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Otimização atraves de projeto elétrico e vantagens e desvantagens da aplicação de LED no sistema elétrico
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SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Centro de Formação Profissional Gerson Dias
André Carlos Souza Valadão
Antônio Evódio Pinto
Cintia Miranda de Oliveira
Natália Aparecida Ribeiro
OTIMIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL
Pedro Leopoldo
2015
André Carlos Souza Valadão
Antônio Evódio Pinto
Cintia Miranda de Oliveira
Natália Aparecida Ribeiro
OTIMIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao – SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Centro de Formação Profissional Gerson Dias, como requisito parcial à obtenção do certificado de Técnico em Eletrotécnica.
Orientador: Agenor Eugênio Michelini
Pedro Leopoldo
2015
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Centro de Formação Profissional Gerson Dias
Trabalho de conclusão de curso intitulado “Otimização da Instalação Elétrica Predial”, de
autoria de André Carlos Souza Valadão, Antônio Evódio Pinto, Cintia Miranda de Oliveira e
Natália Aparecida Ribeiro, aprovado pela banca examinadora constituída pelos seguintes
membros:
______________________________________________
Orientador
______________________________________________
Supervisor
______________________________________________
Supervisor
Nota de aprovação: __________
Pedro Leopoldo, ______/ _____________________/ _______
Av. Coronel Juventino Dias, 856 – Centro – Pedro Leopoldo, MG – 33600-000 – Brasil – Tel: (031) 3662-3615
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradecemos a Deus, pelas oportunidades concedidas durante este
processo de aprendizado. Aos nossos familiares e companheiros, que compartilharam do
nosso ideal e o alimentaram, incentivando-nos a prosseguir a jornada, fossem quais fossem
os obstáculos. Ao Professor Agenor Eugênio Michelini, orientador deste trabalho de
conclusão de curso, pelo incentivo e empenho dedicados para nos auxiliar na realização
deste trabalho.
“Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve
que renunciar para conseguir”. (Dalai Lama)
RESUMO
Seguir as normas ABNT 5410 e realizar o projeto elétrico são práticas simples que
devem ser feitas em instalações prediais para que se tenha o máximo de qualidade
nas instalações elétricas, amenizar riscos e proporcionar aos moradores mais
confiabilidade e tranqüilidade.
Mas quando se trata de instalações elétricas antigas e fora de parâmetros
normativos de segurança, temos a situação onde as mesmas não foram projetadas
para o grande número de eletroeletrônicos e aparelhos de grande potencia
atualmente, e tiveram que se enquadrar no atual modo de vida. Grande parte dessas
edificações não fizeram alterações nas suas instalações para receber essas novas
cargas, fazendo com que as mesmas ficassem sobrecarregadas e com falta de
seletividade, proporcionando assim um ambiente pouco seguro, uma vez que
instalações nessas condições podem causar choques elétricos e incêndios,
colocando em risco a vida de funcionários e moradores das edificações. Como nem
sempre as instalações elétricas de edificações mais antigas estão projetadas para
suprir as atuais necessidades dos usuários, muitas estão investindo na
modernização de suas estruturas, a fim de estar em conformidade com as normas
técnicas vigentes, adaptá-las às novas tecnologias e reduzir o consumo de energia.
Essa prática de otimização (retrofit), que nada mais é do que atualizar as instalações
com foco na melhoria da segurança e da eficiência do sistema, com base na
substituição de equipamentos e estruturas antigas, por tecnologias de ponta. Mas
essa prática não se mostra tão simples como parece ser, pois a má escolha
equipamentos tem gerado efeito reverso à esse investimento. Para que a otimização
seja alcançada é preciso integração desde o projeto, instalação e equipamentos de
alta eficiência. Esse trabalho apresenta de forma simples e objetiva a importância da
aplicação de critérios para que a partir da otimização (retrofit), a qualidade de vida
dos moradores pode ser melhorada por diversos motivos e um dos principais é a
economia.
Palavras-chave:(Importância da Norma – Eficiência energética das Instalações –
Economia)
ABSTRACT
Follow the ABNT 5410 standards and carry out electrical design are simple practices
that should be made in building facilities in order to have better quality of electrical
installations, mitigate risks and provide residents more reliability and peace of mind.
But when it comes to old electrical and out of normative safety parameters facilities,
we have the situation where they were not designed for the large number of
electronics and appliances currently of great power, and had to fit in the current way
of life. Most of these buildings have not made changes in its facilities to receive these
new charges, causing the same stay overburdened and lack of selectivity, thus
providing an unsafe environment, since facilities in these conditions can cause
electrical shock and fire, putting endangering the lives of employees and residents of
buildings. As not always the electrical installations of older buildings are designed to
meet the current needs of users, many are investing in the modernization of its
structures in order to comply with existing technical standards, adapt to new
technologies and reduce the energy consumption.
This optimization practice (retrofit), which is nothing more than updating the facilities
with a focus on improving the safety and efficiency of the system, based on
replacement equipment and old structures by cutting-edge technologies. But this
practice does not seem as simple as it seems, because the bad choice equipment
has generated reverse effect to that investment. For the optimization is achieved is
necessary integration from design, installation and high efficiency equipment. This
paper presents a simple and objective way the importance of applying criteria for that
from the optimization (retrofit), the quality of life of residents can be improved for
different reasons and one of the main ones is the economy.
Keywords: (Importance of the Standard - Energy efficiency of the facilities -
Economy)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Dimensionamento de condutores ............................................................ 18
Figura 2 - Potencial de economia de energia com sensor de presença e
luminosidade ............................................................................................................. 23
Figura 3 - Variação da temperatura de cor da luz no mesmo ambiente .................... 25
Figura 4 - Supermercado com iluminação fluorescente (esquerda) e Led (direita) ... 27
Figura 5 - Sombras múltiplas geradas por iluminação a Led. ................................... 28
Figura 6 - Curva de distribuição luminosa de uma lâmpada tubular de Led .............. 28
Figura 7 - Dados elétricos medidos em uma lâmpada tubular de Led ...................... 29
Figura 8 - Luminária com aletas planas brancas (esquerda); curva de distribuição
luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)
e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita). ....................................... 31
Figura 9 - Luminária com aletas parabólicas (esquerda); curva de distribuição
luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)
e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita). ....................................... 31
Figura 10 - Conceitos de iluminação ......................................................................... 35
Figura 11 - Quadro de distribuição ........................................................................... 45
Figura 12 - Extensão em tomadas ............................................................................ 46
Figura 13 - Extensão de tomada para microondas .................................................... 47
Figura 14 - Extensão de tomada para cafeteira e torradeira ..................................... 47
Figura 15 - Torneira elétrica ...................................................................................... 48
Figura 16 - Chuveiro elétrico ..................................................................................... 49
Figura 17 - Chuveiro elétrico .................................................................................... 49
Gráfico 1- Estatística da Abracopel .......................................................................... 41
Quadro 1 - Valores padrões de iluminância dos diversos ambientes ........................ 36
Quadro 2 - Exemplos de consumos em stand-by ..................................................... 39
Tabela 1 - Comparação dos fluxos luminosos totais de cada conjunto e da eficácia
luminosa .................................................................................................................... 32
Tabela 2 - Perdas elétricas em reatores eletromagnéticos ....................................... 37
LISTA DE SIGLAS
A Ampere
KW Kilo - Watt
M Unidade de Metro
M² Unidade de Metro Quadrado
MM Unidade de Milímetro
NBR Norma Brasileira
TUE Tomada de Uso Específico
TUG Tomada de Uso Geral
W Watt
VA Volt - Ampere
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10
1.1 Justificativa ...................................................................................................... 11
1.2 Objetivos gerais ............................................................................................... 11
1.3 Objetivos específicos ....................................................................................... 11
1.4 Metodologia ..................................................................................................... 12
2. OTIMIZAR: O PRIMEIRO PASSO ........................................................................ 13
2.1 Instalação elétrica predial ................................................................................ 14
2.2 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento de carga de
iluminação .............................................................................................................. 15
2.3 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento da carga de
tomadas ................................................................................................................. 16
2.4 Critérios estabelecidos pela NBR 5410:2004 para a divisão de circuitos ........ 17
2.5 Dimensionamento dos condutores e dos disjuntores dos circuitos .................. 18
2.6 Condutor de proteção – PE (condutor terra) .................................................... 19
3. NOVAS TECNOLOGIAS ....................................................................................... 21
3.1 Por que controlar? ........................................................................................... 22
3.2 Otimização das instalação com Led’: algumas precauções............................. 26
3.3 Otimização da instalação em circuitos de iluminação ...................................... 34
3.4 Luminárias ....................................................................................................... 41
3.5 Manutenção ..................................................................................................... 42
3.6 Reatores .......................................................................................................... 42
4. AVALIAÇÃO DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA ................................................. 44
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 52
10
1. INTRODUÇÃO
Toda edificação está fadada ao desgaste natural decorrente da ação do tempo sobre
suas estruturas. Não importa se são residenciais, corporativos ou industriais; com o
passar dos anos, os prédios começam a apresentar deformidades. Rachaduras,
vazamentos, infiltrações e falhas no funcionamento de equipamentos e instalações
são algumas delas. Esses efeitos somados propiciam a desvalorização comercial do
imóvel e prejuízos financeiros, como a paralisação das atividades produtivas e o
desperdício de energia elétrica. Quando se trata de instalações elétricas, os danos
podem ser ainda maiores, uma vez que instalações antigas e fora de parâmetros
normativos de segurança podem causar choques elétricos e incêndios, colocando
em risco a vida de funcionários e moradores do edifício. Como nem sempre as
instalações elétricas de edificações mais antigas estão projetadas para suprir as
atuais necessidades dos usuários, muitas empresas estão investindo na
modernização de suas estruturas, a fim de estar em conformidade com as normas
técnicas vigentes, adaptá-las às novas tecnologias e reduzir o consumo de energia.
Essa prática conhecida como otimização (retrofit), que nada mais é do que atualizar
as instalações com foco na melhoria da segurança e da eficiência do sistema, com
base na substituição de equipamentos e estruturas antigas por tecnologias de ponta.
A partir do retrofit, a qualidade de vida dos moradores pode ser melhorada por
diversos motivos e um dos principais é a economia. Um retrofit de instalações
elétricas pode reduzir em cerca de 50% a conta de energia elétrica, podendo chegar
a valores maiores dependendo da atual situação da edificação. Um projeto de retrofit
custa de R$5 mil a R$50 mil, dependendo do tamanho e das características
específicas dos edifícios ou das residências. O retorno do investimento pode ser
obtido de dois a três anos. Quando se pensa em retrofit, torna-se necessário
verificar se o nível de consumo de energia – comparado com o que hoje é
caracterizado como eficiente – está dentro de um parâmetro razoável.
Buscando a otimização da instalação elétrica predial apresentamos a importância de
se aplicar as normas e critérios que devem ser observados para escolha de
equipamentos, pois a correta instalação de equipamentos e de alto rendimento,
11
influenciam diretamente na qualidade da instalação, para que as mesmas possam
oferecer confiabilidade e se tornarem mais seguras.
1.1 Justificativa
Para que esse investimento em otimização não se torne uma “dor de cabeça”, é
preciso que além de um projeto bem detalhado e dimensionado, e tenha técnicos
qualificados e comprometidos com a qualidade empregada na realização do
serviço, pois problemas como mal contato e quedas de tensão podem ser geradas
por falha no momento da instalação. Um fator que tem provocado bastante impacto
nas instalações elétricas atuais, são um volume maior de aparelhos. E o maior
problema não esta relacionado a potencia elétrica dos mesmos, e sim a eficiência,
pois se encontram no mercado uma grande variedade de produtos, e é preciso ter
certos conhecimentos para instalação desses equipamentos. Muitos aparelhos e
equipamentos se apresentam como a tecnologia do momento, mas trazem consigo
uma serie de perturbações nas instalações elétricas, o que ocasionam em muitos
casos, consumo excessivo, baixo rendimento, trazendo riscos a instalação.
1.2 Objetivos gerais
Fornecer conhecimento e aplicação das normas vigentes, apresentando medidas e
critérios que devem ser seguidos, que objetivam fornecer o máximo de qualidade,
quando se fizer a otimização (retrofit) de uma instalação.
1.3 Objetivos específicos
Mostrar o quanto uma instalação pode ser beneficiada e o retorno que a mesma
terá, caso seja feito o correto uso das normas e siga determinados conceitos de
eficiência quando realizar a otimização (retrofit) da mesma.
12
1.4 Metodologia
Aplicar a norma NBR 5410 é apenas um dos meios de se conseguir a otimização de
uma instalação. Foram abordados conceitos sobre a aplicação das normas vigentes
e estudos sobre a eficiência de aparelhos e equipamentos instalados comumente
em instalações elétricas e seus impactos.
Foram realizadas comparações de diversos tipos de instalações em edificações que
passaram ou não por otimização, e apresentado soluções para os mais triviais e
excêntricos problemas encontrados nessas instalações
13
2. OTIMIZAR: O PRIMEIRO PASSO
Todos os projetos de retrofit em instalações elétricas devem seguir as
recomendações de normas básicas, como a ABNT NBR5410 (para baixa tensão em
geral), a NR-10 (para segurança em instalações e serviços em eletricidade), a ABNT
NBR 5419 (proteção de estruturas contra descargas atmosféricas), a ABNT NBR
14039 (para média tensão), entre outras importantes.
As normas recomendam o uso obrigatório de dispositivos de segurança, como o
dispositivo DR, que protege contra choques elétricos (fuga de corrente) e o
dispositivo de proteção contra surtos (DPS), utilizado para limitar as sobretensões e
descarregar os surtos de corrente originários de descargas atmosféricas nas redes
de energia. Além do uso desses equipamentos, é necessário que o sistema elétrico
esteja aterrado. Deve-se ligar intencionalmente um condutor-fase ou, o que é mais
comum, o neutro à terra, para controlar a tensão em relação à terra dentro de limites
previsíveis. O primeiro objetivo do aterramento dos sistemas elétricos é proteger as
pessoas e o patrimônio contra uma falta (curto-circuito) na instalação. O segundo é
oferecer um caminho seguro, controlado e de baixa impedância em direção à terra
para as correntes induzidas por descargas atmosféricas. Para evitar que os
condutores se aqueçam acima do permitido, devem ser instalados disjuntores ou
fusíveis nos quadros de luz. Esses dispositivos funcionam como uma espécie de
“guarda-costas” dos cabos, desligando automaticamente a instalação sempre que a
temperatura nos condutores começar a atingir valores perigosos. Outro elemento
importante em uma instalação é o fio terra. O conceito básico da proteção contra
choques é o de que os elétrons devem ser “desviados” da pessoa. Sabendo-se que
um fio de cobre é melhor condutor do que o corpo humano, fica evidente que se os
elétrons tiverem dois caminhos para circular, sendo um o corpo e o outro um fio, a
maioria deles circulará pelo último, minimizando os efeitos do choque na pessoa.
A busca pela otimização das instalações elétricas tem tido maior busca nos
segmentos comercial e industrial. A maior demanda está concentrada nesses
setores porque existe uma necessidade de adequação às normas por conta de
fiscalização feita por órgãos como o Ministério do Trabalho, o Departamento de
14
Controle do Uso de Imóveis (Contru) e o Corpo de Bombeiros. No segmento
residencial, a fiscalização é algo ainda embrionário e não é tão eficaz.
Existem situações de edifícios comerciais que, se não tiverem um mínimo de
infraestrutura tecnológica disponível, não conseguem ser alugados.
A otimização (retrofit) pode ser aplicado em todo tipo de edificação . No entanto, é
necessário levar em conta alguns aspectos no momento da elaboração do projeto,
como a separação do circuito de iluminação dos pontos de tomada. Desta forma
caso seja necessário realizar algum tipo de manutenção, é possível desligar as
tomadas sem afetar a iluminação.
A etapa inicial do projeto precisa ser baseada em um levantamento das condições
operacionais das instalações. Nesse processo, identificam-se os pontos fracos e a
necessidade de adequar as instalações às normas regulamentadoras. Assim,
geralmente é feito um estudo da situação elétrica do edifício como um todo:
instalações/infraestrutura, quadros de distribuição, sistema de iluminação, , ar-
condicionado etc. Após esse estudo, por meio de um levantamento da demanda
total da edificação, é calculado o custo-benefício da nova instalação conforme
solicitação do consumidor. Em seguida, é criado o projeto onde constarão todas as
modificações a serem feitas.
Durante o procedimento e elaboração do projeto, é preciso aplicar as normas em
vigor e fazer um acompanhamento da obra para verificar se as instalações estão
sendo feitas de acordo com o que foi especificado no projeto. Para o
acompanhamento, utiliza-se geralmente um técnico que faz a interface entre obra e
projeto.
2.1 Instalação elétrica predial
A instalação elétrica é uma das etapas extremamente importantes de uma
construção (casas, apartamentos, comércio, indústria, etc.), portanto ela deve ser
preocupação de todos, isto é, dos profissionais envolvidos (engenheiros, técnicos,
eletricistas) e usuários (proprietários e todos os que fazem uso da eletricidade). Elas
devem ser sempre executadas em função de um projeto elaborado antes mesmo da
15
construção das fundações da obra. A vantagem na elaboração do projeto elétrico
está ligada ao aspecto de segurança (da instalação e dos usuários), precisão
(racionalidade) na execução da instalação, bem como a sua funcionalidade. Além
disso, você fica sabendo como será a instalação elétrica, que pode auxiliá-lo, no
futuro, em possíveis ampliações, modificações e até mesmo em caso de
manutenção, e ainda o custo, a quantidade e a especificação do material a ser
empregado (Cavalin e Cervelin, 2006).
A norma para instalações elétricas de baixa tensão é a NBR 5410. A
importância de proceder de acordo com as normas na elaboração de um projeto
elétrico residencial é explicada a seguir.
Abordando os conceitos básicos da norma passo a passo, baseados na
planta baixa de uma residência localizada no bairro Morada dos Hibiscos. Através
desses conceitos é possível identificar problemas na instalação e propor soluções
adequadas, visando à melhoria da segurança e da conformidade de seus
moradores.
O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências
(cargas) mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando,
assim, determinar a potência total prevista para a instalação elétrica residencial.
A previsão de carga deve obedecer às prescrições da NBR 5410:2004.
2.2 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento de carga de
iluminação
Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de
parede. Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do
boxe. Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação. A carga de
iluminação é feita em função da área do cômodo da residência.
Para Área igual ou inferior a 6m²: Atribuir um mínimo de 100VA;
Para área superior a 6m²: Atribuir um mínimo de 100VA para os primeiros
6m², acrescido de 60VA para cada aumento de 4m² inteiros.
16
OBS: A NBR 5410:2004 não estabelece critérios para iluminação de áreas
externas em residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente.
2.3 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento da carga de
tomadas
A quantidade mínima de pontos de tomadas deve atender as condições
abaixo.
Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m²: no mínimo um
ponto de tomada;
Salas e dormitórios independente da área e cômodos ou dependências com
mais de 6m²: no mínimo um ponto de tomada para cada 5m ou fração de
perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível;
Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais
semelhantes: um ponto de tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro,
independente da área. Acima da bancada da pia devem ser prevista, no
mínimo, duas tomadas no mesmo ponto ou em pontos separados;
Varandas: pelo menos um ponto de tomada;
Banheiros: no mínimo um ponto de tomada junto ao lavatório com uma
distância mínima de 60 cm do limite do boxe.
OBS: Em diversas aplicações, é recomendado prever uma quantidade de
pontos de tomadas maior do que o mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego
de extensões e benjamins (tês) que, além de desperdiçarem energia, podem
comprometer a segurança da instalação.
Pontos de Tomadas de Uso Geral (TUG’s): Não se destinam a ligação de
equipamentos específicos e nelas são sempre ligados: aparelhos móveis ou
aparelhos portáteis.
Pontos de Tomadas de Uso Específico (TUE’s): É destinada a ligação de
equipamentos fixos e estacionários, como é o caso de: chuveiros, torneira elétrica,
secadora de roupa, geladeira, ar condicionado.
17
Potência mínima de pontos de tomadas de uso geral.
Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, área de serviço, lavanderias e
locais semelhantes: atribuir, no mínimo, 600VA por ponto de tomada, até 3
tomadas e atribuir 100VA para os excedentes;
Demais cômodos ou dependências: atribuir no mínimo, 100VA por ponto de
tomada.
Potência de pontos de tomadas de uso especifico.
Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado.
Quando não for conhecida a potência nominal do equipamento a ser
alimentado, deve-se atribuir a tomada de corrente uma potência igual a
potencia nominal do equipamento mais potente com possibilidade de ser
ligado, ou a potência determinada a partir da corrente nominal da tomada e da
tensão do respectivo circuito.
2.4 Critérios estabelecidos pela NBR 5410:2004 para a divisão de circuitos
De acordo com a NBR5410, qualquer instalação elétrica deve ser dividida em
circuitos elétricos parciais de forma a facilitar a inspeção e a manutenção, bem como
melhorar o dimensionamento de condutores, reduzirem as quedas de tensão e
aumentar a segurança.
Para uma correta divisão de circuitos deve ser levado em consideração:
Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de tomadas;
Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento com
corrente nominal superior a 10A;
Prever circuitos independentes para cada tomada de uso especifico.
Além desses critérios, o projetista considera as dificuldades referentes à
execução da instalação. Se os circuitos ficarem muito carregados, os condutores
adequados para suas ligações irão resultar numa seção nominal (bitola), muito
grande, dificultando a instalação dos condutores nos eletrodutos e as ligações nos
terminais (interruptores e tomadas).
18
2.5 Dimensionamento dos condutores e dos disjuntores dos circuitos
Dimensionar a fiação de um circuito é determinara seção padronizada (bitola)
dos condutores deste circuito, de forma a garantir que a corrente calculada para ele
possa circular pelos cabos por um tempo ilimitado, sem que ocorra
superaquecimento.
A identificação por cores dos condutores, em uma instalação elétrica tem
como facilitar a execução de conexões, emendas e intervenções em geral para
manutenção, além disso, a identificação correta dos condutores aumenta a
segurança de quem executa os trabalhos. A NBR5410 faz recomendações claras
sobre como identificar corretamente os componentes em geral, em particular os
condutores.
As cores dos condutores são:
Condutor Fase: Qualquer tonalidade de cor,exceto Verde-amarelo,Verde e
Azul Claro;
Condutor Neutro: Azul Claro;
Condutor de Proteção (Fio Terra): Verde-Amarelo ou Verde;
Condutores Terra e Neutro comum (PEN):Azul Claro com anilhas de
identificação nos locais visíveis;
Retorno: Branco.
OBS: O condutor retorno é o condutor que conecta o interruptor a lâmpada.
A NBR 5410:2004 estabelece as seguintes seções mínimas de condutores de
acordo com o tipo de circuito:
Figura 1 - Dimensionamento de condutores
Fonte: http://www.prysmian.com.br
19
De acordo com o calculo da corrente nominal do circuito deve-se adotar o
condutor de maior seção.
O disjuntor é um dispositivo de seccionamento utilizado para dividir os
circuitos. Além disso, ele tem a finalidade de proteger os condutores e equipamentos
dos respectivos circuitos contra sobrecargas e correntes de curtos-circuitos.
Os disjuntores termomagnéticos fazem proteção de uma instalação contra
curto-circuito e contra sobrecargas.
Curto-Circuito: é um circuito elétrico com resistência elétrica próxima de zero
ohm, fazendo com que a corrente atinja valores muito elevados.
Sobrecarga: Quando se instala/aplica em um circuito uma carga superior a
que foi dimensionado. É também chamado de sobrecorrente.
Dimensionar o disjuntor (proteção) é determinar o valor da corrente nominal
do disjuntor de tal forma que se garanta que os condutores da instalação não sofram
danos por aquecimento excessivo provocado por sobrecorrente ou curto-circuito.
O disjuntor escolhido deve sempre ser maior que a corrente nominal do
circuito.
Cada circuito deve ser projetado de forma que possa ser seccionado sem
risco da realimentação inadvertida, através de outro circuito.
2.6 Condutor de proteção – PE (condutor terra)
Dentro de todos os aparelhos elétricos existem elétrons que querem ‘’fugir’’ do
interior dos condutores. Como o corpo humano é capaz de produzir eletricidade, se
uma pessoa encostar nesses equipamentos ela estará sujeita a levar um choque,
que nada mais é do que a sensação desagradável provocada pela passagem dos
elétrons pelo corpo. É preciso lembrar que correntes elétricas de apenas 0,05A já
podem provocar graves danos ao organismo.
20
Sendo assim, como podemos fazer para evitar os choques elétricos?
O conceito básico da proteção contra choques é o de que os elétrons devem
ser ‘’desviados’’ da pessoa.
Sabendo-se que um condutor de cobre é um milhão de vezes melhor
condutor que o corpo humano, fica evidente que, se oferecermos ao elétron dois
caminhos para eles circularem, sendo um o corpo e o outro um condutor, a enorme
maioria deles irá circular pelo ultimo, minimizando os efeitos do choque na pessoa.
Esse condutor pelo qual irão circular os elétrons que escapam dos aparelhos é
chamado condutor terra.
Como a função do condutor terra é ‘’recolher’’ elétrons ‘’fugitivos’’, nada tendo
a ver com o funcionamento propriamente dito do aparelho, muitas vezes as pessoas
esquecem-se da sua importância para a segurança.
Como uma instalação deve estar preparada para receber qualquer tipo de
aparelho elétrico, conclui-se que, conforme prescreve a norma brasileira de
instalações elétricas NBR5410: 2004 todos os circuitos de iluminação, pontos de
tomadas de uso geral e também os que servem aparelhos específicos (como
chuveiros, ar condicionados, microondas, etc.) devem possuir o condutor terra.
21
3. NOVAS TECNOLOGIAS
Em função das necessidades atuais, empresas fabricantes de materiais elétricos
estão desenvolvendo produtos cada vez mais eficientes e fazendo uso de novas
tecnologias. Com foco em proteção, existem disjuntores mais compactos (para
otimizar o espaço) e com melhor qualidade (mais sensíveis e seguros). Hoje, já é
possível também visualizar uma instalação elétrica a distância (pela internet), por
meio da aplicação de módulos, como controladores de demanda e monitores de
grandezas físicas das instalações.
O setor de iluminação é outro segmento que evoluiu muito. A construção física das
luminárias anteriormente utilizadas era bem fracas e as chapas eram ineficientes. Os
reatores atualmente utilizados são eletrônicos, que objetivam garantir melhor
qualidade da iluminação. Por possuírem um controle de fator de potência integrado,
proporcionam menor temperatura pontual. Os reatores eletrônicos consomem
menos energia e são mais seguros que os eletromecânicos (mais antigos), que
esquentavam, e que ultrapassando determinada temperatura estavam sujeitos a
pegar fogo. O uso de diodos emissores de luz (LEDs, na sigla em inglês) também
vem, pouco a pouco, ganhando espaço na maioria das aplicações. Essa fonte de luz
tem se mostrado uma forte tendência nos sistemas de iluminação.
Outras novidades desenvolvidas pelo mercado são infraestruturas flexíveis para pré-
automação. O conceito permite que o usuário decida como e quando realizar um
upgrade ou a melhoria em sua instalação elétrica, facilitando a adoção de qualquer
solução em automação, da mais simples à mais complexa
Outro item é o relé modular de estado sólido, indicado para o acionamento de
circuitos de iluminação e de motores monofásicos ou trifásicos, por meio de circuitos
de controle. Os cabos não propagadores de chama com isolação ou cobertura livre
de halogênio, com baixa emissão de fumaça e de gases tóxicos em caso de
incêndios também são muito utilizados em retrofit de instalações elétricas prediais,
uma vez que não comprometem a integridade física nem a visão do usuário no
momento da fuga.
22
Cabos flexíveis são outra alternativa para estas instalações. É comum os
interruptores serem instalados em uma mesma caixa 4x2 ou 4x4. Nesse caso, a
utilização de fios rígidos dificulta ou até impede a instalação de forma segura, haja
vista falhas de conexão ou danos à isolação dos fios. Situação análoga ocorre nos
quadros de distribuição com a necessidade de diversos disjuntores para proteger
diferentes circuitos.
Um aspecto observado é a redução do tempo na passagem dos cabos flexíveis em
eletrodutos, já que representa menos esforço e mais produtividade em relação ao
uso de outro tipo de fio. Além disso, existe outro ponto fundamental em relação à
segurança: ao passar fios por eletrodutos, especialmente quando existem curvas no
percurso, o esforço adicional necessário ao puxamento pode provocar danos ao
isolamento do fio, riscos de curto-circuito, danos aos equipamentos conectados e,
em casos extremos, até mesmo incêndios.
Os prédios antigos não foram projetados para receber uma instalação elétrica no
conceito moderno que temos de segurança, separação, energia e sinal, telefonia,
informática, entre outros. Tem-se ainda um paradigma onde as pessoas
consideram que eletricidade é um custo, sendo que, na verdade, é um investimento.
3.1 Por que controlar?
A economia de energia e a sustentabilidade são dois grandes motivadores para o
uso eficiente da iluminação. O cenário atual é favorável a aplicações de tecnologias
mais modernas e eficientes em função do crescente aumento dos preços da energia
elétrica nos últimos anos e em função da busca por certificações de edificações
como o LEED, que objetivam disseminar práticas sustentáveis e ambientalmente
corretas nas construções.
Dessa forma, o uso de equipamentos mais eficientes e ecologicamente corretos,
como Leds, lâmpadas econômicas como fluorescentes T5 e luminárias de alto
desempenho, são fatores essenciais para que os projetos luminotécnicos obtenham
menores cargas instaladas.
23
Outro recurso importante para otimizar o consumo de energia após ter o projeto bem
dimensionado com equipamentos eficientes é a utilização de sistemas de controle
de iluminação. O controle, seja manual ou automático, é fundamental para que o
usuário ou o administrador da edificação possa atuar sobre os horários de não
ocupação ou quando existirem condições satisfatórias de iluminação natural,
possibilitando economizar energia elétrica. Sensores de presença, de luminosidade
e sensores integrados (presença mais luminosidade) são recursos cada vez mais
comuns em instalações comerciais que visam economizar energia elétrica. A FIG. 2
ilustra o perfil de consumo de energia de uma instalação com sensor de presença e
luminosidade, considerando o uso da iluminação artificial apenas quando existe
detecção de presença e quando a iluminação natural não é suficiente.
Figura 2 – Potencial de economia de energia com sensor de presença e luminosidade
Fonte: www.osram.com.br
A inserção de controles individuais agrega, principalmente, a possibilidade de o
usuário adequar a iluminação às suas necessidades e exigências particulares. Isto
garante a ele maior conforto visual e ambiental e conseqüentemente um maior
potencial de produtividade.
24
Os sistemas de controle da iluminação podem se integrar também a outros sistemas
de controle, sendo gerenciados pela automação predial. Esta é outra tendência do
segmento: possibilitar acesso remoto pela internet por computadores ou smart
phones, integrando-se a sistemas de segurança e horários de ocupação das
edificações. Para isso podem ser usados diversos protocolos de controle de
iluminação, tais como DALI, 0-10V, DMX, ZigBee, entre outros.
O controle da iluminação passa a ser então um recurso importante para
gerenciamento, controlando a operação e a manutenção dos sistemas. Avançados
sistemas de controle podem indicar os pontos de luz com problemas ou monitorar o
tempo em que os equipamentos ficaram ligados e, com isso ajudar, na manutenção,
seja corretiva como preventiva.
Além disso, o controle dos sistemas de iluminação pode possibilitar a criação de
cenários de iluminação para os ambientes, isto é, possibilitam a criação de
diferentes cenas para diferentes ocasiões. Este recurso vem sendo muito explorado
em ambientes dinâmicos como auditórios e salas de reunião.
Os controles possibilitam ainda a dimerização da iluminação e a alteração da
tonalidade da cor da luz conforme diferentes horários do dia. Luminárias com fontes
de luz com diferentes temperaturas de cor (FIG.3) e controles dimerizáveis em
conjunto com um software controlam o tempo e essa mudança de cor.
Dessa forma, os sistemas de controles permitem diversas vantagens ao sistema de
iluminação, desde controles simples (liga-desliga) que atendem a condições
específicas do usuário, controles automáticos através de sensores de presença e/ou
luminosidade até controles mais completos e complexos que gerenciam o sistema
de iluminação como um todo. As vantagens são diversas: economia de energia,
ganhos operacionais e de manutenção, conforto e aumento de produtividade podem
ser elencados como os principais.
25
Figura 3 – Variação da temperatura de cor da luz no mesmo ambiente
Fonte : www.philips.com.br
É comum encontrarmos pessoas que creem que manter a iluminação fluorescente
ligada o tempo todo, ao invés de desligá-la quando ela não for necessária,
economiza energia. Isto é uma idéia falsa. Quando a iluminação artificial não é
necessária, desligue-a.
Entretanto, para apagar a luz é necessário um interruptor. Geralmente em muitas
instalações prediais e comercias a iluminação é ligada através de interruptores que
controlam andares inteiros. Esse tipo de controle é extremamente ineficiente porque
mantém ligada a iluminação em lugares desocupados, sem que os usuários possam
atuar sobre ela. Uma boa solução é instalar novos interruptores que permitam um
melhor controle de iluminação, em lugares de fácil acesso ao usuário. Assim, a
iluminação do ambiente poderá ser desligada nos locais desocupados. A economia
de energia com instalação de interruptores é bastante expressiva, contudo eles não
servem para nada se não forem usados. O aspecto mais importante da utilização
racional de energia com a instalação de interruptores é a atitude do usuário. Apagar
as luzes quando sair da sala, corredor ou quando verificar que um ambiente está
vazio deve ter o mesmo sentido ter o mesmo sentido para o usuário, como lavar as
mãos antes das refeições.
Além da instalação de interruptores, que são os dispositivos mais simples, outros
equipamentos como dimers, fotocélulas e sensores de presença podem ser
aplicados, resultando em significativas economias de energia elétrica. O uso de
reator eletrônico dimerizável permite a regulagem do fluxo luminoso por intermédio
de controle manual ou automático (através de sensores fotoelétricos). Assim é
possível regular (diminuir ou aumentar) o fluxo luminoso de acordo com a luz natural
26
disponível no ambiente. Os sensores de presença também são uma boa opção para
economia de energia, pois permitem o acionamento dos sistemas de iluminação sem
a necessidade de ação do usuário. Contudo convém lembrar que o número de
acendimentos e desligamentos tem grande influência na vida útil das lâmpadas
fluorescentes. Por isso ao optar pela instalação de sensores de presença, devemos
verificar o regime de acendimentos e desligamentos ao qual as lâmpadas serão
submetidas.
3.2 Otimização das instalações com Led: algumas precauções
Uma solução atualmente buscada para economizar energia e reduzir as
manutenções em instalações comerciais é a substituição de lâmpadas fluorescentes
tubulares pelas lâmpadas tubulares de Led. A simples substituição de lâmpadas
visando a otimização (retrofits), entretanto, precisa ser elétrica e fotometricamente
analisada, pois as mudanças de equipamentos podem trazer alterações não
esperadas no ambiente.
Atualmente quando se pensa em inovação e eficiência energética em iluminação
pensa-se no Led. Observa-se o desejo de muitas pessoas em fazer uso dessa
tecnologia, porém ainda existe muito desconhecimento sobre suas vantagens e
desvantagens. Os “lampleds” e “tubeleds”, isto é, lâmpadas de Leds para retrofit de
lâmpadas incandescentes, halógenas e fluorescentes tubulares são opções cada
vez mais encontradas no mercado. Os preços, porém, ainda dispendiosos,
restringem aqueles que realmente fazem o uso destas lâmpadas.
Seduzidos pela ideia de uma longa vida útil, alta eficiência luminosa, ausência de
radiação ultravioleta, infravermelha e de metais nocivos, como o mercúrio, cada vez
mais pessoas querem usar os diodos emissores de luz como fonte luminosa.
Alguns cuidados, entretanto, precisam ser observados ao especificar ou comprar
Leds para retrofit de instalações elétricas. Atualmente, existe uma variedade de
produtos no mercado e não temos em vigor nenhuma norma ou recomendação para
o uso de equipamentos de qualidade. Misturam-se no mercado muitos produtos
27
importados e nacionais, com diferentes tipos de Leds e com diferentes eficiências
luminosas, características luminotécnicas e elétricas.
Assim sendo, um retrofit de lâmpadas convencionais por lâmpadas de Led pode,
algumas vezes, tornar-se um problema se o produto não for de qualidade.
Geralmente são analisados em um estudo de retrofit a potência consumida, o fluxo
luminoso, o preço e as características de temperatura e reprodução de cor para que
a substituição seja compatível visualmente com a situação existente.
Os “lampleds” ou “tubeleds”, por possuírem Leds de diferentes tipos e marcas,
podem apresentar resultados qualitativos diversos. A FIG.4 ilustra um exemplo de
um supermercado que trocou parcialmente as lâmpadas fluorescentes tubulares por
lâmpadas tubulares de Leds. Verifica-se a significativa diferença visual de fluxo
luminoso, de temperatura e de reprodução de cor neste caso.
Figura 4 – Supermercado com iluminação fluorescente (esquerda) e Led (direita)
Fonte : www.osetoreletrico.com.br
28
A substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de Led podem gerar
grandes inconvenientes se o produto não for escolhido corretamente. É muito
importante analisar também a distribuição luminosa da lâmpada para que não sejam
observados efeitos de sombras múltiplas no ambiente e desconforto visual por
ofuscamento direto e refletido. A FIG. 5 ilustra uma aplicação com Led, em que se
verifica o efeito de sombras múltiplas, e a FIG. 6 mostra uma curva de distribuição
luminosa de uma lâmpada tubular de Led que causa este tipo de efeito.
Figura 5 – Sombras múltiplas geradas por iluminação a Led.
Fonte : www.osetoreletrico.com.br
Figura 6 – Curva de distribuição luminosa de uma lâmpada tubular de Led
Fonte : www.osetoreletrico.com.br
29
Outros dados importantes a serem analisados são os dados elétricos da lâmpada de
Led. O fator de potência e a distorção harmônica podem se tornar críticos na
instalação elétrica, pois muitos produtos apresentam baixo fator de potência e altas
distorções. Em uma instalação de grande porte, por exemplo, se não forem tomados
os devidos cuidados, o retrofit de lâmpadas fluorescentes tubulares por lâmpadas
tubulares de Led pode até reduzir o consumo de energia, porém o baixo fator de
potência poderá gerar altas multas da concessionária por gerar reativos na rede
elétrica. A FIG.7 mostra uma medição elétrica de uma lâmpada tubular de Led à
venda no mercado. Observa-se nesta lâmpada fator de potência de 0,52 e distorção
harmônica de corrente de 157%.
Figura 7 – Dados elétricos medidos em uma lâmpada tubular de Led
Fonte: www.osetoreletrico.com.br
30
Para verificar possíveis impactos na iluminação, apresentamos as fotometrias de
duas luminárias bastante utilizadas em ambientes comerciais: luminárias com aletas
planas brancas para duas lâmpadas fluorescentes de 32 W e luminárias com aletas
parabólicas em alumínio anodizado brilhante para as mesmas lâmpadas. Utilizando-
se as mesmas luminárias, foram substituídas as lâmpadas fluorescentes tubulares e
os reatores eletrônicos por lâmpadas tubulares de Leds de 22 W.
Atualmente, existem diversas lâmpadas de Led deste tipo, com características
elétricas e fotométricas bastante diferentes, como já relatados anteriormente. Nessa
análise foram escolhidas lâmpadas com distribuição homogênea, por considerá-las
mais adequadas a este tipo de luminária, uma vez que propiciam menor grau de
ofuscamento visual.
Aparentemente, com esta alteração, uma economia de energia superior a 30% é
atingida, porém, observa-se que o comportamento fotométrico da luminária é
bastante alterado. As FIG. 8 e 9 ilustram essa comparação para as luminárias de
aletas planas brancas e parabólicas em alumínio brilhante, respectivamente.
Observa-se claramente que ocorre alteração da curva de distribuição luminosa e
significativa redução das intensidades luminosas. Estas alterações, por sua vez,
impactam alteração da uniformidade do projeto e redução do nível de iluminância do
ambiente.
Analisando-se os fluxos luminosos totais e a eficácia luminosa dos conjuntos
(TAB.1), conclui-se que as luminárias com lâmpadas de Led possuem maior eficácia
luminosa que as luminárias com lâmpadas fluorescentes tubulares, porém, os fluxos
luminosos dos conjuntos com Leds são significativamente inferiores. Isto significa
que em uma situação de retrofit, sem alteração da quantidade de luminárias, os
níveis de iluminância seriam reduzidos em aproximadamente 23% a 25% com as
lâmpadas de Leds analisadas.
Essas mudanças em instalações antigas podem eventualmente não ser notadas
logo após a substituição, pois geralmente as lâmpadas fluorescentes já se
encontram depreciadas. No entanto, se comparadas em instalações com lâmpadas
novas a diferença será perceptível.
31
Figura 8 – Luminária com aletas planas brancas (esquerda); curva de distribuição luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)
e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita).
Fonte: www.lighting.philips.com.br
Figura 9 – Luminária com aletas parabólicas (esquerda); curva de distribuição luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)
e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita).
Fonte : www.lighting.philips.com.br
32
Tabela 1 – Comparação dos fluxos luminosos totais de cada conjunto e da eficácia luminosa
Fluorescente
2 x 32 w Led 2 x 22 w
Fluorescente
2 x 32 w
Led 2 x 22
w
Fluxo luminoso (lm) 3935 2944 3694 2837
Eficácia luminosa (lm/W) 61 67 58 65
Luminária aletas
parabólicas em alumínio
brilhante
Luminária aleta plana
branca
Fonte : www.lighting.philips.com.br
Outra questão a ser considerada posteriormente, durante a vida da instalação, é a
depreciação do fluxo luminoso. Em lâmpadas fluorescentes tubulares espera-se uma
depreciação do fluxo durante sua vida útil de 10%. Nos Leds convencionou-se uma
depreciação de 30% para definição da vida útil. Esta depreciação pode ocorrer mais
lenta ou rapidamente em função do tipo de Led utilizado e das condições de
alimentação e dissipação de calor do produto. Assim, a durabilidade do produto de
Led é outro fator de significativa importância para a qualidade e eficiência da
otimização.
Como exemplo de estudo do caso, temos o retrofit realizado em instalações
elétricas no edifício Citi Tower RJ, localizado no Rio de Janeiro. O prédio possui 29
andares e passou por um retrofit da instalação, começando pelo sistema de
iluminação, o hall de entrada e corredores eram muito escuros, e as fiações estavam
precárias com emendas expostas, tubulações e infraestruturas rígidas (de ferro) e
quadros de disjuntores no sistema Nema (ultrapassado), sistemas de
telecomunicação, detecção de incêndio, torres de arrefecimento, controle de acesso
câmeras em elevadores,etc. Após o retrofit, que durou cerca de seis meses, o hall
ganhou uma nova infraestrutura, em que foram feitas modernizações como a
instalação de sensores de movimento e sensores de controle de intensidade
luminosa, sistema de telecomunicação, detecção de incêndio, iluminação
diferenciada, torres de arrefecimento, controle de acesso e câmeras em elevadores
e, por fim, a troca de um de três chillers, o que proporcionou uma redução no
consumo de energia de 42%. Nesse edifício não foi avaliado o critério da
intensidade luminosa das lâmpadas Led e quanto essa intensidade foi modificada.
Temos que ter em mente que simples mudanças que podem trazer economia a
33
princípio, poderão não proporcionar o mesmo conforto que o ambiente tivera antes
das modificações. Então é de extrema importância avaliar tais critérios sobre as
lâmpadas Leds, antes de propor otimizações na instalação elétricas.
Abaixo citamos alguns problemas comuns encontrados nas instalações elétricas:
1) Mau estado de fios e cabos utilizados
2) Execução inadequadas das instalações elétricas
3) Modificações das características iniciais dos projetos
4) Aumento de carga sem supervisão técnica
5) Falta de manutenção e estado precário de conservação
6) Desequilíbrio de cargas entre ramais
7) Proteções inadequadas
8)Superaquecimento de contatos, equipamentos e fiação
9)Queima frequente de aparelhos
10)Falta de conformidade com normas técnicas
Para resolver esses problemas, as medidas a seguir devem ser aplicadas:
1) Condutores elétricos em boas condições e de procedência conhecida
2) Somente técnicos devem executar trabalhos em instalações elétricas
3) As instalações devem ser feiras de acordo com o projeto inicial
4) Não sobrecarregar as instalações elétricas
5) Revisão preventiva do sistema elétrico a cada cinco anos
6) Usar circuitos separados para iluminação e tomadas
7) Instalar o fio terra e o dispositivo DR para evitar choques
8) Devem ser instalados disjuntores ou fusíveis nos quadros de destruição de
energia
34
9) Usar o dispositivo de proteção contra surtos (DPS)
10) Seguir a norma ABNT NBR 5410
3.3 Otimização da instalação em circuitos de iluminação
Na maioria das instalações residências o vilão do consumo costuma ser o chuveiro
elétrico, seguido por aparelhos refrigeradores (geladeira e ar condicionado). Mas em
ambientes comercias a iluminação é responsável por boa parte do consumo de
energia elétrica. Nesses estabelecimentos, ela pode ser responsável por até 80% do
consumo. Caso possua condicionadores de ar, este percentual diminui, mantendo-
se, porém, na faixa de 40% a 60%.
Contudo, reduzir o consumo não significa necessariamente reduzir a iluminação
nesses ambientes comerciais. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e
outra. Mas como é possível reduzir o consumo de energia com iluminação sem
diminuir seus benefícios? Muito simples: basta utilizar a iluminação mais adequada e
bem planejada, que você conseguirá o mesmo resultado, ou até melhor, com
economia no consumo de energia elétrica. Um bom projeto de iluminação deve
propiciar o conforto visual, despertar a atenção e estimular a eficiência.
Apresentamos alguns conceitos importantes de iluminação:
A luz é uma radiação capaz de estimular e excitar os olhos. Nem todas as radiações
são visíveis; assim, os raios x, ultravioleta e infravermelho são exemplos de
radiações que não são perceptíveis a olho nu. A luz que definimos como branca é na
realidade uma combinação de radiações de diversas cores.
Fluxo luminoso (FIG.10) é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa
durante um intervalo de tempo. O fluxo se mede em lumens. Por exemplo, o fluxo
luminoso de uma lâmpada incandescente de 100 W é de 1300 lumens.
A luminância define o fluxo luminoso recebido por uma superfície e é medida em lux.
35
Figura 10 – Conceitos de iluminação
Fonte : www.ecobrasilenergia.com.br
Redução da iluminância: iluminar bem não significa iluminar demais.
São conceitos que estamos “cansados” de ouvir, e que na maioria das instalações
são mal empregados. Em todas as áreas iluminadas, normalmente verificam-se
locais onde a iluminação pode ser reduzida, ou eliminada, sem prejuízo das
atividades nelas desenvolvidas. Nestes locais pode-se reduzir o número de
lâmpadas e ou luminárias em operação com significativa economia de eletricidade.
Portanto, para diminuir o gasto com energia elétrica em sistema de iluminação de
edificações, escritórios e comércios, devemos procurar reduzir a iluminância
desnecessária encontrada nos diversos locais que compõem o ambiente. Este
procedimento deve ser adotado sempre tomando como base as normas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que preveem a iluminância mínima
necessária para as diversas tarefas realizadas no escritório. Alguns valores são
apresentados no QUA. 1.
Normalmente os escritórios apresentam um padrão de iluminação uniforme que
proporciona iluminâncias elevadas para atender algumas tarefas que requerem
muita luz, tornando a iluminação excessiva para aquelas que não exigem uma
iluminância alta. Pode-se optar por uma iluminação seletiva que proporcione a
iluminância realmente requerida por uma única tarefa ou por um grupo de tarefas
similares. Na prática devem-se agrupar tarefas que requerem iluminâncias
semelhantes, facilitando a implantação de um sistema de iluminação seletivo.
36
Quadro 1 – Valores padrões de iluminância dos diversos ambientes
Fonte: NBR 5413. 1992
Outra solução muito utilizada é optar pela iluminação localizada que pode ser feita,
por exemplo, através da instalação de luminárias acopladas à mobília, permitindo
assim a redução da iluminação geral do ambiente. A iluminação acoplada à mobília,
além de proporcionar uma iluminância mais adequada a cada tarefa, deixa o
controle a cargo do usuário que, consciente da importância de se conservar energia,
pode otimizar a sua utilização proporcionando maior redução de consumo. Além
disso, esse sistema se adapta facilmente à mudança de layout do ambiente.
Para reduzir a iluminação excessiva, pode-se optar pela desativação de lâmpadas e
ou luminárias. Para tanto devemos tomar alguns cuidados. Alguns sistemas de
iluminação são compostos por luminárias com duas lâmpadas fluorescentes e, neste
caso, para reduzir a iluminância, será necessário desativar ambas lâmpadas. Em
sistemas compostos por luminárias com quatro lâmpadas, duas devem ser
removidas, e com luminárias de três lâmpadas, uma poderá ser removida. Ao
desativarmos lâmpadas fluorescentes devemos também desligar os reatores que,
37
caso contrário, continuarão gastando energia para o seu funcionamento. Para
avaliar a economia obtida na redução da iluminância através da remoção de
lâmpadas, você deve somar as potências das lâmpadas a serem desativadas mais
as perdas nos reatores (quando existirem reatores) e multiplicar o resultado pelo
número médio de horas mensais que essas lâmpadas ficam acesas (TAB 2).
Tabela 2 – Perdas elétricas em reatores eletromagnéticos
Tipos de lâmpadas Potência (W) Perdas (W)
1 x 20 15
2 x 20 18
1 x 40 16
2 x 40 20
1 x 32 15
2 x 32 22
1 x 110 37
2 x 110 46
Fluorescente
Fonte: www.philips.com.br/reatores
Exemplo de avaliação da economia de energia com redução da iluminância através
da remoção de lâmpadas. Em um ambiente comercial com 150 luminárias com 2
lâmpadas de 110 Watts cada uma, foram desativadas 30 luminárias que ficavam
acesas 9 horas por dia e 22 dias por mês.
Ptl = Potência total das luminárias desativadas
Ptl = 30 luminárias x 2 lâmpadas x 110 W = 6.600 Watts
Perdas nos reatores; conforme a tabela anterior, a perda no reator duplo para 2
lâmpadas fluorescentes de 110 watts é de 46 watts. Portanto:
Pr= Perda no reator eletromagnético
Pr= 30 luminárias x 46 watts = 1.380 watts
Logo a economia total (E) será de :
E = (Ptl + Pr) x 9 horas x 22 dias =
38
E = [(6.600 + 1380) x 9 x 22]/1000
E = 1.580 Kwh/ mês
Economia na conta de energia elétrica:
Consumo = 1580 kwh/mês x 0,5614 (tarifa da Cemig) = R$ 887,012.
Sem duvida é uma economia significativa tratando-se de estabelecimentos
comercias e de escritórios. Mas as economias não se dão somente nessas
situações. Um exemplo claro são os aparelhos eletroeletrônicos das residências.
Se considerarmos o percurso da eletricidade desde o local de produção até ao local
de consumo, verificamos que muitas transformações são efetuadas utilizando o
efeito eletromagnético, desde grandes transformadores de potência até pequenos
transformadores da fonte de alimentação dos pequenos equipamentos domésticos.
A este percurso e transformações estão associadas perdas por efeito de Joule e/ou
magnetização. As perdas nas fontes de alimentação dos pequenos
eletrodomésticos quando em stand-by (Quadro 2) são pequenas, em termos
individuais, e por todos desprezadas ao não desligar os equipamentos da
alimentação.
Se em termos individuais podemos, efetivamente, considerar que o peso na fatura
energética mensal é reduzido, analisando todos os gastos dos pequenos
eletrodomésticos usados numa habitação verifica-se que esse conjunto contribui
para que o resultado da fatura energética possa ser considerável.
O somatório de pequenos contributos terá um grande impacte na redução global do
consumo de energia. Consideremos, como exemplo, um simples televisor com um
consumo em stand-by de 5W. Considerando o funcionamento em stand-by 24 horas
por dia, e o preço do kWh de R$,0,5614, o consumo mensal seria de:
39
Quadro 2 - Exemplos de consumos em stand-by
Equipamento Potência em standy- by
Televisão 5
Aparelho sonora 5
Videogravador 6
Despertador 2
Carregador de celular 2
Telefone sem fios 6
PC 5
Impressora 2,5
Scaner 6
Mini aspirador 2
Forno microondas 3
Fogão elétrico 2
Total 46,5
Fonte: Autoria própria
Consumo mensal= 5 x 24 x 30 x 0,5614 / 1000 = R$ 2,021
No entanto, se considerarmos o conjunto possível de equipamentos usados numa
habitação, o consumo mensal final será:
Consumo mensal = 46,5 x 24 x 30 x 0,5614 / 1000 = R$ 18,7956
Esse valor pode não parecer expressivo, mas imagine se essa mesma quantidade
de energia em standy-by fosse consumida pelos cabos de sua residência? Pode
parecer que não seja possível tal situação, mas ela é mais comum do que se pensa.
Quem nunca percebeu uma redução na iluminação de determinado ambiente
quando o chuveiro ou outro aparelho (geralmente de grande potencia) entram em
funcionamento? Esse fenômeno se trata da queda de tensão e é causada por mal
dimensionamento dos cabos, cabos de circuitos longos, etc. Esse é apenas um dos
vilões que estão presentes nas residências e comércios em geral. E o tal do mal
contato, que nem sempre é tido como um grande problema nas residências, pois
não é raro ouvir pessoas dizendo : “Não se preocupe, esse aparelho as vezes não
funciona direito, de vez em quando apresenta uns mal contatos, mas atende minhas
necessidades”. O pior é o que não vemos, pois um bom contato é imprescindível
para o bom funcionamento do equipamento, sem contar que esse mal contato gera
uma resistência de contato, que provoca desperdício de energia elétrica
geralmente em forma de calor (efeito joule), e em muitas ocasiões devido a esse
40
aquecimento excessivo, pode provocar a queima ou até um princípio de incêndio.
Incêndios como os ocorridos nos edifícios Joelma, Andraus e Grande Avenida.
Cuidado nunca é demais.
Simples atitudes como um bom projeto e dimensionamento dos circuitos e cabos,
previnem que tais situações possam acontecer nas instalações elétricas. Mas no
Brasil, não há tradição das pessoas se preocuparem com a manutenção. Elas se
importam se a parede está suja ou rachada, mas não consertam a fiação que está
escondida na parede. Com a facilidade do crediário e melhoria de vida nas classes
mais sofridas, há também um aumento na compra de equipamentos eletrônicos.
Esse crescimento acaba provocando uma sobrecarga na instalação elétrica.
Um relatório da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade (Abracopel) apresentou os números parciais dos acidentes ocorridos no
país envolvendo eletricidade e anunciou as novidades para 2012.
Chama a atenção o número de acidentes por choque elétrico seguidos de morte
registrados na internet no período de janeiro a agosto de 2011. Foram 209 casos, o
mesmo número contabilizado durante o ano inteiro de 2010. E a quantidade de
incêndios causados por curto-circuito também é preocupante: 143 ocorrências, com
a contabilização de 13 mortes. Em 2010, foram divulgados na internet 210 incêndios
provocados pelo mesmo motivo. No Rio de Janeiro, 90% dos incêndios são
causados por problemas elétricos, e maioria dos casos, o problema ocorre por falta
de manutenção na rede e pelo envelhecimento da fiação. Muitos desses prédios
sofrem uma grande sobrecarga com novos equipamentos eletrônicos, mas a rede
elétrica permanece antiga.
De acordo com o levantamento (GRAF. 1), 64% dos acidentes com choque elétrico
ocorrem na rede aérea e, destes, 81% acometem os usuários da rede e apenas 11%
atingem os eletricistas.
41
Gráfico 1– Estatística da Abracopel
Fonte : www.abracopel.org.br.
Os números mostram apenas um retrato de uma realidade ainda mais trágica,
considerando que nem todos os acidentes são divulgados.
3.4 Luminárias
A luminária não é simplesmente uma peça decorativa. Ela deve, além de sustentar a
lâmpada e garantir a alimentação elétrica, dirigir o fluxo luminoso, assegurando
conforto visual com o máximo de eficiência. Apesar de parecerem óbvias, essas
funções são muito importantes. Uma luminária geralmente é projetada para uma
determinada aplicação e um determinado tipo de lâmpada.
A finalidade de dirigir o fluxo luminoso é imprescindível para evitar o fenômeno do
ofuscamento, sensação desagradável que se verifica quando o olho recebe um fluxo
luminoso excessivo ou sofre um contraste muito forte de luz em um mesmo
ambiente. A sensibilidade ao ofuscamento varia muito de indivíduo para indivíduo.
Antigamente, costumava-se afirmar que o único meio de eliminar o ofuscamento era
cobrir as fontes de iluminação. As lâmpadas fluorescentes ou incandescentes eram
embutidas, e os lustres eram feitos de modo a impedir a visão direta do filamento ou
tubo. De fato, essas soluções eliminam o ofuscamento; contudo, esses sistemas de
proteção absorvem uma parcela elevada de fluxo luminoso. Conforme o tipo de
luminária a proteção pode absorver de 20% a 70% da luz. Nos projetos modernos de
42
iluminação, reconhece- se que a lâmpada descoberta nem sempre se apresenta
como um mal; grande parte da iluminação comercial é feita com lâmpadas
fluorescentes descobertas. Para evitar o ofuscamento, é suficiente que a lâmpada
seja instalada acima do campo visual ou, se estiver baixa, utilizar um anteparo que
cubra parcialmente, concentrando- se o fluxo de luz sobre a tarefa visual.
Evidentemente, para cada uso e para cada efeito que se deseja obter, há um tipo de
luminária mais adequado. Ao fazer a escolha, devemos considerar também o
consumo de energia elétrica que o modelo requer.
Afinal, a luminária se paga uma vez, mas a conta de energia elétrica deve ser paga
todos os meses. As luminárias modernas são fabricadas com materiais que
proporcionam alta reflexão, como é o caso do alumínio polido de alta pureza.
3.5 Manutenção
Parte do desperdício de energia elétrica em luminárias, normalmente, ocorre pela
manutenção inadequada desses equipamentos. Com o passar do tempo, a poeira
vai se acumulando na luminária e, consequentemente, reduzindo a intensidade de
fluxo luminoso fazendo com que a luz ambiente diminua.
Se isto ocorre na sua instalação, você está gastando energia elétrica para aquecer a
poeira, não para iluminar. Na prática, podemos afirmar que com a manutenção
inadequada das luminárias perdemos cerca de 20% de luz no ambiente. Adotando
um programa de manutenção eficiente, com uma limpeza periódica das luminárias,
podemos evitar o acúmulo de poeira, aproveitando melhor a iluminação.
3.6 Reatores
Os reatores são equipamentos que têm por função a partida e a limitação de
corrente das lâmpadas de descarga. Para cada tipo de lâmpada existe um tipo
adequado de reator. Os reatores utilizados para lâmpadas fluorescentes podem ser
duplos ou simples, ou seja, podem acionar um conjunto de duas lâmpadas ou
43
apenas uma. Encontram-se disponíveis no mercado reatores eletromagnéticos e
eletrônicos. Os eletromagnéticos podem ser de partida rápida ou convencional. Os
reatores eletrônicos além de apresentar menores perdas, aumentam a eficiência da
lâmpada, possibilitam o controle de fluxo luminoso (dimerização), reduzem o
aquecimento do ambiente, evitam o efeito estroboscópico, etc. Sempre que um
reator eletromagnético queimar verifique a possibilidade de trocá-lo por um
eletrônico.
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4. AVALIAÇÃO DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Uma instalação elétrica mal dimensionada, mal projetada e malfeita, que utiliza
produtos de baixa qualidade, pode causar mais danos do que se pode imaginar. Mas
como a energia elétrica – indispensável à vida moderna – é conduzida sempre de
maneira invisível, poucos conhecem os perigos de uma sobrecarga, dos curtos-
circuitos, de choques elétricos mais violentos e do risco à integridade da vida e do
patrimônio. E somente se preocupam com o que acontece dentro das paredes
quando o que poderia ser evitado já aconteceu.
Há que se compreender a posição leiga da maioria dos usuários, principalmente os
residenciais, mas é imperativo mostrar aos profissionais do setor a sua
responsabilidade e fomentar a sua competência, disponibilizando cada vez mais
informações que o qualifiquem e o abasteçam para a execução de um trabalho
eficiente. A valorização da mão-de-obra qualificada é o primeiro passo para alertar e
para estabelecer um novo quadro no setor, prestes a conviver com a certificação
compulsória das instalações elétricas.
Uma pesquisa realizada em 2010 pelo Procobre em parceria com universidades e
entidades vinculadas ao setor elétrico, que revelou as péssimas condições das
instalações elétricas residenciais.
Um exemplo disso é a edificação relatada a seguir. O edifício tem 27 anos e o
apartamento 110m². Nessa pesquisa, foram as residências com mais de 20 anos
que acusaram os maiores problemas: 50% delas não passaram por nenhum tipo de
reforma nas instalações elétricas, 48,7% apresentam frequentes desarmes de
disjuntores ou queima de fusíveis, sendo 42% referentes a sobrecargas no circuito.
A seguir apresentamos os pontos fracos e os aceitáveis desta instalação, que
contempla algumas exigências da NBR 5410.
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Figura 11 - Quadro de distribuição
Fonte: www.procobre.com.br
Nessa edificação o quadro de distribuição (FIG.11) é de chapa de ferro. Antigo, mas
adequado por não propagar fogo e segundo a pesquisa do Procobre, 52,8% das
residências desrespeitam a NBR 5410 utilizando quadros de material combustível,
especialmente madeira. De forma geral, esse quadro apresenta certos requisitos
exigidos pela NBR 5410 como: possui proteção das partes vivas, identificação dos
circuitos e um barramento de neutro. Mas apresenta um aquecimento e oxidação
que indica a presença de harmônicas. Apesar da existência do barramento, não há
instalação do fio terra. Trata-se de uma falha comum e que indica a possibilidade de
o edifício não ter aterramento. Os fios são apenas vermelhos, mas de bitolas
satisfatórias (2,5mm). O número de disjuntores e suas capacidades de corrente são
satisfatórios (chave geral 60A, por exemplo), mas não há dispositivo diferencial
residual (DR). Os circuitos de tomadas de uso geral e de iluminação estão juntos.
Modo correto seria:
FIO TERRA: No caso de o edifício estar aterrado, é necessário subir o fio terra do
quadro geral até o apartamento.
CONDUTORES: As cores dos fios estão erradas. Deve-se seguir a norma (azul-
claro para o neutro, verde para o terra e demais cores para o condutor fase). Pela
idade do edifício, os fios não são certificados, o que não significa necessariamente
que não sejam bons. No caso de uma otimização, toda a fiação deve ser trocada
utilizando condutores certificados.
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DR: É obrigatório o uso do Dispositivo Diferencial Residual desde 1997, segundo a
NBR 5410. Para esta residência serão necessários dois DRs – um para a cozinha e
a área de serviço e outro para os banheiros. Como o espaço no quadro não
comportaria o número de disjuntores e DRs, uma possibilidade é a instalação do
Disjuntor Diferencial Residual, um dispositivo que conjuga as duas funções: a do
disjuntor termomagnético (protege os fios do circuito contra sobrecarga e curto-
circuito) e a do DR (protege as pessoas contra choques elétricos provocados por
contatos direto e indireto).
CIRCUITOS: É necessário separar os circuitos de tomadas de uso geral e de
iluminação, bem como criar circuitos para tomadas de uso específico (chuveiros,
torneiras elétricas, lava-louças, etc.)
Figura 12 – Extensão em tomadas
Fonte : www.procobre.com.br
Na sala, está instalado um filtro de linha com 6 tomadas (FIG.12), que possui
proteção com fusível. Nele estão ligados dois aparelhos de telefone e um abajur,
restando ainda quatro tomadas. A instalação está adequada, uma vez que as cargas
são pequenas, lembrando-se que a soma das cargas não deve ultrapassar 10A. O
uso de filtros de linha é sempre mais adequado do que o uso de “benjamins”, que
anulam o terra.
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Figura 13 – Extensão de tomada para microondas
Fonte : www.procobre.com.br
Aparentemente o micro-ondas (FIG.13) está ligado numa tomada exclusiva. Trata-se
de uma ilusão: é comum que uma solução estética mascare a carga excessiva, pois
o mesmo circuito está recebendo as potências elevadas do microondas e do freezer
ao lado (veja que da tomada sai um fio utilizado para a instalação de uma tomada
não visível para o freezer).
Figura 14 – Extensão de tomada para cafeteira e torradeira
Fonte : www.procobre.com.br
Na cozinha, outra tomada mostra claramente que os circuitos de iluminação e
tomadas estão juntos e, além disso, foi feita uma extensão a partir do interruptor.
Mais uma vez a solução estética não atende a segurança: a carga da torradeira e da
cafeteira (FIG.14), somadas, é de 1.300W, portanto, alta para uma TUG. Ligar os
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dois aparelhos juntos pode provocar danos ao circuito elétrico e aos próprios
eletrodomésticos.
Modo correto seria:
O correto é a instalação de uma tomada para cada equipamento a partir do quadro
de distribuição. Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço,
lavanderias e locais semelhantes deve-se atribuir, no mínimo, 600VA por tomada,
até 3 tomadas, e 100VA para os excedentes. Vale lembrar também que, no caso,
algumas tomadas estão embutidas nos móveis de madeira. De maneira geral, se há
bom dimensionamento de fios e tomadas, o fato não oferece risco. Mas, nas
condições em que se encontram, com possibilidade de sobrecarga e sendo a
madeira um material combustível, não é recomendável a utilização.
Utilização de TUE’s
Figura 15 – Torneira elétrica
Fonte : www.procobre.com.br
Na torneira elétrica (FIG.15) instalada na cozinha, o fio terra está ligado no parafuso
da caixa. Trata-se, infelizmente, de um erro comum, principalmente quando não
existe a presença do fio terra. Esta é uma medida perigosíssima e uma falha no
equipamento pode provocar choque elétrico.
Uma torneira elétrica deve estar ligada a uma tomada de uso específico (TUE), que
parte diretamente do quadro de distribuição. Há necessidade da ligação do fio terra
a partir do quadro geral do edifício. Isto soluciona grande parte dos problemas
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encontrados, protegendo e garantindo a integridade do patrimônio e da vida das
pessoas.
Figura 16 – Chuveiro elétrico
Fonte : www.procobre.com.br
Na instalação deste chuveiro ( FIG. 16), não há o fio terra. É possível observar o
afinamento de seção dos fios: a seção dos fios do chuveiro não é a mesma da
ligação do circuito, que é menor. Há um subdimensionamento do circuito.
Figura 17 - Chuveiro elétrico
Fonte : www.procobre.com.br
Num outro chuveiro da residência, de aproximadamente 8.000W de potência, há
uma conexão simples do fio terra. Porém, como não há o fio terra instalado no
apartamento, este suposto fio terra não protege o usuário do chuveiro contra
choque.
Instalar o terra e utilizar os condutores nas seções adequadas no caso do chuveiro
que apresentou subdimensionamento.
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Segundo a pesquisa do Procobre, 68% das residências não acusam a presença do
fio terra em suas instalações elétricas. É comum os moradores considerarem o
neutro como terra. Nesse edifício apenas um apartamento – de um total de 32 –
realizou a otimização (retrofit) nas instalações elétricas e levou o fio terra até o
apartamento.
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5. CONCLUSÃO
Projeto elétrico e o dimensionamentos corretos dos cabos, fazem parte de uma boa
otimização nas instalações elétricas, mas não garantem que as mesmas tenham o
máximo de eficiência. Vários aspectos precisam ser analisados para que as
soluções aplicadas pela otimização, não se tornem um mal investimento Cabe ao
técnico projetista, especificador e ao comprador estarem atentos às características
dos produtos. E não é simples. Na realidade é um pouco mais complexo. Uma
instalação pode estar dentro dos padrões das normas ABNT, normas internacionais
IEC, mas pouco resolvera se nessa instalação não houver avaliação quanto à
instalação de equipamentos eficientes e de alto fator de potencia. Em alguns casos,
uma simples limpeza das lâmpadas fluorescentes trará bons retornos no nível de
iluminamento, em conjunto com a escolha de luminárias e reatores eficientes, mas
nem sempre isso ocorre.. A iluminação a Led, com certeza, é a grande tendência
tecnológica para iluminação e existem produtos de elevada qualidade disponíveis no
mercado. Todavia, como também existem produtos não apropriados, muito se teme
que a tecnologia seja confundida com produtos de baixa qualidade e confiabilidade.
A existência de lâmpadas de Leds de diversos níveis de qualidade no mercado
brasileiro, a ausência de normas nacionais específicas e a escassez de informações
técnicas por parte dos fabricantes/importadores acabam trazendo insegurança para
os especificadores. Assim, os laboratórios de ensaio como os dos programas de
etiquetagem do Procel / Inmetro, exercerão importante papel para a verificação da
qualidade dos produtos para que os produtos de Led sejam regulamentados. Com
isso, conclui-se que, em função da grande diversidade de produtos no mercado,
estes devem ser analisados tecnicamente antes de serem implantados em projetos
de otimização (retrofit) nas instalações
A qualidade dos materiais, os equipamentos modernos repletos de tecnogia de
ponta e a evolução da tecnologia Led vêm ocorrendo de forma bastante rápida e,
sem dúvida, esta tecnologia não é mais do futuro e sim do presente. De qualquer
maneira, cautela é necessária para que a eficiência e a qualidade da instalação
sejam realmente obtidas, pois você paga esses produtos e investimentos uma só
vez, mas a conta de energia elétrica vem todo mês.
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