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Subsídio para Encontro para Namorados Pastoral Familiar Diocese de Osasco Região de Barueri

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Subsídio para Encontro para

Namorados

Pastoral Familiar Diocese de Osasco Região de Barueri

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Sumário 1 Apresentação ................................................................................................................ 4 2 Objetivos do Encontro para Namorados .......................................................................... 7 3 Estrutura e Organização do Encontro de Namorados ....................................................... 9

3.1 Encontro Regional/Paroquial de Namorados .............................................................. 9 Preparação do Encontro .............................................................................................. 9 3.1.1 O convite .......................................................................................................... 9 3.1.2 Conteúdo das fichas ........................................................................................... 9 3.1.3 Reuniões de preparação ................................................................................... 10 3.1.4 Visitação: ........................................................................................................ 12 3.1.5 Local: .............................................................................................................. 12 3.1.6 Duração: ......................................................................................................... 13 3.1.7 Quantidade mínima de casais: .......................................................................... 13 3.1.8 Quantidade máxima de casais: ......................................................................... 13 3.1.9 Atividades do Encontro .................................................................................... 13 3.1.10 Organização da Equipe de Trabalho ................................................................ 14 3.1.11 Sugestão de programação .............................................................................. 16 3.1.12 Temas ........................................................................................................... 16

3.2 Conclusão ............................................................................................................. 20

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1 Apresentação Em 1999, em nossas reuniões regionais de Pastoral Familiar, na Região de Barueri1, iniciamos um trabalho no sentido de identificar, nos dias de hoje, os problemas que mais afetavam nossas famílias. Nesse exercício, foram levantados vários pontos onde a família apresenta problemas. Eles começam pelo próprio relacionamento marido e mulher e terminam nos problemas enfrentados diante das dificuldades em acompanhar e orientar os filhos para uma correta vida social, exercitada conforme os valores cristãos. Neste último ponto, identificamos e achamos por bem trabalhar um grande problema da família hoje, que afeta tanto os filhos quanto os pais: o namoro. Destruído pela má influência social, pelos estereótipos distorcidos apresentados pelos Meios de Comunicação, o namoro hoje é uma experiência com referenciais egoístas, egocêntricos e individualistas, onde o prazer está acima do bem comum e do amor, seja ele fraterno ou de casal. Sob essas influências, o namoro de nosso tempo, ao invés de ser um relacionamento de conhecimento, é mais uma forma das pessoas buscarem uma satisfação pessoal nos momentos de prazer e alegria. Não há um cuidado com o sentimento e com o bem estar do outro. Podemos dizer que, vivendo o relacionamento de maneira a cuidar somente do EU, não há cuidado nem mesmo com esse mesmo EU. Esta forma de vivenciar o namoro tem gerado vários problemas às famílias, e talvez a consequência mais imediata e visível deste comportamento seja a perda da confiança nas pessoas, um certo endurecimento do coração que potencialmente acaba prejudicando relacionamentos posteriores. Além disso, encontramos a dominação, o ciúme, os maus tratos, uma certa violência psicológica, desvios morais que serão carregados pelo resto da vida, a gravidez indesejada das moças e as próprias doenças sexualmente transmissíveis, entre outras coisas. O relacionamento dos filhos nem sempre é levado em consideração pelos pais, que não conseguem entender por que tantas famílias estão se destruindo. Há extremos na forma como os pais enfrentam hoje a questão do namoro: Há os liberais em demasia e seu modo de lidar com o relacionamento dos filhos chega ao permissivismo. Outros são tão fechados e cheios de medo, que só faltam blindar as portas de casa para prenderem os filhos. Falta interação e diálogo. Falta informação e interesse geral sobre o bem de um namoro regrado e sobre o preço, às vezes alto, a ser pago por causa de um namoro exercitado de qualquer maneira. Há uma profunda ligação entre a vivência correta do namoro com a construção estável da futura família, que, se teve a sorte de não começar com a gravidez fora de hora, pode não ter tanta sorte quando os cônjuges descobrirem que não se conhecem como deveriam, e terminar sem ter tido a chance de viver plenamente uma história de amor. Através de nossas conversas, verificamos que não se nota na grande maioria dos namoros o sério interesse e compromisso de partilha, ajuda, e conhecimento mútuo. Enquanto isso,

1 Barueri é uma cidade da Grande São Paulo, localizada à margem da Rodovia Castello Branco, pertencente à Diocese de Osasco. Porém, quando falamos Região de Barueri, dentro de nossa Diocese, estamos falando da área compreendida pelas cidades de Barueri, Jandira e Itapevi, todas vizinhas, com suas 14 paróquias.

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percebemos que a tendência cada vez maior do “ficar”2, do “catar”3 e do “namoridar”4 está levando os jovens a viverem suas relações mais pelo prazer físico, visando mais o toque e o sexo do que o sentimento verdadeiro que existe dentro de cada um, e que deve ser vivido dentro do relacionamento. Verificamos também que essa má vivência do período no namoro está tendo como consequências futuras uma grande intolerância do casal, que por problemas grandes ou pequenos, não estão conseguindo “segurar a onda”5 e estão se separando. Assim, decidimos que para começarmos um trabalho com estes jovens, precisaríamos tentar falar com eles. Uma das formas que encontramos foi o Encontro para Namorados. Convidar os jovens casais e falar com eles sobre o que é verdadeiramente o namoro, colocando um pouco da vivência cristã. De antemão sabíamos que esta iniciativa seria uma gota de água em um oceano, mas tínhamos a certeza de que precisaríamos começar de alguma forma. Esta iniciativa começou a multiplicar-se por várias paróquias em várias dioceses e isso nos animou bastante. Em nível regional realizamos o primeiro encontro em 1999, o segundo no ano 2000, e o terceiro em fevereiro de 2001. Com estes encontros adquirimos alguma experiência, que queremos documentar para padronizarmos uma ação entre todas as paróquias de nossa região, e para servir de subsídio para as demais paróquias e regiões, dentro ou fora da diocese de Osasco, que queiram levar adiante uma iniciativa como a nossa. Queremos deixar claro que as experiências feitas de forma diocesana e regional, no caso de nossa Diocese de Osasco, foram pilotos para que as paróquias se animassem a realizar os encontros em âmbito paroquial, que é o nosso objetivo, porque o trabalho é mais eficiente se for realizado na base e com a participação da Pastoral da Juventude e dos movimentos de jovens. E para encerrar esta apresentação, gostaria de inserir um trecho da Carta às Famílias do nosso Papa João Paulo II.

«8. Somente as “pessoas” são capazes de pronunciar tais palavras (“Prometo ser-te

fiel, ... por toda a nossa vida”); apenas elas conseguem viver “em comunhão” sobre

a base da escolha recíproca, que é, ou deveria ser, plenamente consciente e livre.

O livro do Gênesis, ao falar do homem que deixa o pai e a mãe para se unir à sua

mulher (cf. Gn 2,24), põe em evidência a opção consciente e livre que dá origem ao

matrimônio, tornando marido um filho, e esposa uma filha. Como entender

adequadamente esta escolha recíproca, se não se tem presente a verdade plena da

pessoa, ou seja, do ser racional e livre? O Concílio Vaticano II fala da semelhança

2 “ficar” – relacionamento nada sério, sem compromisso, onde os jovens desejam somente o toque, o prazer físico. Dura mais do que um “cato” (“catar”) que geralmente dura algumas horas, mas ainda que eles neguem, o “ficar” pode durar tanto quanto um namoro, e pode causar um prejuízo que já se pode calcular. 3 “catar” – relacionamento relâmpago, que dura no máximo algumas horas. É uma forma altamente descompromissada dos jovens para poderem tocar um ao outro, buscando principalmente o prazer físico, como no “ficar”. A diferença entre os dois (“catar” ou “ficar”) é realmente a duração. Além disso, pode-se “catar” várias vezes uma mesma pessoa em situações diferentes, em dias diferentes e não seguidos, ou sempre que aparecer a vontade. Assim não se tem compromisso com ela, mas vai se aproveitando dela enquanto não houver um basta definitivo. Tanto no “catar” quanto no “ficar” não há um limite para o toque, que pode ser um simples “amasso” (somente beijos e abraços quentes), como pode ser um “ralo” (beijos, abraços, esfrega-esfrega e bolinações), como pode ser uma “transa” (sexo). 4 “namoridar” – namoro onde o casal já mantém um relacionamento sexual regular, embora ainda não morem juntos.

5 “segurar a onda” – aguentar firme diante de um problema. Suportar uma situação.

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com Deus, usando termos muito significativos. Ele faz referência não apenas à

imagem e semelhança divina que todo ser humano já possui enquanto tal, mas

também e sobretudo a “uma certa analogia entre a união das pessoas divinas entre si

e a união dos filhos de Deus na verdade e no amor”.»6

Como pais, temos a responsabilidade de olhar para nossos filhos e filhas, dando as condições de escolha, que a vivência atual do namoro tira dos jovens através de uma vivência estereotipada e falsa. Como cristãos, temos a responsabilidade de passar adiante um pouco do Amor que recebemos de Deus e dividir com os demais jovens a esperança de que eles podem ser melhores, e a certeza de um futuro diferente daquele que atualmente lhes está reservado, dizendo a eles que eles podem escolher, desde que respeitem certas condições para que a sua opção possa ser feita de forma compromissada e verdadeiramente livre. E porque aqui vale também a comparação da dona de casa que varre cuidadosamente toda a casa, mas deixa o lixo à porta, sem limpar também o quintal. São nossos filhos que estarão sujeitos a passar pela experiência do namoro, e assim, mais cedo ou mais tarde, o vento (a TV, o rádio, etc.) e nossos próprios filhos, preso à sola dos sapatos, trarão o lixo de volta para dentro de casa.

6 Cf. Papa João Paulo II, Carta às Famílias (1994), 8.

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2 Objetivos do Encontro para Namorados Objetivo geral: Desenvolver uma consciência cristã sobre a vivência do namoro, atualmente deturpada pelos modismos e pela liberalidade existente dentro das famílias e na sociedade, e altamente difundida entre os jovens pelos Meios de Comunicação Social. Objetivos específicos: 1. Incentivar a prática dos valores cristãos dentro do namoro. Tanto no próprio ato

de namorar, como através da participação do casal, ambos, namorado e namorada juntos, na comunidade, nas missas, encontros e demais atividades da Igreja.

2. Levar os namorados a uma conscientização sobre o que é verdadeiramente o namoro. Ou seja, evidenciar o namoro como um relacionamento pessoal com experiências sentimentais marcantes, em contraposição às experiências físicas. Tais experiências conduzem ambos, namorado e namorada, no seguinte sentido:

conhecer as características pessoais de cada um: quem sou e quem é a pessoa que está namorando comigo;

conhecer os gostos pessoais: descobrir o é que cada um gosta de fazer, e também do que é que não gosta;

conhecer os desejos e aspirações de cada um: o que cada um tem como objetivos no presente momento, e ao decidir namorar, por um impulso talvez alheio a este objetivo, como ter um relacionamento com outra pessoa, e de que forma estes objetivos, estas aspirações serão ou não transformados;

conhecer os projetos futuros e sobre como cada um poderá fazer parte no projeto do outro, mesclando dois futuros em um só.

3. Criar uma consciência moral dentro da vivência do relacionamento do namoro,

contrapondo-se à tendência atual que despreza o sentido puro do “ser moral”, que vai além do manter-se a virgindade ou a castidade, simplesmente recusando-se ao relacionamento sexual, mas atentar para o fato do respeito a si mesmo como pessoa humana e não como objeto do prazer alheio. O que estou oferecendo verdadeiramente à pessoa que está comigo? Será que ela mantém um relacionamento comigo porque sou quem eu sou – corpo e mente, ou será que está comigo porque tenho um corpo bonito e “gostoso”, e porque sou bonito ou bonita?

4. Colocar no entendimento dos jovens que também o namoro deve ser um período de vida aberto ao trabalho e à ajuda aos irmãos. Dessa forma mostrar que ninguém vive só, todos precisamos da ajuda de alguém, e todos precisamos ajudar alguém. É uma forma de contrapor-se ao modismo que leva os namorados a terem um convívio social fútil, centrado somente na diversão e nos prazeres sociais. Esse tipo de relacionamento atualmente praticado já fecha o casal em si mesmo, que depois irá gerar um casamento com grandes possibilidades de ser fechado aos mais necessitados.

5. Preparar remotamente para o Matrimônio. Lembrar que a longevidade do namoro

termina no compromisso sacramental do Matrimônio, e como tanto, o casal que namora deve evoluir no pensamento e nas atitudes, visando este objetivo de forma gradual,

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conforme o passar do tempo e do envolvimento dos namorados. “Todo namoro é sério. Todo namoro é para casar.”

6. Lembrar aos namorados que o namoro é um relacionamento aberto à família. E

como tal deve permanecer aberto principalmente ao relacionamento com a família tanto do namorado, quanto da namorada. Atualmente existe uma crescente tendência a que os jovens vivam seus namoros mantendo uma reserva quanto aos seus próprios pais. É certo que existem assuntos e problemas nos quais os pais não devem interferir, porém existem outros aspectos da vida dos namorados, como o aconselhamento pela experiência dos pais, que deve ser levado em conta no relacionamento. Além disso, é importante que tanto a namorada tenha um bom relacionamento com a família do namorado, como vice-versa, para que o próprio matrimônio, se vier a ocorrer no futuro do casal, tenha apoio e sustentação também pela aprovação dos pais.

7. Deixar claro que o namoro é a época de avaliar se o relacionamento tem futuro, assim, a frase “se não der certo separa” tem lugar nessa época. Por isso o namoro deve ser um relacionamento regrado, onde deve-se evitar ao máximo o prejuízo pessoal.

Estes objetivos específicos, poderão ser atingidos através de um trabalho que inicia-se através do macro encontro (diocesano ou regional), e termina com os trabalhos de Pastoral Familiar dentro de cada paróquia e comunidade. Obviamente, outros objetivos ainda mais específicos podem aparecer diante da realidade de cada comunidade, de acordo com o momento histórico e cultural pelo qual as pessoas, principalmente os jovens, vivem no seu dia-a-dia. Mas é importante lembrar que com a massificação das ideias através da difusão pelos meios de comunicação, notadamente a TV, faz com que a realidade do namoro muitas vezes extrapole o contexto regional, ou seja, atualmente se vê que, por exemplo, os vícios do namoro vivido pelos jovens dos grandes centros, muitas vezes são os mesmos vividos pelos jovens das periferias, e das regiões mais distantes dos grandes centros (interior). Com base nestes objetivos, podemos montar uma estrutura de trabalho no Encontro de Namorados, que trataremos a seguir.

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3 Estrutura e Organização do Encontro de Namorados Pensando no Encontro de Namorados como uma iniciativa primeiramente regional, dentro do trabalho diocesano, imaginamos a seguinte estrutura e organização para os trabalhos:

3.1 Encontro Regional/Paroquial de Namorados

Preparação do Encontro

3.1.1 O convite

Feito com a antecedência de no mínimo 30 dias antes do evento, através de fichas preenchida pelos agentes de pastoral das comunidades, com o controle do coordenador ou responsável pela pastoral na paróquia, que estará em constante contato com o coordenador regional da Pastoral Familiar e com o coordenador do encontro, escolhido previamente na primeira reunião de preparação do evento. As fichas (ou o modelo da ficha) deverão ser fornecidas pelos coordenadores regionais. Os convites podem ser feitos das seguintes formas:

diretamente com o casal – onde o agente aborda um casal e os convida, colhendo os dados para a ficha;

através de cartazes afixados nas comunidades, onde conste a data e o local do encontro e o nome e telefone das pessoas que devem ser procuradas para o preencimento da ficha;

através de avisos ao final das missas; através do representante da Pastoral da Juventude da paróquia, que pode difundir o

encontro entre os grupos de jovens da paróquia. Neste caso, as fichas devem ser entregues para este representante da PJ, com uma antecedência de no mínimo 20 dias antes do encontro, para que sejam devolvidas no máximo 1 semana antes do encontro.

3.1.2 Conteúdo das fichas

nome do namorado e da namorada;

telefone de contato dele e dela – de preferência com a anotação do horário mais fácil para encontra-los em casa, a fim de que possamos ligar e confirmar a participação no encontro;

nome dos pais do namorado e da namorada – visa facilitar o contato, caso não seja possível falar diretamente com eles. Além disso, nos fornece mais um dado do casal caso queiramos realizar outros trabalhos além do encontro;

o tempo de namoro do casal – para que possamos saber previamente com quem iremos tratar no encontro

A paróquia e/ou comunidade a qual pertence o casal ou um deles – para sabermos onde eles poderão ser indicados para a participação nos encontros paroquiais.

De posse da ficha, o agente que convidou o casal, ou que fez a inscrição procurado pelo casal, poderá confirmar uma semana antes, através de um telefonema, a participação dos dois no encontro. Isso é muito importante pois no dia do encontro é preparado o café, o almoço e os cafezinhos dos intervalos conscientes de uma quantidade mais correta de participantes para que não sejam preparados alimentos a mais.

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Abaixo está um modelo de ficha que pode ser utilizado. A ficha pode ser alterada de acordo com a necessidade de cada região. Os dados inseridos nela representam o mínimo indispensável para um contato com o casal. Um dado que, por exemplo, pode ser adicionado é o endereço de cada um.

IV Encontro de Namorados Namorado

Nome:

Namorada Nome:

Idade:

Idade:

Telefone:

Telefone:

Melhor horário para ligar:

Melhor horário para ligar:

Nome do Pai:

Nome do Pai:

Nome da mãe:

Nome da mãe:

Tempo de namoro:

Paróquia/comunidade:

3.1.3 Reuniões de preparação

As reuniões de preparação devem começar com um mínimo de 30 dias antes do encontro, embora o prazo ideal é de 60 dias (2 meses) antes da data marcada para o encontro. Se as reuniões iniciarem apenas 30 dias antes do encontro, a correria maior será no sentido de fazer os convites chegarem o mais depressa possível às mãos dos agentes paroquiais para que possam ser repassadas às comunidades. Por isso é importante evitar-se esta correria e fazer a primeira reunião, como dito, 60 dias antes da data. Nas reuniões devem ser tratados os seguintes pontos:

1a. reunião - 60 dias antes da data – devem participam somente os representantes paroquiais e regionais da Pastoral Familiar. escolhe-se o tema (sobre o que se irá falar no encontro), e sobre esse tema serão

trabalhadas as palestras, os filmes, e todo o trabalho áudio-visual do encontro (vide "Atividades do Encontro" no item 8 abaixo);

escolhe-se o “slogan” do encontro, que é a frase de efeito para ser colocada nos avisos, cartazes, convites, etc. que serão confeccionados, e deve sempre ser uma chamada lembrando o tema escolhido;

escolhe-se o local do encontro, tomando o cuidado para que o mesmo tenha a estrutura necessária para a realização do evento (no item 4 está uma descrição do que deve existir no local), e que seja gratuito, uma vez que a Pastoral Familiar não dispõe de caixa nem de tesoureiro;

distribui-se as tarefas para as equipes (vide a descrição de cada equipe no item 9 abaixo). Como não se sabe quantas pessoas irão aceitar o convite, cada representante paroquial indica as pessoas que ele acredita que poderão trabalhar, e ele mesmo, na reunião seguinte trará a confirmação dessas pessoas, ou de outras, mesmo que ele não tenha citado;

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escolhe-se quem será o coordenador do encontro – é este coordenador que irá comandar os esforços operacionais do encontro:

confirmar as pessoas que irão trabalhar; controla a partilha de alimentos7 para o dia do encontro; manter o contato, juntamente com o coordenador regional da Pastoral Familiar,

com os representantes paroquiais que têm o controle da quantidade de casais que estão sendo convidados para o encontro;

tira as dúvidas dos agentes de pastoral com relação ao encontro – sejam com relação às partilha, aos trabalhos, etc.

junto com o coordenador regional da Pastoral Familiar, deve preparar uma carta ofício para serem levadas às paróquias pelos representantes paroquiais. Nesta carta, deve ser explicado como funcionará o encontro de namorados, solicitar uma ajuda no sentido de divulgar o evento (aviso nas missas, mural, etc.) e solicitar uma ajuda financeira para compra dos mantimentos que geralmente não são doados (gás de cozinha, alimentos perecíveis como carne, etc.) - geralmente pede-se uma ajuda de R$ 4,00 a R$ 5,00 por casal que participará, cabe a cada pároco verificar a possibilidade da paróquia contribuir ou não.

os representantes paroquiais reunidos devem sugerir o nome de alguns palestristas para que o coordenador regional da Pastoral Familiar possa convidar para o evento. O coordenador, por sua vez, deve contatar as pessoas indicadas, explicando qual o tema e o direcionamento das palestras e confirmar com elas se poderão falar sobre o tema escolhido. Por isso é importante que neste encontro sejam sugeridas pelo menos 4 palestristas;

escolhe-se uma pessoa que ficará responsável pela confecção dos modelos de convite e cartazes que serão repassados para os representantes paroquiais para que possam ser feitas as cópias a serem distribuídas pelas comunidades;

marca-se a reunião seguinte para 20 dias depois.

2a. reunião – 40 dias antes da data – devem participar os representantes regionais, paroquiais, e podem participar também, se quiserem porque nesta reunião ainda não é obrigatória a presença deles, as pessoas escolhidas e confirmadas para as atividades no dia do encontro. os representantes paroquiais trazem a confirmação das pessoas que deverão

trabalhar e são sugeridas as substituições, caso seja necessário; o encarregado pelos cartazes e convites deve trazer os modelos para serem

repassados aos representantes paroquiais; o coordenador do encontro, ou o coordenador regional da Pastoral Familiar, deve

distribuir aos representantes paroquiais a carta ofício da Pastoral informando sobre o encontro e solicitando a ajuda;

o coordenador regional da Pastoral Familiar deve trazer a confirmação do nome dos palestristas;

monta-se a programação do dia (no item 10 existe uma sugestão); marca-se a próxima reunião para 20 dias depois.

7 A “partilha de alimentos” é a doação feita pelas pessoas da Pastoral Familiar para que seja preparado o café da manhã, o almoço e o cafezinhos dos intervalos do dia do encontro. A palavra “partilha” assume aqui um significado coerente com o trabalho feito para o encontro, não estamos buscando “doações” de alimentos para pessoas carentes, e sim fazendo uma coleta para repartirmos um pouco do que temos com nossos irmãos que estarão conosco no dia do encontro, trabalhando ou sendo encontrista.

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3a. reunião – 20 dias antes da data - devem participar os representantes regionais, paroquiais e as pessoas que irão trabalhar no dia do encontro, e agora é imprescindível a participação delas, principalmente para que o coordenador possa fazer a distribuição da partilha. Aqui cabe uma observação que não coloquei no rodapé por ser de suma importância, a respeito da “partilha de alimentos”: Sabemos que existem pessoas que na atual situação social não podem fazer partilha porque estão em dificuldades. Estas pessoas podem ser dispensadas desta reunião, se for o caso. Mas se estiverem presentes, deve-se lembrar a todos a não obrigatoriedade da partilha de alimentos, pois entregamos aquilo que podemos entregar. Se não podemos por não termos condições, não entregaremos, e todos os demais agentes irão compreender, pois não existe mal algum. Não seja porque não podemos partilhar que não trabalharemos no encontro, não devemos nos envergonhar por não poder partilhar, nem sermos impedidos por alguma pessoa.

os representantes paroquiais devem apresentar uma prévia da quantidade de casais convidados, mesmo que não confirmados;

o coordenador do encontro, com base na informação dos representantes paroquiais, faz a distribuição da partilha de alimentos, conforme uma planilha de consumo. Ele indica o quais alimentos são necessários e a quantidade e pede aos presentes quem poderá trazer os alimentos. Estes deverão ser entregues entre a última reunião (1 semana antes) e o dia anterior ao encontro;

os representantes paroquiais devem entregar as doações em dinheiro feitas pelas paróquias que se dispuseram a contribuir;

tira-se as dúvidas e marca-se a próxima reunião para 10 ou 14 dias depois.

4a. reunião – 10 dias ou uma semana antes do encontro – todos os que estiveram presentes na 3a. reunião. início da entrega da partilha que estende-se até um dia antes do encontro; últimos acertos e confirmações; os representantes paroquiais passam ao coordenador uma prévia dos casais já

confirmados e dos que ainda irão confirmar. O prazo final para passar a confirmação para o coordenador do encontro é de no máximo 5 dias antes do encontro;

3.1.4 Visitação:

A visitação deve ocorrer no máximo até 20 dias antes da data do encontro. Os casais que realizarão as visitas devem estar em contato com o coordenador e com as demais equipes, uma vez que os dados que eles irão coletar são de interesse geral. Mais detalhes sobre a visita abaixo no item 10.

3.1.5 Local:

Preferencialmente em uma paróquia onde exista pelo menos:

Salão para as palestras, para os plenários e para a celebração; Salas ou ambientes reservados para divisão dos encontristas em grupos menores

para os círculos de discussão e reflexão;

Refeitório e cozinha para preparação e consumo das refeições – café, almoço e intervalos;

Sanitários separados para homens e mulheres;

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Espaço para os intervalos – área aberta, coberta ou não para que os casais de namorados possam permanecer entre as palestras e após o almoço, para conversarem e namorarem (por que não?).

3.1.6 Duração:

1 dia inteiro.

3.1.7 Quantidade mínima de casais8:

10.

3.1.8 Quantidade máxima de casais9:

50.

3.1.9 Atividades do Encontro

Quantas palestras: 2 – sempre trabalhando um mesmo tema, fornecendo visões diferentes, porém complementares entre si.

Círculos de discussão dirigidos: 2 – sempre na seqüência das palestras. Filmes e outros apelos áudio-visuais: 1 – podendo ser: um filme desses que se aluga nas locadoras, visando com isso indicar os

problemas de um relacionamento vivido da forma como é vivido hoje; uma peça teatral bem montada para essa finalidade; uma exibição de slides, ou filme com algum ponto polêmico do relacionamento do

namoro.

Plenários: até 2 – o ideal é 1 ao final para a amarração geral do tema apresentado no encontro.

É imprescindível que se inicie ou termine com a Santa Missa, ou com uma celebração da Palavra. Pela experiência dos três encontros que realizamos, sugerimos que seja celebrada uma Missa no início do encontro, pois os jovens geralmente tendem a sair antes da celebração quando ela programada para o final. E é interessante que seja Missa ao invés da celebração da Palavra, porque dá aos encontristas uma sentido de maior importância ao encontro. Não que a celebração não seja importante, nós católicos praticantes e agentes de pastoral conhecemos a importância da celebração, mas como convidamos jovens que participam das comunidades assim como jovens que não participam, o conceito de importância que a Santa Missa têm, principalmente para os jovens não participantes da comunidade, é muito grande.

8 Quantidade mínima de casais para que seja possível trabalhar os temas . 10 casais = 20 pessoas.

9 A quantidade máxima de 50 casais (100 pessoas) é coerente com a quantidade de pessoas disponíveis para o trabalho e com o espaço geralmente disponível para isso. Deve-se avaliar também os meios que os palestristas irão utilizar em suas palestras, para que a mensagem possa ser bem aproveitada pelos casais.

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3.1.10 Organização da Equipe de Trabalho

Coordenador do encontro - pode ser um casal ou duas pessoas10. As atribuições do coordenador estão descritas no item 3 - Reuniões de preparação.

Recepcionistas - 4 pessoas (ou 2 casais) - têm as seguintes tarefas: antes do encontro, preparar crachás de até 10 cores diferentes (o detalhe é que o

crachá deve ser totalmente de uma só cor) e intercalá-los dois a dois, de forma a facilitar o trabalho de distribuição aos casais de namorados no dia do encontro (por isso intercalá-los 2 a 2);

receber os casais no dia do encontro, distribuir os crachás e informar aos casais sobre as instalações (localização dos banheiros, refeitório, salão de plenário, etc.).

Pessoas para trabalho na cozinha - 12 pessoas (6 casais), cujas atividades serão: preparar o café da manhã, almoço e cafezinhos dos intervalos; preparar o local das refeições (refeitório) para todos os momentos em que será

utilizado; arrumação e limpeza da cozinha e refeitório.

Coordenadores de círculos - 10 a 20 pessoas (5 a 10 casais) - estas pessoas têm

como tarefa dirigir os círculos do encontro, promovendo o debate a partir dos pontos polêmicos extraídos das palestras. Inclusive, por este motivo, os coordenadores devem ter uma atenção redobrada ao assistirem as palestras, para captar tanto o conteúdo transmitido pelo palestrista, quanto as reações do seu grupo. A tarefa de observação do grupo se torna fácil por causa dos crachás coloridos distribuídos pelos recepcionistas.

Limpeza geral – 10 a 20 pessoas (5 a 10 casais) – estas pessoas estarão encarregadas

da organização, arrumação e limpeza dos ambientes utilizados pelos encontristas - plenário, banheiros, área livre, etc. , exceto a cozinha e o refeitório – a fim de devolver o local nas mesmas condições em que foi recebido.

Liturgia – um grupo de 4 a 10 pessoas (2 a 5 casais):

Comentarista; Leitores – para a primeira e segunda leituras; Salmista – leitura ou canto do salmo responsorial; Leitor para as preces (oração dos fiéis)

Pode ser preparada alguma rápida apresentação, como uma procissão das ofertas ou ação de graças. Porém é importante observar que a missa deve ter no máximo uma hora, caso contrário atrasará o encontro. Por isso recomenda-se uma missa “simples” seguindo o ritual normal, conforme for definido pelo celebrante.

Animação – 4 a 10 pessoas (aqui geralmente é difícil encontrar casais que toquem juntos) – pessoal encarregado dos cantos da missa e da animação nos intervalos indicados na programação. É um grupo importante, pois das músicas e da forma como eles animarem o encontro dependerá o ânimo dos encontristas (não podemos esquecer

10 Por uma particularidade que temos observado, geralmente são casais que participam da Pastoral Familiar, logo o coordenador, assim como todas as pessoas que trabalham tendem a ser casais.

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que estaremos lidando com jovens). Uma boa experiência, e uma idéia, é convidar pessoas que participem e animem e toquem em grupos do RCC (Renovação Carismática Católica), ou em grupos da PJ (Pastoral da Juventude), uma vez que estas pessoas têm experiência e um conhecimento dos cantos mais animados e preferidos pelos jovens.

Apoio – 2 a 6 pessoas (1 a 3 casais) – grupo responsável por: transporte de materiais, instrumentos musicais, etc., compras de última hora; “ronda” do local do encontro, para cuidar dos carros e das instalações.

Palestrantes – 2 casais (ou duas pessoas, dependendo do tema e do convite feito) – decai sobre eles a grande responsabilidade de transmitir a mensagem aos encontristas. Por isso a decisão da escolha destas pessoas é algo muito sério a ser decidido pelos organizadores.

Visitação - 6 a 10 casais - encarregados de visitar os namorados que inscreveram-se para o encontro. Essa tarefa, a princípio parece ser difícil, uma vez que sendo namorados, moram em casas separadas. Porém com boa vontade e disposição é possível realizar este trabalho. A equipe de visitação deverá ter cópias das fichas para entrar em contato com os jovens e marcar a visita. Nesta visita deverá checar informações importantes como: Deslocamento: se os namorados precisam de condução para deslocarem-se ao

local do encontro. Se sim, anotam no verso da ficha para tomarem as devidas providências.

Problemas de saúde: checam com os namorados se algum dos dois tem algum problema de saúde que os impeça de realizar algum tipo de atividade ou mesmo esforço físico. Checam também se alguém tem algum tipo de alergia a alguma substância, mofo, remédio, etc. Tudo isso deve ser anotado nas fichas.

Informações gerais: as seguintes informações poderão ser úteis a outras equipes, e por isso cada casal da visitação deverá anotá-la no verso das fichas sem esquecer nenhuma delas. Pode-se montar a ficha com estas informações adicionais, mas às vezes isso pode confundir os jovens quando eles as preencherem. As informações a serem colhidas são as seguintes:

Comidas preferidas: que tipo de comida os namorados mais gostam; Comidas indesejadas: quais são as comidas que os namorados nem

podem ver na frente; Passatempos preferidos: que tipos de atividades, brincadeiras, etc. os

namorados gostam de desenvolver - juntos ou separados, além de namorar, é claro!

Manias: que manias os namorados costumam Ter no seu dia-a-dia; Trabalho: perguntar se os namorados trabalham atualmente, e o que

fazem. Se não trabalham, em que gostariam de trabalhar. Sonhos e projetos: quais são os sonhos e os projetos dos namorados

para o futuro. Conversa com os pais dos namorados: um bate papo informal onde o casal

avalia como os pais dos namorados estão encarando o relacionamento dos filhos. Essas informações devem ser anotadas no verso da ficha depois que saírem da casa!

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3.1.11 Sugestão de programação

Para o dia do encontro, sugerimos a seguinte programação:

Início Término Atividade

7:30 8:00 Recepção e acolhida

8:00 9:00 Missa

9:00 9:30 Café da manhã

9:30 9:45 Animação com cantos

9:45 10:00 Apresentação geral do encontro, mensagem do coordenador do encontro

10:00 12:00 Tempo reservado para a apresentação de um filme (geralmente a melhor opção, principalmente se tiver um apelo ao humor, ou se tiver um apelo ao drama), e rápida discussão, que pode ser feita por um dos palestristas ou pelo coordenador do encontro

12:00 13:00 Almoço

13:00 13:15 Animação com cantos

13:15 14:15 Primeira palestra

14:15 15:00 Primeiro círculo de discussão

15:00 15:15 Cafezinho da tarde

15:15 15:30 Animação com cantos

15:30 16:30 Segunda palestra

16:30 17:15 Segundo círculo de discussão

17:15 17:30 Animação com cantos

!7:30 18:00 Plenário geral com a conclusão do encontro

Esta programação é apenas uma sugestão, na qual, principalmente os horário podem ser revistos e re-programados conforme a necessidade da região.

3.1.12 Temas

Sugerimos abaixo alguns temas para encontros de namorados regionais:

Namorar para quê?

Com este tema, sugerimos um questionamento sobre os objetivos atuais do namoro. Moças e rapazes que se conhecem e iniciam um relacionamento, por quê o fazem? Quais são os desejos e aspirações dos namorados? Os jovens realmente têm consciência de onde o relacionamento do namoro os

levará? Qual a diferença entre o dito namoro sério das outras formas de relacionamento

atualmente na moda – “ficar”, “catar”, namoros sem compromisso, etc.?

O namoro cristão.

Destacar as virtudes de um relacionamento calcado no entendimento e principalmente no respeito mútuo.

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Como podemos vivenciar o respeito dentro do relacionamento do namoro? Quais os limites do namoro? Como conhecer a pessoa com que estamos nos relacionando mantendo uma certa

reserva nos dias de hoje? Há momentos de espiritualidade entre os namorados? Qual é a importância deles

dentro do relacionamento? Sexualidade? O que é e para quê?

A vivência familiar do namoro

Vamos falar de família a atual e a futura. Qual o relacionamento que cada namorado tem com a família do outro? Até onde se permite a participação dos pais dentro do relacionamento do casal de

namorados? Como ser mais receptivo aos conselhos? Qual o verdadeiro sentido de independência no relacionamento do namoro? Qual é o modelo de família imaginado pelo casal de namorados como ideal para o

futuro – quando casarem como seria a família deles? Quais são as características mais marcantes da família de cada um e como estas

características influem nas decisões de vida e nos projetos futuros de cada um?

O namoro e os meios de comunicação.

Quantos de nossos jovens são influenciados e iludidos pelas falsas promessas que eles diariamente recebem através dos meios de comunicação?

O que é divulgado sobre o namoro hoje nos meios de comunicação? Como manter-se à parte da influência exercida pelos meios de comunicação? Qual é o modelo de Amor exibido pela mídia? Qual é o modelo de relacionamento tido como ideal pela mídia? Como é tratado o sexo?

Namoro e sexo

A grande ilusão da sociedade. O que é sexo? Por que o sexo se “disfarça” de Amor nos nossos dias? O que é Amor? E qual a diferença entre o Amor verdadeiro (que é semelhante ao

Amor de Cristo pela sua esposa, a Igreja) e o Amor enlatado da mídia (TV, Filmes, etc.)

Como um relacionamento sexual pode estragar o namoro? Quais as conseqüências de um relacionamento sexual no momento do namoro?

frieza futura provocada pela desilusão – o jovem que mantém relacionamento sexual fora do casamento e se desilude torna-se cético a novos relacionamentos;

busca desenfreada pelo prazer físico em todos os relacionamentos a partir do momento em que a realidade do sexo se incorpora a sua vida de solteiro;

gravidez indesejada, que tende a levar os jovens a decisões precipitadas de vida;

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doenças sexualmente transmissíveis – até onde se conhece a fidelidade de um namorado / namorada o suficiente para garantir-se em um relacionamento sexual?

a rotina que se incorpora ao relacionamento do namoro através da prática sexual como ação nociva;

entre outras conseqüências. Outros temas podem ser sugeridos de acordo com a realidade de cada região, e de acordo com os problemas enfrentados pelas comunidades. O importante realmente é um aspecto de vida cristã aliada ao relacionamento do namoro e os bons exemplos que se pode levantar. Colocar na consciência dos namorados que ainda hoje vale a pena tentar uma relação onde: a temática seja o Amor; exista o conhecimento um do outro como pessoas racionais dotadas de inteligência,

e não simplesmente dotadas de um órgão sexual; exista o respeito e um senso de moral esquecido pela sociedade; o futuro seja tão importante quanto o presente, e, portanto, a boa vivência deste

presente será refletida no futuro.

A continuidade

Por si só, um encontro regional de namorados já nos dá alguns frutos, porém pode-se melhorar a mensagem passada através de reuniões paroquiais de namorados. Como podem ser os encontros paroquiais de namorados?

a) Duração: meio dia – uma tarde, talvez (4 a 5 horas de encontro); b) Palestras: uma apenas, porém o modelo de palestra seguida de círculo de discussão

deve ser mantido, e a preocupação em se convidar alguém que possa passar uma boa mensagem também é grande;

c) Quantidade de encontristas: pode ser a mesma do encontro regional. Mas dentro da paróquia, não se costuma estabelecer um mínimo, visto que um ou dois casais reunidos já são suficientes para um trabalho. Porém um convite bem feito, utilizando-se os moldes do convite feito para o encontro regional, tende a trazer uma boa quantidade de participantes;

d) Equipe de trabalho: em nível paroquial a estrutura a ser usada é a mesma do trabalho regional, tendo porém, até como lógica da realidade paroquial, uma quantidade menor de pessoas;

e) Métodos áudio-visuais: Filmes, peças bem elaboradas e preparadas, slides, etc. também são um bom recurso aqui. Não esquecendo o comentário final, a cargo do coordenador do encontro ou do palestrista;

f) Temas: Utiliza-se os mesmos temas do encontro regional. Inclusive, sugere-se um aprofundamento do tema exposto no encontro regional para melhor fixação dos casais. O encontro paroquial tem que complementar o encontro regional e ao mesmo tempo preparar o caminho para o próximo encontro, uma vez que é ali que se encontrarão motivações e temas para os novos encontros regionais;

g) Exemplo de programação:

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Início Término Atividade

14:00 14:30 Recepção e acolhida

14:30 14:45 Oração inicial

14:45 15:45 Palestra sobre o tema escolhido

15:45 16:30 Círculo de debate

16:30 16:45 Café

16:45 18:30 Filme ou algum outro método audio-visual

18:30 19:00 Plenário final

19:00 19:15 Oração final e encerramento

Com que frequência devem ser realizados os encontros de namorados?

Regional: uma a duas vezes por ano. Paroquial: 2 a 4 vezes por ano.

Uma meta que podemos perseguir a partir da divulgação deste subsídio, é o desejo de realizarmos um encontro em nível diocesano, no qual, em dois dias inteiros, possamos trabalhar uma quantidade maior de jovens, com uma preparação mais séria ainda voltada aos princípios cristãos do namoro e da futura formação de uma família. Mas esse é um caso a ser estudado com muita calma, visto que o aumento da equipe, incluindo-se pessoas que fariam a vigília da noite (indispensável quando se pensa que estaremos levando jovens namorados para um retiro – combinação explosiva de afastamento da família com uma proximidade maior dos casais) ,e pessoas para visita às famílias no momento da confirmação do convite, para dar maior segurança aos pais. Uma meta, como disse, a ser perseguida por todos nós.

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3.2 Conclusão

Por favor, divulguem este subsídio. Tirem quantas cópias forem necessárias para que cada vez mais pessoas possam levar a Boa Nova de Cristo aos namorados. Precisamos criar uma contraposição ao que a sociedade aponta para nossos filhos e amigos. Precisamos indicar que existe um outro caminho e que este caminho tem uma nova vida, uma esperança de um mundo melhor e de um Reino Eterno, que começa aqui, mas termina nos céus. Falar aos namorados faz parte dessa construção do Reino de Deus, pois estamos falando com as futuras famílias. Se estas futuras famílias construírem sua casa sobre o alicerce de Cristo, estas casas jamais cairão como têm caído as casas atuais. Por isso vamos pensar nestes jovens, e vamos falar para todos eles que é possível seguir a Cristo, mesmo dentro do namoro.

Coordenação da Pastoral Familiar Diocese de Osasco

Osasco 04/03/2001.