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EPTEC – ESCOLA PROFISSIONALIZANTE TÉCNICA CLAVERTON FLORINDO NUNES WELLINGTON LUÍS F. SANTOS ANTÔNIO RAFAEL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA NR-31

TCC Técnico Segurança Do Trabalho

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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURANR-31

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EPTEC – ESCOLA PROFISSIONALIZANTE TÉCNICA

CLAVERTON FLORINDO NUNES

WELLINGTON LUÍS F. SANTOS

ANTÔNIO RAFAEL

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA

NR-31

Franca

2015

CLAVERTON FLORINDO NUNES

WELLINGTON LUÍS F. SANTOS

ANTÔNIO RAFAEL

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA NR-31

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Profissionalizante Técnica (EPTEC), como requisito final para obtenção do módulo Técnico em Segurança do trabalho.

Orientador: Profº Sandro Aparecido Peres Farias

Franca

2015

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA,

SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA – NR 31

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Profissionalizante Técnica (EPTEC),

como requisito parcial para obtenção do módulo Técnico em Segurança do trabalho.

__________________________________Claverton Florindo Nunes

__________________________________Wellington Luís F. Santos

__________________________________Antônio Rafael

TCC aprovado em ______/______/______

Orientador: _______________________________________________________________

Prof. Sandro Aparecido Peres Farias

1º Examinador (a):___________________________________________________________

2º Examinador (a):___________________________________________________________

Coordenador (a) do curso ____________________________________________________

Franca

2015

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, que muito me incentivaram e apoiaram, tornando possível minha jornada até aqui.

AGRADECIMENTO

Primeiramente agradeço a Deus por mais este feito.Ao Professor Sandro Farias por sua dedicação, sabedoria e determinação com a qual me orientou durante a realização deste trabalho.

EPÍGRAFE

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina!”Cora Coralina

RESUMO

A maioria das pessoas das pessoas quer trabalhar em ambiente seguro,

principalmente quando as tarefas oferecem algum tipo de periculosidade. Para garantir o

mínimo de segurança, existem no Brasil as Normas Regulamentadoras, ou NRs, relativas à

segurança e medicina do trabalho. Essas normas são de observância obrigatória pelas

empresas privadas ou públicas, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário,

que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Desde 12 de abril de 1988, quando foi editada a Portaria nº 3.067 do Ministério do

Trabalho, aplicava-se ao trabalho rural apenas a NRR 03 (Norma Regulamentadora Rural),

que cuidava da Comissão Interna de Prevenção Contra Acidentes do Trabalho Rural

(CIPATR); mas em março de 2005, foi editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego

(MTE) a Portaria nº 86, que aprovou a NR 31. Ela é específica para o trabalho rural e trata

todos os temas ligados à saúde, higiene e segurança no trabalho rural.

A NR 31 também impõe obrigações aos trabalhadores rurais, como o cumprimento

das determinações sobre a forma segura de desenvolver as atividades. As ações de segurança

devem ser voltadas para a melhoria das condições e do meio ambiente do trabalho,

promoção da integridade física dos trabalhadores rurais, contemplando também as

campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Este

serviço é formado por Engenheiros de Segurança do Trabalho, Médicos do Trabalho,

Enfermeiros do Trabalho, Técnicos em Segurança do Trabalho e Auxiliares de Enfermagem

do Trabalho.

Palavras-chave: NR 31, Segurança no trabalho, Trabalhadores rurais.

ABSTRACT

Most people people want to work in a safe environment, especially when the tasks provide

some kind of danger. To ensure the minimum level of security exist in Brazil the Regulatory

Standards, or NRs, on safety and occupational medicine. These standards are obligatory for

private and public companies as well as by the bodies of the legislative and judicial branches

that have employees covered by the Consolidation of Labor Laws (CLT).

Since April 12, 1988, when it was published the Decree No. 3067 of the Ministry of Labour,

applied to the rural work just NRR 03 (Rural Regulatory Standard), which took care of the

Internal Accident Prevention Commission Against Rural Work (CIPATR); but in March

2005, was issued by the Ministry of Labor and Employment (MTE) Ordinance No. 86,

which approved the NR 31. It is specific to the rural work and handles all issues related to

health, hygiene and safety in agricultural work.

The NR 31 also imposes obligations on agricultural workers, as the fulfillment of the

resolutions on the safe way to carry out the activities. The security actions should be aimed

at improving the conditions and environment work environment, promoting physical

integrity of rural workers as well as includes educational campaigns to prevent accidents and

diseases resulting from work. This service consists of Occupational Safety Engineers,

Occupational Physicians, Occupational Nurses, Technicians in Occupational Safety and

Occupational Health Nursing Assistants.

Keywords: NR 31, Safety, Rural workers.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EPC Equipamento de Proteção Coletiva

EPI Equipamento de Proteção Individual

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

GHS’s Globally Harmonized Sistem

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico

SINITOX Sistema Nacional de Informações ToxicaFarmacológico

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação

NOTIVISA Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária

CIATs Comunicação Interna de Acidentes do Trabalho

CAT Comunicação de Acidente de Trabalho

INSS Instituto nacional de Seguridade Social

CIAT – DF Centro de Informação e Assistência Toxicológica

HRBz Hospital Regional de Brazilândia

HRG Hospital Regional do Gama

HRP Hospital regional de Planaltina

HRS Hospital Regional de Sobradinho

MTE Ministério do Trabalho e do Emprego

SUMÁRIO

Capítulo 1.0 – INTRODUÇÃO...........................................................................................................1

Capítulo 2.0 - OBJETIVO...................................................................................................................2

Capítulo 3.0 - REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................3

3.1 - Agrotóxicos.............................................................................................................................3

3.2 - Aquisição.................................................................................................................................7

3.3 - Meio ambiente e resíduos........................................................................................................8

3.4 - Grupos de maior risco de contaminação..................................................................................9

3.5 - Tipos de intoxicação..............................................................................................................10

Capítulo 4.0 - SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO E REGISTROS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS........11

4.1 - O Notivisa..............................................................................................................................11

4.2 - Outros sistemas de registro....................................................................................................12

Capítulo 5.0 - RESULTADOS...........................................................................................................13

5.1 - Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) Vestimentas....................................................18

5.1.1 - Calças e jalecos...............................................................................................................18

5.1.2 - Botas...............................................................................................................................18

5.1.3 - Avental...........................................................................................................................18

5.1.4 - Viseira............................................................................................................................18

5.1.5 - Boné Árabe.....................................................................................................................18

5.1.6 - Luvas..............................................................................................................................19

Capítulo 6.0 - SEGURANÇA NO PREPARO DA CALDA..............................................................19

6.1 - Destino final das embalagens vazias......................................................................................19

6.2 - Lavagens das embalagens vazias...........................................................................................20

6.2.1 - Procedimentos para fazer a tríplice lavagem...................................................................20

6.2.2 - Procedimentos para fazer a lavagem sob pressão............................................................20

6.3 - Embalagens flexíveis contaminados......................................................................................20

6.3.1 - Procedimentos para preparar as embalagens flexíveis....................................................21

6.3.2 - Devolução das embalagens vazias..................................................................................21

Capítulo 7.0 - APLICAÇÃO DO PRODUTO...................................................................................21

7.1 - Procedimentos para aplicar corretamente um produto...........................................................21

7.2 - Agrotóxicos: Um pouco de sua história.................................................................................22

7.3 - Dados de doenças e mortes....................................................................................................24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................27

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Capítulo 1.0 – INTRODUÇÃO

A Norma Regulamentadora 31 visa estabelecer os preceitos a serem observados na

organização e no meio ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e

o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal

e aqüicultura; com a segurança, saúde e meio ambiente do trabalho.

Antes de comprar um produto fitossanitário, é fundamental consultar um Engenheiro

Agrônomo para fazer uma avaliação completa dos problemas da lavoura, como ataque de

pragas, doenças e plantas daninhas.

Os resíduos provenientes dos processos produtivos devem ser eliminados dos locais

de trabalho seguindo métodos e procedimentos adequados, para que não causem

contaminação ambiental. O preparo da calda exige muito cuidado, o produto é concentrado e

pode causar envenenamento.

A legislação brasileira obriga o agricultor a devolver as embalagens vazias no local

credenciado indicado pelo vendedor.

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Capítulo 2.0 - OBJETIVO

A NR 31 objetiva conscientizar os trabalhadores rurais, pequenos, médios e grandes

proprietários, da importância do uso adequado dos agrotóxicos, bem como o uso correto dos

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e os Equipamentos de Proteção Coletivos

(EPC), conforme NR-6.

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Capítulo 3.0 - REFERENCIAL TEÓRICO

NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração

Florestal e Aquicultura.

3.1 - Agrotóxicos

O agrotóxico é definido como substância da natureza química, destinadas à prevenir,

destruir, ou repelir, direta ou indiretamente, qualquer forma de agente patogênico de vida

animal ou vegetal que se já nociva as plantas ou aos animais uteis a seus produtos e ao

homem. (NR-5) (MORAIS 2012).

Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem

observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o

planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura,

exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.

Para fins desta norma são considerados:

a) trabalhadores em exposição direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos

afins, em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação,

descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas;

b) trabalhadores em exposição indireta, os que não manipulam diretamente os

agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, mas circulam e desempenham suas atividade de

trabalho em áreas vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em

qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e

descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham

atividades de trabalho em áreas recém-tratadas.

É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins que

não estejam registrados e autorizados pelos órgãos governamentais competentes.

Para maiores informações quanto ao registro e uso autorizado do produto pode ser

consultada a Agencia Nacional Vigilância Sanitária (ANVISA). Informações detalhadas

sobre responsabilidades e cuidados no uso de agrotóxicos podem ser obtidas na Lei Federal

n 7.802, de 11 de julho de 1.989 e Decreto Federal N 4.974, de 04 de janeiro de 2.002 no

próprio site da Agencia Nacional Vigilância Sanitária (ANVISA).

É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins por

menores de dezoito anos, maiores de sessenta e por gestantes.

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Para maiores informações quanto ao registro e uso autorizado do produto pode ser

consultada a Agencia Nacional Vigilância Sanitária (ANVISA).

Informações detalhadas sobre responsabilidades e cuidados no uso de agrotóxicos

podem ser obtidas na Lei Federal n 7.802, de 11 de julho de 1.989 e Decreto Federal N

4.974, de 04 de janeiro de 2.002 no próprio site da Agencia Nacional Vigilância Sanitária

(ANVISA).

É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins por

menores de dezoito anos, maiores de sessenta e por gestantes.

Para a admissão, o controle de idade pode ser feito através de documentos. Para os já

em atividade a preocupação maior deve ser com os que completarem 60 anos, que devem

retirados do trabalho com ‘exposição direta ou indireta’.

Para a gestante, para evitar a caracterização de discriminação no momento da

admissão, a pessoa deve ser informada sobre as exigências da Normas Regulamentadoras

(NR) 31 e a proibição do trabalho de mulheres grávidas com agrotóxicos. Deve ser evitada

qualquer solicitação de declaração escrita sobre estado de gravidez. A Lei 9.029/95

estabelece em seu artigo 2 o seguinte:

“Constituem crime as seguintes praticas discriminatórias: l – a exigência de teste; exame,

pericia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo a esterilização

ou a estado de gravidez”. Em razão disso, se uma candidata ao emprego mentir na admissão

sob o estado de gravidez, somente poderá ser afastada do trabalho com agrotóxicos quando

for visível seu estado ou quando informar voluntariamente que esta grávida.

O empregador rural ou equiparado afastara a gestante das atividades com exposição

direta ou indireta a agrotóxicos imediatamente após ser informado da gestação.

O afastamento das atividades dependera da informação previa, a cargo da própria

gestante. Devem ser guardados todos os documentos relativos ao assunto ( atestados, laudos

de exames, comunicação do afastamento, etc.)

É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, nos

ambientes de trabalho, em desacordo com a receita e as indicações do rotulo e bula,

previstos em legislação vigente.

É obrigatória a posse de “Receita Agronômica” emitida por Engenheiro Agrônomo,

cuja copia deve ficar arquivada, de preferência, junto com a nota fiscal de compra do

produto. O empregador deve possuir também a Ficha de Informação de Segurança de

Produto Químico (FISPQ), pois a mesma possui informações importantes como:

identificação de perigos no manuseio e aplicação, medidas de primeiros socorros,

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armazenamento seguro, informações toxicológicas, regulamentações entre outras

informações.

Intervalo de reentrada - intervalo de tempo entre a aplicação de agrotóxicos ou

afins e a entrada de pessoas na área tratada sem a necessidade de uso do Equipamento de

Proteção Individual (EPI) (Decreto 4.074/2002).

É vedada a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante a

pulverização aérea.

Em muitos procedimentos de pulverização aérea, são usadas pessoas no solo para indicar a

faixa em que a aeronave deve pulverizar, as quais podem se contaminar devido a deriva.

Mesmo utilizando-se de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s), esta pratica

deve ser proibida, usando para tal finalidade ferramentas adequada como Globally

Harmonized System (GHS’s), cones, hastes e etc.

O empregador rural ou equiparado, deve fornecer instruções suficientes aos

Quemanipulam agrotóxicos, adjuvantes e afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade

em áreas onde possa haver exposição os requisitos de segurança previstos desta norma.

Deve-se ministrar treinamento especifico sobre a segurança e saúde no manuseio de

agrotóxicos aos empregados expostos direta ou indiretamente a esses produtos, bem como

informações sobre a utilização dos de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s), sendo

também entregue aos participantes um manual de procedimentos em forma escrita ilustrado,

para que se lembrem sempre das medidas preventivas explanadas durante os treinamentos.

A comprovação de que as informações foram transmitidas pelo empregador pode ser

feita através de ficha de frequência de treinamento, contendo datas, conteúdo, carga horária,

nomes e assinaturas dos participantes e instrutores.

O empregador rural ou equiparado, deve proporcionar capacitação sobre prevenção

de acidentes com agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente.

A capacitação prevista nesta norma deve ser proporcionada aos trabalhadores em

exposição direta mediante programa, com carga horária mínima de vinte horas, distribuídas

em no Máximo oito horas diário, durante o expediente normal de trabalho, com o seguinte

conteúdo mínimo:

a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos;

b) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros;

c) rotulagem e sinalização de segurança;

d) medidas higiênicas durante e após o trabalho;

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e) uso de vestimentas e equipamentos de proteção individual;

f) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal.

O programa de capacitação deve ser desenvolvido a partir de materiais escritos ou

audiovisuais e apresentado em linguagem adequada aos trabalhadores e assegurada a

atualização de conhecimentos para os trabalhadores já capacitados.

A comprovação de que as informações foram transmitidas pelo empregador pode ser

feita através de ficha de frequência de treinamento, contendo datas, conteúdo, carga horária,

nomes e assinaturas dos participantes e instrutores.(curso foi suficiente, instrutor

capacitado?).

É recomendável, quando possível, que sejam aplicados testes de verificação escrita

com exigência de acerto de 100% das respostas. Os testes devem ser guardados por tempo

indeterminado.

São considerados validos os programas de capacitação desenvolvidos por órgãos e

serviços oficiais de extensão rural, instituições de ensino de nível médio e superior em

ciências agrárias e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), entidades sindicais,

associações de produtos rurais, cooperativas de produção agropecuária ou florestal e

associações de profissionais, desde que obedecidos aos critérios estabelecidos Poe esta

norma, garantindo – se a livre escolha de quaisquer destes pelo empregador.

O empregador rural ou equiparado deve se complementar ou realizar novo programa

quando comprovada a insuficiência da capacitação proporcionada ao trabalhador.

Caso de acidentes, por exemplo. Depende da sensibilidade do empregador.

O empregador rural ou equiparado deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas:

a) fornecer equipamentos de proteção individual e vestimentas adequadas aos riscos, que

não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador.

b) fornecer os equipamentos de proteção individual e vestimentas de trabalha em perfeitas

condições de uso e devidamente higienizados, responsabilizando-se pela descontaminação

dos mesmos ao final de cada jornada de trabalho, e substituindo – os sempre que necessário;

c) orientar quanto ao uso correto dos dispositivos de proteção;

d) disponibilizar um local adequado para a guarda da roupa de uso pessoal.

e) fornecer água, sabão e toalhas para higiene pessoal;

f) garantir que nenhum dispositivo de proteção ou vestimenta contaminada, seja levado para

fora do ambiente de trabalho;

g) garantir que nenhum dispositivo ou vestimenta de proteção seja reutilizado antes da

devida descontaminação;

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h) vedar o uso de roupas pessoais quando da aplicação de agrotóxicos.

Além do fornecimento gratuito dos de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s)

adequados e do treinamento sobre o uso, cuidados e manutenção, devem ser guardados

recebidos com discriminação detalhada dos equipamentos, datas de entrega e assinaturas dos

usuários.

É obrigatória a descontaminação diária das vestimentas (lavagem) por conta do

empregador.

Parece inevitável que o empregador, de forma isolada, ou em grupo, devera dispor de

lavanderia adequada e estruturada, com pessoal treinado, para lavar e secar toda a roupa

utilizada diariamente. Devem ser gerados documentos de controle do “movimento” de

lavagem.

O empregador rural ou equiparado deve disponibilizar a todos os trabalhadores

informações sobre o uso de agrotóxico no estabelecimento, abordando os seguintes

aspectos:

a) área tratada: descrição das características gerais da área de localização, e do tipo de

aplicação a ser feita, incluído o equipamento a ser utilizado;

b) nome comercial do produto utilizado;

c) classificação toxicológica;

d) data e hora da aplicação;

e) intervalo de reentrada;

Intervalo de segurança ou período de carência na aplicação de agrotóxicos ou afins:

a) Antes da colheita: intervalo de tempo entre a ultima aplicação e a colheita;

b) Pós-colheita: intervalo de tempo entre a ultima aplicação e a comercialização do produto

tratado;

c) Em pastagens: intervalo de tempo entre a ultima aplicação e o consumo do pasto;

d) Em ambientes hídricos

3.2 - AquisiçãoAntes de comprar um produto fitossanitário, é fundamental consultar um Engenheiro

Agrônomo para fazer uma avaliação completa dos problemas da lavoura, como o ataque de

pragas, doenças e plantas daninhas.

Procedimento na hora da compra:

1. Só compre o produto com a receita agrônoma e guarde a via;

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2. Exija e guarde a nota fiscal, pois é a sua garantia diante do código de defesa do

consumidor;

3. Certifique-se que a qualidade do produto comprado será suficiente para tratar a área

desejada, evite em comprar produtos em excesso;

4. Examine o prazo de validade dos produtos adquiridos e não aceite produtos vencidos;

5. Não aceite embalagens danificadas;

6. Verifique se as informações do rotulo e bula são legíveis;

7. Aproveite para comprar Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

8. Certifique-se que o vendedor informou o local onde as embalagens vazias devem ser

devolvidas.

3.3 - Meio ambiente e resíduos

Os resíduos provenientes dos processos produtivos devem ser eliminados dos locais

de trabalho, segundo métodos e procedimentos adequados que não provoquem

contaminação ambiental.

Cada resíduo deve ter a destinação estabelecida em legislações e regras próprias de

meio ambiente em níveis federal e estadual. ( Lei 7.802/1989 dispõe sobre resíduos).

O empregador rural ou equiparado deve sinalizar as áreas tratadas, informando o

período de reentrada.

Período ou intervalo de reentrada: é aquele período após a aplicação do produto em

que é vedado a entrada de pessoas na área tratada, sem o uso de Equipamento de Proteção

Individual (EPI) adequado.

Período de carência: é o numero de dias que deve ser respeitado entre a última

aplicação e a colheita. Este período está descrito no rotulo e bula do produto.

Isto é importante para garantir que o alimento colhido não contenha resíduos acima do limite

máximo permitido.

O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicação deve ser imediatamente

afastado das atividades e transportado para atendimento medico, juntamente com as

informações contidas nos rótulos e bulas dos agrotóxicos aos quais tenha sido exposto.

Um dos maiores perigos representados pelos agrotóxicos diz respeito aos efeitos que

eles podem provocar na saúde das pessoas, principalmente daquelas que, no campo ou na

indústria, ficam expostas ao contato direto com os venenos.

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São inúmeros os relatos de pessoas que desenvolveram sérias doenças provocadas

pelos agrotóxicos. Há casos de abortos, assim como de bebes que nascem com má formação

congênita pelo fato de a mãe ou o pai terem tido contato com agrotóxicos em sua vida, ou

mesmo durante a gravidez. Há pessoas que desenvolvem doenças apenas porque moram

próximos a plantações onde se usa muito veneno, e a contaminação chega pelo ar. Há outros

casos que o uso intensivo de venenos agrícolas atingiu a água que abastece as pessoas de

toda região. Ate mesmo alimentos com altas taxas de resíduos de agrotóxicos podem ser

capazes de produzir efeitos de longo prazo nos consumidores, que muitas vezes nunca

sequer viram uma embalagem de veneno. E estes consumidores muito dificilmente saberão

que as doenças que os afligem foram provocadas pelos agrotóxicos.

Os profissionais da saúde, por sua vez, enfrentam no Brasil uma enorme dificuldade

para diagnosticar, registrar e ate mesmo encaminhar pacientes intoxicados por agrotóxicos.

Sabe-se que o numero de registros é muito menor do que o numero real de intoxicações – a

própria Organização Mundial da Saúde reconhece que, para cada caso registrado de

intoxicação pelos agrotóxicos, há 50 não notificados. (ANVISA, 2005)

3.4 - Grupos de maior risco de contaminação

As pessoas mais expostas aos perigos da contaminação pelos agrotóxicos são aquelas

que têm contato com eles no campo. Há aplicadores, preparadores de caldas e responsáveis

por depósitos, que tem o contato direto com os produtos, e há também os trabalhadores que

tem o contato indireto com os venenos sem realizar carpinas, roçadas, colheitas, etc.

Este segundo grupo, é na verdade, o de maior risco, uma vez que o intervalo de

reentrada nas lavouras não costuma ser respeitado e estes trabalhadores não usam proteção.

Moradores de região de predomínio de agronegócio, onde maciças quantidades de

agrotóxicos são usadas ao longo do ano, formam outro grupo de grande risco. Há estudos

que indicam que, nestes casos, muitas vezes apenas 30% do veneno atingem o alvo (Chaim,

2003). O resto contamina solos, águas, plantações de vizinhos, florestas e, muitas vezes,

áreas residenciais. Outros estudos indicam também que águas subterrâneas estão sendo

contaminadas, colocando em risco a saúde de populações que se abastecem de postos em

regiões de grande produção agrícola (Rigotto et AL, 2010).

O profissional de saúde publica que trabalham em controle de vetores de doenças

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como a dengue, também sofrem riscos de contaminação, assim como os funcionários de

empresas “dedetizadoras” e “desratizadoras”. Os casos de intoxicação aguda de aplicadores

são comuns em todo pais. Alem disso, vários casos de intoxicação vem ocorrendo em

pessoas que vivem nos ambientes onde há aplicação dos produtos.

Os funcionários de indústria que fabricam ou formulam agrotóxicos, assim como

pessoas que trabalham com o transporte e com o comercio destes produtos, constituem outro

grupo importante de risco.

Por fim, temos os consumidores que, ao longo de vários anos, se alimentam de

produtos com altas taxas de resíduos de agrotóxicos. Analises feita pela ANVISA tem

anualmente demonstrado que diversos produtos de grande importância na alimentação dos

brasileiros tem apresentado resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos e também

de agrotóxicos proibidos. A venda de agrotóxicos sem receituário agronômico e o

desrespeito ao período de carência – intervalo de tempo exigido entre a última aplicação e a

comercialização do produto – são outros agravantes deste quadro da Agencia Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA, 2005).

3.5 - Tipos de intoxicação

Existem três tipos de intoxicação conforme Norma Regulamentadora (NR) 31:

- Intoxicação aguda: são aquela cujos sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a

exposição ao veneno. Normalmente trata-se de exposição, por curto período, a doses levadas

de produtos muito tóxicos (os casos de intoxicação que chegam a ser notificados são,

basicamente, deste tipo).

Os efeitos podem incluir dores de cabeça, náuseas, vômitos, dificuldades

respiratórias, fraqueza, salivação, cólicas abdominais, tremores, confusão mental,

convulsões entre outros.

A intoxicação aguda pode ocorrer de formas leves, moderada ou grave, dependendo

da quantidade do veneno absorvida. Em muitos casos pode levar a morte.

- Intoxicação subaguda ou sobre aguda: esta ocorre por exposição moderada ou

pequena a produtos alta ou mediamente tóxicos. Os efeitos podem aparecer alguns dias ou

semanas. Os sintomas podem incluir dores de cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de estomago,

sonolência, entre outros.

- Intoxicação crônica (ou mais precisamente, efeitos crônicos decorrentes de intoxicação):

caracterizam-se pelo surgimento tardio. Aparecem apenas após meses ou anos da exposição

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pequena ou moderada a um ou vários produtos tóxicos. Os sintomas são normalmente

subjetivos e podem incluir perda de peso, fraqueza muscular, depressão, irritabilidade,

insônia, anemia, dermatites, alterações hormonais, problemas imunológicos, efeitos na

reprodução (infertilidade, malformações congênitas, abortos), doenças do fígado e dor nos

rins, doenças respiratórias, efeitos no desenvolvimento da criança entre outros.

Normalmente o diagnostico de intoxicação crônica é difícil de ser estabelecido. Os

danos muitas vezes são irreversíveis, incluindo paralisias e vários tipos de câncer.

Capítulo 4.0 - SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO E REGISTROS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS

Existe no Brasil não um, mais uma serie de sistema de notificação e registro que,

entre outros, reúnem e sistematizam dados sobre intoxicações provocadas por agrotóxicos

nos pais.

O fato de esses sistemas serem muitos e dispersos geram muitas dificuldades para

analise dos dados sobre intoxicação. Além disso, há sistemas sujos dados se sobrepõe, o que

os torna ainda mais frágeis. E infelizmente o traço comum mais marcante entre todos eles é

a grande subnotificação (avalia-se que para caso de intoxicação por agrotóxico registrado há

outros 50 casos não registrados).

Os dois sistemas de notificação mais importantes no Brasil são o (Sinitox) Sistema

Nacional de Informações Tóxica Farmacológica, gerenciado pela Fiocruz (Fundação

Oswaldo Cruz), e o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), gerenciado

pelo Ministério da Saúde. Mais recentemente foi criado o Notivisa (gerenciado pela

ANVISA) que, em parte associado ao Sinitox, pretende compilar dados bastantes

abrangentes envolvendo casos de intoxicação, mas que ainda não esta operando plenamente.

4.1 - O NotivisaO Notivisa (Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária), sistema informatizado

online foi criado pela da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2007 para

receber tanto as notificações de eventos adversos a saúde, como as queixas técnicas

relacionadas aos diferentes produtos sob vigilância sanitária, inclusive os agrotóxicos.

Além das fichas das Gerencias da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA), que são preenchidas voluntariamente por profissionais de saúde, agencias

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estaduais e municipais e vigilância sanitária, hospitais sentinelas e empresas, foram criadas

três fichas de notificações especialmente para Centro de Informação e Assistência

Toxicológica da Renaciat. As fichas são bastante detalhadas e todo este sistema tem o

objetivo de registrar as demandas sobre intoxicações e, assim, viabilizar a realização de

analises acerca do impacto dos produtos na fase de pós - comercialização e orientar a

implantação de novas políticas publicam de prevenção de agravos e de promoção da saúde

da população.

Entre agosto de 2007 e dezembro de 2009, progressivamente, várias Comunicações

Internas de Acidentes do Trabalho (CIATs) começaram, além de reportar seus dados ao

Sinitox, a realizar também suas notificações diretamente no Sistema de Notificações em

Vigilância Sanitária (Notivisa). No entanto, o Subdimensionamento em relação ao volume

de notificadores e de fichas preenchidas fez com que o Sistema começasse a tornar-se lento

e apresentar frequentes interrupções de funcionamento. Assim, o numero de Centros que

continuaram a utilizar o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa)

diminuiu significante a partir de janeiro de 2010. Desde então a da Agencia Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA) trabalha na construção de um novo sistema, o Sistema de

Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa) 2, que será capaz de recuperar as

informações já registradas e aceitar volumes superiores de dados.

4.2 - Outros sistemas de registro

Embora o Sinitox (mais recentemente associado ao Notivisa) e o Sinan sejam os mais

importantes sistemas de notificação levando em consideração o numero de intoxicações por

agrotóxicos registradas, há no Brasil outros sistemas que também notificam – ou deveriam

notificar – este tipo de intoxicação.

Um deles é o (CAT) Comunicação de Acidente de Trabalho, da Previdência Social,

sugerido pelo INSS. A lei n 8.2013/91 determina no seu artigo 22 que todo o acidente do

trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao Instituto nacional de

Seguridade Social (INSS), sob pena de multa em caso de omissão. É a Cadastro de Acidente

no Trabalho (CAT) que viabilizara, por exemplo, que o trabalhador possa, se necessário, ser

afastado do trabalho e receber benefícios como auxilio doença ou auxilio acidente. Mas o

Cadastro de Acidente no Trabalho (CAT) é muito limitado sob a ótica De registro de

intoxicações. Nota-se em primeiro lugar que ela só abrange trabalhadores do mercado

formal – embora a grande massa de trabalhadores rurais que lidam com agrotóxicos não

13

esteja incluída neste setor. Em segundo lugar, assim como os outros sistemas de notificação,

apenas uma pequena parcela das intoxicações chega de fato a serem registradas.

Capítulo 5.0 - RESULTADOS

Foram pesquisados para este estudo 1085 registros no caso de intoxicação reportados

pelo do Centro de Informação e Assistência Toxicológica- Distrito Federal (CIAT-DF)

durante o período de julho de 2004 a dezembro de 2007.

A maior parte destes casos (75,7%) foram remitidos ao Centro de Informação e

Assistência Toxicológica- Distrito Federal (CIAT-DF) por telefone e cerca de 24% pelas

unidades de vigilância epidemiológica dos hospitais da rede publica do DF (figura 1). Das

407 notificações e atendimentos telefônicos sem indicação de agente tóxico nos registros do

Centro de Informação e Assistência Toxicológica- Distrito Federal (CIAT-DF), 251 pôde ser

acessado nos hospitais (61,7%), e destes, 31 se referiam a intoxicações com agrotóxicos.

Estas informações foram pesquisadas nas GAEs ou prontuários de pacientes intoxicados nos

hospitais públicos que os atenderam. Em geral, a taxa de recuperação dos registros foi maior

quando feita diretamente pelo pesquisador, chegando a 91% no Hospital Regional de

Brasilândia (HRBz). Em hospitais onde este acesso direto não foi autorizado, a obtenção dos

documentos foi em torno de 55%. Não foi possível determinar o agente causador da

intoxicação em 38,3% dos documentos, devido às falhas de preenchimento, como

informações incompletas, inexistentes ou ilegíveis.

A partir de 2006, os registros no Centro de Informação e Assistência Toxicológica-

Distrito Federal (CIAT-DF) foi informatizado e todos apresentavam informação quanto ao

agente tóxico envolvido, não havendo necessidade da busca ativa junto aos hospitais.

14

No total, 709 casos de intoxicação por agrotóxicos ocorridos DF entre 2004 e 2007

reportadas as Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciat) foram avaliados neste

estudo.

A tabela 1 mostra o numero de intoxicações exógenas ocorridas no Distrito Federal

que foram reportadas ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica- Distrito Federal

(CIAT-DF) por meio de ligações telefônicas.

Com a exceção de 2007, a intoxicação por agrotóxicos foi a segunda maior causa de

intoxicação exógena reportada, seguindo apenas de medicamentos. Em 2007, o numero de

intoxicação por agrotóxicos foi similar aos de produtos químicos industriais.

O gráfico 1 mostra o numero de atendimentos de intoxicação por agrotóxicos

realizados pelos hospitais da rede publica do DF, por hospitais particulares e por outros

serviços de saúde durante o período do estudo. Cerca de 80% dos casos de intoxicação

foram atendidos nas cidades satélites de Brasília; em apenas 6,4% dos casos, os pacientes

procuraram hospitais particulares.

O Hospital Regional do Gama (HRG) foi o que mais atendeu os casos de intoxicação

por agrotóxicos durante o período, seguindo o Hospital Regional de Planaltina (HRP) e do

15

Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Em quatorze casos de intoxicação ocorridos no

domicilio ou no trabalho, não houve necessidade de encaminhamento para atendimento

médico.

O que fazer em caso de acidente com agrotóxicos (intoxicação aguda)

Ler e seguir as instruções do rotulo, bula ou folheto explicativo;

Remover o acidentado para local limpo e arejado, protegendo-o do calor e do frio;

Lavar as partes do corpo atingidas pelo produto com muita água e sabão;

Retirar vestimentas contaminadas pelo produto;

Caso precise manusear objetos e roupas contaminadas, a pessoa que socorrer o

acidentado deve usar luvas;

Manter o paciente calmo e confortável;

16

Nunca dar leite ou medicamento sem a devida orientação;

Nunca provocar vômitos sem antes verificar se tal procedimento é recomendado

para o produto utilizado;

Não provocar vômito e nem dar nada por via oral a uma pessoa inconsciente;

Antídotos só devem ser ministrados por pessoas qualificadas;

Procura assessoria do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT) mais

próxima para obter esclarecimentos dos procedimentos a serem tomados, através do Disque

Intoxicação: 0800 722 6001. Se for necessário, você pode encontrar na lista de todos os do

Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciats) existentes nos pais no seguinte

endereço eletrônico:

http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/centros.htm

Providenciar atendimento médico imediato levando a embalagem, rótulo, bula,

folheto explicativo do produto ou a receita agronômica;

Providenciar o preenchimento da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT)

para assegurar cobertura previdenciária.

Conforme Norma Regulamentadora (NR) 31 podemos definir trabalhadores

em exposição direta e em exposição indireta:

a) Trabalhadores em exposição direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins,

em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação descarte, e

descontaminação de equipamentos e vestimentas.

b) Trabalhadores em exposição indireta, os que não manipulam diretamente os agrotóxicos,

adjuvantes e produtos afins, mas circulam e desempenham suas atividades de trabalho em

áreas vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das

etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e descontaminação de

equipamentos e vestimentas, e ou ainda, os que desempenham atividades de trabalho em

áreas recém- tratadas.

Os equipamentos de aplicação dos agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, devem

ser:

a) Mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento;

b) Inspecionados antes de cada aplicação;

c) Utilizados para a finalidade indicada;

d) Operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas.

A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos apenas poderão

ser realizadas por pessoas previamente treinadas e protegidas.

17

A má conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos é uma das

principais causas dos acidentes. Para o correto uso desses equipamentos, o trabalhador deve

receber treinamento especifico do seu empregador.

A limpeza dos equipamentos será executada de forma a não contaminar o poço, rios,

córregos e quaisquer outras coleções de águas. Os produtos devem ser mantidos em sua

embalagem originais, com seus rótulos e bulas.

E vedada o reutilização, para qualquer fim, das embalagens vazias de agrotóxico,

adjuvante e produtos afins, cuja destinação final deve atender a legislação vigente.

É vedado a armazenagem de agrotóxico, adjuvantes e produtos afins ao céu aberto.

As edificações destinadas ao armazenamento de agrotóxicos, adjuvante e Produtos

afins devem:

a) Ter paredes coberturas resistentes ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente

capacitados a manusear os referidos produtos;

b) Possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e dotada de proteção

que não permita acesso de animais;

c) Ter afixadas placas ou cartazes com aviso de perigo;

d) Estar situada a mais de trinta metros das habitações e locais onde são conservados ou

consumidos os alimentos, medicamentos ou outros materiais e de fontes de águas;

e) Possibilitar limpeza e descontaminação.

O armazenamento deve obedecer, as normas de legislação vigente, as especificações

do fabricante constante do rotulo e bulas, e as seguintes recomendações básicas:

a) As embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso as pilhas

estáveis afastadas das paredes e do teto;

b) Os produtos inflamáveis serão mantidos em local ventilados, protegidos contra centelhas

e outras fontes de combustão.

Os agrotóxicos adjuvantes e produtos afins devem ser transportados em recipientes

rotulados, resistentes e hermeticamente fechados.

É vedado transportar agrotóxico, adjuvante e produtos afins, em um mesmo compartimento

que contenham alimento, rações, forragens e utensílios de uso pessoal ou domestico.

Os veículos utilizados para transportes de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins,

devem ser higienizados e descontaminados, sempre que forem destinados a outros fins.

É vedada a lavagem de veículos transportadores de agrotóxicos em coleções de água.

É vedado transportar simultaneamente trabalhadores de agrotóxicos, em veículos

que não possuam compartimentos estanques projetados a tal fim.

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5.1 - Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) Vestimentas

5.1.1 - Calças e jalecos

Devem ser tratados com hidro-repelentes;

Para aplicações com equipamentos de pulverização, costal mangueira;

A calça devera ter um reforço extra na perna com material impermeável (perneira), para

aumentar a proteção;

Vestir sobre a roupa comum (bermuda e camisa de algodão) para aumentar o conforto e

permitir a retirada em locais abertos;

Os cordões da calça e do jaleco devem estar bem ajustados e guardados para dentro da

roupa.

5.1.2 - Botas

Devem ser de Policloreto de Polivila (PVC), de preferência brancas. Botinas de couro não

são recomendadas, pois não são impermeáveis e encharcam facilmente;

A bota deve ser usada com meia e a barra da calça deve ficar para fora do cano, para o

produto não escorrer para os pés.

5.1.3 - Avental

Tem o objetivo de proteger o corpo durante o preparo da calda e durante a pulverização

com equipamento de pulverização costal ou mangueira;

Devem ser de material impermeável e de fácil fixação nos ombros;

O comprimento de ser ate na altura dos joelhos, na altura da perneira da calça.

5.1.4 - Viseira

Deve ser utilizada para proteger os olhos e os rostos das gotas ou nevoas da pulverização;

A viseira deve ser de acetato com boa transparência para não distorcer a imagem, forrada

com espuma na testa e revestida com viés para evitar cortes.

5.1.5 - Boné Árabe

Feito em tecido de algodão tratado para tornar-se hidrorrepelente;

Protege o couro cabeludo e o pescoço contra respingos.

5.1.6 - Luvas

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As luvas protegem a parte do corpo com maiores riscos de exposição; as mãos;

As luvas mais recomendadas são as de borracha nitrílica ou neoprene, pois servem para

todos os tipos de formulação.

Capítulo 6.0 - SEGURANÇA NO PREPARO DA CALDA

O preparo da calda exige muito cuidado, pois é momento que o trabalhador está

manuseando o produto concentrado.

A embalagem deve ser aberta com cuidado para evitar derramamento do produto;

Utilize balanças, copos graduados, baldes e funis específicos para o preparo da calda.

Nunca utilize esses mesmos equipamentos para outras atividades;

Faça a lavagem vazia logo apõe o esvaziamento da embalagem;

Após o preparo da calda, lave os utensílios e seque-os no sol;

Use apenas o agitador do pulverizador para misturar a calda

Utilize sempre água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento dos bicos do

pulverizador;

Verifique se todas as embalagens usadas estão fechadas e guarde-as no deposito;

Manuseie os produtos longes de crianças animais e pessoas desprotegidas.

6.1 - Destino final das embalagens vazias

Antes de devolver, o agricultor devera preparar as embalagens, ou seja, separar as

embalagens lavadas das embalagens contaminadas.

O agricultor que não devolve as embalagens ou não prepará-las adequadamente

poderá ser multado, além de ser enquadrado na lei de Crimes Ambientais.

6.2 - Lavagens das embalagens vaziasA lavagem das embalagens vazias é uma pratica realizada no mundo inteiro para

reduzir os riscos de contaminação das pessoas (SEGURANÇA), protegerem a natureza

(AMBIENTE), e aproveitar o produto ate a ultima gota (ECONOMIA).

20

A lavagem das embalagens poderá ser feita de duas formas: a tríplice lavagem ou

lavagem sob pressão.

6.2.1 - Procedimentos para fazer a tríplice lavagem

Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador;

Adicione água limpa a embalagem e ate ¼ de seu volume;

Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundo;

Despeje a água de lavagem no tanque do pulverizador;

Faça esta operação por três vezes;

Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

6.2.2 - Procedimentos para fazer a lavagem sob pressão

1. Este procedimento somente deve ser realizado em pulverizadores com acessórios

adaptados para esta finalidade:

2. Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador.

3. Acione o mecanismo para liberar o jato de água limpa;

4. Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por 30 segundos;

5. A água de lavagem deve ser transferida para o interior do tanque do pulverizador;

6. Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo.

Importante: A lavagem deve ser realizada durante o preparo da calda. As embalagens

lavadas devem ser guardadas, com suas tampas, dentro de uma caixa de papelão.

6.3 - Embalagens flexíveis contaminados

As embalagens de produtos cuja formulação e granulada ou em pó geralmente são

sacos plásticos, sacos de papel ou mistas. Estas embalagens são flexíveis e não podem ser

lavadas.

6.3.1 - Procedimentos para preparar as embalagens flexíveis

Esvazie completamente na ocasião do uso e depois guardo dentro de um saco plástico

padronizando;

21

O saco plástico padronizado deve ser adquirido no revendedor.

6.3.2 - Devolução das embalagens vazias

É recomendável que o agricultor devolva as embalagens vazias somente após o termino

da safra, quando reunir uma quantidade de embalagens que justifique o transporte; da safra,

quando reunir uma quantidade de embalagens que justifique o transporte;

O agricultor tem o prazo de ate um ano depois da compra ou do uso do produto para

devolver as embalagens vazia;

Enquanto isto, a embalagem vazia deve ser guardada de forma organizada no mesmo

deposito onde se armazenam as embalagens cheias;

O agricultor deve desenvolver as embalagens vazias na unidade de recebimento licenciada

mais próxima de sua propriedade;

O revendedor, deve informar, na nota fiscal, no endereço da unidade de recebimento de

embalagens vazias.

Capítulo 7.0 - APLICAÇÃO DO PRODUTO

O sucesso do controle de pragas, doenças e plantas daninhas depende muito da

qualidade da aplicação do produto fitossanitário. A maioria dos problemas de mau

funcionamento dos produtos nas lavouras é devido à aplicação incorreta Além de

desperdiçar o produto, uma aplicação mal feita poderá contaminar os trabalhadores e meio

ambiente. O prejuízo pode ser muito grande.

7.1 - Procedimentos para aplicar corretamente um produto

Mantenha os equipamentos aplicadores sempre bem conservados;

Faça revisão e manutenção periódica nos pulverizadores, substituindo as mangueiras e os

bicos danificados;

Lave o equipamento e verifique o seu funcionamento após cada dia de trabalho;

Jamais utilize equipamentos com defeitos, vazamentos ou condições inadequadas de uso,

e se necessário, substitua-o;

Leia o manual de instruções do fabricante do equipamento pulverizador e saiba como

calibrá-lo corretamente;

22

Pressão excessiva na bomba causa deriva e perda da calda de pulverização;

Use sempre água limpa para preparar a calda de pulverização;

Jamais misture em tanque produtos incompatíveis e observe a legislação local;

Verifique a velocidade do vento, para evitar a deriva.

7.2 - Agrotóxicos: Um pouco de sua história

A mais antiga referência do uso de produtos químicos vem do antigo Egito com o

uso de fumigação para reduzir as manifestações em grãos armazenados.

1000 AC - Homero, na Odisséia, recomenda o uso de enxofre na forma de fumigação. Isto é

usado até hoje. Na China, era usado o arsênico em tratamento de sementes.

200 AC - Cato, em Roma, descreve o uso de betume (asfalto) para produzir

inseticida para controlar pestes em videiras. Também, em Roma, o extrato de várias ervas

era utilizado no combate às pulgas.

400 – 500 DC até a Renascença - Continua a ser usado o enxofre e o arsênico.

Não há referências a outro produto químico.

1755 - Os alemães passaram a usar o arsênico e o cloreto de mercúrio no tratamento

das sementes de trigo contra as doenças “cárie” e “carvão”. “1798 - Malthus descreve o

“Princípio da População”: os alimentos crescem em progressão aritmética enquanto a

população cresce em progressão geométrica”.

Resultado: fome inevitável.

1845 - A alimentação básica na Irlanda era a batata. Fazia-se de tudo com a batata.

Para aumentar a produtividade, importaram batatas do Peru que vieram infestadas com um

fungo (Phythophthora infestans). Nos anos chuvosos de 1845 a 1847, o fungo destruiu os

batatais irlandeses e impossibilitou novos plantios devido à infestação nos solos. Por causa

disto, um milhão de pessoas morreu e outras tantas migraram para os Estados Unidos. Esta

crise irlandesa despertou na comunidade européia a pesquisa e o uso de agrotóxicos.

1883 - O médico Pierre Alexis Millardet descobre a calda bordalesa, um fungicida a

base de cobre.

1915 - Surge o primeiro produto produzido pela Bayer com o nome comercial de

Uspulum.

1930 – 1940 Desenvolvimento de uma série de fungicidas do grupo ditiocarbamato.

Se verificar o primeiro controle parcial da doença que devastara os batatais da Irlanda.

1942 - Descoberta do DDT. Foi a mais espetacular descoberta por eliminar todos os

23

insetos conhecidos na época, embora 28 anos mais tarde (1970) já tinha sido detectado 450

espécies de insetos resistentes ao DDT.

Neste mesmo ano, na Índia, uma doença causada por fungo (Helminthosporium

orysae) no arroz, destrói todas as plantações levando dois milhões de pessoas à morte.

1943 - Começa a Revolução Verde. A Fundação Rockfeller envia uma equipe de

fitopatologistas e geneticistas para o México. Dentre eles, estava Norman Borlang que

receberia em 1966 o prêmio Nobel da Paz.

Esta equipe conseguiu variedades de alta produtividade. Como consequência, o

México que era antes importador de cereais passou a ser grande exportador de seus

excedentes de milho e trigo.

1962 - A Fundação Rockfeller se associa a Ford e repete a mesma atuação na Ásia

com a cultura do arroz, fundando nas Filipinas um Instituto de Pesquisa do Arroz.

Chegara o período da prosperidade.

A Revolução Verde incrementou o uso de fertilizantes, irrigação e o uso de

agrotóxicos. A produtividade das culturas aumentou. As lavouras que continuavam no

sistema tradicional apresentavam produções insignificantes se comparadas àquelas da

Revolução Verde.

1988 - A Índia produziu mais arroz por habitante do que em 1966 a despeito da

população, neste período, ter crescido 100 milhões.

Mas a partir da Revolução Verde começaram os impactos ambientais e a natureza

passou a mostrar-se “frágil”.

Segundo o Ministério da Saúde, a venda de agrotóxicos cresceu 250% no período

de 1966 a 1981. Mas como acontece com tudo, há necessidade de serem tomadas medidas

de proteção. E os agrotóxicos usados com as precauções necessárias não oferecem perigo.

Até a 2ª Guerra Mundial, as quantidades de agrotóxicos usadas eram muito pequenas

e os equipamentos de aplicação muito rústicos (Agronomia com Gismonti, 2009).

Após o final da 2º Guerra, as lavouras dos Estados Unidos apresentaram um grande

desenvolvimento. Isto favoreceu os pilotos de aviões-caça que estavam desempregados e

tornaram-se pilotos agrícolas. Os aviões de treinamento e combate foram transformados em

aviões pulverizadores. As adaptações de tambores e mangueiras foram as mais rústicas bem

como os equipamentos que utilizavam na época. Tecnologia de aplicação não existia e os

agrotóxicos eram usados indiscretamente.

A falta de informação sobre o perigo dos produtos era grande. No preparo da calda

do Dicloro Defenil Tricloroetano (DDT), recomendava-se que fosse misturado com água em

24

um recipiente e a calda era agitada com o braço e com a mão aberta para facilitar a mistura.

Os problemas oriundos desta prática só iriam aparecer 20 a 30 anos após o contato com a

pele, pois o Dicloro Defenil Tricloroetano (DDT) precisa ser bastante absorvido pelo

organismo para fazer mal a saúde.

Quando o trabalhador fazia o preparo da calda com um organofosforado, como fazia

com o Dicloro Defenil Tricloroetano (DDT), caia morto na hora sem tempo para receber

atendimento medico. O organofosforado para fazer mal a saúde precisa pouco produto.

Nos anos 70, a aviação agrícola explodiu no Brasil e os agrotóxicos passaram a ser

usados mais tecnicamente.

Nos anos 80 e 90 os produtos químicos evoluíram rapidamente. Apareceram os

carbamatos, os piretroides, etc. as doses recomendadas foram reduzidas em 80% se

comparadas nos anos 60 e 70.O Brasil é um dos cinco maiores consumidores de agrotóxicos

do mundo (UFRJ, 2013) o uso de agrotóxicos tem causado diversas vítimas fatais, além de

abortos, fetos com má-formação, suicídios, câncer, dermatoses e outras doenças.

Segundo a OMS, há 20.000 óbitos/ano em consequência da manipulação, inalação e

consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil (UFRJ,

2013).

7.3 - Dados de doenças e mortes

Maior consumidor de agrotóxicos no mundo, segundo informações da Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Brasil contabilizou, conforme dados do

Anuário Estatístico da Previdência Social de 2011, do Ministério da Previdência Social,

14.988 acidentes de trabalho no setor agrícola.

Nesse quadro, em que os próprios especialistas encontram dificuldades em estimar

quantos trabalhadores adoecem ou morre pela contaminação proveniente de agrotóxicos, a

prevenção é ainda a melhor saída. Muitos são os casos que dão origem a ações trabalhistas,

algumas das quais chegam até o Tribunal Superior do Trabalho, levando a indenizações por

danos morais coletivos que já chegaram a R$ 200 milhões.

25

Em 2005, quando foi a aprovada a Lei de Biossegurança 11.105, que impulsionou a liberação de transgênicos no país, o consumo de agrotóxicos no Brasil estava na casa dos 700 milhões de litros/ano. Em 2011, seis anos apenas depois, já estava na casa dos 853 milhões de litros/ano.

26

Capítulo 8.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A evolução dos processos de trabalho e dos meios de produção modifica,

gradativamente, a forma de adoecer dos trabalhadores.

Muitas doenças “clássicas” inerentes ao ambiente de trabalho (bissinose, abestose,

silicose) foram e estão sendo controladas quando comparada a tempos atrás.

Entretanto, muitas doenças agora evidenciadas, estão relacionadas à sobrecarga de

peso, pressões de chefia por produção, demissões causadas por modificações sucessivas do

processo de trabalho, Síndrome de Burnout dentre outras.

Após levantamento dos dados relacionados à importância do uso correto e adequado

dos agrotóxicos, podemos concluir que seu uso deverá ocorrer de forma racional,

respeitando suas particularidades e o uso adequado dos equipamentos de proteção individual

e coletiva, a fim de garantirmos a proteção e segurança da saúde do trabalhador

assegurando-o de patologias relacionadas ao seu mau uso. Esta é uma condição que deverá

ser exigida e ao mesmo tempo ser orientada pelo Técnico de Segurança do Trabalho.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dicionário da Saúde e segurança no trabalho, Autor Carlos Roberto Morais 1º edição

2012 pg. 08.

http://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2009/04/agrotoxicos-um-pouco-dehistoria.

html. Acesso em: 25 de setembro de 2013

http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/agrotx.htm 09-09-2013. Acesso em: 25 de

setembro 2013

http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/id/5641453

Acesso em; 26 setembro 2013

http://agronomiacomgismonti.blogspot.com.br/2009/04/agrotoxicos-um-pouco-de-

historia.html

Acesso em: 18 outubro 2013

http://aspta.org.br/wp-content/uploads/2011/09/Agrotoxicos-no-Brasil-mobile.pdf

Acesso em 19 outubro 2013

http://www.scielo.br/scielo. php?pid=S1413-81232011000900017&script=sci_arttext

Acesso em 01 novembro 2013

(Lourdes Tavares e Mário Correia/CF.; www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-

8123201.)

ANVISA. Gerencia Geral de Toxicologia. Relatório do seminário nacional sobre

Agrotóxicos, Saúde e Ambiente – Pernambuco - 6 e 7 de outubro de 2005).