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Curso de: Terapêutica da Fala 1.º Ciclo – 1.º Semestre – 1.º Ano – Ano Lectivo 2005/2006 Disciplina: Introdução à Psicologia Docente: Dra. Celeste Duque Discentes: Cláudia Correia n.º 31154 Joana Cordeiro n.º 31156 Marco Nunes n.º 30577 Faro, 10 de Janeiro de 2006

Suicidio Apresentação

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Apresentação sobre a problemática do Suicídio, da responsabilidade de discentes da disciplina de Introdução à Psicologia, leccionada por Celeste Duque - Univ. Algarve - ESSaF.

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Page 1: Suicidio Apresentação

Curso de: Terapêutica da Fala1.º Ciclo – 1.º Semestre – 1.º Ano – Ano Lectivo 2005/2006Disciplina: Introdução à Psicologia

Docente: Dra. Celeste DuqueDiscentes: Cláudia Correia n.º 31154

Joana Cordeiro n.º 31156 Marco Nunes n.º 30577

Faro, 10 de Janeiro de 2006

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Suicídio

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“Não aguento mais acordartoda manhã. Estou

confuso. Com raiva. Meucoração está ferido. . . .

Por isso penso em sumir. .. . Não quero sumir, mas

acho que não tenho saída.. . . Olho para o futuro,

mas vejo só escuridão edor.”

— Bilhete deixado por Pedro,de 21 anos, que se suicidou.

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SuicídioSuicídio

Suicídio entende-se oacto pelo qual “a

pessoa se mata a siprópria”

(Grande Dicionário da LínguaPortuguesa, 1981, p. 367).

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Para-suicídioPara-suicídio

““acto não fatal, através do qual oacto não fatal, através do qual oindivíduo protagoniza umindivíduo protagoniza um

comportamento invulgar, semcomportamento invulgar, semintervenção de outrem, causandointervenção de outrem, causandolesões a si próprio ou ingerindolesões a si próprio ou ingerindo

uma substância em excesso (uma substância em excesso (……))com vista a conseguir modificaçõescom vista a conseguir modificações

imediatas com o seuimediatas com o seucomportamento ou a partir decomportamento ou a partir de

eventuais lesões físicaseventuais lesões físicasconsequentesconsequentes””. . Este tipo deEste tipo de

comportamento procura simularcomportamento procura simular““longinquamente a vontade delonginquamente a vontade de

terminar a vida, mas com aterminar a vida, mas com apeculiaridade de deixar pistas parapeculiaridade de deixar pistas paraque o acto não resulte na própriaque o acto não resulte na própria

mortemorte””(www.spsuicidologia.pt).

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Tentativa de suicídioTentativa de suicídio

“é entendida como o acto levadoé entendida como o acto levadoa cabo por um indivíduo e quea cabo por um indivíduo e quevisa a sua morte, mas que porvisa a sua morte, mas que por

razões diversas não érazões diversas não éalcançadaalcançada””

( (www.spsuicidologia.ptwww.spsuicidologia.pt).).

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Evolução do conceito desuicídioO termo suicídioO termo suicídio

(do latim (do latim suisui –– si mesmo e si mesmo e

caederecaedere –– matar) matar)

Século XVII o termo Suicídio encontra-se descrito nalíngua anglo-saxónica, e na castelhana desde finais doséculo XVIII, embora já fosse conhecido no século XVI

(suicidiom).

… o conceito de Suicídio vem sendo alterado ao longodo tempo.

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1897- Durkheim definiu suicídio como “todo o casode morte que resulta directa ou indirectamente deum acto positivo ou negativo praticado pela própriavítima, acto que a vítima sabia produzir esseresultado” (Durkheim, E., 1897. Op cit. Sampaio, D.,1991, p. 31).

Anos 30- Halbwachs afirmou que “ o que distingueum suicídio externamente de qualquer outro tipo demorte é ser realizado com instrumentos ou meiosque nos levam a assumir que o sujeito pretendiamorrer”(Halbwachs, 1930. Op cit. Sampaio, D., 1991,p. 31).

Hoje - a palavra suicídio apela para o sentido de“morte intencional auto-inflingida, isto é, quando apessoa, por desejo de escapar de uma situação desofrimento intenso, decide pôr termo à sua própriavida” (Abuchaim, C., 2001).

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Posição da Sociedade acerca do Suicídionum contexto histórico

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Modelos teóricos explicativos doSuicídio

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Modelo Psicológico

Karl MenningerPsicanalista que consegue explicar a condutasuicidaria na globalidade. Considera o suicídio

como forma particular de morte na qual secombinavam três elementos:

desejo de matar desejo de ser morto desejo de morrer

(Sampaio, D., 1991, p. 43)

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Furst e Ostow Para estes autores os principais mecanismospsicológicos que podem levar ao suicídio são os

seguintes :i. Individuo não consegue afastar-se do objecto

responsável pelo seu sofrimento, e idealiza aautodestruição como forma de destruição do objecto.

ii. Individuo não suporta a dor interna;iii. Necessidade de resposta por parte da pessoa amada;iv. Desejo de vingança face ao objecto de amor não

gratificante;v. Ambição fatal para a autodestruição.

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Tipos de suicidasTipos de suicidas

Os indivíduos que praticam suicídiopodem ser agrupados em quatrocategorias, por suicidas de:

• Afastamento• Agressivos• Oblativos• Lúcidos

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Factores que contribuem paraFactores que contribuem parapensamentos suicidaspensamentos suicidas

a) FactoresPsicopatologicos

b) Pessoaisc) Psicológicosd) Sociais

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a) Factores Psicopatológicosa) Factores Psicopatológicos

IndividuoIndividuoEsquizofrenia

Alcoolismo

Distúrbios depersonalidade

Toxicodependência

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Existência de modelos suicidários dafamília;

Distúrbios alimentares:•• AnorexiaAnorexia•• BulimiaBulimia

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b) Factores Pessoaisb) Factores Pessoais• Morte de um amigo ou familiar

• Mau aproveitamento escolar

• Desagregação familiar - Separação - Divórcio - Viuvez

• Contracção de doenças - SIDA - cancro

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c) Factores Psicológicosc) Factores PsicológicosPerante a presença de• remorsos• acentuado desespero e Falta de• Projectos de vida

os estados Psicológicos do sujeitos sãoalterados

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d) Factores sociaisd) Factores sociais

• Desemprego• Dificuldades

económicas• Exclusão social• Habitar em ambiente

rural

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Relação depressão e SuicídioRelação depressão e Suicídio Haim considera que “a tentativa de suicídio

inscreve-se directamente no registo daproblemática do luto e da depressão”

(Marcelli, D., 2002, p.165).

OutrosOutros autores consideram, “o momento suicidacorresponde a um momento psicótico de ruptura

com a realidade e não tem qualquer relaçãodirecta com a problemática depressiva”

(Marcelli, D., 2002, p. 165).

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Muitos estudos têm sido efectuados com oMuitos estudos têm sido efectuados com oobjectivo de se apurar qual a relaçãoobjectivo de se apurar qual a relação

existenteexistenteentre depressão e suicídio. Apesar daentre depressão e suicídio. Apesar da

aparenteaparentediversidade de conclusões, todas elasdiversidade de conclusões, todas elas

convergem nestes dois sentidos:convergem nestes dois sentidos:

I.I. Existe uma relação mútua entreExiste uma relação mútua entredepressão e tentativa de suicídio, sedepressão e tentativa de suicídio, sebem que estas duas patologias possambem que estas duas patologias possamnão ocorrer em simultâneo.não ocorrer em simultâneo.

II.II. Quanto mais grave for a depressão,Quanto mais grave for a depressão,maior será a tendência suicidamaior será a tendência suicida

((MarcelliMarcelli, D., 2002, pp. 167-172)., D., 2002, pp. 167-172).

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Sinais indicadores da tendênciaSinais indicadores da tendênciasuicidasuicida

Escrever acerca da morte e dosuicídio

Chorar sem razão aparente Estados de melancolia

permanente Alteração dos padrões de

alimentação e sono Mudança brusca de

comportamento Afastamento face aos amigos e

familiares Isolamento face ao mundo

exterior Perda de auto-estima Preparação de um testamento Falar abertamente sobre ideias

de suicídio

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Métodos utilizados na tentativa deMétodos utilizados na tentativa desuicídiosuicídio

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Probabilidade de cometer oProbabilidade de cometer osuicídiosuicídio

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Perfil do suicida em PortugalPerfil do suicida em Portugal“Homem a viver na grande Lisboa, no

Alentejo ou no Algarve, com mais de50 anos, desempregado ou reformado,

separado, divorciado ou viúvo,socialmente isolado, sem práticas

religiosas, deprimido, por vezes cominternamento psiquiátrico anterior,com múltiplos problemas afectivos,económicos ou de saúde física ou

mental, incluindo alcoolismo edistúrbios de personalidade, comprévia ideação suicida ou mesmo

tentativa de suicídio anterioracompanhada de avisos subtis ou

explícitos, que põe termo à vida porenforcamento, arma de fogo,

pesticidas, precipitação, afogamentoou trudição”.

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Como prevenir o suicídio?Como prevenir o suicídio?

1. Evitar o isolamento;2. Pedir ajuda a uma pessoa

amiga, na qual tenhaplena confiança;

3. Procurar ajuda de umprofissional de saúde

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ConclusãoConclusão

““Torna-se agora oportuno aoTorna-se agora oportuno aoentrarmos no novo século,entrarmos no novo século,

agendar futuras acções no sentidoagendar futuras acções no sentidode colocar em prática osde colocar em prática os

resultados dos estudos até à dataresultados dos estudos até à dataefectuados na área da efectuados na área da suicidologiasuicidologia

e agir de forma integrada com ae agir de forma integrada com asociedade na diminuição das taxassociedade na diminuição das taxas

de comportamentos suicidáriosde comportamentos suicidários””(Proença, M., 2001, p.169)(Proença, M., 2001, p.169)

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Escola Superior deSaúde de Faro2005/2006