoiados nos ensaios com paciência pelas nossas colaboradoras DeolindaAlmeida e na viola pela FilipaAfonsoEsperamos que este evento se repita para nossa satisfação.

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José Alberto Gonçalves

Rio Douro – rio Tua – maçã, vinho e azeite

Quem conhece bem a nossa região, o nossodistrito, o nosso concelho, tem uma opinião formada,que a maneira de desenvolver e fixar gente, é apostarnitidamente no TURISMO. Todos sabemos que nãopassará pela agricultura, muito menos pelo comércioou indústria. O nosso concelho, mesmo com condiçõesde comunicação muito diferentes de há uns anos atrás,continuamos a ser uma região do planalto, onde adedicação somente á agricultura , não seduz apopulação jovem, ativa, a poder fixar-se e fazer vidaaqui. Resta-nos apostar no turismo, pois temos ascondições necessárias e suficientes para nos tornar-mos grandes e impor-mos as nossas raízes, porquetemos a felicidade de usufruir de duas preciosidadesque são o rio douro e o rui tua. Somos provavelmente oconcelho , que melhor pode benef ic ia r dodesenvolvimento do Vale do Tua, pois a sualocalização vai, ao que eu tenho o lido, ficar localizadona Foz do Tua ( aldeia de Foz Tua ).

Será aqui que o nosso poder local, câmaramunicipal, junta de freguesia, população, tem toda aresponsabilidade para que possamos marcar pontos.Não será fácil, mas não podemos estar distraídos,como o temos feito até aqui, ao que me parece, poisainda não vimos nada de benefício, no que toca acontrapartidas vindas da instalação da barragem no riotua, nomeadamente na foz do tua. A aldeia de Foz Tua

ainda nada beneficiou, a não ser a remodelação dacélebre casa do cantoneiro.

O aspeto paisagístico está cada vez maisdegradado, ainda não conseguimos com que os barcosque ligeiramente sobem e descem o rio douro,fizessem uma escala no tua, a tão propaladanavegabilidade do rio tua, parece uma miragem, pois obarco destinado a fazer esse tipo de trajeto há muitoque se encontra atracado no cais de brunheda, sem quealguém com legitimidade para tal, nos explique oporquê. Sendo o nosso concelho constituído poraldeias tão belas e ricas em termos culturais e de umabeleza arquitetónica fantástica e ímpar, temos osingredientes para “dizer” aos turistas que devem parar,ficar, vir mais vezes, e isso cabe ao poder local,nomeadamente ao município, desenvolver asinfraestruturas, ou “ajudar” a que os nossos jovensinvistam, pois empreendedores e inovadores, temos,jovens que acabam os seus cursos e querem por aquifixar-se, mas encontram sempre barreiras a nívelburocrático que os “expulsam” para fora.

Deixo o meu apelo aos responsáveisautárquicos, para que olhem para dentro, para que osde fora venham e nos ajudem a ser cada vez mais umconcelho, único, belo, e atrativo, pois temos tudo paraque possamos crescer cada vez mais, e melhor, terconsequentemente uma qualidade de vida ímpar.

janeiro 2018

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13 janeiro 2018

Joaquim de Araújo é uma figura incontornável dasegunda metade do século XIX e foi seguramente quem,no século XIX, mais contribuiu para a divulgação epromoção da cultura portuguesa, sobretudo além-fronteiras, e essa foi a razão suficiente para que oAgrupamento de Escolas Joaquim de Araújo, que o temcomo patrono, se envolvesse na comemoração docentenário da sua morte com a dignidade e respeito quemerece.

Assim, quando em Janeiro de 2016, numapesquisa, sem propósito específico, sobre a obra poética deJoaquim de Araújo, nos surgiram as datas biográficas doseu nascimento – 22 de Julho de 1858 - e morte – 11 deMaio de 1917, 2017 seria, por conseguinte, o ano docentenário do seu falecimento. A partir desse momento, acomemoração do centenário da morte do patrono doAgrupamento de Escolas Joaquim de Araújo tornava-seuma necessidade. Um dever. Uma necessidade deafirmação da capacidade dinamizadora e mobilizadora doagrupamento, congregando vontades e saberes em redorda vida e obra do patrono. Um dever porque não celebrar avida e obra de uma personalidade ímpar e incontornável nadivulgação e promoção da cultura e literatura nacionais emPortugal e no estrangeiro, sobretudo na segunda metade doséculo XIX, com a dignidade e relevo que merece, seriaum esquecimento imperdoável.

Importava, assim, fazer justiça à memória dohomem de letras, intelectual muito respeitado pelos seuscontemporâneos, erudito, bibliófilo, amigo dos maioresvultos da cultura portuguesa, que promoveu, divulgou,editou, ou promoveu a edição (Eça, Antero, Camilo, Joãode Deus, Teófilo Braga, Júlio Diniz, Oliveira Martins,Sampaio Bruno, D. João de Castro, de entre os maisfamosos), que, com apenas quinze anos, criou, emPortugal, a primeira revista literária – Harpa – para a qualmobil izou a general idade dos escri tores seuscontemporâneos para nela escreverem e que, no obcecadopropósito de divulgar e promover além fronteiras o melhorda cultura portuguesa (Camões, Garrett, Herculano, Joãode Deus, Camilo, Teófilo e Antero, o seu maior e maisrespeitado amigo), não mais parou na publicação derevistas, na edição de livros e opúsculos e, sobretudo,insistindo, insistindo, insistindo junto dos seus amigoslusófilos para que traduzissem e divulgassem.

Publicar um livro de ou sobre Joaquim de Araújointegrou, desde o início, o projeto das comemorações quetinham o centenário da sua morte como causa próxima.Um livro que fizesse justiça e fosse digno da vida e obra dohomenageado. Um livro que, editado pelo agrupamento deescolas Joaquim de Araújo, fosse também da autarquia dePenafiel, cidade onde Joaquim de Araújo nasceu e viveu ainfância e parte da adolescência. Um livro que contribuíssepara “perfumar a alma” deste homem incansável napromoção da cultura portuguesa aquém e além-fronteiras.

Coordenado, organizado, construído pelas mãoscompetentes e dedicadas de Paulo Samuel, o livro, apósadequada e cuidada gestação, nasceu para ser lida a obraopuscular de Joaquim de Araújo. Nele se reúnem-se osmais significativos opúsculos e prefácios de Joaquim deAraújo, que perfazem mais de 500 páginas. Na sua maiorparte, desconhecidos do público, alguns inexistentes emBibliotecas públicas e livrarias particulares. Os opúsculos,apresentados em secções temáticas – poesia; homenagens;critica literária, bibliografia, polémica e edição – revelamuma das vertentes mais importantes do labor editorial queprojeta Joaquim de Araújo num patamar elevado dasLetras portuguesas. Através destes textos, emerge arelevância da prosa do autor penafidelense e comprova-seo quanto este contribuiu para a projeção internacional daCultura e das Letras portuguesas.

É um livro belo por dentro, belo por fora, queexprime superlativamente o que nos propusemoscomemorar no centenário da morte de Joaquim de Araújo:promover e divulgar a sua vida e obra com a dignidade erespeito que merece. Para honrar a memória. Paraperfumar a alma, subtraída ao esquecimento.

O livro é uma casa. Um objeto-casa. Uma casahabitada. Uma casa onde mora gente. Onde mora gentecom ideias, pensamentos, sentimentos, paixões, dores.Vida. Morte. Uma casa onde, dizia Heidegger, mora o ser.Uma casa onde, dizia também Heidegger, o homem é opastor do ser. Uma casa feita de palavras. Uma casadisponível a todos os que a ela queiram aceder. Tratando-se de uma casa feita de palavras, a ela, no entanto, apenaspode aceder quem entrar nas palavras. Quem puder equiser ler. Quem souber ler. As casas de palavras são feitaspara serem lidas. Para serem lidos são feitos os livros. Paraser lido foi feito o livro de Joaquim deAraújo.

António Duarte Cunha

Joaquim de Araújo, Opúsculos e Prefácios

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Os meios de comunicação apenas transmitemnotícias sobre tragédias, escândalos e futebol. É esta aconclusão a que chegamos quando assistimos a umnoticiário do princípio ao fim. Infelizmente, publicitar adesgraça alheia é garantia de mais audiências do quetransmitir acontecimentos positivos que melhoram omundo em que vivemos. Quanto ao futebol, embora seja afavor da prática do desporto, as notícias que assolam osnoticiários são mais sobre o futebol enquanto negócio doque enquanto desporto. Assim, na ausência de um meio decomunicação que promova o que acontece de bom pelomundo fora, irei usar esta reflexão para esse efeito.

A primeira notícia que vos trago é a diminuição,para metade, do trabalho infantil desde o ano 2000, o quesignifica que cerca de 100 milhões de crianças tiveramacesso à educação desde então, em vez de estarem atrabalhar em condições absolutamente desumanas. Istotraz benefícios não só para as próprias crianças, mastambém para toda a sociedade que poderá contar comcidadãos mais bem informados e que trarão muita maisvantagem competitiva ao país para o qual trabalharem.

No mundo animal, apesar das consequênciasnefastas do aquecimento global, também há boas notícias:o leopardo-das-neves foi retirado da lista de animais emrisco de extinção. Embora continue a ser uma espécievulnerável, estima-se que existam 4000 animais em estadoselvagem. Os elefantes do Mali também poderão seguir aspisadas dos leopardos uma vez que o Governo deste paíscontratou “guarda-costas” para estes animais. Comoresultado, desde que foram estabelecidas as brigadasarmadas, ainda não morreu um único elefante.

Ainda no âmbito da ciência, cientistas de umauniversidade australiana encontraram forma de restaurarcorais danificados da Grande Barreira de Corais. Oaumento da temperatura dos oceanos e a poluição têmposto em risco estes recifes que são consideradosPatrimónio Mundial da Humanidade pela UNESCO.Contudo, pode ser que este desenvolvimento auxilie nainversão desta tendência. A Floresta da Amazónia, quetambém sofreu bastante graças à intervenção humana, iráacolher mais 73 milhões de árvores ao longo dos próximos6 anos, graças a novas técnicas de plantação que permitemgerar árvores mais fortes. Consequentemente, serãocriados mais 70 000 acres de floresta tropical.

O próximo exemplo demonstra a forma como osmedia apenas publicitam o que é mau. Desde 2015 que oEstado Islâmico tem vindo a perder território e,

atualmente, os planos de estabelecer uma nação islâmicaencontram-se absolutamente derrotados. Todavia,ninguém ouviu falar da gradual reconquista de territórios eda perda de força do Estado Islâmico nos noticiários,apenas dos atentados pelos quais este foi responsável.No mundo dos direitos das mulheres também tem havidodesenvolvimentos. Em Junho deste ano a lei saudita irá seralterada para permitir que as mulheres possam conduzirautomóveis. A Arábia Saudita é, atualmente, o único paísdo mundo que proíbe as mulheres de conduzir. Estadecisão vem no seguimento de outras que têm trazido maisliberdade às mulheres nos últimos anos como, porexemplo, o direito de voto e o direito a competir nos JogosOlímpicos.

Do outro lado do Globo também surgem boasnotícias. A China ordenou a interrupção da produção de553 modelos de automóveis que não cumpriam padrões deeficiência ao nível do consumo de combustíveis.Futuramente, esta nação espera banir por completo avenda de veículos que usem combustíveis fósseis.AChinabaniu também a venda de marfim, o que provocou umaacentuada queda no seu preço. Esta diminuição tornou omercado do marfim menos atrativo, o que poderá levar àeliminação da caça furtiva de elefantes para lhes retiraresta matéria.

No mundo da Saúde, países como a França, aAlemanha e a Austrália estão a multar os pais que optempor não vacinar os filhos. Embora esta medida sejacontroversa, pode contribuir para diminuir as epidemias desarampo. Além disto, cientistas do Instituto Nacional deSaúde dos Estados Unidos, da farmacêutica Sanofi e deoutras entidades criaram um anti-corpo capaz de atacar99% das estirpes do HIV que irá ser testado em sereshumanos já neste ano. Por último, é também importantereferir que a invenção de óculos eletrónicos eSight está aauxiliar invisuais, cuja cegueira se deva a causas como adoença de Stargardt, atrofia ótica, degeneração macular ouglaucoma, a serem capazes de ver.

Depois de todos estes exemplos de boas notíciasque não surgiram nos noticiários ou que, caso tenhamsurgido, não tiveram direito a muito tempo de antena,podemos acreditar que acontecem, efetivamente, coisasboas no mundo em que vivemos. Nem tudo são tragédias,talvez seja apenas necessário demonstrar que as boasnotícias também chamam a atenção das massas e levantama moral dos portugueses!

Rita Monteiro

Boas notícias

janeiro 2018

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19 Setembro 201715

Fernanda Natália

Esta tr i logia corresponde às principaiscomemorações com que se encerra o ano e se recomeça umoutro. Como muitas outras, também estas têm por basefestividades pagãs que sofreram as necessárias adaptaçõesa uma nova sociedade, agora, cristianizada.

Depois de já ter sido abordado a temática dascelebrações natalícias, este artigo pretende, somente, dar aconhecer algumas das actividades que ocorreram noconcelho de Carrazeda deAnsiães na época dos Reis.Mas, antes de nos dedicarmos em pormenor às mesmas,gostaríamos de deixar umas pinceladas históricas paracontextualizar o uso do “Cantar dos Reis”. Trata-se de umatradição também de origem pagã, comemorada no mêsdedicado a Juno (deus romano) que significa “porta”. Ora,esta designação não é difícil de compreender, tratando-sedo mês que abre um novo ano. Na sua essência, estatradição deve ser entendida como um meio que as pessoasde baixa condição social encontravam para conseguir quelhes dessem algo para aconchegarem o estômago poucohabituado a “mimos” mas muito treinado na fome.

Foi uma tradição que se manteve, surgindo, agora,como um meio de preservar a tradição oral e, inclusive,como a oportunidade de reavivar tradições de índoleetnográfico, como sejam os trajes e outros instrumentos jáem desuso.

E foi para dar continuidade a esta tradição, que oMunicípio de Carrazeda de Ansiães voltou a organizar o“Vamos cantar os Reis”, que decorreu CITICA, no dia 6 dejaneiro e cuja participação foi tão concorrida queultrapassou as duas dezenas de grupos. Para além de seruma boa medida para manter as tradições, este eventoacaba por se tornar numa espécie de propulsor doassociativismo e que envolve um número considerável depessoas.

Uma tarde bem passada, onde todos osparticipantes se aprimoraram para se apresentarem na suamelhor forma, cantando rimas tradicionais ou originais,enchendo o CITICA de melodias saídas de instrumentostradicionais, dando mais veracidade ao momento, porquepermitiu um regresso ao passado que importa preservar,porque nele enraíza o presente.

Também a ARCPA quis promover o seu próprio“Cantar das Janeiras” e, para o efeito, organizou um

espectáculo onde participaram o Centro Social e Paroquialdo Pombal, a Associação Cultural de Misquel, aAssociação Cultural e Desportiva de Castanheiro doNorte, o Grupo Terra Firme, de Bragança e o grupo daARCPA.

Embora num formato mais reduzido, o empenhodos participantes e o entusiasmo e satisfação dosespectadores correspondeu às expectativas de todos os queparticiparam neste encontro.Foi uma tarde de grande convívio e que mais uma vez vemmostrar que o associativismo no concelho está activo e,particularmente, a ARCPA mantém um Plano deActividades abrangente.

Num registo diferente, a Associação Cultural eDesportiva de Castanheiro do Norte, decidiu organizar um“Jantar de Reis”, no dia 13 de janeiro, no qual se juntaramcerca de oito dezenas de pessoas, que puderam degustar aementa do jantar mas, muito mais que isso, tiveramoportunidade de saborear um momento muito agradávelde convívio, onde nem a música ao vivo faltou.

Ficam as promessas de um novo ano que se desejageneroso ao nível da saúde, da harmonia e em afectos. E,logo, logo, estará aí novamente o mês de dezembro e, nãodeixem de pensar na letra de uma música célebre que noslembra que “(…) então é Natal, e o que você fez?” Nãodeixem de fazer nada desde que seja para o vosso bem epara fazer felizes os que vos rodeiam.

Então é Natal… Ano Novo e os Reis

janeiro 2018

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19 Setembro 201716 janeiro 2018

DECLARAÇÃO

--- Agostinho de Oliveira Mendes e Pierre Mendes, vêm pelo presente meio apresentar um pedido formal de desculpas ao senhor Norberto

Pinto, pelo episódio ocorrido em Campelos no dia 10.08.2010 retratando-se assim publicamente, por terem consciência que o mesmo foi

susceptível de ofender a sua integridade física.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

---Por representar expressamente a sua vontade, vai a presente declaração subscrita por ambos.---------------------------------------------------------

---Carrazeda de Ansiães, 20 de Janeiro de 2018.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Pelos Declarantes,

Agostinho de Oliveira Mendes

Pierre Mendes

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Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarialde Carrazeda de Ansiães Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarial

de Carrazeda de Ansiães

janeiro 2018

CARTÓRIO NOTARIAL DE PESO DA RÉGUA

DA NOTÁRIA MARIA MANUELA TEIXEIRA MAGALHÃES SANTOS

Extrato

Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação Notarial lavrada neste Cartório

Notarial no dia vinte e três de outubro de dois mil e dezassete, com início a folhas sessenta e nove, do livro

de notas para escrituras diversas número cento e doze traço A, JOÃO CARLOS SIMÕES MARQUES e mulher

MARIA HELENA TAVARES SOUSA MARQUES, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos

naturais da freguesia de Alcofra, concelho de Vouzela, residentes na Avenida Aquilino Ribeiro, nº631,

Carrazeda de Ansiães, DECLARARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do

prédio urbano composto por terreno para construção, com a área de oitocentos e oitenta e seis metros

quadrados, sito na Avelino Aquilino Ribeiro, na freguesia e concelho de Carrazeda de Ansiães, a confrontar

do norte com João Carlos Simões Marques, do sul e nascente com Paulo Candeias e do poente com Estrada

municipal, omisso na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, inscrito na matriz predial

respetiva sob o artigo 2405, com o valor patrimonial atual de € 18.730,00, IGUAL AO ATRIBUÍDO para este

ato.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----Que o referido prédio já constituía uma realidade materialmente autónoma e distinta à data da entrada

em vigor da primeira lei dos loteamentos e veio à posse e domínio dos justificantes, já no estado de

casados entre si, em dia e mês que não podem precisar, mas que foi durante o ano de mil novecentos e

noventa e seis, por compra verbal que fizeram a Alexandre Augusto Chouzende e mulher Antónia Moreira

da Rocha Chouzende, ele já falecido, residente ela e ele que foi no lugar da Samorinha, Carrazeda de

Ansiães, aquisição essa nunca formalizada por escritura pública ou outro documento autêntico.----------------

----Que desde a data da referida aquisição, portanto há mais de vinte anos, passaram os justificantes a

possuir o mencionado prédio, em nome próprio, interrupta e ostensivamente, à vista de toda a gente, sem

oposição de quem quer que seja, posse esta pública, pacífica porque sem violência, contínua e de boa-fé,

considerando-se e sendo considerados por toda a gente como seus únicos donos, na convicção de que não

lesavam direitos de outrem, praticando atos materiais criadores e reveladores da posse , nomeadamente,

aí guardando diversos materiais e fruindo de todas as utilidades proporcionadas pelo mesmo.------------------

----Que essa posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, desde há mais de vinte anos, facultou-lhes a aquisição daquele prédio por usucapião, que expressamente invocam, justificando o seu direito depropriedade para efeitos de registo predial, dado que o modo de aquisição não pode ser provado porqualquer outro título formal extrajudicial. Está conforme o original na parte transcrita.----------------------------

Peso da Régua, vinte e três de Outubro de dois mil e dezassete.----------------------------------------------------------

A Notária, Maria Manuela Teixeira de Magalhães Santos.

Conta registada sob o nº 1393

Jornal “O Pombal” nº253 - 20 de janeiro de 2017

CERTIDÃO

_____Certifico, para fins de publicação, nos termos do artº 100º do código do notariado, que por

escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 11/01/2018, lavrada a partir de

folhas 142 do respetivo livro de notas número oitenta e oito C, José Domingos Rodrigues, NIF 131 516

310, natural da freguesia de Amedo, concelho de Carrazeda de Ansiães, e mulher Júlia de Jesus Cardoso

Rodrigues, NIF 156 993 902, natural da freguesia de Zedes, concelho de Carrazeda de Ansiães, casados

sob o regime da comunhão geral, residentes na Travessa da Cruz, Zedes, freguesia de Amedo e Zedes,

concelho de Carrazeda de Ansiães , declararam:

---------------Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de um prédio rústico

prédio rústico sito na Fonte Fria, freguesia de Amedo e Zedes, concelho de Carrazeda de Ansiães,

composto por terra de centeio, a confrontar a norte e nascente com o caminho, a sul com Clara

Rodrigues e a poente com António Menezes Barbosa, com a área de dois mil trezentos e dez metros

quadrados, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1690 (anteriormente inscrito sob o artigo 553 da

extinta freguesia de Zedes), com o valor patrimonial tributário de € 79,58, igual ao que lhe atribuem,

descrito na competente conservatória sob o número seis mil quatrocentos e quarenta e cinco do livro B

dezassete, com aquisição registada a favor de Angelo Alfredo, casado, pela inscrição número dois mil

setecentos e quarenta e nove do livro G cinco.-----------------------------------------------------------------------------

-------------Que, apesar do prédio indicado estar ali inscrito a favor do referido Angelo Alfredo, o mesmo é

pertença dos justificantes.-------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------Que, adquiriram o referido prédio objeto desta escritura por compra meramente verbal que

nunca foi reduzida a escritura pública, em dia e mês que não sabem precisar do ano de mil novecentos e

noventa e um, a Angelo Alfredo, que foi viúvo e residente no dito Zedes, já falecido.---------------------------

--------Que, deste modo não ficaram a dispor de título formal que lhes permita registar na aludida

Conservatória do Registo Predial a aquisição da propriedade do identificado prédio, porém, desde o

citado ano, data em que se operou a tradição material do mesmo, eles justificantes, já possuem, em

nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os atos materiais

de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivando-o, colhendo os

produtos semeados, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo sempre

como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à

vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o

seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de

o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais

de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica,

contínua e em nome próprio, pelo que adquiriram o citado prédio rústico por usucapião, que

expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no

registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título

formal extrajudicial.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há

em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita.

11.01.2018. A Conservadora,

(Ana Paula Pinto Filipe da Costa) Conta registada sob o nº 23.

Jornal “O Pombal” nº253 - 20 de janeiro de 2017

CARTÓRIO NOTARIAL ALAMEDA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

NÚMERO 8

MACEDO DE CAVALEIROS

Notária Lic. Ana Maria Gomes dos Santos Reis

---- Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada neste CartórioNotarial no dia quatro de janeiro de dois mil e dezoito, no livro de notas trezentos evinte e trinta e um traço A com início a folhas oitenta e quatro LEONEL CARLOSRAMIRES (N.I.F. 193 769 573) e mulher MARIA JOSÉ RIBEIRO PEREIRA RAMIRES (N.I.F.198 574 568) casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele, dafreguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães, ela, da freguesia econcelho de Murça, residentes na Suíça, declararam que:--------------------------------------

---- Por escritura lavrada neste Cartório Notarial no livro de notas cento e quarenta enove traço A, com início a folhas vinte e nove, os justificantes, declararam-se, comexclusão de outrem, donos e legítimos possuidores, entre outros do seguinte imóvelque constitui a verba um: ---------------------------------------------------------------------------------

---- Prédio urbano composto de casa de dois andares, sito na Rua do Olival, na aldeiade Brunheda, da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães,inscrito na matriz sob o artigo 15, com o valor patrimonial de 1.162,00 €, à data daescritura omisso, atualmente descrito na Conservatória do Registo Predial deCarrazeda de Ansiães sob o número mil e duzentos, freguesia de Pinhal do Norte,registado a favor dos primeiros outorgantes pela apresentação três mil novecentos etrinta e dois, de cinco de novembro de dois mil e nove.-------------------------------------------

---- Vêm por esta escritura retificar a escritura em causa, no sentido de passar aconstar que são donos e legítimos possuidores, apenas de três quartos de indivisos doreferido prédio, em que é compossuidor, António Lima, casado, residente emSantrilha, Pinhal do norte, Carrazeda de Ansiães. --------------------------------------------------

----Que nestes termos retificam a referida escritura de justificação notarial, mantendoem todo o resto a referida escritura, nomeadamente a causa e o ano de aquisição. -----

---- Está conforme o original. Macedo de Cavaleiros quatro de janeiro de dois mil edezoito. A Notária Ana Maria Gomes dos Santos Reis

Conta registada sob o número 20/I

Jornal “O Pombal” nº253 - 20 de janeiro de 2017

CERTIDÃO

______Certifico, para fins de publicação, nos termos do art°. 100.° do código do notariado, que por

escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 28/09/2017, lavrada a partir de

folhas 142 do respetivo livro de notas número oitenta e sete C, Marco Filipe Fernandes Teixeira de

Oliveira, NIF 216 016 380, solteiro, maior, natural da freguesia e concelho de Mirandela, residente na

Rua Amílcar Cabral, n.° 16, 2ºC, Setúbal, declarou: -----------------------------------------------------------------------

----------Que, com exclusão de outrem, é legítimo possuidor de um prédio rústico composto de terra de

centeio com touças de castanho bravo, que confina a norte com Francisco Jaco, a sul com Joaquim Veiga

Martins, a nascente com herdeiros de Roberto Morais e a poente com Joaquim Veiga Martins, com a

área de quatro mil e quinhentos metros quadrados, sito no Castelo, Amedo, freguesia Amedo e Zedes,

concelho de Carrazeda de Ansiães, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 379 (anteriormente inscrito

sob o artigo 376 da extinta freguesia de Amedo), com o valor patrimonial para efeitos de IMT de

€361,64, igual ao que lhe atribui, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda

de Ansiães.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------Que, entrou na posse do indicado prédio por doação verbal feita pelos pais António Augusto

Teixeira de Oliveira e Maria Luísa Fernandes, que foram casados entre si e residentes no dito Amedo,

doação essa feita em dia e mês que não sabe precisar no ano de mil novecentos e noventa e cinco, e

que nunca foi reduzida a escritura pública.----------------------------------------------------------------------------------

------Que, deste modo não possui título formal que lhe permita registar na aludida Conservatória do

Registo Predial o identificado imóvel, todavia, desde a citada data em que se operou a tradição material

do mesmo, ele justificante, já possui, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre

sobre ele praticado todos os atos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o,

semeando-o, cultivando-o, colhendo os produtos semeados, aproveitando, assim, dele todas as suas

correspondentes utilidades, agindo sempre como seu proprietário, quer na sua fruição, quer no suporte

dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma

continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem

quer que seja e sempre no convencimento de o fazer em coisa própria, tendo, assim, mantido e

exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade

das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, contínua e em nome próprio, pelo que adquiriu o

citado prédio rústico por usucapião, que expressamente invoca para justificar o seu direito de

propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza

não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.--------------------------------------------------

Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há

em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita.

28.09.2017. A Conservadora, (Ana Paula Pinto Filipe da Costa) Conta registada sob o n.° 465

Jornal “O Pombal” nº253 - 20 de janeiro de 2017

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Fernanda Cardoso

Antigamente até podíamos pensar que a chegadado Natal era esperada com alguma ansiedade pelascrianças, mas hoje em dia, é uma época que nos envolve atodos de uma forma mágica. Diria até que já fazemosplanos para o ano seguinte. Não pelo motivo somente dastrocas de prendas, mas sim pelas causas e espirito solidárioque cada ano tem vindo a crescer de forma muito positiva,nas pessoas, nas instituições, nas empresas, nas nossascasas, nas famílias, nos amigos, de forma a que pelosmenos nesta altura seja uma boa oportunidade parafomentarmos o convívio entre todos.

E foi pelo quinto ano consecutivo que aAssociação Recreativa e Cultural de Pombal de Ansiães aJunta de Freguesia, e o Centro Paroquial e Social dePombal deram as mãos novamente e promoveram a festade Natal no dia 23 de dezembro.

Deu-se início a esta festa com a peça de teatro como título “Natal na rua” em que as nossas atrizes do CentroParoquial focaram o tema da preocupação das pessoas quepassam esta época sós e na rua sem o sentimento defraternidade carinho e amor que todos nós necessitamos.

Para que os mais pequenos não estivessem muitotempo na expectativa de receber as prendas fez-se um

intervalo para que o Pai Natal surgisse e a AssociaçãoRecreativa e Cultural de Pombal de Ansiães entregou,como vem sido tradição, as prendas às crianças.

O momento muito esperado surgiu com a atuaçãodo grupo Coral Brigantino que nos tocou de formasimplesmente mágica, executando melodias líricas e coralalusivas ao Natal de uma forma comovente.

Por fim surgiu o esperado lanche composto, comdeliciosas rabanadas, filhós, coscorões e outras iguariasacompanhado por um belo chá quente e vinho tratado epor fim fatias macias do Bolo Rei produzido pelo nossosconterrâneo Paulo Zuzarte que como sempre nesta alturanos oferece com muito carinho.

Agradecemos a presença de todos, em particularao Exmo Senhor Presidente da Câmara Dr. JoãoGonçalves que nos acompanhou desde o inicio até ao finalda festa.

E como referi no inicio já estamos a organizar apróxima festa de Natal, não podendo faltar a azafamanatural desta quadra para que se repita o empenho ededicação das pessoas e das instituições da nossaFreguesia de forma a celebrarmos estes próximos 365 diaso amor que Jesus Cristo tem por nós.

BomAno de 2018 com muita saúde.

Festa de Natal

janeiro 2018

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Eduardo Pinto

Onde havia um mercado municipal que durante 30 anos não funcionou, existe agora um centro de apoio empresarial. Desdeo dia 15 de janeiro que cumpre o propósito com que a Câmara Municipal justificou a remodelação do antigo imóvel: ajudar os jovensempreendedores do concelho a dar as primeiras e as mais difíceis passadas no mundo dos negócios.

Para já, estão lá instalados nove projetos na área do turismo, serviços e produtos regionais, que vão beneficiar de todo oapoio logístico: um espaço para trabalhar, luz, água, Internet. O Município ainda concede um apoio financeiro ao promotor queequivale a um salário mínimo. Se tiver um outro colaborador, recebe mais meio salário mínimo. Tudo isto durante dois anos.O presidente da Câmara, João Gonçalves, destacou o marco que o dia 15 de janeiro de 2018 representa para aquele edifício, poisacredita que agora poderá ter “um pouco de vida”. Deseja também que o dia seja “importante para a vida dos jovens” que assinaram ocontrato com a Câmara, pois será sinal de que “tiveram êxito profissional”.

Sandra Gomes tem um projeto de impressão tridimensional de objetos, como maquetas de edifícios, utensílios domésticos,produtos de merchandising, entre muitos outros. A Arte3D é uma empresa que pretende ter âmbito regional. A empreendedorareconhece que o apoio do Município vai ser “muito importante nesta fase de arranque”, sobretudo nesta altura em que ainda se está adar a conhecer.

Os jovens, que foram selecionados por concurso público, terão ainda apoio técnico para poderem singrar melhor no projetoque escolheram implementar. O Instituto Politécnico de Bragança também vai ajudar através do seu gabinete do empreendedor.Segundo o coordenador, o professor José Adriano Pires, o politécnico está envolvido desde o início no projeto de Carrazeda naelaboração dos planos de negócio e na avaliação das candidaturas. Entende que “há ideias muito interessantes” e que osempreendedores que se instalaram no centro de apoio empresarial “têm condições muito boas”.

O presidente do NERBA, Hélder Teixeira, também se mostrou disponível para “apadrinhar” os jovens empresários,nomeadamente ao nível da “formação, consultadoria e assessoria”. Tal disponibilidade serve para os jovens de Carrazeda e paratodos os do distrito. É que “quando um jovem forma o seu negócio, percebe daquele negócio e não de negócios”. Ou seja, “falta aparte do estudo económico, do enquadramento financeiro, dos recursos humanos, etc.”. É aí que entra o NERBA, para “ajudar a estardentro dos outros negócios que podem ser muito importantes para a área do empreendedor”.

Nove projetos de empreendedorismo ocupam antigo mercado de Carrazeda

janeiro 2018

Carenciados de Carrazeda com mais apoio no acesso a medicamentosProtocolo celebrado entre a Câmara Municipal e a Associação Dignitude suporta a totalidade da parte não

comparticipada pelo Estado.

A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães assinou um protocolo com a Associação Dignitude para implementar noconcelho o programaAbem (Rede Solidária do Medicamento). Vai permitir apoiar pessoas carenciadas na compra de medicamentosreceitados pelo médico. É o primeiro município de Trás-os-Montes eAlto Douro a avançar com um projeto que já está disponível emvários distritos do país.

Francisco Faria, representante da Dignitude, acentua que o fundo Abem vai assegurar “a parte não comparticipada peloEstado que caberia ao utente”. O acesso aos medicamentos será feito em “condições dignas” e de “confidencialidade” nas farmáciasaderentes. “Todos os medicamentos que sejam prescritos pelo médico a um dos beneficiários Abem serão comparticipados natotalidade”, acentua.

A Associação Dignitude é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos. É responsável pelodesenvolvimento, operacionalização e gestão do programaAbem: Rede Solidária do Medicamento.A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães vai comparticipar cada utente com 100 euros por ano, mas o programa Abem temoutras fontes de rendimento: “Donativos feitos nas farmácias e através do site da Dignitude. Todos eles revertem para o fundoAbeme para a compra de medicamentos”, explica Francisco Faria.A Câmara de Carrazeda vai agora identificar quem serão os beneficiários deste programa no concelho. Depois será emitido umcartão de identificação, que permitirá que em qualquer farmácia aderente possam ter acesso à comparticipação.

Os destinatários são indivíduos beneficiários de prestações sociais de solidariedade, bem como os que se deparem com umasituação inesperada de carência económica decorrente de desemprego involuntário ou doença incapacitante.O presidente da Câmara, João Gonçalves, realça que o Município já tinha um regulamento para apoiar os mais desfavorecidos,nomeadamente na parte não comparticipada dos medicamentos.Agora, o programaAbem “amplia a possibilidade de ajudar aquelaspessoas que estão em situação de extrema carência e alarga o apoio ao agregado familiar”. O autarca prevê que “entre 50 a 100pessoas” possam ser abrangidas pelo programaAbem.

Durante o ano 2017, a Dignitude já apoiou mais de três mil pessoas, de 1400 famílias, em todo o país. “Verificámos que 25%dos beneficiários são crianças”, refere Francisco Faria. Durante 2018 espera apoiar 25 mil pessoas e 50 mil em 2019. “É uma metaambiciosa, mas sentimos que conseguimos fazer isso”, concluiu.

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Passagem de ano 2017/2018

A força da união trouxe-nos ao cumprimento do último evento do calendário de 2017- PASSAGEM DEANO – na nossaAssociação.

A festa merecia uma preparação cuidada: deveria correr bem, com entusiasmo, alegria, convívio amigável,saudável e fraterno, música animada, comida de conforto e respetivas bebidas. Afinal, fazer acontecer o que sepassa na maior parte do mundo nesta altura do ano: diversão e convívio saudáveis!

Reunidas as condições o dia foi se aproximando e a festa realizou-se. O jantar correu maravilhosamente,mérito das cozinheiras que, como sempre, estiveram à altura do acontecimento, apresentado uma bela e variadaementa. Ia-se celebrando o ano que estava a findar, com a projeção das atividades desenvolvidas por esta associaçãoao longo de 2017, e abrindo os braços ao ANO NOVO. Mesmo em cima das 24 horas não faltaram as passas,cumprindo-se a tradição de formular os desejos, de cada um, na contagem decrescente do derradeiro minuto.

Quase em simultâneo, lá fora, houve a queima de fogo de artifício e, dentro, os brindes com champagne, euma efusão entusiasta de cumprimentos e saudações entre todos. Logo após, ao som de um conjunto animado, obaile teve início com a célebre “valsa da meia noite”. E, pela madrugada fora, o ano que estava a dar os primeirospassos, desinibiu-se e deu lugar à alegria, descontração e familiaridade.

- VIVA O ANO NOVO -

janeiro 2018