Tabs Guitarra

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VAMPIROS [Am]No cu cinzento Sob o astro mudo Batendo as [G]asas Pela noite ca[Am]lada Vm em [E7]bandos Com ps ve[Am]ludo Chupar o [E7]sangue Fresco da ma[Am]nada [E7] [Am] [Am]Se algum se engana Com seu ar sisudo E lhes fran[G]queia As portas che[Am]gada Eles comem [G]tudo Eles comem [Am]tudo Eles comem [E7]tudo E no deixam [Am]nada [Bis] A toda a parte Chegam os vampiros Poisam nos prdios Poisam nas caladas Trazem no ventre Despojos antigos Mas nada os prende s vidas acabadas So os mordomos Do universo todo Senhores fora Mandadores sem lei Enchem as tulhas Bebem vinho novo Danam a ronda No pinhal do rei Eles comem tudo Eles comem tudo Eles comem tudo E no deixam nada [Bis] No cho do medo Tombam os vencidos Ouvem-se os gritos Na noite abafada Jazem nos fossos Vtimas dum credo E no se esgota O sangue da manada Se algum se engana Com seu ar sisudo E lhes franqueia As portas chegada Eles comem tudo Eles comem tudo Eles comem tudo E no deixam nada Eles comem tudo Eles comem tudo Eles comem tudo E no deixam nada

APELO [Em]Ah meu amor no vs em[B7]bora V a lua como [E7]chora V que triste esta can[Am]o No eu te peo no te au[Em]sentes Pois a dor que agora [C]sentes S se esquece no per[Em]do Ah minha amada me perdoa Pois embora ainda te doa A tristeza que causei Eu te suplico no destruas Tantas coisas que so tuas Por um mal que j paguei Ah meu amado se soubesses A tristeza que h nas preces Que a chorar te fao eu Se tu soubesses num momento Todo o arrependimento Como tudo entristeceu Se tu soubesses como triste Eu saber que tu partiste Sem sequer dizer adeus Ah meu amor tu voltarias E de novo cairias A chorar nos braos meus

FASCINAO G7Os sonhos mais F#7lin...dos soG7nhei De quimeras Gmil um casBbtelo erAm7guiD7 E no seu oAm7lhar, tonto de emoD7o, Com sofreguiAm7do mil venA7turas preD9vi O teu corpo G7luz, F#7seduG7o Poema diGvino, cheBbio de esplenAm7dorD7 Teu sorriso Cprende, ineBm7bria, entonA7tece s fascinaAm7o, D7aG7mor

(Alternativamente Em/D/B7)

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LISBOA NOITE [Gm]Lisboa adormeceu, j se acenderam Mil velas nos altares das co[D7]linas. Guitarras, pouco a pouco, emudeceram, Cerraram-se as janelas peque[Gm]ninas. Lisboa dorme um sono repousado, Nos braos voluptuosos do seu [Cm]Tejo, Cobriu-a a colcha azul do cu estre[Gm]lado E a [Am]brisa veio, a [D7]medo, dar-lhe um [G]beijo. [Refro=] [G]Lisboa andou de lado em lado, Foi ver uma toirada, depois bai[G7+]lou, be[Am]beu. Lisboa [Cm]Ouviu cantar o [G]Fado [E7]Rompia a madru[Am]gada, quando [D7]ela adorme[G]ceu. Lisboa no parou a noite inteira, Bomia, estouvanada, mas bairrista, Foi sardinha assada, l na feira, E segunda sesso duma Revista. Dali p'r Bairro Alto enfim galgou, No cu, a lua cheia refulgia, Ouviu cantar a Amlia e ento sonhou Qu'era a saudade, aquela voz que ouvia. [Refro]

LISBOA ANTIGA [Dm]Lisboa, velha ci[A7]dade, Cheia de encanto e be[Dm]leza! Sempre formosa, a sor[C]rir, E no ves[C7]tir sempre ai[Dm]rosa. O branco vu da sau[A7]dade Cobre o teu rosto, linda prin[D]cesa! [Refro=] Olhai, se[Em]nhores, Esta Lis[A7]boa de outras [D]eras Dos cinco ris, das es[A7]peras e das toi[Em]radas [A7]re[D]ais! Das [Em]festas, Das secu[A7]lares procis[D]ses, Dos populares pre[A7]ges mati[Em]nais que j no [A7]voltam [D]mais! Lisboa d'oiro e de prata, Outra mais linda no vejo, Eternamente a cantar E a danar, de contente. O teu semblante se retrata No azul cristalino do Tejo! [Refro] ALDEIA DA ROUPA BRANCA (Alternativamente: A/E7, G/D7) [C] rio no te [G7]queixes, Ai o sabo no [C]mata, Ai at lava os [G7]peixes, Ai pe-nos cor de [C]prata. Trs corpetes, um avental, Sete fronhas, um len[G7]ol, Trs camisas do enxoval, Que a freguesa deu ao [C]rol. gua fria, da ribeira, gua fria que o sol aqueceu, Velha aldeia, traga a ideia, Roupa branca que a gente estendeu. Um lenol de pano cru, V l bem to lavadinho, Dormindo nele, eu e tu, V l bem, est cor de linho.

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BARCO NEGRO [A]De manh, que medo, que [E7]me achasses [A]feia! Acordei, tremendo, [A7]deitada n'a[D]reia [A]Mas logo os teus olhos dis[A7]seram que [D]no, [A7]E o sol pene[A]trou no meu [E7]cora[A]o.[Bis] [A7]Vi depois, numa rocha, uma cruz, [E7]E o teu barco negro danava na [D]luz [A]Vi teu brao ace[A7]nando, entre as velas j [D]soltas Dizem as ve[A]lhas da praia, que no voltas: [C]So lou[A]cas! [C]So lou[A]cas! Eu [E7]sei, meu amor, Que nem chegaste a par[A]tir, Pois [E7]tudo, em meu redor, Me diz qu'ests sempre co[A]migo.[Bis] No vento que lana areia nos vidros; Na gua que canta, no fogo mortio; No calor do leito, nos bancos vazios; Dentro do meu peito, ests sempre comigo. EU QUERO AMAR, AMAR PERDIDAMENTE [Re]Eu quero amar a[Re7]mar perdida[Sol-]mente A[Do]mar s por amar aqui e a[F]lm Mais [Re7]esta aquela a [Sol-]outra e toda a [Re-]gente A[La#]mar amar e [La+]no a[Do]mar nin[La+]gum [R-]Recordar esque[Re7]cer indi[Sol-]ferente Pren[Do]der ou desprender mal [F+]bem Quem [Re7]disser que se [Sol-]pode amar al[Re-]gum Du[La#]rante a vida in[La+]teira porque [Re+]mente [Re+]H uma prima[Si7]vera em cada [Mi-]vida preciso cant-la as[La+]sim Pois se Deus nos deu voz foi pra can[Re+]tar E se um [Si7]dia hei-de ser p cinza e [Mi-]nada Que seja a minha noite uma alvo[La+]rada Que me saiba perder pra me encon[Re+]trar

CHEIRA A LISBOA [Am]Lisboa j tem sol mas cheira a lua, Quando nasce a madrugada sorra[E7]teira E o primeiro elctrico da rua Faz [Dm]coro c'oa [E7]chinela da Ri[Am]beira. Se [Dm]chove, cheira a terra prome[Am]tida, Procis[E7]ses tm cheiro a rosma[Am]ninho. Na [Dm]tasca da viela mais escon[Am]dida, Cheira a [E7]iscas (com elas) e a [A]vinho. [Refro=] [A]Um craveiro numa gua furtada, Cheira bem, cheira a Lis[E7]boa! Uma rosa a florir na tapada, Cheira bem, cheira a Lis[A]boa! A fragata que se ergue na [E7]proa, A varina que teima em pas[A]sar, Cheiram [D]bem porque so de Lis[A]boa, Lisboa tem [E7]cheiro de flores e de [A]mar! [Am]Lisboa cheira aos cafs do Rossio, E o fado cheira sempre a soli[E7]do, Cheira a castanha assada, se est frio, Cheira [Dm]a fruta ma[E7]dura, quando Ve[Am]ro. Nos [Dm]lbios tem o cheiro dum sor[Am]riso, Manje[E7]rico tem o cheiro de can[Am]tigas, E [Dm]os rapazes perdem o ju[Am]zo Quando [E7]lhes d o cheiro a rapa[A]rigas. [Refro]

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CACHAA CVoc pensa que cachaa gua Cachaa no gua G7no Cachaa vem do alambique E gua vem do ribeiCro Pode me faltar tudo na vida Arroz feijo e G7po Pode me faltar manteiga E tudo mais no faz falta Cno Pode me faltar o amor C7Disto at acho Fgraa S no quero que me Cfalte A daG7nada da caCchaa ME D UM DINHEIRO A CHei voc G7a me d um dinheiro a Me d um dinheiro Ca No vai dar No vai dar G7no Voc vai ver que grande confuCso Eu vou beC7ber Beber at caFir Me d, me d, me Cd, oi Me G7d um dinheiro Ca. MAME EU QUERO CMame eu quero Mame eu quero Mame eu quero maG7mar D a chupeta D a chupeta D a chupeta pro beb no choCrar Dorme filhinho do meu coraG7o Pega a mamadeira e vem entra no meu corCdo Eu tenho uma irC7m que se chama FAna De piscar o Colho j fiG7cou sem a pesCtana [Refro] Eu olho as pequenas, mas daquele G7jeito E tenho muita pena no ser criana de Cpeito Eu tenho uma irC7m que fenomeFnal Ela da Cbossa e o maG7rido um boCal

TRISTEZA DTristeza, por favor v emEmbora minhalma que A7chora Est vendo meu Dfim Fez do meu coraD7o, a Gsua moradia GmJ demais o meu peGbmnar B7Quero voltar quela Emvida de alegria A7Quero de novo, samDbarD7 LaiaGlal laialaGmialaiDal B7laialaialaiEmala A7Quero de novo samDbar VEM CHEGANDO A MADRUGADA GVem chegando a madruAmgada, i D7O sereno vem caGindo - bis E7Cai, cai, seAmreno devaD7gar O meu amor est dorGmindo - bis Deixa dorE7mir em Ampaz Uma D7noite no Gnada No aE7corde o meu aAmmor SereD7no da madruGgada ACORDA MARIA BONITA DAcorda Maria Bonita / LeD7vanta vem fazer caGf Que o dia j vem raiDando / E a poA7licia j est de Dp Se eu soubesse que chorando / Empato a tua viagem Meus olhos eram dois rios / Que no te davam passagem Cabelos pretos anelados / Olhos castanhos delicados Quem no ama a cor morena / Morre cego e no v nada QUEM SABE, SABE AmQuem sabe, Dmsabe Conhece Ambem Como gosE7toso Gostar de alAmgum AmAi morena Deixa eu gostar de voDmc Bomio, sabe beAmber FBomio, tambm tem queE7rer (Bis) Pag. 4

FOI DEUS GNo sei, Cno sabe ninGgum Porque canto fado, neste tom magoado De dor e de D7pranto E neste momento, todo sofrimento Eu sinto que a alma c dentro se acalma Nos versos que Gcanto Foi Deus, Cque deu luz aos Golhos Perfumou as rosas, deu ouro ao G7Sol e prata ao luCar A, foi CmDeus que me ps no Gpeito Um rosrio de Ampenas que vou desfiD7ando e choro a canGtarD7 E ps as estrelas no GCu E7Fez o espao sem AmfimGb7 Deu luto s andoBmrinhas A D7deu-me esta voz a Gmim Se canto, Cno sei porque Gcanto Misto de ternura, saudade ventura e talvez de aD7mor Mas sei que cantando Sinto o mesmo quando, me vem um desgosto E o pranto no rosto nos deixa meGlhor Foi Deus, Cque deu voz ao Gvento Luz no firmamento E ps o azul nas G7ondas do Cmar A foi CmDeus, que me ps no Gpeito Um rosrio de Ampenas que vou desfiD7ando e choro a canGtarD7 Fez poeta o rouxiGnol E7Ps no campo o aleAmcrimGb7 Deu flores PrimaBmvera a E D7deu-me esta voz a Gmim

AMANH [mi-]Amanh, vou acender uma vela da mu[Si]chimba * Amanh, levo para os meus santos flores de a[mi-]ccias * [Mi]Amanh, peo p'ra toda gente que me es[la-]tima [Re]Amanh, [Re7]peo p'ro novo dia [Sol]que vir (ama[Si]nh) [mi-]Amanh, Peo ao meu lema que faa com que eu [Si]volte A morar na terra amada que me [Mi]viu nascer [Mi]Quero chegar de madru[La]gada Para [Si]ver o sol ra[Mi]iar Quero chegar de madru[La]gada, hoo P'ra ningum [Si]ver, se eu cho[Mi]rar (bis) [mi-]Vou andar por [Re]a com o meu vio[Sol]lo Vou mo[Re]tamba, tomo um machibombo qual[Sol]quer "Porr ma curia a [la-]naqui" Sou igual a toda a [mi-]gente Na linha da terra [la-]nova S pro l no Mos[mi-]samgui Com a minha [la-]gente entre mufete e con[mi-]versa E de madru[la-]gada, com Catambi com Tam[mi-]buita [Mi]Zag, zag, zag, [Si]zag Zanga-zuzi at ca[Mi]ir ... Aiuehh.. Que que vai fazer amanh meu irmo?!

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BESAME MUCHO AmBsame, bsame Dmmucho Como se Ffuera esa noche la E7ltima Amvez A7Bsame, bsame Dmmucho AmQue tengo miedo perB7derte Perderte desE7pus AmBsame, bsame Dmmucho Como si Ffuera esta noche la E7ltima Amvez A7Bsame, bsame Dmmucho AmQue tengo miedo perB7derte Perderte otra E7vez Am A7 DmQuiero tenerte muy Amcerca Mirarme en tus E7ojos verte junto a Amm DmPienso que talvez maAmana Yo estar B7lejos muy lejos de E7ti AmBsame, bsame Dmmucho Como se Ffuera esa noche la E7ltima Amvez A7Bsame, bsame Dmmucho AmQue tengo miedo perB7derte Perderte desE7pus

MY WAY [F]And now, the end is near And so I [Cm6]face the final [D7]curtain. My [Gm]friend, I'll say it [Gm7]clear I'll state my [C7]case of which I'm [F]certain. I've lived a life that's [F7]full I travelled [Bb]each and every [Bbm]highway And [F]more, much more than [C7]this, I did it [Gm]my w[F]ay. Regrets, I've had a few But then again too few to mention. I did what I had to do And saw it through, without exemption. I planned each charted course Each careful step, along the byway And more, much more than this, I did it my way. Yes there were times, I'm sure you [Cm7]knew, When I bit [Bb]off more than I could chew But through it [Gm7]all, when there was [C7]doubt I ate it [Am7]up, and spit it [Dm]out, I faced it [Gm7]all, And I stood [C7]tall, And did it [Gm]my w[F]ay. I've loved, I've laughed and cried I've had my fill, my share of losing. And now, as tears subside, I find it all so amusing. To think, I did all that, And may I say, "not in a shy way", Oh no, oh no not me, I did it my way. For what is a man, what has he got, If not himself, then he has not, To say the things, he truly feels, And not the words of one who kneels. The record shows, I took the blows, And did it my way.

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MARIA FAIA[Am]

PEDRA FILOSOFAL[E]

Eu no sei como te chamas oh Maria [Am]Faia nem [G]que nome te hei-de eu [C]pr oh Maria [E]Faia oh Faia Ma[Am]ria cravo no que tu s rosa oh Maria Faia Rosa no que tu s flor oh Maria Faia oh Faia Maria No te quero chamar cravo Que te estou a engrandecer Chamo-te antes espelho Onde espero de me ver O meu amor abalou Deu-me uma linda despedida Abarcou-me a mo direita Adeus oh prenda querida

[Re7]Eles no sabem que o [Sol]sonho uma constante da [Si]vida to concreta e defi[Si#]nida como outra [Do]coisa qual[Re]quer como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso como este ribeiro manso em serenos sobressaltos como estes pinheiros altos que em verde e oiro se agitam como estas aves que gritam em bebedeiras de azul eles no sabem que sonho vinho, espuma, fermento bichinho alacre e sedento de focinho pontiagudo [Re7]que fua atravs de tu[Do]do em perp[Re]tuo movi[Sol]mento Eles no sabem que o sonho tela cor pincel base, fuste, capitel arco em ogiva, vitral, Pinculo de Catedral, contraponto, sinfonia, mscara grega, magia, que retorta de alquimista

mapa do mundo distante Rosa dos Ventos Infante caravela quinhentista que cabo da Boa-Esperana Ouro, canela, marfim florete de espadachim bastidor, passo de dana Columbina e Arlequim passarola voadora pra-raios, locomotiva barco de proa festiva alto-forno, geradora ciso do tomo, radar ultra-som, televiso desembarque em fogueto na superfcie lunar Eles no sabem nem sonham que o sonho comanda a vida que sempre que o homem sonha o mundo pula e avana como bola colorida entre as mos duma criana

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CANTAR DE EMIGRAO [Am]Este parte, aquele [C]parte e [F]todos, todos se [E]vo Ga[G]liza ficas sem [Am]homens que [F]possam cortar teu [E]po Tens em troca rfos e rfs tens campos de solido tens mes que no tm filhos filhos que no tm pai Corao que tens e sofre longas ausncias mortais vivas de vivos mortos que ningum consolar

PRIMEIRA VISTA [C]Quando no tinha nada, eu quis [Am]Quando tudo era ausncia esperei [F]Quando tive frio tremi, [G]Quando tive coragem liguei [C]Quando chegou carta abri [Am]Quando ouvi Prince (Salif Keita) dancei [F]Quando o olho brilhou entendi [G]Quando criei asas voei [C]Quando me chamou eu vim [Am]Quando dei por mim tava aqui [F]Quando me achei me perdi [G]Quando vi voc me apaixo[C]nei Amara de[Am]zai soei de[F]zai zai [G]Aiii ingado r Ohoh... [C] Amara dezai so[Am]ei dezai zai[F] [G]Aiii ingado r auuu.... CANTIGA DA RUAA

A cantiga popuE7lar, ao passar, Todos a julgam baAnal, e afinal Vai sorrindo prpria E7dor, dizendo, em trovas de amor, O seu destino faAtal. Cantiga da rua, das outras difeE7rente, Nem minha, nem tua, de toda a Agente. Cantiga da F#7rua, que sobe, flutua, mas no se deBmtm, D Inconstante e Alouca, vai de boca em E7boca, no de ninAgum.

A

A pobreza mais feliz, porque diz Em voz alta o seu pensar, a cantar; E rua que ela vai, como fra prpria me, As suas mgoas contar. Cantiga da rua, veloz andorinha, No pode ser tua e no ser minha. Cantiga da rua, jamais se habitua aos lbios de algum, Vive independente, de toda a gente, no de ningum.

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FELICIDADE [G7M]Felicidade foi se em[Am7]bora E a saudade no meu [D9]peito ainda [G7M]mora E por isso que eu [E7]gosto l de [Am7]fora Porque sei que a falsi[D9]dade no vi[G7M]gora [G7M]A minha casa fica l de traz do [Am7]mundo Onde eu vou em um se[D9]gundo quando comeo a can[G7M]tar O pensamento parece uma coisa [Am7]toa Mas como que a gente [D9]voa quando comea a pen[G7M]sar

TREM DAS ONZE [Em]No posso ficar nem mais um minuto com voc Sinto muito amor, mas no pode [B7]ser [E7] [Am]Moro em Jaa[Em]n Se eu perder esse [C]trem Que sai a[B7]gora s onze horas S ama[G7]nh de ma[Em]nh E alm disso mu[E7]lher, tem outra [Am]coisa Minha [F#7]me no dorme enquanto eu no che[B7]gar [E7] [Am]Sou filho [Em]nico, [C]tenho minha [B7]casa pra o[Em]lhar No posso fi[E7]car, no posso fi[Em]car...

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MENINA ESTS JANELA [C]Menina ests ja[F]nela com o [G]teu cabelo [C]lua no me [Am]vou daqui em[F]bora sem le[G]var uma prenda [C]tua[Am] sem levar uma prenda tua sem levar uma prenda dela com o teu cabelo lua menina ests janela Os olhos requerem olhos e os coraes coraes e os meus requerem os teus em todas as ocasies Gosto muito dos teus olhos mas ainda mais dos meus se no foram os meus olhos como iria (eu) ver os teus] [Chorai olhos chorai olhos que o chorar no desprezo tambm a virgem chorou quando viu seu filho preso]

VALSINHA Int.: F#7 Bm F#7 Bm [F#7] Um dia ele chegou to diferente do seu [Bm]jeito de sempre chegar O[F#7]lhou-a dum jeito muito mais quente do que [Bm]sempre costumava olhar E [B7]no maldisse a vida tanto quanto era seu [Em]jeito de sempre falar E [C#7]nem deixou-a s num canto, pra seu grande es[F#7]panto convidou-a pra danar E ento ela se fez bonita com h muito [Bm]tempo no queria ousar Com [F#7]seu vestido decotado cheirando a guar[Bm]dado de tanto esperar De[B7]pois o dois deram-se os braos com h muito [Em]tempo no se usava dar E [C#7]cheios de ternura e graa foram para a [F#7]praa e comearam a se abraar E ali danaram tanta dana que a vizi[Bm]nhanca toda despertou E [F#7]foi tanta felicidade que toda ci[Bm]dade enfim se iluminou E [B7]foram tantos beijos loucos, tantos gritos [Em]roucos como no se ouvia mais Que o [Bm]mundo compreendeu E o [F#7]dia amanheceu Em [Bm]paz

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RAMA [C] rama, que linda rama, [F]rama da oli[C]veira! O meu par o mais [G7]lindo Que anda aqui na roda in[C]teira! Que anda aqui na roda inteira, Aqui e em qualquer lugar, rama, que linda rama, rama do olival! Eu gosto muito de ouvir Cantar a quem aprendeu. Se houvera quem me ensinara, Quem aprendia era eu! No m'invejo de quem tem Parelhas, guas e montes; S m'invejo de quem bebe A gua em todas as fontes. Fui fonte beber gua, Encontrei um ramo verde; Quem o perdeu tinha amores, Quem o achou tinha sede. Debaixo da oliveira No se pode namorar; A folha miudinha, Deixa passar o luar. (Altern. D/G/A7, A/D/E7, G/C/D7)

EMBUADO Noutro tempo a fidalguia, Que deu brado nas toiEradas, E andava p'la Mouraria, em muito palcio havia Descantes e guitarAradas. D E andava p'la MouraAria, em muito palcio haEvia Descantes e guitarAradas.A

E a histria que eu vou contar, Contou-ma certa velhinha, Uma vez que eu fui cantar ao salo dum titular, L pr Pao da Rainha. [Bis] A esse salo dourado, De ambiente nobre e srio, Para ouvir cantar o fado ia sempre um embuado, Personagem de mistrio... [Bis] Mas certa noite houve algum Que lhe disse, erguendo a fala: Embuado, nota bem, que hoje no fique ningum Embuado nesta sala! [Bis] E ante a admirao geral, Descobriu-se o embuado; Era El-Rei de Portugal, houve beija-mo real E depois cantou-se o fado! [Bis] (Alternativamente C/G/F, D/A/G)

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VEJAM BEM [Rem] [Do] Vejam [Rem]bem que no [Do]h s gaivotas em [Rem]terra quando um [Do]homem se pe a pen[Rem]sar quando um [Do]homem se pe a pen[Rem]sar Quem l dorme dorme dorme vem noite ao relento na areia noite ao relento no mar noite ao relento no mar

A BANDA Int.: D A7 D [D]Estava toa na [A7]vida, o meu amor me cha[D]mou Pra ver a [B7]banda pas[Em]sar cantando [A7]coisas de a[D]mor A minha gente so[A7]frida despediu-se da [D]dor Pra ver a [B7]banda pas[Em]sar cantando [A7]coisas de a[D]mor O homem srio que contava di[Em]nheiro pa[A7]rou O faro[D7]leiro que contava van[G]tagem parou A namo[F#]rada que contava as es[Bm]trelas parou Para [E7]ver, ouvir e dar pas[A7]sagem A moa [D]triste que vivia ca[Em]lada sor[A7]riu A rosa [D7]triste que vivia fe[G]chada se abriu E a meni[F#]nada toda se assa[Bm]nhou Pra ver a [B7]banda pas[Em]sar cantando [A7]coisas de a[D]mor Estribilho O velho fra[D]co se esqueceu do can[Em]sao e pen[A7]sou Que ainda era [D7]moo pra sair no ter[G]rao e danou A moa [F#]feia debruou na ja[Bm]nela Pensando que a [E7]banda tocava pra [A7]ela A marcha a[D]legre se espalhou na ave[Em]nida e insis[A7]tiu A lua [D7]cheia que vivia escon[G]dida surgiu Minha ci[F#]dade toda se enfei[Bm]tou Pra ver a [B7]banda pas[Em]sar cantando [A7]coisas de a[D]mor Mas para meu desen[A7]canto o que era doce aca[D]bou Tudo to[B7]mou seu lu[Em]gar depois que a [A7]banda pas[D]sou E cada qual no seu [A7]canto, em cada canto uma [D]dor Depois da [B7]banda pas[Em]sar cantando [A7]coisas de a[D]mor A CASA [E]Era uma casa muito engraada No tinha [B7]teto, no tinha [E]nada Ningum podia entrar nela no Porque na [B7]casa no tinha [E]cho Ningum po[A]dia dormir na [E]rede Porque na [B7]casa no tinha pa[E]rede Ningum po[A]dia fazer pi[E]pi Porque pe[B7]nico no tinha [E]ali Mas era feita com muito esmero Na rua dos [B7]bobos, nmero [E]zero Alt.:G D7 C

[Do]E se hou[Rem]ver uma [Do]praa de gente ma[Rem]dura e uma es[Fa]ttua e uma esttua de de febre a ar[La]der Anda algum pela noite de breu procura e no h quem lhe queira valer e no h quem lhe queira valer Vejam bem daquele homem a fraca figura desbravando os caminhos do po desbravando os caminhos do po E se houver uma praa de gente madura ningum vai ningum vai levant-lo do cho

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MEU PRIMEIRO AMOR (LEJANIA) [Am]Saudade, palavra triste Quando se [E7]perde um grande amor Na estrada longa da vida Eu vou chorando a minha [Am]dor Igual uma borboleta Vagando [E7]triste por sobre a flor Seu [F7]nome, sempre em meus lbios Irei chamando por onde [E7]for Vo[A7]c nem sequer se lembra De ouvir a voz desse sofre[Dm]dor Que implora por seu ca[Am]rinho S um pou[E7]quinho do seu [A]amor[E7] Meu primeiro a[A]mor To cedo acabou S a dor deixou nesse peito [E7]meu Meu primeiro amor Foi como uma flor Que desabrochou e logo mor[A]reu Nessa solido Sem ter alegria o que me ali[A7]via So meus tristes [D]ais So prantos de dor Que dos olhos [A]caem porque bem [E7]sei Quem eu tanto amei No verei ja[A]mais

NDIA [Dm]ndia seus cabelos nos ombros cados Negros como a [Gm]noite que no tem lu[Dm]ar Seus lbios de rosa para mim sorrindo E a doce mei[Gm]guice desse seu o[Dm]lhar [Gm]ndia da pele mo[F]rena Sua boca pe[A7]quena eu quero bei[D]jar! [D]ndia, sangue tu[Em]pi Tem o chei[A7]ro da [D]flor Vem que eu quero lhe [Em]dar [A7]Todo o meu grande a[D]mor Quando eu for embora para bem dis[Dm]tante E chegar a [Gm]hora de dizer-lhe a[Dm]deus Fica nos meus braos s mais um instante Deixa os meus [Gm]lbios se unirem aos [Dm]seus [Gm]ndia levarei sau[F]dades Da felici[A7]dade que voc me [D]deu [D]ndia a sua i[Em]magem [A7]Sempre comigo [D]vai Dentro do meu cora[A7]o Flor do meu Para[D]guai! A ROSINHA DOS LIMESAm

Quando ela passa, franzina e cheia de E7graa, H sempre um ar de chalaa, no seu olhar feitiAmceiro. L vai catita, cada dia mais boE7nita, E o seu vestido, de chita, tem sempre um ar dominAmgueiro

Passa liDmgeira, alegre e namoraAmdeira, E a sorrir, p'r rua inE7teira, vai semeando iluAmses. Quando ela Dmpassa, vai vender limes Ampraa, E at lhe chamam, por E7graa, a Rosinha dos liAmmes. Quando ela passa, junto da minha janela, Meus olhos vo atrs dela at ver, da rua, o fim. Com ar gaiato, ela caminha apressada, Rindo por tudo e por nada, e s vezes sorri p'ra mim Quando ela passa, apregoando os limes, A ss, com os meus botes, no vo da minha janela Fico pensando, que qualquer dia, por graa, Vou comprar limes praa e depois, caso com ela! Pag. 13

NOITE DE MEU BEM[Am]

FARTO DE GUERRA Estava eu na minha [E7]terra Disseram-me vais para a guerra Toma l uma espin[Am]garda[Am]

Hoje Eu quero a rosa mais linda que hou[G]ver E a primeira estrela que vi[Am]er Para enfeitar a [Am7]noite de meu [E]bem Hoje Eu quero paz de criana dor[G]mindo E o abandono de flores se a[Am]brindo Para enfeitar a [Am7]noite de meu [E]bem Quero A alegria de um barco vol[G]tando Quero a ternura de mos se encon[Dm]trando Para enfeitar a noite de meu [E]bem

[Am]

E um bilhete para o navio E uma medalha num fio E uma velha velha farda Aps dias de caminho Estava j muito magrinho Esfomeado como um rato Olhei e vi palmeiras Macacos e bananeiras E entendi estava no mato Foi ento que o nosso cabo Disse que eu era um bom nabo Por noite a Deus rezar E o furriel e o sargento Chamavam-me fedorento Porque me queria lavar E o alferes e o capito Diziam que era calo se me viam descansar. Estava j farto de guerra E a pensar na minha terra Fui um dia passear Numa palhota szinha Estava uma preta girinha Que ao ver-me ps-se a chorar E eu fiquei com tanta pena Dessa mocinha morena Que fugimos para o mato Somos um casal feliz E j temos um petiz Que por sinal mulato

[Dm]

[Am] Ahhh Eu quero amor Um amor to pro[G]fundo Eu quero toda a alegria do [Am]mundo Para enfeitar a [Am7]noite de meu [E]bem [Dm]

Quero A alegria de um barco vol[G]tando Quero a ternura de mos se encon[Dm]trando Para enfeitar a noite de meu [E]bem

Ahhhh Como esse bem demorou a che[G]gar Eu j nem sei se terei no o[Am]lhar Toda a ternura que [E]quero Lhe [Am]dar[Am]

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LUA DE SO JORGE [D]Lua de So [B7]Jorge, [E7]lua deslumbrante [A7]Azul verdejante, [D]cauda de pa[A7]vo [D]Lua de So [B7]Jorge [E7]cheia, branca, inteira [A7] minha bandeira [Bm]solta na ampli[F#m]do [G]Lua de So [Gm]Jorge, [D]lua brasi[B7]leira, [E7]lua do meu [A7]cora[D]o [A]Lua de So [F#7]Jorge, [B7]lua deslumbrante [E7]Azul verdejante, [A]cauda de pa[E7]vo [A]Lua de So [F#7]Jorge, [B7]cheia, branca, inteira [E7] minha bandeira [F#m]solta na ampli[C#m]do [D]Lua de So [Dm]Jorge, [A]lua brasi[F#7]leira, [B7]lua do meu [E7]co[A]ra[D]o Lua de So Jorge, lua maravilha Me, irm e filha de todo esplendor Lua de So Jorge brilha nos altares Brilha nos lugares onde estou e vou Lua de So Jorge brilha sobre os mares, brilha sobre o meu amor Lua de So Jorge, lua soberana Nobre porcelana sobre a seda azul Lua de So Jorge, lua da alegria No se v um dia claro como tu Lua de So Jorge sers minha guia no Brasil de Norte a Sul A MODA DAS TRANAS PRETASC

LUAR DO SERTO [G]Oh, que sadade do lu[Em]ar da minha [Am]terra, L na serra, Branque[D7]jando Folhas secas pelo [G]cho[D7]! Este lu[G]ar c da ci[Em]dade, to es[Am]curo, No tem aquela sau[D7]dade do luar l do ser[G]to.[D7] No [G]h, [Em]gente, oh [Am]no, Luar como [D7]esse do ser[G]to[D7] Bis Se a lua nasce por detrs da verde mata Mais parece um sol de prata prateando a solido E a gente pega na viola que ponteia, E a cano lua cheia a nos nascer do corao Estribilho Quando vermelha, no serto, desponta a lua, Dentro d'alma, onde flutua, tambm rubra, nasce a dor! E a lua sobe, e o sangue muda em claridade, E a nossa dor muda em saudade, branca assim, da mesma cor! Ai! Quem me dera que eu morresse l na serra, Abraado minha terra, e dormindo de uma vez! Ser enterrado numa grota pequenina, Onde tarde a sururina chora a sua viuvez! Estribilho Diz uma trova, que o serto todo conhece, Que, se noite o cu floresce, nos encanta e nos seduz, porque rouba dos sertes as flores belas Com que faz essas estrelas l no seu jardim de luz!!! Estribilho Mas como lindo ver, depois por entre o mato, Deslizar, calmo o regato, transparente como um vu No leito azul das suas guas murmurando, Ir por sua vez roubando as estrelas l do cu! Estribilho A gente fria desta terra, sem poesia, No se importa com esta lua, nem faz caso do luar! Enquanto a ona, l na verde capoeira, Leva uma hora inteira vendo a lua, a meditar! Estribilho Coisa mais bela neste mundo no existe Do que ouvir um galo triste, no serto se faz luar! Parece at que a alma da lua que descanta, Escondida na garganta desse galo, a soluar! Estribilho Se Deus me ouvisse com amor e caridade, Me faria esta vontade - o ideal do corao! Era que a morte, a descantar, me surpreendesse, E eu morresse numa noite de luar, no meu serto! Estribilho E quando a lua surge em noites estreladas Nessas noites enluaradas, em divina apario, Deus faz cantar o corao da Natureza Para ver toda a beleza do luar do Maranho. Estribilho Deus l no cu, ouvindo um dia essa harmonia, A cano do meu serto, do meu serto primaveril Disse aos arcanjos que era o Hino da Poesia, E tambm a Ave Maria da grandeza do Brasil. Estribilho Pois s nas noites do serto de lua plena, Quando a lua uma aucena, uma flor primaveril, que o poeta, descantado, a noite inteira, V na Lua Brasileira toda a alma do Brasil.

Como era linda com seu ar namora G7deiro 'T lhe chamavam "menina das tranas Cpretas", Pelo ChiAado passeava o dia inDmteiro, ApregoG7ando raminhos de vioCletas. E as raparigas d'alta roda que passavam Ficavam tristes a pensar no seu cabelo, Quando ela olhava, com vergonha, disfaravam E pouco a pouco todas deixaram cresc-lo. Passaram dias e as meninas do Chiado Usavam tranas enfeitadas com violetas, Todas gostavam do seu novo penteado, E assim nasceu a moda das tranas pretas. Da violeteira j ningum hoje tem esperanas, Deixou saudades, foi-se embora e tardinha Est o Chiado carregado de mil tranas Mas tranas pretas ningum tem como ela as tinha.

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TEJO QUE LEVAS AS GUAS EmTejo que levas as Dguas correndo de par em Gpar lava a cidade de Cmgoas leva as Ammgoas para o h7mar Lava-a de crimes espantos de roubos, fomes, terrores, lava a cidade de quantos do dio fingem amores Leva nas guas as grades de ao e silncio forjadas deixa soltar-se a verdade das bocas amordaadas Lava bancos e empresas dos comedores de dinheiro que dos salrios de tristeza arrecadam lucro inteiro Lava palcios vivendas casebres bairros da lata leva negcios e rendas que a uns farta e a outros mata CTejo que levas as Dguas correndo de par em Gpar lava a cidade de Cmgoas leva as Ammgoas para o h7mar Lava avenidas de vcios vielas de amores venais lava albergues e hospcios cadeias e hospitais Afoga empenhos favores vs glrias, ocas palmas leva o poder dos senhores que compram corpos e almas Leva nas guas as grades de ao e silncio forjadas deixa soltar-se a verdade das bocas amordaadas Das camas de amor comprado desata abraos de lodo rostos corpos destroados lava-os com sal e iodo Tejo que levas as guas correndo de par em par lava a cidade de mgoas leva as mgoas para o mar

LAURINDA Am Laurinda, linda, linda Laurinda, linda, linda Dms mais linda do qu'o AmSol(e) DeiDmxa-me dormir uma Amnoite ENas bordas do teu lenAmol Sim, sim, cavalheiro, sim Sim, sim, cavalheiro, sim Hoje sim, amanh no Meu marido, no esta c Foi pr'a feira de Marvo Onze horas, meia-noite Onze horas, meia-noite Marido a porta bateu Bateu uma, bateu duas Laurinda no respondeu Ou ela est doentinha Ou ela est doentinha Ou encontrou outro amor Ou ento procur'a chave L no meio do corredor De quem aquele chapu? De quem aquele chapu? Debroado a galo para ti meu marido Que fiz eu por minha mo De quem aquele casaco? De quem aquele casaco? Que ali vejo pendurado para ti meu marido Que o trazeis bem ganhado De quem aquele cavalo? De quem aquele cavalo? Que na minha esquadra entrou para ti meu marido Foi teu pai quem tu mandou De quem aquele suspiro? De quem aquele suspiro? Que ao meu leito se atirou Laurinda, que aquilo ouviu Caiu no cho desmaiou Laurinda, linda, linda Laurinda, linda, linda No vale a pena desmaiar Todo o amor, que t'eu tinha Vai-se agora acabar Vai buscar as tuas irms Vai buscar as tuas irms Tr-las todas num andor Que a mais linda delas todas H-de ser meu novo amor

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EU BEBO SIM EEu bebo E7sim Estou viAvendo Tem B7gente que no bebe Est morErendo Tem E7gente que j t de p na Acova No bebeu e isso B7prova A bebida no faz Emal Uma pro E7santo Bota o choro e a saiAdeira Desce toda a prateB7leira Diz que a vida t leEgal (Eu bebo sim) Refro Tem E7gente que condena o piAleque Diz que coisa de moB7leque Cafajeste ou coisa asEsim Mas essa E7gente quando t de cuca Acheia Vira chave de caB7deia Esvazia o bote(E)quim (Eu bebo sim) Refro

ME MENININHA GAi minha me Minha me meniniAmnha Ai minha D7me Menininha do GantoGis A estrela mais linda, hein? T no GantoAmis E o sol mais briD7lhante, hein? T no GantoGis A beleza do mundo, hein? T no GantoAmis E a mo da doD7ura, hein? T no GantoGis O consolo da gente, hein? T no GantoAmis E a Oxum mais boD7nita, hein? T no GantoGis Olorum quem manAmdou Essa filha de OD7xum Tomar conta da Amgente E de tudo que D7h Olorum quem manAmdou D7 Ora i i G... Ora i i Am ... D7Ora i i G...

JESUS CRISTO EmJesus Cristo, GJesus Cristo, BmJesus Cristo eu esAmtou aEmqui... (bis) EmOlho pro cu e vejo uma nuvem Gbranca que vai passando BmOlho pra terra e vejo uma multiAmdo que vai caminhando EmComo essa nuvem branca essa gente Gno sabe aonde vai BmQuem poder dizer o caminho Amcerto voc meu pai (refro) EmToda essa multido tem no peito aGmor e procura a paz BmE apesar de tudo a espeAmrana no se desfaz EmOlhando a flor que nasce no cho daGquele que tem amor BmOlho pro cu e sinto crescer a Amf no meu Salvador (refro) EmEm cada esquina eu vejo o olhar perGdido de um irmo BmEm busca do mesmo bem nessa direcAmo caminhando vem Em meu desejo ver aumentando Gsempre essa procisso BmPara que todos cantem na mesma Amvoz essa orao (refro)

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AI QUE SAUDADES DA AMLIA GNunca vi fazer C7/9tanta exiGgncia E7Nem fazer o que voc me A7faz VoB7c no sabe que consciEmncia No A7v que eu sou um pobre raD7paz GVoc s pensa em C7/9luxo e riGqueza E7Tudo que voc v voc A7quer Ai meu B7Deus, que saudades da AEmmlia AA7quilo sim que era muD7lher s Amvzes passava D7fome ao meu Glado E aB7chava bonito no Emter o que coG7mer Mas Cquando me via BbconGtrariEmado DiA7zia, meu filho, o que se h de faD7zer AAmmlia AAmmlia AAmmlia AAmmlia no tinha a meD7nor vaiGdaE7de que era a muD7lher de verGdaE7de no tinha a meD7nor vaiGdaE7de que era a muD7lher de verGdade

MORENA DE ANGOLA EMorena de Angola que leva o chocalho amarrado na caF#mnela Ser que ela mexe o chocalho ou o chocalho que meB7xe com Eela? Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na caF#mnela Ser que ela mexe o chocalho ou o chocalho que meB7xe com Eela? Ser que a morena cochila escutando o cochicho do choF#mcalho? Ser que desperta gingando e j sai chocalhando B7pro traEbalho? Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela Ser que ela mexe o chocalho ou o chocalho que mexe com ela? Ser que ela t na cozinha grisando a galinha cabitela? Ser que esqueceu da galinha e ficou batucando na panela? Ser que no meio da mata, na moita, a morena ainda chocalha? Ser que ela no fica afoita pra danar na chamada batalha? Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela Passando pelo regimento ela faz requebrar a sentinela E I, i, i F#m I, i, i B7 I, i, i E I, i, i Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela Ser que ela mexe o chocalho ou o chocalho que mexe com ela? Ser que quando vai pra cama a morena se esquece do chocalho? Ser que namora fazendo cochicho com seus penduriclios? Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela Ser que ela mexe o chocalho ou o chocalho que mexe com ela? Ser que ela t caprichando no peixe que eu trouxe de benguela? Ser que t no remelexo e abandonou meu peixe na tijela? Ser que quando fica choca pe de quarentena o seu chocalho? Ser que depois ela bota a canela no nicho do pirralho? Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela Eu acho que deixei um cacho do meu corao na catundela E I, i, i F#m I, i, i B7 I, i, i E I, i, i Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela Ser que ela mexe o chocalho ou o chocalho que mexe com ela? E I, i, i F#m I, i, i B7 I, i, i E I, i, i Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela Morena bichinha danada, minha camarada do Emepela

MOON RIVER GMoon EmRiver, Cwider than a Gmile I'm Ccrossin' you in Gstyle some Amday. B7Old Emdream Gmaker, you Cheart B7breaker WherEmever you're A7goin' I'm Dgoin' your D7way. GTwo Emdrifters, Coff to see the Gworld. There's Csuch a lot of Gworld to Amsee. B7We'Emre afA7ter the Csame rainbow's Gend. wCaitin' 'round the Gbend, my CHuckleberry Gfriend, EmMoon AmRiver D7and Gme.

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EL DIA QUE ME QUIERAS introd.: D Gbm Em Gm A7 DAcaricia mi ensueo BmEl suave murE7mullo de tu suspiA7rar Gb7Como rie la Bmvida Si E7tus ojos A7negros me Gquieren miA7rar DY si es mio el amparo BmDe tu risa leve que es E7como un canA7tar Gb7Ella aquieta mi heB7rida ETodo, todo se GmolviA7da. DEl dia que me Gb7quieras BmLa rosa que engaD7lana GSe vestir de B7fiesta Con su mejor coEmlor A7Y al viento las camGb7panas Dirn que ya eres Bmmia DY locas las fonE7taA7nas GSe cantaGmrn su aA7mor DLa noche que me Gb7quieras Desde el azul del Bmcielo D7Las estrellas ceGlosas B7Nos mirarn paEmsar Gb7Y un rayo misteB7rioso Har nido en tu Empelo GmLucirnaga cuDriosa GbmQue veEmr que eres A7mi conDsuelo

ASA BRANCA CQuando olhei a terra arFdendo Qual foCgueira G7de So CJoo Eu pergunC7tei a Deus do Fcu, ai Por que taG7manha judiaCo Que braseiro, que fornalha Nem um p de plantao Por falta d'gua perdi meu gado Morreu de sede meu alazo At mesmo o asa branca Bateu asas do serto Ento eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu corao Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantao Eu te asseguro no chores no, viu Que eu voltarei, viu, pro meu serto

QUIZS, QUIZS, QUIZS EmSiempre que te pregunto Que Amcuando, cmo y Emdonde Tu Amsiempre me resEmpondes C7Quizs, B7quizs, Emquizs Y as pasan los dias Y Amyo desespeEmrando Y Amt, t contesEmtando C7Quizs, B7quizs, Emquizs EEsts perdiendo el B7tiempo Pensando, penEsando Por lo que ms t B7quieras Hasta cuando, hasta Ecuando EmY as pasan los dias Y Amo desespeEmrando Y Amt, t contesEmtando C7Quizs, B7quizs, Emquizs

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CUANDO CALIENTA EL SOL Amor, estoy solo aqu en la playa es el sol quien me acompaa y me quema, y me quema, y me quema GCuando calienta el Emsol / aqu en la Bmplaya, Amsiento tu cuerpo viD7brar / cerca de GmEm. AmEs tu palpiD7tar, es tu Gpelo, / es tu Emcara, son tus Bmbesos, me estreCmezco D7. GCuando calienta el Emsol / aqu en la Bmplaya, Amsiento tu cuerpo viD7brar / cerca de GmEm. AmEs tu palpiD7tar, tu reGcuerdo, mi loEmcura, mi deBmlirio, / me estreCmezcoD7, Gcuando calienta el Emsol... Am D7 Gcuando calienta el Emsol... Am D7 Gcuando calienta el Emsol...Am D7 G

GRACIAS A LA VIDA EMGracias a la B7vida que me ha dado EMtanto e di dos luDceros que cuando los GMabro perfecto disB7tingo lo negro del EMblanco y en alto B7cielo su fondo estreGllado y en las multiDtudes al hombre que yo B7amo EM Gracias a la vida que me ha dado tanto me ha dado el cielo que en todo su ancho graba noche y dia grillos y canarios martillos, turbinas, ladridos, chubascos y la voz tan tierne de mi bien amado Gracias a la vida que me ha dado tanto me ha dado el sonido y el abecedario con el las palabras que pienso y declaro madre amigo hermano y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando Gracias a la vida que me ha dado tanto me ha dado la marcha de mis pies cansados con ellos anduve ciudades y charcos, playas y desiertos, montanas y llanos y la casa tuya, tu calle y tu patio Gracias a la vida que me ha dado tanto me di el corazon que agita su mano quando miro el fruto del cerebro humano quando miro el bueno tan lejos del malo quando miro el fondo de tus ojos claros Gracias a la vida que me ha dado tanto me ha dado la risa y me ha dado el llanto asi yo distingo dicha de quebranto dos materiales que forman mi canto y el canto de todos que es mi proprio canto Gracias a la vida que me ha dado tanto

VERDES SO OS CAMPOS AVerdes so os campos, De cor de limo: Assim so os E7olhos Do meu coraAo. Campo, que te estendes Com verdura bela; Ovelhas, que E7nela Vosso pasto Atendes, De ervas vos manDtendes Que traz o VeE7ro, E eu das lemAbranas E eu das lemE7branas Do meu coraAo. Gados que pasceis Com contentamento, Vosso mantiE7mento No no entenAdereis; Isso que comeis No so ervas, no: So graas dos E7olhos Do meu coraAo.

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MINHA HISTRIA EEle vinha sem muita conE5+/Cversa, sem muito expliF#m/C#carD Eu s Ebm5-.7sei que falava e cheiBrava e gostava de Emar ESei que tinha tatuagem no E5+/Cbrao e dourado no F#m/C#denteD E minha Ame se entregou a esse F#mhomem perdidaEmente, lai, lai, Alai, lai Ele asEsim como veio parE5+/Ctiu no se sabe pr F#m/C#ondeD E deiEbm5-.7xou minha me com o oBlhar cada dia mais Elonge EEsperando, parada, preE5+/Cgada na pedra do F#m/C#portoD Com seu Anico velho vesF#mtido, cada dia mais Ecurto, lai, lai, Alai, lai Quando enEfim eu nasE5+/Cci, minha me embrulhou-me num F#m/C#mantoD Me vesEbm5-.7tiu como se eu fosse asBsim uma espcie de Esanto EMas por no se lembrar de acaE5+/Clantos, a pobre muF#m/C#lherD Me niAnava cantando canF#mtigas de cabaEr, lai, lai, Alai, lai Minha Eme no tardou alerE5+/Ctar toda a viziF#m/C#nhanaD A mosEbm5-.7trar que ali estava bem Bmais que uma simples criEana EE no sei bem se por iroE5+/Cnia ou se por a F#m/C#morD ResolAveu me chamar com o F#mnome do Nosso SeEnhor, lai, lai, Alai, lai Minha hisEtria e esse nome que E5+/Cainda carrego coF#m/C#migoD Quando Ebm5-.7vou bar em bar, viro a Bmesa, berro, bebo e Ebrigo EOs ladres e as amantes, meus coE5+/Clegas de copo e de F#m/C#cruzD Me coAnhecem s pelo meu F#mnome de menino JeEsus, lai, lai, Alai, laiE

TROVA DO VENTO QUE PASSA [C] Per[G7]gunto ao vento que [C]passa No[G7]tcias do meu pa[C]s e o [F]vento cala a des[C]graa o [G7]vento nada me [C]diz. [C]La-[G7]ra-lai-lai-lai-la-[C]ra, [C]La-[G7]ra-lai-lai-lai-la-[C]ra,[Bis] Pergunto aos rios que levam tanto sonho flor das guas e os rios no me sossegam levam sonhos deixam mgoas. Levam sonhos deixam mgoas ai rios do meu pas minha ptria flor das guas para onde vais? Ningum diz. [Se o verde trevo desfolhas pede notcias e diz ao trevo de quatro folhas que morro por meu pas. Pergunto gente que passa por que vai de olhos no cho. Silncio tudo o que tem quem vive na servido. Vi florir os verdes ramos direitos e ao cu voltados. E a quem gosta de ter amos vi sempre os ombros curvados. E o vento no me diz nada ningum diz nada de novo. Vi minha ptria pregada nos braos em cruz do povo. Vi minha ptria na margem dos rios que vo pr mar como quem ama a viagem mas tem sempre de ficar. Vi navios a partir (minha ptria flor das guas) vi minha ptria florir (verdes folhas verdes mgoas). H quem te queira ignorada e fale ptria em teu nome. Eu vi-te crucificada nos braos negros da fome. E o vento no me diz nada s o silncio persiste. Vi minha ptria parada beira de um rio triste. Ningum diz nada de novo se notcias vou pedindo nas mos vazias do povo vi minha ptria florindo. E a noite cresce por dentro dos homens do meu pas. Peo notcias ao vento e o vento nada me diz. Quatro folhas tem o trevo liberdade quatro slabas. No sabem ler verdade aqueles pra quem eu escrevo.] Mas h sempre uma candeia dentro da prpria desgraa h sempre algum que semeia canes no vento que passa. Mesmo na noite mais triste em tempo de servido h sempre algum que resiste h sempre algum que diz no.

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