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nº 1565 – 01 ago. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Sumário - emater.tche.br · favorece a apresentação e as demonstrações técnicas de Apicultura e Meliponicultura, mostrando a cadeia do mel das ... nos mercados institucionais

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nº 1565 – 01 ago. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 2, 01 ago. 2019

Palavra da Casa

Emater/RS-Ascar confirma diversidade de ações na Expointer

Conectando Agricultores e Consumidores é o tema central que será apresentado pela Emater/RS-Ascar na 42ª

Expointer, de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Como já é tradicional, estamos ultimando os preparativos para a participação da Emater/RS-Ascar na exposição,

na qual apresentaremos uma mostra das ações de assistência técnica e extensão rural e social (Aters) que desenvolvemos

no Estado.

Nesta edição da Expointer, lançaremos um aplicativo que possibilitará aos visitantes o acesso digital a todo o

material informativo/técnico das temáticas divulgadas no Espaço da Emater e no Pavilhão da Agricultura Familiar.

Com esse aplicativo, oferecemos ao público visitante a rica diversidade de atividades que nossa Instituição

executa em todo o Estado, aliando e aproximando extensionistas rurais, agricultores e consumidores.

Com uma área de 14 mil m², bem ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, o Espaço da Emater na Expointer

favorece a apresentação e as demonstrações técnicas de Apicultura e Meliponicultura, mostrando a cadeia do mel das

abelhas com ferrão e melíponas (sem ferrão); de Fruticultura, que divulgará as Boas Práticas Agrícolas e os cuidados na

implantação de pomares comerciais e domésticos; a Energia Solar Fotovoltaica, importante insumo aos produtores rurais; e

o espaço interativo da Biodiversidade, para reconhecimento e troca de experiências sobre sementes crioulas, plantas

alimentícias não convencionais, as Pancs, além de frutas e tubérculos.

Vamos apresentar aos visitantes diferentes formas de cultivo e usos das plantas medicinais, aromáticas e

condimentares, como uma ferramenta geradora de renda, promotora de saúde e oportunidade de sucessão rural. A

olericultura com ênfase na Certificação de Orgânicos e alimentação saudável será apresentada em três sistemas de

produção: estufa, sombrite e pequenas estruturas de túneis, correlacionando técnicas de produção comercial com cultivo

em pequenos espaços e horta urbana.

As diferentes áreas de atuação da Emater/RS-Ascar serão exemplificadas também na demonstração de produção

como a produção de leite à base de pasto, com espécies forrageiras; a piscicultura, com ênfase na qualidade da água; o

melhoramento genético nos rebanhos de pecuaristas familiares; a secagem e armazenagem de grãos, a partir de

tecnologias desenvolvidas pelos nossos extensionistas, como o silo de alvenaria com ar forçado; e as agroindústrias,

divulgando os resultados conquistados pelos empreendedores familiares assistidos pela Emater/RS-Ascar, com exposição

de equipamentos para a fabricação de melado, comercializados no Pavilhão da Agricultura Familiar.

Também no Espaço da Emater poderá ser conferido o trabalho de assessoramento às cooperativas, focando na

intercooperação, nos mercados institucionais de comercialização de alimentos e no fornecimento de alimentos saudáveis

da agricultura familiar para a população em geral. Nesse espaço também serão divulgados os serviços de classificação de

produtos vegetais e certificação, que têm por objetivo garantir mais qualidade e maior segurança no controle da qualidade

dos alimentos.

Neste ano, damos seguimento à divulgação de ações de Aters em saneamento básico, priorizando a promoção da

saúde e a qualidade do ambiente em geral. A educação ambiental também é uma atividade de Aters, e na Expointer serão

divulgados os trabalhos de agrofloresta e agroecologia, em parceria com o ComiteSinos e os centros ambientais. As ações

de Aters voltadas à promoção do turismo rural serão divulgadas com a apresentação de rotas e roteiros turísticos

executados por empreendimentos de turismo rural assessorados pela Emater/RS-Ascar.

Percorrendo esse caminho, reafirmamos a certeza que diversificar e produzir com competividade, qualidade e

sustentabilidade é possível quando se conta com o serviço de Aters executado pela Emater/RS-Ascar nos municípios

gaúchos.

Venha visitar o Espaço da Emater na Expointer!

Estão todos convidados!

Geraldo Sandri

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

DESTAQUES

Trigo – Rio Grande do Sul finaliza o plantio.

Memória Ano 30 – Na seção que destaca os 30 anos do Informativo Conjuntural, resgatamos a

conjuntura sobre trigo publicada nesta mesma época em 1989, 1990 e em 2010.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 3, 01 ago. 2019

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 25 A 31/07/2019

A última semana novamente apresentou altos volumes de chuva e temperaturas

amenas no RS. Na quinta (25) e sexta-feira (26), a propagação de uma frente fria provocou

chuva em todas as regiões, com registro de chuva forte e altos valores acumulados,

principalmente na Metade Sul. No sábado (27) e domingo (28), a presença de uma massa de

ar frio e seco afastou a nebulosidade e manteve o tempo firme, com temperaturas mais

baixas em todo Estado. Na segunda-feira (29), o ingresso de umidade favoreceu o aumento

da nebulosidade e ocorreram pancadas isoladas de chuva. Na terça (30) e quarta-feira (31), o

tempo permaneceu seco, com temperaturas amenas em todas as regiões.

Os totais observados oscilaram entre 15 e 35 mm na maioria dos municípios da

Metade Norte. No restante do Estado, os valores variaram entre 40 e 65 mm em

praticamente todas as localidades. Na Campanha e Zona Sul, os volumes superaram 80 mm

e excederam 100 mm em algumas localidades. Os valores mais elevados registrados na rede

de estações INMET/SEAPDR ocorreram em Rio Grande (77 mm), São Vicente do Sul (83 mm),

Quaraí e Santiago (84 mm), Alegrete (95 mm), Encruzilhada do Sul e Santana do Livramento

(96 mm), Bagé (103 mm), Dom Pedrito (110 mm) e São Gabriel (123 mm).

A temperatura mínima ocorreu em Jaguarão (4,0°C) em 28/07 e a máxima do

período foi observada em Teutônia (25,9°C) em 31/07.

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 17/07/2019.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 4, 01 ago. 2019

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 01 A 07/08/2019

Nos próximos sete dias, o frio intenso retorna ao RS, com temperaturas negativas e

geadas. Na quinta-feira (01/08) o tempo permanecerá seco e com temperaturas elevadas, e

somente na Campanha e Fronteira Oeste há possibilidade de pancadas de chuva a partir da

tarde. Na sexta (02), a propagação de uma frente fria provocará chuva, com declínio das

temperaturas em todas as regiões. A combinação de ar frio e umidade mantém a

possibilidade de queda de neve no Planalto e na Serra do Nordeste. No sábado (03) e

domingo (04), a presença de ar frio e seco manterá o tempo firme e as temperaturas baixas,

com valores negativos em algumas localidades e formação de geadas na maior parte do

Estado. Na segunda-feira (05), o ar frio começará a perder intensidade e as temperaturas

estarão em gradativa elevação. Na terça (06) e quarta-feira (07), o tempo permanecerá seco,

com nevoeiros ao amanhecer e grande amplitude térmica, com temperaturas mais baixas no

período noturno e valores mais elevados durante o dia, com temperaturas máximas

próximas a 25°C na maioria das regiões.

Os volumes de chuva previstos deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha e na

Fronteira Oeste. Nas demais regiões, os totais esperados deverão variar entre 10 e 20 mm

na maioria dos municípios, e poderão superar 25 mm no Vale do Rio Pardo e na região

Metropolitana.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 5, 01 ago. 2019

Grãos

No final da edição, oferecemos um mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar.

CULTURAS DE INVERNO

Trigo

Nesta safra, a área inicialmente estimada para o cultivo do trigo é de 739,4 mil

hectares, cujo plantio foi encerrado nesta semana. De modo geral, as lavouras se

desenvolvem bem, apesar da heterogeneidade das chuvas e do frio nos últimos dois meses

no Estado.

Fases da cultura do trigo no Rio Grande do Sul

Trigo 2019

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 01/08 Em 25/07 Em 01/08 Em 01/08

Plantio 100% 99% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 97% 97% 98% 97%

Floração 3% 3% 2% 3%

Enchimento de grãos 0% 0% 0% 0%

Maduro e por colher 0% 0% 0% 0%

Colhido 0% 0% 0% 0%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2014-2018.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (30% da área do Estado), que engloba os

Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a cultura vem apresentando bom

desenvolvimento vegetativo com um bom stand de plantas. Em 98% da área de 221 mil

hectares a cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (final do estádio de

perfilhamento e iniciando elongação) e 2% no início da floração. Durante a semana, os

produtores deram continuidade a tratos culturais, tais como adubação nitrogenada, controle

da ervas daninhas e controle de doenças, nas áreas com boa umidade no solo. No município

de Ijuí e Três Passos, observou-se o ataque da lagarta-rosca, e os produtores estão

enfrentando dificuldades técnicas para o controle eficiente. Os municípios de Joia e Cruz

Alta, respectivamente com 18 mil hectares e 15 mil hectares, têm a maior área cultivada na

região.

Na regional de Santa Rosa (27% da área de trigo do Estado), que compreende os

Coredes Fronteira Noroeste e Missões, 97% das lavouras estão em desenvolvimento

vegetativo (perfilhamento e iniciando elongação) e 3% da área encontra-se em

florescimento. De modo geral as lavouras evoluíram em relação à semana anterior, devido à

boa umidade no solo que possibilitou a aplicação de adubação em cobertura. Assim, com o

frio e a umidade do solo, reduziram-se os ataques de lagartas. O desenvolvimento da cultura

requer monitoramento semanal em relação a pragas e doenças. Os produtores não

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 6, 01 ago. 2019

realizaram pulverizações preventivas para doenças no trigo na região. Os municípios de

maior área na região são Giruá, com estimativa de cultivo em 23 mil hectares, e São Luiz

Gonzaga e São Miguel das Missões, em 18 mil hectares cada.

Na regional de Frederico Westphalen (14% da área no Estado), que corresponde aos

Coredes Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, em 97% das lavouras o trigo está em

desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo) e em 3% delas, em

início da floração. Produtores realizam adubação em cobertura, aplicação de fungicidas

preventivos e herbicidas visando o controle de invasoras, principalmente o azevém e a aveia.

Na região, Palmeira das Missões (com nove mil hectares), Chapada (6,5 mil hectares) e Boa

Vista das Missões (com seis mil hectares) são os municípios com a maior estimativa de área

cultivada na região.

Na regional de Passo Fundo (6,5% da área com trigo no Estado), que engloba os

Coredes Produção e Nordeste, a cultura está em fase de germinação e desenvolvimento

vegetativo. Os produtores realizam monitoramentos habituais de pragas e doenças, e a

aplicação de adubação em cobertura e em algumas lavouras utilizando tratamentos

fitossanitários. No entanto, a baixa precipitação ocorrida na região (em média 26,9 mm,

segundo a estação meteorológica da Embrapa Trigo de Passo Fundo) entre 14 e 29 de julho

dificultou o bom desenvolvimento da cultura do trigo. Os municípios de Almirante

Tamandaré do Sul, Lagoa Vermelha e Coxilha (com quatro mil hectares, 3,8 mil hectares e

três mil hectares, respectivamente), são os municípios com maior estimativa de área.

Na regional de Santa Maria (5,5% da área do Estado), que engloba os Coredes

Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, em 95% da área as lavouras encontram-se na fase

de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento de colmos) e 5% no início da

floração. Na última semana ocorreu excesso de chuvas e houve dias com baixa luminosidade

na região. Essas condições contribuíram para aumentar a pressão de doenças fúngicas na

cultura do trigo. Por isso, os produtores aumentaram o monitoramento das lavouras. Na

região, as maiores áreas estão situadas nos municípios de Tupanciretã, com 14,8 mil

hectares; Santiago, com 5,5 mil hectares; e Júlio de Castilhos e Capão do Cipó, com

estimativa de cinco mil hectares de área cultivada com trigo em cada município.

Em toda a área cultivada na regional de Bagé (5,1% da área com trigo no Estado), que

engloba os Coredes Campanha e Fronteira Oeste, as lavouras encontram-se na fase de

desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento dos colmos). As precipitações

constantes na região Sul do Estado resultaram em excesso de umidade e baixa luminosidade

diária, deixando os produtores em alerta. Os municípios com maior estimativa de cultivo são

São Borja, com 13 mil hectares; Itaqui, com seis mil hectares; e São Gabriel, com quatro mil

hectares de área cultivada com trigo.

Na regional de Caxias do Sul (4% da área do Estado), que corresponde aos Coredes

Campos de Cima da Serra e Hortênsias, a semeadura foi concluída antes do final do período

recomendado pelo zoneamento agrícola, que se estende até 20 de agosto nos municípios

dos Campos de Cima da Serra. As condições ambientais foram muito favoráveis para a

realização da semeadura em todo o mês de julho. O período foi de temperatura amena, com

pouca chuva, porém com umidade suficiente para a germinação e o desenvolvimento inicial

das lavouras. Sob tais condições, apresentam bom desenvolvimento vegetativo até o

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 7, 01 ago. 2019

momento, mantendo a perspectiva de bons rendimentos. A produtividade média esperada

para a região da Serra e Campos de Cima da Serra é de 3,5 toneladas por hectare. Em área

de produção, o destaque fica com os municípios de Muitos Capões, com estimativa de 13 mil

hectares de área cultivada, seguido de Vacaria, com cinco mil hectares, e de Esmeralda, com

dois mil hectares.

Na regional de Erechim (com 3,3% da área do Estado), que corresponde ao Corede

Alto Uruguai, as lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo. De modo geral, as

lavouras de trigo encontram-se com bom desenvolvimento e os produtores realizam os

tratos culturais, tais como o controle de invasoras e a aplicação de adubação em cobertura.

Os municípios com a maior área cultivada da região são Sertão – estimados quatro mil

hectares com cultivo de trigo; Campinas do Sul, três mil hectares; e Cruzaltense, dois mil

hectares.

Na regional de Soledade (com 3% da área com trigo no Estado), que engloba os

Coredes Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a cultura foi beneficiada com

chuvas ocorridas no início da semana, que elevaram o nível de umidade do solo, e dias

ensolarados, no final da semana. A partir destas condições favoráveis, a cultura apresentou

bom desenvolvimento vegetativo. Com tal quadro geral, os produtores estão realizando os

tratos culturais como adubação em cobertura e controle de invasoras de forma mais

eficiente. Em casos pontuais, foram registradas lavouras com a incidência da lagarta

Spodoptera, conhecida também como lagarta-do-cartucho; consequentemente foi

necessário o controle químico. Na regional, Espumoso (com estimativa de 11 mil hectares),

seguido de Victor Graeff (com três mil hectares) e Soledade (com 2,5 mil hectares) são os

municípios com maior estimativa de área cultivada.

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio semanal no Rio Grande do Sul foi de R$ 41,46/sc., valor 1,0% superior

ao da semana anterior. Na regional de Ijuí, os preços praticados ficaram entre R$ 40,50 e R$

42,00/sc. Em Santa Rosa, o preço médio foi de R$ 40,90/sc. para trigo com pH 78. Na

regional de Passo Fundo, o preço médio recebido foi de R$ 41,50/sc. e na regional de

Erechim o preço médio esteve em R$ 41,00/sc. O preço mínimo estabelecido é de R$

40,57/sc. para o trigo em grão safra 2019-2020 (Portaria nº 31, de 11/03/2019) para a região

Sul, tipo 1 (pão) com pH 78.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2086, de 01 de agosto de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento.

Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 8, 01 ago. 2019

Notas Agrícolas

Na edição de 26 de julho de 1989, a regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul

informava via telex a finalização do plantio de trigo, com redução da área em 21%

relativamente ao ano anterior. No ano seguinte, na edição de 25 de julho, o Informativo

Conjuntural registrava igualmente a finalização do plantio de trigo no Estado, destacando na

sequência os efeitos das fortes chuvas na área de trigo em Santa Rosa. Dez anos depois, da

edição 1095, de 29 de julho de 2010, a informação da conclusão do plantio de trigo é

associada ao tipo de sistema de cultivo.

Canola

Para esta safra, a estimativa de plantio de canola é de 32,7 mil hectares, com

rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria e Bagé são

regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras dessa oleaginosa.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 9, 01 ago. 2019

Na regional de Santa Rosa (34,2% da área do Estado), que engloba os Coredes

Missões e Fronteira Noroeste, 10% da área plantada com canola encontra-se em

desenvolvimento vegetativo, 53% em floração e 37% em início de enchimento do grão. As

chuvas em excesso ocorridas em alguns municípios e a baixa insolação reduziram o

desenvolvimento das plantas, atrasando o ciclo. As geadas em algumas lavouras provocaram

o abortamento das flores, o que levou os produtores a solicitarem o amparo do Proagro.

Fatores meteorológicos vão se somando e contribuindo de certa maneira para uma possível

diminuição nos rendimentos da cultura.

Na regional de Ijuí (22% da área do Estado), que engloba os Coredes Alto Jacuí,

Celeiro e Noroeste Colonial, 50% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 35%

em floração e 15% delas encontram-se na fase de enchimento de grão. Apesar de alguns

problemas nas primeiras síliquas formadas, decorrentes das geadas da primeira quinzena de

julho, a cultura apresenta bom desenvolvimento. Nos plantios em locais baixos, observou-se

pequena necrose nas extremidades das folhas.

Na regional de Santa Maria (16% da área do Estado), que engloba os Coredes Central,

Jacuí Centro e Vale do Jaguari, 68% da área com a cultura da canola encontra-se na fase de

desenvolvimento vegetativo, 15% em floração e 17% na fase de enchimento de grão.

Na regional de Bagé (13,4% da área do Estado), que engloba os Coredes Campanha e

Fronteira Oeste, a cultura encontra-se com 50% da área na fase de desenvolvimento

vegetativo, 25% em floração e 25% na fase de enchimento de grãos.

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço da canola na região de Santa Rosa foi negociado em média a R$ 67,05/sc. Na

regional de Ijuí, o preço médio praticado foi de R$ 63,80/sc. Em Cachoeira do Sul, que

integra a regional de Santa Maria, o produto foi comercializado por R$ 60,00/sc., mesmo

preço da semana anterior.

Cevada

A área implantada com a cultura no Rio Grande do Sul é de 42,4 mil hectares, com

rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. A maioria das lavouras plantadas com

cevada estão na fase de desenvolvimento vegetativo.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (22,4% da área do Estado), a cultura

apresenta bom desenvolvimento inicial e plantas com boa condição fitossanitária. A área

total com o plantio da cultura encontra-se em desenvolvimento vegetativo, e as primeiras

lavouras plantadas estão em estágio de alongamento do colmo. Foram realizados tratos

culturais, especialmente adubação em cobertura, nas regiões que apresentaram umidade

ideal. O preço médio na regional foi de R$ 51,00/sc. Os principais municípios produtores são

Ibirubá com dois mil hectares e Selbach com 1,1 mil hectares.

Na regional de Erechim (com 20,9% da área cultivada com cevada), a cultura de

cevada encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo. Na semana, os produtores

intensificaram a adubação de cobertura. Os municípios de maior área estimada são Sertão

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 10, 01 ago. 2019

com dois mil hectares, Getúlio Vargas com 1,3 mil hectares e Erebango com estimativa de

mil hectares.

Na regional de Bagé (2,1% da área do Estado), as lavouras estão situadas em Hulha

Negra, e foram estabelecidas no início de junho; entram agora na fase de alongamento dos

colmos. O início das aplicações de fungicidas está previsto para ocorrer a partir da próxima

semana, seguindo o programa de manejo fitossanitário, se necessário. As lavouras de cevada

implantadas no início de julho estão em fase de perfilhamento, com expectativa de melhoria

do stand após a chuva ocorrida na última semana. Nestas lavouras, os produtores fazem o

controle de invasoras e a aplicação de adubação em cobertura.

Aveia branca

A área estimada com o plantio de aveia branca para grão é de 300 mil hectares, com

produtividade esperada de 2.006 mil hectares. De modo geral, 67% das lavouras encontram-

se na fase de desenvolvimento vegetativo, 23% em floração e 10% na fase de enchimento do

grão.

Na regional de Ijuí (com 37% da área cultivada no Estado), 60% da área cultivada

encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 33% em floração e 7% da área com

lavouras está na fase de enchimento do grão. Neste ano, com a antecipação do plantio da

aveia na região, a cultura foi mais afetada pelas geadas do início de julho, e com isso a

cultura apresenta variados sintomas de danos. Estes atingiram aproximadamente 20% das

lavouras, sendo que o comprometimento do potencial produtivo varia entre elas. Santa

Barbara (com 12 mil hectares), Joia (com 10 mil hectares) e Cruz Alta (com quatro mil

hectares) são os municípios de maior estimativa de área cultivada na região.

Na regional de Santa Rosa (com 18,7% da área cultivada no Estado), 44% da área

cultivada encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 32% na de floração e 24% em

fase de enchimento do grão. O aspecto geral das lavouras é bom, melhorando após o

período de chuva e a aplicação da adubação em cobertura. Entretanto, muitas lavouras

apresentam plantas parcialmente acamadas, mas com bom aspecto fisiológico e nutricional.

Alguns produtores aguardam melhorias das condições de solo para realizar o tratamento

preventivo de doenças. Os municípios de São Miguel das Missões, com estimativa de cultivo

de sete mil hectares, e Giruá, com seis mil hectares, são destaques na regional.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul (5,8% da área do Estado), o clima na

semana foi favorável para a cultura, que se encontra em fase de desenvolvimento vegetativo. As

práticas culturais do momento são a adubação em cobertura e o controle de invasoras. Em geral

as lavouras apresentam stand adequado de plantas e excelente desenvolvimento inicial, com

ausência de pragas e patógenos. Na região o destaque fica com os municípios de Muitos Capões,

com estimativa de cultivar 10 mil hectares, e Campestre da Serra, com quatro mil hectares.

Na regional de Santa Maria (com 5,0% da área cultivada no Estado), 80% da área com

a cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 12% no estágio de floração e

8% na fase de enchimento de grão. De modo geral, as lavouras estão em bom estado

fitossanitário. Os municípios com área mais expressiva com a cultura são Tupanciretã, com

oito mil hectares, seguido de Júlio de Castilhos, com quatro mil hectares.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 11, 01 ago. 2019

Hortigranjeiros

SITUAÇÕES REGIONAIS

Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a semana se caracterizou pela

alta umidade e baixa luminosidade; assim, ocorreu redução do desenvolvimento das

hortaliças em geral, embora tenha havido boa recuperação dos danos ocasionados pelas

geadas. O solo muito úmido comprometeu o preparo de canteiros, mas beneficiou o

transplantio de mudas e a aplicação de adubação de cobertura. A beterraba apresenta

melhora no desenvolvimento, embora a qualidade do produto esteja um pouco

comprometida. As raízes tuberosas apresentam menor tamanho e maior concentração de

fibra. As brássicas, por sua vez, estão com desenvolvimento normal, com poucas folhas

externas necrosadas. Quanto ao tomate, é intensa a atividade de preparo das áreas

destinadas ao cultivo, principalmente em sistema protegido. Os produtores eliminaram as

plantas danificadas pelas geadas. Na cultura da mandioca, todas as manivas foram atingidas

pelas geadas. Os preços médios das olerícolas tiveram aumento em quase todos os

produtos: alface cotada a R$ 1,65/unid., beterraba a R$ 3,20/kg, brócolis vendido a R$

3,75/kg, cenoura a R$ 3,25/kg, cebola a R$ 2,75/kg, couve-flor a R$ 4,40/kg, mandioca com

casca a R$ 1,86/kg e descascada a R$ 4,16/kg, pepino cotado a R$ 5,00/kg, repolho R$

2,20/kg, rúcula a R$ 1,91/maço e o tomate é vendido a R$ 6,00/kg. Nas frutas, as rosáceas

apresentam retardo na emissão das flores; como consequência, haverá adiamento da

execução da poda. As videiras permanecem em estágio de dormência; no entanto os

produtores planejam antecipar a poda de forma escalonada para a colheita ocorrer antes,

obtendo melhores preços nas uvas de mesa. Os citros apresentam danos significativos

devido às geadas, principalmente a lima ácida Tahiti e as bergamotas, com queda de folhas e

frutos. O preço médio de comercialização da bergamota para consumo é de R$ 1,25/kg, e o

da laranja é de R$ 1,28/kg.

Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, seguem os trabalhos de plantio e

preparo do solo para implantação das olerícolas; lavouras já implantadas apresentam

desenvolvimento satisfatório, principalmente as folhosas. A cultura da alface a campo está

em desenvolvimento. O repolho está em colheita e produtores iniciam novos plantios,

também de beterraba. Em Candiota e Hulha Negra, são cultivados coentro, cebola, cenoura

e salsa para produção de sementes. A colheita da batata-doce está chegando ao final, e os

produtores fazem a guarda de mudas para o plantio na primavera. Também a colheita da

mandioca está praticamente concluída, restando poucas áreas a serem colhidas. Os citros

estão em colheita.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, na semana que passou ocorreu grande

acumulado de precipitação, paralisando o plantio e diminuindo a produção de olerícolas,

pois na maioria das propriedades não há cultivos protegidos. Observa-se intenso processo

de compactação do solo e alta acidez nas áreas destinadas ao cultivo de olerícolas. Foram

identificadas deficiências nutricionais facilmente contornáveis com aplicação de adubo

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 12, 01 ago. 2019

químico. Segue a colheita de alface, rúcula, couve folha, couve-flor, brócolis, repolho, agrião

e tempero verde; vendas consideradas boas. Apesar da forte geada, eventuais perdas não

são significativas. Hortas domésticas estão em plena produção, e praticamente todas as

espécies já oferecem colheita. A cebola apresenta bom diâmetro de caule. Os produtores

concluíram o transplante de mudas, aproveitando a chuva para fazer a adubação

nitrogenada. Ervilha em fase de florescimento e início da formação de vagens. Alho em

pleno desenvolvimento vegetativo; produtores realizaram a primeira adubação nitrogenada

após a chuva. Escritórios municipais da Emater/RS-Ascar estão acompanhando produtores e

recomendando o tratamento protetivo com calda bordalesa. Laranjas das variedades

umbigo e Salustiana e as bergamotas Ponkan e comum estão em final de colheita; finalizada

a das bergamotas do Céu, Okitsu e Nadorcott. Demais bergamotas apresentam forte queda

de frutos devido à geada. Iniciou o processo de maturação nas laranjas, com destaque para a

Valência, que apresenta boa carga de frutas. A banana é outra das frutas afetadas pelas

geadas, que causaram a morte de muitas plantas ou queima total da parte aérea; em muitas

delas, já inicia a emissão de novas folhas. Ocorre floração fora de época nos pessegueiros, e

flores fecundadas foram afetadas pela geada. Colheita do abacaxi encerrada, com ótimos

rendimentos, tanto em produtividade como no preço recebido por fruto, que foi de R$ 3,00

em média. Produtores realizam tratos culturais nas áreas novas. Tem início a colheita do

morango em áreas plantadas mais cedo; seguem atividades de manejo da cultura.

Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, as chuvas ocorridas

foram favoráveis aos cultivos de olerícolas a campo sem sistemas de irrigação. No entanto, a

menor radiação solar atrasou o crescimento das olerícolas em geral. O clima está

favorecendo as folhosas nos aspectos produtivos e na qualidade, tendo boa oferta do

produto. Cebola e alho em desenvolvimento; as chuvas da semana foram bastante

favoráveis a esses cultivos, a maioria dos quais é sem irrigação. As lavouras apresentam boa

sanidade e potencial produtivo. Aipim e batata-doce estão em colheita, com preços estáveis.

Áreas estão sendo preparadas para plantio em agosto. Produtores se preparam para a

realização de novos plantios em estufas de tomate e pimentão, realizando encomendas e

preparo de mudas. Ainda há oferta de moranga Cabotiá.

Na região Central do RS, a alface de cultivo a céu aberto foi prejudicada pelas fortes

chuvas e pouca luminosidade. Mesmo os cultivos protegidos sofreram com a falta da luz do

sol. O preço da dúzia de alface no mercado em Santa Maria manteve-se estável em R$ 16,00.

A rúcula tem oferta reduzida, sendo vendida a R$ 2,50/unid. em saquinho. A unidade de

repolho sai por R$ 1,00 e a de brócolis a R$ 4,00. O tomate disponível é apenas o de cultivo

em estufas, sendo comercializado a R$ 55,00/cx. de 24 quilos. Em Santiago, foram

comercializados na semana em torno de 400 quilos, com preço médio de R$ 4,00/kg. A

batata-doce é comercializada a R$ 20,00/cx. de 20 quilos; mandioca a R$ 16,00/cx. de 20

quilos.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 13, 01 ago. 2019

OLERÍCOLAS

Alho

O plantio da cultura está praticamente encerrado nas regiões da Serra e Campos de

Cima da Serra. Em junho e julho, as condições climáticas de poucos dias de chuva e

temperatura fora do normal para a época configuraram um panorama que favoreceu muito

o avanço das atividades a campo, como o preparo dos canteiros e o plantio da olerícola. As

lavouras da Serra se encontram em pleno desenvolvimento vegetativo, demonstrando ótimo

estande, vigor e sanidade. As áreas mais adiantadas já estão recebendo a primeira adubação

nitrogenada de cobertura, além de tratamentos fitossanitários e capina química para o

controle das ervas espontâneas.

Na região Nordeste do RS, 100% da área com o cultivo de alho foi plantada. As

lavouras já se encontram em estágio inicial de desenvolvimento vegetativo, dentro da

normalidade para a época e para a fase atual da cultura.

Cebola

Na região Nordeste, uma das que integram o Escritório Regional da Emater/RS-Ascar

de Passo Fundo, os produtores de cebola realizam o transplante de mudas. Nas áreas de

semeadura direta, o plantio já foi concluído. Em Ibiraiaras, 95% da área da cultura já foi

plantada e/ou transplantada, aumentando 5% em relação à semana anterior. Em virtude das

geadas que afetaram a cultura, a área de replantio chega a 3% do total da área com cebola,

aproximadamente 5,4 hectares. Apesar da baixa umidade do solo nessa região, o clima é

favorável para o desenvolvimento da cultura.

Na região Sul do RS, o clima chuvoso contínuo atrasou o avanço do transplantio das

mudas; está encerrado apenas o das variedades precoces. Estão transplantados até o

momento 32% da área. Produtores seguem com atividades de preparo dos canteiros para o

plantio das mudas, com aplicação de calcário e adubos orgânicos, principalmente estercos

de bovinos e aves, além de limpeza dos canais de dreno. A cultura apresenta bom

desenvolvimento até o momento.

Batata

Em Ibiraiaras, no Nordeste do RS, 95% das áreas foram colhidas, em torno de 620

hectares. Aproximadamente 99% da safra já foi comercializada, e não há disponibilidade de

batata branca da região. O preço pago ao produtor pela batata rosa é de R$ 150,00/sc. de 50

quilos. A qualidade é boa. Produtores preparam o solo, chegando a 70% da área, e iniciam o

plantio da próxima safra. A estimativa de área com a cultura é entre 650 e 700 hectares no

município, representando um aumento de 10% em relação à safra de 2018.

Na região Sul, a colheita foi concluída, com boas produtividades. Os valores pagos ao

produtor pelo saco de 50 quilos estão entre R$ 100,00 e R$ 140,00. A variação na faixa de

preço reflete a qualidade dos tubérculos ofertados.

Em Silveira Martins, na região Central, a nova safra está sendo plantada, com

perspectivas de plantio de 50 hectares.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 14, 01 ago. 2019

FRUTÍCOLAS

Citros

Na região da Produção, foi finalizada a colheita de laranja de variedades precoces e

iniciou a da Valência. Das bergamotas, está em encerramento a colheita da Ponkan e

iniciando a da Montenegrina. Alguns pomares já apresentam timidamente o início da

brotação para a próxima safra. As fortes geadas de julho afetaram a qualidade dos frutos, e

as perdas reais poderão ser quantificadas dentro de 30 dias. Os preços permaneceram

estáveis em relação à semana anterior. Entrou em comercialização para a indústria a

Valência, com preço de R$ 230,00/T.

Na região Norte, que corresponde à regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, as

laranjas precoces foram colhidas, exceto a variedade Salustiana, que está sendo finalizada.

Segue em colheita a de umbigo e inicia a da Valência. O total colhido na região é de cerca de

três por cento, e está em ritmo intenso; nos próximos dias as indústrias devem trabalhar

com sua capacidade máxima de produção de sucos.

Já nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, as laranjas em

colheita são as precoces, como a Salustiana, e a de umbigo. Quanto às bergamotas, está em

colheita a Ponkan e iniciando a da Montenegrina no baixo Vale do Rio Pardo, com menor

qualidade em função das geadas de julho. Segue o cronograma de tratamento, destacando-

se a mosca-das-frutas. Iniciou a brotação dos citros em geral.

Em Santa Maria, a bergamota Ponkan e a laranja de umbigo estão sendo

comercializadas a R$ 24,00/cx. de 20 quilos.

Na Serra, inicia a colheita da bergamota Montenegrina e da laranja Monte Parnaso,

as duas variedades mais cultivadas e de maior valor agregado na região, cultivadas no vale

do rio das Antas. Em final de colheita as bergamotas Caí e Ponkan e as laranjas do Céu e

Bahia. As condições climáticas de julho melhoraram bastante a coloração, o aspecto e o

sabor das frutas. Também condicionaram um significativo incremento no consumo,

refletindo-se naturalmente no fluxo comercial e na estabilidade das cotações. Pomares se

mantêm com boa sanidade, e os frutos, com baixos índices de pinta preta e de ataque de

pragas, como a mosca-das-frutas. Nos pomares seguem firme a colheita e alguns

tratamentos fitossanitários para a prevenção de fitopatias. Preços médios na propriedade:

bergamotas Caí e Ponkan, a R$ 0,60/kg; Montenegrina, a R$ 1,00/kg; laranja Monte Parnaso

a R$ 1,10/kg.

Banana

No Litoral Norte, pomares da fruta apresentam produtividade menor que a do ano

passado. O preço da banana está em queda: a Prata extra está sendo comercializada a R$

34,00/cx. de 20 quilos, R$ 6,00 a menos do que no final de maio. A banana Prata segunda, a

R$ 17,00/cx. (preço anterior: R$ 20,00), e a banana Caturra extra está a R$ 16,00/cx. A

redução de preço pode ser associada à estação do ano, na qual ocorre redução no consumo

de frutas, ou à preferência pelos citros em safra. O mercado está com pouca oferta interna e

pouca entrada de outras regiões concorrentes de fora do Estado.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 15, 01 ago. 2019

Viticultura

Na região Norte, os produtores já implantaram adubação de cobertura para melhoria

das condições do solo nos pomares. Realizam tratamento de pragas com calda sulfocálcica e

poda das variedades precoces de videira.

Na região da Serra, os agricultores realizam atividades de poda de produção,

manutenção da estrutura do vinhedo e plantio de novas áreas.

No Alto da Serra do Botucaraí, os viticultores fazem o manejo das plantas de

cobertura de inverno, principalmente a aveia preta e o nabo forrageiro. Nessa região, é

realizado o plantio de novas videiras nas áreas preparadas. Estão em fase final os

tratamentos de inverno para prevenção de doenças que ocorrem na primavera.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, tivemos 18 produtos estáveis em preços, sete em alta e 10 em baixa. Observamos

que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram

variação de 25% para cima ou para baixo. Três produtos destacaram-se em alta e dois em

baixa.

Produtos em alta

Limão Taiti – de R$ 1,67 para R$ 2,22/kg (+32,93%)

Início do período de baixa oferta do limão Taiti a nível nacional. Cotações em âmbito

nacional tendem à elevação até meados de outubro, quando entra a nova safra. O preço

atual de R$ 2,22/kg encontra-se muito próximo do preço médio relativo aos últimos três

anos para julho que foi R$ 2,21/kg.

Morango – de R$ 12,00 para R$ 15,00/kg (+25,00%)

Por efeito das temperaturas reduzidas do início do mês e pelo fato ocorrido na

semana anterior com excesso de chuva e baixa insolação, a cultura do morango nesta terça-

feira apresentou menor oferta. Automaticamente os preços de atacado elevaram-se,

chegando em média a R$ 15,00/kg, um pouco mais elevado que a média ocorrida para julho

dos últimos três anos que foi R$ 12,46/kg.

Cebola nacional – de R$ 3,00 para R$ 3,75/kg (+25,00%)

O volume ofertado nesta terça-feira, 34.292 quilos, foi bastante reduzido se

comparado com a média ofertada relativa aos últimos três anos para julho que foi 141.161

quilos. Segundo o CEPEA/ESALQ, a área plantada neste período foi menor, devido aos baixos

lucros recebidos neste mesmo período no ano passado. Os preços tendem a cair com a

entrada mais forte de cebolas paulistas ainda em agosto.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 16, 01 ago. 2019

Produtos em baixa

Alface - de R$ 0,67 para R$ 0,50/pé (-25,37%)

Período do mês em que o varejo retrai suas aquisições, auxiliando na queda das

cotações desta folhosa. Entraram para o comércio 9.048 dúzias, volume este ainda inferior

às 12.659 dúzias, quantidade média por dia forte da alface para julho do último triênio. O

preço médio formado, R$ 0,50/pé, encontra-se abaixo da média dos últimos três anos para

julho que foi de R$ 0,65/pé.

Tomate Caqui longa vida - de R$ 4,00 para R$ 3,00/kg (-25,00%)

Com a elevação das temperaturas na região Sudeste, ocorreu certa aceleração no

aprontamento do tomateiro, modificando as condições atuais de oferta. Preços em queda,

em conformidade com o volume ofertado.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta 23/07/2019

(R$/kg)

30/07/2019

(R$/kg)

Aumento

(%)

Batata 2,20 2,60 +18,18

Cebola nacional 3,00 3,75 +25,00

Chuchu 1,67 1,94 +16,17

Laranja suco 1,11 1,22 +9,91

Limão Taiti 1,67 2,22 +32,93

Morango 12,00 15,00 +25,00

Vagem 7,00 7,50 +7,14

Produtos em baixa Unidade 23/07/2019

(R$)

30/07/2019

(R$)

Redução

(%)

Alface pé 0,67 0,50 -25,37

Batata-doce kg 1,50 1,25 -16,67

Brócolis unid. 2,08 1,67 -19,71

Cenoura kg 3,00 2,75 -8,33

Couve-flor cab. 2,50 2,08 -16,80

Manga kg 3,89 3,61 -7,20

Moranga Cabotiá kg 1,50 1,40 -6,67

Ovo branco dúzia 3,17 2,83 -10,73

Repolho verde kg 1,00 0,90 -10,00

Tomate Caqui longa vida kg 4,00 3,00 -25,00

Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 17, 01 ago. 2019

Outras Culturas

Cana-de-açúcar

A cultura sofreu com as fortes geadas na região das Missões, causando secamento

de toda parte aérea das plantas; apenas pequenas áreas protegidas não foram afetadas. Foi

intensificado o corte das plantas afetadas para usá-las na alimentação dos bovinos e

transformação em melado.

A chuva interrompeu o trabalho de colheita das áreas destinadas à fabricação de

álcool para a usina em Porto Xavier. Foram colhidas apenas aquelas nas quais houve a

queima da cultura pelas geadas; as demais serão colhidas na sequência. O rendimento das

áreas colhidas até o momento gira em torno de 60 a 65 toneladas por hectare. Em áreas

destinadas para a produção de autoconsumo, continua o corte com vistas à produção de

melados e schmiers.

Criações

PASTAGENS

Em virtude da redução de horas de luz e das baixas temperaturas, predominantes no

inverno, as áreas de campo nativo apresentam processo contínuo de redução do

desenvolvimento dos pastos e de diminuição da quantidade e qualidade da oferta forrageira.

Observa-se, também, que as pastagens cultivadas de inverno ainda não atingiram o

pleno desenvolvimento para oferecer os melhores níveis alimentares e nutricionais.

Na região Serrana, regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, as temperaturas

mais amenas da semana deram condições para um maior desenvolvimento das pastagens e

para o aumento da taxa de matéria seca, proporcionando assim maior oferta de forragem

para os rebanhos leiteiros.

BOVINOCULTURA DE CORTE

O gado de corte mantido apenas em campo nativo apresenta escore corporal regular,

com perda de peso um pouco menor do que a costumeira para o inverno. O estado sanitário

desses animais, no geral, é satisfatório.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 18, 01 ago. 2019

Os rebanhos bovinos que dispõem de pastagens cultivadas estão em boas condições

físicas e sanitárias, mas o ganho de peso pode melhorar quando as pastagens atingirem seu

pleno desenvolvimento.

Os criadores dedicam atenção especial aos terneiros, ao manejo de matrizes em

período de gestação e ao preparo de touros para época de monta, que começará na

primavera.

Alguns produtores ainda realizam a sapeca de campo para eliminar o pasto seco

excedente dos campos nativos. Baseada principalmente na produção extensiva em campos

naturais, a produção pecuária dos Campos de Cima da Serra sofreu os efeitos das geadas e

baixas temperaturas, pois o crescimento do campo nativo foi paralisado, restando para o

pastejo apenas palha de baixa qualidade.

Comercialização

Os preços médios do quilo vivo do boi e da vaca para abate estiveram estáveis na

semana. O preço do boi permaneceu em R$ 5,56/kg vivo e o da vaca em R$ 4,83/kg vivo.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2086, de 01 de agosto de 2019. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento.

Núcleo de Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos leiteiros mantidos em pastagens cultivadas estão em boas condições

físicas e sanitárias. A produção de leite se mantém em bons níveis, com algumas quedas

pontuais, observadas especialmente na região de Santa Rosa.

A produção de leite deve aumentar, à medida que as pastagens cultivadas venham a

atingir pleno desenvolvimento.

Os produtores que praticam o pastoreio rotativo necessitam de menos

suplementação alimentar, tanto para não deixar cair a produção, no momento atual, quanto

para alcançar maior produtividade no período de pleno desenvolvimento das pastagens.

Em áreas mais úmidas, em várias regiões, o manejo na utilização das pastagens tem

exigido redobrado cuidado, pois o pastoreio é prejudicado pelo próprio pisoteio dos animais.

Na região Serrana, regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a maioria dos

animais está pastoreando as áreas de aveia e azevém. Houve aumento de áreas que

permitem pastoreio, reduzindo custos, uma vez que o pasto é o alimento mais barato.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 19, 01 ago. 2019

OVINOCULTURA

Os rebanhos ovinos começam a sentir mais severamente os efeitos do inverno.

Observa-se perda de peso nas diversas categorias, embora ainda mantenham um estado de

regular a bom.

No manejo sanitário, torna-se necessário o uso de medicamentos para controle

estratégico de verminoses, sarna e piolho.

No manejo reprodutivo, seguem os cuidados com as matrizes durante o período pré-

parto e parição. Intensificam-se, também, os cuidados com cordeiros, pois em algumas áreas

há um pequeno aumento do índice de mortalidade.

Comercialização

A oferta de carne ovina continua insuficiente para atender a demanda. Isto ocorre

com maior intensidade em relação à carne de cordeiro.

O preço médio do cordeiro para abate no RS, durante a semana, registrou mais uma

elevação significativa, passando de R$ 6,78 para R$ 6,94/kg vivo: um aumento de 2,36%.

Na região de Bagé, em São Gabriel, os preços do quilo da lã praticados por uma

cooperativa são os seguintes: Merina, a R$ 28,00; Ideal, de R$ 22,00 a R$ 23,50; Corriedale,

de R$ 8,00 a R$ 9,50; Romney Marsh, a R$ 6,00; raças de carne, a R$ 4,00.

SUINOCULTURA

Continuando com a tendência de alta, o preço médio do quilo vivo do suíno para

abate aumentou, nesta semana, de R$ 3,61 para R$ 3,63, uma elevação de 0,55%.

APICULTURA

Período negativo para a atividade dos apiários. As floradas são reduzidas, e o clima,

desfavorável.

Os apicultores dedicam-se principalmente à revisão das colmeias, à implantação de

novas e à organização geral dos apiários. No manejo, são realizados cuidados especiais com

as abelhas, como o fornecimento de suplementação alimentar proteica e energética.

Na região de Santa Rosa, a ocorrência de chuvas prejudicou o forrageamento das

colmeias na semana passada, o que foi altamente desfavorável para a atividade. A

diminuição da temperatura também contribui para o maior consumo interno de mel pelos

enxames. Assim, apicultores seguem distribuindo bifes proteicos nas colmeias como

estratégia para alimentação artificial de inverno. O aumento da floração de nabo, da canola

e de algumas gramíneas de inverno possibilita a disponibilidade de néctar e pólen,

garantindo a atividade de forrageamento dos enxames, mesmo que em menor intensidade.

Com o aumento das temperaturas e da oferta de crucíferas e espinilho, entre outras, as

melíponas retomaram a visitação às flores.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 20, 01 ago. 2019

Comercialização

O mel vendido pelos apicultores diretamente ao público registra uma grande

amplitude de preços, dependendo da região do Estado e do município. Durante a semana, o

preço para embalagens de um quilo de mel permaneceu entre R$ 15,00 e R$ 25,00 nesse

tipo de comercialização.

PISCICULTURA

O manejo dos açudes e tanques povoados tem registrado condições satisfatórias em

relação à época do ano, durante a qual a preocupação prioritária é a manutenção dos

peixes, mesmo sem registros de ganhos de peso.

Comercialização

No geral, os preços dos peixes criados em cativeiro estão estáveis, nas diversas

regiões. Na região de Erechim, o preço do quilo vivo da Carpa inteira continua entre R$ 6,00

e R$ 12,00 e o filé de Tilápia é comercializado entre R$ 15,00 e R$ 25,00/kg. Na região de

Porto Alegre, observou-se na semana uma queda do preço médio do quilo vivo do peixe

vendido inteiro na propriedade: ficou entre R$ 5,00 e R$ 6,00, para a Tilápia, e de R$ 5,50 a

R$ 7,00 para a Carpa. Nas feiras, o preço permaneceu estável; o quilo vivo da carpa ficou

entre R$ 13,00 e R$ 14,00 e o filé de Tilápia entre R$ 25,00 e R$ 32,00.

PESCA ARTESANAL

Na região de Santa Rosa, durante a semana observou-se maior turbidez da água dos

rios, que proporciona a maior captura de peixes sem escamas.

Na região de Pelotas, continua o período de defeso na lagoa dos Patos. Na lagoa do

Peixe, em Tavares, a captura de pescado é regular. Já na bacia da lagoa Mirim e em São

Lourenço do Sul, os níveis de captura são baixos.

Comercialização

Em Torres, município integrado na região administrativa da Emater/RS-Ascar de

Porto Alegre, a maior parte das espécies de pescado oriunda da pesca artesanal registrou

diminuição do preço médio em relação à semana anterior.

Produção e comercialização do peixe em Torres Espécie R$/kg Produção

Tainha (peixe inteiro) 10,50 média

Anchova (peixe inteiro) 12,50 boa

Papa-terra (peixe inteiro) 11,50 boa

Pescada (filé) 14,00 média

Linguado (filé) 25,00 média

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório regional de Porto Alegre.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 21, 01 ago. 2019

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2086, 01 ago. 2019)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2014/2018

01/08/2019 25/07/2019 04/07/2019 02/08/2018 GERAL AGOSTO

Arroz 50 kg 42,58 42,29 43,70 43,18 48,78 49,89

Boi kg vivo 5,56 5,56 5,41 5,18 5,97 6,01

Cordeiro kg vivo 6,94 6,78 6,42 6,57 6,44 6,51

Feijão 60 kg 136,76 140,59 144,67 140,11 203,69 190,01

Milho 60 kg 32,20 32,07 31,79 36,27 35,24 36,02

Soja 60 kg 68,79 68,88 72,03 79,57 81,37 81,22

Sorgo 60 kg 25,60 25,80 24,70 27,66 29,79 32,40

Suíno kg vivo 3,63 3,61 3,53 3,21 4,29 4,10

Trigo 60 kg 41,46 41,05 40,76 43,13 39,87 42,02

Vaca kg vivo 4,83 4,83 4,72 4,43 5,28 5,38

29/07-

02/08 22-26/07 01-05/07

30/07-

03/08

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2086 (01 ago. 2019).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

Notas Agrícolas

BOLETIM CLIMÁTICO –AGOSTO-SETEMBRO-OUTUBRO (2019)

Trimestre com grande variação na temperatura

Introdução (análise do mês de junho/2019)

No mês de junho, as precipitações no Rio Grande do Sul (Figura 1) ficaram abaixo do

padrão climatológico em grande parte do Estado, apenas no extremo sul é que ficaram

acima do padrão. As temperaturas mínimas e máximas ficaram acima do padrão

climatológico em todo o Estado. (Figura 2).

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 22, 01 ago. 2019

Figura 1. Precipitação acumulada e percentual relativo ao padrão climatológico (junho/2019).

Figura 2. Temperatura Mínima, Temperatura Máxima e anomalias (junho/2019).

Condições Climáticas Globais de TSM

A anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial

Central (Figura 3) ainda apresenta na parte oeste sinal positivo, mas com tendência a

predominar padrão próximo da neutralidade nos próximos meses. Na parte leste ocorreu

pequeno resfriamento anômalo devido a aumento dos alísios. As anomalias positivas no

oceano Atlântico Subtropical, próximas ao Sul do Brasil voltaram a apresentar intensificação,

abrangendo grande parte do litoral brasileiro.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 23, 01 ago. 2019

Figura 3. Anomalia Mensal de TSM calculada para junho/2019 (UFPel-CPPMet).

Fonte dos dados: NOAA-CDC.

PROGNÓSTICO PARA O RIO GRANDE DO SUL (Ago/Set/Out – 2019)

A situação atual da TSM do Pacifico Equatorial indica tendência de predominar

oscilações dentro do padrão de neutralidade. No Atlântico Subtropical próximo ao Sul do

Brasil mostra tendência de predominar anomalias positivas. O padrão de anomalia do

Atlântico favorece aumento da concentração de umidade na parte leste e norte do RS nos

próximos meses. Pelos principais padrões oceânicos, esperam-se padrões de chuva dentro e

pouco acima na maior parte deste trimestre, mas com possível inversão no final. As

temperaturas devem sofrer grandes variações ao longo deste período.

A análise detalhada do modelo estatístico (CPPMet/UFPel) mostra para os meses de

agosto e setembro (Figuras 4 e 5), precipitações pouco acima do padrão na parte nordeste e

norte, mas com tendência de oscilar dentro do padrão climatológico nas demais regiões do

Estado. Para o mês de outubro (Figura 6) são esperadas precipitações abaixo do padrão na

parte oeste e dentro do padrão climatológico na parte leste do Estado.

O prognóstico para as temperaturas mínimas indica para o mês de agosto (Figura 7),

valores médios pouco acima do padrão nas regiões centro e norte do Estado. Para o período

de setembro (Figura 8) são esperadas temperaturas mínimas oscilando dentro do padrão

climatológico na maior parte do Estado. Para o mês de outubro (Figura 9), são esperas

oscilações mensais pouco acima do padrão em todas as regiões.

Para as temperaturas máximas, o modelo indica para o mês de agosto (Figura 10)

temperaturas médias oscilando pouco acima do padrão nas regiões oeste e noroeste do

Estado. Para os meses de setembro e outubro (Figuras 11 e 12) são esperados valores pouco

abaixo na fronteira sul e dentro do padrão nas demais regiões.

Obs.: As escalas de cores nas figuras (4 a 12) representam as normais climatológicas

(esquerda) e as classes de anomalias previstas (direita).

Participantes: Julio Marques – CPPMET/UFPEL; Gilberto Diniz – CPPMET/UFPEL;

Solismar Damé Prestes - 8º DISME/INMET; Flávio Varone – SEAPDR; e Custódio Simonetti -

8º DISME/INMET.

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 24, 01 ago. 2019

A previsão contida nesse boletim é baseada no comportamento climático observado

nos últimos meses, em Modelos Estatísticos de Previsão Climática desenvolvidos para o Rio

Grande do Sul e dados obtidos junto ao INMET e NOAA. O uso das informações contidas

nesse boletim é de completa responsabilidade do usuário.

Figura 4. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista agosto/2019

Figura 5. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista setembro/2019

Figura 6. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista outubro/2019

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 25, 01 ago. 2019

Figura 7. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista agosto/2019

Figura 8. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista setembro/2019

Figura 9. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista outubro/2019

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 26, 01 ago. 2019

Figura 10. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista agosto/2019

Figura 11. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista setembro/2019

Figura 12. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista outubro/2019

Fonte: 8º DISME/INMET e CPPMet/UFPEL (publicado em julho 2019)

Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1565, p. 27, 01 ago. 2019

A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios

regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento – Coredes.