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Sequência didática Eixo: Conhecer gêneros e autores literatura

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

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SequênciadidáticaEixo: Conhecer gêneros e autores

literatura

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição Eixo: Conhecer gêneros e autores0 a 3 anos

Apresentação das obras

A casa sonolentaAudrey WoodIlustrador: Don WoodEditora: ÁticaNúmero de páginas: 32

Numa casa sonolenta, com uma cama confortá-vel, todos vivem dormindo. As repetições no tex-to dão o tom sonolento, que é interrompido por uma pulguinha acordada.

O rei Bigodeira e sua banheiraAudrey WoodIlustrador: Don WoodEditora: ÁticaNúmero de páginas: 32

O rei Bigodeira entrou na banheira e não quer mais sair! Nada o faz mudar de ideia: nem guerra, nem al-moço, nem pesca, nem baile... Como convencer o rei a sair da banheira e voltar a governar?

A bruxa Salomé

A casa sonolenta

A palavra feia do Alberto

Meus Porquinhos

O rei Bigodeira e sua banheira

Desde o início da década de 1980, o casal norte-americano

Audrey e Don Wood trabalha em parceria e soma talentos:

ela escreve e ele ilustra os livros, mas muitas vezes a dupla

mistura os papéis e um enriquece o trabalho do outro. Já são

muitos livros assinados pelos dois, vários deles premiados.

RIC

K G

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Na casa sonolenta todos estão sempre dormindo. Será que essa calmaria acaba algum dia?

Uma história dorminhoca e aconchegante, que se tornou um clássico da literatura infantil.

Casa sonolenta-capa.indd 1 11/9/17 10:37 AM

Desde o início da década de 1980, o casal norte-americano

Audrey e Don Wood trabalha em parceria e soma talentos:

ela escreve e ele ilustra os livros, mas muitas vezes a dupla

mistura os papéis e um enriquece o trabalho do outro. Já são

muitos livros assinados pelos dois, vários deles premiados.

RIC

K G

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O rei Bigodeira entrou na

banheira e não quer mais sair!

Nada o faz mudar de ideia: nem

guerra, nem almoço, nem pesca,

nem baile... Como convencer o rei

a sair da banheira e voltar a governar?

A bruxa Salomé

A casa sonolenta

A história do Pequeno Pinguim

A palavra feia de Alberto

Clara Manhã de Quinta à Noite

Meus Porquinhos

O rei Bigodeira e sua banheira

ABRACADABRA

Coleção

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

IntroduçãoMuitas vezes as crianças pequenas se apoiam

nos livros para retomar, rever e recontar as histó-rias que conhecem. Essa ação é muito importan-te, pois permite que, sozinhas, elas entrem em contato com a obra, observem detalhes, relem-brem a história e partes do texto escrito e apre-ciem essa narrativa individualmente. Não apenas as ilustrações permitem a retomada da história. Há estruturas textuais que favorecem essa situ-ação, como é o caso das histórias de repetição, conhecidas como modelos narrativos previsíveis. De acordo com o que diz Teresa Colomer1, per-tencem a esse grupo muitos contos populares ou de tradição oral e as histórias com estruturas acumulativas que crescem e decrescem a partir dos mesmos elementos.

Nesta sequência serão abordados os con-tos de repetição nos quais o discurso se or-ganiza em sequências que são repetidas ao longo da narrativa. Nessas histórias, a forma previsível de organização oferece indícios ao leitor, o que torna possível a antecipação dos acontecimentos. Há a repetição de sequên-cias inteiras, alguns elementos são mantidos e outros variados. É o que ocorre nos livros O rei Bigodeira e sua banheira e Tanto, tanto!. Também será trabalhado o livro A casa sono-lenta, considerado um livro de repetição por acumulação, em que a cada parte da história o

texto da página anterior é repetido e somada uma nova linha.

As histórias de repetição e acumulação favo-recem a memorização do texto e permitem aos leitores que o dominem com facilidade. Nas situ-ações coletivas, funcionam naturalmente como um convite para que se repitam em voz alta algu-mas frases e, individualmente, possibilitam que os leitores façam leituras para si mesmos e/ou para outras pessoas. Isso faz com que as crianças se sintam leitoras, mesmo que ainda não saibam ler.

Por isso, uma sequência de histórias com es-sas características é pertinente para as crianças dessa faixa etária.

Com o desenvolvimento das situações pro-postas, esperamos que as crianças bem peque-nas possam:

— Ler e recontar histórias com apoio do li-vro, utilizando a estrutura dos textos de repetição e/ou acumulação;

— Comentar ou recomendar o que lê;

— Escolher livros trabalhados para a própria releitura;

— Compartilhar a leitura;

— Confrontar com outros leitores a inter-pretação sobre um livro;

— Antecipar o que se segue no texto.

Tanto, tanto!Trish CookeIlustradora: Helen OxenburyEditora: ÁticaNúmero de páginas: 48

Uma divertida família se reúne para fazer uma festa--surpresa. Enquanto esperam o aniversariante, todos os parentes querem agarrar e beijar o bebê da casa e brincar com ele.

A calorosa família se reúne para uma festa surpresa. Enquanto o aniversariante não chega, todos querem brincar, agarrar e beijar o bebê da casa.

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1 Professora de Didática da Língua e da Literatura na Universidade Autônoma de Barcelona. Coordenou e publi-cou diversos títulos sobre o ensino de leitura e literatura. Criadora e coordenadora do primeiro curso de pós--graduação na área de bibliotecas escolares na Espanha. Colabora regularmente com revistas educativas e de literatura para crianças e jovens.

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

Encaminhamento da leitura

Nas sequências de leitura com os bebês, muitas ações se repetem e é muito importante que seja assim para oferecer condições de que se apropriem de alguns comportamentos. Os bebês não conseguem e não devem ficar sen-tados em roda. Eles se movimentam e isso pre-

BNCCA proposta desta sequência estimula o desenvolvimento das seguintes habilidades específicas

previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC):

Bebês (de zero a 1 ano e 6 meses)

(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).

(EI01EF04) Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adul-to-leitor.

(EI01EF07) Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, revista, gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).

Crianças bem pequenas (de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, dife-renciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).

(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos.

(EI02EF07) Manusear diferentes portadores textuais, demonstrando reconhecer seus usos sociais.

(EI02EF08) Manipular textos e participar de situações de escuta para ampliar seu contato com diferentes gêneros textuais (parlendas, histórias de aventura, tirinhas, cartazes de sala, cardápios, notícias etc.).

cisa ser respeitado durante o período da infân-cia. Movimento é pensamento para as crianças pequenas. A intencionalidade do professor se faz necessária na escolha de um gênero, ao tra-balhar com um autor, ilustrador ou tipo de tex-to, permitindo aos bebês que entrem em con-tato com o universo literário e com experiências mais profundas e significativas.

Com o desenvolvimento desta sequência, espera-se que sejam promovidas diversas situações para os bebês, colocando-os em contato com as histórias de acumulação e repetição, visando:

— ao manuseio dos livros;

— ao reconhecimento de personagens;

— à participação dos momentos de leitura pelo(a) professor(a) por meio do olhar, das expres-sões faciais, da emissão de sons, das palavras e/ou frases, da produção de gestos e dos movimentos do corpo;

— à diversão com as histórias;

— à escolha de livros conhecidos para os adultos realizarem novamente a leitura;

— à ampliação do repertório de leitura.

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

Seguem algumas orientações para o traba-lho com os bebês:

> Garanta momentos de leituras individua-lizadas ou para pequenos grupos.

Para isso, organize a sala ou mesmo o espa-ço externo com algumas propostas diferenciadas e, entre elas, um canto de leitura. Fique no can-to de leitura, convide os bebês para olhar e ler os livros. Outra possibilidade é sentar um bebê em seu colo, de costas para você. Abra o livro na frente dele, vá virando as páginas, fazendo co-mentários. Observe o que chama a atenção do bebê, se tem reações, se aponta para algumas imagens, quanto tempo permanece apreciando determinada imagem, etc.

A flexibilidade para a organização dos espa-ços e dos agrupamentos de bebês apoia muito o desenvolvimento das situações, respeitando as individualidades e promovendo qualidade às experiências leitoras.

> Faça um mar de histórias de repetição e de acumulação ou cantinhos de livros.

Nesse momento, estenda um tecido no chão e coloque sobre ele todos os livros que ti-ver no acervo com contos de repetição e de acu-mulação. A quantidade de livros precisa ser igual ou maior à quantidade de crianças. Caso tenha a quantidade suficiente de livros desse tipo, crie vários cantinhos de livros com gêneros, autores ou temas diferentes.

Deixe que os bebês escolham os livros livre-mente. Quando perceber que é pertinente, faça comentários sobre o livro escolhido por ele.

> Faça murais com cópias das capas dos li-vros, de alguns personagens ou de cenas das histórias lidas.

A ideia aqui é que as crianças reconheçam, apontem, nomeiem ou peçam para ser nomeados os personagens e que, por meio desses materiais, sejam proporcionadas conversas sobre os livros lidos. Lembre-se de que o(s) mural(is) precisa(m) ser bem baixo(s), na altura dos bebês. As imagens podem ser plastificadas para durarem mais tem-po e até serem reutilizadas em anos posteriores.

Se quiser, faça uma exposição de fotos de quando as crianças da turma eram bebês após a leitura do livro Tanto, tanto!. Inclua a sua foto de quando era bebê também.

> Deixe o acervo disponível em um local combinado.

Disponha os livros em um expositor ou uma caixa. Perto desse local, pode ser colocado um tapete pequeno de borracha ou de algum ma-terial de fácil higienização e algumas almofadas com capas que podem ser retiradas facilmente para serem lavadas. A ideia é criar um cantinho pequeno na sala para a leitura e levar os bebês a aprenderem quando usá-lo, quando acessar os livros, como cuidar deles, etc.

> Permita às crianças que tenham tempo a sós com os livros.

Aprender a controlar o manuseio das pági-nas, encontrar-se novamente com as ilustrações e escolher em qual imagem quer se fixar por mais tempo. Relembrar as histórias, gesticular, balbu-ciar. Tudo isso faz parte desse encontro.

> Leia os livros mais de uma vez e observe quais são os preferidos pela maioria das crianças da turma e também de cada bebê.

O ritmo é algo muito apreciado pelos be-bês. Eles gostam e precisam da repetição, da ro-tina, algo que aconteça sempre do mesmo jeito, pois isso ajuda a lhes dar segurança, a criar há-bitos, a trabalhar a autonomia e os incentiva a ir além. Por isso, gostam tanto que façamos a lei-tura das mesmas histórias. Claro que você deve sempre apresentar novos títulos para investir na ampliação do repertório do grupo. Porém, não tenha receio dos pedidos para ler e reler aqueles livros preferidos da turma e também os preferi-dos de cada bebê.

> Leia os textos dos livros.

Não mude as palavras do texto. Ao ler você permite que as crianças entrem em contato com os mais diversos e belos textos literários! Quando o bebê vai passando as páginas adiante, sem dar tempo para a sua leitura, comentem o que ficou para trás e sempre que possível leia o que está escrito, exatamente do jeito como foi escrito.

A seguir está a sequência para as crianças de 2 anos e meio a 3 anos e 11 meses:

1- Apresentação do livro A casa sonolenta

> Organização do espaço: Crianças em um espaço externo e silencioso, como um jar-dim ou pátio. O grupo pode ser dividido para que consigam observar melhor as imagens tão cheias de detalhes.

> Duração: Aproximadamente 20 minutos.

> Material: Livro A casa sonolenta.

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

Peça às crianças que sentem perto de você; não precisa ser em roda. Sem mostrar o livro, diga que vai ler uma história chamada A casa so-nolenta. Pergunte:

> Alguém já ouviu essa história?

Caso alguém do grupo tenha conhecimen-to da obra, peça que guarde segredo e não con-te para os colegas o que acontece no final.

> Como será que é uma casa sonolenta? O que significa estar sonolento?

Escute o que as crianças falam e mostram com o corpo; talvez imitem alguém que dorme.

Mostre e leia a sinopse que está na quarta capa:

Na casa sonolenta todos estão sempre dormindo.Será que a calmaria acaba algum dia?Uma história dorminhoca e aconchegante, que se tornou um clássico da literatura infantil.

Aproveite para mostrar a foto do casal tam-bém presente na quarta capa:

> Quem serão eles?

Volte à capa e leia os nomes da autora Audrey Wood e do ilustrador Don Wood. Diga que são os dois que aparecem na foto e que eles são casados.

No final da quarta capa, está escrito: "Cole-ção Abracadabra e todos os títulos que dela fa-zem parte". Mostre o símbolo da coleção, que é um A que se parece um chapéu de feiticeiro(a). Leia os títulos da coleção e verifique se já conhe-cem algum deles. Informe que todos eles foram produzidos por Don e Audrey Wood.

Mostre a página 1 e deixe que comentem a ilustração:

> O que estão vendo aqui?

Leia o nome da tradutora: Gisela Maria Pa-dovan.

Apresente as imagens seguintes até chegar à página 5:

Era uma vez,uma casa sonolentaonde todos viviam dormindo.

Leia o que está escrito, pergunte e aponte:

> O que estão vendo aqui?

> As janelas são os olhos da casa, vejam

como elas estão! Estão fechadas, pare-ce que a casa está dormindo e roncan-do! Olhem a janela da porta, parece uma boca aberta!

Diga que a história A casa sonolenta ficará para o dia seguinte.

2- Leitura do livro A casa sonolenta

> Organização do espaço: Em sala, com metade da turma, permitindo que se apro-ximem do livro para olhar as ilustrações.

> Duração: Aproximadamente 20 minutos.

> Material: Livro A casa sonolenta.

Comece relembrando o título da obra, o nome da autora, do ilustrador e da editora. Reto-me o que descobriram sobre o livro. Essa orien-tação é importante para reaproximar as crianças da leitura que será realizada e sobretudo para o caso de alguma delas ter faltado no dia anterior.

Combine que você mostrará as imagens a cada página virada e que no final os alunos po-derão fazer comentários.

A casa sonolenta é um livro ilustrado ou ál-bum em que textos verbais e imagens contam a história para o leitor. Alguns detalhes das histórias são narrados pela ilustração e outros, pela narrati-va escrita. Portanto, é necessário que texto verbal e imagem sejam apreciados juntos. Para isso, in-dicamos que leia o texto e mostre cada ilustração, que ocupa duas páginas na maior parte do livro.

Ao final da leitura, promova uma conversa. A conversa é muito valiosa para a troca de impres-sões, para observar o quanto as crianças perce-beram nuances do escrito e das ilustrações, que relações fizeram, etc.

Para disparar a conversa, tenha algumas questões formuladas:

> Como ficou a casa no final? Como isso é apresentado para os(as) leitores(as)?

> A pulga aparece em qual parte da histó-ria? (Ela está presente desde a página 6, em cima do encosto da cadeira onde o menino está sentado).

> A casa de vocês já ficou sonolenta? Con-tem como foi.

Disponibilize o livro para quem quiser apre-ciá-lo. Coloque junto de outros para que todos tenham exemplares para olhar.

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

Ensine a canção com gestos para cada per-sonagem. Dessa forma, fica mais fácil para me-morizar a sequência e também mais divertido.

4- Leitura do livro O rei Bigodeira e sua banheira

> Organização do espaço: Em sala, com um terço da turma, permitindo que se aproxi-mem do livro para olhar as ilustrações.

> Duração: Aproximadamente 30 minutos.

> Materiais: Livros A casa sonolenta e O rei Bigodeira e sua banheira e materiais para os dois cantos, além do canto da leitura.

O livro O rei Bigodeira e sua banheira pos-sui muitos detalhes, e o interessante é poder olhar as ilustrações de perto. Para isso, fique com um terço do grupo e ofereça às demais crianças espaços organizados com materiais para fazer um desenho, brincar com jogos ou de casinha enquanto a leitura é realizada para o pequeno grupo. Você poderá convidar outro grupo para o mesmo dia ou para os próximos dias. O impor-tante é garantir que cada leitura seja proporcio-nada para poucas crianças.

Leia o título e logo em seguida a sinopse. Pergunte:

> O rei Bigodeira não quer sair da ba-nheira. Será que vão conseguir tirá-lo? Como? Por que será que ele não quer sair da banheira?

Diga que foi escrito por Audrey Wood e ilus-trado por Don Wood, conhecidos do grupo.

Leia a apresentação da dupla na quarta capa. Segundo o texto:

[...] ela escreve e ele ilustra os livros, mas muitas vezes a dupla mistura os papéis e um enriquece o trabalho do outro.

Vale a leitura do nome da editora, da cole-ção Abracadabra e dos títulos que a compõem.

Peça às crianças que observem:

> Capa: Quem são essas pessoas? Como são as roupas delas?

> Página 1: Vejam esta página; ela mostra o lugar onde a história se passa. Como ele é? Como são as moradias dessas pessoas?

> Páginas 2 e 3: E este menino? O que faz? Será que ele é importante para a história? Vamos ver?

3- Nova leitura de A casa sonolenta

> Organização do espaço: Em um espaço externo e silencioso, com todas as crian-ças da turma.

> Duração: Aproximadamente 20 minutos.

> Material: Livro A casa sonolenta.

Depois de ter garantido a leitura da histó-ria e a apreciação das imagens para as duas me-tades da turma, realize mais um momento com todo o grupo. As crianças podem se sentar perto do livro; não é preciso fazer roda.

Ao final, conte a eles que é uma história de acumulação, ou seja, que vai acumulando per-sonagens. Diga que há outras histórias assim, por exemplo, “A formiguinha e a neve”. Também diga que há canções desse tipo. Veja o exemplo a seguir:

A velha a fiar

Estava a velha em seu lugar Veio a mosca lhe fazer mal A mosca na velha e a velha a fiar

Estava a mosca em seu lugar Veio a aranha lhe fazer mal A aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar

Estava a aranha em seu lugar Veio o rato lhe fazer mal O rato na aranha, a aranha na mosca A mosca na velha e a velha a fiar

Estava o rato em seu lugar Veio o gato lhe fazer mal O gato no rato, o rato na aranha A aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar

Estava o gato em seu lugar Veio o cachorro lhe fazer mal O cachorro no gato, o gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca A mosca na velha e a velha a fiar

Estava o cachorro em seu lugar Veio o pau lhe fazer mal O pau no cachorro, o cachorro no gato O gato no rato, o rato na aranha A aranha na mosca,

A mosca na velha e a velha a fiar.

[...]

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

Explique aos alunos que neste livro as ilus-trações têm muitos detalhes e que você dará um tempo para que eles as observem duran-te a leitura e para que ao final possam olhá-las novamente.

Este também é um livro ilustrado ou livro álbum. Há muitas informações sobre o que os personagens fazem e como fazem, dadas pelas imagens em tons pastel, tão belas e cheias de sombras!

Faça a leitura e, conforme foi combinado com o grupo, dê tempo para olharem atenta-mente as ilustrações.

Ao final, folheie o livro com tempo e permita às crianças que façam comentários.

5- Nova leitura de O rei Bigodeira e sua ba-nheira

> Organização do espaço: Em um espaço externo com metade da turma, enquan-to a outra metade brinca.

> Duração: Aproximadamente 30 minutos.

> Materiais: Livro O rei Bigodeira e sua ba-nheira, calendário, pincel marcador per-manente, cópias do comunicado que será encaminhado às famílias e possíveis ma-teriais para a brincadeira das crianças que não participarão da leitura.

Comece o encontro retomando com a tur-ma a história lida na aula anterior, O rei Bigodeira e sua banheira, e colocando algumas questões para incrementar a conversa:

> O que acontece mesmo nessa história?

> Como foi que conseguiram tirar o rei da banheira? Alguém tinha pensado nesse jeito?

> Por que será que ele não queria sair?

> Alguém aqui já entrou no banho com preguiça e depois não queria sair? O que fizeram para tirar você?

Não é preciso fazer todas essas perguntas e você também pode criar outras, de acordo com os interesses da turma.

Observe que o enredo da história está dire-tamente ligado a algo que acontece no universo infantil: as crianças muitas vezes não querem sair do banho, deixar a piscina, o mar, a brincadeira com água, etc.

Retome a questão sobre o menino pajem:

> E o menino que apareceu logo no come-ço da história? Descobrimos que ele é o pajem e faz muitas coisas nessa história. Vamos olhar as imagens novamente para procurá-lo e para verificar tudo o que ele faz durante o desenrolar da história.

Diga que esse tipo de história é conhecido como história de repetição porque sempre se re- pete alguma situação. Nesse conto, o que se repete é o fato de o rei não querer sair da banhei-ra após cada tentativa.

Faça nova leitura do texto, se possível para metade da turma, enquanto a outra metade par-ticipa de uma brincadeira.

Depois que conseguir realizar a leitura para a outra metade do grupo, pergunte se alguém quer se preparar para ler para os amigos ou fazer comentários para os colegas sobre as observa-ções que fez a respeito do livro.

Marque no calendário o dia em que farão a leitura/os comentários para a turma. Lembre-se de mandar um comunicado às famílias para que valorizem e apoiem as crianças.

6- Leitura de A casa sonolenta pelas crianças e apresentação de Tanto, Tanto!

> Organização do espaço: Na área exter-na, com todas as crianças.

> Duração: Aproximadamente 30 minutos.

> Materiais: Livros A casa sonolenta e Tan-to, tanto!.

Abra um espaço para que as crianças pos-sam ler e/ou comentar A casa sonolenta para ou-tros colegas. Organize ao longo das aulas quem fará a leitura de modo que não fique cansativo para todos.

Conte ao grupo que trouxe um livro novo e que também é de repetição, chamado Tanto, tanto!

> Vamos olhar a capa. O que aparece nela?

> Por que será que o livro tem esse nome?

Mostre a quarta capa:

> Olhem essa imagem. Como está este bebê? O que ele está fazendo?

Leia o texto e pergunte se eles já foram a uma festa surpresa.

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

O texto de Tanto, tanto! é cheio de onoma-topeias, que são figuras de linguagem nas quais se reproduzem sons por meio de fonemas ou pa-lavras – ruídos, barulhos, sons da natureza, dos animais, indicação de movimento, etc. Explore bastante as onomatopeias durante a leitura. Para fazer isso com mais fluência, a sugestão é que se treine bastante a leitura anteriormente.

Nesse encontro foi sugerido que trabalhe com todo o grupo, pois o livro e as ilustrações são grandes, possibilitando que as crianças ve-jam as imagens. Não há a necessidade de fazer roda. Se preferir, divida a turma.

7- Leitura de Tanto, tanto!

> Organização do espaço: Na sala, perto do mural do canto de leitura.

> Duração: Aproximadamente 20 minutos.

> Materiais: Livro Tanto, tanto!, fotografia do(a) professor(a) quando bebê e cópias do comunicado com pedido de fotogra-fia às famílias.

Leia a história novamente. Explore as re-petições, as onomatopeias e os momentos em que os personagens são “acumulados”, isto é, quando os nomes de todos são retomados. Por exemplo:

Mamãe olhou para a porta,tio Didi olhou para tia Biba,tia Biba olhou para o bebê, o bebê olhou para Mamãe.E era...

Depois que terminar a leitura, converse mais uma vez com as crianças sobre festas de ani-versário, sobre idas da família em casa, passeio à casa de parentes, etc. Em seguida, leia a apre-sentação da autora Trish Cooke e da ilustrado-ra Helen Oxenbury. Se preferir, selecione o que mais achar interessante. Por exemplo: “De ori-gem afro-caribenha, Trish adora música. E isso é fácil de perceber pelo ritmo constante e gostoso de seu texto.” Aproveite para comentar isso.

Para terminar o encontro, mostre a fotogra-fia de quando você era bebê. Conte onde a foto foi tirada, com quem estava, etc. Coloque sua fo-to no mural e explique para o grupo que coloca-rão as que eles trouxerem também, de quando eram bebês.

Nesse dia, envie às famílias um comunicado solicitando as fotos, explicando a leitura da histó-ria e a produção do mural.

8- Leitura de O rei Bigodeira e sua banheira e apresentação de outros livros de repetição ou acumulação do acervo da escola

> Organização do espaço: Na área externa e depois na sala.

> Duração: Aproximadamente 40 minutos.

> Materiais: Livro O rei Bigodeira e sua ba-nheira e outros livros com histórias de re-petição ou de acumulação.

Em uma área externa, o grupo se acomodará para ouvir a criança que levou o livro O rei Bigo-deira e sua banheira. Ela poderá fazer a leitura da história para a turma junto com você, professor.

Depois da leitura realizada, convide as crian-ças para irem à sala.

Quando chegarem lá encontrarão um mar de histórias de acumulação e de repetição. É só es-tender um tecido grande no chão e colocar todos os livros sobre ele. Apresente brevemente os títu-los selecionados, faça alguns comentários do tipo: como conheceu determinado livro, se gosta do autor, se a história é engraçada, etc. Depois, dei-xe que as crianças façam suas escolhas e tenham tempo para olhar e trocar os livros, se quiserem.

Caso não tenha tantos livros desse tipo no acervo da escola, você poderá dividir as crian-ças em duplas, dividir a turma e cada metade vai para um espaço diferente ou ainda criar vários cantinhos com livros – um deles com as histórias de repetição e de acumulação.

9- Leitura em duplas ou trios

> Organização do espaço: Na sala, dividi-dos em duplas ou trios.

> Duração: Aproximadamente 40 minutos.

> Materiais: Livros da sequência e outros livros com histórias de repetição e de acumulação.

Conte ao grupo que a proposta é fazer leitu-ras uns para os outros.

Neste dia, ajude a formar as duplas, trios ou quartetos, quem sabe quintetos! Possibilite a es-colha dos livros que querem ler e aos poucos vá acompanhando a leitura de cada um dos livros. Caso mais de uma dupla ou mais de um trio se

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Leitura para apreciar contos de acumulação e repetição

interessem pelo mesmo livro, você pode sugerir que, enquanto esperam a vez para ler, realizem outra atividade.

A ideia não é fazer com que as crianças de-corem o texto, mas se divirtam retomando as histórias. Esse é um convite que será feito a cada dia, para quem quiser ler. Não se deve obrigar que realizem essa proposta, apesar de todos se-rem convidados e incentivados.

Vá acompanhando as leituras aos poucos, algumas duplas ou trios em cada dia.

10- Leitura para as famílias

> Organização do espaço: Em uma sala grande, que possibilite a organização de vários cantos/espaços.

> Duração: Aproximadamente 40 minutos.

> Materiais: Livros trabalhados na sequên-cia, mural com capas de livros, fotos das crianças quando bebês e outros com his-tórias de repetição e de acumulação.

Convide as famílias para conhecerem os li-vros lidos durante a sequência realizada. Expli-

que o que foi desenvolvido e o que as crianças aprendem com uma proposta como essa. Arrume os exemplares de modo que fiquem em espaços diferentes. Apresente as obras e divida familiares e crianças por esses espaços, de acordo com suas preferências. Os livros poderão ser lidos pelos adultos ou pelas crianças.

Se achar mais conveniente, em vez de can-tos, selecione uma história e faça a leitura para todos os presentes. Escolha a história preferida pela turma.

Nas propostas 9 e 10 da sequência, as crian-ças demonstrarão tudo o que aprenderam du-rante esse percurso e poderão:

— ler para os colegas;

— expressar-se por meio do texto, pois utili-zarão partes memorizadas da história;

— demonstrar preferências;

— demonstrar familiaridade com as histó-rias de repetição e de acumulação;

— divertir-se com os momentos de leitura;

— apresentar e compartilhar os livros lidos.

Referências Bibliográficas:

AMICHE, Sylvie et al. A pequena história dos bebês e dos livros. Tradução de Patricia B. Pereira Leite. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2013.

BAJOUR, Cecilia. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. Tradução de Alexandre Morales. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Aces-so em: 2 jun. 2020

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