22

Sumário - Biblioteca Rede La Salle · Promover atenção integral à saúde da ... A Secretaria é estruturada além do gabinete e duas coordenações gerais ... Saúde do Homem;

  • Upload
    ledieu

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

ApresentAção.................................................................................................................................................................................02

1-estrUtUrA DA sAs.........................................................................................................................................................................03

2-reDes De Atenção À sAÚDe: ALGUns ConCeItos...........................................................................................................................052.1 Atributos da rede de Atenção à saúde..........................................................................................................................................052.2. elementos Constitutivos da rede de Atenção à saúde.................................................................................................................06

3-Atenção BásICA À sAÚDe (sAÚDe MAIs perto De VoCê)..........................................................................................................073.1 política nacional de Atenção Básica..............................................................................................................................................073.2 programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade.........................................................................................................................093.3 programa de Qualificação da Infraestrutura das Unidades Básicas de saúde - requalificaUBs....................................................113.4 núcleos de Apoio à saúde da Família – nAsF................................................................................................................................123.5 Financiamento da Atenção Básica................................................................................................................................................133.6 programa de Valorização dos profissionais da Atenção Básica......................................................................................................143.7 Academia da saúde .....................................................................................................................................................................153.8 programa saúde na escola ...........................................................................................................................................................153.9 telessaúde....................................................................................................................................................................................163.10 Consultório na rua ....................................................................................................................................................................163.11 Melhor em Casa: A segurança do Hospital no Conforto do seu Lar .............................................................................................17

4-reDes De Atenção À sAÚDe teMátICAs.....................................................................................................................................19 4.1 rede Cegonha .............................................................................................................................................................................204.2 rede de Atenção às Urgências e emergências: saúde toda Hora..................................................................................................214.3 rede de Atenção psicossocial - rAps ..........................................................................................................................................234.4 rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas.......................................................................................................................254.5 rede de Cuidado à pessoa com Deficiência ..................................................................................................................................25

5-projetos estrAtéGICos..............................................................................................................................................................275.1 Brasil sorridente (saúde Bucal)....................................................................................................................................................275.2 olhar Brasil...................................................................................................................................................................................275.3 Cirurgias eletivas..........................................................................................................................................................................285.4 Alimentação e nutrição: Brasil Carinhoso.....................................................................................................................................305.5 o projeto QualisUs redes.............................................................................................................................................................32

6-oUtrAs poLítICAs........................................................................................................................................................................336.1 sangue ........................................................................................................................................................................................336.2 transplantes.................................................................................................................................................................................356.3 Filantropia....................................................................................................................................................................................366.4 Dengue.........................................................................................................................................................................................376.5 Monitoramento das redes e programas prioritários ....................................................................................................................386.6 Apoio Institucional.......................................................................................................................................................................39

Sumário

A Missão da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) é a coordenação nacional da assistência à saúde prestada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e implementada de forma integrada pelos Estados, Municípios e União. Desde a promoção da saúde – em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde – até a alta complexidade, transplantes, rede dos hemocentros, as novas Redes de Atenção à Saúde (RAS), além de toda a Atenção Básica e especializada, ambulatorial e hospitalar.

Um grande desafio tem sido a construção das redes integradas de atenção à saúde, como forma de se atingir a ampliação do acesso e qualidade nos serviços do SUS, buscando a integralidade necessária. Além de todas as ações de gestão rotineira, estão sendo priorizadas, por meio de pactuação tripartite, as redes temáticas da urgência e emergência, Rede Cegonha, cuidados com saúde mental e dependentes com crack, álcool e outras drogas, doenças crônicas e pessoas com deficiência. A Secretaria se propõe a ser o componente federal na construção das RAS.

Dos objetivos estratégicos colocados para o Ministério da Saúde, a SAS está mais diretamente en-volvida através da coordenação ou de maior participação nos seguintes aspectos:

Garantir acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, aprimorando a política e Atenção Básica e a atenção es-pecializada.

Reduzir os riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde.

Promover atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementar a Rede Cegonha, com especial atenção às áreas e populações de maior vulnerabilidade.

Aprimorar a rede de urgência e emergência, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Postos de Saúde (PS) e centrais de regulação, articulando-a com outras redes de atenção.

Fortalecer a rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e ou-tras drogas.

Contribuir para erradicar a extrema pobreza no país.

A SAS não tem medido esforços para tornar o SUS cada vez mais: universal; igualitário; com acesso facilitado e com garantia de qualidade; regulado para garantia de equidade; com classificação de risco para atender primeiro a quem mais precisa; diversificado para atender os diferentes; resolutivo; integra-do; rápido; com a Atenção Básica sendo a coordenadora do cuidado e ordenadora da rede; intersetorial; usuário centrado; com participação social; democrático; integral; com percursos claros para o usuário atender suas necessidades de saúde.

Os desafios são muitos, talvez o principal seja o de tornar a Atenção Básica, de fato, a coordenadora do cuidado e a ordenadora das RAS, mas com a construção coletiva envolvendo a União, Estados e Municípios, esperamos que brevemente a população brasileira possa comemorar os resultados positivos obtidos pelo SUS.

ApreSentAção

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 5

A SAS tem como competências, pelo Decreto n.º 7530/2011:

I - participar da formulação e implementação da política de assistência à saúde, observados os princí-pios e diretrizes do SUS;

II - definir e coordenar sistemas de redes integradas de ações e serviços de saúde;

III - estabelecer normas, critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade e avaliação da assistência à saúde;

IV - identificar os serviços de referência para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde;

V - elaborar e propor normas para disciplinar as relações entre as instâncias gestoras do SUS e os ser-viços privados contratados de assistência à saúde;

VI - coordenar, acompanhar e avaliar, em âmbito nacional, as atividades das unidades assistenciais do Ministério da Saúde;

VII - prestar cooperação técnica para o aperfeiçoamento da capacidade gerencial e operacional de Estados, Municípios e Distrito Federal;

VIII - coordenar a formulação e a implantação da política de regulação assistencial do SUS;

IX - promover o desenvolvimento de ações estratégicas voltadas para a reorientação do modelo de atenção à saúde, tendo como eixo estruturador as ações de atenção básica em saúde;

X - participar da elaboração, implantação e implementação de normas, instrumentos e métodos que fortaleçam a capacidade de gestão do SUS nos três níveis de governo;

XI - proceder à certificação das entidades beneficentes de assistência social que prestam ou realizam ações sociais na área de saúde, nos termos da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009.

A Secretaria é estruturada além do gabinete e duas coordenações gerais vinculadas a ele (Coordenação Geral de Informação e Monitoramento de Serviços e Redes de Atenção à Saúde-CGIMRAS e Coordena-ção Geral de Planejamento e Orçamento-CGPO), em três institutos (Instituto Nacional de Câncer-INCA, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia-INTO e Instituto Nacional de Cardiologia-INC) e em sete departamentos: de Atenção Básica (DAB); de Atenção Especializada (DAE); de Ações Programáticas e Estratégicas (DAPES); de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas (DRAC); de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde (DCEBAS); de Articulação de redes de Atenção à Saúde (DARAS) e Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro (DGH-RJ).

Figura 1- Organograma da SAS

1. eStruturA dA SAS

SAS

CGIMRAS

CGPO INCA

DAB DAE DAPES DRAC DCEBAS DARAS DGH-RJ

INTO INC

Gabinete

Algumas atribuições dos Departamentos são apresentadas a seguir:

O DAB é responsável pela Gestão, Acompanhamento e Avaliação da Atenção Básica; Saúde da Fa-mília; Saúde Bucal; Alimentação e Nutrição; Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus; e Práticas Inte-grativas e Complementares.

Cabe ao DAE: média e alta complexidade, ambulatorial e hospitalar do SUS; Sistema Nacional de Transplantes de Órgãos; política de urgência e emergência do SUS; e a política de sangue e he-moderivados.

São responsabilidades do DAPES: coordenar as áreas técnicas da Saúde da Criança e Aleitamento Materno; Saúde do Adolescente e do Jovem; Saúde da Mulher; Saúde Mental; Saúde do Idoso; Saúde da Pessoa com Deficiência; Saúde no Sistema Penitenciário; Saúde do Homem; e a Política Nacional de Humanização.

Ao DRAC cabe: a política de regulação; a transferência de recursos financeiros a Estados, aos Muni-cípios e ao Distrito Federal; controle e avaliação dos serviços de assistência à saúde; política de contratu-alização; e o cadastro nacional de estabelecimentos de saúde.

Ao DCEBAS compete a concessão ou renovação dos certificados de entidades beneficentes de assis-tência social em saúde.

É responsabilidade do DARAS: apoiar técnica e financeiramente Estados, Municípios e o Distrito Federal na organização das ações das RAS.

São de responsabilidade do DGH-RJ as seguintes Unidades Assistenciais: Hospital Federal de Ipane-ma; Hospital Federal da Lagoa; Hospital Federal do Andaraí; Hospital Federal Cardoso Fontes; Hospital Federal dos Servidores do Estado; e o Hospital Federal de Bonsucesso.

Com relação aos Institutos cabe:

Ao INCA: participar da formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer.

Ao INC: participar da formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias cardiológicas.

Ao INTO: participar da formulação da política nacional de prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias ortopédicas e traumatológicas.

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 7

As redes de Atenção à Saúde são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas

por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (ministério da Saúde, 2010 – portaria

nº 4.279, de 30/12/2010).

A implementação das RAS aponta para uma maior eficácia na produção de saúde, melhoria na efi-ciência da gestão do sistema de saúde no espaço regional, e contribui para o avanço do processo de efe-tivação do SUS. A transição entre o ideário de um sistema integrado de saúde conformado em redes e a sua concretização passa pela construção permanente nos territórios que permita conhecer o real valor de uma proposta de inovação na organização e na gestão do sistema de saúde.

A atual grande diretriz da SAS para o período de 2011 a 2014 é a implantação das RAS, sendo sua gestora no âmbito federal.

No dia 30 de dezembro, o Documento de Referência contendo as “Diretrizes para a Organização das RAS no âmbito do SUS” foi oficializado por meio da Portaria GM/MS nº 4.279, publicada no Diá-rio Oficial de 31/12/2010. Este documento havia sido aprovado pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no dia 16 de dezembro.

Para assegurar resolutividade na rede de atenção, alguns fundamentos precisam ser considerados:Economia de Escala, Qualidade, Suficiência, Acesso e Disponibilidade de Recursos.

2.1 Atributos da rede de Atenção à SaúdeConsidera-se que não há como prescrever um

modelo organizacional único para as RAS, con-tudo as evidências mostram que o conjunto de atributos apresentados a seguir são essenciais ao

seu funcionamento:1. População e território definidos com amplo

conhecimento de suas necessidades e preferências que determinam a oferta de serviços de saúde.

2. redeS de Atenção à SAúde: AlgunS conceitoS 2. Extensa gama de estabelecimentos de saúde que prestam serviços de promoção, prevenção, diag-nóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e cuidados paliativos e integram os programas focali-zados em doenças, riscos e populações específicas, os serviços de saúde individuais e os coletivos.

3. Atenção Básica à Saúde estruturada como primeiro nível de atenção e porta de entrada pre-ferencial do sistema, constituída de equipe multi-disciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado, e atendendo às suas neces-sidades de saúde.

4. Prestação de serviços especializados em lugar adequado.

5. Existência de mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e integração assistencial por todo o contínuo da atenção.

6. Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na comunidade, tendo em conta as parti-cularidades culturais, gênero, assim como a diversi-dade da população.

7. Sistema de governança único para toda a rede

com o propósito de criar uma missão, visão e estra-tégias nas organizações que compõem a região de saúde; definir objetivos e metas que devam ser cum-pridos no curto, médio e longo prazo; articular as políticas institucionais; e desenvolver a capacidade de gestão necessária para planejar, monitorar e ava-liar o desempenho dos gerentes e das organizações.

8. Participação social ampla.9. Gestão integrada dos sistemas de apoio admi-

nistrativo, clínico e logístico.10. Recursos humanos suficientes, competentes,

comprometidos e com incentivos pelo alcance de metas da rede.

11. Sistema de informação integrado que vincu-la todos os membros da rede, com identificação de dados por sexo, idade, lugar de residência, origem étnica e outras variáveis pertinentes.

12. Financiamento tripartite, garantido e sufi-ciente, alinhado com as metas da rede.

13. Ação intersetorial e abordagem dos determi-nantes da saúde e da equidade em saúde.

14. Gestão baseada em resultado.

2.2. elementos constitutivos da rede de Atenção à SaúdeA operacionalização das RAS se dá pela in-

teração dos seus três elementos constitutivos: população/região de saúde definidas, estrutura operacional e por um sistema lógico de funciona-mento determinado pelo modelo de atenção à saúde.

População e Região de SaúdePara preservar, recuperar e melhorar a saúde

das pessoas e da comunidade, as RAS devem ser capazes de identificar claramente a população e a área geográfica sob sua responsabilidade.

A região de saúde deve ser bem definida, baseada em parâmetros espaciais e temporais que permitam assegurar que as estruturas este-jam bem distribuídas territorialmente, garantin-do o tempo/resposta necessário ao atendimen-to, melhor proporção de estrutura/população/território e viabilidade operacional sustentável.

Estrutura OperacionalA estrutura operacional das RAS é constituída

pelos diferentes pontos de atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços de

saúde e pelas ligações que os comunicam.Os componentes que estruturam as RAS in-

cluem: Atenção Básica à Saúde – centro de comunicação; os pontos de atenção secun-dária e terciária; os sistemas de apoio; os sis-temas logísticos e o sistema de governança.

Modelo de Atenção à SaúdeO modelo de atenção à saúde é um sistema

lógico que organiza o funcionamento das RAS, articulando, de forma singular, as relações entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos, os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde e os diferentes tipos de inter-venções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográ-ficas e epidemiológicas e dos determinantes so-ciais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade. Para a implantação das RAS, é necessária uma mudança no atual modelo de atenção hegemônico no SUS, ou seja, exige uma intervenção concomitante sobre as condições agudas e crônicas.

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 9

Para as RAS, a Aten-ção Básica é considerada como a coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, que deve considerar no desenvolvimento de suas ações, os seguintes conceitos: acolhimento, ampliação do acesso, in-tegralidade da atenção, implantação de diretri-

zes clínicas, vinculação e identificação de riscos e de vulnerabilidades.

Serão apresentadas algumas iniciativas identifica-das como estratégicas para garantir o papel essencial

da Atenção Básica nas RAS: 3.1 Política Nacional de Atenção Básica.3.2 Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade. 3.3 Programa de Qualificação da Infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde- Requalifica UBS. 3.4 Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF.3.5 Financiamento da Atenção Básica.3.6 Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica - PROVAB. 3.7 Academia da Saúde. 3.8 Programa Saúde na Escola.3.9 Telessaúde. 3.10 Consultório na Rua. 3.11 Melhor em casa.

3. Atenção BáSicA à SAúde

3.1 política nacional de Atenção BásicaA Política Nacional de Atenção Básica tem na

Saúde da Família sua estratégia prioritária para ex-pansão e consolidação da Atenção Básica. A quali-ficação da Estratégia de Saúde da Família e de outras estratégias de organização da Atenção Básica deve-rão seguir as diretrizes da Atenção Básica e do SUS, configurando um processo progressivo e singular que considera e inclui as especificidades locorregionais.

A estratégia de Saúde da Família visa à reorgani-zação da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais, representados respec-tivamente pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princí-pios, diretrizes e fundamentos da Atenção Básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saú-de das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.

Dos princípios e diretrizes gerais da Atenção Básica

A Atenção Básica caracteriza-se por um conjun-to de ações de saúde, no âmbito individual e coleti-vo, que abrange a promoção e a proteção da saúde,

a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamen-to, a reabilitação, a redução de danos e a manuten-ção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saú-de e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.

É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação das RAS. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral.

A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes

I - Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações seto-riais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das cole-tividades que constituem aquele território sempre em consonância com o princípio da equidade.

II - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, carac-terizados como a porta de entrada aberta e prefe-rencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabiliza-ção pela atenção às suas necessidades de saúde; o estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógi-ca de organização e funcionamento do serviço de saúde, que parte do princípio de que a unidade de saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, de modo universal e sem diferenciações excludentes.

III - Adscrever os usuários e desenvolver rela-ções de vínculo e responsabilização entre as equi-pes e a população adscrita, garantindo a continui-dade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. A adscrição dos usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser refe-rência para o seu cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste na construção de relações de afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador da saúde, permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilização pela saúde, construído ao longo do tempo, além de carregar, em si, um poten-cial terapêutico.

IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáti-cas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigi-lância à saúde, tratamento e reabilitação e mane-jo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação da autono-mia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprofissional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. Essa organização pressupõe o desloca-mento do processo de trabalho centrado em proce-dimentos, profissionais para um processo centrado no usuário, onde o cuidado do usuário é o impe-rativo ético-político que organiza a intervenção técnico-científica.

V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na orga-nização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício

do controle social.Das Funções na Rede de Atenção à SaúdeA organização das RAS tem diversos atributos,

entre eles destaca-se: a Atenção Básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multi-disciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado, e atendendo as suas neces-sidades de saúde.

Neste sentido, Atenção Básica deve cumprir algumas funções para contribuir com o funciona-mento das RAS, sendo elas:

I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de des-centralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária.

II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessida-des e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e co-letivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de amplia-ção dos graus de autonomia dos indivíduos e gru-pos sociais.

III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompa-nhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuá-rios entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo cuida-do dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de produzir a gestão comparti-lhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e interse-toriais, públicas, comunitárias e sociais. Para isso, é necessário incorporar ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado, tais como: gestão das listas de espera (encaminhamentos para consultas espe-cializadas, procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede, protocolos de atenção organi-zados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de casos traçadores, eventos-sentinela e incidentes críticos, dentre outros. As práticas de regulação realizadas na Atenção Básica devem ser articuladas com os processos regulatórios realiza-dos em outros espaços da rede, de modo a permitir, ao mesmo tempo, a qualidade da microrregulação realizada pelos profissionais da Atenção Básica e o acesso a outros pontos de atenção nas condições e no tempo adequado, com equidade.

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 11

IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessi-dades de saúde da população sob sua responsabi-lidade, organizando as necessidades desta popu-lação em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9044Sítio: www.saude.gov.br/dab

3.2 programa de melhoria do Acesso e da Qualidade - pmAQ Uma das principais diretrizes atuais do Ministé-

rio da Saúde é executar a gestão pública com base em processos e resultados mensuráveis, garantin-do acesso e qualidade da atenção em saúde a toda a população. Nesse sentido, diversificados esforços têm sido empreendidos no sentido de ajustar as es-tratégias previstas na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) na direção de reconhecer a qualidade dos serviços de Atenção Básica ofertados à sociedade brasileira e estimular a ampliação do acesso e da qua-lidade nos mais diversos contextos existentes no país.

O desafio é ampliar o acesso e a qualidade da atenção à saúde a todos os brasileiros. Além de re-forçar a base deste duplo movimento, que é a Aten-ção Básica à Saúde, prioridade que ganhou o nome de Saúde Mais Perto de Você justamente para res-saltar junto à população a ideia de proximidade, acolhimento e familiaridade, vínculo, segurança e confiança.

A Atenção Básica deve ser base de estruturação da Rede de Atenção Integral, pressuposto de uma rede que prime pela acessibilidade, equidade, reso-lutividade e efetividade. Tudo que foi construído até este momento em termos de Rede Cegonha, Rede de Urgências, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência e Combate ao

Câncer e às Condições Crônicas têm a Atenção Bási-ca como base e porta de entrada preferencial e busca avançar dando condições a esta de exercer um efetivo papel de ordenação e coordenação do cuidado.

O PMAQ se insere neste contexto, a partir do qual o Governo Federal, progressivamente, se com-promete e desenvolve ações voltadas para a melho-ria do acesso e da qualidade no SUS. O Programa de Avaliação para a Qualificação do SUS possui como objetivo principal: avaliar os resultados da nova política de saúde, em todas as suas dimen-sões, com destaque para o componente da Aten-ção Básica. Trata-se de um modelo de avaliação de desempenho dos sistemas de saúde, nos três níveis de governo, que pretende mensurar os possíveis efeitos da política de saúde com vistas a subsidiar a tomada de decisão, garantir a transparência dos processos de gestão do SUS e dar visibilidade aos resultados alcançados, além de fortalecer o contro-le social e o foco do sistema de saúde nos usuários.

O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica é um Progra-ma que procura induzir a instituição de processos que ampliem a capacidade das gestões federal, es-taduais e municipais, além das Equipes de Aten-ção Básica, em ofertarem serviços que assegurem maior acesso e qualidade, de acordo com as neces-sidades concretas da população.

O Programa busca induzir a ampliação do aces-so e a melhoria da qualidade da Atenção Básica, com garantia de um padrão de qualidade compa-rável nacional, regional e localmente de maneira a permitir maior transparência e efetividade das ações governamentais direcionadas à Atenção Bá-sica em saúde em todo o Brasil.

Entre os seus objetivos, destacam-se:I - Ampliar o impacto da Atenção Básica sobre

as condições de saúde da população e sobre a satis-fação dos seus usuários, por meio de estratégias de facilitação do acesso e melhoria da qualidade dos serviços e ações da Atenção Básica.

II - Fornecer padrões de boas práticas e organiza-ção das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que nor-teiem a melhoria da qualidade da Atenção Básica.

III - Promover maior conformidade das UBS com os princípios da Atenção Básica, aumentando a efetividade na melhoria das condições de saúde, na satisfação dos usuários, na qualidade das práti-cas de saúde e na eficiência e efetividade do siste-ma de saúde.

IV - Promover a qualidade e inovação na ges-tão da Atenção Básica, fortalecendo os processos de Autoavaliação, Monitoramento, Apoio Institu-cional e Educação Permanente nas três esferas de governo.

V - Melhorar a qualidade da alimentação e uso dos Sistemas de Informação como ferramenta de gestão da Atenção Básica.

VI - Institucionalizar uma cultura de avaliação da Atenção Básica no SUS e de gestão com base em processos e resultados.

VI - Estimular o foco da Atenção Básica no usuário, promovendo a transparência dos proces-sos de gestão, a participação e controle social e a responsabilidade sanitária dos profissionais e ges-tores de saúde com a melhoria das condições de saúde e satisfação dos usuários.

O PMAQ está organizado em quatro fases dis-tintas e complementares que conformam um ciclo contínuo de melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica, sendo elas: adesão e contratuali-zação, desenvolvimento com foco em processos de autoavaliação, apoio institucional, educação per-

manente e monitoramento e acompanhamento de indicadores, avaliação externa e por fim, nova con-tratualização.

A primeira fase do PMAQ consiste na etapa formal de adesão ao Programa, mediante a con-tratualização de compromissos e indicadores a se-rem firmados entre as Equipes de Atenção Básica com os gestores municipais, e destes com o Minis-tério da Saúde num processo que envolve pactua-ção local, regional e estadual e a participação do controle social.

A segunda fase consiste na etapa de desenvolvi-mento do conjunto de ações que serão empreendi-das pelas Equipes de Atenção Básica, pelas gestões municipais e estaduais e pelo Ministério da Saúde, com o intuito de promover os movimentos de mu-dança da gestão, do cuidado e da gestão do cuidado que produzirão a melhoria do acesso e da qualida-de da Atenção Básica. Esta fase está organizada em quatro dimensões (Autoavaliação; Monitoramento; Educação Permanente; e Apoio Institucional).

A terceira fase consiste na avaliação externa em que se realizará um conjunto de ações que averi-guará as condições de acesso e de qualidade da to-talidade de municípios e Equipes da Atenção Bási-ca participantes do Programa.

E, finalmente, a quarta fase é constituída por um processo de pactuação singular das equipes e dos mu-nicípios com o incremento de novos padrões e indica-dores de qualidade, estimulando a institucionalização de um processo cíclico e sistemático a partir dos resul-tados alcançados pelos participantes do PMAQ.

Número de municípios integrantes do programa: 3.972

Número de equipes de atenção básica integrantes do pro-grama: 17.482

Fonte: Sistema de Contratualização ao PMAQ - Julho 2012

mapa de Adesão ao pmAQ

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 13

Incentivo vinculado ao desempenho por equipe/mês

Institui que os municípios começarão a receber o percentual do valor integral do Componente de Qualidade do Piso de Atenção Básica Variável equi-valente ao desempenho de suas equipes, conforme a Avaliação Externa, após a publicação da certificação:

Avaliação ExternaÉ composta por certificação de desempenho

das equipes de saúde e gestão da Atenção Básica, que será coordenada de forma tripartite e realizada por 45 universidades e/ou instituições de pesqui-sa, por meio da verificação in loco, através de 800 avaliadores de qualidade, de evidências para um conjunto de padrões previamente determinados e também pelo Ministério da Saúde a partir do mo-nitoramento de indicadores.

Dimensões da Avaliação Externa do “Saúde Mais Perto de Você – Acesso e Qualidade”

I – Gestão para o Desenvolvimento da Atenção Básica.II – Estrutura e Condições de Funcionamento da UBS. III – Valorização do Trabalhador. IV – Acesso e Qualidade da Atenção: a) Acesso e Organização do Processo de Trabalho; b) Atenção à Saúde na Unidade Básica; c) Continuidade da Atenção na Rede.V – Acesso, Utilização, Participação e Satisfa-ção do Usuário.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]/[email protected]: +55 (61) 3315-9088Sítio: www.saude.gov.br/dab

3.3 programa de Qualificação da infraestrutura das unidades Básicas de Saúde - requalifica uBS

O Programa de Requalificação das UBS, insti-tuído pela portaria nº 2.206, de 14 de setembro de 2011, tem como objetivo criar incentivo financei-ro para as UBS, tendo em vista o provimento de condições adequadas para o seu funcionamento e melhoria do acesso à Atenção Básica e da quali-dade da atenção prestada. Isso envolve melhorias da estrutura física, com construção, reforma e am-pliação de unidades, bem como ações que visem à informatização dos serviços e qualificação da atenção à saúde desenvolvida pelos profissionais da equipe.

O Ministério da Saúde, por meio do Programa

de Requalificação das UBS, visa contribuir para es-truturação e o fortalecimento da Atenção Básica e para a continuidade do modelo de atenção à saúde no país, propondo que a estrutura física da UBS seja facilitadora para a mudança das práticas das Equipes de Saúde e capaz de atender à população em ambientes com estrutura acolhedora e dentro dos melhores padrões de qualidade.

Construção: 3.966 UBS contratadas com inves-timentos total de 1 bilhão e 14 milhões; destas:

2.105 contratadas em 2011 do PAC 2 para 1.156 municípios, investimento de R$ 553 milhões.

1.861 contratadas em 2010/11 para 1.421 mu-

Quadro do Percentual de Equipes de Atenção Básica que Solicitaram Avaliação Externa – Junho 2012

nicípios, investimento de R$ 461 milhões. Reforma: 5.247 contratadas em 2011/2012

para 1.788 municípios – R$ 538 milhões. Ampliação – 5.459 ampliações contratadas

2012, em 2.265 municípios, investimento total de 548 milhões.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9023/9040Sítio: www.saude.gov.br/dab

3.4 núcleos de Apoio à Saúde da Família - nASFOs Núcleos de Apoio à Saúde da Família

(NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Bási-ca, bem como sua resolutividade. São constituídos por equipes compostas por profissionais de dife-rentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das Equipes Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais, etc.) e academia da saúde, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território destas equipes.

Os NASF devem buscar contribuir para a inte-gralidade do cuidado aos usuários do SUS princi-palmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitá-rios. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, cons-trução conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equi-pes, etc. Todas as atividades podem ser desenvolvi-das nas unidades básicas de saúde, academias da saúde ou em outros pontos do território.

Quando presente no NASF, o profissional sanita-rista pode reforçar as ações de apoio institucional e/ou matricial, ainda que as mesmas não sejam exclu-sivas dele, tais como: análise e intervenção conjunta sobre riscos coletivos e vulnerabilidades, apoio à dis-cussão de informações e indicadores e saúde (bem como de eventos-sentinela e casos-traçadores e anali-sadores), suporte à organização do processo de traba-

lho (acolhimento, cuidado continuado/programado, ações coletivas, gestão das agendas, articulação com outros pontos de atenção da rede, identificação de necessidades de educação permanente, utilização de dispositivos de gestão do cuidado, etc.).

Poderão compor os NASF 1 e 2 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Far-macêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médi-co Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médi-co Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Ge-riatra; Médico Internista (clínica médica), Médico do Trabalho, Médico Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte-educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissio-nal graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado direta-mente em uma dessas áreas.

Os municípios que aderirem ao NASF Tipo I receberão, do Ministério da Saúde, R$ 20 mil para a implantaçao do Núcleo e mais R$ 20 mil men-sais para o custeio das equipes. A modalidade Tipo II contará com R$ 8 mil para implementação do NASF e mais R$ 6 mil mensais de custeio. Os recursos serão repassados do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais de saúde. Os Mu-nicípios que tiverem mais de duas Equipes de Saú-de da Família poderão aderir ao NASF. As novas regras vão permitir que mais de 3,9 mil municípios possam contar com os NASF.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-5905Sítio: www.saude.gov.br/dab

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 15

3.5 Financiamento da Atenção BásicaINOVANDO NO DESENHO DO FINANCIAMENTO

O conjunto de Portarias publicadas no ano de 2011 permite afirmar que o financiamento federal da Aten-ção Básica ganhou novos conteúdos e contornos, em especial as Portarias nº 1.602, de 09/07/2011, que define os valores per capita do PAB Fixo; a nº 1.654, de 19/07/2011, que institui o Componente de Qua-lidade na Atenção Básica (PMAQ); a nº 2.206, de 12/09/2011, que institui o Programa de Requalifica-ção de Unidades Básicas de Saúde; e, finalmente, a nº 2.488, de 21/10/2011, que aprova nova Política Na-cional de Atenção Básica.

Até 2011, todos os municípios, independentemen-te de seus indicadores socioeconômico-demográficos, recebiam um mesmo valor per capita para a Atenção Básica estipulado em R$ 18,00 hab./ano. A Portaria nº 1.602 mudou isso! Instituiu um fator equitativo, ao co-meçar a levar em conta a situação socioeconômica-de-mográfica de cada um dos 5.565 municípios do Brasil, que foram distribuídos em quatro grupos; o primeiro, formado pelos menores municípios, mais pobres e com piores indicadores, passou a receber um per capita maior do que do grupo de maiores e mais ricos municípios.

O resultado é que esses menos favorecidos obti-veram um aumento acumulado (2012 ante 2010) de 38,8%, enquanto que para os mais ricos foi de 11,1%.

Isto representa mais recursos para quem tem as maiores dificuldades e as piores condições para en-frentá-las.

O PAB Variável foi mantido e segue induzindo a implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Conforme a Portaria nº 2.488, a ESF é compreendida como a estratégia prioritária de “expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica por favorecer uma re-orientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da Atenção Básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade”.

Foi ampliado o universo de modelagens de equipes reconhecidas como ESF e, portanto, financiadas pelo PAB Variável.

Isso permitiu maior adequação à diversidade do país, tanto em termos das distintas realidades municipais quanto das especificidades das populações atendidas.

Quadro do Número de NASF no Brasil Essa mudança permitiu enfrentar estagnação do crescimento da ESF, a média de crescimento pós-mu-dança constatada é 150% maior do que no ano passa-do e 60% maior do que a média dos últimos três anos.

Contudo, a mais importante inovação no desenho de financiamento foi criada no PAB Variável pela Por-taria nº 1.654/2011: o “Componente de Qualidade”. Ele garantiu aumento do repasse de recursos em fun-ção da contratualização de compromissos e do alcan-ce de resultados na concretização dos mesmos, tendo como referência padrões de acesso e qualidade pactu-ados de maneira tripartite. Perto de completar um ano de existência (19 de julho), já alcança 9,5% do total do PAB Variável e tem-se previsão de chegar a 15% em 2013, quando poderá ser universalizado a todas as equipes de Atenção Básica do país.

Fecha o novo desenho de financiamento da Aten-ção Básica uma parcela expressiva de recursos que, ar-ticulados ao Plano “Brasil Sem Miséria”, foram mobi-lizados para o Programa de Requalificação das UBS, instituído pela Portaria nº 2.206,de 14/09/2011, com seu primeiro componente, o de Reformas. Este Pro-

grama tem a ousada tarefa de mudar a cara da Aten-ção Básica à Saúde, ela que foi a Porta de Entrada do SUS para 81% dos usuários atendidos no sistema no último ano (DOGES/MS2012).

O Programa de Requalificação prevê mais de 3,5 bilhões de reais para responder a toda necessidade de reformas, ampliações e informatização de UBS do país, além de permitir a construção de novas.

Em síntese, o financiamento da Atenção Básica seguiu induzindo a mudança de modelo por meio da ESF e passou a garantir, proporcionalmente, mais re-cursos para os municípios que mais precisam, a valo-rizar aqueles que se empenham em alcançar melhores resultados, e a financiar a plena reestruturação da rede física modernização das UBS do Brasil.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9040/9023Sítio: www.saude.gov.br/dab

FaixaMunicípios 2010 2011 2012 2010-2012

Números Faixa

PercentualPopulação Co-

bertaPer capita Per capita Variação Per capita Variação Variação

1 3.903 70,1 47.622.048 R$ 18 R$ 23 27,80% R$ 25 8,70% 38,80%

2 1.116 20,1 30.110.882 R$ 18 R$ 21 16,70% R$ 23 9,50% 27,80%

3 390 7,0 42.145.219 R$ 18 R$ 19 5,60% R$ 21 10,50% 16,70%

4 156 2,8 70.854.545 R$ 18 R$ 18 0,00% R$ 20 11,10% 11,10%

Total 5.565 100,0 190.732.694 R$ 3,45 Bi R$ 3,70 Bi 7,20% R$ 4,13 Bi 11,60% 19,60%

3.6 programa de Valorização do profissional da Atenção Básica - proVABO Ministério da Saúde oferece incentivos aos

profissionais que desejam atuar em bairros caren-tes e cidades do interior do país. O Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (PROVAB) prevê benefícios para atuação nas Uni-dades Básicas de Saúde do SUS.

Na primeira edição, que teve início em março de 2012, o PROVAB firmará contrato de um ano com os profissionais que se inscreverem e forem convo-cados. Ao final desse período, os médicos que tive-rem uma boa avaliação de desempenho terão uma pontuação adicional de 10% na nota dos exames de residência médica. Durante toda a atuação nas uni-dades de saúde, os profissionais receberão tutoria

pelas instituições de ensino superior participantes, ou programas de residência em saúde da família e comunidade, que darão suporte presencial e à dis-tância por meio do programa Telessaúde.

Este é um programa desenvolvido com a par-ceria entre a SAS e Secretaria de Gestão do Traba-lho e da Educação na Saúde (SGTES).

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9044Sítio: www.saude.gov.br/dab

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 17

3.7 Academia da Saúde

O Programa Academia da Saúde estimula a criação de espaços adequados para a prática de atividade física, orientação nutricional, oficinas de artes cênicas, dança, palestras e demais atividades que promovam modos de vida saudáveis. São 2.007 academias habilitadas a receber incentivos pelo Ministério, que podem variar

entre R$ 80 mil (para porte básico), R$ 100 mil (para porte intermediário) e R$ 180 mil (para porte amplia-do). Para 1.683 pólos de academia da Saúde já foram pagas a 1ª parcela, no valor total de R$ 46.600.000,00. Este Programa é desenvolvido em parceria com a Se-cretaria de Vigilância em Saúde (SVS).

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9036Sítio: www.saude.gov.br/academiadasaude

3.8 programa Saúde na escolaO Programa Saúde na Escola (PSE) é uma Po-

lítica intersetorial dos Ministérios da Saúde e da Educação. A saúde e a educação das crianças, ado-lescentes, jovens e adultos da educação pública bra-sileira se unem para promover o desenvolvimento pleno desse público, aproveitando o espaço privile-giado da escola para práticas de promoção, preven-ção da saúde e construção de uma cultura de paz. A articulação entre Escola e Rede Básica de Saúde é, portanto, fundamental para o Programa Saúde na Escola. O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educação para o desenvolvimento da ci-dadania e da qualificação das políticas brasileiras.

A escola como um espaço de relações é ideal para o desenvolvimento do pensamento crítico e político, na medida em que contribui para a cons-trução de valores pessoais, crenças, conceitos e ma-neiras de conhecer o mundo e interfere diretamente na produção social da saúde.

As práticas em educação e saúde devem considerar os diversos contextos com o objetivo de realizar cons-truções compartilhadas de saberes sustentados pelas histórias individuais e coletivas, com papéis sociais dis-tintos – professores, educandos, merendeiras, portei-ros, pais, mães, avós, entre outros sujeitos –, produzin-do aprendizagens significativas e ratificando uma ética inclusiva. Desse modo, dimensionando a participação ativa de diversos interlocutores/sujeitos em práticas cotidianas, é possível vislumbrar uma escola que forma cidadãos críticos e informados com habilidades para agir em defesa da vida e de sua qualidade e que devem ser compreendidos pelas equipes de Saúde da Família (eSF) em suas estratégias de cuidado.

O PSE vem contribuir para o fortalecimento de ações na perspectiva do desenvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participa-ção em programas e projetos que articulem saúde e educação, para o enfrentamento das vulnerabili-dades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Essa iniciativa reconhece e acolhe as ações de integra-ção entre saúde e educação já existentes e que têm impactado positivamente na qualidade de vida dos educandos.

A escola é um espaço privilegiado para práticas de promoção de saúde e prevenção de doenças. A articulação entre escola e unidade de saúde é, por-tanto, uma importante demanda do PSE.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9091Sítio: www.saude.gov.br/pse

3.9 telessaúde

Um dos maiores desafios para a implementação da Atenção Básica é propiciar as condições para que ela seja resolutiva. Estratégias que possibilitem a educação permanente desses profissionais, bem como um canal de diálogo rápido e fácil com outros profissionais e serviços, podem ajudar na qualifica-ção do cuidado na Atenção Básica, na regulação da rede de serviços, e, por conseguinte, melhorar as condições de saúde da população.

O Telessaúde Brasil Redes na Atenção Básica é uma das estratégias integrantes da Política Na-cional de Educação Permanente do SUS desenvol-vida pela SGTES. Constitui-se enquanto uma rede que interliga gestores da saúde, instituições forma-doras e serviços de saúde do SUS, num processo de trabalho cooperado online. Isso permite agir de forma colaborativa, agilizando a identificação de problemas e soluções e reduzindo custos. A inte-gração entre instituições com áreas de excelência complementares em saúde e educação permite o compartilhamento de conteúdos educacionais e

assistenciais. Cada centro desenvolve sua área de excelência e a compartilha com outras instituições.

Atualmente estão em atividade os seguintes nú-cleos de Telessaúde, agindo em articulação com a rede de serviços de atenção à saúde em cada Estado:

Núcleo de Telessaúde do Amazonas, na Univer-sidade Estadual do Amazonas. Núcleo de Telessaúde do Ceará, na Universida-de Federal do Ceará.Núcleo de Telessaúde de Goiás, na Universida-de Federal do Goiás.Núcleo de Telessaúde de Minas Gerais, na Uni-versidade Federal de Minas Gerais.Núcleo de Telessaúde de Pernambuco, na Uni-versidade Federal de Pernambuco.Núcleo de Telessaúde do Rio de Janeiro, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina, na Universidade Federal de Santa Catarina.Núcleo de Telessaúde de São Paulo, na Univer-sidade de São Paulo.Núcleo de Telessaúde do Tocantins, na Univer-sidade Federal do Tocantins.Núcleo de Telessaúde do Mato Grosso do Sul, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

CONTATO:Telefone: +55 (61) 3315-5905www.telessaudebrasil.org.br

3.10 consultório na rua

A responsabilidade pela atenção à saúde da po-pulação de rua, como de qualquer outro cidadão, é de todo e qualquer profissional do SUS com desta-que especial para a Atenção Básica. Em situações específicas, com o objetivo de ampliar o acesso des-tes usuários à rede de atenção e ofertar de maneira mais oportuna à atenção integral à saúde, pode-se

lançar mão das equipes dos consultórios na rua, que são equipes da Atenção Básica compostas por profissionais de saúde, com responsabilidade ex-clusiva de articular e prestar atenção integral à saú-de das pessoas em situação de rua.

A nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) propõe ações para populações específicas, dentre estas a população em situação de rua, crian-do através das portarias nº 122 e nº 123 equipes es-pecíficas para a atenção integral à saúde, denomi-nada consultório na rua (eCR). Sendo as eCR um dos componentes da Atenção Básica na Rede de Atenção Psicossocial. A equipe dos consultórios

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 19

na rua somam duas experiências para a atenção à saúde desta população, a experiência dos consul-tórios de rua (política nacional de saúde mental) e a experiência de municípios que implementaram equipes de saúde da família para população sem domicílio. O objetivo do Governo Federal é am-pliar o acesso ao SUS para essas populações e ofer-tar, para esses usuários, atenção integral à saúde.

As equipes dos consultórios na rua são equipes multiprofissionais que deverão realizar ações in loco e de forma itinerante, com ações compartilhadas e integradas às unidades básicas, Centro de Aten-ção Psicossocial (CAPS), dos serviços de urgência e emergência e outros pontos de atenção, deverão cumprir carga horária mínima semanal de 30 horas e o período de atuação delas deverá ser adequado à demanda das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno e em to-dos os dias da semana. Outra mudança é na forma de financiamento destas equipes, que passa a ser

feito por meio de repasses financeiros do fundo na-cional de saúde para os fundos municipais de saúde (e, não mais, por meio de editais).

MODALIDADES E VALORES DOS INCENTI-VOS FEDERAIS:

eCR da Modalidade I será repassado o valor de R$ 9.500,00 (nove mil e quinhentos reais) por mês;eCR da Modalidade II será repassado o valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais) por mês; eeCR da Modalidade III será repassado o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) por mês.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-5905Sítio: www.saude.gov.br/dab

3.11 melhor em casa: A Segurança do Hospital no conforto do seu lar

O Melhor em Casa (Atenção Domiciliar) tem como objetivo ofertar atendimento qualificado no domicílio com vistas à humanização da atenção, redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuá-rios internados, a desinstitucionalização e a am-pliação da autonomia dos usuários. O programa está articulado com as RAS (Saúde Mais Perto de Você e Saúde Toda Hora), estratégia do Governo Federal, em parceria com estados e municípios, para ampliar e/ou qualificar a assistência na Aten-ção Básica, nos serviços de urgência e emergência no SUS e nos serviços hospitalares.

Destina-se a atender pacientes egressos dos ser-viços de urgência e emergência, serviços hospita-lares, oriundos da Atenção Básica e/ou demanda espontânea.

O Melhor em Casa é um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências

A Atenção Domiciliar se constitui em uma

nova modalidade de atenção à saúde, substitu-tiva ou complementar às já existentes, caracteri-zada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e rea-bilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às RAS. Propõe-se a reorganizar o processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na Atenção Básica, ambulatorial e hospitalar, com vistas à humanização da atenção, à redução da demanda por atendimento hospitalar e/ou redu-ção do período de permanência de usuários in-ternados, à desinstitucionalização e à ampliação da autonomia dos usuários.

Está organizada em três modalidades (AD1, AD2 e AD3), definidas a partir da caracterização do paciente e do tipo de atenção e procedimentos utilizados para realizar o cuidado dos mesmos.

Como credenciar as Equipes de Atenção Do-miciliar – passo a passo:

1) Gestor Elabora Detalhamento do Componen-te Atenção Domiciliar do Plano de Ação da Rede de Urgência e Emergência + Projeto de Implanta-ção da AD de acordo com a Portaria nº 2.527.

2) Gestor submete à CIB (ou Colegiado de Ges-

tão da Secretaria de Saúde do DF) e à CIR.3) Gestor encaminha Detalhamento do Compo-

nente AD + Projeto de Implantação da AD para CGAD/DAB/SAS/MS.

4) CGAD realizada a análise dos documentos en-viados pelo gestor e publica portaria específica, habi-litando estabelecimentos, com seus respectivos SAD.

5) Gestor local cadastra as equipes (EMAD e EMAP) no SCNES.

6) Início do repasse dos recursos.

Obs.: as resoluções da CIB e da CIR são neces-sárias para o início do repasse do custeio e não para a habilitação.

Figura1 – Mapa de implantação da AD nos Estados

Legislação: Portaria GM/MS nº 2.527, de 27 de outubro de 2011, disponível no site: www.saude.gov/dab

Contatos: Coordenação Geral de Atenção Do-miciliar/ DAB/SAS/MS

Correio eletrônico: [email protected]: (61)33159052 e 33159030

O Governo Federal vai repassar, por mês, R$ 34,5 mil para o custeio das equipes princi-pais (EMAD) e R$ 6 mil para as equipes de apoio (EMAP). Os repasses do Ministério não ex-

cluem a possibilidade de aporte de recursos pelos gestores locais.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9030Sítio: www.saude.gov.br/dab

PA MA RN

PEPICE

BA

MS

RS

PB

ALAC

AM

RO

RRAP

TOMT

GOMG

SP

PR

SC

DF

SE

ES

RJ

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 21

4. redeS de Atenção à SAúde temáticAS A rede de atenção á saúde temática deve se or-

ganizar a partir da necessidade de enfrentamentos de vulnerabilidades, agravos ou doenças que aco-metam as pessoas ou as populações.

Após pactuação tripartite, em 2011, foram prio-rizadas as seguintes redes temáticas:

Rede Cegonha, que tem um recorte de atenção à gestante e de atenção à criança até 24 meses.

Rede de Atenção às Urgências e Emergências. Rede de Atenção Psicossocial (com priorida-

de para o Enfrentamento do Álcool, Crack, e outras Drogas).

Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas: iniciando-se pelo câncer (a partir da intensificação da prevenção e controle do cân-cer de mama e colo do útero).

Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência.

Todas as redes também são transversalizadas pelos temas: qualificação e educação; informa-

ção; regulação; e promoção e vigilância à saúde.

LÓGICA COMUM DAS PORTARIAS DE REDES TEMÁTICAS

Na conformação das redes temáticas, tentou-se imprimir as seguintes lógicas:

- identificação dos componentes das redes temá-ticas e suas formas de articulação;

- estabelecimento de fases para a implementação das redes, constando nas portarias específicas os pas-sos necessários para o cumprimento das fases, como

pode ser visto, como exemplo, na figura seguinte.Nem todas as redes identificaram a necessi-

dade de todas as fases construídas inicialmente: diagnóstico e adesão; desenho da rede regional; contratualização dos pontos de atenção; qualifi-cação dos componentes/pontos de atenção; e cer-tificação da rede.

Quali�cação/Educação

Informação

Regulação

Promoção e Vigilância à Saúde Rede

Cego

nha

Rede

de A

tenç

ão Ps

icoss

ocia

l

ATENÇÃO BÁSICA

Rede

de A

tenç

ão às

Ur

gênc

ias e

Emer

gênc

ias

Rede

de A

tenç

ão às

Doe

nças

e Con

diçõ

es Cr

ônica

ss

Rede

de C

uida

do à

Pess

oaco

m D

e�ciê

ncia

As Redes de Atenção à Saúde - RAS

4.1 rede cegonha

A Rede Cegonha é uma rede de cuidados que as-segura:

às mulheres: o direito ao planejamento repro-dutivo, a atenção humanizada à gravidez, par-

to, abortamento e puerpério. às crianças: direito ao nascimento seguro,

crescimento e desenvolvimento saudáveis.Tem como objetivos:

Novo modelo de atenção ao parto, nascimen-to e à saúde da criança.

Rede de atenção que garanta acesso, acolhi-mento e resolutividade.

Redução da mortalidade materna e neonatal.

Diretrizes da Rede Cegonha:1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do PRÉ-NATAL. 2. Garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro. 3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao PARTO E AO NASCIMENTO. 4. Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade. 5. Garantia da ampliação do acesso ao PLANE-JAMENTO REPRODUTIVO.

Atos Normativos da Rede Cegonha: PORTARIA Nº 1.459, DE 24 DE JUNHO

Fases de Implementação da Rede Temática de Atenção à Saúde

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 23

DE 2011: Institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha.

PORTARIA Nº 2.351, DE 5 DE OUTUBRO DE 2011: Altera a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha.

PORTARIA Nº 650, DE 5 DE OUTUBRO DE 2011: Dispõe sobre os Planos de Ação Re-

gional e Municipal da Rede Cegonha.

CONTATO:Área Técnica de Saúde da Mulher Correio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3306.8101 Sítio: www.saude.gov.br/redecegonha

4.2 rede de Atenção às urgências e emergências: Saúde toda Hora

A organização da Rede de Urgência e Emer-gência (RUE) tem a finalidade de articular e inte-grar todos os equipamentos de saúde com objeti-vo de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência/emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna.

Componentes e Interfaces da Rede de Atenção às Urgências e Emergências

Promoção e prevenção. Atenção primária: unidades básicas de saúde. UPA e outros serviços com funcionamento 24h. SAMU 192. Portas hospitalares de atenção às urgências –

SOS Emergências. Enfermarias de Retaguarda e Unidades de

Cuidados Intensivos. Inovações tecnológicas nas linhas de cuidado

prioritárias: AVC, IAM, Traumas.

DOMICÍLIO

MATERNIDADE

HOSPITAL MATERNIDADE DE RISCO

CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA

CENTRO DE PARTO NORMAL

UBS

UNIDADE BÁSICADE SAÚDE

Atenção domiciliar – Melhor em Casa.

Buscando sempre o acolhimento com classifi-cação de risco e resolutividade

Portarias: PORTARIA Nº 1.600, DE 07 DE JULHO

DE 2011: Reformula a Política Nacional de Aten-ção às Urgências e Institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS.

PORTARIA Nº 1.601, DE 7 DE JULHO DE 2011: Estabelece diretrizes para a implanta-ção do componente Unidades de Pronto Aten-dimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgên-cias, em conformidade com a Politica Nacional de Atenção às Urgências.

PORTARIA Nº 2.026, DE 24 DE AGOSTO DE 2011: Aprova as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação Médica das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências.

PORTARIA Nº 2.029, DE 24 DE AGOSTO de 2011: Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS.

CONTATOCoordenação Geral de Urgência e Emergência (CGUE/SAS/MS)Correio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9210Sítio: www.saude.gov.br/saudetodahora

Promoção/Prevenção

Unidade Básica de Saúde

UBS

SE BEBER,

NÃO DIRIJA

HOSPITALUAVE - Unidade De Atenção Ao Acidente Vascular Encefálico

UCO - Unidade Coronariana

Enfermaria de leitos de crônicos

Enfermaria de leitos clínicosEnlei

Unidades de Tera-pia Intensiva para pacientes críticos

Unidade de Saúde com Sala de Estabilização

Central de RegulaçãoSAMU

Atenção Domiciliar

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 25

FORÇA NACIONAL DO SUS A Força Nacional do SUS foi criada em 2011 para agir no atendimento a vítimas de desastres na-turais, calamidades públicas ou situações de riscos epidemiológicos que exijam uma resposta rápida e coordenada, apoio logístico e equipamentos ade-quados de saúde.

É uma ação coordenada conjuntamente pela SAS, SVS e Secretaria Executiva (SE).

SOS EMERGÊNCIAS

OBJETIVO: apoiar a unidade hospitalar para a melhoria da gestão e da qualidade assistencial, atra-vés da implantação dos dispositivos da classificação de risco, gestão de leitos, implantação de protocolos clínico-assistenciais e administrativos, adequação da estrutura e ambiência hospitalar, regulação e arti-culação com o sistema de saúde.

Unidades do SOS Emergências em 2011

MUNICÍPIO UNIDADESALVADOR HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOSFORTALEZA INSTITUTO JOSÉ FROTA CENTRALRECIFE HOSPITAL DA RESTAURAÇÃOGOIÂNIA HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA HUGOBRASILIA HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERALSÃO PAULO SANTA CASA DE SÃO PAULOSÃO PAULO HOSPITAL SANTA MARCELINARIO DE JANEIRO HOSPITAL MIGUEL COUTORIO DE JANEIRO HOSPITAL ALBERT SCHWEITZERBELO HORIZONTE HOSPITAL JOÃO XXIIIPORTO ALEGRE HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

4.3 rede de Atenção psicossocial - rApSDIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da cidadania.

Promoção da equidade, reconhecendo os de-terminantes sociais da saúde.

Garantia do acesso e da qualidade dos servi-ços, ofertando cuidado integral e assistência multi-profissional, sob a lógica interdisciplinar.

Ênfase em serviços de base territorial e comunitá-ria, diversificando as estratégias de cuidado, com partici-pação e controle social dos usuários e de seus familiares.

Organização dos serviços em RAS regionali-zada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado.

Desenvolvimento da lógica do cuidado cen-

trado nas necessidades das pessoas com transtor-nos mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas.Eixos Estratégicos para Implementação da Rede:

Eixo 1: Ampliação do acesso à rede de aten-ção integral à saúde mental.

Eixo 2: Qualificação da rede de atenção inte-gral à saúde mental.

Eixo 3: Ações intersetoriais para reinserção social e reabilitação.

Eixo 4: Ações de prevenção e de redução de danos.

Busca-se, portanto, a construção de serviços dife-rentes para as diferentes necessidades.

Portarias publicadas: Portaria nº 3.088, de 23.12.2011 – Institui a

Rede de Atenção Psicossocial no SUS – RAPS (re-publicada em 31.12.2011);

Portaria nº 3.089, de 23.12.2011 – Dispõe sobre o financiamento dos CAPS no âmbito da RAPS (republicada em 31.12.2011).

Portaria nº 3.090, de 23.12.2011 – Dispõe so-bre o repasse de incentivo de custeio para Serviços Residenciais Terapêuticos – SRT (republicada em 31.12.2011).

Portaria nº 121, de 25.01.2012 – Institui Uni-dade de Acollhimento – UA.

Portaria nº 122, de 25.01.2012 – Define dire-trizes para os Consultórios na Rua – CR.

Portaria nº 123, de 25.01.2012 – Define crité-rios de cálculo de equipes de CR.

Portaria nº 131, de 26.01.2012 – Institui incen-tivo financeiro de custeio para apoio aos Serviços de Atenção em Regime Residencial, incluídas as Comunidades Terapêuticas.

Portaria nº 132, de 26.01.2012 – Institui in-centivo financeiro de custeio para o componente Reabilitação Psicossocial.

Portaria nº 148, de 31.01.2012 – Define normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência do Componente Hospitalar da RAPS e institui incentivos financeiros de investimento e custeio.

A operacionalização da RAPS está sendo ini-ciada nas regiões priorizadas no Plano de Enfrenta-mento ao Crack (“Crack, é possível vencer”).

Em 2012, foram realizadas visitas do Ministério da Saúde a todos os estados da federação para pac-tuação da RAPS e instituição dos grupos conduto-res com gestores estaduais e municipais.

As ações de saúde do Plano de Enfrentamento ao Crack, Álcool e Outras Drogas estão inseridas no âmbito da formação da RAPS.

As ações de saúde (eixo cuidado) do Plano estão articuladas com ações de assistência social, preven-ção, formação e segurança (polícia comunitária) coordenadas entre União, Estados e Municípios.

CONTATO:Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras DrogasCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9144/9140/9143 Sítio: saude.gov.br/mental

CONSULTÓRIO NA RUA

UNIDADE DEACOLHIMENTOTERAPÊUTICO TRANSITÓRIO

CATT I

ENFERMARIAS ESPECIALIZADAS

EM ÁLCOOL E DROGAS

CENTRO ESPECIALIZADOEM ÁLCOOL E DROGAS

NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

NASF

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

EQUIPE DE AB DE APOIO ÀS CT

CONSULTÓRIONA RUA

COMUNIDADE TERAPÊUTICA

CENTRO DE ATENÇÃOPSICOSSOCIAL

UNIDADE DEACOLHIMENTOTERAPÊUTICO TRANSITÓRIO

CATT II

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 27

4.4 rede de Atenção às doenças e condições crônicasA organização da Rede de Atenção às Pessoas

com Doenças Crônicas tem por objetivos gerais:

1. Fomentar a mudança do modelo de atenção à saúde, fortalecendo o cuidado às doenças crô-nicas. 2. Garantir o cuidado integral às pessoas com doenças crônicas.3. Impactar positivamente nos indicadores rela-cionados às doenças crônicas. 4. Contribuir para promoção da saúde da popu-lação e prevenir o desenvolvimento das doenças crônicas e suas complicações.

Neste momento, para a organização da rede, se-rão priorizados os seguintes eixos temáticos, dentro dos quais serão desenvolvidas as linhas de cuidado para as doenças mais prevalentes:

Doenças Renocardiovasculares. Diabetes. Obesidade. Doenças Respiratórias Crônicas. Câncer (Mama e Colo de Útero).

O início da operacionalização da rede está sen-do feita através do fortalecimento das ações de pre-venção, diagnóstico e tratamento do câncer do colo de útero e de mama.

4.5 rede de cuidado à pessoa com deficiência OBJETIVOS DA REDE:

Ampliar o acesso e qualificar atendimento às pes-soas com deficiência no SUS, com foco na organi-zação de rede e na atenção integral à saúde, que contemple as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual e ostomias.

Ampliar a integração e articulação dos serviços de reabilitação com a rede de atenção primária e outros pontos de atenção especializada.

Desenvolver ações de prevenção de deficiências na infância e vida adulta.

Componentes da Rede de Reabilitação:1. CER - Centro Especializado em Reabilitação.

2. Oficinas Ortopédicas: local e itinerante.3. Centros-Dia.4. Serviços de Atenção Odontológica para Pes-soas com Deficiência. 5. Serviço de Atenção Domiciliar no âmbito do SUS. 6. Atenção Hospitalar.

PORTARIAS PUBLICADAS: Portaria n.º 793, de 24 de abril de 2012, que ins-

titui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Âmbito do SUS.

Portaria n.º 835, de 25 de abril de 2012, que ins-

EIXOS

Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero.

Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama.

Ampliação e Fortalecimento da Rede Oncológica.

EIXOS TRANSVERSAIS

Difusão de informação e mobilização social. Informação epidemiológica – melhoria dos siste-

mas de informação e vigilância do câncer.

[email protected]: 3315- 9052www.saude.gov.br/dab

titui incentivo financeiro de investimento e custeio para o componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Âmbito do SUS.

CONTATO:Área Técnica da Pessoa com Deficiência Correio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9113Sítio: saude.gov.br/deficiencia

CERNo mínimo 2 modalidades de reabilitação

Pode contar com até 4 modalidades de reabilitação

Leitos de Reabilitação

Serviços de Referência em Alta Complexidade

O�cina Ortopédica

Centro Dia

Serviços de de Reabilitação

Centro de Referência da Assistência Social

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 29

5. projetoS eStrAtégicoSAlém das Redes de Atenção à Saúde, a SAS também é responsável por coordenar importantes pro-

jetos, destacando-se, dentre outros: Brasil Sorridente, Olhar Brasil, Cirurgias Eletivas, Brasil Carinhoso (Nutrição) e o Projeto Qualisus Redes (Componente 1).

5.1 Brasil Sorridente (Saúde Bucal)Por meio do Programa Brasil Sorridente, todo

brasileiro pode receber tratamento dentário de graça. Uma ação inédita do programa no ano passado

foi que o Ministério da Saúde passou a financiar tratamentos ortodônticos, como a colocação de apa-relhos bucais, e a colocação de implantes dentários.

Esses procedimentos são realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). Os CEOs tam-bém expandiram, chegando ao número de 891 em 725 municípios. Esses centros realizam tratamentos especializados, como canal, tratamento de gengiva e cirurgias orais. Quem precisa de uma prótese também pode contar com um dos 820 Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias credenciados. O repasse pago por prótese para os municípios foi ampliado, passando de 60 para 100 reais. Essas ações permitiram um aumento de 60% na produção de próteses dentárias, comparando os primeiros semestres de 2010 e 2011.

O Programa Brasil Sorridente possui diversos serviços diferenciados que vêm alcançando cada vez mais as comunidades das localidades mais distantes do país.No ano de 2011 foram entregues 100 uni-dades odontológicas móveis. Cada veículo realiza até 350 atendimentos/mês e executa todos os trata-mentos de um consultório tradicional. Este modelo beneficia municípios com dificuldade de acesso aos serviços de saúde.

As equipes de Saúde Bucal estão presentes em 4.888 municípios e são 21.508 equipes atuando nas diversas Unidades Básicas de Saúde espalhadas pelo país. Essas equipes recebem recursos mensais do Ministério da Saúde (variando de R$2.230,00 a R$ 2.980,00 dependendo da modalidade) e, a partir de 2011, toda nova equipe passou a receber a doação da cadeira odontológica para seu trabalho, desoneran-do os municípios deste custo.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9056 Sítio: www.saude.gov.br/bucal

5.2 olhar BrasilO Projeto Olhar Brasil encontra-se em conso-

nância com o programa nacional de saúde nas es-colas, que tem como uma de suas principais finali-dades: promover a saúde, trabalhando a prevenção de doenças na comunidade e o apoio à inclusão escolar.

Buscando dar respostas a esses problemas e, re-conhecendo as dificuldades de acesso da popula-ção brasileira não só à consulta oftalmológica, mas também à aquisição dos óculos, os Ministérios da Saúde e da Educação lançaram o Projeto Olhar

Brasil, através da Portaria Interministerial nº 15, de 24 de abril de 2007.

Em 2009, com a publicação da Portaria SAS nº 254/2009, foram definidos critérios para a opera-cionalização do Projeto Olhar Brasil pelos estados e municípios.

Desde a implantação do Projeto, de 2008 a 2011, foram realizados 1.983.104 procedimen-tos relativos ao Olhar Brasil com um recurso de R$ 10.522.534,37 em, aproximadamente, 543 mu-nicípios participantes.

O Projeto está sendo redesenhado para 2012-2014 com foco no Programa Brasil Sem Miséria, mantendo a prioridade de atendimento para os alu-nos do ensino fundamental e alfabetizandos do Pro-grama Brasil Alfabetizado. Este é um Projeto levado de forma articulada entre a Coordenação Geral de Média e Alta Complexidade e o Departamento de Atenção Básica, que estão discutindo a nova pro-posta de reordenação do Projeto Olhar Brasil.

Visando priorizar o atendimento em regiões com maior miserabilidade, com foco no plano “Brasil sem Miséria”, o Projeto Olhar Brasil busca-rá garantir assistência dos escolares dos municípios

elencados com mais baixa renda. Desta forma, irá garantir a equidade e a redução de diferenças em virtude de desigualdades que possam prejudicar ainda mais o desenvolvimento intelectual e pessoal do cidadão e crianças em fase de aprendizagem.

Para tal, foram planejadas novas estratégias de assistência para os alunos do PSE e do Programa Brasil Alfabetizado (PBA).

Está sendo elaborada uma Portaria do Olhar Brasil definindo as diretrizes de adesão ao Projeto, com facilitação para promoção do atendimento pe-los gestores tanto no PSE, quanto no PBA.

Uma vez que foi pactuado que os atendimen-tos do Projeto Olhar Brasil iniciarão nas capitais dos estados do Programa Brasil sem Miséria, para o ano de 2012 espera-se a realização de 159.928 consultas oftalmológicas do Projeto, bem como a distribuição de 48.713 óculos.

CONTATO:Coordenação Geral de Média Complexidade Correio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-2084

5.3 cirurgias eletivasO objetivo do Projeto é ampliar o acesso a cirur-

gias eletivas e reduzir as filas e tempos de espera. Em setembro de 2011 foi publicada a Portaria

GM nº 2.318, que além de instituir a ampliação do acesso às cirurgias eletivas incluindo novas especia-lidades como prioritárias, estabeleceu a alocação adicional de R$ 50 milhões para municípios com 10% ou mais da população em situação de extre-ma pobreza, visando ampliar o acesso, em especial, nessas regiões.

A mesma portaria definiu, ainda, que os re-cursos financeiros passam a ser distribuídos não

mais por projetos e sim a partir da programação da oferta de cirurgias eletivas relacionadas a qualquer dos componentes conforme realidade local, desde que pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de cada estado.

A nova política foi resultado de ampla discussão com especialistas e da aprovação de fóruns intergo-vernamentais do SUS e apresentou capilaridade e abrangência necessárias para garantir o atendimen-to aos brasileiros em todos os estados.

Resultados obtidos:1) Em relação à produção

Número de Cirurgias Eletivas Financiadas pelo FAEC, por especialidade. 2010 e 2011

Grupo de ProcedimentosQuantidade de Cirurgias realizadas no FAEC

2010 2011 Variação absoluta Variação percentualCatarata (comp. I) 86.005 168.945 82.940 96,44%Oftalmologia (Comp. II) 595 1.719 1.124 188,91%Ortopedia (Comp. II) 318 637 319 100,31%Otorrinolaringologia (C. II) 5.497 7.376 1.879 34,18%Urologia (Comp. II) 1.040 1.277 237 22,79%Vascular (Comp. II) 10.158 15.139 4.981 49,04%Outros (Comp. III) 106.000 150.720 44.720 42,19%Total 209.613 345.813 136.200 64,98%

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 31

O quadro anterior demonstra que a nova estra-tégia trouxe considerável melhoria do acesso da população às cirurgias eletivas, com consequente redução das filas de espera nas especialidades com maior dificuldade de realização na rotina dos ser-viços, em especial nas áreas de oftalmologia com um aumento na oferta de cirurgias eletivas de 188,91%, ortopedia com um aumento de 100,31% e de 96,44% especificamente para catarata.

2) Em relação ao financiamentoEstima-se que cerca de 20% das cirurgias eletivas

realizadas são financiadas com recursos do Fundo de Ação Estratégica e Compensação (FAEC), por meio de estratégias especiais, em geral de forma excepcio-nal. O restante é realizado com os recursos progra-mados e executados sob a gestão dos estados e mu-nicípios rotineiramente dentro de suas possibilidades.

O montante de recursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para realização dos procedi-mentos cirúrgicos eletivos, financiados pelo FAEC nesse período foi estabelecido por meio de duas Portarias GM nº 1.919/10 e nº 2.318/11, que tota-lizou R$ 366.301.842,27 (trezentos e sessenta e seis milhões, trezentos e um mil, oitocentos e quarenta e dois reais e vinte e sete centavos).

Destes, R$ 200.000.000,00 foram transferidos em parcela única, excepcionalmente na competên-cia setembro/2011 para aperfeiçoamento da orga-nização das estratégias de melhoria do acesso até junho de 2012 e o restante, R$ 166.301.842,27 foi transferido aos Estados e Municípios, após apura-ção da produção nos Bancos de Dados dos Siste-mas de Informações Ambulatoriais e Hospitalares.

A liberação destes recursos possibilitou aos Esta-dos e Municípios realizarem, em 2011, com recur-sos extra teto, 345.813 cirurgias eletivas, a um custo de R$ 183.805.510,47 (cento e oitenta e três milhões, oitocentos e cinco mil, quinhentos e dez reais e qua-renta e sete centavos). Assim, a redefinição da es-tratégia da Política Nacional de Cirurgias Eletivas e o aporte de recursos com financiamento específico proporcionaram um crescimento de mais 136.200 no número de cirurgias eletivas realizados em 2011 em comparação ao exercício de 2010.

O que muda com a Portaria nº 1.340, de 29 de junho de 2012, que define a estratégia de aumento do acesso aos procedimentos cirúrgicos eletivos no âmbito do SUS para 2012 e 2013:

Revoga a Portaria GM/MS nº 2.318, de 30 de setembro de 2011, mas mantém os componentes:

A nova estratégia de ampliação dos procedimen-tos eletivos financiados pelo FAEC que inova ao disponibilizar um incentivo adicional de 50% sobre a produção, com o objetivo de viabilizar a atenção integral, considerando-se exames complementa-res, gestão de equipes e da estrutura necessária à implementação da proposta, permite sem dúvida, melhor adequação às realidades regionais e locais. A estratégia definida garante ainda incentivos nos municípios com 10% ou mais da população em si-tuação de extrema pobreza e, ainda, busca a equi-dade no acesso aos serviços de saúde.

Mesmo reconhecendo seu caráter ainda parcial na solução do problema de formação de filas de espera, é inegável sua importância na garantia de acesso a amplas parcelas da população que resi-dem em áreas geográficas com maior dificuldade de oferta desses serviços.

É importante destacar sua importância também como estratégia de organização de serviços na me-dida em que abre a oportunidade para paulatina-mente alguns desses serviços continuem em fun-cionamento de forma rotineira e integrada à rede de atenção regional, evitando a formação de novas filas de espera. Um dos objetivos da organização de estratégias excepcionais de oferta de cirurgias eleti-vas com recursos do Fundo de Ações Estratégicas é que estas venham a ser integradas e instituciona-lizadas na rede de ações de saúde.

5.4 Alimentação e nutrição: Brasil carinhoso

Com o objetivo de tirar da pobreza absoluta to-das famílias brasileiras que tenham crianças com até 6 anos de idade, a presidenta Dilma Rousseff lançou a ação Brasil Carinhoso. O programa faz parte do Plano Brasil Sem Miséria e une esforços para ampliar a cobertura de saúde para as crianças, facilitar o acesso às creches e aumentar a renda de mais de dois milhões de famílias que vivem em ex-trema pobreza.

O Brasil Carinhoso também tem ações de suple-mentação nutricional (sulfato ferroso + vitamina A). Com isso, o Governo Federal pretende diminuir em 10% os casos de anemia e em 5% a deficiência de vitamina A nas crianças menores de cinco anos.

Programa Nacional de Suplementação de Vi-tamina A

Atualmente o Programa Nacional de Suple-mentação de Vitamina A prevê a administração de suplemento (megadoses de vitamina A) para as crianças de 6 a 59 meses de idade residentes em regiões endêmicas (Nordeste, alguns municípios da Amazônia Legal e Estado de Minas Gerais (Região Norte, Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri). O Programa atualmente atende 2.052 municípios e beneficia 4.902.034 crianças.

O programa consiste na suplementação preven-tiva com megadoses de vitamina A, de 100.000 UI, às crianças de 6 a 11 meses e com megadoses de vitamina A, de 200.000 UI, às crianças de 12 a 59 meses e às puérperas.

Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, 2006, a deficiência global de vitamina A nas crianças brasileiras menores de 5 anos é de 17,4% e nas regiões Sudeste 21,6%, Nordeste

19%, Centro-Oeste 11,8%, Norte 10,7% e Sul 9,9%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a prevalência observada é considera-da um problema de saúde pública moderado e, portanto, recomenda a suplementação de mega-dose de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade.

Acrescenta-se a esse cenário as evidências cien-tíficas que apontam a suplementação preventiva de Vitamina A com a potencialidade para reduzir:

o risco de morte em crianças em 24%; o risco de mortalidade por diarreia em 28%; o risco de mortalidade por todas as causas em

crianças HIV positivo em 45%.

Com o lançamento da Ação Brasil Carinho-so, em maio de 2012, o Programa será ampliado ainda este ano. Além das áreas até então cobertas, atenderá 100% dos municípios da região Norte e os municípios do Programa Brasil Sem Miséria (BSM) pertencentes às regiões Centro-Oeste, Su-deste e Sul e 100% dos DSEIs (Distrito Sanitário Especial Indígena). Com a expansão, o Programa passa a atender 3.034 municípios e 7.814.405 crian-ças de 6 a 59 meses.

A distribuição dos suplementos é realizada de forma universal e gratuita às unidades de saúde que conformam a rede do SUS. O público assistido é também orientado acerca de uma alimentação sau-dável e sobre a importância do consumo de alimen-tos fontes de vitamina A.

A produção/distribuição dos insumos é fei-ta pelo Laboratório Farmanguinhos da Fiocruz (RJ). Após receber os suplementos de Farman-guinhos, o município deve capacitar as equipes de saúde, que identificam e acompanham o público assistido no Programa. Cada município adota a sua estratégia para a identificação da população que será atendida e rotineiramente acompanhada, podendo ser:

Por demanda espontânea nas unidades de saúde (identificação durante as consultas regu-lares do crescimento e desenvolvimento infantil e do pré-natal);

Por busca ativa, realizada por meio dos agentes comunitários de saúde, equipe Saúde da Família;

Em campanhas de vacinação e em maternidades;

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 33

Por meio da indicação de parceiros que atuam na prevenção e controle dos distúrbios nutricio-nais em nível local, por exemplo, os líderes da Pastoral da Criança, entre outras.

Legislação:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 729/GM, de 13 de maio de 2005. Institui o Programa Na-cional de Suplementação de Vitamina A, e dá outras providências. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

Programa Nacional de Suplementação de Ferro

O Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) consiste na suplementação preven-tiva de ferro para crianças, gestantes e mulheres no pós-parto e pós-aborto. O PNSF, juntamente com a fortificação obrigatória das farinhas de tri-go e milho com ferro e ácido fólico e a orientação nutricional, constituem o conjunto de estratégias voltadas para o controle e redução da anemia por deficiência de ferro no país. A anemia é a carên-cia nutricional de maior magnitude no mundo. De acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e

Saúde (PNDS - 2006), a prevalência de anemia é de 20,9% em crianças menores de cinco anos e de 29,4% em mulheres em idade fértil.

O público a ser atendido pelo programa: todas as crianças de 6 a 18 meses de idade, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres no pós-parto e pós-aborto.

Até o final de 2012 o Programa será remodela-do, com vistas a potencializar as ações de preven-ção e controle da anemia.

Legislação:

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 730/GM, de 13 de maio de 2005. Institui o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, destinado a prevenir a anemia ferropriva, e dá outras providên-cias. Brasília-DF, 2005.

CONTATO:Departamento de Atenção BásicaCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9004/9003Sítio: www.saude.gov.br/nutricao

5.5 o projeto QualiSuS redesO Projeto QualiSUS Redes é uma proposta de

intervenção para apoio à organização de redes re-gionalizadas de atenção à saúde no Brasil e se trata de um projeto de cooperação entre o Banco Mun-dial e o Ministério da Saúde, com a participação da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.

Destina-se à implantação de quinze experiên-cias das RAS nos vários estados brasileiros, sendo dez experiências em regiões metropolitanas e cinco em regiões não metropolitanas. Resulta de um am-plo processo de discussão que envolveu, no âmbito do Comitê Técnico do Projeto, representantes de todas as secretarias do Ministério da Saúde, além de técnicos do Banco Mundial e da equipe técnica do Projeto.

O Projeto QualiSUS redes é composto por três componentes:

Componente A – Qualificação do Cuidado e Organização das RAS: abrange o apoio a inicia-tivas de qualificação do cuidado e organização de redes de atenção à saúde em regiões selecionadas, propostas pelos gestores estaduais em articulação com os gestores municipais de saúde por meio de subprojetos.

Componente B – Intervenções Sistêmicas Estra-tégicas: contempla o desenvolvimento de interven-ções sistêmicas estratégicas, centradas em priorida-des nacionais, e de apoio à implantação de redes de atenção e à qualificação de cuidados em saúde.

Componente C – Gestão do Projeto: compreen-de a organização e o financiamento de atividades

relacionadas à administração geral do projeto.O DARAS, representando a SAS, é o responsá-

vel pela condução do componente A.Houve uma grande discussão sobre os critérios

para a escolha das 15 regiões, com envolvimento de CONASS, CONASEMS e gestores dos terri-tórios, ao final chegando-se nas seguintes regiões escolhidas:

1- Ride Teresina/PI2- RM Recife/PE3- RM Belém/PA4- Ride DF e Entorno/DF5- RM Rio de Janeiro/RJ6- RM Curitiba/PR7- RM Belo Horizonte/MG8- RM Porto Alegre/RS9- RM Florianópolis/SC10- RM São Paulo/SP11- RM Alto Solimões/AM - Região amazôni-ca indígena12- RM Cariri/CE – Região sertaneja13- RM Dourados/Ponta Porã/MS - Região de fronteira14- RM Petrolina/Juazeiro/PE-BA - Região tipo fronteira agrícola15- RM Bico do Papagaio/TO-MA-PA – Re-gião interestadual

CONTATO:Departamento de Articulação de Redes de Atenção à SaúdeCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9220

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 35

6. outrAS políticAS

6.1 Sangue Algumas Iniciativas de gestão com vistas a do-

tar a política nacional de sangue, componentes e hemoderivados de maior qualidade e segurança:

Implantação, no final de 2011, em todos os Centros de Tratamento de Hemofilias (CTH) do país, das modalidades de tratamento profilaxia primária e imunotolerância.

Implementação da Política Nacional de Aten-ção Integral às Pessoas com Doença Falciforme, que promove a inclusão de novos procedimen-tos e cuidados internacionalmente preconizados para a atenção às pessoas com a doença. Cerca de 30 mil pessoas são beneficiadas com as ações dessa política, que promove a capacitação técni-ca e a qualificação da atenção, reduzindo a mor-bidade e a letalidade da doença.

Início do processo para a inclusão na tabela SUS do procedimento de uso do dopller transcraniano para atenção ambulatorial em doença falciforme e publicação do protocolo deste procedimento.

Inclusão do exame Eletroforese de Hemoglobina (diagnóstico de doença falciforme) na Estratégia Rede Cegonha.

Publicação da Portaria SAS/MS nº 853, de 5 de dezembro de 2011, que estabelece o protocolo de quelação de ferro em hemoglobinopatias.

Início da revisão para atualização de todos os manuais técnicos já publicados sobre a doença.

TECNOLOGIAS E PROJETOS INOVADORES DESENVOLVIDOS

Realização dos Testes de Amplificação de Áci-dos Nucleicos (NAT) atinge uma cobertura de 13,25% no quarto trimestre de 2011 nos serviços de hemote-rapia que possuem plataforma NAT instalada.

QUALIFICAÇÃO DE GERENTES E TÉCNI-COS DA HEMORREDE PÚBLICA NACIONAL

Implantação do Curso Técnico em Hemote-rapia em Escolas Técnicas do SUS, fortalecendo a formação profissional na Hemorrede Pública Na-cional, uma vez que o perfil dos técnicos de nível médio atuantes no país é construído prioritaria-mente por profissionais sem formação específica em hemoterapia.

CONHECIMENTOS TÉCNICOS E CIENTÍFI-COS DIFUNDIDOS

Publicação do Guia Nacional de Gerencia-mento de Estoques de Sangue em Situação de Emergência.

CAPTAÇÃO DE DOADORES DE SANGUE VOLUNTÁRIOS

Promover o acesso universal a produtos san-guíneos seguros e de qualidade para o fortaleci-mento dos sistemas de saúde e a prestação de seus serviços, com o foco na autossuficiência hemote-rápica de um país e também a garantia da segu-rança de suas metas de captação e doação de san-gue. Esta autossuficiência é construída ao longo do tempo e requer bases sólidas, como doadores

voluntários fidelizados e a implementação de uma rede organizada e eficiente de serviços de captação de doadores. O Brasil vem sinalizando para a au-tossuficiência, com todas as boas práticas para uma hemoterapia de excelência, porém, ainda tem um longo caminho a percorrer. Atualmente, 1,9% da população doa sangue, e o ideal preconizado é ter até 3% da população como doadora.

EFICIENTE ALOCAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS

Crescimento de 481% no volume de recursos para aperfeiçoar e avaliar serviços, comparado ao ano de 2010. Os recursos destinados à Ação de Aperfeiçoamento e Avaliação dos Serviços de He-moterapia e Hematologia correspondem, em 2011, a cerca de 43,6 milhões de reais. O incremento sig-nificativo deve-se ao processo de expansão do Tes-te Nat brasileiro. Em relação ao desempenho orça-mentário, ele se situa em aproximadamente 97%, semelhante ao observado em 2010.

Alocação de recursos do Programa Segurança Transfusional e Qualidade do Sangue e Hemode-rivados, com o objetivo de reduzir as iniquidades regionais, privilegia as regiões com maiores difi-culdades para estruturar suas redes físicas, incluin-do a infraestrutura e o parque tecnológico. Nesse sentido, em 2011, as regiões Norte (0,22), Nordes-te (0,13) e Centro-Oeste (0,15) receberam valores per capita maiores do que os destinados ao Sudeste (0,07) e ao Sul (0,10).

PROGRAMA DE COAGULOPATIAS – ÁREA TÉCNICA DE COAGULOPATIAS (ATC/CGSH/DAE/SAS–MS)

O Programa de Coagulopatias Hereditárias demanda e acompanha as aquisições de medica-mentos pró-coagulantes feitos pelo Ministério da Saúde e os distribui a todos os Centros Tratadores de Hemofilias (CTH) públicos do país, por meio do SUS. Além disso, o Programa provê a atenção ao paciente por meio do incentivo aos estados na realização da assistência multiprofissional aos pa-cientes cadastrados em seus estados.

As coagulopatias fazem parte das doenças he-morrágicas. São caracterizadas pela deficiência de uma ou mais proteínas do sangue, chamadas fato-res da coagulação. A ausência ou redução desses fatores leva a hemorragias de gravidade variável,

de caráter espontâneo e/ou pós-traumático. Na maioria dos casos, as coagulopatias são de origem congênita, ou seja, estão presentes desde o nasci-mento. Este vem se apresentando ao Brasil e ao mundo como um dos Programas de qualidade do Ministério da Saúde.

Dentre as coagulopatias há, atualmente, 8.700 pa-cientes com hemofilia A e 1.681 com hemofilia B en-tre crianças e adultos, e mais de 4.500 pacientes com doença de Von Willebrand atendidas pelo Programa.

Ações: Aquisição e distribuição gratuita, realizadas

pelo Ministério da Saúde ao SUS, de medicamen-tos pró-coagulantes.

Incentivo à formação de equipes multiprofis-sionais pelo Programa para a atenção ao paciente com coagulopatias em todas as unidades federadas e DF.

Novas modalidades de tratamento implanta-das no final de 2011: profilaxia primária para crian-ças com hemofilias A e B grave e imunotolerância para pacientes com hemofilia e inibidores.

Implantação, desde 2009, do Sistema online Hemovidaweb Coagulopatias (HWC), que permite o acompanhamento do consumo mensal da utili-zação dos medicamentos pelos estados. O sistema acompanha, ainda, a situação de cada paciente de acordo com seu tratamento.

Implementação de avanços no diagnóstico la-boratorial por meio da capacitação continuada dos profissionais da área.

Acompanhamento multiprofissional individu-alizado a cada paciente.

Tratamento cada vez mais individualizado ao paciente com coagulopatias.

Incentivo à melhora da qualidade de vida aos pacientes portadores de coagulopatias hereditárias, sendo responsabilidade desta coordenação traba-lhar para fornecer equidade na atenção dos mais de 15 mil pacientes com coagulopatias em tratamento no país.

Para a distribuição dos medicamentos pró-co-agulantes ao SUS, o Programa de Coagulopatias Hereditárias do Ministério da Saúde se baseia no número de pacientes cadastrados no Sistema He-movidaweb Coagulopatias em cada unidade fede-rada e DF. Também acompanha, mensalmente, a utilização dos produtos pelos CTH, por meio do preenchimento e envio de formulário padrão de-nominado Boletim Nacional de Medicamentos

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 37

(Boname), que informa a situação do estoque de produtos em cada unidade, bem como os respecti-vos consumos globais mensais. Por meio do siste-ma HWC é realizado o acompanhamento indivi-dualizado da infusão de medicamentos. Os centros tratadores estão localizados, em sua maioria, nos hemocentros coordenadores na capital de cada

estado e DF. Estes recebem os medicamentos pró--coagulantes e os repassam aos seus hemocentros regionais ou a outras unidades que se caracterizem como tal. As equipes multiprofissionais, que são uma iniciativa de cada estado com o incentivo do Programa, prestam a atenção necessária ao pacien-te para uma melhor qualidade de vida.

Evolução da distribuição do Fator VIII (UI) de coagulação aos pacientes com hemofilia aos CTH públicos brasileiros entre 2008-2011.

CONTATO:Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados Correio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-6149Sítio: www.saude.gov.br/sangue

6.2 transplantes A Política Nacional de Transplantes de Órgãos

e Tecidos foi estabelecida e fundamentada pela Lei nº 9434/97, e tem como diretrizes a gratuidade da doação, o vigoroso repúdio e combate ao comércio de órgãos, a beneficência em relação aos receptores e não maleficência em relação aos doadores vivos.

Estas normativas trazem, também, garantias e di-reitos aos pacientes que necessitam destes procedimen-tos e regula toda a rede assistencial. Toda a política de transplante está em sintonia com as Leis nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, que regem o funcionamento do SUS.

Desde 1997, data de sua criação, o Sistema Na-cional de Transplantes tem como prioridade dar

transparência a todas as suas ações no campo da política de doação-transplante, visando, primor-dialmente, confiabilidade do sistema e assistência de qualidade ao cidadão brasileiro.

O Brasil possui hoje um dos maiores programas público de transplantes de órgãos e tecidos do mun-do e, nos últimos anos, vem apresentando desen-volvimento crescente no setor.

Este crescimento é consequência da conscientiza-ção da população brasileira, da atuação competente de equipes e instituições autorizadas pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e da regulação do Sistema Nacional de Transplante

(SNT) e de grande parte da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO).

Objetivos: Ampliar o número de doadores efetivos e, con-

sequentemente, o número de transplantes, reduzin-do a lista de espera e o tempo de espera em lista.

Zelar pelo cumprimento do princípio da lista única. Controlar a atividade de transplantes no Brasil. Autorizar e avaliar de serviços e equipes para

realização de transplantes. Financiar a atividade de procura de órgãos e

tecidos, e dos transplantes realizados no âmbito do SUS, bem como o acompanhamento do paciente

transplantado por toda a vida, inclusive a medica-ção imunossupressora.

Ampliar e gerenciar o Registro Voluntário de Doadores de Medula Óssea.

Sensibilizar a sociedade quanto à necessidade de doador órgãos, tecidos e células.

CONTATO:Coordenação-Geral do Sistema Nacional de TransplantesCorreio eletrônico: [email protected] Telefone: +55 (61) 3306-8212Sítio: www.saude.gov.br/portaltransplantes

6.3 FilantropiaCom a publicação da Lei nº 12.101/09, a res-

ponsabilidade pela Certificação de Entidades Be-neficentes de Assistência Social (conhecidas como Filantrópicas), que era do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), passou para os Minis-térios da Saúde, Educação, e do Desenvolvimento Social, de acordo com a área de atuação preponde-rante da Entidade.

Com a alteração da competência para o julga-mento dos processos, a certificação tornou-se mais qualificada, com análises feitas por Áreas Técnicas que possuem o conhecimento específico da área de atuação da Entidade.

No que se refere à área da saúde, compete ao Ministério da Saúde, por meio da análise da documentação e de dados dos Sistemas de Informação, a verificação da execução dos re-quisitos exigidos pela legislação vigente, como a prestação de serviços ao SUS, no percentual mínimo de 60% em relação ao total de serviços de saúde executados pelas Entidades reque-rentes, entre outros. Dessa análise, resultará a concessão/renovação (ou não) do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social em Saúde – o CEBAS-SAÚDE, tendo como efeito a isenção das contribuições relativas à seguridade social, tal como previsto na Consti-tuição Federal.

Em função da complexidade dessa nova com-petência, foi criado, em outubro de 2010, no âm-bito desta Secretaria, o Departamento de Certifi-cação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde, o DCEBAS, com o objetivo de realizar, adequadamente, o processo de concessão e renovação do CEBAS-SAÚDE.

Recentemente, o Ministério da Saúde promoveu grandes avanços no âmbito da legislação de Certi-ficação de Entidades Beneficentes, com a publica-ção da Medida Provisória nº 526, em 04/03/2011; publicação da Lei nº 12.453, em 21/07/2011 que altera o texto da Lei nº 12.101/2009 e também a publicação da Portaria GM/MS nº 1.970, de 16/08/2011, que dispõe sobre o processo de Certi-ficação das Entidades Beneficentes de Assistência Social na área da Saúde.

Um dos principais aspectos a ser observado na nova legislação é a inserção de ações de saúde consideradas prioritárias no conjunto de critérios adotados para a comprovação da prestação de 60% de serviços ao SUS, pelas Entidades. Essas ações já vêm sendo pactuadas com Estados e Mu-nicípios e abrangem as áreas de Atenção Obsté-trica e Neonatal; Atenção Oncológica; Atenção às Urgências e Emergências; Hospitais de Ensino e atendimentos voltados aos usuários de Álcool, Crack e Outras Drogas.

É da máxima importância o envolvimento dos Secretários Municipais de Saúde na adaptação institucional às novas regras de concessão do cer-tificado ou sua renovação, para que as entidades obtenham a respectiva isenção tributária e pres-tem a contrapartida em ações e serviços de saú-de para o SUS.

As mudanças no processo de certificação im-põem novos desafios, mas também envolvem grandes ganhos para a gestão do SUS, como o fortalecimento da relação entre os gestores locais e as entidades beneficentes, pactuações bem defi-nidas além da potencialização das ações de saúde nas RAS.

Revista SAS

Secretaria de Atenção à Saúde | Ministério da Saúde 39

PRINCIPAL DESAFIO:

Que o processo de certificação na área da saúde, que envolve tanto interesses dos gestores públicos como das entidades filantrópicas de todo o país, contribua para que as instituições do SUS operem com maior eficiência e qualidade, ampliando o acesso da população aos serviços de saúde.

Legislação aplicável e demais informações so-bre o processo de certificação estão disponíveis.

CONTATO:Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em SaúdeCorreio eletrônico: cebas.adm [email protected] Telefones: +55 (61) 3315-6103/6110Sítio: www.saude.gov.br/cebas-saude

6.4 dengueEstratégias da SAS para o enfrentamento de

epidemias de Dengue:A Dengue é um problema complexo e recorrente

nos principais centros urbanos do país. As Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epide-mias de Dengue têm por objetivo evitar a ocorrência de óbitos, além de prevenir e controlar processos epi-dêmicos. Para alcançar esses resultados é necessário promover a assistência adequada ao paciente, orga-nizar as ações de vigilância, prevenção e controle e fortalecer a articulação das diferentes áreas e servi-ços, visando à integralidade das ações.

O principal objetivo é apoiar a SVS, a Coorde-nação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue (CGPNCD) e as secretarias estaduais e municipais de saúde na redução do número de óbitos por dengue.

Em recente avaliação, o Ministério da Saúde identificou os fatores relacionados à ocorrência dos óbitos por dengue, como acesso à rede de ser-viços, a qualidade da assistência prestada ao pa-ciente com suspeita de Dengue e a organização dos serviços para atendimento dos casos suspeitos. Considerando que o óbito por dengue é evitável e que a sua ocorrência reflete problemas na aten-ção ao paciente, o acompanhamento deste indica-dor tornou-se prioritário no Ministério da Saúde. Diante deste cenário e a necessidade de apoiar as secretarias estaduais e municipais de saúde, várias ações foram desenvolvidas pela SAS, articuladas com a SVS:

1. Revisão e atualização da 4ª edição do Guia “Dengue – diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança”.2. Distribuição de 450.000 exemplares do Fluxo-grama de Classificação de Risco e Manejo Clínico.3. Assessoria técnica às secretarias estaduais e ca-

pitais na construção dos Planos de Contingência.4. Assessoria técnica às unidades federadas com o objetivo de apoiar a organização dos serviços de saúde.5. Sistematização da metodologia de capacita-ção em serviço “Dengue em 15 minutos”.6. Formação de monitores das secretarias esta-duais para a capacitação “Dengue em 15 minu-tos”.7. Avaliação de efetividade da capacitação “Dengue em 15 minutos”.8. Desenvolvimento de curso de capacitação a distância, com apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde: www.combata-dengue.com.br.9. Elaboração de diretrizes para a organiza-ção da rede assistencial no enfrentamento de epidemias.10. Apoio na investigação integrada dos óbitos suspeitos por Dengue, como evento sentinela.

O conjunto de ações integradas promovidas pelo Ministério da Saúde está contribuindo para a redução do número de casos graves e óbitos por

Dengue, conforme tabela abaixo. O desenvolvimen-to destas ações tornou-se prioritário e coordenado no gabinete da SAS.

Número de casos graves e óbitos por Dengue, SE 01 a SE 25, anos 2010 – 2011 – 2012 / Brasil

ANO CASOS GRAVES ÓBITOS2010* 14.335 5452011* 9.766 4382012* 2.071 130

Fonte: Sinan – *atualizado em 05/07/2012

CONTATO:Correio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-2098

6.5 monitoramento das redes e programas prioritários

O Ministério da Saúde vem expandindo rapidamente no país a implantação de redes prioritárias de atenção à saúde, como a Rede Cegonha, a Rede de Atenção às Urgências e Emergências, a Rede de Aten-ção Psicossocial com especial atenção ao Plano de Enfrentamento do Crack, a Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência, dentre outras.

Entendendo a importância do acompanhamento da implantação dessas redes para realinhamento do planejamento com maior efetividade do resultado o Ministério da Saúde, desde o segundo semestre do ano de 2011, estabeleceu, como uma das suas prioridades o monitoramento, aqui entendido como um acompa-nhamento do ritmo e da forma de implementação das ações pactuadas entre as esferas de governo.

O monitoramento tem como principais objetivos: (1) comparar o realizado com o planejado; (2) con-tribuir na revisão de processos; (3) auxiliar a tomada de decisões e (4) subsidiar avaliação das políticas de governo. Tem como subsídio o planejamento realizado e a execução físico-financeira, chegando à avaliação da política proposta – esquema abaixo:

O Ministério da Saúde vem utilizando como ferramenta de monitoramento o e-CAR (Controle, Acom-panhamento e Avaliação de Resultados), software de domínio público, onde são cadastrados os planos de ação de cada rede com prazos e responsáveis, bem como as metas e os indicadores de estrutura, processo e resultados esperados.

O monitoramento na SAS é realizado pela Coordenação Geral de Informação e Monitoramento dos Serviços e das Redes de Atenção à Saúde – CGIMRAS.

ObjetivosEstratégias Ações/atividadesMetasIndicadores

Acompanhamento das ações, processos, metas e indicadoresAnálise da eficácia das ações

Análise da efetividade da política – indica-dores de resultadoRevisão da política

Planejamento Execução físico-financeira Avaliação da política

Revista SAS

Após um ano de experiência, observa-se maior institucionalização do monitoramento no Ministério da Saúde e na SAS, sendo utilizado como instrumento de verificação da conformidade dos componentes propostos no planejamento e no redirecionamento de ações sempre que necessário.

CONTATO: Telefone: +55 (61) 3315-2876/2080

6.6 Apoio institucional

O Ministério da Saúde está adotando a estratégia do apoio institucional para colaborar com as demais instâncias gestoras na implementação das políticas pactuadas de forma tripartite, particularmente as re-des temáticas de atenção à Saúde.

Desta forma, foram estruturadas equipes de apoiadores para servirem de referência, não só para cada uma das redes temáticas como também para os territórios.

Os apoiadores estaduais, vinculados ao DARAS, representam o Ministério da Saúde nos grupos conduto-res de redes estaduais e são apoiados nas especificidades técnicas das redes temáticas pelos apoiadores ligados às redes e áreas técnicas específicas. Participam desde a fase de diagnóstico e elaboração dos planos de ação das redes até sua implantação e acompanhamento.

O apoio descentralizado para a implementação das RAS, é um dispositivo para interação dos entes federados nos territórios de saúde, promovendo articulação e desenvolvimento de ações que qualifiquem o processo de implantação das redes de atenção, racionalizando custos e otimizando resultados. A partir da criação e/ou fortalecimento de espaços sistemáticos de discussões, pactuações e planejamento participati-vo, fomenta a co-gestão e a participação dos atores na formulação de políticas que superem a fragmentação da atenção à saúde e da gestão, ampliando acesso com qualidade.

O objeto de trabalho do apoiador das RAS é a articulação política e técnica das ações de saúde em um determinado território junto aos gestores, auxiliando na análise situacional e apoiando os encaminha-mentos decorrentes deste processo.

CONTATO:Departamento de Articulação de Redes de Atenção à SaúdeCorreio eletrônico: [email protected]: +55 (61) 3315-9220

Tiragem: 2.000 exemplaresImpresso na Gráfica e Editora Brasil Ltda.

PDJK, Pólo de Desenvolvimento JKTrecho 01 Conj. 09/10, Lotes 09/10/22

Santa Maria-DFBrasília, julho de 2012