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INTRODUÇÃO
A complexidade do contexto empresarial demanda que empreendedores, empresários e
executivos, ao iniciarem um negócio ou projeto, tenham objetivos claros, estratégias
definidas, competências, estruturas compatíveis e recursos. Temos por base, para o
desenvolvimento de nosso trabalho pesquisas aplicadas, com o objetivo de gerar
conhecimentos de problemas específicos que envolva verdades e interesses locais, para isso
iremos apresentar a proposta de um planejamento estratégico para o empreendimento. O
planejamento propõe uma ferramenta de ação que analisa com razoável nível de aproximação,
o que poderá vir a ocorrer no curto, médio e longo prazo segundo Borenstein (2001):
Planejamento Estratégico é um processo formalizado (levando em conta os pontos fortes e fracos da organização, assim como as ameaças e oportunidades do ambiente) para produzir e articular resultados, estabelecendo objetivos, estratégias e ações, na forma de um sistema integrado de ações. (BORENSTEIN, 2001).
O empreendedor ou o empresário é conduzido a concentrar-se na análise do ambiente do
negócio, através do plano de negócios, onde são declarados os objetivos, as estratégias, as
competências, a estrutura, a organização, os investimentos e recursos necessários, bem como
o estudo da viabilidade do negócio.
O projeto Absoluta Home Care vem de encontro a uma tendência do mercado – a
preocupação, cada vez maior, com a saúde e a beleza do corpo. Será uma empresa do ramo de
serviço de atendimento salão de beleza em domicílios, empresas, hotéis e eventos, facilitando
e agilizando os atendimentos. O aumento na produtividade e crescimento do setor ajuda o
Brasil no crescimento da economia, por estar numa posição de privilegio segundo dados da
Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
(ABIHPEC, 2008), atualmente ocupa o 3° lugar como principal consumidor de produtos de
higiene pessoal, perfumaria e cosmética, movimentando mais de R$ 21 bilhões anuais nesse
setor, que registrou um aumento de 8,6% em 2008, e uma grande capacidade de geração de
emprego. Trata-se de um mercado em acelerado processo de expansão, oferece enorme espaço
para profissionalização e melhoria da qualidade, tanto dos serviços prestados, quanto do
atendimento ao cliente.
Só em São Paulo estima-se que existam mais de 50 mil salões de beleza e clínicas de estética.
Porém a muito espaço para novos negócios, é um mercado estável, não sofre de crises
sazonais e está embalado pela crescente adesão do gênero masculino a serviços desse setor.
14
Existe uma grande quantidade de salões que trabalha de forma precária, em instalações
inadequadas, com profissionais despreparados e sem conhecimentos mínimos sobre a melhor
forma de administrar um pequeno negócio.
Para estabelecer o rumo que se quer dar ao empreendimento e a filosofia de trabalho, nada
pode ser acidental, devendo-se considerar os tipos de serviços que serão oferecidos, a quem e
como; qual o diferencial do negócio, quais preços poderão ser praticados, como fazer a
divulgação, que marcas de produtos serão trabalhadas. O primeiro passo, portanto, é saber
qual a vocação da empresa e cada detalhe, analisando e identificando ações para atingir os
objetivos.
O nosso objetivo ao abordarmos este tema é o de mostrar a cronologia necessária para a
confecção de um plano de ações estratégicas e a importância do mesmo para o alcance dos
objetivos de uma organização e que um dos principais fatores que contribuem para a
mortalidade de Micro e Pequenas Empresas, é a falta de planejamento. Apresentamos
proposições baseadas em pesquisas buscando a redução desta mortalidade, auxiliando o novo
empreendedor no processo de abertura de uma empresa.
No primeiro capítulo destacamos a importância do Tema escolhido, algumas fundamentações
teóricas que justificam o sucesso de sua prática e a aplicabilidade no desenvolvimento do
projeto. Segundo Oliveira (1998), planejamento estratégico é uma metodologia gerencial que
permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando melhor grau de
interação com o ambiente, considerando a capacitação da organização para este processo de
adequação.
O segundo capítulo está relacionado à Empresa, onde deparamos com aspectos fundamentais
a serem cuidados através de conhecimentos técnicos dos Gestores, partindo da hipótese de
que entre estes se traduz a administração como imprescindível para a existência,
sobrevivência e sucesso das organizações.
No terceiro capítulo indicamos o Plano Operacional, onde mostramos como serão os serviços
prestados, a importância da localização e os aspectos físicos e ambientais; a abordagem
adotada para assegurar a qualidade dos atendimentos; o controle do sistema produtivo; as
definições na administração da Estrutura Organizacional e, o sistema de gestão da Empresa.
No quarto capítulo definem-se as Estratégias de Vendas, analisando esse modelo relacionando
as necessidades e expectativas dos consumidores quanto à empresa; o processo de seleção e a
relação comercial com os fornecedores; a pesquisa de mercado para a análise e definição dos
preços a serem praticados.
No quinto capítulo apresentamos o Plano de Marketing onde são identificadas as
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oportunidades que podem gerar bons resultados para a organização, mostrando como
ingressar com sucesso e obter as posições desejadas no mercado, estabelecendo objetivos,
metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico geral,
através de estudos de mercado, estratégias de preço, de propaganda, projeções das vendas e o
serviço pós-vendas.
O sexto capítulo contempla o Plano Financeiro onde apresentamos os tópicos referentes às
necessidades de capital para os investimentos iniciais de mobilização da empresa, projetamos
os resultados, consideramos as receitas, os custos previstos e as análises componentes da parte
financeira do negócio, tais como o fluxo de caixa, o balanço patrimonial, finalizando com a
análise do investimento projetado, utilizando-se de técnicas mais exigidas no mercado
atualmente.
16
1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Planejamento estratégico é um conceito que diz respeito a todos os setores de uma empresa.
Uma decisão estratégica quer dizer que a empresa terá de ter uma nova maneira de distribuir
ou utilizar todos os recursos básicos que dispõe, porém, nem toda decisão estratégica é de
longo prazo. São decisões que podem ser de nível tático ou operacional, onde a participação é
feita diretamente da parte superior da empresa. Segundo o autor Gray (1986):
Planejamento estratégico define-se normalmente pela alocação de recursos calculados para atingir determinados objetivos, num ambiente competitivo e dinâmico. Gerenciamento estratégico, por sua vez, encara o pensamento estratégico como fator inerente a condução dos negócios, e o planejamento estratégico como instrumento em torno do qual todos os demais sistemas de controle-orçamento, informações, estruturas organizacional - podem ser integradas. (cf. Dowel H. Gray, op. Cit.).
Em nosso plano de negócio faremos a demonstração do planejamento estratégico para a
empresa ABSOLUTA HOME CARE, onde mostraremos nosso plano de preparação da
empresa.
Um dos pressupostos da estratégia empresarial que usaremos a nosso favor é o fato de que o
raciocínio estratégico deve interligar a situação externa com a capacidade interna da
organização. Em primeiro momento, faremos uma formulação estratégica para considerar as
variáveis ambientais externas que influenciam a organização, para identificar aquelas que
concorrem para sua vulnerabilidade interna e seus pontos fortes necessários para o
aproveitamento das oportunidades que o mercado oferece. No momento seguinte faremos a
definição estratégica apropriada para promover a inserção da organização no futuro desejado,
que ocorrerá a partir da implantação de mudança organizacional.
A necessidade de um processo decisório ocorrerá antes, durante e depois da elaboração e
implementação na empresa. Esse processo de tomada de decisões deverá conter, ao mesmo
tempo, os componentes individuais e organizacionais, bem como tal ação deve ser orientada
de maneira que garanta certa confluência de interesses dos diversos fatores alocados no
ambiente da empresa.
Segundo pesquisa “Mortalidade de Empresas em São Paulo 1997- 2007”, realizada pelo
SEBRAE, a cada ano, das 134 mil empresas abertas no estado de São Paulo, quase 88 mil não
completam 12 meses de atividades. Ela indica ainda índices muito altos de mortalidade, e o
crescimento da preocupação do empreendedor em avaliar melhor seu perfil pessoal, realizar o
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planejamento do negócio e buscar informação antes de investir seus recursos num
empreendimento.
O último levantamento realizado pelo SEBRAE-SP indica que 27% das empresas fecham no
primeiro ano, 38% encerram suas atividades até o segundo ano, 46% fecham antes do terceiro
ano, 50% não concluem o quarto ano, 62% fecham até o quinto ano e 64% encerram suas
atividades antes de completar seis anos de atividade (Figura 1).
Figura 1 – Taxa de Mortalidade das empresas (Fonte: Observatório das MPEs do SEBRAE - SP)
As principais causas da mortalidade das empresas Paulistas foram:
a) Comportamento empreendedor: mostra uma evolução positiva em relação as
características empreendedoras, conhecimentos, habilidades e atitudes vem sendo
aprimoradas;
b) Planejamento Prévio: ainda é deficiente para muitos empreendedores, identificou-se
no último levantamento um aumento no tempo médio de planejamento das empresas, antes
da sua abertura, assim como a qualidade do planejamento, com uma maior proporção de
empresários realizando levantamento maior de informações sobre os principais itens do seu
“plano de negócios”.
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c) Gestão Empresarial: as deficiências na gestão do negócio, após a abertura, continuam
presentes e precisam ser melhoradas (ex: aperfeiçoamento de produtos, fluxo de caixa,
divulgação, gestão de custos, etc.);
d) Políticas de Apoio: tributos, burocracia, créditos e políticas de compras, podem ser
aprimorados;
e) Conjuntura Econômica: crescimento da economia, estabilidade de preços e
recuperação da renda precisam ser mantidos;
f) Problemas Pessoais: problemas de saúde, particulares, com sócios, de sucessão e
criminalidade continuam prejudicando os negócios.
No aspecto do planejamento (Quadro 1), verificou-se um aumento do período dedicado pelos
empresários a esta atividade, antes da efetiva abertura do negócio, passando de sete meses
para doze meses no levantamento e sistematização de informações. Os itens analisados foram:
condições dos fornecedores, número de concorrentes, número de clientes e hábitos de
consumo, qualificação da mão-de-obra, aspectos legais do negócio, localização e valor do
investimento. Levando em consideração esses sete itens, verificou-se que 53% das empresas
constituídas em 2000 conheciam ou levantaram informações antes da abertura do negócio. Já
nas empresas constituídas em 2005, 69% das empresas conheciam esses itens ou levantaram
informações antes da abertura do negócio.
Quadro 1 – Evolução do Planejamento (Fonte: Observatório das MPEs do SEBRAE-SP)
(*) Média de sete itens de planejamento (qualificação de mão-de-obra, número de clientes e hábitos de consumo, número de concorrentes, localização, aspectos legais do negócio, condições dos fornecedores e valor do investimento)
Uma grande parcela dos empresários desconhece informações de grande importância sobre
seu negócio. No período anterior à abertura (Figura 2), 46% desconhecem o número de
clientes que teriam e seus hábitos de consumo, 32% não conhecem quem seriam seus
fornecedores ou como eles trabalham em termos de preços e prazos de pagamento, 29% não
sabe qual seria o valor do investimento e os custos envolvidos para abrir e manter seu
negócio, 29% não tem conhecimento sobre o número de concorrentes que sua empresa teria
19
que enfrentar, 28% não levanta informações sobre os aspectos legais, 27% ignoram qual seria
a melhor localização para o negócio e 26% não conhecem e não levantam informações sobre a
qualificação necessária da mão-de-obra.
Verifica-se que, em média, 31% dos empresários não conhecem e não levantam informações
sobre os itens básicos do plano de negócios. Isso mostra que houve uma melhora no aspecto
dos itens que compõem um planejamento antes da abertura, em relação a pesquisas anteriores
onde 46% dos empresários não conheciam ou levantavam informações (SEBRAE 2004).
Porém, ainda assim, a parcela de empresários que abrem seu negócio sem levantar
informações continua muito elevada (em média, um terço dos empresários). Outro aspecto a
considerar é a qualidade desse planejamento, que nem sempre é muito boa.
Figura 2 – Falta de planejamento antes da abertura (Fonte: Observatório das MPEs do SEBRAE – SP)
Na avaliação sobre os fatores mais importantes para a sobrevivência das empresas (Figura 3),
um bom planejamento antes da abertura é o fator mais citado (32%), seguido pelas políticas
governamentais de apoio aos pequenos negócios (26%) e uma boa gestão do negócio após a
abertura (19%). Observa-se que o fato do planejamento prévio ser o item mais citado pelas
empresas encerradas implica de certa forma, um reconhecimento das próprias falhas
cometidas por esse grupo de empreendedores.
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Figura 3 – Fatores Mais Importantes para a Sobrevivência da Empresa (Fonte: Observatório das MPEs do
SEBRAE – SP)
A identificação das causas da mortalidade das empresas precisa ser feita a partir de uma
perspectiva mais ampla. Assim, a partir da análise das informações apresentadas até aqui, é
possível concluir que o fechamento das empresas não está associado a apenas um ou dois
fatores principais. Ao contrário, freqüentemente está associado a um conjunto de fatores que,
de forma cumulativa, podem ampliar as chances de fechamento.
É possível evoluir no sentido de obter reduções adicionais de taxas de mortalidade,
estimulando o novo empreendedor, a realizar o planejamento do negócio, antes da sua
abertura a partir da elaboração de um Plano de Negócio, que permite sistematizar amplo
conjunto de variáveis relevantes sobre o negócio, possibilitando prever problemas e/ou
gargalos sobre os quais é possível definir ações preventivas ou que permitam antecipar
soluções, ampliando as chances de sucesso.
1.1 As cinco dimensões do planejamento
Os conceitos usados na elaboração do planejamento estratégico serão as cinco dimensões
estabelecidas por Steiner (1969):
1ª. Dimensão: corresponde ao assunto abordado. A inserção de uma empresa no mercado.
21
2ª. Dimensão: corresponde aos elementos do planejamento. Princípios gerais - contribuição
aos objetivos, precedência do planejamento, maior penetração e abrangência, maior
eficiência, eficácia e efetividade – Princípios específicos – participativo, coordenado,
integrado e permanente.
3ª. Dimensão: corresponde a dimensão do tempo do planejamento. Durabilidade tempo de
inserção e mudanças empresariais.
4ª. Dimensão: correspondem as unidades organizacionais. Implementação de participações de
pessoal no planejamento estratégico com participações no lucro.
5ª. Dimensão: correspondem as características do planejamento. Ao mesmo tempo
participativo e coordenado.
Steiner (1969) ainda salienta que elas permitam visualizar a amplitude do assunto
planejamento. Como conseqüência o planejamento pode ser conceituado como um processo,
considerando os aspectos abordados pelas dimensões anteriormente apresentadas,
desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e
efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.
1.2 Natureza e conceituação das fases do planejamento
No quadro a seguir mostraremos uma projeção da empresa no mercado, com fatores a serem
seguidos e estimulados pelos gestores, com a intenção de não deixar a empresa entrar na
última fase que é o declínio. Por isso serão acompanhados os estágios de implementação no
mercado.
Estágio da empresa no mercadoFator dominante das estratégias de maior êxito em cada
estágio
Inserção no mercado Procurar sempre qualidade baseada em lideranças inovadoras.
Projeção de crescimento
Recursos financeiros para garantir a expansão. Capacidade para
formular e implementar estratégias solidas – Habilidade gerencial
– Eficiência da organização/ estrutura.
Declínio ou retomada Ações dilatórias para conservar e manter a empresa no mercado.
Quadro 2 - Evolução da empresa no mercado e metas estipulados como objetivos. Fonte: (GRACIOSO,2007).
22
1.3 Tipos de planejamento
Os planejamentos adotados pela empresa serão mercadológicos operacionais e
organizacionais. Na tabela a seguir veremos como serão feitos e implantados os níveis de
planejamento:
Planejamento
estratégicoTipo
1º fase do
Planejamento
2º fase do
Planejamento
3º fase do
Planejamento
4º fase do
Planejamento
Mercadológico TáticoPesquisa de
mercado
Plano de preços e
produtos
Plano de
promoção
Plano de vendas
de serviços e
revenda de
produtos
Financeiro TáticoPlano
orçamentário
Plano de
investimento
Plano de
despesas
Plano de fluxo de
caixa e
investimento
Produção Operacional
Plano de
utilização de mão-
de-obra
Plano de expedição
de produtos
Plano de
estoques
Capacidade de
produção e
controle de
qualidade
Recursos humanos Tático
Plano de
capacitação
interna
Plano de
recrutamento e
seleção
Plano de
treinamento
Plano de cargos e
salários e
promoções
Organizacional TáticoPlano de estrutura
organizacional
Plano de rotinas
administrativas
Plano diretor de
sistemas
Plano de
informações
gerenciais e
comunicações
Quadro 3 - Fases do crescimento e implementação organizacional. (Fonte: GRACIOSO, 2007)
De acordo com a tabela acima definimos como alternativas construtivas, a busca de
aplicações imediatas, resultados expressivos e implementações estabelecidas pelo Plano de
Negócio da empresa.
1.3.1 Plano de Negócio
O Plano de Negócios é composto por várias seções que se relacionam e permitem um
entendimento global do negócio de forma escrita e em poucas páginas. Este padrão de
estrutura foi definido com base em estudos e observação de empreendimentos reais.
Alguns aspectos devem ser cuidadosamente considerados e analisados na elaboração de um
PN, tais como:
23
a) Identificar uma necessidade
Só uma boa idéia não é suficiente para garantir o êxito do projeto. O importante é aproveitar
uma idéia aparentemente sedutora e saber como colocá-la em prática. Há uma grande
distância a ser percorrida entre imaginar um avião supersônico e fazê-lo decolar. O que conta
não é ser o primeiro a ter uma idéia, mas ser o primeiro a identificar uma necessidade de
mercado e saber como atendê-la, antes que os outros o façam.
b) Provar a Vantagem Competitiva
É preciso provar por que o empreendimento é especial. Para chamar atenção para o projeto,
dentre tantos que existem por aí, prove a vantagem competitiva, o que os patrocinadores ou
potenciais associados querem é visualizar o retorno social e econômico do empreendimento,
deve-se mostrar se a proposta vai atingir os diferentes objetivos.
c) Definir o Foco
É preciso saber exatamente o que se quer fazer. Um bom plano de negócios vai direto ao
ponto e permite que até um leigo perceba o valor daquilo que está sendo proposto.
d) Ser Realista
Não adianta fazer um plano de negócios com números recheados de entusiasmo,
completamente fora da realidade. O planejamento deve ser realista, com metas palpáveis,
baseadas em dados confiáveis e conhecimento de causa.
e) Mapear o Mercado
Com mapeamento do mercado poderá descobrir brechas onde não atuam e conquistar essa
fatia do mercado. Pode-se mapear como os competidores atuam, qual sua política de preços,
de distribuição, métodos gerenciais, estratégia de marketing, quem lidera, por que e,
principalmente, a identificação dos pontos fracos.
f) Analisar as conjecturas
O plano de negócios é um exercício de conjecturas, mas não deve ser baseado em “achismo”
e no “opiniático”. Os problemas devem ser previstos ainda na elaboração.
g) Expor todos os riscos no plano
O risco é inerente ao mundo dos negócios. Uma série de dificuldades surge inevitavelmente
na trajetória de qualquer empresa. Estar preparado para enfrentar os problemas já é uma
24
grande coisa. Assim, é preciso expor todos os riscos no plano de negócios. Basicamente, os
riscos do negócio referem-se aos aspectos descritos a seguir:
Sazonalidade – caracteriza-se pelo aumento ou redução significativos da demanda
pelo produto, em determinada época do ano. Os negócios com maior sazonalidade são
perigosos e oferecem riscos que obrigam os empreendedores a manobras precisas.
Quando em alto grau, considera-se fator negativo na avaliação do negócio.
Efeitos da economia – a análise da situação econômica constitui questão importante
para a avaliação da oportunidade de negócio, já que alguns são gravemente afetados,
por exemplo, por economias em recessão.
Controles governamentais – setores submetidos a rigorosos controles do governo,
nos quais as regras podem mudar com freqüência, oferecem grande grau de risco e são
pouco atraentes para pequenos investidores.
Existência de monopólios – alguns empreendimentos podem enfrentar problemas por
atuar em áreas em que haja monopólios formados por operações que dominam o
mercado, definindo as regras do jogo comercial. No Brasil, a comercialização de
pneus, produtos químicos em geral e tintas constitui exemplo de segmentos
monopolizados.
Setores em estagnação ou retração – nesses setores, há procura menor que a oferta
de bens/serviços, o que torna a disputa mais acirrada. Nas épocas de expansão e
prosperidade de negócios, ao contrário, novos consumidores entram no mercado,
promovendo a abertura de novas empresas.
Barreiras à entrada de empresas – obstáculos relacionados com: exigência de muito
capital para o investimento; alto e complexo conhecimento técnico; dificuldades para
obtenção de matéria-prima; exigência de licenças especiais; existência de contratos,
patentes e marcas que dificultam a legalização da empresa.
h) Avaliar a atratividade do negócio
O ramo de atividade – É preciso conhecer alguns dados elementares sobre o ramo em
que se pretende atuar e as possibilidades de atuação no segmento.
O mercado consumidor – O estudo do mercado consumidor é importante para o
empreendimento, pois abrange as informações necessárias para a identificação dos
prováveis compradores. O que produzir, de que forma vender, qual o local adequado
25
para a venda, qual a demanda potencial para o produto. Essas são algumas indagações
que podem ter respostas mais adequadas quando se conhece o mercado consumidor.
O mercado fornecedor – Para iniciar e manter qualquer atividade empresarial, a
empresa depende de seus fornecedores (mercado fornecedor). O conhecimento desse
mercado se reflete nos resultados pretendidos pela empresa. Mercado fornecedor é
aquele que fornece à empresa os equipamentos, máquinas, matéria-prima, mercadorias
e outros materiais necessários ao seu funcionamento.
O mercado concorrente – O mercado concorrente compõe-se das pessoas ou
empresas que oferecem mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes aos que se
pretende oferecer. Esse mercado deve ser analisado de maneira que sejam
identificados: quem são os concorrentes, quais mercadorias ou serviços oferecem,
quais são as vendas efetuadas, quais os pontos fortes e fracos e qual o nível de
fidelidade da clientela em relação à concorrência.
Definir os produtos ou serviços a serem prestados – É importante conhecer e definir
qual a utilização do seu produto/serviço e oferecê-los atendendo às necessidades de
seu mercado.
Analisar a localização da empresa – Onde montar o negócio. Essa escolha pode
significar a diferença entre o sucesso ou o fracasso de um empreendimento.
Conhecer marketing – Marketing é um conjunto de atividades desenvolvidas pela
empresa para que atenda desejos e necessidades de seus clientes. As atividades de
marketing podem ser classificadas em áreas básicas, que são traduzidas nos 4Ps:
Produto, Pontos de Venda, Promoção (Comunicação) e Preço.
Processo operacional – Este item trata do ‘como fazer’. Devem ser abordadas
questões como: que trabalho será feito e quais as fases de fabricação/venda/prestação
de serviços; quem fará; com que material; com qual equipamento; quando será feito. É
preciso verificar quem possui conhecimento e experiência no ramo: o empreendedor,
um futuro sócio, um profissional contratado etc.
Projeção do volume de produção, de vendas ou de serviços - É prudente que se
considere a necessidade e a procura do mercado consumidor; os tipos de mercadorias
ou serviços a serem colocados no mercado; a disponibilidade de pessoal; a capacidade
dos recursos materiais - máquinas, instalações; a disponibilidade de recursos
financeiros; a disponibilidade de matéria-prima, mercadorias, embalagens e outros
26
materiais necessários.
Projeção da necessidade de pessoal – Identificação do número de pessoas
necessárias para o tipo de trabalho e que qualificação elas deverão ter.
Análise financeira – É uma estimativa do resultado da empresa, a partir de dados
projetados, bem como uma projeção do capital necessário para começar o negócio,
pois há de fazer investimento em local, equipamentos, materiais e despesas diversas,
para instalação e funcionamento inicial da empresa.
Um Plano de Negócios é essencial para alcançar o sucesso de uma empresa, é um dos
melhores instrumentos para traçar um retrato fiel do mercado e do produto. O conhecimento
de alguns aspectos da empresa permite avaliar o grau de atratividade do empreendimento,
subsidiando a decisão na escolha do negócio que pretende desenvolver. Avaliar o ramo de
atividade, definir produtos e analisar o local de estabelecimento constitui algumas medidas
que o empreendedor tem de levar em consideração na hora de montar o seu negócio.
Assim, acredita-se que esta estrutura proposta nos capítulos subseqüentes está adequada ao
propósito deste trabalho, que foca a importância do Planejamento para um empreendimento.
Cada seção está explicada em detalhes visando tornar a tarefa de escrever o Plano de
Negócios de uma maneira simples e organizada.
2 A EMPRESA
27
A ABSOLUTA HOME CARE será uma empresa do ramo de serviço de atendimento de salão
de beleza em domicílios, empresas, hotéis e eventos, proporcionando um atendimento
diferenciado. Tem como missão a inovação, percebida pela sublimidade na prestação de
serviços estéticos, buscando maximizar seu valor e antecipar o melhor para o cliente.
Peter Drucker (2008) afirmava que a empresa que conseguir vender o produto/serviço certo,
para o cliente certo, com a distribuição adequada, por um preço adequado e no momento
oportuno, verá seus esforços de venda reduzirem-se a quase zero, ou seja, a venda tornar-se-a
automática em função de a demanda ter sido corretamente equacionada e trabalhada.
Atualmente em processo de desenvolvimento o projeto, tem o propósito de inovar seguindo
uma nova tendência do mercado, a preocupação cada vez maior, com a saúde e a beleza,
disponibilizando seus serviços, ao menor custo possível, no momento e no local adequado de
forma que seus clientes possam ter um atendimento personalizado, satisfazendo assim, suas
necessidades e/ou desejos com serviços diversificados, no local escolhido por ele, oferecendo
praticidade, qualidade e inovação em produtos, com profissionais habilitados.
A empresa firmará parceria com fornecedores cujo objetivo é manter e desenvolver
relacionamentos de longo prazo e gerar benefícios mútuos. O planejamento de marketing e a
análise de mercado indicam um excelente nicho, o público com necessidades especiais, que
demanda de um tratamento especialmente desenvolvido para acolhê-lo. Para determinar
nossos preços, levamos em consideração os custos operacionais, e o praticado pelos
concorrentes, cujo posicionamento se assemelha ao padrão que pretendemos praticar.
A empresa está estruturada de forma a possibilitar inovação, praticidade, excelência no
atendimento e lucratividade, será localizada na cidade de Santos, tal local foi escolhido em
função de proporcionar facilidade de acesso e um interessante nicho de mercado, conta com
empreendimentos que usaremos a favor da construção de novas parcerias, tais como:
Shoppings, Hotéis, Hospitais, Clubes, etc.
Na cidade existem muitos concorrentes indiretos, pelo valor cobrado, e pela fidelidade dos
clientes, mas executam eventualmente atendimentos domiciliares, ao contrário de nossa
Empresa que tem o foco no atendimento domiciliar.
2.1 Constituição Jurídica
28
Para a descrição da forma jurídica de constituição da empresa e questões legais relacionadas,
tomamos por base as três principais alternativas que são: a empresa limitada, a sociedade por
cotas e a sociedade anônima, embora haja muitas variações que merecem destaque dentro
destes tipos de constituição da empresa, consideramos as questões mais importantes no
âmbito da Constituição Jurídica, tais como:
a) Como a empresa será juridicamente constituída (empresa individual, sociedade por quotas
de responsabilidade limitada, sociedade anônima comum ou unidade de negócios de uma
corporação);
b) Quais as implicações jurídicas dos débitos da forma de constituição escolhida;
c) Quais as vantagens e desvantagens tributárias dessa forma de constituição;
d) Qual é a data da incorporação;
e) Que advogado ou escritório jurídico foi selecionado para representar a empresa;
f) Que tipo de relacionamento existe com esse advogado ou escritório jurídico;
g) Que questões legais são significativas atuais ou potencialmente;
h) Que licenças/permissões podem ser exigidas.
A constituição de uma empresa se dá por ocasião da assinatura do seu contrato social, e
correspondente registro nos órgãos competentes no prazo de 30 dias, a contar da data inicial
da mesma. Uma vez com toda documentação necessária, e com os respectivos talões de notas
fiscais (de comercialização de produtos/mercadorias ou de serviços) a empresa está apta a se
considerar no mercado.
As sociedades que se enquadrarem no Estatuto da Micro e Pequena Empresa, poderão se
caracterizar como Micro-Empresas ou Empresas de Pequeno Porte.
O uso da expressão ME ou EPP ao final do nome das empresas, significa dizer que as mesmas
se enquadram nas características e condições de usufruir dos benefícios desse tipo de
sociedade que tem faturamento dentro dos limites acima.
Quanto a possibilidade de utilização de regimes especiais de tributação observou-se as regras
da legislação de regência, para análise da possibilidade do enquadramento de regimes
29
especiais de tributação, como o denominado imposto SIMPLES NACIONAL (Decreto
6.451/2008, regulamenta o art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006,
que dispõe sobre a constituição do Consórcio Simples por Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional).
O Simples Nacional possui as seguintes características:
a) Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios).
b) É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria
da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos
Municípios.
c) Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições:
Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte;
Cumprir os requisitos previstos na legislação; e
Formalizar a opção pelo Simples Nacional.
d) Características principais do Regime do Simples Nacional:
Ser facultativo;
Ser irretratável para todo o ano-calendário;
Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a
Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da
pessoa jurídica;
Apuração e recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de
arrecadação;
Disponibilização às ME e às EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do
valor mensal devido;
Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e
fiscais;
Vencimento:
I - até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente àquele em que
houver sido auferida a receita bruta, para os fatos geradores ocorridos até 28 de
fevereiro de 2009;
30
II - até o dia 20 do mês subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita
bruta, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2009.
Possibilidade de os Estados adotarem sublimites de EPP em função da respectiva participação
no PIB.
A ABSOLUTA HOME CARE será uma empresa do ramo de prestação de serviços, com seu
limite de faturamento até R$ 1.200.000 por ano, sendo constituída desta forma em razão de
Empresa de Pequeno Porte (EPP), de acordo com a Lei Complementar 123/2006, Art.3º, que
instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). (LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006).
Nas pequenas empresas, os aspectos informacionais se tornam indispensáveis devido à
fragilidade financeira, operacional e gerencial que envolve esse tipo de empreendimento. Por
esse motivo, a informação pode ser considerada como um dos ativos mais valiosos para esses.
Daí surge à necessidade de que a escrituração contábil seja feita a tempo e de forma eficaz,
pois com o resultado desta serão elaborados demonstrativos que permitirão a análise dos
custos e dos resultados da empresa.
A estrutura de uma organização, independentemente do porte, para ser dinâmica precisa se
utilizar dos elementos informacionais, pois são eles que tornam possíveis os ciclos de
planejamento, coordenação e controle das atividades, o que importa dizer que são as inúmeras
informações oriundas dos diversos sistemas de informações, sobretudo o contábil, presentes
na organização, é que tornam viável o ciclo gerencial. Pode-se entender que o desempenho da
organização está vinculado fortemente à qualidade dos seus sistemas de informações e à
capacidade de usar adequadamente as informações nas tomadas de decisão.
Portanto, compreender a importância da informação contábil é vital, para o pequeno
empresário, pois muitas das dificuldades encontradas nas organizações podem ser atribuídas à
precariedade da utilização da informação ou até mesmo, em alguns casos, à desinformação,
em particular, com relação às áreas administrativa e contábil-financeira. Sem compreensão da
31
importância da escrituração contábil atualizada e de qualidade, o empresário tende a
subutilizar os serviços contábeis, exigindo apenas as guias de impostos e folhas de pagamento
de pessoal, reduzindo drasticamente o papel do contador a um simples “despachante”.
Entretanto, com o advento da Lei Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006, que criou a
figura da “Contabilidade Simplificada”, que, com a regulação do Comitê Gestor do Simples
Nacional (CGSN), nada mais é que a utilização de um plano de contas simplificado ou
direcionado à especificidade desta ou daquela empresa, podendo substituir a utilização do
Livro Caixa. Essa modalidade de escrituração, não desobriga as empresas de manterem
escrituração regular em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e
Normas Brasileiras de Contabilidade, em que são observados os critérios quanto às
formalidades, documentação, temporalidade dos documentos, filiais, balancete e
contabilização em forma eletrônica. A escrituração dos fatos contábeis deve refletir a
realidade dos negócios efetivamente praticados e posteriormente resumidos e apresentados
aos diversos usuários em forma de demonstrativos.
A empresa utilizará assessoria contábil, cujos trabalhos serão acompanhados através de
Balanços Financeiros. Os documentos serão identificados através de numeração seqüencial e
arquivados em sistema eletrônico por data/mês, durante um prazo de 10 (dez) anos.
2.2 Visão
A etapa mais importante do planejamento é estabelecer uma “Visão de Futuro” clara,
compreensiva, sucinta e realista. A visão deve estar relacionada com o que a empresa quer se
tornar no futuro, daqui a cinco ou dez anos. Por ser uma das primeiras e mais importante fase
do planejamento estratégico merece destaque e atenção. Para que a declaração de Visão seja
eficiente, ela deve seguir os seguintes princípios:
a) Em poucas palavras deve capturar a essência, a idéia central da visão;
b) Deve deter o que torna a empresa capaz, diferentemente das outras, de alcançar a meta
visualizada;
c) Deve haver consenso entre os membros da organização. Eles devem propagar o “orgulho”
de trabalhar para empresa e transformá-lo em resultados;
d) A visão deve ir além dos limites da organização quando relacionados as suas
competências atuais;
32
e) A visão deve ser real e compreensiva.
Através da Visão da Empresa, temos que motivar nossos colaboradores a lutar por uma causa
empregando os valores como ferramenta.
Outro objetivo da visão é articular como será o ambiente competitivo. Portanto, assegurar que
a visão não leve a empresa a uma zona de concorrência.
Os grandes navegadores sempre sabem onde fica o norte. Sabem aonde querem ir e o que fazer para chegar a seu destino. Com as grandes empresas acontece a mesma coisa: elas têm Visão. É isso que lhes permite administrar a continuidade e a mudança simultaneamente. (COLLINS E PORRAS, 2007, 408 pgs.)
Uma visão pode fornecer um mapa da direção futura e gerar entusiasmo por essa direção.
Pode estabelecer a ordem e fornecer critério para medição do êxito. Mas, para ser realmente
eficaz, a visão deve ser coerente e criar uma imagem identificável do futuro, ser convincente e
gerar comprometimento com o desempenho, enfatizar o que pode e esclarecer o que deve ser.
A Visão da ABSOLUTA HOME CARE é representada da seguinte forma:
“Ser uma empresa reconhecida pelos colaboradores, fornecedores e clientes, como referência
no tratamento estético e bem estar pessoal. Superar expectativas e provocar encantamento e
fidelização dos clientes.”
2.3 Missão
A declaração de missão não estabelece ou expressa fins quantitativos, mas prevê motivação,
orientação, imagem, e filosofia que guiam a empresa. Além disso, aponta um caminho para o
futuro, faz com que a empresa queira chegar lá, e deve representar as maiores esperanças e
sonhos da empresa, deve captar o propósito da empresa e traçar um quadro atraente da
mesma. A missão diz respeito ao relacionamento da empresa com seus clientes, fornecedores
e colaboradores.
Uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou produto que faz; ela se define pela sua missão. Somente uma definição clara da missão é razão de existir da organização e torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa. (DRUCKER, 2008).
A partir de uma MISSÃO bem clara e definida é possível estruturar a organização e nortear a
atuação dos funcionários de forma que fique mais fácil a compreensão do todo e as estratégias
percorridas para o seu alcance, tornando mais objetiva a colaboração dos funcionários e os
esforços mútuos na direção dos objetivos empresariais. Como a Missão é a expressão da razão
33
da existência da empresa, em um ambiente em crescente mutação, é fundamental dotá-la de
flexibilidade para que possa acompanhar as mudanças ambientais. A ABSOLUTA HOME
CARE atuará cumprindo a seguinte missão:
“Fornecer serviços de elevada qualidade de forma responsável e ética, respeitando e
satisfazendo clientes, funcionários e fornecedores, buscando continuamente maximizar seu
valor e antecipar o melhor para o cliente.”
2.4 Valores
Valores são os princípios que regem as ações e decisões da empresa, segundo os quais ela
age, é preciso distinguir bem entre valores e crenças. Uma crença é algo em que se acredita
como sendo certo, justo ou bom. Um valor, por sua vez, é uma crença segundo a qual se age.
Portanto, uma crença está sempre associada ao pensar, enquanto um valor sempre ao agir.
Esses valores devem ser coerentes com as necessidades de seus clientes e outras partes
interessadas, como acionistas e funcionários, fornecedores, comunidade, etc. Para alcançar
nosso objetivo e visão atuamos com os seguintes valores:
a) Competência: buscando níveis de conhecimento cada vez maiores.
b) Satisfação: trabalhando com orgulho e prazer
c) Desempenho: promovendo resultados que atendam e superem as expectativas de nossos
empregados, clientes e fornecedores. Nosso sucesso é avaliado pela satisfação de nossos
clientes, atendendo às suas expectativas e reunindo os recursos para encantá-los.
d) Participação e Coordenação: cultivando um ambiente onde prevaleça o trabalho em equipe
e o respeito às opiniões, favorecendo a criatividade e a iniciativa.
e) Disciplina: cumprindo normas e padrões que garantam a estabilidade dos processos.
f) Comprometimento: cultivando a lealdade e integrando as ações que priorizem os objetivos
globais da empresa.
g) Inovação: ser uma empresa sintonizada com as tendências do mercado, garantindo aos
clientes soluções atuais e personalizada.
h) Lucratividade: a rentabilidade é a medida do nosso desempenho. O lucro garante a
remuneração dos sócios, o desenvolvimento da empresa e o bem-estar dos profissionais
que nela trabalham.
34
2.5 Organograma
Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização, mostram
como estão dispostas unidades funcionais, a hierarquia e as relações de comunicação
existentes entre estes.
Os órgãos ou departamentos são unidades administrativas com funções bem definidas.
Exemplos de órgãos: Tesouraria, Departamento de Compras, Portaria, Biblioteca, Setor de
Produção, Gerência Administrativa, Diretoria Técnica, Secretaria, etc. Os órgãos possuem um
responsável, cujo cargo pode ser chefe, supervisor, gerente, coordenador, diretor, secretário,
governador, presidente, etc. Normalmente tem colaboradores (funcionários) e espaço físico
definido. Num organograma, os órgãos são dispostos em níveis que representam a hierarquia
existente entre eles. Em um organograma vertical, quanto mais alto estiver o órgão, maior a
autoridade e a abrangência da atividade. A seguir alguns Tipos de Organogramas:
a) Clássicos - também chamado de vertical. É o mais comum tipo de organograma, elaborado
com retângulos que representam os órgãos e linhas que fazem a ligação hierárquica e de
comunicação entre eles.
b) Não clássicos - São todos os demais tipos como abaixo:
Em barras - representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base
vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à importância da
autoridade que o representa.
Em setores (setorial, setograma) - são elaborados por meio de círculos concêntricos, os
quais representam os diversos níveis de autoridade a partir do círculo central, onde
localiza-se a autoridade maior da empresa.
Radial (solar, circular) - o seu objetivo é mostrar o macrossistema das empresas
componentes de um grande grupo empresarial.
Lambda - apresentam, apenas, grupos de órgãos que possuam características comuns.
Bandeira - apresentam grupos de órgãos que possuem uma missão específica e bem
definida na estrutura organizacional, normalmente em quatro níveis.
Organograma Linear de Responsabilidade (OLR) - possui um diferenciador em
relação aos demais organogramas, pois a sua preocupação não é apresentar o
35
posicionamento hierárquico, mas sim o inter-relacionamento entre diversas atividades
e os responsáveis por cada uma delas.
Informativo - apresenta um máximo de informações de diversas naturezas
relacionadas com cada unidade organizacional da empresa.
Hoje muitas empresas estão buscando transmitir a seus colaboradores a necessidade de se
colocar os clientes no centro das atenções de toda a organização. A ABSOLUTA HOME
CARE adota um modelo que exige que todos na organização conheçam quem faz o que e
como podem ser acionados para que o cliente seja atendido no menor espaço de tempo, por
esse motivo adotamos o Organograma Linear de Responsabilidades (OLR). A relação inter-
funcional é cíclica, não hierárquica, possibilitando que ao se detectar uma necessidade de um
cliente seja por um colaborador ou líder e que exija uma decisão ou ação de um gerente ou
diretor, estes possam ser acionados diretamente por aquele que identificou a necessidade do
cliente de forma que esta seja atendida no menor tempo possível, o que possibilita um nível de
integração e velocidade na tomada de decisões adequadas às suas atividades.
Organograma Linear de Responsabilidades
.
Figura 4 – Organograma da Empresa (Criado pelos Autores – 2009)
2.6 Análise Swot
A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário ou análise de
ambiente, sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma empresa,
36
mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de
cenário, desde a criação de uma microempresa à gestão de uma multinacional.
Não há registros precisos sobre a origem desse tipo de análise, por outro lado, algumas
bibliografias indicam que a idéia já era utilizada há mais de três mil anos por um conselho de
Sun Tzu: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e
proteja-se contra as ameaças ” (SUN TZU, 500 a.C.). Apesar de bastante divulgada e citada
por autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema.
Esta análise de cenário se divide em ambiente interno (Forças e Fraquezas) e ambiente
externo (Oportunidades e Ameaças) que afetam a empresa no cumprimento de sua Missão.
As Oportunidades são situações externas atuais ou futuras que, se adequadamente
aproveitadas pela empresa, podem influenciá-la positivamente. São situações concretas ou
potenciais que podem afetar positivamente a empresa. As Ameaças são situações externas,
atuais ou futuras, que, se não eliminadas, minimizadas ou evitadas pela empresa, pode afetá-
las negativamente. Exemplo: Leis acerca do meio ambiente (água, reserva legal, embalagens
agrotóxicos), mercado externo e subsídios (ALCA, MERCOSUL).
Os Pontos Fortes ou Forças são características da empresa, tangíveis ou não, que podem ser
potencializadas para aperfeiçoar seu desempenho. Já os Pontos Fracos ou Fraquezas são
características da empresa, tangíveis ou não, que devem ser minimizadas para evitar
influência negativa sobre o seu desempenho.
O pensamento de Sun Tzu (2004) pode ser utilizado para sintetizar o conceito de Análise do
Ambiente Externo e Interno da empresa:
Se conhecermos o inimigo e a nós mesmos não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos, nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas. (TZU, 2004).
O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é
resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta
forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao
máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou,
pelo menos, minimizar seu efeito.
Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não
poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com freqüência, de forma a
aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.
A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o diagnóstico e a formulação estratégica
37
propriamente dita, com a eliminação dos possíveis pontos fracos da empresa identificados em
áreas nas quais surgiram ameaças graves de concorrentes e tendências desfavoráveis em um
ambiente de negócios dinâmico.
Uma vez identificadas as principais oportunidades e ameaças enfrentadas pela empresa,
observadas no quadro a seguir, tornou-se possível analisar sua atratividade. O negócio
especulado é alto tanto em termos de oportunidades como de ameaças desde que se
capitalizem as oportunidades descobertas onde a empresa tem pontos fortes significativos,
corrija possíveis pontos fracos identificados em áreas que contêm oportunidades potenciais e,
monitore as áreas nas quais se identificou pontos fortes para não ser surpreendido no futuro
por possíveis riscos latentes.
A mudança é a única constante em qualquer negócio, setor ou mercado. Mudança constante
significa que a análise SWOT não pode ser feita uma única vez, é preciso rever a matriz
regularmente à medida que seus concorrentes crescem e o ambiente à sua volta se transforma.
É uma ferramenta extremamente útil e deve ser utilizada continuamente com o objetivo de
clarear o caminho a ser seguido e o que deve ser feito.
Apresentamos a Matriz SWOT como ferramenta de diagnóstico e a formulação estratégica da
Empresa. O cruzamento entre os quatro quadrantes de análise (Quadro 3) provê uma moldura
onde a empresa pode desenvolver melhor suas vantagens competitivas.
Entre “oportunidades” e “fraquezas”, podem-se estabelecer as bases para modificações no
ambiente interno, de modo a poder aproveitar melhor as “oportunidades”.
As ”ameaças” e “forças” representam à possibilidade de se investir na modificação do
”ambiente”, de modo a torná-lo favorável à empresa.
MATRIZ SWOT PONTOS FRACOS PONTOS FORTES
Estratégia de Sobrevivência Estratégia de Manutenção
38
E
X
T
E
R
N
O
S
AMEAÇAS
- Alto investimento em veículos, equipamentos;
- Alto custo da mão-de-obra especializada;
- Alta rotatividade de profissionais;- Não possuímos um veículo
adaptado com lavatório e outros equipamentos
- Muitos salões na cidade e na região;
- Salões informais;- Taxas de juros elevadas para
financiamento.
- Profissionais bem treinados e multicapacitados.
- Tipo de atendimento a domicílio, a idosos, acamados, e executivos diferenciados;
Estratégia de Crescimento Estratégia de desenvolvimento
OPORTUNIDADES
- Parcerias com hotéis, bufês, hospitais e clinicas de reabilitação.
- Número crescente de pessoas preocupadas, com a aparência, saúde e bem estar;
- Mercado de estética em crescimento;
- Inovação de serviços;- Qualidade dos
produtos utilizados.- Mão de obra
especializada- Pontualidade e
excelência no atendimento;- Agilidade e foco no
cliente;- Mix de serviços;- Atendimento a
domicilio.Quadro 4 – Matriz SWOT (Criado pelos Autores – 2009)
2.7 Objetivos
Os objetivos são declarações específicas que se relacionam diretamente a uma determinada
meta; fornecem detalhes do que deve ser feito e quando. Metas geralmente são associadas a
números e datas. Dessa forma, é fácil de determinar se um objetivo foi alcançado, não existem
objetivos isolados. Fora do contexto de suas metas mais amplas, eles têm significado restrito,
sendo até bastante confusos.
Algumas diretrizes para a definição de objetivos:
a. Determinar quem definirá os objetivos do negócio, os objetivos indicam o que e quando
deve ser feito e, devem contar com a participação de todos os funcionários;
b. Desenvolver um sistema para definição, revisão e administração dos objetivos em toda a
empresa;
c. Certificar-se de que os objetivos podem ser alcançados e verificados incluindo valores e
datas quando conveniente;
39
d. Criar objetivos de negócios claramente associados às metas mais abrangentes da empresa;
e. Garantir que os objetivos da empresa, em conjunto, propiciem o uso eficiente de recursos
dinheiro e pessoas em busca de intenções mais abrangentes;
f. Considerar o uso de um método formal, como o gerenciamento por objetivos, para
envolver todos os funcionários da empresa no processo contínuo de definição, revisão e
cumprimento dos objetivos de negócios.
A ABSOLUTA tem por objetivos:
a) Estar sempre a par de todas as novidades do mercado de cosmetologia. Procurar sempre
estar em contato com as novidades do mercado, através de parcerias com os fornecedores
de produtos saber sobre agendas de cursos semestrais e garantir vagas antecipadas para
atualização profissional. Fugir da comparação sempre, a briga de preço acontece quando
você pode ser comparado. Ficar sempre atento ao segmento de acessórios: Roupas,
bijuterias, jóias, maquiagem, etc.
b) Referência em atendimento especializado e com qualidade. Será realizada a partir de três
tempos específicos:
1º O Tempo Administrativo: Atendimento a fornecedores, Atualização profissional,
Organização, Gestão de funcionários, Fluxo de caixa.
2º O Tempo Pessoal: Cuidados pessoais, Problemas pessoais, Saúde física e
emocional, Contas pessoais.
3º O Tempo do Cliente: Designer, Revenda de manutenção e Atenção exclusiva.
c) Garantir a satisfação do cliente, pois custa mais caro conquistar um cliente, que mantê-lo
existente. Saber quem são nossos clientes, que serviço eles fazem e o que eles compram. A
participação dos profissionais envolvidos pode trazer valiosas informações. Muitos salões
não sabem qual o número de clientes atendidos no mês e nem quantos retornaram no mês
seguinte. Cativar, conquistar e fidelizar nossos clientes, pois eles se tornarão o maior
veículo de propaganda do salão de beleza.
d) Ter uma campanha de divulgação eficaz e reconhecida no mercado. O sucesso de um salão
é garantido por uma clientela fiel, conquistada através de um relacionamento, onde o bom
atendimento e a qualidade dos serviços sejam prioridades. A competição exige que o plano
de negócio seja o mais produtivo e rentável. O seu tempo e o tempo do cliente é o recurso
mais caro do negócio.
40
2.8 Metas
Metas são resultados abrangentes com os quais a empresa assume um compromisso
definitivo. Para atingir suas metas, a empresa deve estar disposta a comprometer os recursos
financeiros e pessoas necessárias para alcançar os resultados almejados. As metas definidas
para a empresa devem ditar as opções de negócio, orientando o processo decisório em toda a
organização. As metas devem criar um elo indissolúvel entre as ações da empresa e sua
missão. Algumas diretrizes que podem ser seguidas para a definição de metas:
a) Determinar quem participará da definição de metas de sua empresa. Como as metas
são o centro do negócio da empresa, este grupo deve incluir os responsáveis por todas as
principais atividades;
b) Desenvolver um procedimento para monitorar as metas regularmente, revisando e
reformulando a medida que as circunstâncias do negócio se modifiquem;
c) Criar metas individuais que esclareçam as atividades sem restringir a flexibilidade e a
criatividade;
d) Certificar-se de que as metas, em conjunto, constituem um projeto eficaz para alcançar
suas abrangentes intenções;
e) As metas declaradas devem ter estreita ligação com a missão da empresa;
f) Usar as metas para comunicar as intenções a todos, dentro e fora da empresa.
A simples definição de uma meta genérica para a empresa não é tudo. É preciso que cada
meta seja acompanhada de uma série de objetivos; declarações operacionais que especificam
exatamente o que deve ser feito para se alcançar a meta. Como exemplo usaremos a tríplice
aliança como forma de visualizarmos e entendermos as metas estabelecidas com a intenção de
sermos os mais claros e objetivos possível.
41
Figura 5: Tríplice Aliança. (Fonte: BERNARDI-2008)
Como meta teremos o equilíbrio desses três fatores que são essenciais no nosso
empreendimento:
1. Salão
Ponto de prestação de serviços onde seu ambiente e estrutura deveram agradar aos clientes,
apresentar o máximo de higiene tanto pessoal como em seus respectivos equipamentos
utilizados. Comprar e equipar veículos com lavatório, e outro equipamentos para melhor
atender aos clientes, através de recursos próprios ou financiamento. (12 Meses). Ampliação do
campo de treinamento para os profissionais, participação em eventos de cosmetologia (06
meses).
2. Produto
Apresentar diversificação nos serviços oferecidos, mostrando sempre as variedades e
atendimento especializado igual a todos e qualquer cliente independente de classe social.
Obter 5% do faturamento projetado para o mês, para divulgação e trabalhos promocionais.
3. Cliente
Estar sempre atento à necessidade dos clientes ao ponto de lhe oferecer o melhor sempre.
2.9 Posicionamento Estratégico
É necessário definir-se um plano para se atingir as metas estabelecidas, ou seja, a empresa
precisa de uma formulação de estratégias para serem implantadas. Embora muitos tipos de
estratégias estejam disponíveis, Michael Porter (1991) resumiu-as em três tipos genéricos que
42
fornecem um bom ponto de partida para o pensamento estratégico: liderança total em custos,
diferenciação e foco. Vejamos cada uma delas.
a) Liderança total em custos: Aqui, a empresa faz grande esforço para reduzir ao máximo
seus custos de produção e distribuição, podendo, assim, oferecer preços menores que seus
concorrentes e obter maior participação de mercado.
b) Diferenciação: Neste caso, a empresa concentra esforços para alcançar desempenho
superior em uma determinada área de benefício para o consumidor, valorizada por grande
parte do mercado. Pode esforçar-se para ser líder em serviços, em qualidade, em estilo, em
tecnologia etc., mas não é possível liderar em todas as áreas.
c) Foco: A empresa aborda um ou mais segmentos de mercado menores, em vez de ir
atrás de um grande mercado. Ela deve conhecer as necessidades desses segmentos e obter
lideranças em custos ou encontrar uma forma de diferenciação dentro desse segmento-alvo.
Conforme Porter (1991), as empresas que adotam a mesma estratégia dirigida ao mesmo
mercado ou segmento de mercado-alvo formam um grupo estratégico. Aquelas que aplicam
melhor essa estratégia obtêm os maiores lucros. Essas empresas podem ainda estabelecer
alianças estratégicas a fim de garantir sua fatia de mercado. Exemplos de alianças são:
a) Alianças de produto/serviço, onde uma empresa licencia outra para a produção de seu
produto/serviço;
b) Alianças promocionais, onde uma empresa concorda em promover um produto/serviço
de outra;
c) Alianças logísticas, onde uma empresa oferece serviços de apoio logístico ao produto
de outra;
d) Parcerias de preço, onde uma ou mais empresas adotam acordos de preços.
Após o desenvolvimento das principais estratégias da empresa, devem-se adotar programas de
apoio detalhados com responsáveis, áreas envolvidas, recursos e prazos definidos. Uma
estratégia clara e programas de apoio bem delineados podem ser inúteis se a empresa falhar
em sua implementação cuidadosa.
À medida que se programa a estratégia, a empresa precisa rastrear os resultados e monitorar
os novos desenvolvimentos nos ambientes internos e externos. Alguns ambientes mantêm-se
estáveis de um ano para outro. Outros se desenvolvem lentamente, de maneira previsível.
Ainda outros mudam rapidamente de maneira imprevisível. Não obstante, a empresa pode
43
esperar por uma coisa: o ambiente certamente mudará e, quando isso ocorrer, será necessário
rever sua implementação, programas, estratégias ou até objetivos.
A ABSOLUTA HOME CARE entende que sua cadeia de valores é representada por:
diversidade e igualdade de oportunidades aos colaboradores, prática de exploração de novas
idéias, parcerias que ampliem a eficiência na busca por resultados, condições para
desenvolvimento e sustentação do crescimento do mercado, solidez financeira e
competitividade, direcionamento de todas as ações para o atendimento às necessidades dos
clientes e complementada pelas habilidades de atendimento personalizado e pessoal
multicapacitado, poderá transformar em benefícios para os clientes, a estratégia de
diferenciação, qualidade de produtos e serviços prestados por colaboradores multicapacitados.
44
3 PLANO OPERACIONAL
O Plano Operacional mostra como serão produzidos os produtos e/ou prestados os serviços.
Ele deve explicar a abordagem adotada para assegurar a qualidade da produção, o controle do
estoque e o uso de terceirização. As questões relativas às matérias-primas críticas também
devem ser abordadas aqui. As principais questões relativas ao Plano Operacional são:
Quais as vantagens e desvantagens da localização escolhida?
Como será a distribuição e operacionalização das tarefas?
Como serão produzidos os produtos ou serviços (indicar os principais processos de
produção)?
Quais os principais processos de apoio?
Que processos serão terceirizados?
Quais instalações ou unidades de operação serão usadas?
Qual a capacidade dessas instalações?
Qual o método de produção e layout utilizados?
Quais os procedimentos de controle da produção?
Como será controlada a qualidade do produto e serviço?
Como serão controlados os estoques?
Qual o impacto ambiental resultante da produção ou da utilização dos
produtos/serviços?
Quais os principais custos de produção?
Quais os materiais ou componentes críticos para a produção?
Quais as fontes de fornecimento existentes?
Quem são os principais fornecedores, suas qualificações, certificações e localização?
Que tipos de contratos de fornecimentos serão firmados?
Como será definida a logística de fornecimento?
45
3.1 Localização
A análise da localização é ponto fundamental para uma boa administração. A literatura
fornece diversos preceitos acerca do assunto, e preconiza a importância deste na tomada de
decisão estratégica gerencial. A apreciação de tais teorias provê ao gestor informações acerca
dos elementos que na prática podem interferir sobre a melhor localização, relacionando-a a
fatores como insumos e mercado consumidor da empresa.
Naturalmente, a localização ideal é aquela que gera mais benefícios à empresa, como a
redução dos custos e a maximização do nível de serviço desejado.
Conforme a visão de Moreira (1990), decisões de localização aplicam-se a novos
empreendimentos, neste sentido deve-se ponderar o impacto dos custos e benefícios oriundos
da escolha da localização sobre toda cadeia produtiva, pois impactam na competitividade e no
lucro de uma organização. Esta decisão faz parte do processo de planejamento, que visa
diminuir riscos e maximizar resultados.
Muitos fatores influenciam nas decisões sobre localização, porém nem todos possuem a
mesma importância, sendo este um problema específico para cada empresa.
Para Moreira (1990, p.176):
As atividades de serviços, sejam públicas ou particulares, orientar-se-ão mais para fatores como proximidade do mercado (clientes), tráfego (facilidade de acesso), e localização dos competidores. (MOREIRA, 1990)
Os elementos que interferem na decisão podem ser diferentes dependendo da área de atuação
da empresa. A seguir alguns destes fatores e suas relevância para a prestação de serviços:
a) Insumos: é importante para a empresa verificar se o local possui oferta de mão-de-obra em
quantidade e qualidade suficiente. A proximidade aos fornecedores deve ser considerada, a
redução de custos pode ser obtida através da busca pela proximidade a diversos
fornecedores.
b) Proximidade ao mercado consumidor: o cliente é a figura mais importante, as atividades de
serviço se localizam próximas aos mercados que servem, tanto quanto possível, onde exista
facilidade de acesso e estacionamento, buscando atingir uma grande parcela da população
visada. A escolha do local deve basear-se em pesquisas sobre os consumidores potenciais e
a renda da população. Além disso, é importante analisar o perfil do consumidor, dando
atenção a fatores como hábitos e comportamento de consumo, fidelidade e freqüência que
utilizam os serviços.
46
c) Facilidade de acesso e infra-estrutura: Se o local possui uma boa infra-estrutura em termos
de vias, proximidade a empresas de utilidade pública (restaurantes, bancos, papelarias,
farmácias, entre outros), e serviços públicos (correio, hospital, escola), torna-se mais ágil a
realização de algumas atividades.
d) Localização dos concorrentes: com relação a prestadores de serviços, é ideal que se situe
próximo a concorrentes, o que pode proporcionar aos clientes flexibilidade na escolha dos
serviços, preços, qualidade, e atendimento entre as opções do mercado. Tal proximidade
possibilita também estarem atento as inovações dos concorrentes.
Assim, a complexidade da decisão do local da empresa resulta de diversos fatores, que,
dependendo do ramo, possuem maior ou menor relevância.
Para localização da empresa, serão consideradas as condições do ponto comercial e,
especialmente, a repercussão da escolha dos fatores que, isoladamente ou em conjunto, possa
interferir negativamente no sucesso da empresa. Serão analisados os fatores de localização da
seguinte forma:
Estabelecer o perfil do consumidor que se pretende atingir;
Definição do produto a ser oferecido;
Avaliação do contrato, as condições de pagamento e o prazo do aluguel;
Verificação do preço e a compatibilidade com a capacidade de investimento, com
prazo de retorno e movimento esperado;
Observação da facilidade de acesso, da visibilidade, do volume de tráfego, do local
para estacionamento, do nível de ruídos, da infra-estrutura (luz, água, telefone);
Verificação das condições de higiene e de segurança;
Checagem da proximidade de concorrentes e similares;
A facilidade de aquisição de matéria-prima e recrutamento de mão-de-obra
especializada nas imediações do local;
Se o local atende as especificações do projeto, em termos de área adequada aos
serviços prestados, proximidade com os mercados consumidores e fornecedores;
Solicitação junto à prefeitura de busca prévia da localização, a fim de verificar
possíveis impedimentos em relação à montagem do negócio.
Levantamento de várias alternativas de pontos para comparar e definir o melhor local;
47
Observação do movimento do local escolhido durante vários dias e em horas
alternadas;
Análise de pontos próximos à entrada principal, às escadas rolantes, à praça de
alimentação ou junto a lojas-âncora nos shoppings.
Cuidados a serem tomados:
Evitar lojas em frente a ponto de ônibus, a aglomeração compromete a visibilidade;
Observar se o local transmite sensação de insegurança, como ruas mal iluminadas;
Evitar últimos andares e corredores sem saídas;
Não limitar a atenção às áreas nobres, observar o mapa da cidade em toda sua
amplitude para detectar as principais necessidades locais;
Verificar se há legislação específica sobre a localização do negócio que pretendemos
abrir.
Para ter certeza de que nenhum ponto foi esquecido será realizada uma auto-avaliação,
seguindo alguns questionamentos:
Poucas pessoas transitam pela calçada do estabelecimento?
O fluxo de veículos é constante e os motoristas observam o estabelecimento?
A rua é de pouco movimento e a loja não atrai a atenção dos passantes?
O cliente pode estacionar facilmente nas proximidades do ponto?
Existem, nas imediações, locais que denigrem a imagem da empresa?
Quando se analisa os fatores relevantes para a determinação do local, nota-se que para uma
empresa do ramo de prestação de serviços, é necessário manter contato constante com seus
consumidores finais, pois estes são os principais elementos da atividade da organização.
De acordo com a literatura pesquisada, identificaram-se os seguintes fatores na tomada de
decisão quanto à instalação da empresa:
FATORES VALOR ATRIBUÍDO
Mão-de-obra Importante
Transporte /Facilidade de Acesso Decisivamente Importante
48
Infra-Estrutura Importante
Proximidade com o mercado consumidor Decisivamente Importante
Proximidade com a concorrência Importante
Matéria prima Irrelevante
Capital investido Irrelevante
Tecnologia Importante
Incentivos Fiscais Irrelevante
Quadro 5 – Fatores Relevantes na tomada de decisão (Criado pelos Autores – 2009)
Os elementos-chave no processo produtivo da empresa é a facilidade de acesso e, a
proximidade com o mercado consumidor, evidenciado estes elementos na hora de escolher o
local de implantação da empresa, definiu-se a locação de um imóvel na região do Gonzaga
para facilitar a logística dos funcionários e cujas dimensões atendam às necessidades do nosso
negócio. Neste local funcionará o escritório administrativo, almoxarifado e sala de
treinamento. O valor gasto com aluguel será de aproximadamente R$ 1.800,00 (mil e
oitocentos reais), já inclusos os impostos e taxas imobiliárias. O imóvel deverá ser adequado
às necessidades físicas da empresa, observando as instalações elétricas, encanamentos,
fachada, local para estacionamento, etc.
3.2 Instalações
A ABSOLUTA HOME CARE comprometida com a legislação vigente propõe-se a manter a
perfeita condição de ordem e higiene. De acordo com a legislação paulista, especificamente a
Portaria CVC-11/93, Art. 1º, do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da
Saúde, que estabelece entre outras coisas:
Art.1º O Estabelecimento, agora denominado Gabinete de Podólogo (Pedicuro),além das exigências referentes a habitação e aos estabelecimentos em geral, deverá possuir: I – área mínima total de 10 metros quadrados, com largura mínima de 2,5 metros quadrados e com área mínima de 5 metros quadrados para cada cadeira adicional; II – piso de material liso,resistente e impermeável; III – paredes e forros pintados de cor clara, com tinta lavável; IV – compartimentos de atendimento separados por divisórias de no mínimo 2 metros de altura; V – instalações sanitárias apropriadas; VI – pia de água corrente; VII – estufa graduada até 200 graus centígrados para esterilização. (Portaria CVC-11/93)
Para a produção dos serviços, serão necessários diversos equipamentos, insumos e materiais
descartáveis, tais como:
- Equipamentos: tesouras, capas descartáveis, toalhas, secadores, pranchas de
49
alisamento, máquinas de corte, bacias, pinças, alicates, autoclave, babyliss, espátulas,
pincéis, pentes, escovas, vaporizadores, toucas térmicas, toucas de borracha, etc.
- Insumos: xampus, condicionador, finalizador, tinturas, descolorantes, ceras
depilatórias, líquidos pós depilação, esmaltes, acetonas, hidratantes, cremes para
massagem, cremes e loções para limpeza de pele, algodão, etc.
- Materiais Descartáveis: lixas, palitos, bacias, toalhas para depilação e massagem,
protetores para lava-pés, grampos, pentes, toucas, pincéis, etc.
- Escritório – mesas, cadeiras, arquivos, TV, sofás, 1 computador, 1 impressora,
telefone, etc.
- Sala de Treinamento – cadeiras, bancada com espelho, mesa para manicure, banqueta,
bandejas, maca para depilação, etc.
- Almoxarifado – mesa, cadeira, armários, 1 computador, 1 impressora, telefone, etc.
Através do estudo das necessidades da empresa, se pretende criar um ambiente que seja ao
mesmo tempo funcional e bonito, que proporcione facilidade de trabalho para os
colaboradores e conforto e bem estar para os clientes.
3.3 Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional é de fundamental importância na gestão de uma empresa.
Representa a adequação de tarefas, poderes e responsabilidades. Deve ser delineada de acordo
com os objetivos e estratégia estabelecidos pela empresa, sendo também uma ferramenta
básica para alcançar as situações almejadas pela entidade.
Conforme Stoner e Freeman (1999, p.230): “é uma forma pelas quais as atividades de uma
organização são divididas, organizadas e coordenadas”. A divisão do trabalho facilita a
operacionalização das tarefas, uma vez que não sobrecarrega os colaboradores (funcionários)
da organização e a coordenação representa a integração de todos os indivíduos com os setores,
departamentos, unidades de trabalho para o alcance dos objetivos organizacionais. A Estrutura
Organizacional constitui um ponto de convergências de inúmeros fatores de produção, ou
seja, de recursos produtivos, os quais devem ser aplicados dentro da máxima eficiência e
eficácia. Toda pessoa precisa ser eficiente para satisfazer suas necessidades individuais
mediante sua participação na organização, mas também precisa ser eficaz para atingir os
objetivos organizacionais por meio de sua participação.
50
O quadro 6 exemplifica as principais diferenças entre eficiência e eficácia:
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
Ênfase nos meios Ênfase nos resultados e fins
Fazer corretamente as coisas Fazer as coisas corretas
Resolver Problemas Atingir Objetivos
Salvaguardar os recursos Otimizar resultados e agregar valor
Treinar os colaboradores Propiciar eficácia aos colaboradores
Manter as Máquinas e Equipamentos Máquinas de Equipamentos Disponíveis
Quadro 6 – Eficiência X Eficácia (Criado pelos Autores – 2009)
As organizações, portanto, são formadas por pessoas e dependem delas para atingir seus
objetivos e cumprir suas respectivas missões, é necessário estabelecer uma rede de relações
entre indivíduos ou grupos, de forma que seus trabalhos sejam coordenados e coerentes.
Conforme Maximiano (1985, p153), considera que:
A divisão do trabalho é o processo de distribuir, entre indivíduos ou grupo de indivíduos, uma tarefa total, de modo que cada um deles tenha um compromisso específico. A função de organização compreende as decisões tomadas pelos administradores visando dividir o trabalho entre indivíduos ou grupos, definindo as atribuições específicas que contribuirão para a tarefa total. (MAXIMIANO - 1981)
O trabalho de organizar não termina com a divisão do trabalho e conseqüentemente escolha
de uma estrutura, é preciso avaliar constantemente esta estrutura a fim de ajustá-la e refinar
seus detalhes a novas circunstâncias. Existem quatro maneiras básicas de montar uma
estrutura organizacional: por funções, por divisões, por empresas e por projetos. Utilizamos a
forma de estrutura por funções através da Matriz de Responsabilidades que destaca as pessoas
chave, seus cargos e respectivas responsabilidades; tem como objetivo apresentar a
distribuição do trabalho, as responsabilidades, o planejamento e o controle unificado,
possibilitando a integração das diversas atividades. É essencialmente um esclarecimento de
quem faz o que. Para que seja eficaz, é vital que a mesma seja bem clara, deve refletir as
expectativas e as responsabilidades das pessoas envolvidas.
51
MATRIZ DE RESPONSABILIDADES
Cargo Responsabilidade
Administrador É responsável pelo planejamento financeiro, pelo controle dos custos, pela
contabilidade, pelo controle da qualidade e pelas compras.
GerenteÉ responsável pela produção, pelo controle do estoque de produtos, pela especificação dos materiais, pela manutenção, seleção e administração de pessoal, e pelas compras.
Auxiliar GeralRecepcionar os materiais entregues pelos fornecedores, organizar a estocagem dos materiais, manter controles dos estoques, solicitar reposição dos materiais, atender as solicitações dos usuários, fornecendo em tempo hábil os materiais e peças solicitadas.
Auxiliar de Limpeza Realizar a limpeza e a conservação das instalações e equipamentos.
Recepcionista Realizar atendimento ao público e telefônico, agendamento para atendimento, cadastro do cliente, efetuar planilhas entre outras atividades pertinentes ao cargo.
CabeleireiroAtender os clientes, cumprindo data e horário de agendamento. Solicitação de materiais necessários. É responsável pela conservação e solicitação de manutenção dos equipamentos e materiais
PodologoAtender os clientes, cumprindo data e horário de agendamento. Solicitação de materiais necessários. É responsável pela conservação e solicitação de manutenção dos equipamentos e materiais
ManicureAtender os clientes, cumprindo data e horário de agendamento. Solicitação de materiais necessários. É responsável pela conservação e solicitação de manutenção dos equipamentos e materiais
EsteticistaAtender os clientes, cumprindo data e horário de agendamento. Solicitação de materiais necessários. É responsável pela conservação e solicitação de manutenção dos equipamentos e materiais
Quadro 7 – Matriz de Responsabilidades (Criado pelos Autores – 2009)
3.4 Sistema Produtivo
Projetar e produzir bens e serviços com qualidade, baixo custo, que tenham aceitação no
mercado e atendam as necessidades dos clientes, é um grande desafio, que não é superado
sem um Sistema Produtivo eficiente. Uma cadeia produtiva focalizada é muito mais vantajosa
que os métodos convencionais de organização.
Cada empresa adota um sistema de produção para realizar suas operações e produzir seus
produtos ou serviços da melhor maneira possível, e com isso, garantir sua eficiência e
eficácia. Para atender a demanda estimada, a quantidade de serviços a executar será conforme
quadros a seguir:
CABELOSQuantidade/
Mês
52
1. Corte Simples
2. Corte Completo
3. Escova
4. Shampoo
5. Hidratação
6. Penteado
7. Tintura
8. Tintura (Tinta Cliente)
9. Retoque
10. Retoque (Tinta Cliente)
72
72
144
36
72
24
48
24
24
24
TOTAL 540
Quadro 8 – Projeção de Serviços – Cabelos/Mês (Criado pelos Autores – 2009)
DEPILAÇÃOQuantidade/
Mês
1. Completa
2. Gestante
3. Meia Perna
4. Perna Inteira
5. Axila
6. Virilha
7. Buço
8. Sobrancelhas
9. Rosto
48
12
96
48
36
72
36
12
6
TOTAL 366
Quadro 9 – Projeção de Serviços – Depilação/Mês (Criado pelos Autores – 2009)
UNHASQuantidade/
Mês
1. Manicure
2. Pedicure
3. Esmalte
4. Unha Artística
432
216
24
108
TOTAL 780
Quadro 10 – Projeção de Serviços – Unhas/Mês (Criado pelos Autores – 2009)
ESTÉTICAQuantidade/
Mês
53
1. Maquiagem
2. Dia da Noiva
3. Sobrancelhas
4. Limpeza de Pele
5. Massagem
24
6
144
24
108
TOTAL 306
Quadro 11 – Projeção de Serviços – Estética/Mês (Criado pelos Autores – 2009)
3.5 Sistema de Qualidade
A família de Normas da Série ISO9000 designa um grupo de normas técnicas para estabelecer
um modelo de gestão de qualidade para organizações em geral, estabelece requisitos que
auxiliam a melhoria dos processos internos, maior capacitação dos colaboradores,
monitoramento do ambiente de trabalho e mensuração da satisfação de clientes, colaboradores
e fornecedores, num processo continuo de melhoria do sistema de gestão da qualidade.
As normas foram elaboradas por meio de um consenso internacional acerca das práticas que
uma empresa deve tomar a fim de atender plenamente os requisitos de qualidade total. A ISO
9000 não fixa metas a serem atingidas pelas organizações a serem certificadas; as próprias
organizações é quem estabelecem essas metas.
Por se tratar de uma empresa do ramo de prestação de serviços, manteremos a junção da
qualidade com a satisfação interligada com a eficácia e eficiência da produção de nossos
serviços a fim de atender as expectativas de nossos clientes, colaboradores e fornecedores.
A adoção das normas ISO é vantajosa para as organizações uma vez que lhes confere maior
organização, produtividade e credibilidade – elementos facilmente identificaveis pelos
clientes - , aumentando a sua competitividade no mercado.
Para o processo de certificação a organização deverá seguir alguns passos e atender a alguns
requisitos dentre os quais destacamos:
- Padronização dos processos-chave da organização, processos que afetam o produto e
conseqüentemente ao cliente;
- Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a qualidade do
produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios;
- Implementação dos registros adequados e necessários para garantir a rastreabilidade
dos processos;
- Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando necessário;
54
- Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua
eficácia.
Para manter atualizado seu Sistema da Qualidade, a empresa selecionará os fornecedores
através de um sistema de pontuação / classificação (Apêndice B), onde serão levados em
conta os que possuem Sistemas de Garantia e Controle da Qualidade ou certificação na ISO
9001:2000.
3.6 Sistema de Gestão
Sistema de Informação de Gestão ou Sistema de Informações Gerenciais (SIG) é um sistema
de informação, tipicamente baseado em computadores, utilizado na organização.
Um sistema de informação é composto por todos os componentes que recolhem, manipulam e
disseminam dados ou informação. Incluem-se tipicamente hardware, software, pessoas,
sistemas de comunicação como linhas telefonicas, e os dados propriamente ditos. As
atividades envolvidas incluem a introdução de dados, processamento dos dados em
informação, armazenamento de ambos, e a produção de resultados, como relatórios de gestão.
A empresa adota como um sistema de gestão o software da POLYVAN Informática Ltda.,
controlando as áreas de: estoques, pagamentos de funcionários, cadastro de clientes, cadastro
de fornecedores, planilhas financeiras, etc.
O sistema foi escolhido devido à agilidade da gestão do salão e foi considerado adequado às
condições operacionais da empresa, nos fornecerá controle físico total do estoque, além do
fluxo de caixa e orçamento, cadastro de clientes e fornecedores, contas a pagar/receber, etc. O
sistema permite controle de acesso de usuários com configuração de permissões, assim como
as comissões de vendedores. Os produtos em estoque podem ser organizados por grupos e
subgrupos, cadastrados por código numérico, alfanumérico ou código de barras.
A seguir algumas imagens do Sistema adotado para a Gestão do Salão:
55
Figura 6 – Imagem Sistema de Gestão Polyvan – Controle de Comandas (Fonte: Software Beauty Polyvan)
Figura 7 – Imagem Sistema de Gestão Polyvan – Formas de Pagamento (Fonte: Software Beauty Polyvan)
56
Figura 8 – Imagem Sistema de Gestão Polyvan – Agendamento de Serviço (Fonte: Software Beauty Polyvan)
Figura 9 – Imagem Sistema de Gestão Polyvan – Controle de Estoque (Fonte: Software Beauty Polyvan)
57
Figura 10 – Imagem Sistema de Gestão Polyvan – Controle Movimento do Caixa (Fonte: Software Beauty
Polyvan)
58
4 ESTRATÉGIA DE VENDAS
Com a menor diferenciação entre os produtos e maiores pressões dos clientes e da
concorrência, o trabalho de vendas torna-se cada vez mais difícil e complexo.
Independentemente do tamanho e do ramo de atividade do negócio, é preciso ser mais
profissional e criativo para ter a preferência dos consumidores. Um dos aspectos importantes
é com o planejamento das vendas:
- Planejar: estabelecer objetivos, selecionar as pessoas e planejar todas as atividades
relacionadas.
- Organizar: determinar quantas pessoas serão necessárias, de que tipo de material eles
precisarão e estabelecer o cronograma das atividades.
- Executar: desenvolver as habilidades dos funcionários treiná-los de maneira que
possam melhor exercer seu papel e motivá-los.
- Controlar: acompanhar por meio dos relatórios se estão alcançando as metas e
verificar se estão atendendo bem os clientes.
Em meio às diversas transformações que impactam as empresas, a tecnologia está criando
alguns novos desafios. O livre fluxo de informações na internet bem como o estabelecimento
de novas formas de se fazer negócio faz com que uma das mais tradicionais atividades de
mercado como a administração de vendas assuma importância cada vez maior.
Para organizar de forma pró-ativa os esforços de venda a atingir as metas, deve-se considerar
a elaboração de alguns cenários:
- Identificação das incertezas (econômicas, sociais, demográficas, políticas);
- Determinação dos fatores que podem ocorrer para mudar a demanda do setor
(tecnologias em desenvolvimento, agressividade dos novos palyers, etc.);
- Determinar os pressupostos;
- Trabalhar com pressuposições: Pessimista / otimista / realista;
- Analisar como a estrutura da empresa será impactada por cada pressuposição;
- Estabelecer o curso para se beneficiar mais de cada situação;
- Prever os resultados de cada cenário.
Para garantir um mercado cada vez maior para os produtos, a Absoluta Home Care organiza
as forças de vendas e defini seus objetivos, focada na satisfação do cliente e no lucro da
empresa.
59
Dessa forma analisa os dados de venda, mede o tamanho do mercado, orienta os planos de
marketing. Considerarmos cuidadosamente a preparação e utilização das equipes, pois
entendemos que quando estamos vendendo nossos produtos, a imagem da empresa é
imediatamente associada a seu desempenho e comportamento.
4.1 Serviços Prestados
A empresa oferecerá novos serviços, sempre através da análise de oportunidades efetuadas no
planejamento estratégico e detalhado em um plano de investimentos.
Acompanhará o desempenho de seus produtos através de uma pesquisa de mercado (realizada
semestralmente pelo SEBRAE), e pesquisa de mensuração da satisfação do cliente, que será
realizada mensalmente através da Home Page do salão (preenchimento de um teste simples e
rápido oferecido aos clientes).
Corte Simples Depilação para GestanteCorte Completo (incluso escova e lavagem) Depilação meia pernaEscova Depilação perna inteiraXampu Depilação AxilaHidratação Depilação VirilhaPenteado Depilação BuçoTintura Depilação SobrancelhaTintura (Tinta Cliente) Depilação RostoRetoque Tintura MaquiagemRetoque (Tinta Cliente) SobrancelhaManicure Limpeza de PelePedicure Massagem Anti-StressEsmalte Drenagem ManualAdicional Unha Artística Dia da Noiva Depilação Completa Estética
Tabela 1 - Produtos/Serviços oferecidos (Criado pelos Autores – 2009)
4.2 Análise de Mercado
A Análise de Mercado é um dos componentes do Plano de Negócios, apresenta o
entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus concorrentes e o quanto a empresa
conhece, em dados e informações, o mercado onde irá atuar. Permite ainda conhecer de perto
o ambiente onde o produto/serviço se encontra.
60
4.2.1 Pesquisa do Público Alvo Clientes
A formulação do problema da pesquisa de mercado consistiu na identificação do público-alvo,
ressaltando características demográficas tais como faixa etária, renda familiar e grau de
instrução. O comportamento de consumo também é item a ser levantado através da
investigação dos tipos de serviços e a freqüência com que são utilizados. Tendo em vista o
atendimento em domicílio, um dos problemas a ser investigado na pesquisa é a sondagem
acerca das dificuldades que impedem que os entrevistados possam utilizar os serviços de
estética e cuidados pessoais com mais freqüência, conforme sua disponibilidade e
necessidade. Coube-nos verificar a aceitação da nova modalidade de atendimento em que o
cliente escolhe o local e o horário de atendimento dos serviços de beleza e estética.
Consideramos essencial levantar a disposição do público-alvo em despender uma quantia
maior quando o serviço é diferenciado, quantificando-a. Para finalizar, pedimos que o
entrevistado destaque o que mais valorizava ao escolher uma empresa de prestação de serviço
estético.
Foram aplicados 124 questionários (Apêndice A) no mês de setembro de 2009, em locais
públicos de Santos. O método utilizado foi o de amostra por quotas, ou seja, o público
escolhido possuía as mesmas características do público-alvo do nosso negócio. O questionário
consistia em 09 perguntas, 08 fechadas, nas quais o entrevistado deveria escolher apenas uma
alternativa; e 01 aberta, a questão número 5 na qual ele poderia optar por mais de uma
resposta, elencando os serviços de beleza e estética que mais procura. Foram contabilizadas as
respostas utilizando o universo do total de questionários e estabelecendo as porcentagens
relativas às respostas. No caso da questão 5, foram somadas as opções de cada item em todos
os questionários e quantificada a sua representatividade na soma de todas as escolhas.
4.2.2 Resultados
Os resultados obtidos na pesquisa serviram para confirmar a existência de um nicho de
mercado para os serviços oferecidos, além de delimitar o perfil do público alvo, que em sua
maioria consiste em pessoas com faixa etária entre 19 e 29 anos e acima de 40 anos. A
pesquisa indicou ainda que a maior parcela dos clientes potenciais pertencem à classe média e
possui um bom nível cultural e intelectual, sendo que 58% deles procuram os serviços
estéticos ou de beleza 2 vezes ao mês, principalmente para manicure ou pedicure.
Um item bastante satisfatório para a empresa é a dificuldade de locomoção citada por 38%
61
dos entrevistados, além de ser quase unânime a preferência de ter o salão à disposição, seja
em local e/ou horário escolhido. Verificamos que nosso público alvo não é sensível a preço,
mas trata-se de uma clientela exigente que deseja um tratamento diferenciado, principalmente
quanto a excelência, pontualidade, higiene e saúde.
Gráfico 1 – Faixa Etária Público Alvo (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
Gráfico 2 – Renda Familiar Público Alvo (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
62
Gráfico 3 – Qualificação Educacional Público Alvo (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
Gráfico 4 – Periodicidade de Utilização do Serviço (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
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Gráfico 5 – Serviços mais Utilizados (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
Gráfico 6 – Dificuldades para Utilização do Serviço (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
64
Gráfico 7 – Prestação do Serviço Home Care (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
Gráfico 8 – Disposição a um maior custo com o serviço Home Care (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
65
Gráfico 9 – O que atrai o Público ao Serviço (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
4.2.3 Fornecedores
Para manter atualizado seu Sistema da Qualidade, a ABSOLUTA HOME CARE, precisa
também saber como seus fornecedores, de insumos, materiais e serviços, estão se preparando
ou mantendo seus Sistemas e Programas da Qualidade. Como qualidade não se garante
sozinho, ou seja, é de uma Cadeia de Compromissos, desde o fornecedor, passando pela
empresa produtora e encerrando no cliente, necessitamos obter de nossos fornecedores,
compromissos formais, documentados, passíveis de inspeção, que possuem Sistemas de
Garantia e Controle da Qualidade ou certificação na ISO 9001:2000.
A empresa seleciona os fornecedores através de um sistema de pontuação / classificação
(Apêndice B), onde serão levadas em conta as melhores relações no custo x beneficio, assim
como: formas de pagamentos, financiamentos e descontos de produtos.
Todos os fornecedores serão informados dos resultados de suas avaliações (Apêndice C). Os
fornecedores com desempenho abaixo do limite definido como aceitável, serão comunicados,
no sentido de apresentarem planos, projetos, ações de melhorias futuras ou previsões, com
prazos informados, os Sistemas de Garantia e Controle da Qualidade devem estar
documentados, com Manuais e Procedimentos. Uma vez estabelecida a relação comercial, em
cada transação o fornecedor passará por uma avaliação de prazo, preço, qualidade e
tecnologia, sem perder a agilidade do negócio.
66
RELAÇÃO MATERIAIS COMPRADOS X FORNECEDORES
MaterialNº de
fornecedoresPrincipal
FornecedorNota
Equipamentos 3 Sumirê 8
Insumos 4 Florença 9
Descartáveis 3 Sumirê 8
Tabela 2 – Materiais/Fornecedores (Criado pelos Autores – 2009)
4.2.4 Concorrentes
A posição da empresa no mercado tem de ser medida constantemente, contra o desempenho
dos fornecedores e serviços concorrentes, seja a concorrência direta ou indireta. Estudos
recentes têm demonstrado que a chave do sucesso de empresas rentáveis é conhecer e
satisfazer os consumidores com ofertas competitivamente superiores, de forma mais eficaz e
eficiente do que os concorrentes.
Na cidade existem muitos concorrentes indiretos, em todos os bairros existe pelo menos um
salão de beleza convencional. Eles concorrem sim, pelo valor cobrado, e também pela
fidelidade dos clientes. Esses salões eventualmente executam serviços fora da empresa, mas
não é como o nosso negócio cujo foco é o atendimento domiciliar. Os concorrentes que
tivemos oportunidade de conhecer melhor são:
Salões Serviços Localização
Magia Har
Corte masculino, feminino, Tintura, Luzes, Hidratação, Depilação, Maquiagem, Penteado, Manicura, Pedicura, Podóloga, Limpeza de Pele, Escova, Chapinha, Massagem, Sobrancelha.
Gonzaga
Toque de AnjoCorte masculino, feminino, Tintura, Luzes, Hidratação, Depilação, Maquiagem, Penteado, Manicura, Pedicura, Podóloga, Limpeza de Pele, Escova, Chapinha, Massagem, Sobrancelha, dia da Noiva, Escova Definitiva, etc.
Campo Grande
Baby Har
Corte masculino, feminino, Tintura, Luzes, Hidratação, Depilação, Maquiagem, Penteado, Manicura, Pedicura, Podóloga, Limpeza de Pele, Escova, Chapinha, Massagem, Sobrancelha, dia da Noiva, Escova Definitiva, etc.
Aparecida
Art Hair Mulher
Corte Feminino, Manicura, Pedicura, Depilação, Sobrancelha, Maquiagem, penteado, Luzes, Dia da Noiva, Bronzeamento a Jato, Depilação, Escova, Chapinha, Luzes, Tintura, Limpeza de Pele, Maquiagem definitiva, Escova Definitiva, etc.
Boqueirão
Tabela 3 – Concorrentes (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
Os concorrentes diretos são os profissionais informais que também atendem em domicílio,
67
normalmente eles começam trabalhando num salão convencional e depois, quando já possuem
uma clientela, partem para trabalharem sozinhos. Alguns montam salões em suas residências,
ou passam a atender nas casas dos clientes. Eles geralmente não fazem todos os tipos de
serviços; os mais comuns são manicure, pedicure e depilação. Não é possível contabilizar a
quantidade de concorrentes informais, pois a própria informalidade faz com que não haja
registros. Seus pontos fracos são: falta de planejamento logístico, tais como: agenda, meios
de comunicação, forma de deslocamento, roteiro e pontualidade.
A inovação do nosso serviço de atendimento em domicílio, a diversidade e treinamento
contínuo dos profissionais, coloca o nosso negócio numa posição superior aos concorrentes,
mesmo porque na cidade não sabemos de nenhum salão que somente faça este tipo de serviço.
E esta será a nossa especialidade. Usaremos como meio de comunicação para agendamento:
telefone, internet (e-mail, MSN).
A concorrência será árdua com os salões convencionais, pois ofereceremos praticamente os
mesmos serviços, cobrando um valor diferenciado. Mas o atendimento será personalizado,
para isso traçaremos as seguintes estratégias:
- Utilização de produtos “top” de linha no tratamento estéticos;
- Pontualidade: trabalharemos com uma equipe suficiente para atender os clientes no horário
combinado, e em horários diferenciados.
- Publicidade agressiva: dedicaremos 5% do nosso faturamento mensal em publicidade nos
canais especializados (Internet, Jornais, etc.).
4.2.4.1 Pesquisa Preço de Mercado
Estas pesquisas subsidiam decisões relativas ao preço, como: avaliação de alternativas de
preço para produtos novos; modificações de preço propostas para produtos já existentes no
mercado e decisões de nível de preço para estratégias de penetração no mercado.
O preço de mercado (ou de equilíbrio) de determinado bem representa o preço que se forma
no mercado e que é compatível com os interesses dos consumidores.
Segundo a Teoria da Procura, quanto maior o preço do bem menor será a quantidade
procurada; pelo inverso, segundo a Teoria da Oferta, quanto maior o preço do bem maior será
a quantidade oferecida. Desta forma, existe apenas um preço em que as quantidades
procuradas e oferecidas se igualam - é o chamado preço de equilíbrio.
O preço de mercado de um bem tende sempre para o seu equilíbrio, ou seja, para o único
preço em que as intenções de compra igualam as intenções de venda. O preço é uma
68
consideração extremamente importante, incide diretamente na satisfação das necessidades e
desejos dos consumidores. Realizamos pesquisa de preços de alguns serviços oferecidos pelos
concorrentes, cujo posicionamento se assemelha ao padrão que pretendemos praticar:
SERVIÇOS Magia Har Toque de Anjo Baby Har Art Har Mulher
Corte Feminino
R$18,00 R$20,00 R$20,00 R$30,00
Corte Masculino
R$18,00 R$20,00 R$15,00 R$20,00
EscovaR$20,00 a R$30,00
R$15,00 a R$25,00 R$20,00R$15,00 a R$30,00
Hidratação R$30,00 R$30,00 a R$50,00 R$40,00R$30,00 a R$50,00
Tonalizante R$45,00 Não disponível Não disponível R$60,00
TinturaR$39,00 a R$45,00
Não disponível R$40,00 Não disponível
Luzes R$65,00 R$45,00 R$40,00R$60,00 a R$100,00
Penteado R$35,00 R$45,00 R$40,00 R$70,00Maquiagem R$35,00 R$45,00 R$40,00 R$35,00Manicure R$7,00 R$7,00 R$8,00 R$8,00Pedicure R$9,00 R$8,00 R$9,00 R$10,00
Sobrancelha R$7,00 R$5,00 R$6,00 R$10,00
Dia da Noiva Não disponívelR$150,00 a R$250,00
R$200,00 a R$400,00
R$250,00 a R$450,00
Depilação: perna
R$10,00 a R$20,00
R$10,00 a R$19,00 15,00 R$10,00
Virilha R$7,00 R$10,00 7,00 R$10,00Buço R$4,00 R$6,00 Não disponível R$5,00Rosto Não disponível R$10,00 Não disponível Não disponível
Tabela 4 – Preços praticados pelo mercado (Fonte: Pesquisa de Mercado – Autores)
5 PLANO DE MARKETING
69
O marketing é a função distinta e única de uma empresa, pelo fato de levar ao mercado um
produto/serviço, qualquer organização que realize marketing para a colocação de um produto
ou serviço no mercado, será um negócio, uma empresa.
Segundo a literatura existente, por volta de 1850, Cyrus MacCormick, foi o primeiro a ver o
marketing claramente como função central e única da empresa, e a criação do consumidor
como tarefa específica da Administração. Criou as ferramentas básicas do moderno
marketing: a pesquisa e análise de mercado, o conceito da situação do mercado, as modernas
políticas de preços, o fornecimento de produtos e serviços aos clientes e a venda a prazo.
O marketing é tão essencial que não basta ter um departamento de vendas com a
responsabilidade dos assuntos de mercado, todos os setores da empresa devem estar
envolvidos no processo, visando o resultado final do ponto de vista do consumidor.
Inúmeras empresas, de diversos tamanhos e setores, ficam literalmente perdidos por não
possuírem um guia que oriente sua atuação no mercado. Uma das ferramentas mais
importantes no processo de desenvolvimento e gestão da empresa é o Plano de Marketing.
Existem vários modelos e é impossível dizer que um único formato possa atender as
necessidades de todo tipo de empresa. Peculiaridades do mercado de atuação e da própria
organização devem ser consideradas na escolha ou construção do modelo do planejamento de
cada empresa. O mais importante, no entanto, é que a empresa adote um modelo que seja
adequado às suas necessidades e crie a cultura do planejamento e ações baseadas no mesmo.
Partindo de um processo de segmentação e posicionamento bem elaborado é possível definir
as principais ações para o Composto de Marketing:
- Quais as principais características que o produto/serviço oferecido ao mercado deverá
contemplar;
- A que preço e condições serão comercializados;
- Será distribuído/vendido de que forma e em quais canais;
- Como será feita a comunicação com o mercado, utilizando que meios e com que
mensagens.
Ao longo das últimas décadas o conceito de marketing tem evoluído e tem vindo a
desenvolver-se de modo a acompanhar a transformação do mercado. Os objetivos traçados
para o Plano não devem ser estáticos e sim um processo dinâmico capaz de evoluir a qualquer
momento através de idéias inovadoras.
70
5.1 Estratégia de preço
O preço de venda de um serviço/produto está mais relacionado aos fatores externos da
empresa do que propriamente a seus custos, existem dois métodos básicos para determinar o
preço de venda: com base no custo e com base no mercado.
Segundo Brunstein (2005, p.98), a política de preços baseada em custos,
...é denominada cost plus market, ou de custo mais margem, ou, ainda, marcação
acima, em virtude de o custo comumente utilizado estar baseado no custo total. Esta
política também é conhecida como política de fixação de preços com base no custo
total. (BRUNSTEIN, 2005).
Ainda segundo o autor, a política de preços baseada na estrutura de mercado consiste em
atribuir preços aos produtos tomando como referência um preço que esteja sendo praticado no
mercado.
Conhecendo detalhadamente seus custos e o mercado concorrente, os empresários encontram
algumas alternativas, tais como:
- Aumentar as quantidades vendidas;
- Ter uma nova linha de produtos;
- Oferecer prestação de serviços diferenciada, agregando valor para cobrar mais, etc.
O preço obtido a partir do custo é uma referencia valiosa para comparar com o preço de
mercado e determinar a conveniência ou não de vender o produto pelo preço que o mercado
esta disposto a pagar. Muitas empresas não apuram seus custos e despesas de maneira precisa
e os preços de venda são obtidos empiricamente. Essa prática mascara os custos e o lucro da
empresa, acarretando diversos problemas, tais como:
- Preço de venda abaixo do real, o que diminui os lucros da empresa;
- Preço de venda acima do real, o que dificulta as vendas;
- Fabricação de produtos que dão pouco lucro, em detrimento de outros mais rentáveis,
ocasionando má alocação dos recursos;
- Esforço de venda não orientado para produtos mais lucrativos;
71
- Dificuldades para identificar e fixar ações para redução de custos e despesas, o que
poderá levar a empresa a operar com custos e despesas mais altos do que deveria.
Como conseqüência de um ou mais desses problemas, a empresa terá um lucro e uma
rentabilidade menor, constituindo-se numa ameaça ao seu crescimento e até à sua própria
estabilidade econômico-financeira.
Existem várias formas de se calcular os preços de venda de produtos e serviços, após analisar
o perfil dos clientes e os fatores que influenciam suas decisões de compras, a política de
preços da concorrência, e após levantar todos os custos envolvidos na prestação dos serviços,
para determinar seus preços a ABSOLUTA HOME CARE levará em consideração os custos
operacionais, dentre eles: matéria – prima, mão-de-obra, manutenção de equipamentos e
veículos de transporte, serão também acrescidos os impostos (ISS, Simples), optamos pela
utilização de planilhas (Tabela 5) o que torna bastante simples e fácil esses cálculos. Esta
política será mantida por 1 (um) ano. O principal objetivo da empresa ao adotar esta estratégia
de preços é alcançar o lucro desejado e aceito no mercado e com isso atingir as metas de
participação no mercado, além de fixar a imagem da empresa junto ao cliente.
Tabela 5 - Projeção de Preços (Criado pelos Autores – 2009)
72
C A B E L OC u s t o - M a t e r i a l
( R $ U n i d . )C u s t o T o t a l ( R $ ) 1 0 0 % L u c r o
P r e ç o P r a ti c a d o
C o r t e S i m p l e s 1 , 5 2 9 , 0 2 1 8 , 0 4 2 5 , 0 0C o r t e C o m p l e t o 1 , 5 2 1 0 , 5 2 2 1 , 0 4 3 0 , 0 0E s c o v a 3 , 2 2 1 2 , 2 2 2 4 , 4 4 3 0 , 0 0X a m p u 1 , 5 2 6 , 0 2 1 2 , 0 4 1 5 , 0 0H i d r a t a ç ã o 1 5 , 0 0 4 2 , 0 0 8 4 , 0 0 9 0 , 0 0P e n t e a d o 5 , 0 0 2 3 , 0 0 4 6 , 0 0 6 0 , 0 0T i n t u r a 1 5 , 0 0 3 9 , 0 0 7 8 , 0 0 8 0 , 0 0T i n t u r a ( T i n t a C l i e n t e ) 5 , 0 0 1 4 , 0 0 2 8 , 0 0 3 0 , 0 0R e t o q u e 1 0 , 0 0 2 8 , 0 0 5 6 , 0 0 6 0 , 0 0R e t o q u e ( T i n t a C l i e n t e ) 5 , 0 0 1 2 , 5 0 2 5 , 0 0 2 5 , 0 0S u b T o t a l 6 2 , 7 8 1 9 6 , 2 8 3 9 2 , 5 6 4 4 5 , 0 0
U N H A SM a n i c u r e 2 , 0 0 5 , 0 0 1 0 , 0 0 1 0 , 0 0P e d i c u r e 3 , 0 0 7 , 5 0 1 5 , 0 0 1 5 , 0 0E s m a l t e 1 , 0 0 2 , 5 0 5 , 0 0 5 , 0 0A d i c i o n a l U n h a A r tí s ti c a 1 , 0 0 2 , 5 0 5 , 0 0 5 , 0 0S u b T o t a l 7 , 0 0 1 7 , 5 0 3 5 , 0 0 3 5 , 0 0
D E P I L A Ç Ã OC o m p l e t a 4 , 0 0 1 9 , 0 0 3 8 , 0 0 5 0 , 0 0G e s t a n t e - C o m p l e t a 8 , 0 0 3 2 , 0 0 6 4 , 0 0 8 0 , 0 0M e i a P e r n a 2 , 0 0 6 , 5 0 1 3 , 0 0 1 5 , 0 0P e r n a I n t e i r a 3 , 0 0 9 , 0 0 1 8 , 0 0 2 0 , 0 0A x i l a 1 , 0 0 3 , 4 0 6 , 8 0 8 , 0 0V i r i l h a 1 , 0 0 2 , 5 0 5 , 0 0 5 , 0 0B u ç o 1 , 0 0 2 , 5 0 5 , 0 0 5 , 0 0S o b r a n c e l h a 1 , 0 0 2 , 5 0 5 , 0 0 5 , 0 0R o s t o 1 , 0 0 3 , 4 0 6 , 8 0 8 , 0 0S u b T o t a l 2 2 , 0 0 8 0 , 8 0 1 6 1 , 6 0 1 9 6 , 0 0
E S T É T I C AM a q u i a g e m 6 , 0 0 2 4 , 0 0 4 8 , 0 0 6 0 , 0 0D i a d a N o i v a 1 0 5 , 0 0 2 4 0 , 0 0 4 8 0 , 0 0 4 5 0 , 0 0S o b r a n c e l h a 1 , 0 0 3 , 4 0 6 , 8 0 8 , 0 0L i m p e z a d e P e l e 1 5 , 0 0 3 6 , 0 0 7 2 , 0 0 7 0 , 0 0M a s s a g e m 5 , 0 0 2 0 , 0 0 4 0 , 0 0 5 0 , 0 0S u b T o t a l 1 3 2 , 0 0 3 2 3 , 4 0 6 4 6 , 8 0 6 3 8 , 0 0
T O T A L 2 2 3 , 7 8 6 1 7 , 9 8 1 . 2 3 5 , 9 6 1 . 3 1 4 , 0 0
P R O J E Ç Ã O D E P R E Ç O S A S E R E M P R A T I C A D O S
1 9 1 , 4 0
3 9 4 , 2 0
1 8 , 0 01 3 5 , 0 0
2 , 4 02 1 , 0 01 5 , 0 0
1 , 5 01 , 5 02 , 4 0
5 8 , 8 0
2 4 , 0 04 , 5 06 , 0 02 , 4 01 , 5 0
1 , 5 01 , 5 0
1 0 , 5 0
1 5 , 0 0
7 , 5 01 3 3 , 5 0
3 , 0 04 , 5 0
2 7 , 0 01 8 , 0 02 4 , 0 09 , 0 0
1 8 , 0 0
M ã o - d e - O b r a ( C o m i s s ã o 3 0 % )
7 , 5 09 , 0 09 , 0 04 , 5 0
5.2 Estratégia de Propaganda
O principal objetivo da propaganda é poder dizer ao público que você tem aquele produto ou
serviço que satisfaz sua necessidade, proporcionando um aumento das vendas através da
modificação das preferências dos consumidores ou aumento do nível de informação dos
mesmos com relação ao produto comercializado, com a finalidade de:
- Informar;
- Persuadir;
- Lembrar.
As campanhas publicitárias refletem as características e vantagens do produto, podem ter
efeitos importantes sobre a escolha dos consumidores, a informação passa a ser um
componente importante da estratégia de comercialização da empresa quando associada às
características do produto, aos níveis de qualidade e da prestação de serviços ao nome da
empresa. Este processo de informação e convencimento resulta na agregação de valor ao
produto/serviço.
Através da análise do perfil do cliente-alvo, definiu-se a publicidade da empresa através de
Demonstrações dos serviços em Shoppings, distribuição de panfletos, internet, banners nos
distribuidores de produtos tais como, supermercados, farmácias, lojas de produtos de Beleza,
etc. sendo que um plano de divulgação poderá ser observado no quadro abaixo:
MÊS: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Panfletos X
Internet X
Banners X X X
Shoppings X X X X
Tabela 6 – Plano de divulgação (Criado pelos Autores – 2009)
5.3 Projeção de Vendas
Quando uma empresa está iniciando suas atividades, uma das primeiras preocupações
relaciona-se com a quantidade de produtos/serviços, em termos unitários ou em valor
monetário. A projeção de vendas deve ser feita tendo como base a análise de mercado e a
estratégia de marketing da empresa. Dessa forma, essa projeção será mais realista e terá maior
73
probabilidade de ocorrer conforme o planejado.
Para projetar o volume de produção ou serviços, deve-se considerar:
- Necessidade e procura do mercado consumidor;
- Tipos de produtos ou serviços a serem colocados no mercado;
- Disponibilidade de pessoal;
- Capacidade dos recursos materiais – máquinas, instalações;
- Disponibilidade de recursos financeiros;
- Disponibilidade de matéria-prima, mercadorias, embalagens e outros materiais
necessários.
É importante considerar também se os produtos/serviços estão sujeitos a oscilações do tipo
sazonal, ou seja, sofrem quedas ou aumento da demanda devido à mudança nas estações do
ano, devido à preferência dos clientes ou às limitações dos fornecedores. No início das
operações, é sempre aconselhável que a expectativa de vendas seja moderada, pois a empresa
necessita de tempo para adquirir experiência e tornar seus produtos ou serviços conhecidos no
mercado.
Pela análise do potencial do mercado e pela participação de mercado esperada, projetaram-se
as vendas de duas formas: uma otimista supondo-se que as metas serão plenamente
alcançadas e outra pessimista supondo-se alterações na demanda devido às questões
econômicas.
Como estratégia estaremos adotando o monitoramento de preços da concorrência através de
índices econômicos e aumento da inflação, percebido através das necessidades apontadas pela
pesquisa e observação de mercado alvo.
5.4 Serviço Pós Venda
O serviço pós-venda é cada vez mais reconhecido como parte integrante da cadeia de valores,
pois, cria valor econômico, uma vez que representa a oportunidade de maior margem de lucro.
Mostra ser uma excepcional ferramenta para reunir informações sobre os clientes e
acompanhar o desempenho dos produtos/serviços. Quando ajustado apropriadamente, pode
ser utilizado para alimentar forte e crescentes relacionamentos com os clientes.
Empresas que investem em suas atividades de pós-venda também conseguem a fidelização de
seus clientes, um benefício significativo, pois se estima um custo mais alto para conquistar
um novo cliente do que manter o atual.
74
Como fazer um bom Pós - Venda:
- Implantando um Serviço de Atendimento aos Clientes – SAC, com fácil acesso (Via
Lojas, Telefone e Internet);
- Treinando os Funcionários dos setores envolvidos;
- Pronta solução de quaisquer problemas junto aos Clientes;
- Cadastro dos Clientes e permanente comunicação com os mesmos;
- Prestando Serviços complementares a Venda;
- Incentivando Avaliação da Empresa pelo Cliente.
Consideramos que a estratégia de serviço pós-venda é algo que requer o mesmo grau de
comprometimento e atenção que o planejamento da empresa. Nosso diferencial competitivo
está na capacidade de execução desta estratégia. Para isso seguiremos as seguintes ações-
chave:
- Gerenciamento dos contatos com os clientes para aumentar a eficácia e a eficiência.
- Estruturamos a organização para esta ser mais voltada para o cliente.
- Gerenciamento da força de trabalho para atender à demanda de modo confiável e
eficaz.
- Desenvolvimento das competências dos colaboradores.
- Gerenciamento do desempenho para equilibrar custos, qualidade e atendimento.
A Internet cria novas oportunidades por meio do gerenciamento eficaz da informação, a
empresa oferecerá assistência através de rede de comunicação em sua Home Page e por E-
mail. A informação sobre os serviços e o gerenciamento dessas informações serão tratados em
canais diferentes quando apropriado, utilizaremos um Call Center que nos possibilitará um
sistema de diagnóstico para identificar e resolver dificuldades à distância.
Coerência é outra questão fundamental, os clientes devem receber o mesmo nível de serviço
de todos os colaboradores da empresa, assim como respostas coerentes entre si para todas as
perguntas que fizerem, mesmo que mudem de um canal de comunicação para outro (por
exemplo, do telefone para o e-mail).
75
O nosso compromisso não está limitado ao fornecimento de um serviço, e sim proporcionar
total comodidade aos clientes. Ao gerenciar nossos contatos com os clientes, poderemos
aumentar a eficiência e satisfazer as suas expectativas.
6 PLANO FINANCEIRO
Uma empresa é um sistema de geração de lucro, o planejamento e controle devem ocorrer em
curto prazo, por meio de um Plano Financeiro. Uma empresa financeiramente saudável gera
lucro e caixa permanentemente e, paga suas obrigações em dia.
O plano financeiro deve apresentar como a empresa se comportará ao longo do tempo do
ponto de vista financeiro, descrições e cenários, pressupostos críticos, situação histórica, fluxo
de caixa, análise do investimento, demonstrativo de resultados, projeções de balanços e outros
indicadores. Segundo Hoji (2007, pág. 11)
O objetivo econômico e financeiro de uma empresa é a maximização de seu valor de
mercado, por meio de geração contínua de lucro e caixa no longo prazo, executando
as atividades inerentes ao seu objetivo social, pois, com o aumento do valor da
empresa, o proprietário da empresa (acionista de uma sociedade anônima, cotista de
uma sociedade por cotas ou o proprietário de uma empresa individual) aumenta sua
própria riqueza. (HOJI, 2007).
Durante a elaboração do planejamento estratégico, as informações administrativas e contábeis
da empresa são de suma importância para sua correta elaboração.
Na pesquisa “Mortalidade de Empresas em São Paulo 1997- 2007” – SEBRAE, um dos
motivos de mortalidade de uma empresa está ligado às falhas gerenciais, destacando-se a
deficiência na gestão empresarial, tais como: falta de capital de giro (indicando descontrole de
fluxo de caixa), problemas financeiros (situação de alto endividamento), ponto comercial
inadequado e falta de conhecimentos sobre gestão. Em seguida vêm as causas econômicas
conjunturais e a alta tributação.
A alta mortalidade das Micro e Pequenas Empresas poderia ser reduzida substancialmente se
fossem eliminadas algumas deficiências de gestão empresarial, principalmente a falta de
conhecimentos financeiros essenciais aos seus administradores.
No Projeto ABSOLUTA HOME CARE sob o aspecto financeiro, classificamos as atividades
financeiras demonstradas nos posteriores subitens.
76
As funções de análise, planejamento e controle financeiro consistem em coordenar, monitorar
e avaliar todas as atividades da empresa, bem como participar ativamente das decisões
estratégicas, planejando as atividades em longo prazo, mensurando os riscos em relação ao
retorno esperado.
6.1 Projeção da Receita e Lucro Bruto
A Receita Bruta corresponde ao valor total da prestação de serviço que será cobrado dos
clientes. As informações são baseadas nos preços a serem praticados, deduzindo a comissão
de 30% sobre o preço praticado. A quantidade de serviços prestados mensalmente é baseada
num cenário realista. O Lucro Bruto e/ou Operacional reflete o valor gerado pelo negócio
antes das receitas e despesas financeiras, a apuração deste valor tem significado importante
para a análise de gestão empresarial.
77
CABELO (R$Unid.) Quantidade Receita Bruta (R$)(-) 30%
comissãoLucro Bruto
Corte Simples 25,00 72 1.800,00 539,00 1.261,00Corte Completo 30,00 72 2.160,00 647,00 1.513,00Escova 30,00 144 4.320,00 1.295,00 3.025,00Xampu 15,00 36 540,00 161,00 379,00Hidratação 100,00 72 7.200,00 2.159,00 5.041,00Penteado 60,00 24 1.440,00 431,00 1.009,00Tintura 80,00 48 3.840,00 1.151,00 2.689,00Tintura (Tinta Cliente) 30,00 24 720,00 215,00 505,00Retoque 60,00 24 1.440,00 431,00 1.009,00Retoque (Tinta Cliente) 25,00 24 600,00 179,00 421,00Sub Total 455,00 540 24.060,00 7.208,00 16.852,00
UNHASManicure 12,00 432 5.184,00 1.554,20 3.629,80Pedicure 16,00 216 3.456,00 1.035,80 2.420,20Esmalte 6,00 24 144,00 42,20 101,80Adicional Unha Artística 5,00 108 540,00 161,00 379,00Sub Total 39,00 780 9.324,00 2.793,20 6.530,80
DEPILAÇÃOCompleta 50,00 48 2.400,00 719,00 1.681,00Gestante - Completa 90,00 12 1.080,00 323,00 757,00Meia Perna 15,00 96 1.440,00 431,00 1.009,00Perna Inteira 30,00 48 1.440,00 431,00 1.009,00Axila 10,00 36 360,00 107,00 253,00Virilha 10,00 72 720,00 215,00 505,00Buço 8,00 36 288,00 85,40 202,60Sobrancelha 8,00 12 96,00 27,80 68,20Rosto 15,00 6 90,00 26,00 64,00Sub Total 236,00 366 7.914,00 2.365,20 5.548,80
ESTÉTICAMaquiagem 60,00 24 1.440,00 431,00 1.009,00Dia da Noiva 450,00 6 2.700,00 809,00 1.891,00Sobrancelha 8,00 144 1.152,00 344,60 807,40Limpeza de Pele 70,00 24 1.680,00 503,00 1.177,00Massagem 50,00 108 5.400,00 1.619,00 3.781,00Sub Total 638,00 306 12.372,00 3.706,60 8.665,40
TOTAL 1.368,00 1.992 53.670,00 16.073,00 37.597,00
PROJEÇÃO MENSAL - SERVIÇOS
Tabela 7: Projeção Mensal Receita/Lucro Bruto (Criado pelos Autores, 2009)
Tabela 8: Projeção Anual Receita/Lucro Bruto (Criado pelos Autores, 2009)
78
CABELO (R$Unid.) Quantidade Receita Bruta (R$)(-) 30%
comissãoLucro Bruto
Corte Simples 25,00 864 21.600,00 6.479,00 15.121,00Corte Completo 30,00 864 25.920,00 7.775,00 18.145,00Escova 30,00 1728 51.840,00 15.551,00 36.289,00Xampu 15,00 432 6.480,00 1.943,00 4.537,00Hidratação 100,00 864 86.400,00 25.919,00 60.481,00Penteado 60,00 288 17.280,00 5.183,00 12.097,00Tintura 80,00 576 46.080,00 13.823,00 32.257,00Tintura (Tinta Cliente) 30,00 288 8.640,00 2.591,00 6.049,00Retoque 60,00 288 17.280,00 5.183,00 12.097,00Retoque (Tinta Cliente) 25,00 288 7.200,00 2.159,00 5.041,00Sub Total 455,00 6480 288.720,00 86.606,00 202.114,00
UNHASManicure 12,00 5.184 62.208,00 18.661,40 43.546,60Pedicure 16,00 2.592 41.472,00 12.440,60 29.031,40Esmalte 6,00 288 1.728,00 517,40 1.210,60Adicional Unha Artística 5,00 1.296 6.480,00 1.943,00 4.537,00Sub Total 39,00 9.360 111.888,00 33.562,40 78.325,60
DEPILAÇÃOCompleta 50,00 576 28.800,00 8.639,00 20.161,00Gestante - Completa 90,00 144 12.960,00 3.887,00 9.073,00Meia Perna 15,00 1152 17.280,00 5.183,00 12.097,00Perna Inteira 30,00 576 17.280,00 5.183,00 12.097,00Axila 10,00 432 4.320,00 1.295,00 3.025,00Virilha 10,00 864 8.640,00 2.591,00 6.049,00Buço 8,00 432 3.456,00 1.035,80 2.420,20Sobrancelha 8,00 144 1.152,00 344,60 807,40Rosto 15,00 72 1.080,00 323,00 757,00Sub Total 236,00 4392 94.968,00 28.481,40 66.486,60
ESTÉTICAMaquiagem 60,00 288 17.280,00 5.183,00 12.097,00Dia da Noiva 450,00 72 32.400,00 9.719,00 22.681,00Sobrancelha 8,00 1.728 13.824,00 4.146,20 9.677,80Limpeza de Pele 70,00 288 20.160,00 6.047,00 14.113,00Massagem 50,00 1.296 64.800,00 19.439,00 45.361,00Sub Total 638,00 3.672 148.464,00 44.534,20 103.929,80
TOTAL 1.368,00 23.904 644.040,00 193.184,00 450.856,00
PROJEÇÃO ANUAL - SERVIÇOS
6.2 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial (BP) demonstra a situação estática dos bens, direitos e obrigações em
um determinado momento, é parte de um conjunto de relatórios que compõe as
demonstrações contábeis da empresa. O artigo 178 da Lei nº 6.404/1976 - Lei das sociedades
por ações (BRASIL – 1976), estabelece o seguinte: “No Balanço, as contas serão
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a
facilitar o conhecimento e a ánalise da situação financeira da companhia”.
Na projeção dos balanços referente aos próximos 5 anos, foi feita uma padronização da
disposição de seus dados para que se pudesse ter uma melhor visão da realidade financeira da
empresa.
Exercício findo em: 2009 2010 2011 2012 20131. ATIVO1.1. Ativo Circulante1.1.1. Caixa e bancos1.1.2. Duplicatas a receber1.1.3. Estoques
96.002,08136.125,3564.189,65
36.949,49206.814,5564.148,41
43.817,86220.742,8160.016,07
48.035,35222.071,8768.169,92
50.224,51232.072,2476.449,75
Total ativo circulante 296.317,08 307.912,45 324.576,74 338.277,14 358.746,501.2 Realizável a longo prazo1.2.1 Ações de outras empresas1.2.2 Aplicações de longo prazo 65.227,95 142.434,93 208.029,15 271.052,69Total do Realizável à longo prazo
--- 65.227,95 142.434,93 208.029,15 271.052,69
1.3. Ativo permanente1.3.1. Imobilizado1.3.2. (-) Depreciação acumulada1.3.3. Diferido
28.075,00(5.335,00)
1.170,00
28.075,00(10.670,00)
1.170,00
28.075,00(16.005,00)
1.170,00
28.075,00(21.340,00)
1.170,00
28.075,00(26.675,00)
1.170,00Total ativo permanente 23.910,00 18.575,00 13.240,00 7.905,00 2.570,00ATIVO TOTAL 320.227,08 391.715,40 467.011,67 546.306,29 629.799,192. PASSIVO2.1. Passivo Circulante2.1.1. Salários e Encargos a pagar2.1.2. Impostos & Contribuições2.1.3. Fornecedores2.1.4. Bancos2.1.5. Outros
67.993,44
40.775,39102.633,60
9.000,001.725,00
71.393,11
42.855.38107.765,28
9.450,001.803,25
74.962,77
45.039,36113.153,54
9.922,501.885,41
78.710,91
47.332,54118.811,2210.418,631.971,68
82.646,45
49.740,38124.751,7810.939,562.062,26
Total passivo circulante 222.127,43 233.267,02 244.963,58 257.244,97 270.140,432.2 Exigível a longo prazo2.2.1. Financiamentos2.2.2. EmpréstimosTotal do exigível à longo prazo --- --- --- --- ---2.3. Patrimônio Líquido2.3.1. Capital social2.3.2. Lucros/Prejuízos acumulados
50.000,0048.099,65
50.000,00106.448,38
50.000,00170.048,09
50.000,00237.061,33
50.000,00307.658,76
Total patrimônio líquido 98.099,65 156.448,38 220.048,09 287.061,33 357.658,76
79
PASSIVO TOTAL 320.227,08 391.715,40 467.011,67 546.306,29 629.799,19
Tabela 9 :Balanço Patrimonial com projeção para cinco anos. (Adaptado de DOLABELA, 1999)
6.3 Análise Financeira do Balanço Patrimonial
A análise de balanços transforma esses dados em informações e serão tanto mais eficientes
quanto melhores informações produzir. Em linhas gerais podem-se listar as seguintes
informações produzidas pela análise de balanços:
- Situação financeira
- Situação econômica
- Desempenho
- Eficiência na utilização de recursos
- Pontos fortes e fracos
- Tendências e perspectivas
- Quadro evolutivo
- Adequação das fontes às aplicações de recursos
- Causa das alterações na rentabilidade
- Evidências de erros na administração
- Providências que deveriam ser tomadas e não foram
- Avaliações de alternativas econômico-financeiras futuras.
Também foram acrescentadas análises verticais e horizontais como parâmetro comparativo
entre os valores. No entanto o estudo da evolução destes valores será mais bem apresentado
no estudo dos Índices do Balanço apresentados no item 6.7.
80
Exercício findo em:2009 2010 2011 2012 2013
AV AH AV AH AV AH AV AH AV AH1. ATIVO1.1. Ativo Circulante1.1.1. Caixa e bancos1.1.2. Duplicatas a receber1.1.3. Estoques
30%43%20%
100%100%100%
9%53%16%
38%152%99%
9%47%13%
46%162%93%
9%41%13%
50%163%106%
8%37%12%
52%170%119%
Total ativo circulante 108% 100% 79% 104% 70% 110% 62% 114% 57% 121%
1.2 Realizável a longo prazo1.2.1 Ações de outras empresas1.2.2 Aplicações de longo prazo
--
--
-17%
-100%
-30%
-218%
-38%
-319%
-43%
-415%
Total do Realizável à longo prazo
- - 17% 100% 30% 218% 38% 319% 43% 415%
1.3. Ativo permanente1.3.1. Imobilizado1.3.2. (-) Depreciação acumulada1.3.3. Diferido
9%0,4%
-
100%100%100%
7%0,3%
-
100%200%100%
6%0,2%
-
100%300%100%
5%0,2%
-
100%100%
-
4%0,2%
-
100%100%
-
Total ativo permanente 7% 100% 5% 78% 3% 55% 1% 33% 0,4% 11%
ATIVO TOTAL 100% 100% 100% 122% 100% 146% 100% 171% 100% 197%
2. PASSIVO2.1. Passivo Circulante2.1.1. Salários e Encargos a pagar2.1.2. Impostos & Contribuições2.1.3. Fornecedores2.1.4. Bancos2.1.5. Outros
21%
13%32%4%
0,7%
100%
100%100%100%100%
18%
11%28%2%
0,4%
105%
105%105%105%104%
16%
10%24%2%
0,4%
110%
110%110%110%109%
14%
9%22%2%
0,4%
116%
116%116%116%114%
13%
8%20%2%
0,3%
122%
122%122%122%120%
Total passivo circulante 69% 100% 59% 105% 52% 110% 47% 116% 43% 122%
2.2 Exigível a longo prazo2.2.1. Financiamentos2.2.2. Empréstimos
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
Total do exigível à longo prazo - - - - - - - - - -
2.3. Patrimônio Líquido2.3.1. Capital social2.3.2. Lucros/Prejuízos acumulados
16%15%
100%100%
13%27%
110%221%
11%36%
100%353%
9%43%
100%493%
8%49%
100%640%
Total patrimônio líquido 31% 100% 40% 159% 47% 224% 53% 293% 57% 365%
PASSIVO TOTAL 100% 100% 100% 122% 100% 146% 100% 171% 100% 197%
Tabela 10: Análise Financeira do Balanço Patrimonial. (Criado pelos Autores – 2009)
6.4 Demonstração dos Resultados do Exercício (DRE)
A DRE é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período.
Através dessa demonstração, pode-se verificar o resultado que a empresa obteve (lucro ou
prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, geralmente
igual a um ano. Pode ser simples para micro ou pequenas empresa que não requeiram dados
pormenorizados para a tomada de decisão. A DRE completa, exigida pela Lei 6404/76,
81
fornece maiores minúcias para a tomada de decisão: grupos de despesas, vários tipos de
lucros, destaque dos tributos, etc. Para o Projeto Absoluta optamos pela DRE Simples.
Discriminação 2009 2010 2011 2012 2013 1. Receita bruta de vendas 644.040,00 669.801,60 703.291,68 738.456,26 782.763,632. (-) Deduções (193.184,00) (133.960,32) (140.658,33) (147.691,25) (156.552,72)3. Receita líquida de vendas 450.856,00 565.841,28 562.633,35 590.765,01 626.210,914. (-) Custo produtos vendidos
(137.987,04) (173.147,43) (172.165,80) (180.774,09) (191.620,53)
5. Margem de contribuição 312.868,96 392.693,85 390.467,55 409.990,92 434.590,386. (-) Despesas operacionais (49.837,41) (51.762,18) (65.100,88) (70.541,19) (78.550,92)6.1. Despesas administrativas
(11.040,00) (11.592,00) (12.171,60) (12.780,18) (13.419,19)
6.2. Despesas de marketing (26.652,41) (22.357,68) (29.432,66) (28.563,11) (30.213,62)6.3. Despesas gerais (6.810,00) (7.142,50) (7.491,62) (7.858,20) (8.243,11)6.4. Depreciação acumulada (5.335,00) (10.670,00) (16.005,00) (21.340,00) (26.675,00)7. Resultado operacional 263.031,55 340.931,67 325.366,67 339.449,43 356.039,468. Receitas financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009. (-) Juros de financiamento
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
10. Resultado antes do I.R. 263.031,55 340.931,67 325.366,67 339.449,43 356.039,4611. (-) IR alíquota – 15% 39.454,73 51.139,75 48.805,00 50.917,41 53.405,9212. Lucro líquido 223.576,82 289.791,92 276.561,67 288.532,02 302.633,54
Tabela 11: Demonstrativo de Resultados. (Adaptado de DOLABELA, 1999)
6.5 Análise Financeira da DRE
É através da análise destes indicadores, calculados a partir dos dados disponíveis na DRE, que
os analistas obtêm uma fotografia mais clara da situação e desempenho recente da empresa.
Este tipo de análise é importante para avaliar a estrutura e a composição dos itens seja de
balanço, ou resultado, e pode acusar imediatamente áreas de maior interesse para
investigação.
Através da Análise Vertical da DRE podemos observar o valor relativo de cada conta em
relação a Receita Bruta de Vendas.
- O Lucro Bruto apresenta uma evolução ao longo do período estimado, com destaque
ao ano 2010 (51%) em relação a 2009 (41%), e nos anos subseqüentes mantém uma média
de 45%, devido a aplicação de recursos no ativo.
- A empresa opta em concentrar uma parte de seus recursos do ativo para investir em
aplicações em longo prazo, com expectativas de expansão futura através da concessão de
franquias.
82
- As despesas administrativas e de vendas mantiveram-se praticamente constantes,
portanto o resultado positivo e o lucro operacional é conseqüência direta do
acompanhamento dos gestores.
- Observa-se um bom desempenho em relação ao Lucro líquido que apresentou um
crescimento em 2010 (43%) em relação a 2009 (35%), mantendo-se estável nos anos
subseqüentes. A margem de Lucro Líquido poderá ser revista através de alterações dos
preços de venda e custos do produto.
A Análise Horizontal permite que se avaliem demonstrações financeiras em determinado
intervalo de tempo, para tanto, fixa o ano inicial como base 100, e os demais anos sucessivos
variando em relação a este valor base.
- Observamos que as Receitas Brutas do período avaliado vem evoluindo
gradativamente dentro das expectativas projetadas, resultante de uma expansão nas vendas
100% em 2009 e 121% em 2013.
- Recomenda-se um melhor acompanhamento em relação aos custos de vendas e prazos
os quais vem apresentando um crescimento que poderá impactar no Lucro Líquido ao final
do período projetado.
- O Lucro Operacional apresenta uma variação de 135% superior ao Lucro Bruto de
121%, devido a um crescimento nas despesas operacionais e administrativas, pontuando
um acompanhamento direcionado para não refletir no Lucro Líquido.
- Lucro Final apresenta oscilações apesar da variação positiva do Lucro Bruto, o
desempenho final foi neutralizado pelo aumento das Despesas Financeiras que impactaram
o Lucro, sendo que a sua investigação e respectiva resposta para o fato, ajudarão a
compreender as decisões gerencias que culminaram no resultado do exercício.
Discriminação2009 2010 2011 2012 2013
AV AH AV AH AV AH AV AH AV AH1. Receita bruta de vendas 100% 100% 100% 104% 100% 109% 100% 115% 100% 121%2. (-) Deduções 30% 100% 20% 69% 20% 73% 20% 76% 20% 81%3. Receita líquida de vendas 70% 100% 84% 125% 80% 125% 80% 131% 80% 139%4. (-) Custo produtos vendidos
21% 100% 26% 125% 24% 125% 24% 131% 24% 139%
5. Margem de contribuição 49% 100% 59% 125% 56% 125% 56% 131% 55% 139%6. (-) Despesas operacionais 8% 100% 7% 104% 9% 131% 9% 141% 10% 158%6.1. Despesas administrativas
2% 100% 2% 105% 1,8% 110% 1,8% 116% 1,7% 121%
6.2. Despesas de marketing 4% 100% 3% 84% 4% 110% 4% 107% 4% 113%6.3. Despesas gerais 1% 100% 1% 105% 1% 110% 1% 115% 1% 121%6.4. Depreciação acumulada 0,8% 100% 1% 200% 2% 300% 3% 400% 3% 500%7. Resultado operacional 41% 100% 51% 130% 46% 124% 46% 129% 45% 135%8. Receitas financeiras - 100% - - - - - - - -9. (-) Juros de - 100% - - - - - - - -
83
financiamento10. Resultado antes do I.R. 41% 100% 51% 130% 46% 124% 46% 129% 45% 135%11. (-) IR alíquota – 15% 6% 100% 7% 130% 7% 124% 7% 129% 7% 135%12. Lucro líquido 35% 100% 43% 130% 39% 124% 39% 129% 38% 135%
Tabela 12: Análise Financeira da DRE. (Criado pelos Autores – 2009)
6.6 Fluxo de Caixa
A importância do fluxo de caixa vai além do simples demonstrativo de entrada e saída de
recursos num dado período, permite avaliar as alternativas de investimentos e as razões que
provocam as mudanças da situação financeira da empresa, as formas de aplicação do lucro
gerado pelas operações e até mesmo os motivos das eventuais variações do capital de giro.
A projeção visa antecipar sobras de caixa (para aplicar) ou falta de caixa (para financiá-la),
sob o ponto de vista analítico, evidenciará o grau de eficiência da administração dos recursos
da empresa.
ATIVO 2009 2010 2011 2012 2013
Circulante 296.317,08 307.912,45 324.576,74 338.277,14 358.746,50
Caixa e Bancos 96.002,08 36.949,49 43.817,86 48.035,35 50.224,51
Duplicatas a Receber (Clientes) 136.125,35 206.814,55 220.742,81 222.071,87 232.072,24
Estoque 64.189,65 64.148,41 60.016,07 68.169,92 76.449,75
Permanente 23.910,00 18.575,00 13.240,00 7.905,00 2.570,00
Imobilizado 28.075,00 28.075,00 28.075,00 28.075,00 28.075,00
Depreciação Acumulada (-) (5.335,00) (10.670,00) (16.005,00) (21.340,00) (26.675,00)
Diferido 1.170,00 1.170,00 1.170,00 1.170,00 1.170,00
Total 320.227,08 326.487,45 337.816,74 346.182,14 361.316,50
Variação Anual - 1,95% 3,47% 2,48% 4,37%
PASSIVO 2009 2010 2011 2012 2013
Circulante 222.127,43 233.267,02 244.963,58 257.244,97 270.140,43
Salários e Encargos 67.993,44 71.393,11 74.962,77 78.710,91 82.646,45
Impostos e Contribuições 40.775,39 40.775,39 45.039,36 47.332,54 49.740,38
Bancos 9.000,00 9.450,00 9.922,50 10.418,63 10.939,56
Fornecedores 102.633,60 107.765,28 113.153,54 118.811,22 124.751,78
Outros 1.725,00 1.803,25 1.885,41 1.971,68 2.062,26
Exigível a Longo Prazo - - - - -
Financiamentos - - - - -
Empréstimos - - - - -
Patrimônio Líquido 98.099,65 156.448,38 220.048,09 287.061,33 357.658,76
Capital Social 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00
84
Lucro/Prejuízo 48.099,65 106.448,38 170.048,09 237.061,33 307.658,76
Total 272.127,43 389.715,40 465.011,67 544.306,30 627.799,19
Variação Anual - 43,21% 19,32% 17,05% 15,34%
Tabela 13: Fluxo Caixa (Criado pelos Autores – 2009)
6.7 Demonstrações dos Índices de Balanço
Aqui podemos ter uma idéia mais clara da real situação da empresa. Os índices de balanço são
divididos em 4 grupos, que demonstram diferentes aspectos da empresa: Liquidez,
Endividamento, Rentabilidade e Giro.
6.7.1 Índices de Liquidez
O Índice de Liquidez Seca (ILS) tem como objetivo apresentar a capacidade de pagamento da
empresa no curto prazo sem levar em conta os estoques, que são considerados como
elementos menos líquidos do ativo circulante. Após retirarmos os estoques do cálculo, a
liquidez da empresa passa a não depender de elementos não-monetários, suprimindo a
necessidade do esforço de “venda” para quitação das obrigações de curto prazo. A empresa
projeta uma posição positiva no período analisado quanto a liquidez de suas obrigações
registradas no passivo circulante (Tabela 14).
Liquidez Seca2009 2010
96.002,08 + 136.125,35 = 232.127,43 = 1,05 222.127,43 222.127,43
243.764,04 = 1,05 233.267,02
2011 2012
264.560,67 = 1,08 244.963,58
270.107,22 = 1,05 257.244,97
2013
282.296,75 = 1,05 270.140,43
Tabela 14: Índices de Liquidez Seca (Criado pelos Autores – 2009)
85
A simples divisão entre ativo circulante (AC) e passivo circulante (PC) produz o Índice de
Liquidez Corrente (ILC), que reflete a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo.
Refere-se a relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja de cada R$
1,00 aplicados no ativo circulante a Empresa apresenta uma projeção positiva para cobrir o
passivo circulante indicando a existência de um Capital de Giro Positivo.
Liquidez Corrente2009 2010
296.317,00 = 1,33 222.127,43
307.912,43 = 1,32 233.267,02
2011 2012
324.576,74 = 1,32 244.963,58
338.277,14 = 1,32 257.244,97
2013
358.746,50 = 1,33 270.140,43
Tabela 15: Índices de Liquidez Corrente (Criado pelos Autores – 2009)
O Índice de Liquidez Geral (ILG) é calculado a partir da divisão da soma dos ativos circulante
(AC) e realizável em longo prazo (RLP) pela soma dos passivos circulante (PC) e exigível em
longo prazo (ELP). Sua função é indicar a liquidez da empresa em longo prazo, ela representa
a saúde financeira da empresa. Esta análise pode revelar-se prejudicada caso haja um grande
desequilíbrio entre os itens componentes de longo prazo registrados no ativo e passivo. De
qualquer forma estes índices devem ser interpretados conjuntamente, acompanhando sua
evolução.Os índices analisados (Tabela 16) apresentam uma tendência positiva na projeção de
5 anos, mostrando a evolução econômica financeira da empresa.
86
Liquidez Geral2009 2010
296.317,08 + 0,00 = 296.317,08 = 1,33222.127,43 + 0,00 222.127,43
373.140,40 = 1,60 233.267,02
2011 2012
467.011,67 = 1,91 244.963,58
546.306,29 = 2,02 257.244,97
2013
629.799,09 = 2,33 270.140,43
Tabela 16: Índices de Liquidez Geral (Criado pelos Autores – 2009)
6.7.2 Índices de Endividamento
Estes indicadores relacionam as fontes de financiamento entre si, identificam a posição
relativa do capital próprio em relação a capital de terceiros. Sua importância reside no fato de
demonstrar a dependência da empresa em relação a capital de terceiros, quanto menor a
dependência de capital de terceiros, melhor a liquidez da empresa e, portanto, menor o seu risco
financeiro. Se esse índice for consistente e acentuadamente maior que 1, indicaria uma
dependência exagerada de recursos de terceiros. Este é um sintoma típico das empresas que vão à
falência, apresentam alto índice de recursos de terceiros durante um longo período.
A análise da empresa aponta para uma perspectiva positiva devido ao crescimento do patrimônio
líquido, nos oferecendo a possibilidade de não recorrer a capital de terceiros. Observa-se (Tabela
17) que no segundo ano a empresa conseguiu recuperar o Capital Investido.
87
Capital Próprio / Terceiros2009 2010
222.127,43 + 0,00 = 222.127,43 = 2.26= 226% 98.099,65 98.099,65
233.267,02 = 1.49= 149% 156.448,38
2011 2012
244.963,58 = 1,11= 111% 220.048,09
257.244,97 = 0,90= 90% 287.061,33
2013
270.140,43 = 0,76 = 76% 357.658,76
Tabela 17: Índices de Endividamento – Capital Próprio / Terceiros (Criado pelos Autores – 2009)
A Composição do Endividamento (Tabela 18) representa a composição total do
endividamento relacionando a parcela que vence em curto prazo em relação aos vencimentos
em longo prazo. Se a empresa está sendo financiada com recursos de longo prazo, à medida
que ela ganha capacidade operacional, espera-se que tenha condições de começar a amortizar
suas dívidas. Não se evidencia comprometimento quanto a composição de endividamento em
curto prazo em relação a vencimentos de longo prazo, a empresa opta pela não utilização de
Capital de Terceiros.
Composição do Endividamento2009 2010
222.127,43 = 222.127,43 = 100%222.127,43 + 0,00 222.127,43
233.267,02 = 100% 233.267,02
2011 2012
244.963,58 = 100% 244.963,58
257.244,97 = 100% 257.244,97
2013
88
270.140,43 = 100% 270.140,43
Tabela 18: Composição do Endividamento (Criado pelos Autores – 2009)Os índices de Imobilização do Patrimônio Líquido indicam qual o percentual de recursos não
correntes que foi destinado ao ativo permanente, ou seja, o quanto a empresa pode
disponibilizar para imobilização nos recursos não correntes: investimentos em equipamentos,
estrutura, etc. (Tabela 19 e 20).
Imobilização do Patrimônio Líquido2009 2010
23.910,00 = 0,24 = 24% 98.099,65
18.575,00 = 0,12 = 12% 156.448,38
2011 2012
13.240,00 = 0,06 = 6% 220.048,09
7.905,00 = 0,03 = 3% 287.061,33
2013
2.570,00 = 0,01 = 0,7% 357.658,76
Tabela 19: Imobilização do Patrimônio Líquido (Criado pelos Autores – 2009)
Imobilização dos Recursos Não Correntes (IRNC)2009 2010
23.910,00 = 23.910,00 = 0.24 = 24% 98.099,65 + 0 98.099,65
18.575,00 = 0.12= 12% 156.448,38
2011 2012
13.240,00 = 0.06= 6% 220.048,09
7.905,00 = 0.03= 3% 287.061,33
2013
2.570,00 = 0.01= 0,07%
89
357.658,76
Tabela 20: Imobilização dos Recursos não Correntes (IRNC) (Criado pelos Autores – 2009)
6.7.3 Rentabilidade
A margem líquida determina a porcentagem de lucro após a dedução de todas as despesas,
inclusive o imposto de renda, e é calculada como sendo o quociente entre o lucro líquido e a
receita líquida de vendas da empresa. Observa-se uma projeção positiva de Rentabilidade
(Tabela 21), no período analisado.
Margem Líquida2009 2010
223.576,82 = 0,50 = 50% 450.856,00
289.791,92 = 0,51 = 51% 565.841,28
2011 2012
276.561,67 = 0,49 = 49% 562.633,35
288.532,02 = 0,49 = 49% 590.765,01
2013
302.633,54 = 0,48 = 48% 626.210,91
Tabela 21: Rentabilidade – Margem Líquida (Criado pelos Autores – 2009)
A Rentabilidade Ativa mostra o quanto a empresa obteve de lucro liquido em relação ao ativo.
É uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa, não é exatamente uma
medida de rentabilidade de capital, e sim uma medida da capacidade da empresa de gerar o
lucro liquido, e assim poder capitalizar-se. É ainda uma medida de desempenho de seu
crescimento ano a ano. Os índices (Tabela 22) mostram que na projeção para 5 anos, a
Empresa terá uma queda em sua capacidade de gerar lucro líquido, capitalizando seus
recursos no ativo.
90
Rentabilidade Ativa2009 2010
223.576,82 = 0,70 = 70% 320.227,08
289.791,92 = 0,74 = 74% 391.715,40
2011 2012
276.561,67 = 0,59 = 59% 467.011,67
288.532,02 = 0,53 = 53% 546.306,29
2013
302.633,54 = 0,48 = 48% 629.799,19
Tabela 22: Rentabilidade Ativa (Criado pelos Autores – 2009)
Os índices de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é a verificação pura e simples do lucro
líquido, é preciso comparar este valor com o capital próprio investido, mostrar qual a taxa de
rendimento do capital próprio e compara-la com a de outros rendimentos alternativos de
mercado tais como: caderneta de poupança, CDBs, letras de câmbio, ações, etc., avaliando se
a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior às demais opções de investimento.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido2009 2010
223.576,82 = 2,28 = 228% 98.099,65
289.791,92 = 1,85 = 185% 156.448,38
2011 2012
276.561,67 = 1,26 = 126% 220.048,09
288.532,02 = 1,01 = 101% 287.061,33
2013
302.633,54 = 0,85 = 85%
91
357.658,76
Tabela 23: Rentabilidade do Patrimônio Líquido (Criado pelos Autores – 2009)
6.7.4 Giro Ativo
Demonstra quantas vezes o ativo girou como resultado ou efeito das vendas ou quanto a
empresa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total. É conveniente, na análise de balanço,
fazer relação do volume de vendas com outros fatores a fim de se conhecer se o rendimento
ou desempenho foi ou não satisfatório, verificar qual a representatividade do faturamento em
relação ao capital investido. Este índice é de extrema importância, a empresa investe capital
esperando um bom retorno, desta maneira, é imprescindível verificar se o que está sendo
investido está sendo compensatório, em relação às vendas. Na projeção anual (Tabela 24) fica
evidente a queda do giro ativo da empresa, sinalizando a necessidade de acompanhamento e
revisão de seus investimentos, estoques e prazos das duplicatas a receber.
Giro Ativo2009 2010
450.856,00 = 1,31 320.227,08
565.841,28 = 1,44 391.715,40
2011 2012
562.633,35 = 1,20 467.011,67
590.765,01 = 1,08 546.306,29
2013
626.210,91 = 0,99 629.799,19
Tabela 24: Giro Ativo (Criado pelos Autores – 2009)
6.7.5 Sumário de Índices
A metodologia da análise de índices financeiros é a técnica de análise mais largamente
utilizada e difundida no ambiente financeiro. Para responder questões como: os valores dos
índices estão altos ou baixos, se são bons ou ruins, é necessário ter uma base de comparação.
92
Gitman classifica estas comparações como "Análise série-temporal é a avaliação do
desempenho financeiro da empresa ao longo do tempo, utilizando a análise financeira
baseada em índices." (GITMAN p.105, 1997)
De um modo geral, quando quer se avaliar em curto prazo, procura-se avaliar os índices de
liquidez, índices de capital giro e índices de rentabilidade, uma vez que estes índices
fornecem informações que são críticas ao curto prazo.
Descrição 2009 2010 2011 2012 2013LIQUIDEZLiquidez Seca 1,05 1,05 1,08 1,05 1,05Liquidez Corrente 1,33 1,32 1,32 1,32 1,33Liquidez Geral 1,33 1,60 1,91 2,02 2,33ENDIVIDAMENTOCapital Próprio/Terceiros 226% 149% 111% 90% 76%Composição do Endividamento
100% 100% 100% 100% 100%
Imobilização do PL 24% 12% 6% 3% 0,7%IRNC 24% 12% 6% 3% 0,07%RENTABILIDADEMargem Líquida 50% 51% 49% 49% 48%Rentabilidade Ativa 70% 74% 59% 53% 48%Rentabilidade do PL 228% 185% 126% 101% 85%GIRO ATIVO 1,31 1,44 1,20 1,08 0,99
Tabela 25: Sumário de Índices (Criado pelos Autores – 2009)
6.8 Análise de Rentabilidade do Negócio
Existem muitas formas de se avaliar a rentabilidade de uma empresa. Cada uma delas se
relaciona a um tipo de retorno da empresa, por exemplo, às vendas, aos seus ativos, ao seu
patrimônio liquido, ou ao valor das suas ações. Como um todo, "essas medidas permitem a
quem analisa avaliar os lucros da empresa em confronto com um dado nível de vendas, um
certo nível de ativos, o investimento dos proprietários, ou o valor da ação." GITMAN (1997
p. 120).
As informações necessárias para o desempenho destes índices concluem o sistema de
informações econômico-financeiro da micro ou pequena empresa, que nesse caso, são seus
dados administrativos e contábeis.
93
A gestão econômica é o conjunto de decisões e ações orientada por resultados, mensurados
segundo conceitos econômicos, procura avaliar a forma pela qual a empresa atinge seus
resultados econômicos, e tem como ponto e sustentação o planejamento e o controle,
consolida as demais, tendo em vista que todas as atividades em uma empresa devem estar
voltadas para o resultado econômico.
O Plano de Negócios desenvolvido para abertura da empresa é considerado viável, visto que
possui uma taxa de atratividade de 187% e um retorno do capital investido em 2 anos. Os
lucros são considerados na ordem de 31%, como podemos observar na tabela abaixo:
Descrição 2009 2010 2011 2012 2013
Receita Líquida 450.856,00 565.841,28 562.633,35 590.765,01 626.210,91
Despesas Operacionais (44.502,41) (41.092,18) (49.095,88) (49.201,19) (51.875,92)
Custo Mercadoria
Vendida(137.987,04) (173.147,43) (172.165,80) (180.774,09) (191.620,53)
Depreciação (5.335,00) (10.670,00) (16.005,00) (21.340,00) (26.675,00)
Lucro Antes (IR) 263.031,55 340.931,67 325.366,67 339.449,43 356.039,46
IR 15% (39.454,73) (51.139,75) (48.805,00) (50.917,41) (53.405,92)
Fluxo Operacional 223.576,82 289.791,92 276.561,67 288.532,02 302.633,54
Investimentos - 65.227,95 142.434,93 208.029,15 271.052,69
Fluxo do Projeto 223.576,82 355.019,87 418.996,60 496.561,17 573.686,23
Valor Presente Líquido 219.171,47 348.024,57 410.740,71 486.776,95 562.382,34
Pay Back 12 Meses 100% 159% 187% 222% 256%
Tabela 26:Análise da Rentabilidade (Criado pelos Autores – 2009)
94
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização desta pesquisa evidenciamos a problemática das micro e pequenas empresas
as quais representam a grande maioria das empresas nacionais e, conseqüentemente, maior
representatividade em termos quantitativos de empregados. As pesquisas apontam que o
principal problema enfrentado por estas empresas é a falta de planejamento antes e no
decorrer da execução de suas atividades, poucas planejam um caminho a percorrer no papel,
fazendo anotações e cálculos, tentando prever seu futuro.
Sendo assim, vimos que o Planejamento Estratégico estabelecido através de um Plano de
Negócios pode contribuir para a mudança desse quadro. Vimos que no processo de gestão
planejar é fundamental. Estabelecer objetivos, princípios, prever, atingir metas, sugere o
processo de gestão da organização. Só com esses planos traçados, os gestores saberão qual a
melhor decisão a tomar operacional, financeira e economicamente. Executar os planos e
realizar a comparação entre o traçado e o realizado e, eventualmente corrigir o processo,
chegando assim a um resultado final.
Foram descritos alguns conceitos importantes sobre administração, visão e gestão estratégica
que em muito podem contribuir para a reflexão dos administradores. O planejamento
estratégico está diretamente relacionado com o futuro e, mais importante ainda, em uma
estratégia para o alcance de resultados.
95
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APÊNDICES
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