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Sumário
Apresentação
Prevenção contra doenças
Estabelecimentos regularizados
Como elaborar o Manual de Rotinas e Procedimentos
Higienização do Ambiente
Produtos e Equipamentos
Esterilização
Serviços
Cabelereiros e Barbeiros
Depilação
Esteticista
Bronzeamento Artificial
Cuidados com as escovas progressivas
Legislações
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Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
Nos dias atuais, os cuidados com a aparência
física tem se tornado o alvo de muitas pesso-
as. Querer, e ter que ser “belo”, tem sido uma
imposição dos diversos meios de comunicação,
os quais determinam à sociedade um padrão
de beleza.
O acesso facilitado aos salões de beleza, de-
mais atividades da área e a grande diversidade
de produtos no mercado, tem atraído a cada
dia um crescente número de pessoas sendo,
homens, mulheres, adolescentes e até crianças.
Estar bem fisicamente é bom, dentro dos pa-
drões exigidos é melhor ainda, porém não
devemos esquecer que os cuidados na escolha
dos profissionais e dos produtos estão intima-
mente relacionados com o resultado esperado e
com a segurança do cliente e do profissional.
Por estas razões elaboramos esse guia de
orientações aos profissionais da área de beleza,
visando o aprimoramento dos conhecimentos já
existentes para melhorar a qualidade do atendi-
mento aos seus clientes.
Apresentação
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Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
Quando os profissionais de beleza não segue as regras de
boas práticas em suas atividades, coloca em risco a sua pró-
pria saúde.
Esses profissionais não estão isentos de desenvolver reações
alérgicas aos produtos utilizados no salão, uma vez que estão
permanentemente em contato com eles.
Há o risco de desenvolver doenças posturais, como o com-
prometimento da coluna; varizes nos membros inferiores em
função do longo período que trabalham em pé, ou sentados.
Podendo ainda, contrair doenças como micoses e infecções
de pele.
As doenças como Hepatite B e C a AIDS, transmitidas pelo
sangue, podem passar de uma pessoa para outra por meio
de um simples sangramento,ocasionado, por exemplo, ao se
tirar a cutícula.
Devemos ter claro que é impossível saber, simplesmente pela
aparência, se a pessoa é portadora de algum vírus como HIV;
Hepatite B, C ou outro. Muitas vezes, a própria pessoa desco-
nhece ser portadora do vírus, pois ainda não mostra nenhum
sinal e/ou sintoma da doença.
A Secretaria de Saúde de Americana, disponibiliza aos pro-
fissionais de beleza, vacinas para a proteção contra o tétano
e a difteria (dupla adulto) e Hepatite B, através das Unidades
Básicas de Saúde, gratuitamente.
Vamos prevenir contra doenças transmissíveis associadas a atividades de manicure, pedicure, cabeleireiros e esteticistas.
Estabelecimentos regularizados
O estabelecimento deve ser cadastrado na Vigilância Sanitária mu-nicipal e ter o documento fixado em local visível ao público.Deverá possuir no mínimo:• iluminação e ventilação natural ou artificial adequada para a realização dos procedimentos;• pisos e paredes de material que facilite a limpeza e higieniza-ção;• ralos com dispositivo abre/fecha;• ligação de rede de esgoto e água tratada;• mobiliário de superfície lisa;• banheiros com pia, água corrente, sabão líquido e papel toalha;• pia exclusiva para lavagem de material: alicates, escovas de ca-belos, pentes e outros;• equipamentos adequados para esterilização de materiais de me-tal: alicates, espátulas para unhas;• reservatório de água potável;• armazenamento do lixo em sacos plásticos;• documentos comprobatórios dos cursos dos profissionais de acor-do com a atividade.
Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
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Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
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Como elaborar o Manual de Rotinas e Procedimentos
Todo estabelecimento deve ter um Manual de Rotinas de Proce-
dimentos , que é um roteiro descritivo de cada serviço prestado,
mostrando o passo a passo e as recomendações sobre as ativida-
des executadas.
No Manual deve constar as rotinas de trabalho e os cuidados na
higienização dos instrumentos como: toalhas, escovas, alicates e
outros.
Deve-se enfocar procedimentos quanto à:
A) Higienização do Ambiente• Os pisos devem ser limpos periodicamente de acordo com a ati-
vidade desenvolvida;
• Os mobiliários devem ser limpos com água e sabão ou detergen-
te, por dentro e por fora;
• Banheiros devem ser limpos com água e sabão e feita a desinfec-
ção do vaso sanitário com água sanitária.
B) Produtos e Equipamentos
B1) Produtos
Os produtos utilizados deverão conter registro no MS/ANVISA com
informações no rótulo:
• nome;
• marca;
• prazo de validade;
• lote;
• conteúdo;
• País de origem;
• fabricante/importador;
• composição;
• finalidade de uso.
Antes de aplicar qualquer produto sobre a pele, cabelos ou unhas, pergunte ao seu cliente se ele(a) tem algum tipo de alergia aos componentes químicos do produto que você vai utilizar.
B2) As toalhas de tecido
• devem ser lavadas e preferencialmente embaladas em saco plás-tico individualmente;• guardadas de forma organizada em local limpo, seco e arejado, em prateleiras ou armários;• usar uma para cada procedimento, independente de ser a mes-ma cliente;• as sujas devem ser colocadas em local diferentes das limpas,
Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
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Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
para evitar contaminação.Podem ser lavadas em lavanderia ou de forma doméstica, com água e sabão e passadas a ferro quente.
B�) Instrumentais (alicates, espátulas e outros materiais de metal)
• devem ser lavados e escovados com sabão líquido, em água cor-rente abundante, ou lavadora ultrassônica a cada procedimento;• após enxaguar, secar e acomodar o material em embalagem apropriada para o processo de esterilização;• na embalagem deve constar a data de esterilização e o nome de quem preparou o material;• a embalagem deve ser sempre aberta na frente do(a) cliente.
Recomenda-se que cada profissional tenha no mínimo seis jogos de alicate e espátula de metal, para garantir sua saúde e a de seu cliente.
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C) Esterilização
O processo de esterilização pode ser feito por:
1- Vapor saturado / Autoclave
- Os materiais de metal, depois de lavados, devem estar embalados e acomodados em embalagem que permita a passagem de vapor.
2- Calor seco / Estufa
• Os materiais de metal, depois de lavados, devem ser colocados em estojos de alumínio ou aço inoxidável, tipo marmita; ou em en-velopes próprios para esterilização em estufa;• A ponta do alicate deve ser protegida com papel alumínio deven-do ser retirado na frente do cliente;• A temperatura para garantir a esterilização é de 170°C por 1 hora ou 160°C por 2 horas;• O tempo para esterilização deve ser contado a partir do momen-to em que o termômetro longo do bulbo (mercúrio) atingir a tempe-ratura programada no termostato (botão do equipamento);• A estufa não pode ser aberta durante a esterilização. Quando isso ocorre, o processo é interrompido. Deve ser reiniciado o pro-cesso no início.
Os instrumentais esterilizados devem ser guardados em local limpo e seco, separados do material sujo, para evitar con-taminação.
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D) ServiçosManicures, Pedicures e Podólogos
Os profissionais devem:• possuir certificados de cursos referente á área de atu-
ação, conforme exigência legal;• lavar as mãos antes de atender cada cliente;• esterilizar os instrumentos de metal;• possuir, no mínimo, 06 unidades de cada instru-
mental• abrir as embalagens das toalhas e instrumentais na frente do cliente;• manter os materiais, tipo algodão, esmaltes, removedor de es-maltes e lixas novas, organizados em maletas ou gavetas;• manter o algodão em potes com tampa;• jogar no lixo os materiais descartáveis ou de uso único, como algodão, lixas de unha, protetor de cuba e de bacia, lâminas e outros;
Recomenda-se:Colocar luvas descartáveis e só tirá-las quando concluir o serviço.
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Cabeleireiros e Barbeiros Os profissionais devem: • possuir certificados de cursos referente á área de atuação, con-forme exigência legal; • lavar as mãos antes de atender cada cliente;• manter as escovas e pentes em recipientes limpos e organiza-dos;• usar lâminas novas a cada cliente e descatá-las após o uso;• usar luvas ao fazer uso de química;• varrer o chão após cada corte de cabelo;• lavar os pentes e escovas após o uso em cada cliente.
Depilação
Deve ter:• local adequado e com privacidade;
• maca com superfície lisa e lavável que per-mita a higienização;• lençol de papel descartável que deve ser trocado a cada cliente;• mobiliário auxiliar, com superfície lisa e la-vável, para colocação dos produtos utiliza-dos,• lixeira com saco plástico e tampa para des-carte da cera utilizada;• utilizar pinça esterilizada a cada cliente;• usar cera e outros produtos como talco, creme com registro no MS / ANVISA.
A cera de depilação nunca deve ser reutilizada.
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Esteticista
São os procedimentos não invasivos como limpeza de pele, drena-gem linfática, estimulação russa e bronzeamento artificial a jato, e devem:• possuir certificados de cursos referente á área de atuação, con-forme exigência legal;• usar produtos manipulados em farmácias somente com prescri-ção médica, especifico para cada cliente;• possuir manual de instrução, notificação de isenção de registro no MS / ANVISA e registro de manutenção dos aparelhos.
Procedimentos invasivos ou atividades de mesoterapia, dermoa-brasão, depilação definitiva a laser, peeling, aplicação de botox e preenchimento de rugas com ácidos, só podem ser executados em estabelecimentos sob responsabilidade médica.
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Bronzeamento Artificial
De acordo com a Resolução RDC 308 de Novembro de 2002, para
a realização de bronzeamento artificial, deverá seguir algumas exi-
gências:
• atestado médico do cliente;
• termo de ciência do cliente;
• cadastro do cliente, com nome, data, duração e intervalo de cada
sessão de bronzeamento;
• equipamento com registro no MS/ ANVISA;
• comprovante de manutenção do equipamento;
• técnico habilitado.
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Cuidado com as escovas progressivas
Escova progressiva é um método de alisamento
capilar considerado atualmente um modismo,
como foi a Escova Francesa, o Alisamento Ja-
ponês, a Escova Definitiva entre outros.
Todos esses métodos não são registrados na
Anvisa, apenas os produtos utilizados nesses
procedimentos necessitam de registro.
Muitos salões vêm utilizando o formol para
fazer a escova progressiva, que é uma so-
lução de formaldeído, matérias permitidas para uso
em cosméticos nas funções de conservante e como agente endure-
cedor de unhas.
O uso do formol nas funções diferentes das citadas acima e em
limites acima dos permitidos, pode causar danos à saúde. Quan-
do absorvido pelo organismo por inalação e, principalmente, pela
exposição prolongada, apresenta como risco o aparecimento de
câncer na boca, nas narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça.
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Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
O formol é considerado cancerígeno pela OMS (Orga-
nização Mundial da Saúde) e está sendo utilizado em
concentrações maiores que a permitida, com a função de
alisamento.
Portanto, não use produtos sem registro ou que conte-
nham formol com finalidade e concentrações além das
permitidas.
O formol pode causar reações como:
• Irritação à pele com vermelhidão, dor e queimaduras;
• Irritação aos olhos causando dor, lacrimação, vermelhidão e visão
embaçada;
• Queda capilar;
• No aparelho respiratório, ao inalar o produto, pode causar cân-
cer, dor na garganta, irritação das narinas, tosse, diminuição da
freqüência respiratória, irritação e sensibilização do trato respira-
tório;
• O uso freqüente ou prolongada exposição ao produto pode cau-
sar hipersensibilidade, levando às dermatites, reação alérgica e au-
mento do fígado.
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Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
Legislações
- Código Sanitário do Estado de São Paulo – Lei Es-tadual n° 10.083 de 23 de Setembro de 1998;
- Resolução ANVISA n° 79 de 28/08/2000 – estabe-lece a definição e classificação de produtos de higie-
ne pessoal, cosméticos e perfumes e outros;- Portaria CVS – 11 de 16/08/1993 – dispõe sobre o funcionamento dos estabelecimentos que exercem
atividade de podólogo (pedicuro);-Guia de Legislação Profissional – ocupações de
nível técnico em comércio e serviços. SENAC / FIO-CRUZ, 2002;
- Guia Técnico para Profissionais – COVISA – Prefei-tura Municipal de São Paulo;
- Código de Defesa do Consumidor – Lei federal nº 8078/90;
- Resolução RDC 308 de Novembro de 2002 – regu-lamenta o uso de Câmara de Bronzeamento Artficial.
Orientações de Biossegurança aos Profissionais de Beleza
Unidade de Vigilância em Saúde - UVISA
Vigilância SanitáriaAv. Bandeirantes,
2��0 - ColinaAmericana – SP
Telefone: ��0�-�0��e-mail: