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Surf Style Exclusivo “Enquanto eu tiver fôlego continuarei” afirma o surfista Picuruta Salazar Destruição por chuvas também revolta surfistas Um jeito diferente de aplicar trotes universitários Valor: R$19,90 Editora: FAPCOM Edição 0 - ano 1 Junho/2010

Surf Style

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Revista voltada para o público do surf. Produzida no 5° semestre na faculdade FAPCOM.

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SurfStyle

Exclusivo“Enquanto eu tiver fôlego continuarei”afirma o surfista Picuruta Salazar

Destruição por chuvas

também revolta

surfistas

Um jeito diferente de aplicar trotes universitários Valor: R$19,90 Editora: FAPCOM

Edição 0 - ano 1 Junho/2010

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EditorialComeçar.

Todo começo é emocionante. Não dá para esconder aquele frio-zinho na barriga. Assim como um surfista não desiste no pri-meiro tombo, não desistimos diante das dificuldades encontradas em todo o planejamento. Agora, comemoramos com você, leitor, o lançamento da Surf Style.

A revista respira a liberdade de quem se atreve a ser diferente e tem coragem de explorar o mundo surf voltado para o meio am-biente e sustentabilidade, resgatando, assim, o espírito jovem de cada um.

Neste número zero é destaque: a praia Maresias, curiosidade turística de José Menino, entrevista com o Surfista Picuruta bi-campeão mundial e como é o processo da fabricação de pranchas. Também tem espaço na revista para o importante projeto TAM-AR e sobre protestos em defesa da natureza.

Bem-vindo à Surf Style, que entrelaça esporte e natureza, um lugar em que a aventura fala mais alto.

Aloha!

Expediente:

Editora Chefe: Emília Andrade

Editora de Arte: Inaiara Dias Cunha

Chefe de Pauta: Roberta Braghittoni

Reporteres e fotojornalistas: Emília An-drade, Inaiara Cunha e Roberta Braghittoni

Professores responsáveis: Lilian Crepaldi, Marcelo Gasparotto e Wagner Belmonte

Redação: R. Major Maragliano, 191 - Vila Mariana - São Paulo

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Entrevista exclusiva com Picuruta Pág. 14

Como fabricar pranchas Pág 12

Cuide da sua alimentação na praiaPág 22

Aproveite o melhor de José MeninoPág 24

Descubra o que há de melhor no projeto TamarPág 6

Protestos em dias de alagamentosPág 26

O que está na moda nesta estaçãoPág 18

Um trote universitário inteligentePág 22

Os campeonatos do mês Pág. 14

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5Junho de 2010

O Longboard não é tão comum no

Brasil quanto o skate. A diferença entre eles é o tamanho do shape, o long é maior no comprimento e se parece com uma

prancha de surf.Quem pratica este esporte, se diverte em ladeiras e estradas com inclinação. Os

movimentos imitam o surf e o snowboard. Os adeptos gostam de descer a pista com movimentos de um lado para o outro ou optam por ladeira abaixo.

Nesta modalidade é essencial o uso de equipamentos de segurança: capacete, luvas reforçadas, joelheira e cotoveleiras. Um skate completo com shape, rodinhas, truck e

rolamentos custa entre R$ 400,00 e R$ 800,00, vai depender da marca escolhida.O legal é praticar o esporte com amigos e ou pessoas que já andem de

longboard há algum tempo, para que você possa observar as manobras e movimentos e pegar o jeito.

Longboard

Fotos: Roberta Braghittoni

Já pratiquei:Há quanto tempo anda de long?Vai completar um ano. Eu e meu primo começamos a

alugar uns longs no parque Villa Lobos e pegar o jeito. No fim do ano, compramos e montamos os nossos.

Onde e com quem aprendeu?Aprendi sozinho! Meu primo me deu uns toques, mas

fui subindo no “carrinho” (Long) e aos poucos pegando o jeito. Alguns tombinhos de leve. No início, ia sempre ao Villa Lobos mesmo. Depois comecei a procurar umas ladeiras.

Onde costuma ir?Atualmente tento ir ao Museu do Ipiranga, ando um pouco perto de casa e na rua. Agora estou

tentando descer uma ladeira no alto da Lapa.

Por que este esporte?Sempre fui encantado com o surf, como ainda não tive a oportunidade de praticar, acabei me

apegando a algo bem próximo do surf e suas dropadas que é o longboard.

Leandro Machado Costa, 24 anosSão Paulo - SP

Radical

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Tamar

Fotos: Divulgação

Preservação

Projeto

Ajudando as tartarugas e a comunidade litorânea

Por Roberta Braghittoni

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7Junho de 2010

Tamar

O Projeto Tamar foi criado em 1980, afim de preservar as tartarugas marinhas que estavam em extinção. A iniciativa surgiu do governo, após várias pesquisas descobriu-se que estes ani-mais e seus ovos eram muitas vezes caçados por pescadores.

Não bastava simplesmente salvar as tartarugas, era preciso fazer um trabalho também com a comunidade local. O projeto interferiu na cul-tura dos pescadores, pois eles comiam tartarugas e seus ovos para sobreviver. Então foi acordado uma parceria, agora quando encontram uma tar-taruga no mar, avisam o Tamar para retira-la. As famílias também foram beneficiadas. Os arte-sanatos que são vendidos na lojinha do Tamar são feitos por mulheres e crianças que ganham 60% do valor da venda.

Muitas pessoas querem ajudar e levam o animal direto para alguma base, porémé um risco, se a polícia pegar, a pessoa será presa. O ideal é ligar para p Tamar mais próxi-mo, o técnico diz que p o d e

ser a cobrar mesmo, e avisar onde o animal está, mesmo que morto, ou então deixar nome e RG, caso seja parado, a instituição já está avisada.

Outro fato muito decorrente, são os animais de outras espécies deixados nas bases, o record é dos jabotis, mas o projeto não aceita mais.

As tartarugas marinhas vivem até 100 anos, entre 25 e 30 anos se reproduzem e têm de 4 5 ninhos por temporada, em cada uma delas são em média 110 ovos, parece muito, mas elas fazem parte da cadeia de muitos animais, caso desapareçam, vai ocorrer um grande desequilí-brio ecológico.

As desovas que o Tamar acompanhou há 30 anos vão começar a se reproduzir só agora e mesmo que o número de tartarugas seja o sufi-ciente para o equilíbrio ecológico, o projeto não pode parar, pois ele é um meio de renda para

as comunidades e está diretamente ligado ao turismo de cada

cidade que tem uma base.

Escolas visitam os aquários da Ong e

assistem a aulas .

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O Brasil possui cinco espécies de tartarugas:

Verde: É a mais conhecida e encontrada na costa brasileira

De couro: Ainda está ameaçada, por isso há pouca informção sobre ela. Chega a pesar 700kg e até onde se sabe, come ap-enas águia viva.

De pente: Possui bico, pois fica entre as pedras e corais, outra característica, é que seu casco é serrilhado e foi muito usado para a fabricação de armação de óculos e pente.

Cabeçuda:Conforme o nome, tem a maior cabeça dentre as espécies e é a mais comum encontrada desovando no litoral brasileiro

Oliva: É a menor das espécies e seu casco é de cor cinza esverdeada.

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9Junho de 2010

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Ensaio Fotográfico

Fotos: Silmar Constantino

LucasPita

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Cannes - França

Ibiza - Espanha

Fotos: Inaiara Cunha

Anacona - Itália

Nice - França

Praias Europeias

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desde sua criação

pranchaA

Fotos: Inaiara Cunha

tecnologia

Por Inaiara Cunha

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Processos da Fabricação:

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Inicia-se com o shape, no qual o formato e a definição do out-line da prancha vão ser determi-nados de acordo com o objetivo e características do atleta.

Air brush: É realizada a pintu-ra da prancha. Normalmente, a figura é produzida em uma seda de desenho e depois aplicada sob o equipamento com resina.

É realizada a laminação, que corresponde à aplicação de fibra de vidro com resina. Este pro-cesso é realizado em toda a ex-tensão.

Nesta etapa o equipamento recebe o banho para acabamento. O pro-cedimento deve ser realizado com uma mistura de resina, monômero, parafina e catalisador.

O último passo é o lixamento para retirar o excesso de resina que é re-alizado com lixas d’água. Para fi-nalizar, é só dar o retoque lustrando com boina de pele de carneiro.

Há 20 anos a Zona Leste de São Paulo conta com uma fá-brica artesanal de pranchas. Idealizada e dirigida por Már-cio Reis, 34 anos, a Tatuí Brasil produz uma média de seis pranchas por semana. Com apenas três funcionários (Már-cio e mais dois ajudantes), as pranchas de surf levam de 2 a 15 dias para ficarem prontas. Reis afirma que 20% dos seus cli-entes são atletas profissionais e o restante é simpatizante. “Atendemos atletas de todas as modalidades. Cerca de 70% das nossas vendas são realizadas pela inter-net, recebemos encomendas de todas as partes do Brasil e inclusive do exterior”, afirma o dono do empreendimento.

A empresa trabalha com os oito mod-elos de pranchas existentes e suas vari-ações de rabeta e bico. Elas custam entre R$ 650,00 e R$ 1.500,00. A Tatuí Brasil também fornece cursos para quem tem o desejo de aprender a técnica e se tornar um profissional da área.

Figuras em Seda de desenho para decorar as pranchas

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Bicampeão Mundial

Fotos: Emília Andrade

Perfil“Enquanto eu tiver fôlego e energia para surfar, vou estar dentro das competições.”

Por Emília Andrade

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15Junho de 2010

Alexandre Salazar Junior, 49 anos, é surfista desde criança. Nasceu e vive até hoje em San-tos. É reconhecido internacionalmente e é um dos atletas que mais ganhou competições: 168 em 1º lugar, entre eles dois mundiais. Picuruta, como é conhecido, bate um papo descontraído sobre carreira, estilo de vida, projeto social e família com a produção da revista Surf Style.

1- Com quantos anos começou a surfar?Aos 8 anos, através do meu irmão Lequinha,

que é o mais velho da família. Ele me colocou de pé pela primeira vez e de lá pra cá eu nunca mais parei. Hoje faz 42 anos que eu pego onda.

2- Quais as dificuldades que você já encon-trou por surfar?

Várias. O surf nos anos 60 era muito margi-nalizado e criticado pela imprensa como o es-porte dos desocupados que não queriam fazer nada a não ser ficar na praia pegando onda. No decorrer dos anos, essa imagem foi mudan-do com as conquistas que foram aparecendo na minha carreira como a de qualquer outro atleta.

3- Qual o seu maior desafio na profissão?Todo surfista sempre tem um desafio dife-

rente e às vezes grande. Tive que pegar uma onda de 37 minutos que é um encontro do rio com o mar, um fenômeno chamado pororoca

conhecido internacionalmente. Esse pra mim foi o meu maior desafio. Tive medo. Quem disser que nunca teve medo é mentiroso, pois estamos de-safiando o mar, mas, graças a Deus, nunca sofri nenhum acidente grave.

4- De todos os títulos que você ganhou dois mundiais e mais 166 títulos, qual o que você con-sidera o mais importante?

Foi em 89, meu irmão Lequinha faleceu e eu que-ria muito ganhar um campeonato em homenagem a ele, já que foi a pessoa que me introduziu no surf. Acabei realizando este sonho em uma etapa do brasileiro.

5- Qual foi o erro que você já cometeu e que, se pudesse, voltaria atrás e mudaria?

O meu maior erro foi não ter dado continuidade aos meus estudos, fiz apenas a 1ª série. Hoje, você vê grandes atletas que nem sempre têm o estu-do completo, pois o deixaram em virtude do esporte. Isto no passado, atualmente você con-segue conciliar as duas coisas, esporte e estudo, o que é mui-to importante.

Escola de Surf Picuruta Salazar em atividade há 13 anos(em cima) e as pran-chas pessoais do profissional (ao lado)

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16Surf

Style

6- Você já teve um sonho de seguir alguma outra carreira além do surf?

Não, até porque comecei a surfar muito novo. A não ser querer aproveitar a juventude e curtir aquela fase de criança e adolescente. (risos)

7- Como que é ser bicampeão mundial e ao mesmo tempo ter tantos títulos no surf?

É o reconhecimento por tudo que eu fiz. Ser campeão é fruto de um trabalho de muitos anos e essas coisas vão aparecendo ao longo dos anos. Afinal, com 40 anos em um esporte, é impossível você não ter nenhum título

8- É verdade que este ano é o seu último mun-dial e depois do campeonato você pretende se aposentar?

Não. Isso é lenda que ficam falando. Sobre aposentadoria só Deus sabe. Enquanto tiver fôlego e energia para surfar eu vou continuar dentro das competições.

9- Quando você parar de surfar o que pretende fazer?

É difícil dizer por que ainda não cheguei à idade de pensar em parar de competir.

10- O surf vem crescendo muito aqui no Brasil. O que recomenda para os jovens que estão ini-ciando?

Se você tem um sonho, corra atrás dele. Com seu trabalho e esforço você consegue realizá-lo. Procurar sempre estudar e ser educado princi-palmente em casa, para você ter apoio necessário dos pais. Acredito que ai esteja à fórmula do sucesso, pois o respeito na sua família é funda-mental.

11- Qual o risco de surfar sem experiência?Risco nenhum. Acho que o necessário, caso a

pessoa tenha interesse, é saber nadar e ter res-peito pelo mar. Aqui, por exemplo, já temos ex-periência para lidar com qualquer tipo de pes-soa, mesmo aquelas que tenham até trauma do mar. A segurança que passamos para elas é o fato de se sentirem à vontade.

12- Quanto tempo levou como surfista amador até que os patrocínios garantissem seu sustento?

Na realidade, o surf sempre foi amador. Não existe surf profissional, ele ainda não é reco-nhecido. Passei a me sustentar com o esporte por volta dos anos de 75 e 76 quando comecei a ganhar dinheiro para pegar onda. Hoje, 100% da renda da minha família vêm do surf.

13- O número de surfistas no Brasil e no mun-do cresce a cada ano. Isso torna o esporte um dos maiores do mundo?

Sim, tanto que, aqui no Brasil, é um dos es-portes mais praticados. Está em 2º lugar, perde apenas para o futebol. Uma pesquisa recente, feita nos oito mil quilômetros de praias brasi-leiras, demonstra um número fantástico de surfistas, e isso é legal. Porque sabemos que es-tamos levando o bem para as pessoas, pois o surf não é apenas um esporte e sim uma filosofia de vida, por se ter tanto contato com a natureza sem preocupação nenhuma. Tem um rapaz de São Paulo, assistente de computação, que vem toda semana só pegar onda, fugir da vida estres-sada da cidade grande. No fim de semana, vem muita gente como ele surfar e esquecer um pou-co da vida dentro do mar.

Picuruta Salazar surfa desde seus 8 anos e já conquistou 168 títulos

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A Escola de Surf Picu-ruta Salazar surgiu em 1997 no calçadão da praia de Santos. E com o apoio da prefeitura veio para o emissário submarino. Esta é uma iniciativa do Picuruta que passa adi-ante sua experiência, além de ver surgir novas gerações do mundo surf. Hoje, a instituição tem 80 alunos carentes fixos que recebem aulas gratuitas.

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masculinosLooks

Look 1

Calça Lost R$ 199,00

Camisa Volcom R$ 178,00

Boné Quicksilver R$ 122,00

Tenis Vans R$ 159,00

Neste inverno listras, xadrez e sím-bolos geométricos estão em alta. Cores como marrom, bege e preto, também fazem parte dessa temporada. O jeans e o blusão de touca não podem faltar no guarda-roupa.

Look 2

Calça Ecko R$ 360,00

Blusão Okdok R$ 260,00

Carteira Billabong R$ 109,90

Tennis DV Court R$ 289,00

Moda

Look 3

Bermuda Lost R$ 199,00

Blusão New Skate R$ 236,90

Tennis Globe Superfly R$ 379,90

Cinto Rip Curl R$ 159,99

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19Junho de 2010

A cor roxa está com tudo nessa temporada, assim como o cinza e o preto. Vestidinhos curtos ficam um charme quando usados com sapatos de salto alto. As calças saruel e full print são peças essenciais neste inverno.

Look 1

Vestido Rip Curl R$ 145,00

Sapato Lui-lui Plik R$ 179,90

Bolsa Mormaii R$ 122,30

Look 3

Bota Lui-lui R$ 189,90

Jaqueta Riu Kiu R$ 157,70

Calça MCD R$ 161,40

Bolsa Mormaii R$ 175,40

femininosLooks

Look 2

Saruel Onbongo R$ 183,70

Baby look Onbongo R$ 74,80

Sapato Barth Chapeleiro R$ 199,80

Bolsa Roxy R$ 89,00

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Saúde

VERDURAS

FRUTAS

EFotos: Divulgação

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21Junho de 2010

O surfe exige energia, a energia vem dos alimentos, então vamos aprender a ingeri-los corretamente.

Nos dias de surf intenso o surfista deve ingerir de 4 a 5 mil calorias por dia. O certo seria fazer um bom desjejum com frutas, pão, leite e queijo, mas acordar ainda de noite, passar a parafina na prancha e cair na água é uma das melhores sensações da vida e na maioria das vezes não damos importância ao que comer antes.

Alimentos naturais e leves, como saladas, frutas em geral, carnes magras, sucos e água de coco são essenciais desde que tenham uma boa higienização e conservação.

Na praia a variedade de alimentos vendidos é enorme e há certo cuidado com al-guns deles como o sanduíche, pois geralmente ele contém maionese ou produtos industrializados como o patê, que deterioram facilmente no calor.

Produtos que são fritos também podem ser perigosos como camarões, pastéis e acarajés, o óleo em que são preparados pode ter sido reutilizado várias vezes, o que aumenta as chances de contaminação.

Para os praticantes de surf que permanecem muito tempo na água, queimam mui-tas calorias e perdem muito líquido no esporte, recomenda-se o consumo de muito líquido, como água ou água de coco, e em casos mais avançados recomendo as bebidas hidroeletrolíticas (isotônicos) para repor os minerais e eletrólitos perdidos no suor, lembrando que as necessidades de cada atleta são individualizadas.

Por Emília Andrade

Para não cair em

roubadas

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O Trote do oceano

Atitude

Por Roberta Braghittoni

Fotos: Divulgação

Estudantes do curso de Oceanografia da Unimont trocam a brincadeira do farol por uma ecologicamente correta.

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23Junho de 2010

Pedir dinheiro nos semáforos, so-frer humilhações, ingerir bebidas alcoólicas contra a vontade. A nova atividade que integra veteranos e calouros (bichos) é diferente. Ela acontece na primeira semana de aula com a limpeza que é feita nas praias do litoral sul paulista. Os bi-chos recebem sacos e uma luva para recolher todo o lixo durante o tra-jeto, também são entregues algumas mudas para serem plantadas no ca- minho. Em 2009, limpou-se a trilha da Praia do Góes até a Praia do San-gava que fica no Guarujá. Em 2010, foi nos mesmos locais, porém com uma rota diferente.

Num dia como esse é recolhido em média 120 kg de lixo. Os campeões são as garrafas pet e embalagens de salgadinho e biscoito. Segundo a pro-fessora Carolina Pacheco Bertozzi, um dos objetivos da atividade é mos-trar a importância de não jogar lixo no chão, pois os mesmos vão parar no mar. A intenção é passar para ou-tras pessoas essa conscientização.

Eduardo Garcia Rosa estuda na universidade e disse que foi uma grande experiência participar como veterano, pois passou a importância

de cuidar do meio ambiente para os bichos. “Nesse tipo de trote podemos ter um contato bem íntimo com a natureza e com os problemas que ela sofre, acredito que todos nós tivemos uma grande experiência de aprendi-zado e até mesmo de aventura, além de gostar cada vez mais do que esco-lhemos pra vida, a oceanografia.”

Para Rafael Vilalva, também vete-rano, o trote ecológico foi algo bem inusitado, pois nunca pensou nessa possibilidade. “Percebi que falta e-ducação ambiental para a população que freqüenta as praias e para os tu-ristas. Não me lembro de todo o tipo de lixo que encontramos, mas me re-cordo de ter achado muitas latinhas de cerveja, bitucas de cigarro, garra-fas...”

Na Universidade de Mont Serrat (Unimont) os alunos, professores e o Centro Acadêmico participam juntos deste evento, fazendo essa atividade parte da programação do curso. Caro-lina crê que o trote solidário ecoló-gico aproxima os estudantes para que se conheçam e convivam melhor, já que o intuito é trabalhar por um bem comum, ao invés de ir a um bar ou a um farol pedir dinheiro para festas.

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Style

José Menino

PointO destaque do mês vai para a praia de José Meni-no, no canal 1 de Santos.

Foto: Fernando De Santis

Emissário Submarino: Inaugu-rado em 21 de julho de 1978, com a presença do então presidente da República, general Ernesto Gei-sel. Frequentada pelos praticantes de asadelta,

que saltam do Morro do José Menino, Assim admiram a bela paisagem do alto. Calçadões, beira mar agitada e vida noturna são as ca-racterísticas do lugar que abrigou o primeiro hotel da orla marítima em 1895 (Hotel Inter-continental) e recebeu os primeiros trilhos de bondes, a primeira escola de surf, o Emissário Submarino e o Museu do Surf.

Histórico

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25Junho de 2010

Escultura de Tomie Ohtake: Produzida pela artista, a peça, confeccionada em aço de alta durabilidade, tem 15 metros de altura e pesa 80 toneladas. Foi inaugurada em junho de 2008, em alusão ao centenário da i-migração japonesa no Brasil.

Museu do Surf: Maior instalação coberta do parque, contém obras de arte de surfistas e cerca de 80 pranchas, como a réplica de um modelo da década de 1930, com 4,5m e 45kg.

Personagem: Seu Ramos, nascido em 1930 mora no litoral há 60 anos. Viúvo, pai de dois filhos, diz que não troca a praia por nada neste mundo. Conhecido como professor pelos fre-quentadores, ele passa o dia na areia ensinando os turistas e a população local a jogar Frescobol.

Prancha da década de 30: Fabrica-das nas instalações do clube regatas no ano de 2000. Há uma réplica da primeira prancha “oca”, criada no Hawai por Tom Blake.

Fotos:Emília Andrade

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Protestos em

dias de chuva

Ricardo Dulius tirando uma onda no Arroio Dilúvio em Porto Alegre - RS

Foto: Juliano Didonet

De olho

Por Inaiara Cunha

Surfistas nas capitais utilizam a maré alta dos temporais para colocar a boa no trambone

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Há alguns anos os brasileiros convivem com si-tuações de desespero e caos em épocas de chuvas. Em novembro de 2008, dezenas de cidades em Santa Catarina decretaram estado de emergên-cia, milhares de pessoas ficaram desabrigadas e houve o registro de mortes devido às enchentes. Em virtude desses acontecimentos jovens surfis-tas utilizam tais ocasiões para protestos, como também a autopromoção.

Quem olha a imagem em destaque ao lado, pode até mesmo imaginar que foi tirada de surfistas

em algum fenômeno da Pororoca na foz do Rio Amazonas, ou em outra água doce. No entanto, a foto foi registrada no dilúvio da cidade de Porto Alegre durante um temporal em no-vembro de 2009, que levou a cidade ao

caos. Na ocasião, o esportista não es-tava somente se divertindo, o ob-jetivo era realizar um protesto. Mani-festações como esta se tornaram comum e procuram chamar a atenção dos go-vernantes.

O último caso foi registrado no Rio de Janeiro, no dia 6 de março. O cineasta Gabriel Mellin foi filmado pelo seu irmão Rafael Mellin surfando na região alagada da Baixa Gávea em frente a um restaurante. O manifesto teve como finali-dade chamar a atenção das autoridades em favor de uma atitude para melhorar a infraestrutura da cidade. “Durante uma hora esbravejamos e falamos da irresponsabilidade de se jogar lixo na rua, do descaso do governo com esse problema. Depois de tanto reclamar, resolvi pegar a câmera no meu carro para fazer um vídeo de denúncia e mandar para algum jornal”, contou Gabriel em entrevista à revista Época.

Na cidade de Porto Alegre, em 2009, a atitude de outro surfista foi ainda mais arriscada. Ricar-do Dullius, publicitário e praticante do esporte, entrou no Arroio Dilúvio (onde são jogados de-jetos de esgoto do município) para surfar em um dia de forte chuva. Na época o feito serviu para alertar a população da dimensão do temporal e para divulgar a própria marca do empresário.

A intenção dos jovens surfistas nas duas ocasiões era de conseguir atenção dos gover-nantes e da mídia de uma forma diferente e bem humorada sobre um problema que prejudica e atingi a vida de muitos brasileiros. “Eu, como cineasta, sei que ninguém falaria sobre esse problema com imagens de denúncia. Quando se usa uma idéia para falar de um problema, princi-palmente com bom humor, a projeção é maior”, argumenta Mellin. E agora, quem será o próxi-mo a surfar nas ruas das capitais?

Gabriel Mellin não tem medo da água suja e faz das ruas o mar no Rio

Foto: Rafael Mellini

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28Surf

Style

“Recomendo a todos o Camping Lagoa Mar em Garopaba por ser uma estadia barata à beira-mar, ter quiosques, co-

zinha, churrasqueiras e banheiros limpos com água quente. Além disso, o em-preendimento conta com um ótimo alto astral e os funcionários são educados e simpáticos.”

*Luana Pitrosky - 21 anos Porto Alegre, RS

Já Fui!

A maré dos

campings

A dica da Surf Style deste mês é o Camping Lagoa Mar em Garopaba, Santa Catarina. Para quem nunca acampou, esta é uma ótima opor-tunidade, uma vez que o lugar conta com uma infraestrutura adequada para iniciantes. O Lagoa Mar conta com capacidade para cerca de 500 bar-racas, área de lazer e jogos, seis banheiros públi-cos, churrasqueiras e fogões, choupanas, canchas de vôlei e futebol, entre outros espaços.

A localização do camping não poderia ser me-lhor. Situado na Rua Lagoa Mar, o local fica em frente ao mar, e próximo ao centro da cidade. O lugar é perfeito para quem tem o desejo de re-laxar em família, ou curtir um agito nas praias jovens do município de Garopaba, como a Praia da Ferrugem (7km) e Rosa (16km).

Foto: divulgação

Hospedagem

- Barraca;- Saco de dormir

ou colchonete;- Lona;- Fogareiro com

combustível;- Panelas;

- Talheres;- Lanterna;- Pilhas;- Machadinho;- Sisal;- Canivete.

Equipamentos básicos para acampamento:

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29Junho de 2010

Maresias

Em focoFoto: Roberta Braghittoni

Localizada na cidade de São Sebastião no estado de São Paulo, Maresias é uma das praias mais badaladas. Possui uma ótima infra-estrutura de hospedagens e restaurantes além de ser pico dos surfistas.

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ABRASP Pro Junior

Categoria: Oakley

Pro Junior

Local: Praia Mole, Santa Catarina

2 a 6

ABRASP Div Acesso

Categoria: Pena Surf

Pro Nordeste

Local: Várzea do Una, PE

11 a 13

ABRASP deSão Vicente

Categoria: Maresia Pro Nordeste

Local: Atalaia, Sergipe

4 a 6

22 a 27ASP WQS

Santa Marta

Categoria: South to South Santa Marta Pro

Local:Farol de Sta

Marta, S.C

12 e 13 FPS Estadual

Categoria: Maresia Paulista Pro

Local: Guarujá, São Paulo

CampeonatosJunho 2010

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