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CIDADES SUSTENTÁVEISLIVRETO DE RESULTADOS
CIDADES SUSTENTÁVEISLIVRETO DE RESULTADOS
XXV PRêmio joVem cientista
Conselho naCional de desenvolvimento CientífiCo e teCnológiCo (CnPq)PresidenteGlaucius Oliva
DiretoresManoel Barral NettoPaulo Sergio Lacerda BeirãoGuilherme Sales Soares de Azevedo MeloErnesto Costa de Paula
Serviço de PrêmiosRita de Cássia da Silva
gerdauDiretor-Presidente (CEO) André B. Gerdau Johannpeter
Presidente do Conselho do Instituto GerdauKlaus Gerdau Johannpeter
Vice-Presidente do Instituto Gerdau Beatriz Gerdau Johannpeter
Diretor do Instituto GerdauJosé Paulo Soares Martins
gePresidente e CEO GE América Latina Reinaldo Garcia
Líder do Centro de Pesquisas da GE BrasilKenneth Herd
Diretor de Marketing GE América LatinaMarcos Leal
Gerente de Relações Públicas Governamentais da GE BrasilIeda Passos
fundação roberto marinhoPresidenteJosé Roberto Marinho
Secretário-GeralHugo Barreto
Superintendente ExecutivoNelson Savioli
Gerente de Meio AmbienteAndrea Margit
Coordenadora de ProjetosMarcia Pinto
SUMÁRIOLIVRETO DE RESULTADOS
Introdução 4
Resultados da categoria Graduado 6
Resultados da categoria Estudante do Ensino Superior 16
Resultados da categoria Estudante do Ensino Médio 26
Resultados da categoria Mérito Institucional 34
Resultado da categoria Menção Honrosa 40
Parceiros 44
Temas do Prêmio Jovem Cientista 50
INTRODUÇãO
5InTRODuçãO
Estimular a pesquisa científica no país e valorizar estudantes e pesquisadores
que não medem esforços para transformar suas ideias em soluções para
os desafios brasileiros. Esses são os principais objetivos do Prêmio Jovem
Cientista, que nesta edição comemora 30 anos. Instituído em 1981, o prêmio é
resultado da parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), a Fundação Roberto Marinho, a Gerdau e a GE.
Uma das características do Prêmio Jovem Cientista é a proposição de temas
atuais e de interesse direto da população. No ano em que a humanidade
atingiu a marca de 7 bilhões de habitantes, dos quais 50% vivem nas cidades,
a escolha do tema Cidades Sustentáveis não poderia ser mais oportuna.
Especialmente no Brasil, que no curto período de 50 anos passou a ser um
país urbano, com 84% dos seus quase 191 milhões de habitantes morando
em cidades.
A resposta ao tema foi um novo recorde de inscrições: foram 2.321 trabalhos
de jovens que aceitaram o desafio de propor soluções capazes de transformar
seus ambientes. Desses, 1.967 chegaram de estudantes do ensino médio e 354
de graduados e estudantes do ensino superior.
O Prêmio Jovem Cientista agracia os três melhores trabalhos e os professores
que atuaram como orientadores nas categorias Graduado, Estudante do
Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio. Recebem o Mérito Institucional
as duas instituições — uma universidade e uma escola de ensino médio — que
inscreverem o maior número de pesquisas com mérito científico. O prêmio
também confere Menção Honrosa a um pesquisador com título de doutor, com
ampla experiência e capacidade de formação de pesquisadores e produção
científica no tema da edição.
A premiação é feita pela presidente da República e reúne, na cerimônia,
autoridades governamentais nas áreas de Ciência e Tecnologia, além de
respeitados nomes da Ciência brasileira. Os vencedores também recebem
bolsas do CNPq como estímulo para a continuidade de suas pesquisas e
contribuição para o desenvolvimento do País.
RESULTADO DA CATEGORIA
GRaDUaDo
1º lugarUENDE APARECIDA FIGUEIREDO GOMESuniversidade Federal de Minas Gerais (uFMG)
2º lugarKARIN REGINA DE CASAS CASTRO MARINSuniversidade de São Paulo (uSP)
3º lugarALEJANDRA MARÍA GÓMEZ JIMÉNEZuniversidade de Brasília (unB)
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA8
Uende Aparecida Figueiredo Gomes
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Belo Horizonte | MG
Intervenções de Saneamento Básico em Áreas de Vilas e Favelas: Um Estudo Comparativo de Duas Experiências na Região Metropolitana de Belo Horizonte
Pesquisadora da UFMG analisa intervenções de saneamento básico em áreas de vulnerabilidade social
Em pesquisa sobre o acesso ao saneamento básico, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) apontou que quase metade dos municípios
brasileiros (44,8%) não tinha rede coletora de esgoto em 2008. Na região
Norte, por exemplo, 96,5% das cidades não dispõem do serviço. Pensando em
desenvolver projetos que promovam a ampliação do acesso aos sistemas de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, a pesquisadora Uende Gomes,
de 29 anos, propôs uma avaliação comparativa de intervenções de saneamento
básico em três áreas de vilas e favelas, em Minas Gerais. O trabalho lhe rendeu
o 1º lugar na categoria Graduado do XXv Prêmio Jovem Cientista.
1ºLUGAR
9CATEGORIA GRADuADO
Os locais escolhidos para a pesquisa de Uende foram a vila Nossa Senhora
de Fátima, em Belo Horizonte, e as vilas Ipê Amarelo e Nova Esperança, em
Contagem. Para avaliar como as intervenções se desenvolvem nessas áreas,
ela realizou uma análise comparativa de ações. As categorias avaliadas
foram: participação social, intersetorialidade — articulação entre sujeitos de
setores sociais diversos para enfrentar problemas complexos —, adequação
tarifária — altos custos podem levar usuários a buscar fontes de água
inseguras e disposição inadequada dos esgotos — e regularização fundiária —
as áreas excluídas do acesso aos serviços concentram-se nas periferias e são
caracterizadas pela ocupação irregular.
A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas, observação de campo e
análise de documentos e levou em consideração o contexto social e econômico
no qual as intervenções se desenvolvem, bem como as opiniões, crenças e
significados que os processos envolvidos representam para os técnicos e para
a população beneficiada.
Uende contou com a ajuda das lideranças comunitárias dessas áreas para
realizar o trabalho de campo, participar das reuniões e visitar os locais onde as
intervenções estavam ocorrendo. Com as informações obtidas, ela identificou
as pessoas que, posteriormente, foram entrevistadas — 11 moradores e 7
técnicos envolvidos nas intervenções.
Ao final da pesquisa, Uende concluiu que a estrutura da sociedade brasileira,
com seu elevado grau de desinformação e altos índices de desigualdade
social, tem reflexo nas concepções de intervenções em saneamento básico.
Ela acredita que a maior contribuição de seu trabalho para a construção de
uma cidade sustentável consiste na geração de conhecimentos originais sobre
intervenções de saneamento básico em áreas de vulnerabilidade social, onde
exclusão, informalidade e pobreza constituem fatores que dificultam ainda
mais o acesso dessas populações a serviços tão essenciais para a vida humana.
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA10
“A pesquisa é capaz de contribuir nesse sentido porque foi sensível aos
aspectos subjetivos que determinam as crenças, opiniões e valores de técnicos
e populações beneficiadas, em contraposição aos trabalhos tradicionalmente
desenvolvidos nesta área, que são marcadamente tecnicistas, ou seja,
entendem que a concepção das intervenções requer meramente uma visão
da infraestrutura física”, explica.
+ PARA SABER MAISUende Aparecida Figueiredo [email protected](31) 3831-2311 / (31) 8885-32311
Léo Heller (orientador)[email protected] / [email protected](31) 3409-1958 / (31) 9174-8072
11CATEGORIA GRADuADO
Karin Regina de Casas Castro Marins
Universidade de São Paulo (USP) São Paulo | SP
Ferramenta Computacional para Planejamento de Cidades Limpas e Energeticamente Eficientes
Ferramenta computacional possibilita planejamento urbano sustentável a partir da identificação de melhores níveis de eficiência energética
A baixa qualidade do ar nas grandes metrópoles e suas consequências para
a saúde da população, predominantemente urbana, levaram Karin Marins,
de 33 anos, a desenvolver uma ferramenta computacional para suporte ao
planejamento energético e ambiental dessas áreas. Com a integração de
estratégias e soluções urbanísticas, arquitetônicas, de mobilidade e geração
distribuída de energia, tendo por base princípios de sustentabilidade, a
ferramenta auxilia no desenvolvimento de planos diretores em projetos
relacionados à implementação das políticas de mudanças climáticas, bem
como em projetos de eficiência energética em edificações e transporte urbano.
O trabalho rendeu à pesquisadora da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo o 2º lugar na categoria Graduado do XXv Prêmio Jovem Cientista.
O desenvolvimento e a aferição da ferramenta – estruturada a partir
do uso de planilhas eletrônicas de Excel – partiram da elaboração de
2ºLUGAR
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA12
um embasamento teórico referencial, abrangendo o aprofundamento
teórico em questões relativas ao uso e à geração de energia em áreas
urbanas (edifícios e transportes), climatologia, morfologia e mobilidade
urbanas, além de emissões de poluentes. Esse estudo permitiu identificar
e correlacionar condicionantes urbanos que impactam na forma e na
quantidade de energia consumida nas cidades.
Em seguida, foram selecionadas estratégias, variáveis, parâmetros e
indicadores, e definido um detalhado conjunto de procedimentos de cálculo
baseados em equações, produzindo resultados e indicadores quantitativos de
orientação para planejamento quanto à estruturação física e funcional urbana e
ao consumo energético e geração de poluentes associados. As equações foram
sistematizadas em planilhas eletrônicas que auxiliaram inclusive no próprio
ajuste metodológico, devido à estruturação lógica e visual dos procedimentos
e às rápidas possibilidades de simulação de diferentes alternativas.
A ferramenta computacional foi testada no caso da operação urbana Água
Branca, no município de São Paulo, e utilizada para construir 216 situações
urbanas diferenciadas para a área, além da situação de referência, subsidiando
as análises e conclusões sobre os diversos resultados multidisciplinares
envolvidos, assim como a verificação de sua aplicabilidade em outras áreas
urbanas. Com base na aplicação, ficou provado que a ferramenta permite a
identificação de melhores níveis de eficiência energética por meio de estratégias
integradas entre os condicionantes de morfologia e mobilidade urbanas,
edificações, energia e meio ambiente, comprovando a tese em questão.
A integração de todos esses dados na operação urbana Água
Branca resultaria na redução do consumo total de energia da área da ordem
de 15 a 17%, significando, em termos quantitativos, uma economia da ordem
de 230,3 GWh/ano a 253,5 GWh/ano, o que seria suficiente para atender em 1,2
a 1,4 vezes a demanda inicial estimada para o total de edificações comerciais
e residenciais da área, nesse caso. Além dos cenários apresentados, diversos
13CATEGORIA GRADuADO
outros podem ser compostos e analisados por meio da ferramenta, para
suporte ao desenvolvimento e reorganização de outras áreas urbanas no País,
desde que variáveis e parâmetros sejam adequados a cada realidade.
“O uso dessa ferramenta, relacionada à metodologia criada, pode contribuir
amplamente para o planejamento de áreas urbanas brasileiras, com melhores
níveis de integração e eficiência energética, funcional e ambiental, podendo
ser aplicada em planos e estudos pela administração pública, universidades
e instituições parceiras envolvidas nos projetos”, avalia Karin. Para viabilizar
a disseminação do uso da ferramenta e sua comercialização, a pesquisadora
pretende produzir um software, que poderá ampliar as interpretações dos
resultados de forma gráfica, e não só quantitativa. Mas, para isso, precisa
estabelecer parcerias. Por enquanto, ela vislumbra a possibilidade de prestar
assessoria em estudos e projetos urbanos tendo por base a aplicação da
metodologia desenvolvida.
+ PARA SABER MAISKarin Regina de Casas Castro [email protected](11) 3801-3327 / (11) 3091-5107 / (11) 9697-5758
Marcelo de Andrade Roméro (orientador)[email protected] / [email protected](11) 3763-6997 / (11) 9145-9148 / (11) 3091-4797
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA14
Alejandra María Gómez Jiménez
Universidade de Brasília (UnB)Brasília | DF
Estudo Experimental de um Agregado Reciclado de Resíduo de Construção e Demolição (RCD) para Utilização em Pavimentação
Doutoranda da UnB mostra que entulho gerado na demolição do Estádio Mané Garrincha pode ser reutilizado em obras de pavimentação
A região do Distrito Federal é conhecida nacionalmente pela carência de materiais
adequados para estruturas de pavimentação. As jazidas de cascalho encontram-
se em fase de esgotamento e as reservas de brita de qualidade são insuficientes.
Paralelamente, uma grande quantidade de entulho é gerada pelas atividades da
construção civil. Com isso em mente, a engenheira e hoje doutoranda da área de
Geotecnia da UnB Alejandra María Gómez Jiménez, de 32 anos, decidiu verificar
se os resíduos de construção e demolição (RCD) gerados na destruição do
Estádio Mané Garrincha poderiam ser reutilizados em obras de pavimentação. O
trabalho, que começou a ser desenvolvido no mestrado, rendeu à pesquisadora o
3º lugar na categoria Graduado do Prêmio Jovem Cientista.
Para verificar a aplicabilidade da proposta, amostras do entulho do estádio foram
submetidas a processos de triagem — para retirar materiais contaminantes de
grandes proporções (como pedaços de madeira, plástico, ferro, PvC, etc.) — e
de britagem — para triturar e reduzir o entulho. O material resultante, agora
3ºLUGAR
15CATEGORIA GRADuADO
já considerado um agregado reciclado de resíduo de construção e demolição
(RCD), foi levado para laboratório e submetido a testes de caracterização física
e mecânica. Entre esses testes estavam o de composição, o de distribuição
granulométrica e o de capacidade de retenção de água, além de ensaios de
compactação (para determinar a densidade do RCD) e de resistência (ensaios
de compressão simples e Índice de Suporte Califórnia). “Por fim, foi realizada
uma avaliação de quebra de grãos para determinar a degradação do material
no processo construtivo e durante a vida útil do pavimento”, explica Alejandra.
De acordo com a pesquisa, mais de 99% do resíduo de construção e
demolição do Estádio Mané Garrincha é composto por materiais como
concreto, argamassa, telha, tijolo e brita. A parcela composta por materiais
contaminantes — considerados indesejáveis na composição do agregado —
constitui apenas (0,56%) da amostra. Com esse resultado, é possível afirmar
que o RCD obtido na demolição do estádio poderia ser usado, por exemplo, nas
obras das camadas de base da pavimentação rodoviária — que constituíram o
foco central do trabalho de Alejandra.
“O objetivo desse trabalho é tentar, ao máximo, conservar o meio ambiente. Por
meio da pesquisa, é possível demonstrar que um material pode ser reaproveitado
sem perder as propriedades fornecidas pelos agregados naturais (como a brita), o
que incentiva ainda mais o processo de reciclagem. Além disso, resolve o problema
de espaço dos aterros sanitários”, avalia Alejandra, que pretende dar continuidade
à pesquisa, aprofundando-se agora nos estudos de resiliência, por meio dos quais
tentará descobrir se o material deforma ou ganha rigidez com o tempo.
+ PARA SABER MAISAlejandra María Gómez Jimé[email protected](61) 8188-9063
Márcio Muniz de Farias (orientador)[email protected](61) 3107-0964 / (61) 9970-5484
RESULTADO DA CATEGORIA
estUDante Do ensino sUPeRioR
1º lugarKAIODÊ LEONARDO BIAGUECentro universitário Metodista Izabela Hendrix
2º lugarCIBELE ROSA OLIVEIRAuniversidade de São Paulo (uSP)
3º lugarSÂMARA ÍRIS DE LIMA SANTOSuniversidade Federal de Campina Grande (uFCG)
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA18
Kaiodê Leonardo Biague
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Belo Horizonte | MG
Miniusinas Solares Fotovoltaicas em Sistemas de Transporte Rápido por Ônibus - Bus Rapid Transit (BRT)
Estudante de arquitetura de BH quer transformar sistemas de Bus Rapid Transit em miniusinas solares
Com os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, a implantação e a
ampliação de sistemas de Bus Rapid Transit (BRT) têm sido impulsionadas
em 10 das 12 cidades-sede brasileiras — como resposta aos graves níveis
de imobilidade desses locais. Mas as projeções para os eventos esportivos
incitam reflexões sobre os impactos que esses sistemas causarão no espaço
urbano e sobre as alternativas para torná-los mais sustentáveis. Com
essas questões em mente, o estudante de arquitetura Kaiodê Biague, de
26 anos, desenvolveu um projeto para converter as edificações estruturais
dos sistemas BRT (estações de transferência, terminais de integração e
garagens) em miniusinas solares, que poderão gerar energia descentralizada.
A pesquisa rendeu ao estudante o 1º lugar na categoria Estudante do Ensino
Superior do XXv Prêmio Jovem Cientista.
1ºLUGAR
19CATEGORIA ESTuDAnTE DO EnSInO SuPERIOR
O BRT é um sistema de transporte por ônibus operado de forma semelhante
ao metrô. Além de comportar maior quantidade de passageiros, esse sistema
possui estações de transferência ao longo do itinerário (para permitir a
cobrança externa da tarifa), embarque em nível (o que diminui o tempo de
embarque/desembarque), sistema informatizado de controle e circulação em
vias exclusivas, entre outras vantagens. Mas como contribuir para a redução
da “pegada ecológica” desses sistemas? Como assegurar a ininterrupção dos
serviços? Como garantir os níveis de segurança em períodos de queda do
fornecimento de energia pela rede de distribuição?
Como mostra a pesquisa, ao converter as edificações dos sistemas BRT
em miniusinas solares, será possível suprir a demanda energética do
próprio sistema e dos equipamentos e mobiliários urbanos de seu entorno.
“Praticamente dois terços da energia produzida se perde nos processos de
transmissão e distribuição. Ao descentralizar a produção, podemos reduzir
o desperdício”, explica Kaiodê. Outra possiblidade seria jogar essa energia
gerada na própria rede de distribuição.
Segundo o estudante, as áreas de cobertura (telhados) das edificações dos
sistemas BRT são bastante propícias à instalação das placas fotovoltaicas, que
vão captar a luminosidade do sol e transformá-la em energia elétrica. “Ali, a
insolação é grande e as interferências – como caixas-d’água existentes em
prédios residenciais – são quase nulas”.
Durante a pesquisa, Kaiodê utilizou como objetos de estudo os corredores BRT
em implantação na cidade de Belo Horizonte. Os principais instrumentos de
análise foram as anotações extraídas da revisão bibliográfica, a interpretação
dos projetos disponibilizados por órgãos da prefeitura da cidade e os estudos
comparativos das experiências internacionais com sistemas desse tipo. Além
disso, o pesquisador realizou, in loco, observações sobre as características
viárias, a arborização e a verticalização das edificações da cidade.
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA20
Com o objetivo de desenvolver um projeto compatível com os diversos climas
brasileiros, Kaiodê trabalhou com taxas de variação e fatores de correção, não
só dos níveis de radiação, como também da potência energética que poderia
ser gerada, por hora, pelas placas, entre outras variáveis.
A partir desses estudos, foram projetados três possíveis cenários para Belo
Horizonte nos próximos anos. No primeiro, o projeto seria desenvolvido para
aliviar o pico de energia das redes de distribuição. No segundo, o potencial
sustentável do BRT seria ampliado, com a instalação de postos de recarga para
táxis elétricos e a implementação de um programa de irrigação pública — que
contaria com reservatórios de água implantados sob a busway. Além disso,
a energia das miniusinas seria distribuída de forma direta no entorno. No
terceiro cenário, o mais ideal, o projeto de miniusinas solares seria implantado
em conjunto com o Plano de Mobilidade de BH – com corredores de tráfego
convidativos para a utilização dos BRTs e dos táxis elétricos, bem como para
passeios de bicicleta, caminhadas, realização de atividades físicas ou descanso
—, permitindo enormes ganhos na qualidade de vida da cidade.
Segundo Kaiodê, os dados avaliados apontam para o grande potencial
energético dos sistemas BRTs, que poderiam contribuir para a construção de
uma paisagem urbana mais sustentável e amigável.
+ PARA SABER MAISKaiodê Leonardo [email protected](31) 3911-9902 / (31) 8849-7189
Rogério Mori de Sena (orientador)[email protected](31) 3378-1533 / (31) 3330-7200
21CATEGORIA ESTuDAnTE DO EnSInO SuPERIOR
Cibele Rosa Oliveira
Escola de Engenharia de LorenaUniversidade de São Paulo (USP)Lorena | SP
Diminuição do Impacto Ambiental dos Resíduos Sólidos Municipais: Caracterização e Quantificação de Filmes Plásticos Rejeitados na Reciclagem Comercial e Sua Utilização em Biocompostos
Estudante de Engenharia propõe solução para reaproveitar os filmes plásticos, que causam grande impacto ambiental
A coleta seletiva facilita o processo da reciclagem e diminui seus custos, além
de evitar a contaminação dos materiais reaproveitáveis. Contudo, o serviço
ainda é irregular e insuficiente mesmo nas grandes cidades brasileiras, uma
vez que exige conscientização da população e investimento das autoridades.
Dessa forma, o destino dos resíduos sólidos urbanos acaba sendo os lixões,
aterros ou vazadouros. Preocupada com a situação, a estudante de Engenharia
Industrial Química Cibele Rosa Oliveira desenvolveu um projeto para reutilizar
os filmes plásticos abandonados nos detritos do município de lorena, no
Estado de São Paulo. O projeto garantiu a Cibele o 2º lugar na categoria
Estudante do Ensino Superior do XXv Prêmio Jovem Cientista.
2ºLUGAR
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA22
A jovem de 24 anos comprovou que o material reciclável de pouco interesse
comercial é descartado com o lixo orgânico, interferindo no processo de
compostagem e causando sérios danos ao meio ambiente. Sua pesquisa
caracteriza e quantifica os filmes plásticos rejeitados na reciclagem
comercial, além de oferecer uma solução prática para seu reaproveitamento:
a obtenção de compósitos.
“Meu grupo de pesquisa na Escola de Engenharia de lorena, da Universidade
de São Paulo, já trabalhava com resíduos sólidos na área de agricultura, mas a
necessidade fez com que nos voltássemos para os centros urbanos. O volume
de lixo produzido está longe de ser sustentável, por isso criamos uma proposta
para reduzir o acúmulo de filmes plásticos, utilizados comumente em sacolas
de supermercado, sacos de lixo ou embalagens de alimentos. Nossa pesquisa
estuda a obtenção de compósitos usando esses filmes como matriz polimérica
e fibras de bagaço de cana-de-açúcar como reforço. Queremos mostrar aos
catadores e à comunidade que esses materiais podem voltar ao mercado e
não devem ser ignorados na coleta seletiva”, explica a estudante.
Durante a primeira etapa do projeto, a aluna de iniciação científica trabalhou
na caracterização dos resíduos sólidos municipais. O grupo dividiu a cidade de
lorena em quatro regiões e coletou os detritos em vários bairros, durante um
mês, para analisar e quantificar as amostras. Na segunda etapa, somente os
filmes plásticos foram separados e caracterizados de acordo com suas resinas
poliméricas. Concluiu-se que 91% desses são compostos por polietileno, uma
resina mais resistente e barata, utilizada na produção de sacolas plásticas e
filmes transparentes. Já os outros 9% são feitos de polipropileno, material
mais caro e encontrado em rótulos de alimentos, por exemplo.
“Na terceira etapa, oferecemos uma proposta de utilização, criando compósitos
com os filmes plásticos reforçados com 5 a 25% de fibras de bagaço da cana-
de-açúcar. Ainda precisamos realizar mais testes de aplicação e resistência
mecânica e térmica, mas esses compósitos podem vir a ser utilizados
23CATEGORIA ESTuDAnTE DO EnSInO SuPERIOR
em painéis de carros, design de móveis ou forro de casas”, conta Cibele. O
reaproveitamento dos filmes ainda pode contribuir para a manutenção dos
aterros e a geração de empregos e renda.
A estudante afirma que o Prêmio Jovem Cientista é um grande incentivo
para sua carreira na área, além de uma conquista extremamente gratificante.
“É muito bom saber que empresas tão sérias estão preocupadas com a
questão ambiental. Tenho certeza de que o prêmio vai abrir muitas portas
para a próxima etapa da nossa pesquisa, que é concluir os testes e estendê-
la como projeto-piloto para toda nossa cidade. Não queremos que ela fique
só no papel”.
+ PARA SABER MAISCibele Rosa [email protected](12) 8810-5666 / (12) 3159-5025
Adilson Roberto Gonçalves (orientador)[email protected](12) 8144-5633 / (12) 3159-5033
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA24
Sâmara Íris de Lima Santos
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Campina Grande | PB
Mapeamento da Violência Urbana em Campina Grande: Tendências e Desafios em Busca da Cidade Sustentável
Estudante mapeia violência em Campina Grande e analisa impacto do medo nas condições de sustentabilidade espacial da cidade
As grandes cidades têm se caracterizado como espaços da diferença e do
estranhamento. Nelas, a sensação de medo e insegurança acaba por inibir o
uso social dos ambientes públicos e dificultar o processo de identificação dos
indivíduos com os locais em que vivem. O aumento populacional, associado
à carência de infraestrutura e planejamento, tem propiciado a formação de
novas conjunturas para a utilização do espaço urbano. Com isso em mente, a
estudante de geografia Sâmara Íris de lima Santos realizou um mapeamento
da violência urbana em Campina Grande no ano de 2010 e desenvolveu um
estudo sobre o impacto do aumento do medo nas condições de sustentabilidade
espacial da cidade. O projeto lhe rendeu o 3º lugar na categoria Estudante do
Ensino Superior no XXv Prêmio Jovem Cientista.
Para desenvolver o trabalho, Sâmara reuniu dados oficiais sobre a criminalidade
em Campina Grande. Também distribuiu questionários para a população
3ºLUGAR
25CATEGORIA ESTuDAnTE DO EnSInO SuPERIOR
campinense, em locais com maior circulação de pessoas, na tentativa de
compreender como funciona o imaginário da população sobre o tema. Mas
a parte definitiva do trabalho foram as análises qualitativas realizadas em
dois jornais de grande circulação na cidade — Correio da Paraíba e Diário de
Borborema —, em matérias jornalísticas que tratavam de casos de violência.
A partir daí, foi possível verificar como os diferentes discursos relacionam a
violência com a organização espacial da cidade e acabam por interferir nas
práticas de mobilidade urbana. “Fizemos uma sobreposição de dados. A
maioria dos casos de assalto, homicídio e tráfico de drogas acontece no centro
de Campina Grande e nos bairros próximos”, explica Sâmara. “Os resultados
mostram que as pessoas estão deixando de usar os espaços públicos nesses
locais e perdendo a sensação de pertencimento”. O clima de insegurança
é grande também nos bairros de menor poder aquisitivo, o que acaba por
contribuir para os processos de segregação na cidade.
Preocupada com o crescimento dos casos de violência em Campina Grande,
Sâmara tem se dedicado a estudar temáticas relacionadas aos problemas
urbanos. “Eu amo a cidade em que vivo e vejo que ela está crescendo
bastante. Mas sei também que a violência está aumentando e nós estamos
convivendo com o medo. Esse problema precisa ser sanado. Mais que isso,
precisa ser prevenido”.
+ PARA SABER MAISSâmara Íris de Lima [email protected](83) 3335-9892 / (83) 9692-6533
Xisto Serafim de Santana de Souza Júnior (orientador)[email protected](83) 8714-6486 / (83) 2101-1208
RESULTADO DA CATEGORIA
estUDante Do ensino méDio
1º lugarANA GABRIELA PERSON RAMOSEscola Técnica Conselheiro Antônio Prado (SP)
2º lugarBEATRIZ FERROLI CAVALCANTECentro Educacional de Palmas (TO)
3º lugarMARINA JARDIM FARIA DE ARAÚJOColégio Anglo-Americano de Volta Redonda (RJ)
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA28
Ana Gabriela Person Ramos
Escola Técnica Conselheiro Antônio PradoCampinas | SP
Embalagens Ecológicas para Mudas
Estudante de Campinas cria embalagens ecológicas para plantas com resíduos de biomassa
Desenvolver uma atividade de plantio é sempre uma boa ideia. Especialmente
se a muda estiver acondicionada em uma embalagem prática e ecológica.
Pensando nisso, a estudante Ana Gabriela Person Ramos, de 19 anos, da Escola
Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado (Etecap), criou vasinhos feitos de
biomassa, que podem ser levados diretamente para a terra sem poluir o meio
ambiente. O projeto lhe rendeu o 1º lugar na categoria Estudante do Ensino
Médio do XXv Prêmio Jovem Cientista.
Hoje, as mudas são vendidas em embalagens plásticas, que demoram a se
decompor na terra, contaminando o solo e a água. “Não é prático para as pessoas
retirar o saquinho plástico na hora de plantar as mudas. Então, eu pensei em
uma alternativa”, explica a estudante. Ao tentar abolir o uso desses saquinhos
na comercialização das mudas, a estudante se mostra preocupada com outras
questões de grande relevância, como a ameaça de escassez do petróleo e a
ligação da indústria petroquímica com o agravamento do efeito estufa.
1ºLUGAR
29CATEGORIA ESTuDAnTE DO EnSInO MÉDIO
A biomassa é um material constituído principalmente por substâncias de
origem orgânica (como bagaço de cana-de-açúcar, resíduos florestais e
agrícolas, cascas de arroz e excrementos de animais), usado como fonte
energética renovável, limpa e sustentável. Em seu trabalho, Ana Gabriela
apresenta inúmeras vantagens para a utilização desse material na confecção
das embalagens ecológicas. “Além de se decompor facilmente, a biomassa
serve como meio nutritivo para a planta e evita que as raízes fiquem
enoveladas, emaranhadas”, diz. A produção das embalagens não gera lixo
e seria ainda uma forma de reciclar resíduos orgânicos — descartados em
grandes quantidades — e de promover a educação ambiental.
Para testar a ideia, a estudante produziu inúmeras amostras de embalagens
ecológicas, com materiais variados — algumas feitas de jaca madura e papel,
outras de bagaço de cana com amido, uma de serragem e argila, outra de coco
com calcário, etc. Com as embalagens prontas, as mudas foram plantadas
e seu crescimento foi observado. Além disso, pedaços de cada embalagem
foram enterrados, para acompanhamento do processo de decomposição.
“A produção das embalagens ecológicas é muito fácil, é como se fosse um
artesanato. Então, acho que pode ser uma opção de trabalho pra quem
precisa”, afirma Ana Gabriela. “Além disso, a biomassa é uma matéria-prima
barata. Com um pouco de bagaço de cana e usando a mesma técnica da
confecção das embalagens, é possível fazer porta-canetas, porta-retratos e
muitas outras coisas”.
+ PARA SABER MAISAna Gabriela Person [email protected](19) 3327-6960 / (19) 8163-7671
Erica Gayego Bello Figueiredo Bortolotti (orientadora)[email protected](19) 3246-2888 / (19) 9709-2317
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA30
Beatriz Ferroli Cavalcante
Centro Educacional de Palmas Palmas | TO
Cortina Verde Sustentável nas Escolas Públicas de Palmas (TO)
Estudante de Palmas projeta cortina verde sustentável para escolas públicas do município
localizada em uma região quente e seca, Palmas, capital do Tocantins,
enfrenta temperaturas altas o ano inteiro. Em setembro, a média das máximas
é de 36˚C, mas os termômetros podem passar dos 40˚C. Para amenizar
a sensação térmica nas escolas públicas da cidade, a estudante Beatriz
Cavalcante, de 16 anos, do Centro Educacional de Palmas, projetou uma cortina
verde sustentável. A ideia rendeu a Beatriz o 2º lugar na categoria Estudante
do Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista e, se implementada, poderá
melhorar o rendimento dos alunos em sala de aula, ampliar sua consciência
ecológica e oferecer a eles frutas nutritivas para consumo.
“Aqui em Palmas, o sol é muito forte o ano todo. Eu estudo em escola particular,
mas fico comovida com a situação das escolas públicas. Pude notar que em
algumas salas não há nem ventilador”, diz a aluna. “Mas a própria natureza
oferece artifícios para nos proteger, para nos dar um pouco de conforto”.
2ºLUGAR
31CATEGORIA ESTuDAnTE DO EnSInO MÉDIO
Para montar o suporte da cortina, Beatriz sugere a utilização de materiais
biodegradáveis, como o fio de agave (sisal), o arame recozido e as garrafas PET,
que vão auxiliar no crescimento e “enroscamento” das plantas. A cobertura
vegetal será feita com espécies de trepadeiras de vida perene, resistentes
às altas temperaturas e à exposição solar constante e que produzam frutas
nutritivas. Foram escolhidas a laranja citrus, a uva parreira e o maracujá.
“Quero que esse projeto desperte nos jovens a consciência ecológica. Muitos
deles não sabem os nomes das nossas árvores”, ressalta Beatriz.
A metodologia usada pela estudante consistiu em duas pesquisas de campo.
Primeiro, ela visitou os principais viveiros da cidade, em busca de plantas
típicas do cerrado que tivessem as características ideais para o projeto. Depois,
foi a campo conhecer algumas escolas de Palmas. A Escola Municipal Darcy
Ribeiro, com aproximadamente 560 alunos, foi escolhida como modelo para
se pensar nas condições de implementação do projeto. Foram analisadas a
estrutura arquitetônica do local, a área verde disponível, a totalidade de salas
de aula e a localização das áreas de maior incidência solar. Com base nos
dados recolhidos, um projeto de cortina verde foi desenhado especificamente
para a escola.
Como mostra a pesquisa de Beatriz, construir cortinas verdes sustentáveis nas
escolas é econômico e ambientalmente viável. Dependendo da extensão da
cortina, seu custo poderá variar entre R$ 100 e R$ 200.
+ PARA SABER MAISBeatriz Ferroli [email protected](63) 9248-2098 / (63) 9263-5455
Roberto Souza Oliveira (orientador)[email protected]: (63) 8112-5930
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA32
Marina Jardim Faria de Araujo
Colégio Anglo-Americano de Volta Redonda, Volta Redonda | RJ
Desenvolvimento de uma Composteira em Ambiente Aeróbio/Anaeróbio
Estudantes de Volta Redonda desenvolvem composteira para minimizar o problema do lixo na região
Mais da metade dos municípios brasileiros (50,8%) destina seu lixo a
vazadouros a céu aberto, segundo o Atlas de Saneamento 2011, produzido
pelo IBGE com dados de 2008. Esses locais não estão preparados para
receber o material, que contamina o solo e os lençóis freáticos, causando
danos ambientais e colocando em risco a saúde dos que vivem no entorno.
Na tentativa de minimizar o problema da disposição do lixo em sua região,
seis alunas do Colégio Anglo-Americano de volta Redonda projetaram uma
composteira para uso residencial, que lhes rendeu o 3º lugar na categoria
Estudante do Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista.
A composteira recicla o lixo orgânico (vegetais, frutas e outros alimentos,
com exceção de carnes), transformando-o em adubo especial. “A nossa
composteira é diferente, pois mistura os ambientes aeróbio (que requer a
presença de oxigênio) e anaeróbio. O composto gerado poderá ser lançado
em terra agrícola, ser devolvido ao lixão sem prejudicar o solo ou ser usado na
fabricação de clínquer (matéria-prima do cimento), entre outros fins”, explica
3ºLUGAR
33CATEGORIA ESTuDAnTE DO EnSInO MÉDIO
Marina de Araújo, de 15 anos, uma das estudantes envolvidas no projeto.
Projetada para atender às necessidades de uma residência com seis pessoas —
que gera, em média, um quilo de lixo orgânico por dia —, a composteira possui um
sistema interno de camadas e manivelas. Por meio dele, o operador consegue
movimentar o lixo, o que reduz os maus odores e evita a proliferação de insetos.
A operação é realizada de forma bastante simples e o contato manual com os
resíduos é mínimo. Esse processo de compostagem evita também a produção
do chorume, líquido escuro resultante da decomposição de resíduos orgânicos,
que, nos lixões, é o principal responsável pela contaminação do solo e da água.
Durante a pesquisa, as alunas analisaram os tipos de composteiras disponíveis
no mercado e os seus principais problemas operacionais. Na região em que
vivem, realizaram um levantamento dos locais que utilizam o sistema de
compostagem para degradação do lixo social orgânico, com o objetivo de
melhorá-lo. Desenvolveram um estudo para verificar a quantidade média
diária de resíduos produzidos em suas próprias casas e calcularam o volume
da composteira com base nesses dados. Em seguida, firmaram parceria com
uma empresa, que fabricou o protótipo da composteira em fibra de vidro.
A fim de avaliar o produto final obtido no processo de compostagem, as alunas
enviaram uma amostra do material a um laboratório credenciado pelo Instituto
Estadual do Ambiente (Inea). Os resultados mostraram que o composto pode
ser aplicado sobre solos agrícolas, favorecendo especialmente a floração e a
frutificação das plantações.
+ PARA SABER MAISMarina Jardim Faria de [email protected](24) 3336-1480 / (24) 9857-2121
Robson Paulino da Silva (orientador)[email protected](24) 9982-6766
RESULTADO DA CATEGORIA
méRito institUcional
ensino suPerioruniversidade Federal de Minas Gerais (uFMG) Belo Horizonte | MG
ensino médioColégio Stella Maris Viamão | RS
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA36
EnSInO SuPERIOR
Universidade Federal de Minas Gerais UFMG
Belo Horizonte | MG
Federal de Minas Gerais ganha, pela primeira vez, prêmio por mérito institucional
A excelência na área de patentes unida à ampliação dos programas de extensão
foram fatores determinantes em mais uma conquista da Universidade Federal
de Minas Gerais. A instituição recebeu, pela primeira vez, o Mérito Institucional
do Ensino Superior na XXv edição do Prêmio Jovem Cientista, por inscrever
o maior número de trabalhos de valor científico entre as concorrentes. A
universidade tem em curso cerca de 3.500 projetos em praticamente todas
as áreas do conhecimento, dos quais participam 2.600 pesquisadores. Além
da expressividade em Minas Gerais, o pró-reitor de Pesquisa, Renato de
lima Santos, ressalta o prestígio que o trabalho da UFMG detém perante as
comunidades nacional e internacional.
Para Renato, a instituição vive um momento de produção intensa, compatível
com a premiação. “Nossa atividade de pesquisa está disseminada nas mais
diversas áreas, como Medicina Molecular, Segurança Pública, vacinas, Minerais
e Biofarmácia”. A universidade também faz um grande esforço para que suas
patentes saiam do papel: “Investimos em contratos de licenciamento para
fazer com que as tecnologias desenvolvidas aqui cheguem ao mercado e
possam ser úteis para a população”, explica o pró-reitor de Pesquisa.
37CATEGORIA MÉRITO InSTITuCIOnAL
Em 2010, o Ministério da Educação classificou 25 dos programas de mestrado
e doutorado da UFMG como de padrão internacional, além de conceder a
nota máxima aos cursos de graduação e pós-graduação. Em outubro do
mesmo ano, a instituição ficou entre as dez melhores universidades da
América latina e foi eleita a terceira melhor no Brasil, de acordo com a
Quacquarelli Symonds World University Rankings, empresa especializada em
estudos sobre ensino superior.
Na área de patentes, a UFMG mantém posição de destaque. A universidade
terminou o último ano com 500 pedidos de registro, dos quais 362 são
nacionais e 138 internacionais, com atenção especial para a indústria
farmacêutica. Seus projetos de extensão também merecem crédito: em
2010, foram 136 programas e 703 ideias que beneficiaram cerca de 3
milhões de pessoas.
Além dos múltiplos referendos de qualidade, a UFMG se orgulha de seu ensino
inclusivo, que se dá por meio de uma política de bônus. Um porcentual extra
de pontos na seleção é concedido aos alunos negros e aos oriundos de escolas
públicas, mantendo o compromisso com a função social. Paralelamente a
essas diretrizes, a universidade se preocupa com o aumento de vagas nos
cursos noturnos, destinadas principalmente aos estudantes de menor poder
aquisitivo, que precisam trabalhar durante o dia. Hoje, a instituição tem cerca
de 52 mil alunos e cria, por ano, mais de 2,1 mil vagas.
+ PARA SABER MAISPró-Reitoria de [email protected](31) 3409-4031
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA38
EnSInO MÉDIO
Colégio Stella Maris
Viamão | RS
Colégio Stella Maris conquista Mérito Institucional do Ensino Médio na XXV edição do Prêmio Jovem Cientista
No dia 2 de março de 1938, o Colégio Stella Maris iniciava suas atividades
em um prédio provisório, cedido gratuitamente para atender à demanda
educacional de viamão, antiga capital do Rio Grande do Sul. A modesta
escola, regida pela Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de
Maria, deu origem a um instituto de destaque, que valoriza a partilha de
experiências no aprendizado e investe em projetos nas mais diversas áreas.
Por ter inscrito o maior número de trabalhos com mérito científico, o colégio
conquistou o Mérito Institucional do Ensino Médio na XXv edição Prêmio
Jovem Cientista.
De acordo com a diretora da instituição, irmã Zóile Herrmann, a conquista do
prêmio é uma grande honra para educadores e alunos. “A vitória contempla
o trabalho que nossos professores vêm desenvolvendo com tanta dedicação.
A coordenadora pedagógica Simone Etcheverry reitera as palavras de Zóile e
acrescenta que o intuito principal de qualquer escola deveria ser guiar os alunos
em sua busca pelo conhecimento. “Foi a primeira vez que nos inscrevemos no
Prêmio Jovem Cientista e ficamos muito surpresos com a vitória. É uma alegria
imensa e um incentivo extra a continuar em nossa missão“, conta Simone.
39CATEGORIA MÉRITO InSTITuCIOnAL
Em seu projeto pedagógico, fundamentado na educação evangélico libertadora,
os professores do Stella Maris se comprometem com o desenvolvimento das
potencialidades do aluno e com a integração entre família e sociedade. Por
isso o colégio conta com diversas atividades, como a reciclagem de papel,
óleo e sucatas, o incentivo ao voluntariado, os jogos intermunicipais, a Feira
Municipal de Ciências e o Projeto de Cultivo de Hortaliças e Chás. O apoio
à cultura vem na forma da Mostra Artística, Feira do livro, Mostra Cultural,
Jornada Infantil, Gincana Cultural e outros programas que trazem autores e
artistas para interagir com a comunidade escolar.
“Um de nossos projetos de maior destaque é a Mostra Científica. Ela acontece
de dois em dois anos e envolve todos os 180 alunos do ensino médio na
pesquisa de novas tecnologias. Os trabalhos são bem abrangentes e englobam
as áreas de Robótica e Saúde, por exemplo. Temos também o Cidadão
Consciente, em que nossos estudantes conhecem o funcionamento do Poder
legislativo, visitam e conversam com os vereadores e depois escrevem seu
próprio projeto de lei “, explica a coordenadora pedagógica.
O colégio ainda conta com uma biblioteca informatizada com mais de 10 mil
exemplares à disposição dos alunos e professores, além de laboratórios de
Informática, Biologia, Química e Física. A estrutura exemplar da escola e o
corpo docente qualificado estão associados em prol da experimentação de
descobertas e do desenvolvimento dos estudantes.
+ PARA SABER MAISIrmã Zóile Cecília Herrmann (Diretora)[email protected](51) 3485-1390
RESULTADO DA CATEGORIA
menção honRosa
DR. LáZARO VALENTIN ZUqUETTEuniversidade de São Paulo (uSP)São Paulo | SP
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA42
Dr. Lázaro Valentin Zuquette
Universidade de São Paulo (USP)São Paulo | SP
Dr. Lázaro Zuquette, da Escola de Engenharia de São Carlos, recebe Menção Honrosa do Prêmio Jovem Cientista
Com uma carreira de mais de 30 anos, o professor lázaro Zuquette é hoje
referência em Geociências, atuando em pesquisas sobre temas de relevância
mundial, como mapeamento geotécnico, geologia de engenharia, geotecnia
ambiental, riscos geológicos e geotécnicos e poluição de águas e solos. Na
Escola de Engenharia de São Carlos, uma das unidades da Universidade de
São Paulo (USP), onde chefia o Departamento de Geotecnia, ele formou uma
geração de especialistas na área, tendo orientado mais de 60 dissertações
de mestrado e doutorado. Ao dedicar a Menção Honrosa deste ano ao
Doutor Zuquette, o Prêmio Jovem Cientista reconhece a importância de sua
produção científica para a área de conhecimento relacionada ao tema Cidades
Sustentáveis, que norteou esta XXv edição do projeto.
De acordo com o professor, o tema Cidades Sustentáveis está sendo abordado
em um momento bastante oportuno. “A sustentabilidade das cidades deve
estar sempre em debate, pois depende da manutenção de um equilíbrio entre
o meio natural e o tecnológico. As limitações do natural sempre geram um
desequilíbrio e tornam as cidades áreas com problemas, em muitos casos
43CATEGORIA MEnçãO HOnROSA
irrecuperáveis ou que demandam orçamentos de grande monta para seu
controle, remediação ou reabilitação”, diz o professor.
Diretor da Revista Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental, que será
lançada neste mês de novembro em São Paulo, Zuquette está atualmente
focado em dois estudos: o da previsão dos acidentes naturais e o da recarga
de aquíferos e armazenamento da água. “O Prêmio Jovem Cientista, por
meio desta Menção Honrosa, premia não só a mim, mas também minha
área. Muita gente não se preocupa em estudar a terra, o solo e a água —
apesar desse estudo ser até mais importante que muitos outros — porque
não há retorno dessa parte. Mas esse prêmio, como um reconhecimento
da comunidade científica, é mais uma motivação para continuarmos
trabalhando”, afirma Zuquette.
Aos jovens pesquisadores contemplados com o Prêmio Jovem Cientista deste
ano, o professor dá um conselho. “Há dois pontos de extrema importância
para quem quer ser um pesquisador bem-sucedido: trabalhar muito e não
desistir nunca”.
+ PARA SABER MAISLázaro Valentin Zuquetteuniversidade de São Paulo (uSP)[email protected]@sc.usp.br(16) 3373-9496 / (16) 9738-9161
PaRceiRos
45PARCEIROS
CNPq
Com 60 anos de existência, o CNPq tem exercido um papel central no processo de formação e qualificação de recursos humanos, no país e no exterior, e no fomento à ciência, à tecnologia e à inovação, atuando na formulação de políticas e contribuindo, de forma significativa, para o avanço das fronteiras do conhecimento, do desenvolvimento sustentável e da soberania nacional.
A concessão de prêmios é uma ação tradicional do CNPq desde a década de 70. O Prêmio Jovem Cientista, criado em 1981, tem sido estratégico uma vez que, ao impulsionar a formação de estudantes, jovens pesquisadores e profissionais empenhados na busca de soluções para os crescentes desafios da sociedade brasileira, agrega valor a uma perspectiva ampliada da interação ciência-tecnologia-sociedade, a partir de uma atuação científica que tem na apropriação social do conhecimento um princípio vital.
O Prêmio Jovem Cientista é considerado um grande incentivador para a maioria dos ganhadores, considerando que os mesmos recebem bolsas de estudo do CNPq, nas diferentes modalidades (iniciação científica júnior, iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado júnior), para sua formação acadêmica e como incentivo ao aprofundamento e continuidade de suas pesquisas.
Nossos jovens e talentosos cientistas são peças fundamentais nesse jogo, tão cheio de desafios e incertezas!
SHIS Quadra 01 Conjunto B - Blobo B, 1º andarEdifício Santos Dumont | Lago Sul | 71605-001 | Brasília | DFTel.: (61) 3211-9000 | www.cnpq.br
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA46
GERDAU
A Gerdau é líder na produção de aços longos nas Américas e uma das maiores fornecedoras de aços longos especiais no mundo. Possui 45 mil colaboradores e operações industriais em 14 países, com operações nas Américas, na Europa e na Ásia, as quais somam uma capacidade instalada superior a 25 milhões de toneladas de aço. É a maior recicladora da América latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço. Com cerca de 140 mil acionistas, a Gerdau está listada nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri.
A empresa tem construído, ao longo de sua trajetória, uma atuação susten-tável, promovendo o desenvolvimento social, respeitando o meio ambiente e investindo em relações sólidas e duradouras com clientes, fornecedores, co-laboradores, governos, outras empresas e entidades do terceiro setor. Tudo isso com o objetivo de ganhos mútuos, que possibilitem crescimento contínuo.
Como parte fundamental das contribuições para esse desenvolvimento das comunidades, a empresa incentiva o Prêmio Jovem Cientista, uma parceria consolidada, na qual a Gerdau aposta com a convicção de que o caminho do desenvolvimento e da competitividade passa pela inovação e pelo fomento à pesquisa científica, especialmente dentro da sala de aula. Os jovens premiados no tema Cidades Sustentáveis e nas edições anteriores orgulham o Brasil pela seriedade e alta qualidade dos trabalhos. Todos os participantes, do ensino médio e do ensino superior, demonstram disciplina e dedicação à Ciência. É preciso apoiá-los se quisermos ter um Brasil verdadeiramente competitivo, capaz de gerar soluções eficazes e que resultem em um desenvolvimento sustentável.
Av. Farrapos, 1.81190220-005 | Porto Alegre | RSTel.: (51) 3323-2000 | www.gerdau.com.br
47PARCEIROS
GE
A GE é uma companhia de tecnologias avançadas, serviços e finanças que busca solucionar os desafios mais complexos do mundo. Dedicada a inovações em energia, saúde, transporte e infraestrutura, a GE opera em mais de cem países e emprega cerca de 300 mil funcionários globalmente.
No Brasil, a Companhia mantém atividades há mais de 90 anos, com escritórios de vendas e marketing distribuídos em diversos Estados e com unidades industriais em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Todos os cinco grandes negócios da GE estão presentes no Brasil, empregando cerca de 8 mil funcionários.
A GE também está trazendo para o Brasil o seu quinto Centro de Pesquisas Global, que será instalado no Rio de Janeiro e vai ajudar a desenvolver soluções de alta tecnologia, baseadas nas necessidades locais de infraestrutura. A escolha do Brasil reflete a convicção sobre a capacidade criativa e inovadora dos brasileiros.
Por acreditar na importância do desenvolvimento científico, a GE patrocina e apoia o Prêmio Jovem Cientista, responsável por estimular a pesquisa e a descoberta de soluções inovadoras no Brasil. Para a GE, apostar na criatividade é essencial para o desenvolvimento da pesquisa e da ciência. Faz parte do DNA da companhia apoiar ações capazes de solucionar, de forma sustentável, não apenas os problemas das grandes cidades — que foi o tema da edição 2011 do prêmio — mas também questões que exijam invenções e ideias capazes de levar entusiasmo, motivação e qualidade de vida às atuais e futuras gerações.
Av. das nações unidas, 8.501, 4º andar05425-070 | São Paulo | SPTel.: 11 3067-8000 | www.ge.com.br
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA48
FUNDAçãO ROBERTO MARINHO
Nos seus mais de 30 anos, a Fundação Roberto Marinho vem atuando nas áreas ambiental, educacional e cultural, criando modelos e metodologias que são replicados por meio de parcerias com agentes públicos e privados. São experiências como o Telecurso, que já formou milhares de brasileiros na educação básica, ou o Canal Futura, um projeto social de comunicação 24 horas no ar, com a cara multicultural do Brasil.
A fundação já fez campanhas de preservação do patrimônio, restaurou prédios, monumentos e documentos e propôs soluções para a sustentabilidade de cada um. Ao perceber que patrimônio é tudo aquilo que dá identidade a um povo, criou o Museu da língua Portuguesa, o primeiro do mundo dedicado a uma língua. Também concebeu o Museu do Futebol, que conta a história do País pelo viés sociológico do futebol.
Três novos museus serão inaugurados até 2014 e sintetizarão toda a trajetória da instituição: o Museu da Imagem e do Som, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio vão aliar educação, sustentabilidade, preocupação com o meio ambiente, tecnologia, meios de comunicação e cultura.
Num País que abriga 60% da Floresta Amazônica, seis biomas e 12% de toda a água doce do mundo, a fundação mantém no ar há mais de 20 anos o Globo Ecologia, primeiro programa de televisão totalmente voltado à área ambiental.
A Fundação também produz, desde 1984, o Globo Ciência, primeiro programa semanal de divulgação científica do Brasil, que objetiva desmistificar a Ciência. E se orgulha de ser, há 30 anos, parceira do Prêmio Jovem Cientista — iniciativa que, além de estimular jovens talentos a experimentar, nos laboratórios, as fórmulas para um mundo melhor, ajuda, sobretudo, a construir um Brasil mais sustentável e desenvolvido.
Rua Santa Alexandrina, 336 | Rio Comprido 20261-232 | Rio de Janeiro | RJ Tel.: (21) 3232-8800 | www.frm.org.br
lIvRETO DE RESUlTADOS XXv PRÊMIO JOvEM CIENTISTA50
TEMAS DO PRÊMIO JOVEM CIENTISTA
i PJC – TELECOMunICAçÕES(1981) Parceiros: CNPq, FRM e Cia. União dos Refinadores de Açúcar e Café
ii PJC – EnERGIA: FOnTES ALTERnATIVAS E COnSERVAçãO(1982) Parceiros: CNPq, FRM e Cia. União dos Refinadores de Açúcar e Café
iii PJC – AGRICuLTuRA - COnTROLE BIOLÓGICO(1983) Parceiros: CNPq, FRM e Cia. União dos Refinadores de Açúcar e Café
iv PJC – QuÍMICA DE PRODuTOS nATuRAIS(1984) Parceiros: CNPq, FRM e Grupo Ultra
v PJC – ALIMEnTOS DE COnSuMO POPuLAR: PRODuçãO / COnSERVAçãO(1985) Parceiros: CNPq, FRM e Grupo Ultra
Nos anos de 1986 e 1987 não houve edições do Prêmio Jovem Cientista
vi PJC – nOVOS MATERIAIS COnTRA A CORROSãO EM AçOS DE BAIXA LIGA(1988) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
vii PJC – COnSERVAR EnERGIA - uM DESAFIO DOS AnOS 90 (1989) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
viii PJC – RECICLAGEM DE REJEITOS InDÚSTRIAIS(1990) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
iX PJC – GEREnCIAMEnTO DA QuALIDADE - CAMInHO PARA A MODERnIZAçãO(1991) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
X PJC – QuALIDADE DOS ALIMEnTOS E SAÚDE DO HOMEM(1992) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
Xi PJC – SAÚDE DA POPuLAçãO: COnTROLE DE EnDEMIAS (1993) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
Xii PJC – QuALIDADE E PRODuTIVIDADE nA COnSTRuçãO CIVIL (1994) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
Xiii PJC – QuALIDADE E PRODuTIVIDADE nA AGRICuLTuRA(1995) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
Xiv PJC – nOVOS EQuIPAMEnTOS, APARELHOS E uTEnSÍLIOS PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊnCIAS (1996) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
51TEMAS DO PRÊMIO JOVEM CIEnTISTA
Xv PJC – OCEAnOS: FOnTE DE ALIMEnTOS(1997/1998) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
Xvi PJC – SAÚDE DA POPuLAçãO – COnTROLE DA InFECçãO HOSPITALAR(1999/2000) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
Xvii PJC – nOVAS METODOLOGIAS PARA A EDuCAçãO(2001) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
Xviii PJC – EnERGIA ELÉTRICA: GERAçãO, TRAnSMISSãO, DISTRIBuIçãO E uSO RACIOnAL(2002) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau, com o apoio da Eletrobrás/Procel
XiX PJC – ÁGuA: FOnTE DA VIDA (2003) Parceiros: CNPq, FRM, Gerdau e Eletrobrás/Procel
XX PJC – PRODuçãO DE ALIMEnTOS – BuSCA DE SOLuçÕES PARA A FOME (2004) Parceiros: CNPq, FRM, Gerdau e Eletrobrás/Procel
XXi PJC – SAnGuE: FLuIDO DA VIDA(2005) Parceiros: CNPq, FRM, Gerdau e Eletrobrás/Procel
XXii PJC - GESTãO SuSTEnTÁVEL DA BIODIVERSIDADE: DESAFIO DO MILÊnIO (2006) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
XXiii PJC – EDuCAçãO PARA REDuZIR AS DESIGuALDADES SOCIAIS(2007/2008) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
XXiv PJC – EnERGIA E MEIO AMBIEnTE: SOLuçÕES PARA O FuTuRO (2009/2010) Parceiros: CNPq, FRM e Gerdau
XXv PJC – CIDADES SuSTEnTÁVEIS(2011) Parceiros: CNPq, FRM, Gerdau e GE
tema da PróXima edição:InOVAçãO TECnOLÓGICA PARA OS ESPORTES(2012) Parceiros: CNPq, FRM, Gerdau e GE
Este caderno apresenta os resultados da XXV edição do Prêmio Jovem
Cientista, cujo tema é “Cidades Sustentáveis”, uma iniciativa do Conselho
nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CnPq), da Fundação
Roberto Marinho, da Gerdau e da GE.
www.jovemcientista.cnpq.br