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LUÍS MARTINHO TÉCNICAS de EXPRESSÃO ARTÍSTICA 11.ª CLASSE

TÉCNICAS de 11.ª Classe Reforma Educativa EXPRESSÃO ...molde ou modelo. 106 Técnica de execução. 106 Técnica de acabamento. 107 BIBLIOGRAFIA 108 Bibliografia Geral 108 Bibliografia

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11.ª Classe Reforma Educativa

• Educação Física

• Teoria e Prática do Design

• Física

• Química

• Desenho

• Economia

• Técnicas de Expressão Artística

LUÍS MARTINHO

TÉCNICAS de

EXPRESSÃO

ARTÍSTICA11.ª CLASSE

K-Tec Artisticas11 6/12/07 3:07 PM Page 1

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“Ronde-Bosse”.Cerâmica Monumental. 10

Qualidades do barro. 12

Técnica do rolo.Realização de uma ocarina. 13

Busto em cerâmica. Fases de construção. 14Construção da figura humana(com tubos de argila ocos). 15

Técnica da placa. 16

Azulejo. Realização / decoração. 18

Mosaico. Materiais e técnicas. 20

Roda de oleiro. Torneamento. 22

Modelação de componentes eacabamento do fundo. 24Produção em série. 26

Utensílios auxiliares da roda deoleiro. 27Acabamento e decoração antes daaplicação do vidrado. 28

Decoração com engobe. 28

Decoração em relevo. 29Vidragem. 30

Esmaltes. 31

Decoração sobre vidrado. 32

Aplicação dos vidrados. 33

Cozedura. Tipos de fornos. 34

Primeira cozedura. 35

Segunda cozedura. 35

37

Têxteis. Introdução histórica. 38

Aplicação do material. 38

A tradição têxtil africana. 38

ÍNDICE

6

MODELAÇÃO

T TÊXTEIS

M Características, origem e classifi-cação das fibras têxteis. 40

Preparação das fibras têxteis. 42

Cestaria. Material. 44

Construção de um cesto. 45

Tecelagem. Conceitos básicos. 46

Tipos de tear. 47

Tecidos de tear. 48

Glossário de tecelagem. 49

Tapeçaria. Tapeçaria tecida. 50

Processos de execução. 51

Técnicas mistas. 52

Macramé. 53

Corte e confecção. A moda. 54

Moda Luanda. 55

Princípios básicos de costura. 56

Os tecidos. 56

Medições. 58

Plano de corte. 60

Marcações, uniões e alinhavos. 61

Pontos de costura manuais. 62

Confecção de um blusão (jaqueta). 64

Regras a não esquecer na manipu-lação de tecidos. 65

Tinturaria. 66

Tingimento. 67

Corantes. 67

Técnicas de tingimento especiais.Tingimento em degradé. 68

Descoloração. 68

Tingimento com nós. 69

Batik. 70

Estampagem sobre tecido. 71

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Corte e desfiamento. 92

Tipologia das madeiras africanaspreciosas. 93

Tipologia das madeiras africanasexóticas. 94

O trabalho com madeira. 96

Ferramentas. 97

Talha de madeira em vulto redondo(“ronde-bosse”). 98

Artesanato africano em talha demadeira. 99

Técnica de relevo. 100

Entalhe em pedra. 102

Técnica de “Papier Mâché”. 104

Realização de esculturas. 105

Criação de esculturas em “ronde--bosse”. 105

Criação de esculturas em relevo. 105

Criação de objectos a partir de ummolde ou modelo. 106

Técnica de execução. 106

Técnica de acabamento. 107

BIBLIOGRAFIA 108

Bibliografia Geral 108

Bibliografia Específica 109

Endereços na Internet 111

Normas de organização, higiene esegurança no trabalho. 72

75

Noções preliminares. 76

Escultura africana. 77

Formas e relevo. Instalações. 78

Categorias da escultura. 78

Representação em relevo. 79

Técnicas.Talha. 80

Modelação. 81

Construção, união, montagem. 82

Moldagem. 82

Fundição a cera perdida. 82

Materiais. 84

Argilas. 84

Cera. 84

Gesso. 85

Madeira. 85

Metais. 86

Pedras. 89

Talha em madeira. 90

Breve análise sobre a talha emmadeira. 90

A talha na Europa e a Oriente. 90

A escultura africana (a estatuária ea máscara). 91

Tecnologia da madeira. 92

Características gerais. 92

7

E ESCULTURA

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M

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“RONDE-BOSSE”CERÂMICA MONUMENTAL

A modelação em “ronde-bosse” (de vultoredondo) é o processo escultórico em queo volume da obra corresponde a três quar-tos do volume real do corpo ou do objectorepresentado. Trata-se de um modelo es-cultórico totalmente trabalhado, em tornodo qual podemos circular e contemplar emredor. A “ronde-bosse”, contrariamente àgeneralidade dos relevos, não tem fundo,sendo, portanto, uma escultura totalmenteem relevo que pode ser vista de qualquerângulo.Na escultura em “ronde-bosse”, a repre -sen tação da figura humana denomina-seestátua. Se a estátua representa uma per-sonagem divina, destinada ao culto reli-gioso, chamar-se-á uma imagem. Em função da parte do corpo represen-tada, da sua posição e de outras carac-terísticas, as peças esculpidas em “ronde--bosse” são classificadas do seguintemodo:

Busto, quando apenas se repre-senta a cabeça.

Torso, quando faltam a cabeça, aspernas e os braços.

Sedente, sentado, entronizado.Postrado, desfalecido, caído.Orante, ajoelhado. Equestre, a cavalo.Grupo, o que o próprio nome indica.

Réplica em argila, com 1 m de altura, da Estátua daLiberdade: primeira fase de um projecto de construção eimplantação na vila de Colmar de uma outra réplica, com12 metros de altura, para celebrar a efeméride, em Julhode 2004, do centenário da morte de Frédéric AugusteBarthold, seu criador, nascido nesta vila francesa.

O projecto da réplica da Estátua da Liberdade esteve acargo da equipa do escultor Guillaume Roche, consti-tuída por: Pascal Bigel, escultor ampliador, Philippe LeMerre, criador de moldes e fundidor de estatuetas, eJean-Christophe Mironneau, escultor-fundidor.

Toda a reportagem deste evento pode ser consultadaem: http://www.terraz.org/liberty/

Vista de três perspectivas da ampliação da estátua, emdiferentes materiais: gesso, resina e argila.

Pormenor do trabalho de acabamento, em argila, de umadas mãos.

MODELAÇÃO

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Busto etrusco.

APOLO DE VEYES. Estátua em barro, tamanho natu-ral. Museu de Villa Giulia. Roma.

Figura etrusca, reclinada sobre sarcófago (150-120 a. C.).

O barro é habitualmente utilizado para es-tudos e realização de pequenas peças.Contudo, também pode ser utilizado na rea-lização de esculturas, tanto em tamanhonatural como em obras monumentais.A História Universal regista inúmerosexem plos dis so.

Conta-se, por exemplo, que as estátuasem barro cozido, de alguns monumentosetruscos, eram muito difíceis de con-cretizar, devido ao seu tamanho. Algumaseram tão grandes que, depois de cozidas,não se conseguiam retirar do forno, peloque era necessário destruí-lo.

As esculturas de grandes dimensões, exe-cutadas em barro, exigem um planea-mento técnico de alguma complexidade,uma vez que são constituídas por dife -rentes peças ocas, realizadas separada-mente e que são apenas unidas no mo-mento da cozedura.

Mas não são só as dificuldades técnicasque convém realçar na cerâmica monu-mental. De facto, o barro é um material degrande plasticidade e permite a criação deobras de uma enorme beleza e esplendor.E, também, de verosimilhança. Observe--se, por exemplo, nas obras aqui repro-duzidas, o realismo da modelação das linhas do corpo, dos penteados, das rugase dobras das roupagens.

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MACRAMÉ

A técnica do macramé tem por base o cruza-mento dos fios da teia com os fios da trama, po-dendo ser aplicados diferentes tipos de nós, epermite a realização de trabalhos muito diver-sos, desde peças decorativas a sacos, malas,cintos, etc.

Indicam-se, de seguida, alguns dos nós maisutilizados nesta técnica.

NÓ HORIZONTAL

NÓ VERTICAL

NÓ DIAGONAL

NÓ SIMPLES NÓ DUPLO NÓ DUPLO-VARIAÇÕESNÓ

ALTERNADOCOROACHINESA

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE COSTURA

Para modelar (fazer por molde ou modelo)e transformar em roupa uma ideia, existemvários passos a dar, sendo que algunsprincípios básicos são iguais para todos ostrabalhos de costura.O primeiro passo é fazer o molde especí-fico para tecido plano ou malha.O segundo passo é cortar cada parte domolde escolhida para realizar a peça, notecido ou na malha na posição correcta, ouseja, no sentido da construção do tecido(fio direito ou viés).O terceiro é confeccionar, isto é, emendaras partes do tecido transformando-o emroupa, de acordo com o modelo realizadona construção do molde.

OS TECIDOS

Todos os tecidos, exceptuando os plásti-cos, são tecidos de tear. Os fios presos notear, no sentido do comprimento, são osfios da trama e são do comprimento detoda a peça de tecido.A ourela (ou fio da trama) não se distendequando puxamos, sendo este o sentido dotecido utilizado na confecção de vestidos,casacos e de outras peças que necessitamde cair a direito. Os fios da trama são me-nos tensos que os fios da teia e disten-dem-se mais facilmente quando se esticao tecido. Ao comprar o tecido, deve-sesaber, também, que a largura deste corres-ponde ao sentido da teia.Os tecidos são medidos em rolos no sen-tido da trama.O viés corresponde ao sentido que seobtém quando se dobra o fio direito dosentido da teia, sobre o fio direito do sen-tido da trama (ver ilustração). Algumaspeças de vestuário como as saias em“evasê” ou outros modelos ondulados oucirculares são feitos no sentido do viés,pois o corte arredondado torna-os maisleves.

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lustração da dobra em viés.

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NOÇÕES PRELIMINARES

Desde a Pré-História que, a par do de-senho e da pintura, as criações tridimen-sionais testemunham a vida, crenças eevo lução humanas. A diversidade e rique-za dessas produções tornam praticamenteimpossível a inventariação completa dastécnicas e materiais utilizados ao longo demilénios, já que são poucas as matérias --primas que, a um momento ou outro daHistória, não tenham servido de suporte àexploração plástica da terceira dimensão,como testemunham, por exemplo, algu-mas figuras da Ásia Central feitas de lamae cinza humana.Esta diversidade advém das possibilidadesoferecidas pela nossa própria imaginaçãode evoluir num espaço tridimensional.

Poderá dizer-se, portanto, que toda a ma-téria-prima susceptível de ser modificadana sua forma pela acção do homem, éuma potencial escultura.

Contudo, o conceito de escultura nemsem pre foi tão abrangente. Para os renas -centistas italianos, por exemplo, o escultoré aquele que extrai (retira) de um bloco dematerial sólido o potencial objecto escul -tórico que esse bloco contém. A dificuldade da escultura consistirá entãona eliminação do excesso de material. To-davia, o escultor também é modelador. Amodelação pertence assim ao campo daescultura, mas difere do conceito de escul-tura anteriormente descrito, quanto ao pro-cedimento.

Na Europa do século XVII, o termo “escul-tura” será já mais abrangente, englobandoquer o trabalho por “extracção” quer o tra-balho por “acréscimo” de matéria.

Em qualquer das situações, o objecto es-cultórico ocupa um espaço e será sempretridimensional. O modo de gerar esse objecto remete-nos,inevitavelmente, para as múltiplas e varia -das técnicas da escultura.

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ESCULTURA(GENERALIDADES)

Vénus de Willendorff. Paleolítico Superior.

Christian Lattier, escultura.

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ALTO-RELEVO

No alto-relevo as formas destacam-se pra -ticamente do fundo. Trata-se, basicamente,de uma escultura em “ronde -bosse” quetoca no plano de sustentação. Algumasvezes apre senta-se também como umafigura cortada.

REPRESENTAÇÃO EM RELEVO

A história da arte indica-nos ainda a exis-tência de diferentes formas de represen-tação, comuns à pintura e à escultura, eque visavam determinar de algum modo acolocação das figuras no espaço.

Existiram basicamente dois processos dis-tintos: um apelidado de “conceptual” eoutro baseado na visão humana e cha-mado representação em “perspectiva”.

A representação conceptual foi predomi-nante até à época clássica. No Oriente, porexemplo, utilizava-se o sistema “proces-sional” para as cenas militares ou litúrgi-cas, em que as personagens eram repre-sentadas em fila, todas no mesmo plano,formando uma “série”. O formato do relevoera rectangular (ou oblongo) e o relevopouco saliente (Fig. 4).

Os romanos utilizaram um sistema deamortecimento dos planos para sugerir oefeito de distância. Na realidade, o relevoera executado em três ou quatro planos(profundidades) distintas (fig. 5).

Na Europa do Renascimento são muitoraros, na verdade, os relevos em “perspec-tiva” com um rigoroso ponto-de-fuga. Nosrelevos, o escultor renascentista expres-sava o efeito de distância através do des-baste ou aplanação das partes salientes.

O enfoque e a gradação do relevo ofere-cem, assim, uma gama de variantes queconstituem um terreno fecundo para assoluções individuais.

3. Os gatos de Mathendush, Fazzan, Líbia, Neolítico (pormenor).

2. Pormenor deuma das paredesdo monumentotumular de Gavri-nis, Morbihan,França.

1. Alto-relevo, Métopa,cerca de 440 a. C.Acrópole, Atenas. Londres, The British Museum.

4. Friso: “Os arqueiros de Dario”, Palácio de Susa. Cerca de 510 a. C.,Paris. Museu do Louvre.

5. Arco de Tito (entrada em Jerusalém), 70 d. C., Roma. Foro impe-

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