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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO Campus São João da Boa Vista Curso de Engenharia da Computação – ROV Subaquático SISTEMA DE PROPULSORES PARA UM ROV - SUBAQUÁTICO Vander Sergio da Silva Jr Wagner Landiva de Souza SÃO JOÃO DA BOA VISTA 2010

TCC Propulsores Para ROV

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TCC Propulsores Para ROV

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Page 1: TCC Propulsores Para ROV

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE

ENSINO

Campus São João da Boa Vista

Curso de Engenharia da Computação – ROV Subaquático

SISTEMA DE PROPULSORES PARA UM ROV - SUBAQUÁTICO

Vander Sergio da Silva Jr

Wagner Landiva de Souza

SÃO JOÃO DA BOA VISTA

2010

Page 2: TCC Propulsores Para ROV

Vander Sergio da Silva Jr

Wagner Landiva de Souza

SISTEMA DE PROPULSORES PARA UM ROV - SUBAQUÁTICO

Trabalho apresentado a disciplina de Orientação de Projeto de Fim de Curso do programa de Graduação em Engenharia da Computação com Sistema de Propulsores do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – Campus São João da Boa Vista.

Orientador: Prof. Ramiro R. Costa

SÃO JOÃO DA BOA VISTA

2010

Page 3: TCC Propulsores Para ROV
Page 4: TCC Propulsores Para ROV

SISTEMA DE PROPULSORES PARA UM ROV - SUBAQUÁTICO

Trabalho apresentado a disciplina de Orientação de Projeto de Fim de Curso do programa de Graduação em Engenharia da Computação com Sistema de Propulsores do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – Campus São João da Boa Vista.

Orientador: Prof. Ramiro R. Costa

Prof. M.Sc. Ramiro Romankevicius Costa - Orientador

Prof. M.Sc. Henrique Antônio Mielli Camargo - Examinador

Prof. Dr. Helder Anibal Hermini - Examinador

São João da Boa Vista, 09 de dezembro de 2010.

Page 5: TCC Propulsores Para ROV

DEDICATÓRIA

Vander Sergio da Silva Jr:

“Aos meus familiares por acreditarem em mim, pelo amor e carinho, e aos

meus amigos pelo incentivo.”

Wagner Landiva de Souza:

“A Deus, por dar forças nos momentos mais difíceis, a família pelo incentivo e acreditarem no meu potencial, aos amigos que lutaram até o final ”

Page 6: TCC Propulsores Para ROV

AGRADECIMENTOS

Ao nosso orientador, Professor Ramiro R. Costa, pela oportunidade de

podermos trabalhar com um robô subaquático, também por incentivar e ter paciência

para finalizar o projeto na prática.

Aos professores Helder e Henrique, por aulas extras concedidas em

momentos de grande precisão.

Aos familiares e amigos por estarem torcendo juntos até o final.

A todos os professores presentes no decorrer da graduação, que

proporcionaram o aprendizado para nossa realização final.

Page 7: TCC Propulsores Para ROV

RESUMO

Este trabalho consiste em desenvolver a propulsão e comunicação, para ROV

em ambiente de águas de baixa profundidade.

A propulsão será realizada através de três bombas de água instalada na

estrutura do robô por um berço preparado onde estas serão responsáveis pela

movimentação lateral, ascendente e descendente da estrutura, onde nos seus eixos

serão fixadas os hélices. A alimentação dos propulsores/motores será feita por uma

bateria que ficara do lado externo, sendo que a comunicação entre eles ira ser

realizada através de um cordão umbilical transferindo a energia necessária para sua

locomoção.

Palavras-Chave: Propulsores, hélices, veículo submersível, ROV.

Page 8: TCC Propulsores Para ROV

ABSTRACT

This work consists of developing propulsion and communication, for ROV in water

environment of low depth. The propulsion is performed through three water pumps

installed in the structure of the robot for cots prepared where they will be responsible

for lateral movement, ascendant and descendant of structure, where in their axles

shall be fixed propellers. Feeding propellants/engines is done by a battery that had

external side, with communication between them will be accomplished through an

umbilical transferring the energy required for your mobility aid.

Keywords: Thrusters, propellers, submersible vehicle, ROV.

Page 9: TCC Propulsores Para ROV

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1: ROV Duncan – Observação de Náufragos. ............................................13

Figura 2.1: ROV de baixo custo utilizados em inspeções e observações subaquáticas.............................................................................................................. 17

Figura 2.2: ROV de médio porte Perry’s Scorpio....................................................... 18

Figura 2.3: ROV de grande porte Triton XL............................................................... 18

Figura 2.4: Motor elétrico............................................................................................19 Figura 2.5: Motor eletro-hidráulico..............................................................................19

Figura 2.6: Descrição das partes de um hélice.......................................................... 22

Figura 2.7: Representação gráfica de um hélice........................................................23

Figura 2.8: Cabo de fibra óptica................................................................................. 25

Figura 3.1: Motores bomba d'água............................................................................31

Figura 3.2: Motor acoplado no berço.........................................................................31

Figura 3.3: Retirando a capa da bomba. ...................................................................33

Figura 3.4: Motor elétrico pronto. ..............................................................................33

Figura 3.5: Hélice três pás.........................................................................................35

Figura 3.6: Adaptador do hélice no motor. ................................................................35

Figura 3.7: Propulsor finalizado.................................................................................36

Figura 3.8: Cordão umbilical......................................................................................37

Figura 3.9: Bateria automotiva. .................................................................................38

Page 10: TCC Propulsores Para ROV

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1: Testes de Hélices ...................................................................................34

Page 11: TCC Propulsores Para ROV

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AH DC GHP ISE KGF PC PV PVC ROV UFBA V W

Ampere Corrente Continua Gross Horse Power International Submarine Engineering Quilograma Força Personal Computer Vaporização do fluido Poly Vinyl Choloride Remotely Operated Vehicle Universidade Federal da Bahia Volt’s Watts

Page 12: TCC Propulsores Para ROV

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13

1.1 Justificativa ....................................................................................................14

1.2 Objetivos.........................................................................................................15

1.2.1 Objetivo Geral..............................................................................................15

1.2.2 Objetivos Específicos.................................................................................15

2 REVISÂO DE LITERATURA .................................................................................16

2.1 ROV – Veículos Operados Remotamente ....................................................16

2.1.1 Componentes de um ROV..........................................................................16

2.1.2 Modelos de ROV..........................................................................................16

2.2 Motores ...........................................................................................................19

2.2.1 Propulsores .................................................................................................20

2.2.2 Hélices .........................................................................................................21

2.2.4 Cordão umbilical .........................................................................................24

2.2.5 Subsistema de Energia ou Potência .........................................................25

2.3 Cavitação ........................................................................................................26

2.4 Empuxo...........................................................................................................28

3 METODOLOGIA ...................................................................................................29

3.1 Projeto.............................................................................................................29

3.2 Motores ...........................................................................................................30

3.3 Hélices ............................................................................................................34

3.4 Cordão Umbilical............................................................................................36

3.5 Bateria.............................................................................................................38

4 RESULTADOS.....................................................................................................39

5 CONCLUSÃO ......................................................................................................40

Page 13: TCC Propulsores Para ROV

5.1 Conclusão.......................................................................................................40

5.2 Trabalhos Futuros..........................................................................................41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................42

Page 14: TCC Propulsores Para ROV

13

1 INTRODUÇÃO

Um ROV (Remotely Operated Vehicle) é um veículo subaquático,

controlado remotamente, que permite a observação remota do fundo do mar e

estruturas submarinas, Figura 1.1. A ligação entre o veículo e a superfície é

assegurada por um cordão umbilical que permite a comunicação bidirecional, assim

como o transporte de energia para o veículo (IH, 2010).

Figura 1.1: ROV Duncan – Observação de Náufragos. Fonte: Yes Magazine, (2003).

A utilização de um ROV permite a operação a maiores profundidades e

durante um período mais prolongado do que seria conseguido com recurso a

mergulhadores. Além disso, é possível a operação em águas contaminadas que

representam um risco para a vida humana.

No capítulo 2 será apresentada uma revisão bibliográfica de propulsores,

hélices e cordão umbilical já existente ou até mesmo em protótipos finalizados. Uma

pequena previa de efeitos como cavitação, sombra do hélice e arrasto na construção

de um veículo subaquático.

Na seqüência do capítulo 3 demonstra o desenvolvimento do projeto na

prática, como foi realizada passo a passo a construção do ROV determinando suas

características.

Page 15: TCC Propulsores Para ROV

14

O capítulo 4 trata-se dos resultados obtidos com os testes realizados no

protótipo em piscina.

Capítulo 5 traz a conclusão final do projeto e futuros trabalhos a serem

realizado no protótipo, melhorando seu desempenho.

1.1 Justificativa

Os ROVs tiveram sua importância comprovada na exploração dos oceanos,

sendo muito utilizadas em pesquisa submarinas na busca de destroços, pesquisa

arqueológica e em especial na indústria do petróleo, onde é usado principalmente na

operação de poços, posicionamento, construção e inspeção, acompanhamento do

trabalho de mergulhadores e fiscalizando barragens de hidrelétricas.

Nos dias atuais o ROV se tornou uma ferramenta muito importante na

extração de petróleo no fundo do mar. Possuindo múltiplas finalidades, desde a

pesquisa até sua exploração.

Por se tratar de um projeto interdisciplinar envolvendo diretamente a teoria

com a prática.

Page 16: TCC Propulsores Para ROV

15

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Projetar e montar um protótipo de ROV submersível – para águas de baixa

profundidade, controlado por Computador. Divido em três grupos responsáveis pela

estrutura, propulsores e controle do robô.

1.2.2 Objetivos Específicos

O objetivo deste projeto foi desenvolver e definir os padrões para os

propulsores utilizados no ROV, desenvolver e analisar as alternativas de hélices e

fontes de alimentação. Após isso definir a melhor opção de cordão umbilical para o

veiculo. Analisando os problemas apresentados no decorrer do projeto e procurando

solucionar da melhor forma.

Page 17: TCC Propulsores Para ROV

16

2 REVISÂO DE LITERATURA

2.1 ROV – Veículos Operados Remotamente

Segundo a Marine Technology Society of USA (1984), o veículo remotamente

operado (ROV) é descrito como um robô subaquático que permite que o operador

permaneça em um ambiente confortável enquanto o ROV executa o trabalho

subaquático. O ROV possui um cordão umbilical que interliga os sinais do comando

e de controle do veículo, enviando as informações dos sensores aos operadores.

Em sistemas mais complexos, uma garagem submersa composta pelo cabo

umbilical e o sistema de gerência é freqüentemente incluída.

2.1.1 Componentes de um ROV

Os sistemas do robô para este projeto esta dividido: propulsores, hélices,

alimentação e cordão umbilical.

2.1.2 Modelos de ROV

A classe dos Rovs de pequeno porte elétricos, estes veículos apresentam o

mais recente em tecnologia de motores brushless DC (propulsores) aos sistemas de

controle baseados em PC e sistemas de fibra óptica de telemetria. Veículos

operados eletricamente podem ser feito para ir 20.000 pés (6.096 metros), com

muito menos energia necessária para operá-los em profundidade. A capacidade de

fazer o trabalho pesado ainda não é possível com os ROVs elétrico, principalmente

limitado pela natureza de design necessário ao eletro-hidráulico de manipular

sistemas modernos de trabalho, mas eles ainda podem executar muitas tarefas a um

custo muito menor.

Page 18: TCC Propulsores Para ROV

17

Os veículos elétricos ganharam popularidade com os mercados militar e da

ciência, devido principalmente à sua operação silenciosa. Além disso, as exigências

de trabalho para os militares e ciência são, na maioria dos casos, não tão complexo

quando comparado com ROVs usada para operações de petróleo e gás.

Figura 2.1: ROV de baixo custo utilizados em inspeções e observações subaquáticas. Fonte: Marine Technology Society, 1970.

Esta classe de tamanho médio de ROVs se refere aos veículos eletro-

hidráulico variando de 20-100 cavalos, normalmente, os que só podem transportar

cargas moderadas e limitaram a estrutura através da capacidade de transporte.

Estes ROVs variam o peso de 1,000-2,200 kg, com capacidade de carga típica em

100-200 kg de intervalo. Eles carregam geralmente um manipulador único. Alguns

têm a capacidade de elevar através braço mecânico mais de 450 kg. Essa classe foi

desenvolvida para realizar o trabalho, levando um ou dois manipuladores, em

condições de alta corrente. Os ROVs iniciais desenvolvidos, como (AMETEK) Tritech

Perry's (originalmente Escorpio) Figura 2.2 e Submarine Engineering Hydra veículos

Internacional, ainda estão em operação no mundo hoje. Algumas tarefas típicas da

classe são a perfuração de apoio, apoio de construção e inspeção de oleodutos.

Page 19: TCC Propulsores Para ROV

18

Figura 2.2: ROV de médio porte Perry’s Scorpio. Fonte: Marine Technology Society, 1970.

Veículos capazes de realizarem grandes trabalhos podem ser divididos pela

capacidade de profundidade e potência, e representa a classe dos ROVs a ser

usada para operações em águas profundas atual para 8.202 pés (2.500 metros),

variando 100-250 cavalos de potência e com capacidade de elevação através de

quadro 5.000 kg, a característica distintiva entre os ROVs de médio e grande porte.

TRITON XL veículos da categoria Trabalho como Tritech Triton Perry XL, Figura 2.3.

Sua faixa de peso (sem os pacotes de trabalho) de cerca de 2,000-6,500 kg.

Figura 2.3: ROV de grande porte Triton XL Fonte: Marine Technology Society, 1970.

Page 20: TCC Propulsores Para ROV

19

2.2 Motores

Motores elétricos ou eletro-hidráulico são normalmente utilizados na

propulsão de veículos subaquáticos/ ROV’s, como por exemplo, veículos

submarinos de operação remota, como aqueles usados na inspeção e manutenção

de poços de petróleo em águas profundas, são construídos de forma completamente

vedada, na qual o motor gira imerso em um fluido eletricamente isolante. Esta

concepção busca solucionar os problemas inerentes a altas pressões e evitar

acesso de água aos componentes internos do motor, Figura 2.4 e 2.5.

Figura 2.4: Motor elétrico Figura 2.5: Motor eletro-hidráulico Fonte: Sub-atlantics, 2007 Fonte: OLDS ENGINEERING, 1918.

Esses motores possuem um eixo no qual em uma das extremidades é

colocado o propulsor (hélice). Este conjunto motor/propulsor é posicionado dentro de

um tubo para melhorar do desempenho hidrodinâmico. Um dos aspectos

importantes da propulsão de veículos subaquáticos é que o peso do

motor/hélice/túbulo seja minimizado enquanto a potência é maximizada. Essa

otimização da relação potência/peso é importante para assegurar a maior

mobilidade possível ao veículo. O tipo de construção apresenta limitação decorrente

do peso considerável dos componentes, normalmente metálicos, de vedação e de

ligação do motor ao eixo, limitando a maximização da relação potência/peso. Existe

Page 21: TCC Propulsores Para ROV

20

ainda uma segunda desvantagem associada às características de construção dos

motores convencionais. Como o hélice é colocado em uma das extremidades do

eixo é importante que o comprimento de suas pás seja maior que o raio do motor

para minimizar o efeito de sombra do motor quando a propulsão é feita em um

sentido ou outro.

Por se tratar de um robô subaquático, o motor obrigatoriamente tem que ser

blindado, lacrado não podendo entrar água, desta maneira a melhor opção tanto por

custo beneficio, quanto por praticidade foi aplicados propulsores bombas de água.

(para baixa profundidade).

2.2.1 Propulsores

Segundo ISE (2000), quando um veículo submersível se movimenta com

velocidade constante, a propulsão gerada pelos propulsores se iguala à força de

arrasto produzida pelo veículo, EQ. (2.1).

Dap ACVFF2

2

1ρ== (2.1)

Sendo:

pF – Força de propulsão (N)

aF – Força de arrasto (N)

V – velocidade (m/s)

DC – coeficiente de arrasto

A – área de referência (área frontal) (m²)

ρ - massa específica do fluído (kg/m³)

Page 22: TCC Propulsores Para ROV

21

A potência requerida para o propulsor pode ser fornecida pela EQ. (2.2).

Dppropulsor ACVVFP 3

2

1ρ== (2.2)

As unidades das variáveis de entrada são fornecidas em (N) para força e

(m/s) para velocidade, as quais resultarão em um valor da potência em (W).

2.2.2 Hélices

Em engenharia naval, diferentemente da engenharia aeronáutica, o termo que

referencia os hélices de um propulsor é tratado no masculino, representando o

sistema de empuxo de uma embarcação (LEWIS, 1998).

Sendo os hélices um dos principais componentes do sistema de propulsão

utilizados em ROV, faz-se importante entender, através de uma breve revisão, seu

funcionamento e suas principais características.

Sendo as hélices um dos principais componentes dos sistemas de propulsão

utilizados em ROV, fazem-se importante entender, através de uma breve revisão,

seu funcionamento e suas principais características.

Os hélices são constituídas por um núcleo, o cubo, ao redor do qual estão

dispostos e regularmente distribuídos um determinado número de pás, Figura 2.6. A

pá da hélice compreende uma superfície ativa, o cara (superfície externa), que

geralmente é um helicóide simples. Esta superfície está disposta na parte de trás,

em relação ao movimento da hélice. A superfície oposta, o dorso (superfície interna),

é geralmente arqueado. A seção transversal da pá se aproxima à dos perfis de

mínima resistência à penetração em fluidos. A pá está limitada por um contorno cuja

borda dianteira é denominada de bordo de ataque e a borda posterior de bordo de

fuga. A seção longitudinal da pá é constituída por uma espessura decrescente do

centro para a periferia. A união das pás com o cubo acontece através das

superfícies de adesão, que constituem um ponto de alta resistência dos hélices

(NICOLET e BRODBECK, 1955).

Page 23: TCC Propulsores Para ROV

22

Figura 2.6: Descrição das partes de um hélice. Fonte: Ceyreste hélices, (2004).

Ainda segundo Nicolet e Brodbeck (1955), para definição do hélice é

necessário caracterizar: número de pás, diâmetro, passo e sua variação (se houver),

diretriz, natureza da geratriz, espessura sobre o eixo, espessura periférica, distância

da linha de espessuras máximas ao bordo de ataque, além de vista frontal e superior

que detalhem a forma do cubo e o contorno da pá, conforme Figura 2.7.

Page 24: TCC Propulsores Para ROV

23

Figura 2.7: Representação gráfica de um hélice. Fonte: NICOLET e BRODBECK, (1955).

Conforme o sentido de construção do hélice o comportamento do fluido de

propulsão é modificado. A determinação dos parâmetros do hélice permite a

construção de hélices capazes de gerar a mesma eficiência de propulsão nos dois

sentidos de rotação. Segundo o National Research Council (1996), os subsistemas

de propulsão definidos pelos diversos submersíveis ROV já construídos apresentam

as seguintes formas:

1) Propulsão Elétrica do Hélice;

2) Propulsão Hidráulica do Hélice (eletro-hidráulico);

A configuração do sistema de propulsores deriva das tecnologias

desenvolvidas para embarcações. Os propulsores elétricos são normalmente

utilizados em ROV de baixo custo, enquanto os propulsores hidráulicos e eletro-

hidráulico são utilizados em ROV das classes média, grande e ultra-profundos

(JIMENEZ, 2004).

Os propulsores elétricos funcionam através da aplicação de uma diferença de

potencial elétrico entre seus pólos de ligação, enquanto o propulsor hidráulico utiliza

um diferencial de potencial hidráulico para o acionamento do hélice, sendo

necessária à utilização de todo um sistema capaz de suprir a demanda dos

propulsores e outros atuadores hidráulicos disponíveis no ROV.

Page 25: TCC Propulsores Para ROV

24

Os propulsores elétricos são muito difundidos pela facilidade de utilização,

pelo baixo custo e pelo baixo consumo de potência, o que permite uma maior

autonomia do veículo (SCHUBAK et. Al., 1995). Estes equipamentos geralmente

fornecem uma propulsão mais eficiente comparada com a fornecida pelos

propulsores hidráulicos (SMALLWOOD, 1999).

Em síntese, para o desenvolvimento de um sistema de propulsão eficiente

para ROV, deve-se buscar a melhor relação entre o peso do submersível e sua

capacidade de carga extra, e o sistema de vetorização de empuxo, que refletirá em

uma menor demanda do sistema de potência.

2.2.4 Cordão umbilical

O sistema de comunicação entre o ROV e os operadores é normalmente

realizado através de um cordão composto por fibra-ótica ou cabo manga, e cabo de

potência (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 996 e LYGOURAS et. Al., 1995). Este

cabo, também denominado de cordão umbilical, transmite aos operadores as

informações dos sensores presentes no ROV, às imagens das câmeras de vídeo,

informações de potência aplicada aos atuadores e outras informações que facilitam

a operação destes equipamentos e retornam ao ROV os comandos enviados pelos

operadores e a alimentação de energia.

A utilização da fibra-óptica, Figura 2.8, permitiu que um maior fluxo de

informações trafegasse no cabo umbilical, agregando a possibilidade de utilização

de diversos tipos de sensores e gerenciamento em tempo real. Segundo Benthos

(2003), os cordões umbilicais utilizam um revestimento capaz de suportar uma

tensão de trabalho, definida pelo dimensionamento do ROV, e que imprime ao cabo

uma flutuação neutra ou negativa.

Page 26: TCC Propulsores Para ROV

25

Figura 2.8: Cabo de fibra óptica. Fonte: Cabos Submarinos, 2010.

2.2.5 Subsistema de Energia ou Potência

Os ROV utilizam normalmente sistema de potência externo provido por uma

fonte de alta-tensão. A energia é transmitida pelo cabo umbilical e convertida para

os diversos níveis de tensão utilizados pelos subsistemas embarcados no ROV

(OMERDIC e ROBERTS, 2003).

Apesar de esta prática ser bastante comum, a utilização desta concepção tem

dois problemas: o alto custo do cabo e o alto risco associado ao uso de alta-tensão.

Poucos ROV utilizam sistema de potência embarcado, por ser este um limitador da

carga extra suportada pelo veículo, e do tempo de autonomia do mesmo. Entretanto,

existem algumas vantagens na utilização deste tipo de sistema: redução do diâmetro

do cabo umbilical, com conseqüente redução na interferência do mesmo no controle

do ROV e no custo final e redução dos riscos inerentes à utilização da alta-tensão.

Segundo National Research Council (1996) a definição do sistema de

potência a ser adotado no veículo submersível afetará sua autonomia e sua

capacidade de carga extra. Freqüentemente a fonte de energia é avaliada em

termos de potência, mas poder-se-á referenciá-la também em termos de energia

específica (Watt-hora por quilograma) ou em termos de densidade de energia (Watt-

Page 27: TCC Propulsores Para ROV

26

hora por litro).

Baterias são normalmente utilizadas em veículos submersíveis, seja como

fonte secundária de energia ou como fonte primária. Este quadro é dividido em três

tipos de sistema de potência: bateria recarregável bateria não recarregável e células

combustível. As células combustíveis são dispositivos que funcionam por reações

eletroquímicas entre um reagente e um oxidante produzindo eletricidade.

Fatores importantes na seleção da bateria incluem: a capacidade de fornecer

a quantidade de energia na medida necessária, confiabilidade, facilidade e

velocidade de recarga e possibilidade de operar em condições adversas, tais como

sob grandes variações de temperatura e de pressão.

As considerações da segurança aplicadas a sistemas de potência

embarcados em veículo submersíveis são críticas e limitam o uso de algumas

baterias, tais como a de lítio, que apesar de sua elevada capacidade de

fornecimento de energia podem gerar gases explosivos durante a operação ou

podem pegar fogo se falharem.

2.3 Cavitação

De acordo com este projeto a estrutura foi desenhada a fim de evitar a este

inconveniente. No caso dos ROV, a cavitação é um fator preocupante, pois se o

veiculo pairar muito próximo ao leito aquático existe a possibilidade da baixa pressão

provocar uma sucção que prenderá o veiculo ao fundo.

Considere-se um fluido no estado líquido escoando com uma temperatura T0

(temperatura inicial) e a uma pressão P0 (pressão inicial). Em certos pontos devido a

aceleração do fluido, como em um vertedor, em uma turbina hidráulica, em uma

bomba hidráulica, em um bocal ou em uma válvula, a pressão pode cair a um valor

menor que a pressão mínima em que ocorre a vaporização do fluido (Pv) na

temperatura T0. Então ocorrerá uma vaporização local do fluido, formando bolhas de

vapor.

A este fenômeno costuma-se dar o nome de cavitação (formação de

cavidades dentro da massa líquida).

Page 28: TCC Propulsores Para ROV

27

A cavitação é comum em bombas de água e de óleo, válvulas, turbinas

hidráulicas, propulsores navais, pistões de automóveis e até em canais de concreto

com altas velocidades, como em vertedores de barragens. Ela deve ser sempre

evitada por causa dos prejuízos financeiros que causa devido à erosão associada,

seja nas pás de turbinas, de bombas, em pistões, válvulas ou em canais.

Estas bolhas de vapor que se formaram no escoamento devido à baixa

pressão, serão carregadas e podem chegar a uma região em que a pressão cresça

novamente a um valor superior à Pv. Então ocorrerá a "implosão" dessas bolhas. Se

a região de colapso das bolhas for próxima a uma superfície sólida, as ondas de

choque geradas pelas implosões sucessivas das bolhas podem provocar trincas

microscópicas no material que, com o tempo, irão crescer e provocar o

descolamento de material da superfície, originando uma cavidade de erosão

localizada. Este é um fenômeno físico molecular e que se dissemina e tende a

aumentar com o tempo causando a ruína dos rotores, válvulas, propulsores.

A Cavitação normalmente é causada por:

• Altura estática de sucção;

• Velocidade do fluido muito alto (que para uma mesma seção transversal

varia de acordo com a vazão);

• Rugosidade das paredes dos tubos;

• Comprimento da tubulação de sucção;

• Perdas de cargas localizadas devidas às peças intercaladas nesta parte da

instalação;

• Bomba de sucção não afogada / Altura da bomba de sucção;

(LUPATECH S.A., 2008).

Além de testes padrão para determinação das características de propulsores

em água aberta, investigações especiais visando à detecção de pulsos e ruídos de

pressão induzida no hélice são realizados no Túnel de Cavitação.

Hélices de grandes dimensões podem ser modeladas e testadas em

números de Reynolds elevados, visando estudar e prevenir o fenômeno de

cavitação. A observação com câmeras de alta velocidade permite a análise

detalhada dos fluxos hidrodinâmicos e o estudo de soluções para a otimização do

projeto de hélices.

Page 29: TCC Propulsores Para ROV

28

2.4 Empuxo

Em um corpo imerso em um liquido encontram-se duas forças: Empuxo e

Peso.

Empuxo é denominado quando um corpo imerso na água se torna mais leve

devido a uma força, exercida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para cima, que

alivia o peso do corpo;

Peso é devido à interação com o campo gravitacional;

Quando um corpo está totalmente imerso em um líquido, podemos ter as

seguintes condições:

• Se ele permanece parado no ponto onde foi colocada, a intensidade da força

de empuxo é igual à intensidade da força peso (E = P);

• Se ele afundar, a intensidade da força de empuxo é menor do que a

intensidade da força peso (E < P);

• Se ele for levado para a superfície, à intensidade da força de empuxo é

maior do que a intensidade da força peso (E > P).

Page 30: TCC Propulsores Para ROV

29

3 METODOLOGIA

A montagem para o protótipo proposto foi conduzida a partir do modelo

(GALATEA) ROV da UFBA, alem de outros modelos semelhantes de outras grandes

universidades do Brasil, cuja finalidade principal é de apoio à operações de poços de

petróleo. O ROV é muito usado também em pesquisas submarinas em geral,

inclusive busca a destroços e pesquisa arqueológica embaixo de águas. Na

indústria do petróleo é usado principalmente na operação de poços, posicionamento,

construção e inspeção, acompanhamento do trabalho de mergulhadores.

O ROV é composto por câmeras ligadas à uma estrutura que pode-se

movimentar graças os hélices ligadas à motores elétricos.

3.1 Projeto

O projeto de um veículo submersível inicia-se com a elaboração e o

planejamento das funções básicas necessárias para o arranjo dos propulsores e

hélices.

Este capítulo tem como objetivo demonstrar a aplicação prática e

conhecimento que relacionam em uma rede de informações e ações, tendo em vista

transpor todo o projeto de construção de um veículo submersível especificando o

sistema de propulsão e empuxo dos hélices.

No início do projeto algumas questões foram levantadas, e surgiram algumas

perguntas que determinaram as características do submersível, assim delimitando o

projeto:

1. Atividades em que o veículo irá realizar e possíveis acessórios a ser

definidos como carga extra para executarem essas atividades?

2. Qual profundidade o submersível irá operar?

3. Em que velocidade o veículo irá operar?

4. Autonomia necessária ao submersível em operação?

Page 31: TCC Propulsores Para ROV

30

Os esclarecimentos destas questões definiram alguns parâmetros do projeto:

Com a escolha dos motores definiu o tamanho da estrutura, capacidade de

peso e volume a ser alocado dentro da caixa de equipamentos eletrônicos em que o

submersível agüentaria se locomover sem medir esforços.

Inicialmente por se tratar de um experimento acadêmico de baixo custo

estabeleceu a profundidade de no máximo 10 metros, juntamente de acordo com

motores e a estrutura produzida, a partir de canos de PVC.

A velocidade não será importante pelo motivo de se tratar de um submersível

de baixa profundidade e sem funções especificas de alta ou baixa velocidade, a

escolha dos hélices resultou um melhor desempenho no veiculo tanto em força

como velocidade.

A energia obtida de uma Bateria de 12V, 60AH será distribuída para os

motores de acordo com a potência desejada, em cada comando executado, o gasto

de energia será o mínimo possível.

3.2 Motores

Na definição dos propulsores, optou-se pelo desenvolvimento de um motor

capaz de trabalhar submerso, levando em consideração: a potência e a força

estabelecida pelo sistema de propulsão.

Os motores escolhidos neste protótipo são bombas d’água da marca RULE,

Figura 3.1. Perfeitamente adaptados para uso de propulsor, sendo os três motores

do modelo RULE 500ghp de baixo custo com capacidade de inversão de corrente,

do modelo DC e pela facilidade do manuseio por já ser um propulsor

vedado/blindado e impermeável, facilitou a montagem no protótipo. É um motor

elétrico de 2,5 Amperes, 12 Volts pesando apenas 320g. .

Page 32: TCC Propulsores Para ROV

31

Figura 3.1: Motores bomba d'água. Fonte: Própria.

Os propulsores do ROV são acoplados na estrutura por um berço de PVC,

modelo T 40x25 com redução, Figura 3.2. Estão localizados em pontos

transversalmente opostos garantindo simetria no submersível na posição horizontal

e o propulsor vertical no centro da estrutura propiciando equilíbrio na emersão e

submersão do ROV.

Figura 3.2: Motor acoplado no berço. Fonte: Própria.

Page 33: TCC Propulsores Para ROV

32

Esses motores são bombas de água,

Cuja potência é dada pela EQ.(3.1) (HALLIDAY, 2006).

WPot

Pot

IVPot

30

5,2*12

*

=

=

=

(3.1)

Sendo um protótipo, o trabalho foi realizado em baixa escala de medidas,

sendo permitido ao máximo 16 metros de cordão umbilical no seu total para a nossa

experiência.

Para o cálculo do peso da estrutura foi utilizado os dados dos motores mais

um acréscimo na distancia e no tempo onde foi proposto que o robô andaria 1 metro

em 10 segundos. Cujo peso da estrutura foi dado pela EQ.(3.2) (HALLIDAY, 2006).

T

DFPot

∆=

* (3.2)

s

MFW

10

1*30 =

s

KgF

1

300=

Onde:

=Pot potência;

=F forca;

=D distancia;

=∆T variação do tempo;

Dado que a estrutura poderia chegar ao máximo de 24 kg, andando 1 metro

em 10 segundos para usar a potencia do motor.

Os motores em potência máxima consomem aproximadamente 30 W e

possuem força equivalente a 1,02 Kgf de acordo com fabricante.

Page 34: TCC Propulsores Para ROV

33

A transformação da bomba d’água em um motor elétrico de corrente continua

foi possível através da remoção da capa que envolvia o motor. Com uma serrinha

própria, retirou-se o plástico de entrada e saída de água como mostra a Figura 3.3,

restando apenas o motor elétrico e o eixo de fixação do hélice, Figura 3.4.

Figura 3.3: Retirando a capa da bomba. Fonte: Própria.

Figura 3.4: Motor elétrico pronto. Fonte: Própria.

Page 35: TCC Propulsores Para ROV

34

3.3 Hélices

A escolha dos hélices no inicio estava focado em modelos náuticos capazes

de movimentar o ROV com empuxo satisfatório.

Pesquisas de testes realizadas em várias marcas demonstraram que os

modelos de 50 mm, três pás obtiveram um melhor desempenho. A hélice Graupner

proporciona maior empuxo para frente, com menos amperes de consumo em

relação aos outros modelos, porem tem uma perda significativa de pressão no

sentido inverso, como podemos ver na Tabela 3.1. (HOMEBUILT ROV, 2003).

Tabela 3.1: Testes de marcas e modelos do Hélices Frabricante Modelo Hélice Pás Diametro Empuxo Direita Empuxo Esquerda

Robbe ROB1471-72 3 50mm 1.8 1.4Robbe ROB1464-65 3 60mm 1.5 0.8Robbe ROB1487 3 60 c/Kort 1.5 0.8

X-Brand RA3009 2 45mm 1.6 1.3X-Brand RA3010 2 50mm 1.7 1.4

Graupner GR1128 2 45mm 1.5 1.0Graupner GR230840 3 40mm 1.3 0.3

Graupner GR230850 3 50mm 2.2 0.6Graupner GR230850 4 50mm 1.5 0.8

Fonte: HOMEBUILT ROV, (2003).

Serão necessários três hélices do modelo Graupner 50 mm Ø, eixo de 4 mm

com 3 pás, rotação direita, Figura 3.5. São hélices de modelos náuticos com

angulação própria.

São responsáveis pelo movimento coordenado do robô em linhas

longitudinais.

Determinam o empuxo tanto para emergir, submergir e mover para frente e

para trás.

Page 36: TCC Propulsores Para ROV

35

Figura 3.5: Hélice três pás. Fonte: Hobby-Lobby, acessado em 05/10/2010.

Para fixar os hélices no eixo do motor, foi preciso de um adaptador que na

entrada fosse de 0,5mm e a saída de 4mm para apertar o hélice no eixo, sem causar

problemas para seu funcionamento como mostra a Figura 3.6.

Figura 3.6: Adaptador do hélice no motor. Fonte: Própria.

Page 37: TCC Propulsores Para ROV

36

A Figura 3.7 demonstra todas as etapas acima citadas compondo o propulsor

projetado para o veículo subaquático.

Figura 3.7: Propulsor finalizado. Fonte: Própria.

3.4 Cordão Umbilical

Corresponde com alimentação, entre o circuito eletrônico e os propulsores. É

constituído por seis fios de 2,5mm e 16 metros cada via, como é mostrado na Figura

9. Neste cabo, são utilizadas duas vias por cada propulsor, para ter a capacidade de

inversão de corrente dos pólos positivo ou negativo, conforme o controle executado.

Com utilização da Bateria fora do veículo o cordão umbilical exigiu um

diâmetro maior para evitar aquecimento dos fios e perda de corrente (CREDER,

1986).

Page 38: TCC Propulsores Para ROV

37

O cordão longo adquiriu maior peso sendo necessário atrelar peças de isopor

ao longo do cabo em 50 a 50 cm aproximadamente, reduzindo o peso e deixando o

cabo imerso na flor da água.

No final do chicote dos motores, teve de ser feito uma emenda com o restante

dos fios, formando o cordão umbilical. Nesta emenda utilizou uma mangueira de

meia polegada e duas braçadeiras de parafuso para isolar os fios da água, evitando

curto circuito como mostra a Figura 10.

Figura 3.8: Cordão umbilical. Fonte: Própria

Page 39: TCC Propulsores Para ROV

38

3.5 Bateria

O ROV subaquático será alimentado por uma Bateria, utilizada em carros de

passeio. Sua especificação de 60AH e 12 v, Figura 3.9. Com autonomia de trabalho

com carga máxima equivalente há 5 horas.

Foi utilizada a bateria pelo baixo custo, comparado as outras fontes de

alimentação como exemplo fontes de alta tensão que possui um alto preço no

mercado brasileiro. Não utilizamos alimentação embarcada, pois essa seria uma

limitação no peso da estrutura e consumiria mais potência dos motores. Como a

proposta inicial foi desenvolver um protótipo para atuar em águas de baixa

profundidade a bateria supriu a necessidade de uma fonte de alimentação com

sucesso.

Figura 3.9: Bateria automotiva. Fonte: Própria.

Page 40: TCC Propulsores Para ROV

39

4 RESULTADOS

A partir dos testes do protótipo com a estrutura e o circuito desenvolvido, foi

possível detectar a eficiência da comunicação com os propulsores e a capacidade

de dirigibilidade do veículo. Pode-se afirmar com clareza que os motores e os

hélices atribuem consideravelmente no desenvolvimento do projeto, pois a diferença

destes seria necessárias totais mudanças de tamanhos e modelos da qual foi

utilizado no projeto atual.

Os motores de bomba d’água se mostraram confiável para execução das

funções úteis e o desempenho extremamente estável, garantindo o trabalho ao

veículo sem maiores conseqüências de aquecimento, perdas de força e energia.

Mesmo com as limitações do cordão umbilical, que aparentava ser um cabo

visivelmente simples, foi possível efetuar a comunicação com total capacidade de

transmissão de corrente, pelo motivo de não conter perdas de energia e dificuldades

de arrasto, fragilizando os propulsores na locomoção do ROV.

Algumas dificuldades foram encontradas, uma delas para emergir e

submergir o ROV subaquático, que apresentou esforço maior do que o previsto ao

propulsor determinado a está função, porém logo foi resolvido ao adquirir densidade

neutra do veículo facilitando o seu movimento.

Testes realizados em diferentes ambientes detectaram-se varias mudanças

de flutuabilidade na estrutura, em água quente observou dificuldades para

submergir. Já em água fria sua locomoção foi melhor em relação ao primeiro teste,

demonstrando diferenças de densidade de acordo com a temperatura.

Os hélices utilizados demonstraram corresponder ao problema inicial, tendo

um desempenho otimizado em relação à movimentação do robô para frente, com

apenas uma diferença de velocidade em relação à locomoção para trás, resultado

da marca e modelo do hélice e também da sombra do motor.

Page 41: TCC Propulsores Para ROV

40

5 CONCLUSÃO

5.1 Conclusão

O resultado final do sistema de propulsão, não correspondeu ao projeto

inicial, onde seria instalado no robô um cilindro de pressão, acoplado o sistema de

controle e a webcam. Realizados testes com o veiculo submersível com o cilindro

de pressão, teve-se uma queda de vetorização de empuxo decorrido da baixa

potência de apenas um motor central instalado no protótipo. Para a otimização do

veiculo foi retirado o cilindro de pressão, aproximando o peso da estrutura próximo à

densidade da água, resultando uma melhora nos sistemas de emersão e submersão

do robô. Foi satisfatória a instalação de dois propulsores laterais responsáveis pela

movimentação do veiculo submersível ascendente e descendente, onde gerou uma

maior manobrabilidade do veiculo.

Os hélices utilizados no projeto corresponderam as expectativas inicial, tendo

à movimentação do robô para frente, com uma diferença de velocidade em relação à

locomoção para trás, motivos de marcas do hélice e efeito da sombra do motor

sobre o hélice.

Com a mudança do projeto foi alterada a quantidade de fios do cordão

umbilical, influenciando na densidade da estrutura, gerando arrasto acima do

previsto. Para evitar este problema deixamos à densidade do cordão positiva, assim

ele não afundará.

Page 42: TCC Propulsores Para ROV

41

5.2 Trabalhos Futuros

Diversas aplicações para este trabalho podem ser analisadas, além da

própria complementação deste.

Sobre a aplicação dos Propulsores é possível o incremento de um novo

motor, onde teria 2 motores para emergir ou submergir e 2 motores de

direcionamento ou frente e traz, totalizando 4 propulsores. Ou até mesmo aumentar

a capacidade de força do motor central, dando maior força ao ROV podendo retornar

a cilindro de pressão e a webcam como no projeto inicial. Esta característica pode

ser interessante, pois não haveria necessidade de mudanças na estrutura em geral,

apenas no berço do motor central, sem muitas conseqüências indesejadas na

estrutura.

Outra mudança que deve ser desenvolvida é alteração dos hélices, podendo

alocar pás maiores do que o raio dos motores, assim evitando o efeito sombra do

motor. Como não foi possível realizar testes com outros modelos de hélices, a

escolha foi feita por outros ROV’s já construídos.

Quanto ao cordão umbilical utilizado, pode ser alterado alocando o circuito

eletrônico na estrutura do veículo subaquático, assim diminuindo o total de fios,

conseqüentemente seu peso.

Na área acadêmica será necessária a criação de um diagrama de

modelagem dos fluidos, para melhor exemplificar e expor o projeto.

Page 43: TCC Propulsores Para ROV

42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FISICA VOL 1. 6º Edição – Mecânica Editora LTC ano 2006.

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