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03/09/2009
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Saúde Coletiva e Ambiental
Aula 8 – Indicadores de Saúde: morbidade I
UNIG, 2009.1
Prof. Ricardo Mattos
Bibliografia de Referência: Medronho, 2008 (Cap. 2)
1) Questões centrais
2) “Pré-requisitos” para saúde
3) Indicadores de saúde
4) Tipos de indicadores de saúde
5) Indicadores baseados em morbidade
6) Medidas de prevalência
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Sumário da Aula
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• Saúde: determinantes bio-psico-sociais
- É um resultado de um processo de produção social.
- Expressa qualidade de vida e reúne fatores e condições que influem na
saúde.
- Esses fatores e condições não atuam isoladamente, mas interagem
entre si.
• Formas de atuação da Saúde Pública:
- Promoção → determinantes
- Prevenção → fatores de Risco
- Reabilitação → dano
Questões Centrais
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• Carta de Ottawa (Primeira Conferência Internacional sobre
Promoção da Saúde. Ottawa, novembro de 1986)
- A Paz
- A Educação
- A Moradia
- A Alimentação
- A Renda
- Um Ecossistema Estável
- A Justiça Social
- A Eqüidade
“Pré-requisitos” para saúde
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• Constituem medidas úteis para subsidiar o diagnóstico de saúde
de uma dada população;
• São extremamente importantes para o planejamento e
administração de programas e ações de saúde;
• Servem para detectar os problemas existentes;
• Permitem avaliação dos resultados obtidos com o trabalho
desenvolvido.
Indicadores de Saúde: o que são e para que servem
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• Os que tentam traduzir diretamente a saúde (ou a sua falta)
em um grupo populacional:
- Globais: Coeficiente de Mortalidade Geral; Razão de
Mortalidade Proporcional; Esperança de Vida ao Nascer; etc.
- Específicos: Coeficiente de Mortalidade Infantil; Coeficiente
de Mortalidade por Doenças Transmissíveis; etc.
• Os que medem recursos materiais e humanos relacionados às
atividades de saúde → rede de postos de saúde; número de
leitos hospitalares em relação à população; número de leitos
hospitalares em determinada especialidade/população.
Tipos de indicadores de saúde(i)
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• Os que se referem às condições do meio e que têm influência
sobre a saúde → abastecimento de água; rede de esgoto;
contaminações ambientais pelos diversos poluentes; etc.
• Os que indicam aspectos sócio-econômicos → renda per capita;
ocupação; grau de escolaridade; proporção de analfabetos; etc.
• Os que avaliam o grau de desenvolvimento da comunidade →IDH (educação, longevidade e renda);
Tipos de indicadores de saúde(ii)
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• Morbidade
• Mortalidade
• Sobrevivência
• Gravidade
• Incapacidade funcional
• Nutrição
• Crescimento e desenvolvimento
• Aspectos demográficos
• Condições socioeconômicas
• Saúde ambiental
Principais indicadores de saúde e qualidade de vida
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• Devido a grande quantidade de indicadores, os critérios de
eleição de qual método utilizar dependerá:
- Do que pretende ser avaliado;
- Disponibilidade dos dados;
- Simplicidade na construção e interpretação.
• Geralmente, eles são calculados com base nas medidas de
freqüência (proporções, taxas e, mais raramente, razões);
• Usualmente, a fim de facilitar a leitura e interpretação, os
resultados são multiplicados por um valor numérico
denominado base dos indicadores (1000, 10.000, 100.000).
Indicadores de saúde: a escolha e o cálculo
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• Os Indicadores de Saúde baseados em morbidade são utilizados
para medir o comportamento de um determinado evento
(velocidade e o número de ocorrência);
• Baseiam-se nas medidas de incidência e prevalência;
• Geralmente, são calculados em forma de taxas e proporções.
Indicadores de saúde baseados em morbidade
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• Prevalência: é representada pela freqüência dos casos de um evento
existentes em determinada população e um determinado período;
• A prevalência seria uma fotografia do cenário que se pretende
observar, ou seja, é uma condição existente em indivíduos;
• É medida pela proporção de indivíduos com determinada
doença/agravo.
• Medida “estática” → casos existentes detectados através de uma
única observação. Varia de 0 a 100%.
• Fatores que influenciam a prevalência de determinada doença →Incidência; duração da doença; mortalidade; taxa de cura; migração.
Medidas de Prevalência(i)
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Medidas de Prevalência(ii)
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CASOS NOVOS
ÓBITOS
CASOS EXISTENTESPREVALÊNCIAPREVALÊNCIA
CURAS MIGRAÇÃO
DURAÇÃO DA DOENÇA
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• Cálculo da prevalência: número de casos ocorridos em determinada
população em determinado período sobre a população estudada.
• O resultado deve ser multiplicado por 100 (cem);
• Embora, receba o nome de Taxa ou Coeficiente de Prevalência (TP ou
CP) o resultado na verdade é uma proporção (%);
• Prevalência (P) = Incidência (I) x Duração da doença (D)
Medidas de Prevalência(iii)
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Medidas de Prevalência(iv)
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•• ExercícioExercício: Um estudo que objetivou identificar as principais barreiras quedificultam o acesso ao exame de colpocitologia oncótica em 281 mulheresde 20 a 59 anos residentes em uma área de cobertura da Saúde daFamília, no município de Nova Iguaçu. Assume-se que todas as mulheresresponderam sim / não aos 10 principais motivos de impedimento aoexame. Determine as prevalências das barreiras e aponte as três principaisdificuldades de acesso ao exame. Posteriormente, construa ações quepossibilitem a redução destas barreiras.
Fatores de impedimento n Prevalência %
Medo relacionado ao resultado do exame 112
Vergonha 112
Esquecimento 90
Medo relacionado ao profissional 88
Preparo para a realização do exame 63
Medo relacionado à realização do exame 55
Formas de agendamento do exame 49
Dor 43
Transporte 43
Custo do exame 39
• Adaptado: RAFAEL, RMR. Barreiras na prevenção do câncer do colo uterino: uma análise mediada pelo Modelo deCrenças em Saúde e sob a perspectiva da Estratégia de Saúde da Família [Dissertação]. Mestrado em Saúde daFamília, Universidade Estácio de Sá, UNESA, Rio de Janeiro, 2009, 180f.
Então vamos brincar...Tempo: 10 minutinhos de alegria
• O Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva (NESC) da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveu um projeto de pesquisa, cujo
objetivo era avaliar os impactos do Programa de Despoluição da Baía
de Guanabara sobre as condições de vida das populações envolvidas.
Como parte deste projeto, foi desenvolvido, em 1996, um estudo
piloto, no qual buscou-se identificar, ao longo de três meses, as
proporções de indivíduos com idade entre 1 e 59 anos que
apresentavam anticorpos para o vírus da Hepatite A (VHA), em 3
populações distintas no distrito de Campos Elyseos, em Duque de
Caxias (RJ). Os resultados das sorologias positivas são demonstradas na
tabela a seguir.
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Adaptado do livro de exercícios:
Medronho (2008)
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Região A Região B Região C
Faixa etária VHA+ n VHA+ n VHA+ n
1-4 anos 4 92 7 77 16 124
5-9 anos 18 112 25 113 56 126
10-14 anos 28 127 43 134 23 48
15-19 anos 23 48 17 38 22 29
20 ou mais anos 6 7 - - 21 22
1) Qual a medida de freqüência que pode ser calculada a partir deste
estudo?
2) Calcule a medida adequada referente a cada área estudada.
3) Interprete os resultados identificando a área e a população que
necessitam de maiores intervenções. Adaptado do livro de exercícios:
Medronho (2008)
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Região A Região B Região C
Faixa etária VHA+ n (%) VHA+ n (%) VHA+ n (%)
1-4 anos 4 92 7 77 16 124
5-9 anos 18 112 25 113 56 126
10-14 anos 28 127 43 134 23 48
15-19 anos 23 48 17 38 22 29
20 ou mais anos 6 7 - - 21 22
Total 79 386 92 362 138 349
1) Qual a medida de freqüência que pode ser calculada a partir deste
estudo?
2) Calcule a medida adequada referente a cada área estudada.
3) Interprete os resultados identificando a área e a população que
necessitam de maiores intervenções.
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Alguma
dúvida?
Próxima aula: Indicadores de Saúde: morbidade II
Fiquem com Deus ! ! !