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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................12
2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................14
2.1 LAZER .............................................................................................................................14
2.1.1 Tipos de lazer ..........................................................................................................15
2.1.2 O lazer e os esportes radicais .................................................................................16
2.2 ESPORTES AQUÁTICOS ....................................................................................................18
2.3 HISTÓRIA DO MERGULHO................................................................................................19
2.3.1 Mergulho livre .........................................................................................................22
2.3.2 Mergulho de reboque ..............................................................................................23
2.3.3 Equipamentos para prática de Snorkeling ..............................................................24
2.3.4 Máscara...................................................................................................................24
2.3.5 Snorkel – Respirador ...............................................................................................26
2.3.6 Nadadeiras ..............................................................................................................27
2.3.7 Linha do tempo ........................................................................................................29
5. PESQUISA DE MERCADO .............................................................................................30
5.1. ESTADO DO DESIGN ........................................................................................................31
5.2 ASPECTOS LEGAIS – NORMAS..........................................................................................35
6. PESQUISA DE CAMPO ...................................................................................................36
6.1 QUESTIONÁRIO ................................................................................................................37
6.2 ENTREVISTA ....................................................................................................................41
7. ANÁLISE E SÍNTESE DAS PESQUISAS.......................................................................43
8. CONCEITUAÇÃO.............................................................................................................44
8.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA...............................................................................................44
8.2 ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA ...........................................................................................45
8.3 CONCEITOS DO PRODUTO ................................................................................................47
8.4 BRIEFING ........................................................................................................................49
3
9.CONCEPÇÃO .....................................................................................................................51
9.1 FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE................................................................51
9.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS..........................................................................................52
9.3 ALTERNATIVA ESCOLHIDA ..............................................................................................55
10. MODELO VOLUMÉTRICO..........................................................................................56
10.1 MODELO DE TESTE ........................................................................................................57
10.2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA O TESTE...................................................................65
11. MEMORIAL DESCRITIVO ..........................................................................................69
11.1 FUNÇÃO DE USO.............................................................................................................69
11.2 FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL ...........................................................................................69
11.3 FUNÇÃO ERGONÔMICA ..................................................................................................70
11.4 USABILIDADE ................................................................................................................74
11.5 ADEQUAÇÃO ANTROPOMÉTRICA....................................................................................77
11.6 ADEQUAÇÃO BIOMECÂNICA..........................................................................................77
11.7 ADEQUAÇÃO FISIOLÓGICA AMBIENTAL .........................................................................78
11.8 ADEQUAÇÃO COGNITIVA ...............................................................................................78
11.9 FUNÇÃO DE MARKETING ...............................................................................................80
12. ECODESIGN ....................................................................................................................81
13.0 MATERIAIS ...................................................................................................................82
13.1 FABRICAÇÃO .................................................................................................................85
14. RENDERING....................................................................................................................90
14.1 AMBIENTAÇÃO .............................................................................................................93
14.2 VISTA EXPLODIDA .........................................................................................................94
14.3 DESENHO TÉCNICO ........................................................................................................95
15. PLANILHA DE CUSTO PARA CONFECÇÃO DO PROJETO..............................106
16. PROTÓTIPO ..................................................................................................................108
17. CONCLUSÃO.................................................................................................................110
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................111
4
ANEXOS ...............................................................................................................................116
APÊMDICES ........................................................................................................................121
5
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1 – Figma MD3E 12
Fig. 2 – Lazer 14
Fig. 3 – Leitura 14
Fig. 4 – praia 15
Fig. 5 – Pesca 15
Fig. 6 – Cooper 16
Fig. 7 – Bola 16
Fig. 8 – Parapente 17
Fig. 9 – Motocros 17
Fig.10 – Kite surfe 18
Fig.11 – Wind surf 18
Fig.12 – escafandro 19
Fig.13 – Capacete de mergulho 19
Fig.14 – Mergulhador capacete de mergulho 19
Fig.15 – Mergulhador escafandro 20
Fig.16 – Mergulhador com respirador antigo 20
Fig.17 – Descida de mergulhador 21
Fig.18 – Jacques Costeau 21
Fig.19 – Mergulhador antigo 21
Fig.20 – Snorkeling 22
Fig.21 – Mergulho autônomo 22
Fig.22 – Mergulho reboque 23
Fig.23 – Equipamentos mergulho 24
Fig.24 – mascara mergulho 24
Fig.25 – Mascara mergulho 25
Fig.26 – Mascara de mergulho 25
Fig.27 – Snorkel- Da Vinci 26
Fig.28 –Snorkel 1 26
6
Fig. 29 – Snorkel 2 27
Fig. 30 – Nadadeira antiga – Da Vinci 27
Fig. 31 – Nadadeiras 27
Fig. 32 – Nadadeira 28
Fig. 33 – Sino de mergulho 29
Fig. 34 – Capacete de mergulho 29
Fig. 35 – Mergulhador antigoXmoderno 29
Fig. 36 – Multisport 31
Fig. 37 – Barco Transparente 32
Fig. 38 – Bóia esqui 32
Fig. 39 – Asa de fibra de carbono 32
Fig. 40 – Tubo de Sumo 33
Fig. 41 – Carro de rolimã 33
Fig. 42 – Scooter Submarina 33
Fig. 43 – Submergível 34
Fig. 44 – Carro anfíbio 34
Fig. 45 – Filmadora Subaquática 34
Fig. 46 – Selo PADI 5 estrelas 36
Fig. 47 – Barco Pata da Cobra 36
Fig. 48 – Rancho Sul – Arvoredo 37
Fig. 49 – Saco do Batismo – Arvoredo 37
Fig. 50 – Questionário 37
Fig. 51– Lancha 38
Fig. 52 – Mascara e snorkel 38
Fig. 53 – Esquis 39
Fig. 54– Mergulho Reboque 39
Fig. 55 – Equipe Pata da Cobra 40
Fig. 56 – Golfinhos 40
Fig. 57 – Equipe com mergulhador 41
Fig. 58 – Entrevistados 01 41
7
Fig. 59 – Entrevistados 02 42
Fig. 60 – Equipe com Mergulhador 42
Fig. 61 – Prancha de Conceito 47
Fig. 62 – Prancha da Análise do usuário 47
Fig. 63 – Prancha do Estado do Design 48
Fig. 64 – Prancha de Geração de Alternativas 52
Fig. 65 – Biônica 52
Fig. 66 – Prancha das Alternativas Selecionadas 52
Fig. 67 – Alternativa 01 53
Fig. 68 – Alternativa 02 53
Fig. 69 – Alternativa 03 54
Fig. 70 – Alternativa 04 54
Fig. 71- Arraia Manta 55
Fig. 72 - Prancha da Alternativa Escolhida 55
Fig. 73 – Modelo Volumétrico 56
Fig. 74 - Modelo Volumétrico 57
Fig. 75 –Modelos de Testes 57
Fig. 76 – Modelo de Testes 001 57
Fig. 77 – Partes do modelo de testes 001. 58
Fig. 78 – Modelo de Testes 002 59
Fig. 79 - Partes do Modelo de Testes 002 59
Fig. 80 – Partes Modelos de Testes 60
Fig. 81 – Partes Modelos de Testes 61
Fig. 82 – Lemes 62
Fig. 83 – Amarras modelo de testes 001 63
Fig. 84 – Amarras Modelo de Testes 002 63
Fig. 85 – Distancia do pondo de amarra. 64
Fig. 86 – Amarras Modelo de Testes 002 64
Fig. 87 – Teste de mau uso. 64
Fig. 88 – Modelo de teste quebrado 65
8
Fig. 89 - Lancha e velocímetro 65
Fig. 90 –Corda 66
Fig. 91– Bóia para mergulho. 66
Fig. 92 - Roupa de neoprene 66
Fig. 93 – Máscara de mergulho 66
Fig. 94 – Testes práticos modelo de teste 001 67
Fig. 95 - Testes práticos modelo de teste 002 68
Fig. 96 –º Função 69
Fig. 97 - Caça submarina 69
Fig. 98 - Snorkeling 69
Fig. 99 - Salva vidas 69
Fig. 100 – Motor sub 70
Fig. 101 – Arraia 70
Fig. 102 – Percentis 70
Fig. 103 – Pega de avião 71
Fig. 104 – Pega de Furadeira 71
Fig. 105 – Pega 72
Fig. 106 – Modelo percentil feminino 5% 72
Fig. 107 – Modelo percentil masculino 95% 73
Fig. 108 – Sistema rápido de regulagem 73
Fig. 109 – Posição da cabeça. 73
Fig. 110 – Posição horizontal com inclinação máxima da cabeça. 74
Fig. 111 – Pára água inferior e superior 74
Fig. 112 – Descompressão (equalização) 74
Fig. 113 – Borracha de segurança 75
Fig. 114 – Limpeza 75
Fig. 115 – Capa de chuva de PVC com forro. 76
Fig. 116 – Embalagem 76
Fig. 117 – Antropometria 77
Fig. 118 – Shape 1 77
Fig. 119 – Pega 77
Fig. 120 – Apoio de cotovelo com regulagem de distância 78
Fig. 121 – Marca 78
9
Fig. 122 – Carenagem temática 79
Fig. 123 – Embalagem com TAG. 79
Fig. 124 – acessórios 79
Fig. 125 –TAG informativo da embalagem 80
Fig. 126 – expositor 80
Fig. 127 – Cachoeira véu de noiva 81
Fig. 128 – Medusa em simbiose 81
Fig. 129 – PVC expandido 82
Fig. 130 – Símbolo de reciclagem do PVC 82
Fig. 131 – Incinerador 83
Fig. 132 – Acrílico 83
Fig. 133 – Barra de aço 84
Fig. 134 – Borracha reciclada em pó 84
Fig. 135 – Shape 2 85
Fig. 136 – Parafuso modificado e apoio de cotovelo 85
Fig. 137 – Eixo e Leme 85
Fig. 138 – Pára água inferior e superior 85
Fig. 139 - Perfil de alumínio para fixação do pára água. 86
Fig. 140 – Guidão 86
Fig. 141 – Pega 86
Fig. 142 – Esteiras laterais 86
Fig. 143 – Carenagem 87
Fig. 144 – Carenagem com espuma interna. 87
Fig. 145 – Encaixe para o shape 87
Fig. 146 – Shape com apoios para carenagem. 87
Fig. 147 – Parafusos 88
Fig. 148 – Reforço do Shape 88
Fig. 149– Corte a laser 88
Fig. 150 – Corte a jato de água. 88
Fig. 151 – Termoformagem 89
Fig. 152 – Injeção 89
Fig. 153 – Soldagem 89
Fig. 154 – Vulcanização 89
10
Fig. 155 – Ordem para montagem. 90
Fig. 156 – Rendering 91
Fig. 157 – Vistas Rendering 92
Fig. 158 – Ambientação 93
Fig. 159 – Vista explodida 94
Fig. 160 – confecção do Protótipo 108
Fig. 161 – Protótipo 109
11
SUMÁRIO DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Relacionado à propulsão náutica............................................................38
Gráfico 2 – Experiência do usuário com a técnica de mergulho................................38
Gráfico 3 – Experiência do usuário em relação à prática de esquiar ........................39
Gráfico 4 – Conhecimento do usuário sobre o mergulho de reboque. ......................39
Gráfico 5 – Preferência de propulsão do usuário. .....................................................40
Gráfico 6 – Função de uso pelo usuário....................................................................40
12
1. Introdução
O que quer que aqueles que meramente
passeiam pelas águas estejam buscando, os
pioneiros que se aventuraram nas
profundezas encontraram algo mais do que
estavam procurando. Da mesma forma que o
mar transforma afiados pedaços de vidro em
lisas jóias de jade, assim também ele os
anunciou. Ávidos pescadores de lança
primeiro ficaram irritados e depois
entristecidos com a diminuição dos grandes
peixes. Gradualmente, caçadores se
tornaram fotógrafos ou ambientalistas e
fizeram campanhas para proteger o que um
dia haviam matado. Museus que haviam
pilhado bancos inteiros de corais para expor
seus cadáveres embalsamados para o
público finalmente perceberam que isso
significava que um coral vivo não estava
mais ali para ser explorado. Saqueadores de
navios naufragados tornaram-se
arqueólogos e conservadores do passado.
Os aventureiros descobriram aventuras
novas, mais dignas. Quem não dava
importância aprendeu a se importar, e o
professor foi o antigo, porém recém-
descoberto, oceano. (NORTON, 2001).
Trevor Norton tem razão quando fala das
mudanças de objetivo dos pescadores
esportistas e de quem degrada o mundo
subaquático, pois a partir do momento em que
se descobre o verdadeiro oceano e quanta paz
ele pode trazer , seus valores mudam e a
primeira forma de compensação pelos crimes
13
do passado é a preservação. Enxergando o
mundo Subaquático com outros olhos passam a
praticar esportes náuticos e mergulhos de
contemplação gerando a necessidade de uma
gama variada de produtos para que estejam
sempre em contato com o meio aquático.
O desenvolvimento de um produto,
requer um planejamento adequado. Para tanto,
foi utilizada a metodologia de Santos (2000), o
MD3E, que permite ao designer orientar sua
criação, diminuindo erros podendo voltar à
determinada etapa e constatar à falha podendo
concertá-la, identificando aspectos necessários
ao público alvo e à produção industrial.
Também para melhor administração do
tempo foi criado um cronograma (no apêndice),
onde é explicado como foi feita esta divisão de
tempo, e a justificativa dos atrasos durante o
projeto.
Este relatório possui dose capítulos
onde tem por objetivo desenvolver um produto
de lazer na área aquática proporcionando a
prática esportiva ao usuário em seu tempo livre
através de pesquisas de observação,
bibliográficas, questionários e modelos de
testes.
Para chegar a uma solução ideal, foi feito
um “Brainstorm” que significa tempestade de
idéias (Baxter, 2000), chegando à uma
alternativa escolhida passando pelo processo
antropométrico, modelos de testes, materiais
para confecção chegando a construção do
protótipo.
Fig. 1 –Figma MD3E – Fonte:Santos 2005
14
2. Pesquisa Bibliográfica
2.1 Lazer
A palavra lazer, segundo o dicionário
Aurélio da língua Portuguesa (1999) é o tempo
de que se pode livremente dispor, uma vez
cumpridos os afazeres habituais. Atividade
praticada nesse tempo; divertimento,
entretenimento, distração, recreio.
“Lazer é um conjunto de ocupações as quais
o indivíduo pode entregar-se de livre
vontade, seja para repousar, divertir-se,
recrear-se e entender-se, ou, ainda, para
desenvolver sua informação ou formação
desinteressado, sua participação social
voluntária ou sua livre capacidade criadora
após livrar-se ou desembaraçar-se das
obrigações profissionais, familiares e
sociais." (DUMAZEDIER, 2001, p. 34).
Segundo Andrade (2001) lazer e turismo
possuem sistemas próprios e não se
identificam, apesar de inter-relacionados entre a
formação de suas demandas e clientes serem
os mesmos. Ás atividades de Lazer às quais os
clientes se dedicam durante a programação
comercial classificada como turística, deve ser
analisada, cultural e economicamente, segundo
critérios específicos e diferenciados, pois à
diferença entre os dois fenômenos, mesmo que
os clientes de lazer e turismo sejam os
mesmos.
Fig. 2 – Lazer Fonte:Tony Stone Images
Fig. 3 – Leitura Fonte: www.sxc.hu
15
O Lazer pode ser efetuado de várias
maneiras sem que o praticante vincule uma
atividade turística além disso ele é dinâmico,
relaxante e alegre valorizando o ser humano
que o pratica devido a sua diversidade de tipos,
formas modalidades e variedade de alternativas
pessoais. Porém o turismo realiza-se apenas
quando acontece deslocamento temporário das
pessoas do local de sua residência ao local de
algum receptivo, onde ela não tenha residência
fixa. Esses fatos e exigências, por questões
internacionais e de interesses de economia e
de comércio exterior, transformam um viajante
em excursionista ou turista, dentro de seu
próprio país ou fora dele Andrade (2001).
2.1.1 Tipos de lazer
Existem vários tipos de lazer, segundo
Marcelino (2002) eles se classificam em seis
áreas:
- Área de interesses artísticos: é a imaginação,
as imagens, emoções e sentimentos. Todas as
manifestações artísticas.
- Área de interesses intelectuais: buscam o
contato com o real, as informações objetivas e
explicativas e explicações racionais. A ênfase
no conhecimento vivido, experimentando.
Alguns exemplos são a participação em cursos
ou leitura.
- Área de interesses esportivos: as práticas
esportivas, os passeios, a pesca, a ginástica e
todas as atividades onde prevalece o
Fig. 4 – praia Fonte: www.sxc.hu/
Fig. 5 – Pesca Fonte: www.sxc.hu/
16
movimento, ou o exercício físico, incluindo as
diversas modalidades esportivas.
- Área de interesses manuais: Manipulação,
transformar objetos ou materiais – por exemplo
o artesanato, quer para lidar com a natureza,
como no caso da jardinagem e o cuidado com
animais.
- Área de interesses turísticos: a quebra da
rotina, pela busca de novas paisagens, de
novas pessoas e costumes, passeios e viagens.
-Área de interesses sociais – procura
fundamentalmente o relacionamento, os
contatos face a face, o convívio social, por
exemplo os bailes, os bares e cafés servindo de
pontos de encontro e a freqüência a
associações.
O ideal seria que todos praticassem
estas várias áreas de interesses dentro do
Lazer, como diz Marcelino(2002), para que
dessa forma exercite no seu tempo disponível o
seu corpo, a imaginação, o raciocínio, a
habilidade manual o contato com outros
costumes e o relacionamento social, para onde,
com quem e de que maneira que quisesse,
exatamente ao contrario da maioria das
pessoas que restringem suas atividades de
lazer a somente um campo específico de
interesses.
2.1.2 O lazer e os esportes radicais A prática esportiva, como Marcelino
explica, é uma das classificações de Lazer,
Fig. 7 – Bola Fonte: www.sxc.hu/
Fig. 6 – Cooper Fonte: www.sxc.hu/
17
sendo incluída todas as modalidades de
esporte. A palavra “radical” no Dicionário de
língua Portuguesa Aurélio (1999) significa que é
o que não é moderado, que prega o radicalismo
ou age com radicalismo, ou que revela
radicalismo, inflexibilidade; radicalista.
A palavra “radical” segundo Uvinha
(2001) assume um outro significado, tendo em
comum o gosto pela aventura e pelo risco
muitas vezes se engajando em causas de
preservação ecológica.
Ainda segundo o autor acima citado, vale
frisar que os esportes radicais começaram a
ganhar expressão no Brasil na década de 1980.
Esses esportes crescem com tal velocidade que
a cada mês parece que inventam um novo tipo,
aumentando assim cada vez mais o número de
adeptos. Tanto no Brasil como no exterior os
esportes radicais possuem modalidades que
são classificadas conforme o ambiente em que
são praticados como; aéreos, aquáticos e
terrestres.
Alguns esportes radicais devido ao custo
de seus equipamentos, atingem um público
diferenciado conforme o seu potencial
econômico.
Em virtude do objetivo traçado neste
trabalho, dentre todos os esportes radicais,
vamos aprofundar nos aquáticos.
Fig. 9 – Motocross Fonte: www.sxc.hu/
Fig. 8 – Parapente Fonte: www.sxc.hu/
18
2.2 Esportes Aquáticos
Existem vários tipos de esportes
aquáticos, Duarte (2002) cita alguns como o
body boarding, a canoagem, o esqui aquático,
iatismo, jet ski, motonáutica, natação, pólo
aquático, remo, Saltos ornamentais, surfe,
windsurf o mergulho, sendo a cada dia
inventado um novo tipo alguns até com
misturas de surfe com windsurf como é o
Kitesurf, o surfe com jet ski que é o jetwave,
entre outros.
Dentre os tipos de esportes aquáticos,
optou-se em desenvolver a pesquisa sobre as
atividades de mergulho, um dos motivos está
no mercado que será explicado mais a frente
neste relatório.
O mergulho como nos mostra Tharso
(2005), tem um segmento de consciência
ecológica muito grande, procurando ajudar e
conservar o meio ambiente e preocupando-se
com o futuro dos oceanos. Hoje o esporte
mergulho vem crescendo significativamente ao
longo dos anos em todo o mundo e em várias
faixas etárias.
Comandante Moreira (2005), o
mergulhador mais antigo do Brasil, em
entrevista com revista do setor, fala que o
mergulho não é encarado como uma atividade
turística, admitindo isso ser um erro no Brasil,
pois se assim fosse encarado, iría-se triplicar o
número de praticantes trazendo muito mais
estrangeiros para o país.
Fig. 10 – Kite surf Fonte: www.sxc.hu/
Fig. 11 – Wind surf Fonte: www.sxc.hu/
19
2.3 História do Mergulho
Devido ser muito difícil encontrar uma
bibliografia relacionada a história do mergulho a
maioria desta pesquisa teve por base o livro
“Sob o Mar” de Trevor Norton, 2001.
Muito antes do início da história,
mergulhadores nus saltavam nas águas do
pacífico e do Mediterrâneo. Glauco que
construiu a nau ARGO na qual Jasão navegou,
era um mergulhador catador de esponjas, dizia
a lenda que ele mastigava uma alga que lhe
permitia permanecer mais tempo embaixo
d´água.
Os primeiros mergulhadores percorriam
o mar à procura de esponjas e caranguejos,
corais e ostras mas além dessas necessidades
havia duas que eram as mais importantes para
eles: a necessidade de surpreender um inimigo
e a de resgatar um tesouro perdido.
No quarto século a.C. compreendia-se o
princípio do sino de mergulho, onde Aristóteles
registra que os mergulhadores catadores de
esponjas recebiam no fundo jarros de ar virados
para baixo mantidos absolutamente retos, pois
a menor inclinação já fazia com que a água
penetrasse. Mas foi só em 1599 que um
homem chamado Edmund Halley que
observava cometas projetou um sino de
madeira grande o suficiente para carregar
vários homens para o fundo do mar. O Sino
também contava com o envio de tonéis de ar
para reabastecer o suprimento e fornecia Fig.14 – Mergulhador capacete
de mergulho Fonte:NORTON (2001).
Fig. 12 – escafandro Fonte: www.sxc.hu/
Fig. 13 – Capacete de mergulho Fonte: NORTON (2001).
20
também um capuz a prova de água e um tubo
de respiração para que o mergulhador pudesse
trabalhar fora do sino. Somente em 1788 John
Smeaton projetou a primeira bomba prática
capaz de suprir um sino trabalhando nas
profundezas. Tratava-se de uma caixa de aço
de Smeaton tornou-se o sino de mergulho mais
eficiente durante os 150 anos seguintes.
Em 1820 foi inventado o primeiro traje
que isolava o mergulhador dos elementos em
volta e controlava o fluxo de ar, pelo inglês John
Deane o tradicional capacete “duro” de metal
ligado a um traje impermeável composto de
uma camada de borracha inserida entre duas
camadas de lona , fazendo de Siebe Gorman,
de Londres, o fabricante de equipamentos de
mergulho mais famoso do mundo. Devido ao
seu sucesso, em 1839 foi fundada a primeira
escola de mergulho a Marinha Real.
Em 1865 um engenheiro de mineração,
Benoît Rouquayrol e um oficial da Marinha,
Auguste Denayrouze, projetaram um traje no
qual bombeava-se o ar a partir da superfície.
Mas a diferença é que havia também um
cilindro carregado nas costas que continha ar
pressurizado fazendo com que o mergulhador
pudesse se desligar do tubo de suprimento de
ar e caminhar livremente sobre o fundo durante
curtos intervalos de tempo. A inovação mais
importante era uma simples válvula que, não só
fornecia ar sob a mesma pressão que a água
em volta, mas ainda fazia com que o ar saísse
apenas quando o mergulhador sugava no
bocal, de modo que o suprimento de ar não era
Fig. 15 – Mergulhador escafandro.
Fonte: NORTON. (2001).
Fig.16 – Mergulhador com respirador antigo
Fonte: NORTON(2001).
21
desperdiçado. Mas poucas pessoas deram
valor a este equipamento naquela época.
Os mergulhadores nativos que iam a
procura de recursos espalhados sobre o fundo
do mar foram os primeiros mergulhadores
despojados, ao contrario dos mergulhadores
que usavam de suas invenções complicadas
para submergir, sobrecarregados e cheio de
amarras descendo apavorado para as
profundezas com a sensação de que jamais
voltaria ver a superfície. Mas Guy Gilpatric
“inventou o mergulho despojado por puro
prazer, era viciado em mergulhar sem
equipamento nascendo assim o mergulho livre,
então em 1933, foi fundado o primeiro clube de
mergulho. Posteriormente deu início a caça
submarina que na época era tratado como a
arte de pescar com óculos de mergulho
aperfeiçoado e popularizado por Guy Gilpatric.
Segundo Nieto (1992) em 1933, Le
prieur desenvolveu um cilindro de ar
comprimido que era carregado no peito e
mandava ar para a máscara facial ao abrir-se,
devagar o cilindro com a mão.
Foi só em 1942 o oceanógrafo francês
Jacques Costeau, em parceria com um
engenheiro canadense, Émile Gagnan,
reinventou a “válvula de demanda” de Benoît
Rouquayrol e Auguste Denayrouze. Nascendo
assim o mergulho livre moderno com o qual
qualquer um podia explorar o mundo
subaquático.
No Brasil até meados de 1990, os
mergulhadores tinham diversos problemas,
Fig.17 – Descida de Mergulhador Fonte: NORTON, (2001).
Fig.19 – Mergulhador antigo Fonte: NORTON, (2001).
Fig. 18 – Jacques Costeau Fonte:www.patadacobra.co
m.br
22
devido a falta de equipamentos de boa
qualidade e manutenção. Os equipamentos
eram inadequados e ultrapassados. Na década
de 90 em diante, grandes certificadoras
reconhecidas mundialmente começaram a
desembarcar no Brasil, foi o início da difusão do
mergulho no país, conforme Mayrink (2004).
Segundo Gerasimenko (2003) o Brasil é
o país do mergulho onde o esporte esta
presente há mais de trinta anos nos seus 8mil
quilômetros de costa e duas mil embarcações
naufragadas despertando a curiosidade dos
mergulhadores. Existem ótimas opções como
cantos protegidos de piscinas naturais ou baías
com águas calmas e muito quentes, fazendo
com que o Brasil seja um dos melhores países
para a prática do mergulho principalmente para
iniciantes.
2.3.1 Mergulho livre Existem dois tipos de mergulho Segundo
Duarte (2002): o Livre e o Autônomo. A
diferença entre eles é que no Livre é usado
somente a máscara, o pé de pato e o snorkel, já
no Autônomo é usado o cilindro com ar
comprimido, o regulador de ar, o colete
equilibrador que serve para controlar a
flutuabilidade juntamente com os equipamentos
do mergulho livre.
Fig. 20 – Snorkeling Fonte: www.sxc.hu/
Fig.21 – Mergulho autônomo Fonte: www.sxc.hu/
23
O mergulho livre é feito sem aparelhos
de respiração e é dividido em duas
modalidades diferentes: o mergulho em apnéia,
que é uma técnica muito utilizada pelos
caçadores submarinos pois atingem elevadas
profundidades e tempos relativamente longos
podendo ser praticado somente por pessoas
treinada; e o snorkeling que é a maneira mais
fácil de se ter o primeiro contato com o mundo
submarino, podendo usar apenas um par de
nadadeiras, uma máscara e um snorkel para
nadar e dar curtos mergulhos em apnéia
(prendendo a respiração) em baixas
profundidades segundo Costa (2005)
2.3.2 Mergulho de reboque
Segundo dados da empresa Noronha
Pesca Oceânica NPO (2003), dentre a prática
de mergulho livre como o snorkeling, a caça
submarina e a apnéia, existe uma que é
chamada de mergulho de reboque, consiste em
um equipamento especialmente projetado para
o mergulho de reboque em apnéia e tem a
finalidade de viabilizar a observação de grandes
áreas submarinas.
O mergulho de reboque foi desenvolvido
no Arquipélago de Fernando de Noronha e é o
resultado das experiências do Engenheiro
Leonardo Bertrand Veras. O objetivo foi criar
um equipamento capaz de permitir ao
mergulhador, rebocado por uma embarcação,
executar manobras em várias direções.
Fig.22 – Mergulho reboque Fonte: www.planasub.com.br
24
2.3.3 Equipamentos para prática de Snorkeling
Para adaptação no mundo aquático
segundo Martins (1991) são necessários
modificações provisórias. São os equipamentos
de mergulho que fazem estas modificações.
2.3.4 Máscara
No Mediterrâneo antes das máscaras
apareceram os Urinatores, levavam a boca
cheia de azeite que iam soltando gota a gota, a
fim de melhorar a visão submarina, uma das
tentativas mais primárias para melhorar a visão
subaquática. Os primeiros esboços de máscara
foram feitos pelos pescadores de pérolas
japoneses, feitas de bambu com chifres ou
ossos polidos a ponto de permitir a visão.
Mikimoto expôs em Barcelona e Kramarenko
pediu a patente dos óculos de mergulho em
1937; Maxíme Forjot apareceu em 1938 com a
máscara clássica, as compensadoras
apareceram na década de 60 de acordo com
Naccarato (1986),
Segundo Nieto (1992), o olho humano foi
feito para enxergar no meio aéreo e não no
aquático. Se abrir os olhos dentro d’água a
imagem do objeto será borrada e distorcida,
sendo necessário deixarmos uma camada de ar
entre o olho e a água. Porém, somente isso não
é suficiente para o mergulho, caso contrário os
óculos de natação poderiam ser usados, mas
pode ocorrer um Barotrauma de máscara ou
facial. O barotrauma acontece devido o fato do
Fig. 23 – Equipamentos mergulho Fonte: www.sxc.hu
Fig. 24– mascara mergulho Fonte:www.submundodive.com.br
25
mergulhador, ao colocar a máscara na
superfície, manter o ar entre o olho e a lente
numa câmera estanque a uma atmosfera. Ao
mergulhar, seu corpo vai receber ar a uma
pressão maior, produzindo uma tendência dos
olhos serem puxados para fora. Para evitar este
acidente é que as máscaras devem cobrir o
nariz, permitindo, dessa forma, que o
mergulhador sopre em seu interior durante a
descida, garantindo uma pressão equilibrada
nos olhos.
Hoje em dia as máscaras são
geralmente feitas de borracha de silicone, mas
há algum tempo era possível encontrar
máscaras feitas de borracha de neoprene, mas
elas já não são mais encontradas, mesmo em
modelos baratos, isso se deve ao fato do
silicone durar três ou quatro vezes mais que o
neoprene, alem de ser mais macio, confortável
e não irritar peles sensíveis. Além disso se há a
necessidade de correção visual, algumas
máscaras podem ser equipadas com lentes
corretivas Richardson (1999).
Fig. 25 – Mascara mergulho Fonte:www.patadacobra.com.br
Fig. 26 – Mascara de mergulho Fonte:www.patadacobra.com.br
26
2.3.5 Snorkel – Respirador
O respirador foi inventado provavelmente
por Maxime Forjot, que requereu a primeira
patente em 1938, mas existem esboços de tubo
respirador que datam de 1430 por Da vinci. O
tubo respirador é também chamado de “snorkel”
, adaptação da palavra alemã que designa
aparelho inventado durante a Segunda Grande
Guerra – o “Schnorkel” – que era um tubo que
fornecia ar da superfície ao submarino,
permitindo que seus motores Diesel,
Funcionassem mesmo com a nave submersa,
economizando as baterias dos motores
elétricos. Em 1939 Kramarenko requereu
direitos sobre um tipo de snorkel ao qual estava
acoplada uma válvula que evitava a entrada de
água durante o mergulho Naccarato (1986).
Trata-se, segundo Martins (1991), de um
tubo, geralmente de plástico, borracha ou
silicone, provido de um bocal na extremidade
inferior, recurvado de modo a seguir o contorno
lateral do rosto. Seu comprimento é suficiente
para ficar acima da linha da água quando se
esta nadando. Na extremidade superior é
envolta por uma tira de cores quentes para
contrastar com a superfície, evitando que o
mergulhador seja confundida com outros seres.
O snorkel, segundo este mesmo autor,
permite que se respire normalmente enquanto
se nada na superfície e olha os seres
subaquáticos sem ter que erguer a boca para
fora da água e respirar. Assim podendo
Fig.27 – Snorkel- Da Vinci Fonte: Naccarato (1986)
Fig. 28 –Snorkel1 Fonte:www.patadacobra.com.br
27
mergulhar e observar algo mais de perto e
retornar a superfície para esgotar o snorkel e
continuar observando sem ter que desviar os
olhos do objeto que atraiu sua atenção.
A maioria dos snorkels vendidos hoje em
dia é fabricada de uma combinação de silicone
e plástico. A parte superior (tubo) é feita em
tubo plástico semi-rígido e a parte inferior
(bocal) é feita de borracha silicone. Podem ser
encontrados numa grande variedade de cores
para combinar com a máscara Richardson
(1999).
2.3.6 Nadadeiras
Segundo Naccarato (1986) Leonardo Da
Vinci participou com os primeiros esboços. Foi
patenteada sob forma prática e popularizada
por De Corlieu, Oficial aposentado da Marinha
Francesa que em 1935 depositou sua patente
inicial.
As primeiras nadadeiras de borracha,
segundo Nieto (1992), surgiram na década de
30 e acrescentaram, na época, uma incrível
mobilidade ao mergulhador, ampliando a ação
da perna e permitindo grande eficiência à
natural batida da perna. O rendimento de uma
nadadeira é medido pela quantidade de impulso
obtido para frente com o menor esforço da
perna.
Produzidas, segundo Martins (1991), em
borracha, plástico ou materiais mistos, podem
ser calçadas nos pés como se fossem sapatos.
A lâmina mais longa e larga provê maior
Fig.30 – Nadadeira antiga –
Da Vinci Fonte: Naccarato (1986),
Fig. 29 – Snorkel2 Fonte:www.patadacobra.com.br
Fig. 31 – Nadadeiras Fonte:www.patadacobra.com.br
28
impulso ao nadador. Quanto ao encaixe para os
pés, as nadadeiras, às vezes também
chamadas de pés-de-pato, podem ser abertas
com uma alça ajustável ou fechadas. A lâmina
pode ser dura, macia, larga ou comprida
dependendo do tipo de eficiência que o
mergulhador necessita para o mergulho.
Fig. 32 – Nadadeira Fonte:www.patadacobra.com.br
29
2.3.7 Linha do tempo
Fig. 34 – Capacete de mergulho
Fonte: NORTON, 2001
Fig. 33 – Sino de mergulho Fonte: NORTON, 2001
Fig. 35 – Mergulhador antigoXmoderno Fonte: www.submundodive.com.br/
30
5. Pesquisa de Mercado
O Brasil é o mercado mais importante da
América do Sul, possuindo condições mais que
favoráveis para a prática da navegação de
recreio: são mais de 8 mil quilômetros de costa
navegável, um bom número de grandes baías e
uma vasta quantidade de rios e represas. O
consumo brasileiro na área náutica e atividades
afins situa-se em 800 milhões de dólares. Vale
destacar, também, que o país é o 2º maior
mercado mundial de equipamentos de
mergulho, pesca esportiva e alpinismo. Com
4600 milhas de litoral marítimo, o Brasil tem
uma das maiores áreas potenciais para o
crescimento e revitalização do waterfront, de
acordo com informações da Secretaria da
Indústria, Comércio e Mineração do Estado da
Bahia –SICM (2005).
Segundo entrevista feita com o
empresário Cláudio Guardabassi, realizada
pelo repórter Angelo Sarubbi Neto (1998) a
atividade esportiva de mergulho é um dos raros
exemplos de mercado promissor . Não há
estatísticas precisas, porém acredita-se
atualmente que existam cerca de
aproximadamente 50 mil mergulhadores
atuantes no Brasil, excluindo os milhares de
curiosos que “experimentam” o mergulho. A
dimensão do mercado é difícil de ser calculada,
mas, segundo se estima, em 1997,
provavelmente houve cerca de 130 mil novos
ingressantes no mergulho. Por serem um dos
31
primeiros a “desbravar” o mergulho como nicho
de mercado, precisaram “criar” o cliente, pois só
com conhecimento específico ele poderia
utilizar o equipamento. Com instrução e
treinamento, o mercado começou a expandir-
se, inclusive com o aumento da venda de
equipamentos de mergulho.
Até meados de 1990, os mergulhadores
tinham diversos problemas, devido à falta de
equipamentos de boa qualidade e manutenção.
Os equipamentos eram inadequados e
ultrapassados. Na década de 90 em diante,
grandes certificadoras reconhecidas
mundialmente começaram a desembarcar no
Brasil, trazendo regras e exigências a serem
obedecidas pelos profissionais de mergulho
ocorrendo assim um “boom” no mercado
Brasileiro, pois os cursos começaram a ter uma
qualidade superior, com instrutores mais
atualizados e sendo usado novos
equipamentos aumentando o mercado neste
setor. Mayrink (2004).
5.1. Estado do design
Multisport da Aqualglide, trata-se de um
barco a vela, Windsurf, caiaque, bote
motorizado e bóia para ser puxada por um
barco. Tudo em um só barco.
Fig. 36 - Multisport
32
O barco transparente é feito de acrílico
sem emenda, UV e forro interno. Assentos de
fibra de vidro. Um barco ao qual você tem um
ponto de vista diferente podendo enxergar o
fundo do mar.
Esta bóia esqui tem cinco aletas
(Quilhas) inferiores permitem que você dirija
rapidamente dentro e fora da vigília com
controle surpreendente. sistema reforçado do
reboque.
Asa de fibra de carbono com 1,8 m de
envergadura sem nenhum aparelho de
propulsão mecanizada. É presa ao corpo com
um equipamento especial. proporciona uma
razão de planeio de 1 para 4, ou seja para cada
metro de queda, a asa fornece sustentação
suficiente para percorrer 4 metros na horizontal.
Fig. 37 – Barco Transparente Fonte:www.nauticalniche.com
Fig. 38 – Bóia esqui Fonte:www.sportsstuff.com
Fig. 39 – Asa de fibra de carbono Fonte: www.redbull.com
33
O tubo de Sumo é um novo esqui que
não está conectado ao barco. A pessoa desliza
no terno de Sumo segurando na extremidade
de uma corda 60' puxada por um barco. Pode-
se rolar 360s da esquerda para a direita, saltar,
dirigir movendo seus braços, ou deslizar para
esquerdo e direita através da superfície da
água. O tubo de Sumo pode também ser usado
nas ondas também funcionando como um tubo
de surfe. O tubo de Sumo é uma câmara e infla
rapidamente de Pesado-Calibre de bexiga de
Pvc, possui uma única Inflação da câmara.
Diâmetro de 38"L x 33".
O projeto Volvo Extreme Gravity Car é a
releitura dos antigos carrinhos de rolimã, agora
transformados em futuristas bólidos
aerodinâmicos. Chega a atingir 87 km/h quando
o carro desce a ladeira.
Melhor scooter submarina testado e
avaliado por Diving Ciência e tecnologia
(DSAT).
Fig. 40 – Tubo de Sumo Fonte: www.sportsstuff.com
Fig. 41 – Carro de rolimã Fonte : www.volvocars.com.br
Fig. 42 – Scooter Submarina fonte:www.nauticalniche.com
34
Com quadro de alumínio do avião
totalmente integrado e sistemas de respiração,
o ranger longo lança mergulhadores em um
universo novo da exploração subaquática. Os
controles de vôo para frente que operam as
asas independentemente móveis e os motores
portuários a estibordos independentemente
operados fornecem a habilidade de executar
manobras.
Aquada da empresa Gibbs carro anfíbio
que em 12 segundos ele retrai as rodas e sai
navegando.
O Spyfish é um submarino operado por
controle remoto para fazer filmagens embaixo
d’água.
Fig. 43 – Submergível Fonte:www.nauticalniche.com
Fig. 44 – Carro anfíbio Fonte: Revista Super interessante
Fig. 45 – Filmadora Subaquática Fonte: Revista Super interessante
35
5.2 Aspectos legais – Normas
No mergulho segundo Richardson (1999)
a principal regra é não mergulhar sozinho. Para
isso foi inventado o sistema de duplas
permitindo que os mergulhadores cooperem
entre si para colocar e verificar os equipamento
antes do mergulho e fornecer ajuda de
emergência em caso de necessidade. Com o
sistema de duplas, ambos os mergulhadores
aumentam a segurança.
O mergulho possui alguns mandamentos
para ser realizado com segurança. Nieto (1992)
cita alguns:
- Nunca se pode mergulhar só: ter sempre
alguém mergulhando com você e uma outra
pessoa na superfície ou no barco de apoio.
- Boas condições físicas: fazer exame médico
específico regular, ser um bom nadador, fazer
exercícios regularmente. Um razoável
condicionamento físico é desejável.
- Ser treinado para a atividade : leitura de um
livro não é suficiente, entre para um bom curso
de mergulho.
- Bons equipamentos: fazer a manutenção do
equipamento de mergulho periodicamente.
- Conhecer a área onde vai mergulhar: evitar
lugares perigosos e desconhecidos, procurar
sempre companheiros que conheçam o local.
- Sinalizar local de mergulho: usar bóias ou o
próprio barco para sinalizar com a bandeira do
mergulho.
36
- Planejar o mergulho: mergulhe conforme seu
plano sem alterá-lo durante o mergulho e
quanto tempo vai ficar.
- Equipamento de emergência: ter sempre
planos de emergência prontos. Conhecer
primeiros socorros, ter materiais de primeiros
socorros. Saiba onde procurar socorro mais
próximo.
- Cuidado com subida livre: ter cuidado com a
hiperventilação pois pode causar o apagamento
ou desmaio.
- Obter assistência médica: se ocorrer
qualquer anormalidade durante ou após o
mergulho, procurar assistência especializada e
informar que é mergulhador e que fica sujeito a
doença descompressiva.
6. Pesquisa de campo
Por se tratar de um produto de mergulho,
a pesquisa de campo foi realizada no dia 24 de
setembro de 2005, na escola de mergulho
Patadacobra Adventures que iniciou suas
atividades em 1988 em Bombinhas - Santa
Catarina e hoje é um Centro de Mergulho com
a mais alta Classificação Internacional: GOLD
PALM PADI 5 ESTRELAS & CENTRO DE
FORMAÇÃO DE INSTRUTORES, onde foram
aplicados questionários com perguntas
direcionadas à investigação da prática do
mergulho livre e feita entrevista informal com
mergulhadores com experiência na área.
Fig.47 – Barco Pata da Cobra Fonte:www.patadacobra.com.br
Fig.46 – Selo PADI 5 estrelas Fonte:www.patadacobra.com.br
37
A escola possui um cabrasmar 41,
adaptado para mergulho, levando seus alunos e
profissionais para a reserva ecológica Ilha do
Arvoredo onde o mergulho só é permitido na
parte sul, Rancho Sul, este local é
caracterizado por um ranchinho construído na
beira das pedras mais já bem demolido, por
isso o nome do local. Sob a água sua
característica principal é a facilidade de
submeter aos mergulhadores uma aventura
maior, por ter facilidade de maiores
profundidades, muitas vidas marinhas como
variedades de peixes, tartarugas entre outros,
com uma flora marinha muito variada também.
O ponto para snorkeling é conhecido
como Saco do Batismo, caracterizado por ter
pouca profundidade como em média 6 metros.
Ideal para fazer mergulhos experimentais, pois
é mais abrigado de ventos.
Ambos os lugares ficam no lado sul da
Ilha do Arvoredo por ser considerada área de
preservação ecológica, um dos melhores
pontos para prática de mergulho em Santa
Catarina.
6.1 Questionário
O questionário (apêndice) foi aplicado
aleatoriamente a praticantes de esportes
aquáticos não necessariamente que já tenha
praticado mergulho ou a técnica de mergulho
de reboque mas sim quem já tenha praticado
algum esporte aquático. Foi utilizada uma
amostra de 50 pessoas no total.
Fig. 50 – Questionário
Fig. 48 – Rancho Sul - Arvoredo
Fig. 49 – Saco do Batismo -
Arvoredo
38
As informações obtidas pelo questionário
estão nos gráficos das perguntas abaixo
relacionadas:
Você Possui algum tipo de embarcação ou conhece quem tenha?
Sim78%
Não22%
Sim Não
Gráfico 1 – Relacionado à propulsão náutica.
Você ja praticou Snorkeling ( prática de mergulho, que necessita somente de máscara, snorkel e nadadeira)?
Sim76%
Não24%
Sim Não
Gráfico 2 – Experiência do usuário com a
técnica de mergulho.
Fig.51 – Lancha Fonte: www.sxc.hu/
Fig.52 – Mascara e snorkel Fonte: www.patadacobra.com.br
39
Você ja esquiou? ( banana-boat , bóia-esqui, esqui, wakeboard , ...)
Sim78%
Não22%
Sim Não
Gráfico 3 – Experiência do usuário em relação à
prática de esquiar
Você conhece o Plana-sub? Plana-sub : Prática de mergulho em que a pessoa é puxada por um barco, com o
auxilio de um tipo de prancha e equipamento básico de mergulho, pode-se praticar snorkeling percorrendo grandes distâncias submerso com um breve mergul
Sim48%Não
52%
Sim Não
Gráfico 4 – Conhecimento do usuário sobre o
mergulho de reboque.
Fig. 53 – Esquis
Fig.54 – Mergulho Reboque Fonte: www.planasub.com.br
40
Você gostara de ser puxado por um barco e poder fazer manobras tanto no fundo do mar quanto em cima dele com equipamento adequado?
Sim80%
Não20%
Sim Não
Gráfico 5 – Preferência de propulsão do
usuário.
Qual o movimento gostaria de fazer com esse tipo de equipamento, o qual você ficaria planando sob o mar e submergindo como um golfinho por exemplo?
Movimentos suaves para contemplar o fundo do
mar20%
Movimentos rápidos e radicais
10%
Os dois movimentos70%
Movimentos suaves para contemplar ofundo do marMovimentos rápidos e radicais
Os dois movimentos
Gráfico 6 – Função de uso pelo usuário.
Fig. 56 – Golfinhos Fonte: www.sxc.hu/
Fig. 55 – Equipe Pata da Cobra
41
6.2 Entrevista Durante a pesquisa de campo foi
realizada uma entrevista com um casal de
mergulhadores (Rosana e Roque Pacheco) que
mergulham a um certo tempo, possuem
bastante experiência na área e já praticaram
várias técnicas de mergulho entre elas o
mergulho de reboque conhecido por Plana sub.
As perguntas foram:
De onde vocês são?
Casal R: Curitiba
Mergulham a quanto tempo?
Casal R: 5 anos
Quais técnicas de mergulho vocês já praticam?
Casal R: Começamos no snorkeling,
atualmente estamos fazendo mergulho
profundo que seria até 30 metros, e já
praticamos o plana sub que consta em seu
questionário.
Aonde foi praticado o Planasub?
Casal R: Na nossa viagem que fizemos em
Fernando de Noronha, aliás nós só vimos essa
prática de mergulho por lá mesmo.
O que vocês acharam do plana sub?
Casal R: É muito legal praticar o plana sub,
você consegue descer tão fundo que é
Fig. 58 – Entrevistados 01
Fig. 57 – Equipe com mergulhador
42
necessário equalizar por causa da pressão da
água.
Vocês ao praticar o esporte sentiram algum
desconforto?
Casal R: Sim, é muito frio quando você
submerge, deveria ser usada uma roupa de
borracha, pelo menos o casaco, de meia hora
que era o passeio ficamos somente uns quinze
minutos de tanto frio, além das correntes
marinhas serem mais geladas no fundo do mar
também devemos ter sentido mais frio devido
nós não termos nos mexido pois o barco nos
puxa então não nos movimentamos e não nos
aquecemos perdendo calor para a água.
Quantos metros tinha a corda que lhes puxava?
Casal R: Uns 20 metros pois conseguíamos
descer bem fundo.
A que velocidade vocês eram puxados?
Casal R: Não sei ser preciso quanto à
velocidade mas fazíamos sinal para o timoneiro
aumentar a velocidade o quanto quiséssemos.
Além do movimento que faziam de subir e
descer faziam outros?
Casal R: Cheguei a girar fazendo um aspiral,
mas nada muito radical foi bem devagar por
causa da velocidade.
Que tipo de embarcação foi usado?
Casal R: Uma lancha normal com motor de
popa.
Fig. 59 – Entrevistados 02
Fig. 60 – Equipe com Mergulhador
43
Quantas pessoas eram puxadas por vez?
Casal R: Fomos puxados juntos, no nosso caso
foram duas mas tem embarcações que puxam
até 5 pessoas.
7. Análise e Síntese das Pesquisas
A pesquisa de mercado mostrou que a
cada dia os esportes aquáticos vem crescendo,
sendo isto, justificado pelo imenso litoral do
país que tem hoje o 2º maior mercado mundial
de equipamentos nesta área.
Os usuários destes produtos segundo as
pesquisas são consumidores de classe média,
estudante ou trabalhador que usam para seu
lazer e escape de suas obrigações os esportes
radicais no ambiente praia, sol e mar.
As pesquisas apontam que quando se
fala a respeito de propulsão mecânica náutica a
maioria tem como se utilizar deste tipo de
embarcação e são familiarizados com práticas
aquáticas diferentes como o snorkeling e o
esqui aquático, apontando movimentos rápidos
e radicais quando se é puxado por uma
embarcação e movimentos suaves como o das
nadadeiras quando se faz o mergulho de
observação (snorkeling). Estas características
justifica o desenvolvimento de um produto a ser
puxado por uma embarcação onde pode-se
praticar duas modalidades diferentes de esporte
aquático unindo o mergulho com o esqui.
44
8. Conceituação
A conceituação é feita a partir da
interpretação da análise da problemática,
atribuindo os conceitos ao produto e
respondendo os problemas identificados na
análise do problema, tendo com base a
elaboração do Briefing, com as características e
especificações necessárias para o
desenvolvimento do produto.
8.1 Definição do Problema
Com a pesquisa realizada, pode-se notar
que muitos praticantes de esportes aquáticos
praticam ou já praticaram os dois tipos de
atividades tanto o mergulho como o esqui, e
gostariam de ser puxados por um barco
fazendo manobras tanto em cima da água
quanto em baixo, nos dando a convicção de
que o problema inicial identificado é como unir
as duas práticas de esportes aquáticos já que
um fica em cima da água com movimentos
rápidos e o outro em baixo da água com
movimentos suaves.
45
8.2 Análise da problemática Geralmente os problemas de design são
complexos, com diversas metas, muitas
restrições e muitas soluções possíveis,
segundo Baxter (1998) que sugere uma
preparação através de algumas questões:
1 – Qual é exatamente o problema que você
está querendo resolver?
R: A junção de dois esportes aquáticos
diferentes.
2 – Porque esse problema existe?
R: Porque um esporte é praticado em cima da
água com velocidade e o outro é praticado em
baixo da água com movimentos suaves.
3 – Ele é parte específica de um problema
maior ou mais amplo?
R: Sim, a necessidade de o ser humano praticar
um esporte, de esquiar/mergulhar, desafio e
adrenalina.
4 – Solucionando esse problema maior, a parte
específica também será solucionada?
R: Sim, se existisse algum aparelho virtual que
fizesse ter estas sensaçöes e que fosse
considerado uma atividade física.
5 – Em vez disso seria melhor atacar primeiro a
parte específica?
46
R: Sim, pois um aparelho com este tipo de
tecnologia além de ser inviável não existe.
6 –Qual é a solução ideal para o problema?
R: Seria um produto que submergisse e fizesse
manobras com velocidade sob e sobre a água.
7 - O que caracteriza essa solução ideal?
R: O equipamento proporcionaria que o usuário
mergulhe e veja o fundo do mar enquanto
esquia fazendo manobras tanto em cima quanto
em baixo da água .
8 – Quais as restrições que dificultam o alcance
dessa solução ideal?
R: A velocidade, o equipamento tem que ter um
bom desenho hidrodinâmico para que possa
submergir e fazer manobras em cima e em
baixo da água com velocidade.
47
8.3 Conceitos do Produto Para definir estes conceitos, é utilizado
como ferramenta a elaboração de painéis
semânticos. Os painéis semânticos fazem uso
de imagens para expressar de maneira visual o
conceito do produto, a análise do usuário e o
estado do design. A prancha de conceituação, fig.61, faz
referência às imagens que conceituam o
produto como: a imagem de um golfinho que
mostra sua hidrodinâmica e destreza no meio
aquático , uma corrente que nos passa um
produto forte e resistente, já a figura do bebê
em sua cadeirinha toda almofadada e com sinto
de segurança passa segurança e conforto. A
figura do olho nos passa inovação do produto
por estar olhando para frente, para o futuro e a
da mão de robô temos a tecnologia.
A prancha de análise do usuário, fig.62,
mostra o público alvo a ser atendido pelo
produto encontrando consumidores com um
poder aquisitivo médio como mostrado na figura
a pessoa fazendo compras, figuras que
apresentam o estilo de vida jovem do usuário
como a figura de uma pessoa estressada com
seu trabalho que gosta de esportes radicais
como mostra a figura do pára-quedista,
abrangendo estudantes. As pessoas na praia
como mostra a figura do painel caracteriza bem
o ambiente onde vão buscar o refúgio,
desligando-se de seus compromissos e
Fig.62 – Prancha da Análise do usuário
Fig.61 – Prancha de Conceito
48
obrigações do cotidiano com os diversos tipos
de laser, como os esportes aquáticos realizados
na praia por exemplo, um ambiente com sol,
mar propício para a prática de esportes radicais
aquáticos. O estado do design, fig.63, remete como
esta a tendência do mercado em relação a
formas e multifuncionalidades de produtos
atuais. Analisando a prancha do estado do
design pode-se ver figuras de aparelhos de alta
tecnologia com seus desenhos orgânicos,
futurísticos, aero e hidrodinâmicos e suas
multifuncionalidades de uso, como é o caso do
aquada, um carro anfíbio, a mochila
Commander Pack com altíssima tecnologia que
vem com um pc tablet e comunicação de áudio
e vídeo via celular ou satélite, o spyfush uma
câmera que filma em baixo da água, operada
por controle remoto possui três hélices para
locomoção e seu desenho altamente
hidrodinâmico, temos também o Foil Board que
é uma prancha menor que a de surfe equipada
com um hidrofólio, uma espécie de quilha
gigante inspirada na aerodinâmica dos aviões.
E o Traiskate, um patins com pneus de ar
comprimido que pode-se patinar até em
gramados e estradas de terra.
Fig.63 – Prancha do Estado do Design
49
8.4 Briefing O briefing é um documento onde constam às
informações que dão orientação ao projeto e
delineiam o produto, o mercado e o consumidor
servindo para especificar todas as informações
pertinentes ao desenvolvimento do produto.
- Produto -
- Nome: SKIMER
- Categoria: Esqui subaquático
- Local de uso: Mar
- Formas de uso: Esquiar sob e sobre a água e
dar apoio ao praticante de snorkeling.
- Composição industrial (matéria prima): PVC,
EVA, Acrílico e Alumínio.
- Imagem do produto no mercado: equipamento
de lazer náutico, esporte aquático e atividade
física.
- Pontos positivos: Ergonomia, segurança,
estética, multifuncionalidade.
- Pontos negativo: Necessita de um barco para
o produto ser usado como esqui.
50
- Mercado -
- Tamanho do mercado: Abrange todo mercado
náutico e de mergulho.
- Principais mercados: Toda a região litorânea e
onde se praticado o snorkeling como lagos
etc...
- Evolução do mercado: Em constante
crescimento devido o avanço da tecnologia e a
procura cada vez maior pela prática de esportes
aquáticos como o mergulho e o esqui.
- Sazonalidade: O produto esta relacionado
com a prática de esqui e mergulho sendo a
estação do verão a mais procurada para estas
práticas esportivas.
- Consumidor –
- Sexo: Masculino e feminino
- Classe Social: Classe média alta
- Hábitos e atitudes em relação ao produto: gostam de esportes náuticos e aquáticos como
surf, waque board, mergulho, esqui. - Influências culturais e ambientais a que o
consumidor está exposto: Vai depender do
tempo bom para prática de esportes náuticos. - Quem adquire o produto: Consumidores
praticantes de esportes aquáticos como:
mergulho, esqui, surf etc.
- Razões de compra -
51
- Porque o consumidor compra este produto:
Para o laser.
- Quais os benefícios que ele espera do
produto: diversão, adrenalina, atividade física,
inovação.
9.Concepção
Na concepção do produto são utilizadas
algumas técnicas de criatividade, dentre elas
foram utilizados neste projeto a Biônica e o
Brainstorming iniciando-se o processo de
geração de alternativas onde posteriormente
será escolhida uma alternativa que atenda
melhor as características do projeto segundo as
pesquisas e com a melhor solução para o
problema de projeto.
9.1 Ferramentas e Técnicas de Criatividade Neste projeto, foram utilizadas duas
ferramentas: a Biônica e o Brainstorming. A
Biônica se inspira nas formas da natureza para
criação de novos produtos.
O Brainstorming consiste em um ou mais
participantes onde é realizado uma tempestade
de idéias, como o próprio nome sugere, não
havendo qualquer tipo de restrições podendo
ser utilizado tanto na estética do produto como,
através de desenhos, quanto ao nome que será
dado ao mesmo.
52
9.2 Geração de Alternativas
As alternativas geradas, fig.64, partiram
da interpretação e análise de toda a pesquisa
realizada, procurando transmitir nas idéias os
conceitos, o perfil e o que o público alvo espera
do produto.
A princípio foram geradas oito
alternativas onde somente quatro foram
selecionadas pois eram as que chegaram mais
perto do ideal do projeto. Essas alternativas
foram selecionadas através das tendências do
mercado atual que segundo visita realizada a
feira náutica em São Paulo “Boat Show” que
aconteceu no mês de outubro percebeu-se que
o uso da biônica para criação de novos
equipamentos é uma tendência muito forte na
área aquática principalmente nos equipamentos
de mergulho onde o catálogo da empresa de
equipamentos de mergulho Cressi-Sub, fig.65,
mostra com muita clareza de onde veio à
inspiração para seus produtos.
Abaixo estão listadas as quatro
alternativas selecionadas, fig.66, com suas
explicações de acessórios e funcionamentos, já
com seus possíveis problemas que dificultariam
alguma função do produto.
Fig.64 – Prancha de Geração de Alternativas
Fig.66 – Prancha das Alternativas Selecionadas
Fig.65 – Biônica Fonte:Catálogo Cressi-Sub (2005)
53
Alternativa 01
Esta proposta foi inspirada nas formas
da arraia manta, ela possui quilhas
arredondadas na parte inferior para maior
estabilidade quando na superfície, quilhas
superiores para estabilidade sob a água que
também servem para proteção dos ombros,
pára água superior e inferior, e esteiras em
suas laterais para melhor flutuabilidade quando
puxado sobre a água e melhor dirigibilidade
quando submerso, seu shape é reto e chato
para melhor submersão. Conta ainda com tubos
direcionais presos a quilha inferior que são
comandados por controle na pega que dão
direção ao produto.
Alternativa 02
A alternativa número dois foi inspirada
em lanchas e submergíveis, ela possui pára
água superior e inferior sendo que o superior é
mais longo acabando por dificultar a
submersão, possui quilha lateral para melhor
estabilidade sob a água, já sobre a água não
teria efeito pois não encostaria nela. Seu shape
é em V dificultando uma estabilidade quando
submerso.
Fig.67 – Alternativa 01
Fig.68 – Alternativa 02
54
Alternativa 03 Trata-se de um modelo inspirado em
prancha de surf e morei, mais simples com
protetor de água superior e inferior sendo que o
protetor de água superior é muito pequeno e
não protege contra a correnteza da água
acabando por arrancar a máscara de mergulho,
possui quilhas para estabilidade na superfície,
ja submerso não faria muito efeito. Seu shape é
chato e reto para fácil submersão do
equipamento.
Alternativa 04
Esta alternativa também foi inspirada na
Arraia Manta, somente com pára água superior
e uma quilha que da à volta por cima do
mergulhador, com um bom funcionamento
quando submerso, mas sobre a água pode
machucar além de não funcionar pois a água
não passará por ele. Seu Shape é chato e reto
para fácil submersão.
Fig.69 – Alternativa 03
Fig.70 – Alternativa 04
55
9.3 Alternativa Escolhida A alternativa escolhida foi a número um,
que teve origem em seu formato, desempenho
e hidrodinâmica as mesmas qualidades da
Arraia Manta mais conhecida como Arraia
Jamanta, sendo a mais completa, possuindo
sistema de direção facilitando as manobras,
segurança na proteção de ombro, suas pára-
águas eficientes contra a correnteza da água
quando puxada sob ela e suas formas que dão
estabilidade sobre a água e submerso em
velocidade podendo fazer muitas manobras.
Chegando o mais próximo do conceito do
produto.
Fig.72 – Prancha da Alternativa Escolhida
Fig.71 – Arraia Manta Fonte:phillip Colla, www.oceanlight.com
56
10. Modelo Volumétrico
Nesta etapa do projeto o Skimer sai do
papel , é a parte onde testamos suas formas e
dimensões e o adequamos dando medidas ,
adaptando-o a fisiologia humana e à produção
industrial.
O modelo volumétrico deste projeto foi
desenvolvido com os seguintes materiais:
- Papelão
- Papel cartão
- Fita Crepe
Sendo utilizado ferramentas como
tesoura, estilete, compasso, régua e lápis.
O modelo foi desenvolvido a partir da
alternativa escolhida onde as dimensões foram
sendo alteradas com referência ao público alvo
do produto.
As alterações foram as seguintes:
Shape – Teve de ser diminuído para
deixá-lo mais compacto e poder ser
transportado e guardado sem ocupar muito
espaço.
Pega – foi dada uma angulação devido a
ergonomia.
Esteiras – Ficaram juntas ao shape se
tornando uma só peça não precisando de
fixação com parafusos facilitando sua
montagem.
Protetor de ombros – Devido a nova
dimensão do shape que vai até os cotovelos
passou a protege-los .
Apoio de Cotovelo
Esteiras
Shape
Fig.73 – Modelo Volumétrico
57
Estas são as partes que podem ser
alteradas apenas com a confecção do Modelo
Volumétrico, já o pára-águas superior e inferior,
direcionador, quilha e o ponto de reboque
tiveram de ser testados com a confecção de
modelos de teste.
10.1 Modelo de Teste
O modelo de teste foi confeccionado
para saber o real funcionamento das partes
que realmente fariam a diferença no
funcionamento do produto, no caso, o sistema
de direção, hidrofólios e ponto de reboque.
Foram confeccionados para este projeto
dois modelos de teste sendo testados a sua
dirigibilidade, formas, pontos de amarração
para o reboque, hidrofólios e alguns materiais
que serão usados no produto.
A confecção dos modelos de teste foi
feita no Laboratório de Materiais e
Modelos(LAMMO) sendo utilizado materiais de
baixo custo devido ser um modelo de teste
onde estes materiais teriam resistência
suficiente para tal, algumas partes já foram
feitas com o material final para serem testadas
as suas resistências.
Abaixo serão listados os materiais
usados com suas respectivas ferramentas para
confecção do modelo de teste 001:
-Shape - Chapa de compensado 1cm, 1
litro de resina cristal.
Ferramentas- Serra tico-tico, furadeira, serra
copo e lixas.
Pára-água Quilhas
Pega
Fig.74 – Modelo Volumétrico
Fig.75 – Modelos de Testes
Fig.76 – Modelo de Testes 001
58
-Pega – cano de PVC ¾, punho de
bicicleta, cano T ¾ com rosca
Ferramentas: Serra para cano, Tarraxa para
tubos de PVC rígido.
Esteiras laterais – Compensado de 0,5
cm, cola de contato.
Ferramentas: lixadeira, espátula, serra circular
e serra fita.
Apoio de cotovelos – espuma de
polietileno expandido, silicone(cola).
Ferramentas: Estilete.
Pára água inferior – Acrílico de 0,2 cm.
Ferramentas: Serra fita, lixadeira, soprador
térmico.
Pára-águas superior – PVC expandido
de 0,5cm.
Ferramentas: serra tico-tico, Soprador térmico,
lima, lixa.
Quilhas fixas – PVC expandido de
0,5cm.
Ferramentas: Serra fita, soprador térmico,
lixadeira.
Leme 01 – PVC de 0,5cm.
Ferramentas: Serra fita, lixadeira.
Pontos de reboque – Grampo de ferro de
construção civil, cilindro de nylon.
Ferramentas: furadeira, torno.
Abaixo serão listados os materiais
usados com suas respectivas ferramentas para
confecção do modelo de teste 002:
-Shape - Chapa de compensado 1cm,
Tinta spray preta e tinta branca
Ferramentas - Serra tico-tico, furadeira, serra
copo, lixas e aerógrafo.
Pega
Esteiras
Apoio de cotovelos
Páras-água
Leme
Quilha fixa
Ponto de reboque
Fig.77 – Partes do modelo de testes 001.
59
-Pega – cano de ferro 2cm.
Ferramentas: Serra manual para ferro, esmeril.
Esteiras laterais – Madeira Itaúba 0,5cm
cm, cola de contato, prego.
Ferramentas: lixadeira, espátula, serra circular
e planadeira.
Apoio de cotovelos – Chapa de PVC
0,5cm.
Ferramentas: Serra fita e lixadeira
Pára-águas superior – não foi colocado
pois o teste já havia sido realizado no primeiro
modelo de teste dispensando novos testes.
Quilhas fixas – foram retiradas pois foi
constatado que no modelo anterior elas
atrapalhavam a dirigibilidade.
Pára água inferior – Acrílico de 0,2 cm.
Ferramentas: Serra fita, lixadeira.
Leme 02 – Madeira Itaúba 1,0cm
Ferramentas: Serra fita, lixadeira, Serra circular.
Leme 03 – Cano de PVC 10 cm,
Parafusos.
Ferramentas: Serra fita, lixadeira.
Leme 04 – Chapa de ferro galvanizado,
madeira Itaúba de 1,0cm, parafusos.
Ferramentas: Serra fita, lixadeira, guilhotina e
furadeira.
Leme 05 – chapa de PVC 0,5cm.
Ferramentas: serra fita e lixadeira.
Pontos de amarre – Madeira itaúba, luva
de cano em PVC.
Ferramentas: furadeira, Serra circular, serra fita,
lixadeira, soprador térmico, furadeira e serra
Pega
Shape
Pontos de amarre
pára-águas
Fig.78 – Modelo de Testes 002
Esteira lateral inferior
Apoio de cotovelo
Fig.79 – Partes do Modelo de Testes 002
copo.
60
A seguir estão as partes do modelo de
teste que foi testado e o relato das alterações
que se fizeram necessárias.
Shape – O shape reto funcionou muito
bem, tanto sob como sobre a água, necessita
de algumas alterações no bico pois a corda
onde é puxado pelo barco fica presa nas suas
pontas quando se quer virar mais para
esquerda ou para direita. A parte traseira não
funcionou muito bem pois a água bate direto no
peito jogando água no rosto.
Pega guidão – a pega não funcionou
muito bem devido ao esforço que temos que
fazer com o punho para que a prancha
submirja, já para controle de direção funcionou
muito bem.
Esteira lateral – A esteira lateral inferior
do modelo de teste 002 funcionou melhor que a
do modelo de teste 001, pois ela afinava no
sentido de fora da prancha fazendo ela deslizar
melhor de lado, ao contrário do modelo de teste
001. A esteira superior funcionou bem.
Apoio de cotovelos – Funcionou muito
bem pois além de manter os cotovelos
protegidos contra trepidações da água, os
mantém seguros na prancha podendo
direcioná-la para os lados.
Pára-águas superior – Funcionou muito
bem ele desvia um pouco do fluxo de água que
vem direto ao seu rosto quando se esta
submergindo, sendo feito em PVC expandido
Bico
traseira
Modelo 001
Esteira inferior
Esteira Superior
Esteira inferiorModelo 002
Pára água superior
Pega
Fig.80 – Partes Modelos de Testes.
Apoio de cotovelos
61
que respondeu muito bem aos esforços da
submersão. Também deve-se fazer uma
alteração na localização do pára água limita o
direcionamento e a mão bate nele quando
girado ao máximo, ele terá que ficar depois do
guidão mais para trás.
Quilhas fixas – A quilha proposta já na
geração de alternativas foi descartada devido á
complexidade do sistema que teria que ser feito
para seu funcionamento, podendo ocasionar
problemas futuros já com o produto em
funcionamento, então no modelo de testes 001
foram colocados duas quilhas fixas
arredondadas que não obtiveram sucesso
devido a traseira da prancha ter que deslizar
sob a água para poder ser direcionado para os
lados , já no modelo de testes 002 esta quilha
foi retirada ficando somente os valos feitos pela
esteira lateral como quilhas, funcionando bem.
Pára-águas inferior – o modelo de testes
001 foi feito em acrílico transparente para maior
campo de visão durante a submersão resistindo
muito bem a pressão da água, foi
termomoldado ficando um pouco mais abaixo
da linha do shape funcionando muito bem como
pára-águas na submersão, mas na superfície
ele acaba jogando água no rosto e também
estava funcionando como quilha atrapalhando o
deslizamento lateral. No modelo número 002
este pára água foi colocado sem termoformar,
funcionou bem mas ele tem que ser colocado
mais para trás com uma leve termomoldagem
para não passar a espessura da prancha pois a
água bate no peito e isso irá ajudar bastante.
Esteira lateral
Pára água inferior
Pára água inferior
Quilhas
Pouco espaço para movimento
Fig.81 – Partes Modelos de Testes
62
Leme - Foram testados cinco modelos
de leme são eles, fig. 82:
Leme 01 – por ser muito pequeno não
deslocava o shape, não fazia efeito algum na
água, ele foi testado no modelo de testes 001.
Leme 02 – como o primeiro modelo de
leme era pequeno tanto de comprimento como
de altura foi aumentado seu comprimento e
somente um pouco sua altura ainda não
funcionando muito bem, sendo testado no
modelo de teste 002.
Leme 03 – Para este leme foi esperado
que a água entrasse em sua curvatura travando
na água forçando seu direcionamento o que
não aconteceu, não resolvendo o problema, a
altura e o comprimento eram o mesmo que o do
Leme 02.
Leme 04 – Como nos lemes anteriores
procurou-se deixar o mesmo comprimento pois
ele direcionou mas não o suficiente, neste foi
aumentado a altura pois foi pensado nos lemes
de barcos que são bem altos, desta vez
funcionou muito bem direcionando o shape para
o sentido esquerda direita, sendo o problema
de direcionamento resolvido.
Leme 05 – Mesmo com o problema
solucionado foi testado o mesmo leme com
uma chapa de PVC embaixo, na teoria seria
para ajudar na submersão mas não causou
muito efeito.
Leme 02
Leme 03
Leme 04
Leme 05
Fig.82 – Lemes
Leme 01
63
Ponto de amarras – no modelo de testes
001 foram testados dois tipos de amarras são
elas:
Amarra 1 – a amarra foi presa na ponta
fazendo com que a prancha fosse puxada reta
não submergindo nem deixando ela ser
direcionada.
Amarra 2 – o sistema foi feito com
rodanas onde na teoria a corda teria que
deslizar por elas deslocando o ponto da amarra
para que a prancha se deslocasse para os
lados, o que não aconteceu pois havia duas
forças atuando uma era o barco puxando para
frente outra era a prancha com o usuário
puxando para traz fazendo com que a amarra
se mantivesse sempre no meio o que não era
para ter acontecido na teoria. Outra falha foi a
localização muito na ponta da prancha o que
não a deixava submergir.
Ponto de amarras – no modelo de testes
002 foram testados também dois tipos de
amarras são elas:
Amarra 3 – O sistema foi feito com uma
madeira onde era amarrado a corda em suas
extremidades, fig.84, essa madeira fica solta
podendo girar para direita como para esquerda
deslocando o ponto de amarre livremente
conforme a direção da prancha, ocorrendo o
sistema inverso onde ao direcionar a prancha
para a esquerda o sistema de amarre funciona
inversamente virando para a direita, fig.84, este
sistema funcionou muito bem deixando a
prancha livre para ser direcionada pelo Leme.
Rodanas Ponto de amarra
Pontos de amarra para corda
Direção da prancha Direção
da lancha
Amarra1
Amarra 2
Fig.83 – Amarras modelo de testes 001
Fig.84 – Amarras Modelo de Testes 002
Amarra 3
Vetor lancha
Vetor Prancha
Vetor resultante + direção
64
Neste sistema de amarra também foi alterado o
ponto de onde ele ficava preso ficando desta
vez situado mais perto do centro da prancha,
fig.85, pois para submergir é necessário
imbicá-la na água o que ocorreu muito bem
com controle total de submersão.
Amarra 4 – ao invés de ser amarrado na
extremidade da madeira como mostra Amarra
3, fig.84, ela foi amarrada no centro ficando
melhor pois ficará uma área mais livre sem a
madeira de amarra, o sistema funcionou
igualmente ao da amarra 3, pois a corda
amarrada ao centro, desde que fique solta para
girar para ambos os lados, funciona igualmente,
também na submersão.
Após os testes foi definido que as partas
aprovadas foram:
-Leme - aprovado foi o leme 04 da figura
82,
-Amarra- foi a número 4 da figura 86,
-As esteiras inferiores do modelo de
teste 002 na figura 79 ,
-O apoio de cotovelos ambos foram
aprovados figuras 79 e 77 .
-O pára-águas superior e inferior, o
shape, e o guidão fizeram-se necessários
modificações feitas com base nos testes acima
relatados, alterando seu desenho que estará
mais a frente neste relatório.
Foi feito também um teste de mau uso
do produto onde o barco foi acelerado ao
máximo puxando a prancha, ao tentar ficar de
joelhos a prancha se partiu, fig. 88, tendo que
levar em consideração que o material usado
Aumento de distancia
Amarra 4
Fig.85 – Distancia do pondo de amarra.
Fig.86 – Amarras Modelo de Testes 002
Fig.87 – Teste de uso.
65
para o shape vai ser PVC com propriedades
mecânicas muito melhores que a chapa de
compensado usada, mas se acontecer de
quebrar o material usado não machucará o
usuário.
Chegou-se a conclusão que no final dos
testes de amarras, de quilhas e Lemes o que
realmente fez funcionar a parte de direção e
submersão foi a alteração do ponto de amarra
deslocado-o mais para perto do centro da
prancha concluindo que este ponto quanto mais
for colocado para trás, mais ela ficará
direcionável na superfície, por isso não se deve
colocar o ponto de amarre no centro ou muito
para trás pois atrapalhará na submersão
correndo o risco de a prancha virar e ser
puxada de costas, o que seria bastante
desagradável para quem estivesse nela.
10.2 Equipamentos utilizados para o teste
Para poder ser feito o teste foram
necessários os seguintes equipamentos:
- Lancha - Necessária para puxar o Skimer
em baixa velocidade cerca de 5,5 MPH igual a
9 KM/H, podendo aumentar, não precisando ser
uma lancha grande com motor potente pois
com um motor de 15 hp já seria o suficiente, a
velocidade ideal depende da prática de cada
praticante com o produto.
- Corda - 15 metros de corda são o
necessário para fazer manobras na superfície e
sob o mar, a corda utilizada é feita em
polipropileno trançado de 8mm pois o cabo de
Fig.88 – Modelo de teste quebrado
Fig.89 – Lancha e velocímetro
66
esqui deve flutuar para o esquiador tê-lo
sempre a mão quando cair sendo o melhor para
a prática de esqui segundo a revista náutica. - Bóia de segurança para mergulho- esta
bóia é muito importante para a segurança do
esportista, pois é ela que vai indicar onde o
Skimer esta após ter submergido servindo de
alerta para outros barcos que estiverem no
local.
- Roupa de neoprene - por medidas de
segurança ela funciona como um salva vidas
pois foi previsto que ao submergir o esportista
pode largar a prancha e estando no fundo do
mar ele teria que retornar a superfície e como a
roupa de neoprene possui flutuabilidade ele
emergirá com facilidade e se usasse colete
salva vidas ele não conseguiria submergir.
- Máscara de mergulho- devido a prática
deste novo esporte ser na água e poder
submergir sua necessidade de uso é indiferente
dependendo para que o Skimer esta sendo
usado, se for para esquiar com breves
mergulhos então não se faz necessário, mas se
estiver sendo usado para mergulho de
contemplação é preciso fazer algumas
adaptações para se enxergar em baixo da água
por isso é necessário a máscara de mergulho
podendo estender-se para o uso do snorkel,
assim podendo apreciar a paisagem submarina.
Abaixo estão algumas fotos dos testes
realizados dos modelos do Skimer .
Fig.90 – Corda
Fig.91 – Bóia para mergulho.
Fig.92 – Roupa de neoprene
Fig.93 – Máscara de mergulho
67
Modelo de teste 001 -SKIMER-
Fig.94 – Testes práticos modelo de teste 001
68
Modelo de teste 002 -SKIMER-
Fig.95 – Testes práticos modelo de teste 002
69
11. Memorial descritivo
Nesta etapa do projeto é mostrado como
o Skimer deverá ser projetado, sendo
analisadas suas funções, direcionadas ao
consumidor.
11.1 Função de uso
A função de uso se refere a real e
primeira utilização do produto embora tenha
outras funções secundárias.
A principal função do Skimer é esquiar
na horizontal sendo puxado fig. (96) por uma
lancha ou Jet- ski, e fazer breves mergulhos de
contemplação ou de manobras radicais
podendo ser feitos loopings submersos.
Suas funções secundárias, devido ao
seu desenho e flutuabilidade, podem ser muito
variadas como por exemplo ser usado como
apoio para caça - sub e snorkeling,
equipamento para salva-vidas na praia, e pode
se tornar autônoma devido a possibilidade de
se adaptar um motor a bateria no fundo do
shape podendo auxiliar no mergulho autônomo.
11.2 Função estético formal Na função estético formal foi definida a
aparência e organização visual do SKIMER.
No Skimer a Biônica foi de fundamental
importância para o produto, pois como foi
desenvolvido para o meio aquático o Skimer
Fig.96 – 1º Função
Fig.97 – Caça submarina
Fig.98 – Snorkeling
Fig.99 – Salva vidas
70
necessitava de formas orgânicas e
hidrodinâmicas assim, baseando-se em um
animal aquático, a Arraia Manta, por ter uma
ótima performance na água devido seu corpo
fino e barriga quase reta que facilita sua
hidrodinâmica, o shape do Skimer também
usou esta característica imitando a arraia com
seu shape plano e suas formas hidrodinâmicas.
As escolhas das cores foram a princípio
baseadas nos seres marinhos que para se
protegerem de seus predadores possuem seu
dorso escuro para quando visto de cima se
confundirem com as águas escuras do oceano
e seu ventre mais claro para quando vistos de
baixo se confundirem com o céu claro Fig.(101),
por isso o Skimer fez exatamente ao contrário
pois no mercado náutico as cores quentes e
chamativas são utilizadas por segurança, caso
aconteça algo de errado fique mais fácil a
localização da pessoa no mar, ao contrário da
camuflagem dos seres marinhos.
Com o skimer devido a possibilidade de
alteração de sua carenagem de PVC, pode-se
se usar varias cores para personalização.
11.3 Função ergonômica
A aplicação de conceitos ergonômicos
vem apresentar características que garantem
ao usuário uma utilização confiável, segura e
confortável, observando conceitos básicos de
antropometria e cognição tendo como objetivo
alcançar a melhor integração possível entre o
Fig.102 – Percentis Fonte:Profº Manuel Salomon
Fig.100 – Motor sub Fonte: www.nauticalniche.com
Fig.101 – Arraia Fonte: www.exmouthdiving.com.au
71
produto e seus usuários segundo Moraes e
Mont’Alvão (1998).
O Skimer possui medidas para faixa
etária adolescente em diante utilizando os
percentis fig.(102) 5% feminino, que também
atende ao adolescente e 95% masculino desde
que tenha condições e saúde para se praticar o
esporte. Sendo estes os percentis brasileiros
utilizados para adequação ergonômica nas
seguintes partes do produto.
- Pega – Para se calcular a pega do
produto primeiramente tem que definir se apega
vai ser para fazer força ou não, no caso do
Skimer o usuário irá fazer força sobre ela pois
é na pega que ele vai se manter em cima da
prancha, então segundo estudos ergonômicos
do livro “Human Factors” (1992), foi achado um
sistema de pega de aviões pequenos muito
parecido com o desenho e finalidade da pega
do Skimer. Como se vê na fig.(103) é
recomendado que a distância entre uma pega e
outra seja entre 30,5 à 40,6 cm. A altura da
pega é no mínimo de 10cm com o diâmetro
entre 2,54 a 3,2 cm sendo redondo ou ovalado
e ainda de 10° a 15° de inclinação sentido eixo
central. Mas como em uma aeronave não é
necessário puxar o manche para traz com muita
força, foi procurado uma ferramenta no livro
para fundamentar o estudo onde tivesse que
fazer força puxando a pega para traz, o que
mais se assemelhou com o esforço feito pelo
Skimer foi a furadeira fig.(104) que possui uma
angulação de 80º para que ao segurá-la ela
fique em uma posição de 90º ao furar algo
Fig.103 – Pega de avião Fonte: TILLMAN. TILLMAN. WOODSON,(1992)
Fig.104 – Pega de Furadeira Fonte: TILLMAN. TILLMAN.
WOODSON,(1992)
72
deixando o pulso relaxado, mas como no
Skimer você vai fazer força com o pulso para
que o shape imbique e submirja é necessário
que você incline o pulso para frente não
podendo deixá-lo relaxado como na furadeira
somente em quanto estiver na superfície então
a parte traseira do punho foi feita em noventa
graus para ter mais facilidade em inclinar o
pulso e imbicar a prancha. Assim unindo os 80º
de relaxamento durante manobras de superfície
com os 90º necessários para submergir com a
pega ovalada começando com 3,0X2,7 cm na
base e terminando com 5,0X2,7 superior como
mostra a fig 104.
- Apoio de cotovelos – Segundo o ergokit
do instituto nacional de tecnologia INT de 1998,
através dele é possível saber o valor, em
percentis, de uma determinada variável
antropométrica, no caso foi pego os percentis
femininos e masculinos da pesquisa realizada
em uma empresa no Rio de Janeiro e em São
Paulo com 202 mulheres e 203 homens. Foram
utilizados os seguintes dados:
- alcance máximo do antebraço fig. (107)
– é a medida do cotovelo ao dedo médio onde
podemos ver a localização do cotovelo do
percentil feminino e masculino achando um
ponto médio e ajustando a distancia para os
dois percentis que pegando o percentil 5%
feminino que é a distancia menor, foi de 45,5
cm e a de 95% masculino que é a distância
maior que foi de 60 cm temos 60 cm – 45,5 cm
= 14,5cm, esse é o comprimento do apoio de
Distancia entre axilas
Distancia entre cotovelos
Percentil 5% Feminino.
Fig.105 – Pega
Fig.106 – Modelo percentil feminino 5%
73
cotovelo para que se ajuste ao percentil
masculino e feminino.
As distância entre axilas fig.(106) dos
percentis 5 e 95% de homens e mulheres
variam muito como mostra o ergokit (em
anexo), para termos os percentis de pessoas
com um bom preparo físico e outras sem
preparo físico pegamos os percentis do exército
e de uma empresa de telecomunicações do Rio
de Janeiro, através desta distância entre axilas
podermos calcular a distância mínima e a
máxima que ficará os cotovelos na prancha,
sendo assim, ele deve se ajustar aos dois
percentis, no caso do Skimer ele possui um
sistema de regulagem rápida onde ele se
adequa facilmente a qualquer percentil pois
foram pegas a maior medida do percentil 95%
masculino que é igual a 45,1 cm e do menor
percentil 5% feminino = 24,5 cm dando uma
diferença de 20,6cm tendo que cada apoio de
cotovelo variar a distância em 10,3cm não
necessitando de ferramentas para este tipo de
ajuste devido a um sistema de ajuste rápido
criado para esta regulagem.
- Pára água superior e inferior feitos em
acrílico transparente para aumentar o campo de
visão dentro e fora da água, pois segundo o
livro de Itiro Iida ”Ergonomia – Projeto e
Produção“, nas medidas antropométricas
existem valores de movimentos voluntários
exercido por cada músculo no caso a cabeça
do usuário ficará erguida para que seu campo
de visão seja melhorado para quando se olhar
para frente, pois estará na posição horizontal,
Percentil
95% Masc
Alcance do antebraço
Apoio de cotovelos
Fig.107 – Modelo percentil masculino 95%
Fig.109 – Posição da cabeça. Fonte: IIDA (1997)
Fig.108 – Sistema rápido de regulagem
20° = ângulo de conforto
74
no caso não conseguindo exceder 50º ,fig.109,
por isso os pára águas, fig.111, são feitos em
material transparente tendo visão superior e
inferior Fig. (110) não precisando flexionar além
dos 20° que seria o ângulo de conforto para se
manter a cabeça erguida para trás ou para
frente para enxergar fig.(109).
Todos estes ajustes ergonômicos torna o
Skimer um produto ergonômicamente correto.
As medidas retiradas do Ergokit estão
todas em anexo. O ergoKit nos mostra uma
visão das medidas antropométricas extremas,
por isso, como foram feitos testes práticos com
percentil 5% feminino e 95% masculino, notou-
se que algumas medidas ficam impraticáveis,
sendo ajustadas segundo o modelo de testes e
a esses percentis, baseado na teoria acima
descrita.
11.4 Usabilidade
Uma das características que fazem o
Skimer ser de fácil utilização é a semelhança
com processos já conhecidos pelos usuários de
outros produtos, exemplo das pegas direcionais
muito parecidas com as de bicicletas,
cognitivamente falando, automaticamente o
usuário já faz essa ligação sabendo que se
mexer para um lado ou para o outro o Skimer
será direcionado como na bicicleta.
O Skimer é de fácil manipulação não
exigindo conhecimento técnico ou algum
treinamento específico. O único sistema que
Fig.110 – Posição horizontal com inclinação máxima da cabeça. Fonte: Profº Manuel Salomon
Fig.111 – Pára água inferior e superior
Fig.112 – Descompressão (equalização) Fonte: Manual Open Water Diver
75
existe regulagem possui informações no Tag da
embalagem.
Um aspecto a considerar é que ao
submergir com o skimer sofreremos pressão do
meio onde nos encontramos, no caso a água,
por isso se faz necessário a descompressão
(equalização) que pode ser feita engolindo
saliva ou trancando as narinas com os dedos e
soprando fazendo com que o corpo se
estabilize com a pressão externa esta
observação virá em um tag, figura no final do
capítulo, rotulado na embalagem do produto
como observação de segurança.
Mais um aspecto importante que também
contém informação no tag, figura no final do
capítulo, é que apesar de se ter um pára água
que ajuda na resistência da água também é
vendido separadamente uma borracha de
segurança que segura a máscara de mergulho
ao queixo para que a mesma não escape da
cabeça em alguma eventualidade e acabe por
se perdê-la. Esta borracha é fácil de se achar
no mercado pois é a mesma tira usada para
óculos de natação.
Para conservação do produto, mesmo
seu material sendo resistente, sua durabilidade
depende do uso e dos cuidados que o usuário
deve ter, a seguir esta a relação de cuidados
que se deve ter com cada um deles:
Pára água inferior e superior em acrílico-
o acrílico cristaliza em contato com solventes
minerais, tais como álcool, querosene, thinner,
etc. Não se pode utilizar esses solventes.
Encerar o pára água de acrílico com cera de
Fig.114 – Limpeza
Fig.113 – Borracha de segurança
76
polir carro. A cera protege o acrílico contra os
danos dos raios solares. Na hora de encerar, os
pára-águas deverão estar limpos e secos.
Aplique a cera em pouca quantidade com
estopa ou flanela limpas, fazendo movimentos
circulares, sem o uso da força. Após secar a
cera, pode-se passar uma flanela seca e limpa
pelo acrílico até remover toda a cera e alcançar
o brilho desejado. Nos locais com pequenos
riscos e sujeiras, usa-se mais força e mais
tempo para conseguir uma melhora
significativa. Não usar produtos abrasivos, tais
como esponjas de aço e "sapólios" em hipótese
nenhuma. As chapas acrílicas produzidas com
monômero puro de metacrilato de metila
possuem características de proteção contra os
raios ultravioletas, as chapas acrílicas não
amarelam.
Shape de PVC – Com aditivação de
produtos contra raios UV pode ficar exposto ao
sol. Não deve ter contato com hidrocarbonetos
aromáticos, solventes clorados, cetonas,
ésteres, aminas e óleos minerais. É resistente à
maioria dos ácidos, com algumas restrições
para ácidos concentrados à quente. É
resistente à maior parte dos outros líquidos
inorgânicos, com exceção de algumas
substâncias fortemente alcalinas. Se fizer
necessário ser limpo usar sabão neutro e água.
Quanto ao seu armazenamento, depois de
lavado com água doce, mesmo molhado pode
ser seco á sombra dentro da própria
embalagem, pois o tecido é de Pvc com forro
muito usado para confecção de capas para
Fig.115 – Capa de chuva de PVC com forro.
Fonte:www.casaloma.com.br
Bolsos
Fig.116 – Embalagem
77
chuva com uma tela drenante sendo
impermeável.
Pode ser transportado com outros
equipamentos de mergulho pois sua
embalagem possui compartimentos (bolsos)
para levar máscara de mergulho e bóia
sinalizadora podendo se estender para levar
nadadeiras, arma de caça submarina e outros
equipamentos pois o Skimer pode ter várias
funções secundárias de uso, se fazendo
necessário este espaço em sua embalagem de
transporte para estes equipamentos.
11.5 Adequação antropométrica.
Todas as adequações antropométricas
necessárias para este projeto estão de acordo
com a pesquisa teórica de bibliografias, feita
anteriormente em ergonomia, e principalmente
através de uma adequação realizada na prática
através de modelos de testes citados
anteriormente.
As principais adequações realizadas no
Skimer foram a distância entre pegas, pegas e
o apoio de cotovelos.
11.6 Adequação Biomecânica
Durante o uso do produto foi realizado
uma avaliação das posturas do usuário, sendo
que sua postura durante a utilização do Skimer
é praticamente a mesma para toda sua prática
somente mudando a posição dos braços nas
manobras realizadas. Ele não impede a visão
Fig.117 – Antropometria Fonte: Profº Manuel Salomon
Fig.118 – Shape 1
Fig.119 – Pega
78
devido aos pára-águas serem transparentes
nem limita os movimentos tornando o Skimer
um produto biomecanicamente correto.
11.7 Adequação fisiológica ambiental
Esta adequação envolve a relação
ambiente usuário na utilização do produto.
Sendo um produto utilizado no meio aquático
sendo o material do shape leve ele possui
flutuabilidade com formas orgânicas diminuindo
o atrito com a água, tanto para deslizar em cima
como em baixo dela .
Suas pegas são anatômicas para as
mãos fazendo pouco esforço para se manter
em cima da prancha .
Possui regulagem de distância entre
cotovelos fig.(120) para adaptação de vários
usuários ao produto.
11.8 Adequação cognitiva Todos os mecanismos do Skimer são de
fácil assimilação para o usuário pois são bem
parecidos com sistemas já utilizados por eles.
Tanto nome como o formato já apontam sua
função.
Seu nome SKIMER vem da própria
funcionalidade do produto ESQUI +
MERGULHO = ESQUIMER, sofrendo uma
modificação escrita para que puxe mais a
fonética e diminua o número de letras para
aplicações posteriores e visualmente mais bem
resolvido alterando o QU por K e subtraindo o
E ficando somente SKIMER, pois o nome é a
Fig.120 –apoio de cotovelo com regulagem de distância
Fig.121 –Marca
79
junção dos dois tipos de esportes. A cor da
marca é o amarelo por remeter AÇÃO e de
contorno o preto usado para destacá-la.
O Skimer possui uma carenagem em pvc
vacunformado onde o desenho e as cores
podem ser modificados com novas temáticas
personalizando o produto que já nos induz a
pensar em um animal marinho, logo
assimilando que ele é feito para o meio
aquático.
O único sistema que pode não ser
identificado pelo usuário possui instrução no tag
da embalagem, fig123, que é o sistema de
regulagem para o cotovelo onde o próprio
parafuso contém uma haste que ao ser
levantada pode girá-lo assim afrouxando o
apoio de cotovelos para poder regulá-lo.
A embalagem possui um Tag, fig123,
posicionado perto da abertura
propositadamente, para que ao abri-la o usuário
já possa ver as recomendações feitas para o
uso do produto, onde explica algumas medidas
de segurança que devem ser tomadas durante
o uso, que seria indispensável o uso da bóia de
segurança que acompanha o produto devido
sinalização para outras embarcações que
também estiverem no local e o uso
indispensável de roupa ou colete de neoprene
que possui flutuabilidade para que em caso de
largar o equipamento quando imerso o usuário
possa retornar a superfície com mais facilidade.
A máscara de mergulho é opcional pois o
usuário consegue mergulhar e fazer manobras
Fig.122 – Carenagem temática
Fig.123 – Embalagem com TAG
Fig.124 – acessórios.
80
sem ela, só que não terá visibilidade durante a
submersão.
11.9 Função de Marketing
O objetivo é atingir o mercado nacional
através de patrocínio de uma grande marca de
esportes aquáticos, mídia impressa (jornais,
revistas e catálogos) e televisiva através de
reportagens em programas de TV de esportes.
O SKIMER deve ter revendedores em
lojas de equipamentos de mergulho, surf,
náuticas, lojas de esportes, internet.
Por ser um esporte aquático torna-se um
produto sazonal em determinadas regiões do
país, onde sua venda pode decair durante o
inverno.
Após adquirir o produto que já vem com
embalagem e bóia de segurança de mergulho,
o usuário pode comprar vários acessórios
separadamente utilizando todas suas funções
secundárias. Fazendo assim que o usuário
aspire por novas funções do produto tornando o
SKIMER multifuncional.
Fig.125 –TAG informativo da embalagem
Fig.126 –expositor
81
12. Ecodesign
Segundo Ribeiro (2000) O ecodesign é
um dos instrumentos estratégicos para reduzir
desperdícios e gastos improdutivos de recursos
naturais. O ecodesign é uma concepção
abrangente de design que leva em
consideração não apenas os aspectos
estéticos, funcionais, de segurança ou de
ergonomia dos produtos, mas também sua
integração ecológica, e a maneira como cada
um de seus componentes afeta o meio
ambiente; quais os componentes que precisam
ser substituídos por outros menos agressivos
ao ambiente; como separar os diversos
componentes e dar-lhes destino e
aproveitamento depois de esgotada a vida útil
do produto.
Para o projeto SKIMER a questão do
ecodesign e design sustentável foi pensado
desde o início do projeto sendo aplicado
principalmente nos materiais utilizados para sua
confecção, foi então pensado no uso do PVC
pois suas propriedades se adequam muito ao
projeto e a questão de sustentabilidade devido
sua reciclagem de 100%, diversas formas de
uso e processos de fabricação adequados a
sustentabilidade.
Fig.127 – Cachoeira véu de noiva.
Fig.128 – Medusa em simbiose
82
13.0 Materiais
Devido o SKIMER ser um produto onde
sempre se estará em contato com o meio
ambiente, o material escolhido para sua
fabricação quase por inteiro é o PVC
expandido, que é um material 100% reciclável.
Podendo ser adicionado produtos contra raios
UV para poder ficar exposto ao sol.
Segundo o Instituto do PVC , um dos
aspectos ambientais mais importantes e
benéficos do PVC está na origem de suas
principais matérias-primas e insumos: cloro,
eteno (também conhecido como etileno) e
água. A principal matéria-prima do PVC é o sal
marinho, recurso renovável na natureza. A
partir dele se obtém o cloro, que representa
57%, em peso, do PVC. Os 43% restantes são
obtidos a partir do petróleo, utilizado na forma
de eteno. Entretanto, deve-se destacar que o
Brasil possui tecnologia pra sua obtenção a
partir do álcool da cana-de-açúcar, tornando-se
também um recurso renovável e, por
conseguinte, inesgotável.
Existem três tipos de reciclagem e o PVC
pode ser utilizado em cada uma delas.
Reciclagem mecânica: Processo que
consiste na combinação de um ou mais
operações industriais para o reaproveitamento
do material descartado, transformando-o em
grânulos para a fabricação de outros produtos
ou mesmo em produtos diretamente;
Fig.129 – PVC expandido Fonte:www.vick.com.br
Fig.130 – Símbolo de reciclagem do PVC
Fonte:www.institutodopvc.org.com.
br
83
Reciclagem energética: Consiste em
processo tecnológico avançado, que visa a
recuperação da energia contida nos resíduos
plásticos. O principal equipamento utilizado é o
incinerador fig.(125) que funciona
sob altíssimas temperaturas e severos
controles de emissões, garantindo perfeita
harmonia com o meio ambiente;
Reciclagem química: Consiste em um
processo tecnológico onde se realiza a
conversão dos resíduos plásticos em matérias-
primas petroquímicas básicas (retorno à
origem).
Segundo a revista plástico (nº83 AnoVII)
uma empresa da Dinamarca que atua no
reaproveitamento de materiais contaminados,
desenvolveu um método de reciclagem química
de PVC pós-consumo que consiste na sua
conversão em sal, combustível e insumos
químicos.
Com todas estas constatações, já
credenciam o PVC como um plástico que
atende a um dos requisitos básicos do
Desenvolvimento Sustentável.
O acrílico também foi usado no projeto,
conhecido na área técnica por Acrilonitrilo
Estireno (SAN) foi usado para fazer os pára
água onde era necessário ser fabricado com
material termomoldável devido ao seu formato ,
transparência e resistência, tendo ainda com o
ambiente em que se encontrará, o aquático,
ele possui um excelente desempenho, também
resistindo ao desgaste superficial e a riscos. O
acrílico também é um produto reciclável.
Fig.131 – Incinerador Fonte:www.ambientebrasil.com.br
Fig.132 – Acrílico Fonte:www.centraldoacrilico.com.br/
84
Para a confecção do guidão, eixo e parte
do leme foi utilizado barras de aço inox, pois é
a parte do SKIMER que necessita de um
material resistente pois é nele que irá a corda
que será puxada pelo barco. O aço inox tem
uma excelente resistência a água salgada não
dando problemas de ferrugem.
O leme foi feito em PU injetado onde no
molde é injetado com uma peça em aço para se
fixar ao eixo do guidão posteriormente.
Pega - feita com borracha reciclada, de
acordo com o serviço Brasileiro de respostas
Técnicas –SBRT- o pó de borracha pode ser
utilizado na formulação do composto de
borracha. É necessário elaborar/ajustar a
formulação de acordo com o processo e
exigências do artefato. Não há apenas “um”
processo. As etapas são as seguintes;
pesagem das matérias-primas, preparação da
mistura em misturador aberto ou fechado, pré-
conformação (de acordo com o tipo de
moldagem e formato do artefato), vulcanização
(em prensa, autoclave, túnel, etc.), acabamento
e Controle de Qualidade. A preparação do
composto pode ser terceirizada.
Quanto a pintura do SKIMER se
necessitar ser pintada, pois a própria chapa de
PVC pode ser comprada em cores fig.(123), a
mais indicada é a tinta de borracha Clorada que
possui uma boa aderência ao substrato, fácil
aplicação, elevada resistência química e à
umidade, durabilidade ao exterior e secagem
rápida. Esta tinta é muito utilizada na área
marítima.
Fig.133 – Barra de aço Fonte: www.basseifer.com.br
Fig. 134 – Borracha reciclada em pó Fonte: www.biosafe.pt
85
13.1 Fabricação
As peças que formam o SKIMER e os
processos de fabricação serão listados a seguir:
Shape, fig.133 - Fabricado com chapa de
PVC expandido, seu processo de fabricação
será por corte a laser ou corte a jato de água.
Os dois cortes darão ao produto um ótimo
acabamento.
Apoio de cotovelos, fig134 - Fabricado
com chapa de PVC expandido, seu processo de
fabricação será por corte a laser ou jato d’água
utilizando sistema CAD e por termoformagem..
Sua fixação se da por parafuso para madeira
adaptado com argola para não necessitar de
chave para o ajuste.
Leme, fig.135- Fabricado Em PU e aço
inox, seu processo de fabricação será o de
injeção onde a peça de aço inox será colocada
no molde para que seja fixado ao PU
posteriormente sendo parafusada ao eixo
,fig.135, do guidão. As injetoras de PU vem com
cabeçote injetor autolimpante, isento de
solventes e processa poliuretano sem CFC.
Este equipamento produz espuma de
poliuretano flexível, pele integral, estrutural,
rígida e semi-rígida, atendendo as
necessidades de diversos setores da indústria,
como: Automobilística, refrigeração, moveleira,
embalagem, decoração, ortopédica, esportiva,
etc. Ecológica sendo um equipamento projetado
e desenvolvido com tecnologia para contribuir
Fig.135 – Shape 2
Fig.137 –Eixo e Leme
Fig.138 – Pára água inferior e superior
Fig.136 – Parafuso modificado e apoio de cotovelo
86
no processamento de poliuretano, visando a
proteção do meio ambiente e contribuindo
assim com a ecologia. Mas também pode ser
feito com outro processo mais simples e barato
que seria com duas chapas de PVC de 5mm
onde elas seriam coladas prensando o eixo do
guidão, mas também com acabamento inferior.
Pára água superior e inferior fig.(136) –
Fabricado com chapa de acrílico transparente,
seu processo de fabricação será de corte a
laser ou jato d’água para melhor acabamento
da peça e termoformagem. Sua fixação será
por parafuso em um perfil de alumínio que
estará parafusado na prancha.
Guidão, eixo, fig.138 – Fabricado com
aço inox, seu processo de fabricação será o de
corte e soldagem.
Pega, fig. 139 – Fabricado pelo processo
de vulcanização com borracha reciclada será
encaixado nas extremidades do guidão.
Esteiras laterais inferiores, fig.140 -
Feitas em PVC expandido de 1cm de
espessura seu processo de fabricação é o corte
a laser ou jato d’água. Fixação será feita com
cola de PVC. Para colar o PVC Expandido nele
mesmo, os mesmos adesivos do tipo solvente
que são usados no PVC Rígido dão excelentes
resultados. Os mais usados são os de base
THF (Tetrahidrofurano), Ciclohexanono ou MEK
(Metil-Etil-Cetona).
Fig.140 – Guidão
Fig.141 – Pega
Fig.142 – Esteiras laterais
Fig.139 – Perfil de alumínio para fixação do pára água.
87
Fixação – A fixação das peças será feita
por parafusos e cola de PVC encontrados no
mercado. Segundo a revendedora de chapas
de PVC expandido, Vick, parafusos para
madeira ou plástico irão garantir uma fixação
segura do PVC Expandido. Quando aparafusar
o PVC Expandido, devem-se usar arruelas, as
maiores possíveis, para distribuir a carga da
compressão.
Carenagem – Fabricado em PVC 3mm,
seu processo de fabricação será de
termomoldagem a partir de um molde para dar
o formato a ela, nesta mesma carenagem em
seu interior foi colocado uma espuma
expansível para maior flutuabilidade da
prancha, trata-se de uma espuma de
poliuretano expansível, monocomponente, de
cura com umidade atmosférica (tempo de
película de 20 minutos a 20ºC e UR de 65%) e
isenta de CFC. Resiste a temperaturas de –
35ºC a 80ºC, após espuma endurecida. Poderá
ser cortada em 1 a 2 horas após aplicação,
dependendo da espessura da espuma. Indicado
para fixação, preenchimento de espaços,
isolamento térmico e acústico, acabamento e
vedação ideal para revestimentos de barcos,
segundo o site do fabricante Brascola. Ela
também possui uma entrada para que o shape
se encaixe nela tendo uma maior fixação na
parte da frente onde será feito o maior esforço,
e a parte traseira da carenagem é fixada por
parafusos em apoios do shape que é uma
saliência de PVC colada na prancha.
Fig.143 – Carenagem
Fig.144 – Carenagem com espuma interna.
Fig.145 – Encaixe para o shape
Fig.146 –Shape com apoios para
carenagem.
Espuma
88
Reforço do shape – é feito com duas
porcas e um cano de aço inox soldado em uma
das porcas e parafusado passando pelo shape
a outra. É ele quem vai dar resistência a
prancha pois o eixo por onde será puxado
passa por dentro dele, o cano de aço inox,
porcas e parafusos sem cabeça são
encontrados no mercado somente tendo que
furar as porcas.
Abaixo estão listados os processos de
fabricação utilizados no projeto juntamente com
a descrição de cada um deles.
Corte a laser – o nome laser é uma sigla
que em português quer dizer: Ampliação da luz
por emissão estimulada da radiação. O sistema
de corte a laser produz uma potência elevada,
capaz de vaporizar a maioria dos metais.
Corte a jato de água – a água é elevada a uma
pressão de ordem de aproximadamente 4000
vezes a pressão atmosférica e é expelida
juntamente comum pó abrasivo por um bocal
feito de materiais resistentes ao desgaste
(safira, alumina, etc), o corte ocorre quando a
força do jato supera a resistência do material,
este corte se dá por erosão. Cisalhamento ou
localizado.
Termoformagem - é um processo de
transformação plástica que consiste em
aquecer chapas de plástico de diversos tipos de
materiais com espessuras variadas. Através de
calor e sucção a peça desejada é formada em
alto e baixo relevo, em torno de um molde.
Fig.149 – Corte a laser Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/
Fig.150 – Corte a jato de água. Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/
Fig.148 –Reforço do Shape.
Fig.147 –Parafusos Fonte: Catálogo - Ciser parafusos e porcas.
89
Conforme a peça, pode-se ainda sobrepor
pressão. Utilizado na fabricação de peças
descartáveis ou de grandes dimensões, pois
permite o emprego de moldes de baixo custo.
Injeção – consiste em introduzir a composição
polimérica em uma matriz através de um fuso
ou êmbolo, após o resfriamento esta matriz é
aberta e a peça pode ser retirada. É o mais
comum, e também o mais rápido entre os
processos de moldagem, sendo geralmente
aplicável a materiais termoplásticos.
Soldagem- O processo de soldagem de arco
elétrico é um processo de soldagem por fusão
em que o calor é gerado por um arco elétrico
formado entre um eletrodo revestido e a peça a
ser soldada. O metal fundido do eletrodo é
transferido para a peça formando uma poça de
fusão. Esta é protegida da atmosfera por gases
formados pela combustão do revestimento do
eletrodo.
Vulcanização - a borracha é colocada em uma
prensa sob determinada temperatura, pressão e
tempo. Nela há um molde com as
características específicas de cada produto, na
qual são determinados a forma e o desenho.
Fig.151 – Termoformagem Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/
Fig.152 – Injeção Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/
Fig.153 – Soldagem Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/
Fig.154 – Vulcanização Fonte: www.pneuseguro.com.br
90
Processo de montagem se dá após a
finalização da confecção das peças como nas
figuras a seguir :
Fig. 155 – Ordem para montagem.
1º Colar esteira inferior e suporte da carenagem
4º Parafusar ao shape o reforço da prancha
3º - Parafusar ao shape o pára-águas inferior
5º encaixar o eixo ao reforço da prancha
6º encaixar e parafusar o
leme
7º Encaixar e parafusar a carenagem ao shape
8º Parafusar os apoios de cotovelo
10º Prancha Montada
2º - Parafusar suporte de pára-águas superior na prancha e no pára água
91
14. Rendering
Fig.156 – Rendering
92
Perspectiva frontal Perspectiva Traseira
Vista de Topo
Vista de Baixo
Vista Frontal
Vista lateral
Fig.157 – Vistas Rendering
93
14.1 Ambientação
Fig.158 –Ambientação
94
14.2 Vista explodida
01
02 03
04
05
1 – Punho
2 – Carenagem
3 – Guidão
4 – pára-águas inferior
5 – pára-águas superior
6 – Suporte para pára-águas
superior
06
07 08
09
10
11
12
7 – Apoio de cotovelos
8 – Reforço do shape
9 – Shape
10 – Apoio para carenagem
11 – Esteiras laterais inferior
12 – Leme
Fig. 159– Vista explodida
95
14.3 Desenho técnico
A seguir estão todos os Desenhos
Técnicos em formato A3, necessários para
confecção do Skimer.
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
15. Planilha de custo para confecção
do projeto.
Abaixo estão listados os custos da
matéria prima e alguns processos de fabricação
para produção deste projeto “SKIMER” sendo
que a cotação foi feita com o mínimo que se
pode comprar no mercado, exemplo, uma
chapa de PVC de 100mm só se compra inteira
podendo se fazer 06 unidades do shape do
SKIMER .
Matéria prima Custo
01 Chapa de PVC- 10mm
1220X2440mm R$212,00
01 Chapa de Acrílico –
5mm 1000X2000mm R$188,67
15 Parafusos de inox para
fixação de todas as peças R$5,00
Tubo de cola de PVC
100gr R$5,00
Barra de Aço inox 10mm =
4,5m R$60,00
Vareta de eletrodo para
solda em aço inox 2mm=
01 unidades.
R$0,50
Molde e matéria prima
(PU) para injeção ( Leme) R$5000,00
Corte a Jato d’água de
todas as peças. R$190,00
Corte a lazer somente 01
shape de PVC expandido R$318,00/pç
107
Os custos apresentados foram fornecidos pelas
empresas:
- IBT moldes – Acriutec - Duroplast. – Mosart –
Itapar – Aço Geral.
Existem dois tipos de processos de
fabricação para o corte, sendo a laser ou a jato
d’água o qual seria o mais em conta.
Fazendo o cálculo somente do material a
ser utilizado mesmo não conseguindo só
comprar no mercado o necessário para
confecção do protótipo ele sairá em torno de
R$125,00 reais não contando com a mão de
obra nem processos de fabricação no caso
pode-se somar R$ 190,00 reais para o corte a
jato de água das peças, pois será produzido em
série com uma linha de montagem. Todas as
cotações foram unitárias pois se comprado
matéria prima em grande quantidade este preço
pode baixar ainda mais tornado o projeto Ainda
mais viável.
Em anexo encontra-se alguns
orçamentos.
108
16. Protótipo
Abaixo estão as fotos da confecção do
PROTÓTIPO ;
Fig. 160– Confecção do Protótipo
109
Abaixo fotos do PROTÓTIPO;
Fig. 161–Protótipo
110
17. Conclusão
Neste projeto todas as teorias ensinadas
para se projetar um novo produto para o
mercado foram aplicadas, utilizando-se de
pesquisas, ferramentas , bibliografias inclusive
modelos de testes para que se achasse a
melhor forma de interatividade ProdutoXUsuário
tudo para que o projeto esteja bem
fundamentado nas práticas de Design, por isso,
daqui em diante somente o mercado irá mostrar
a real integração do produto para com a
sociedade podendo se transformar quem sabe
em uma nova modalidade de ESPORTE
RADICAL.
Este projeto teve apoio da empresa
Mosarte que patrocinou o corte a jato dágua
das peças proporcionando um ótimo
acabamento ao protótipo, e do Instituto do PVC,
onde patrocinou uma chapa de PVC de 10mm
para confecção do protótipo, que tem como
objetivos
- Promover o crescimento de mercado do PVC;
- Difundir o produto e a marca PVC, suas
qualidades técnicas e ambientais, versatilidade
e reciclabilidade;
- Orientar as empresas para adotarem posturas
socialmente responsáveis.
Posteriormente será apresentado no 7º
congresso Brasileiro de Pesquisa em
Design(2006) P&D se transformando em um
artigo científico.
Este projeto esta protegido pelo INPI .
111
Bibliografia
LIVROS
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Ltda. São Paulo, SP,2002.
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Ed. Grupo1, nº109, 2005, p.31.
115
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nº204, 2005, p.124.
RGS-90. “Técnica de reciclagem transforma PVC em sal”. Plástico. São Paulo, Ed.Aranda, nº 83, 2005, p.19.
116
ANEXOS
- Figuras retiradas do Ergokit 1998
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118
- COTAÇÕES MB REPRESENTAÇÔES
Segue abaixo preços das chapas para sua apreciação (sem o corte)
PVC 10,0 x 1220 x 2440mm R$ 212,17
Acrilico chapa de 5,0x1000x2000mm R$ 188,67 (uso externo)
Preços com IPI incluso.
Frete: Por conta do cliente.
Entrega: 05 dias.
Qualquer dúvida estamos a disposição.
Valdete M. S. Lima
47 3345 0708 - 9914 9219
Policarbonato - Venezianas Industriais
Fixadores - Comunicação Visual - Alucobond - Fachadas Metálicas
ACRILTEC
CHAPA DE 05MM X1000X2000
ACRILICO CRISTAL CAST R$ 219,00 PREÇO FINAL
----- Original Message -----
From: "José Chaves" <[email protected]>
To: <[email protected]>
Sent: Wednesday, May 03, 2006 12:00 PM
Subject: COTAÇÃO
119
ACRÍLICOS SANTA CLARA
Atendendo solicitação de V.ss. temos o prazer de apresentar nossa
proposta comercial, elaborada segundo os dados fornecidos.
Orçamento para 01 peça
Material: Acrílico cristal
Medidas: 181,19x465,9x5mm
Valor unitário: R$43,00
OBS.: Só cortado, sem moldar
Orçamento para 01 peça
Material: Acrílico cristal
Medidas: 560x759,5x10mm
Valor unitário: R$165,00
OBS.: Só cortado, sem moldar
Orçamento para 01 peça
Material: PVC Rígido
Medidas: 560x759,5x10mm
Valor unitário: R$448,00
OBS.: Só cortado, sem moldar
OBS.: Chapa inteira de 1000x2000.
Condições de pagamento: a vista
Forma de pagamento: Depósito c/c
IPI.: Isento
Prazo de entrega: 3 dias
Frete: FOB
Atenciosamente,
Nadia Raquel Minelli Sebold
----- Original Message ----- From: "Marcelo Canesin - MOSARTE"
120
To: <[email protected]>
Cc: "'Thaisa - Mosarte'" <[email protected]>
Sent: Friday, June 02, 2006 5:10 PM
Subject: MOSARTE - ORÇAMENTO CORTE ESPECIAL (Nº 0942)
Boa tarde, Sr. José.
Segue orçamento para serviço de corte em jato d'água, conforme
solicitado:
PRODUTO: SERVIÇO CORTE JATO D'ÁGUA EM PVC E ACRÍLICO
(FORNECIDOS PELO
CLIENTE), conforme desenhos em anexo
PREÇO: R$ 190,00 (Todas as peças solicitadas em projeto)
PRAZO DE ENTREGA: 20 DIAS
ORÇAMENTO Nº 0942
Cordialmente,
____________________________
Marcelo Scrivanti Canesin
MOSARTE IND. E COM. DE MOSAICOS
(: 55 xx 48 3263-0846 (Ramal 228)
Visite nosso site: www.mosarte.com.br
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APÊNDICES