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Tecido ósseo
1 Introdução
As pessoas são estimuladas a limitar o consumo alimentar e exercitar-se
regularmente para evitar a obesidade e se manter saudáveis. Mas as pessoas que
não mantem essa conduta podem comprometer a saúde seus ossos. Pode ocorrer
osteoporose prematura em mulheres jovens que apresentaram irregularidade
menstrual prolongada, a qual frequentemente é causada por dietas extremas e
exercícios excessivos. Essas mulheres apresentam baixo nível de estrogênio, os
hormônios que ajudam a conservar fortes os ossos. O comportamento dietético
extremo pode corresponder a uma ingestão mínima de cálcio, o que então limita a
capacidade osteogênica do corpo. Pessoas que constroem ossos fortes durante a
adolescência e a vida adulta, reduzem sua probabilidade de desenvolverem
osteoporose mais tarde, na vida.
Apesar da sua aparência simples o osso é um tecido vivo, complexo e
dinâmico que é reconstruído continuamente, um novo osso e construído quando o
osso antigo e quebrado. Cada osso individual é um órgão, por ser composto de
vários tecidos diferentes que funcionam em conjunto: osso, cartilagem, tecidos
conjuntivos densos, epitélio, vários tecidos hematopoiéticos e tecido nervoso. A
estrutura dos ossos e cartilagens constitui o sistema esquelético.
1.1 TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO
O tecido ósseo é um exemplo excepcional de tecido conjuntivo especializado,
constituído para formar um tecido vivo de grande resistência.
Esse tecido tem a função de sustentação, proteção, locomoção (como
alavanca e apoio para os músculos), e atua como depositário dos tecidos
hemocitopoiéticos, tanto quanto reservatório de cálcio e fósforo e ocorre nos ossos
do esqueleto dos vertebrados. Uma pessoa adulta possui duzentos e seis ossos
responsável por 14% da massa corporal e com cerca de 45cm de comprimento o
fêmur é o maior osso do corpo e os menores ossos são o da orelha com cerca de
0,25cm chamados de martelo bigorna e estribo. É um tecido rígido graças à
presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses
elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao
osso. Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo,
apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.
Fonte:
www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php
O tecido ósseo é um exemplo excepcional de tecido conjuntivo especializado,
constituído para formar um tecido vivo de grande resistência.
Esse tecido tem a função de sustentação, proteção, locomoção (como
alavanca e apoio para os músculos), e atua como depositário dos tecidos
hemocitopoiéticos, tanto quanto reservatório de cálcio e fósforo e ocorre nos ossos
do esqueleto dos vertebrados. Uma pessoa adulta possui duzentos e seis ossos
responsável por 14% da massa corporal e com cerca de 45cm de comprimento o
fêmur é o maior osso do corpo e os menores ossos são o da orelha com cerca de
0,25cm chamados de martelo bigorna e estribo. É um tecido rígido graças à
presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses
elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao
osso. Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo,
apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.
1.2 Matriz óssea
A matriz óssea é composta por uma parte orgânica (35%, representa a
flexibilidade do osso), e uma parte inorgânica (65%, representa a rigidez e
resistência do osso) cuja composição é dada basicamente por íons de fosfato e
cálcio, formando cristais de hidroxiapatita. A matriz orgânica é constituída por 90 a
95% de fibras colágenas, sendo o restante representado por um meio homogêneo,
denominado substância fundamental na sua grande maioria por colágeno tipo I,
sendo assim, quando o osso apresenta-se descalcificado, ela cora-se com os
corantes específicos do colágeno. Matriz óssea:
Parte inorgânica: é formada por citrato, Mg, K, Na e principalmente de
cristais de Hidroxiapatita ao longo das fibras colágenas. Estes cristais têm fórmula
Ca10(PO4)6(OH)2 e possuem uma capa de hidratação ao seu redor, formados por
íons hidratados.
Parte orgânica: 90% é colágeno do tipo I. O restante é SFA, formada por
glicoproteínas e proteoglicanas (condroitin e queratan sulfato).
1.3 TIPOS DE ESTRUTURA ÓSSEA
Morfologicamente, podem ser longos, curtos, planos e sesamoides.
Macroscopicamente, dividem-se em osso compacto (ou cortical), que não
possui cavidades visíveis, e osso esponjoso, com cavidades intercomunicantes.
Microscopicamente, dividem-se em primário e secundário.
Primário: é caracterizado pela desorganização das fibrilas colágenas. É
altamente permeável aos raios X e são encontrados em suturas do crânio, alvéolos
dentários e pontos de inserção de tendões. Normalmente é substituído por osso
secundário.
Secundário: a organização em lamelas é a característica marcante deste tipo
de osso, localizado principalmente nas diáfises de ossos longos de adultos.
Os canais encontrados nos ossos são :
Horizontal: Canais de Volkmann.
Vertical: Canais de Havers.
1.4 FUNÇÃO DOS CANAIS
É por onde passam veias e artérias que alimentam os ossos, as artérias levam
oxigênio e nutrientes e as veias coletam o CO2 e os resíduos metabólicos.
Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são
observadas no microscópio nota-se que ambas são formadas pela mesma estrutura
histológica. A estrutura microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades,
chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de
matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central onde existem vasos
sanguíneos e nervos que servem o osso.
Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a
superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados
canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela
medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por tecido adiposo, e
vermelha, formadora de células do sangue.
Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php
O tecido hematopoiético ou tecido conjuntivo reticular é formado por fibras e
tipos celulares que dão suporte às células formadoras do tecido sanguíneo (células
pluripotentes). Assim, hemácias, plaquetas e glóbulos brancos (neutrófilos, basófilos,
monócitos e eosinófilos), além de linfócitos, são produzidos neste tecido conjuntivo, a
partir de tipos celulares precursores.
Está localizado na medula óssea (tecido mieloide), em costelas, vértebras,
ossos do crânio e extremidades do fêmur e úmero, caracterizando a medula óssea
vermelha. São encontrados também em órgãos linfáticos, como baço, timo,
linfonodos, nódulos linfáticos e tonsilas palatinas: tecido linfático ou linfoide. Esse
último é também responsável pela remoção de detritos e células sanguíneas
debilitadas. Nas crianças a maioria dos ossos possui esse tipo de medula, nos
adultos a medula óssea vermelha está presente nos ossos pélvicos ossos do externo
das costelas e na clavícula. Nos embriões os principais locais de formação de
células sanguíneas são o fígado e o baço. As células tronco medulares descendem
diretamente das células tronco embrionárias que são células totipotentes isto é
capazes de originar qualquer tipo de célula do corpo. As células tronco originam-se
duas linhagens denominadas: células troncos mieloides e células tronco linfoides. As
mieloides darão origem as hemácias ,as plaquetas e aos glóbulos brancos (defesa)e
as linfoides originam os linfócitos B e T .
http://www.infoescola.com/histologia/tecido-hematopoietico/
Este tecido hematopoiético é bastante considerado no tratamento das
leucemias aguda e mieloide crônica, já que o uso de suas células, com grande
capacidade de diferenciação, é uma alternativa ao transplante de medula.
1.5 Tipos de células do osso
As células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas concêntricas de matriz mineralizada.
Células mesenquimatosas: presentes nos tecidos frouxos e nas cápsulas
envoltórias de cartilagem, ossos e órgãos hemocitopoiéticos.são capazes de originar
diversas células do tecido conjuntivo.
Condroblastos: presentes nas cartilagens, tem forma arredondada e núcleo
central. Produzem as fibras e a substância amorfa da matriz cartilaginosa. Quando
adultos transformam-se em condrócitos.
Osteoblastos: (do grego osteon, osso, e blastos, “célula jovem”) apresentam
longas projeções citoplasmáticas, que tocam os osteoblastos vizinhos. Ao
secretarem a matriz intercelular ao seu redor, os osteoblastos ficam presos dentro de
pequenas câmeras, das quais partem canais que contêm as projeções
citoplasmáticas.
Osteócito: (do grego osteon, osso, e kyton, célula), Quando a célula óssea se
torna madura, e seus prolongamentos citoplasmáticos se retraem, de forma que ela
passa a ocupar apenas a lacuna central. Os canalículos onde ficavam os
prolongamentos servem de comunicação entre uma lacuna e outra, e é através deles
que as substâncias nutritivas e o gás oxigênio provenientes do sangue até as células
ósseas.
Além dos osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células importantes no
tecido ósseo: Osteoclastos (do grego klastos, quebrar, destruir). Essas células são
especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou envelhecidas do osso,
abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos.
2 A formação do tecido ósseo
A ossificação – formação de tecido ósseo – pode se dar por dois processos:
ossificação intramenbranosa e ossificação endocondral.
No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de
natureza conjuntiva, não cartilaginosa. Na ossificação endocondral, uma peça de
cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confecção de tecido ósseo.
Nesse caso, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo.
Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php
2.1 Osso compacto e esponjoso
Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php
Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por duas partes:
uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se
comunicam, chamada osso esponjoso.
2.2 Crescimento nos ossos longos
No interior dos ossos longos há cavidades onde se alojam, a medula óssea
vermelha, responsável pela produção de diversos tipos de células do sangue. Alguns
ossos possuem cavidade óssea central, onde localiza se medula óssea amarela,
chamada de tutano rica em células adiposas
A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das
pernas e os dos braços.
Nesses ossos, duas regiões principais sofrerão a ossificação: o cilindro longo,
conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem as epífises.
Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de
cartilagem, conhecida como cartilagem de crescimento, que possibilitará a
ocorrência constante de ossificação endocondral, levando à formação de mais osso.
Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam
constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido ósseo é
formado.
2.3 Regeneração do tecido ósseo
Os ossos são tecidos vivos e por serem uma estrutura inervada e irrigada, os
ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração. No
caso de uma fratura de um osso os macrófagos e osteoclastos entram em ação,
removendo coágulos, matriz óssea destruída e osteócitos mortos. Células
mesenquimatosas presentes no periósteo invadem o local e passam a se multiplicar
ativamente diferenciando-se em osteoblastos e em osteócitos. Forma-se inicialmente
um tecido ósseo desordenado, denominado calo ósseo. Com o passar do tempo os
ostêonios vão se organizando e o tecido ósseo assume sua estrutura típica.
2.4 Remodelação normal
Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php
Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os
osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. Nesse sentido, o
processo de crescimento de um osso depende da ação conjunta de reabsorção de
osso preexistente e da deposição de novo tecido ósseo. Considerando, por exemplo,
o aumento de diâmetro de um osso longo, é preciso efetuar a reabsorção de camada
interna da parede óssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposição de
mais osso.
2.5 Remodelação óssea
Depois que o osso atinge seu tamanho e forma adultos, o tecido ósseo antigo
é constantemente destruído e um novo tecido é formado em seu lugar, em um
processo conhecido como remodelação.
A remodelação ocorre em diferentes velocidades nas várias partes do corpo.
Por exemplo, a porção distal do fêmur é substituída a cada 4 meses; já os ossos da
mão são completamente substituídos durante a vida inteira do indivíduo. A
remodelação permite que os tecidos já gastos ou que tenham sofrido lesões sejam
trocados por tecidos novos e sadios. Ela também permite que o osso sirva como
reserva de cálcio para o corpo.
Em um adulto saudável, uma delicada homeostase (equilíbrio) é mantida entre
a ação dos osteoclastos (reabsorção) durante a remoção de cálcio e a dos
osteoblastos (aposição) durante a deposição de cálcio. Se muito cálcio for
depositado, podem se formar calos ósseos ou esporas, causando interferências nos
movimentos. Se muito cálcio for retirado, há o enfraquecimento dos ossos, tornando-
os flexíveis e sujeitos a fraturas. O uso de aparelhos ortodônticos é um exemplo de
remodelação dos ossos, neste caso, resultando na remodelação da arcada dentária.
Os aparelhos exercem forças diferentes daquelas a que os dentes estão
naturalmente submetidos. Nos pontos em que há pressão ocorre reabsorção óssea,
enquanto no lado oposta há deposição de matriz. Assim, os dentes movem-se pelos
ossos da arcada dentária e passam a ocupar a posição desejada.
Fonte: www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio17.php
Os cientistas acreditam que os ossos estejam em contínua remodelação, pela
atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendidas, respectivamente,
pelos osteoclastos e osteoblastos.
O crescimento e a remodelação normais dependem de vários fatores:
• suficientes quantidades de cálcio e fósforo devem estar presentes na dieta
alimentar do indivíduo;
• deve-se obter suficiente quantidade de vitaminas, principalmente vitamina D,
que participa na absorção do cálcio ingerido;
• o corpo precisa produzir os hormônios responsáveis pela atividade do tecido
ósseo:
- Hormônio de crescimento (somatotrofina): secretado pela hipófise, é responsável
pelo crescimento dos ossos;
- Calcitonina: produzida pela tireoide, inibe a atividade osteoclástica e acelera a
absorção de cálcio pelos ossos;
- Paratormônio: sintetizado pelas paratireoides, aumenta a atividade e o número de
osteoclastos, elevando a taxa de cálcio na corrente sanguínea;
− Hormônios sexuais: também estão envolvidos nesse processo, ajudando na
atividade osteoblástica e promovendo o crescimento de novo tecido ósseo.
3 Os ossos e o envelhecimento
Com o envelhecimento, o sistema esquelético sofre a perda de cálcio. Ela
começa geralmente aos 40 anos nas mulheres e continua até que 30% do cálcio nos
ossos seja perdido, por volta dos 70 anos. Nos homens, a perda não ocorre antes
dos 60 anos. Essa condição é conhecida como osteoporose.
Outro efeito do envelhecimento é a redução da síntese de proteínas, o que diminui a
produção da parte orgânica da matriz óssea. Como consequência, há um acúmulo
de parte inorgânica da matriz. Em alguns indivíduos idosos, esse processo causa
uma fragilização dos ossos, que se tornam mais susceptíveis a fraturas.
3.1 Doenças que afetam os ossos: Osteoporose, Osso de vidro,
Raquitismo e Osteomalacia
Osteoporose significa osso poroso, ou seja, é a descalcificação progressivas
dos ossos que se tornam frágeis. É uma doença na qual ocorre diminuição da massa
óssea e piora da qualidade do osso, que se torna mais frágil. Quanto maior essa
fragilidade, maior é o risco de uma fratura. Considerada um grave problema de
saúde pública, a osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição da
densidade óssea, deixando os ossos fragilizados, o que facilita a ocorrência de
fraturas após traumas mínimos.
A fratura do fêmur é um dos tipos de fratura mais graves para o portador de
osteoporose. Cerca de 20% das pessoas com esse tipo de fratura morrem em razão
da própria fratura ou de complicações ocasionadas por ela, como embolias ou
problemas cardiopulmonares. Os 80% restantes podem ficar com algum tipo de
incapacidade física.
Fonte: http://www.ondatop.com.br/2011/04/07/palavra-de-especilista-osteoporose-a-
epidemia-silenciosa-do-seculo/
A osteoporose pode ocorrer em razão de diversos fatores, como produção
excessiva do paratormônio secretado pelas glândulas paratireoides. Esse hormônio
estimula o aumento do número de osteoblastos, mas para entendê-los é preciso
saber que em nosso corpo sempre há a renovação das células dos tecidos; e com o
tecido ósseo não é diferente.
Em nossos ossos sempre há a substituição das células velhas por células
novas, e nesse processo o organismo pode precisar de substâncias (como o cálcio)
para fazer essa substituição. Assim, durante esse processo, as células chamadas de
osteoclastos escavam os ossos, retirando as células antigas e promovendo a
reabsorção óssea; sendo que células chamadas de osteoblastos preenchem a área
absorvida com um novo osso. Geralmente, até os trinta anos de idade, essa
reposição de células acontece normalmente, mas a partir dessa idade, a pessoa
começa a perder massa óssea lentamente.
A osteoporose também pode ser causada pala deficiência de vitamina A ,
sabe-se atualmente que uma das funções dessa vitamina é equilibrar a atividade de
osteoblastos e osteoclastos, recolando assim a contínua reconstrução óssea. Na
falta dessa vitamina os osteoclastos suplantam a ação dos osteoblastos, e o ossos
enfraquecem.
3.2 FATORES DE RISCO PARA A OSTEOPOROSE
Alguns fatores podem desencadear a osteoporose, como: Pessoas da raça
branca ou asiática têm mais chances de desenvolver a doença; Pessoas com
histórico de osteoporose na família; Baixa estatura; Massa muscular pouco
desenvolvida; Baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D; Sedentarismo; Pouca
exposição ao sol; Pessoas vegetarianas; ; Menarca tardia; Retirada dos ovários sem
reposição hormonal; Ser portador de doenças, como doença de Cushing, diabetes,
hiperparatireoidismo, linfoma, leucemia, má-absorção, gastrectomia, doenças
nutricionais, mieloma, artrite reumatoide , sarcoidose e na Menopausa a mulher
perde cerca de 1/3 do cálcio dos ossos, em consequência da perda de função dos
ovários que deixam de produzir o hormônio feminino (estrogênio), que protege os
ossos contra a osteoporose.
O diagnóstico da osteoporose é feito a partir da avaliação da densidade
óssea, exame físico, história clínica, exames laboratoriais e radiografias.
Pessoas muito magras
Idade avançada
Fonte: http://fisioterapiapucminas.blogspot.com.br/2009/11/prevencao-e-abordagem-da-
fisioterapia.html
O tratamento da osteoporose é feito a partir da ingestão de cálcio, estrógeno,
agentes antirreabsortivos, calcitonina, bifosfonatos, vitamina D3 e estimulantes da
formação óssea, como fluoreto de sódio, paratormônio e atividades físicas. Toda a
medicação prescrita pelo médico atuará na diminuição da reabsorção dos ossos,
aumentando a sua formação. Algumas mudanças nos hábitos alimentares e no estilo
de vida podem ajudar a prevenir o aparecimento da osteoporose. Dentre elas
podemos citar o aumento na ingestão de cálcio, a prática de atividades físicas, a
redução no consumo de álcool e cigarro, etc.
3.3 A osteoporose no homem e na mulher
A osteoporose foi por muito tempo considerada uma doença da mulher.
Atualmente está sendo reconhecido que a osteoporose é também uma questão de
saúde pública para o homem, dada a incidência significativa de fraturas
osteoporóticas do sexo masculino. A sorte da ala masculina é que a testosterona,
hormônio que barra o desgaste ósseo, têm suas taxas reduzidas gradativamente
com a idade, e não bruscamente como ocorre com as mulheres na menopausa.
Fonte: http://www.segmentofarma.com.br/portal/imprime.asp?codigo=11544
Por isso eles são acometidos em menor escala e entram na faixa de risco bem
mais tarde do que elas - só lá por volta dos 65 anos. Nessa idade, a doença atinge
um em cada oito homens. Cerca de 17% da população masculina chega aos 80 já
tendo sofrido alguma fratura em decorrência da doença. Nos homens, a osteoporose
ainda é cercada de mistérios. Sabe-se que está associada a moléstias como
inflamações crônicas e distúrbios renais. Por isso, uma das pistas para investigar se
o esqueleto masculino está perdendo massa é saber se o paciente sofre de artrite
reumatoide - que obriga o homem a tomar cortisona por muito tempo.
As mulheres têm quatro vezes mais chance de desenvolverem osteoporose
do que os homens, pelas seguintes razões: Os ossos femininos são mais finos e
leves. As mulheres vivem mais do que os homens, sofrem perda rápida de massa
óssea na menopausa, devido à queda do estrogênio, e um fator de extrema
importância é o pico de massa óssea, ou seja, a quantidade de massa óssea que a
menina consegue acumular até a fase de puberdade, o que lhe dará uma reserva
para perdas futuras. É fato conhecido, que os meninos adquirem mais massa óssea,
pelos exercícios competitivos e maior ingestão de alimentos ricos em cálcio e
vitamina D, que as meninas, essa é a suposição que os homens tenham maior
reserva de massa óssea e menor tendência a osteoporose, que as mulheres. Esta
doença atinge um quarto das mulheres do mundo e é responsável por 60 a 70% das
fraturas de que são vítimas depois dos 60 anos. A osteoporose e as suas
consequentes fraturas contribuem para a péssima qualidade de vida das idosas.
A principal da osteoporose primária é a deficiência de estrogênios (hormônios
femininos). Na osteoporose pós-menopáusica, a perda óssea acelerada deve-se à
deficiência de estrogênios que ocorre na altura da menopausa e é agravada pela
idade afetando todo o esqueleto. A deficiência de estrogênios é a causa mais
importante de osteoporose na mulher pós-menopáusica. Na mulher jovem, saudável,
a formação e a reabsorção ósseas estão em equilíbrio, mantendo-se a massa óssea
constante. Na mulher pós-menopáusica, a reabsorção óssea predomina, pelo que se
verifica perda da massa óssea e redução da resistência óssea conduzindo, por fim, à
osteoporose e às fraturas.
A OMS reconhece que a melhor forma de lidar com a osteoporose é através
da sua prevenção logo desde o nascimento e ao longo da vida. Algumas
intervenções para maximizar e preservar a massa óssea tem múltiplos efeitos
benéficos na saúde. Alterações na dieta e no estilo de vida - aumentar a ingestão de
cálcio, deixar de fumar, reduzir o consumo de álcool (< 30 g por dia) - podem
contribuir para prevenir a osteoporose e, potencialmente, diminuir de forma
significativa a taxa de ocorrência de fraturas. O exercício físico também contribui
para aumentar a DMO ( Densidade mineral óssea) durante o crescimento e
minimizar a perda óssea numa idade mais avançada. Quanto mais precocemente se
adaptar um estilo de vida saudável, maiores os ganhos em DMO. No entanto, as
alterações são benéficas em qualquer idade.
3.4 Osteoporose na gravidez
Em geral, essa doença ocorre no terceiro trimestre de gravidez ou após o
parto. A osteoporose se manifesta na primeira gestação, é temporária e não costuma
acontecer outras vezes. O diagnóstico só costuma ser feito quando a mulher se
queixa de dores intensas nas costas, de diminuição de altura ou quando ocorre uma
fratura vertebral. A causa dessa osteoporose ainda não está totalmente esclarecida,
e é muitas vezes relacionada com outras doenças. Ela também pode estar ligada a
algumas situações, tais como fatores genéticos e uso de corticoides Em grávidas
normais existe maior solicitação de cálcio, uma vez que a formação de uma criança
depende da condição de saúde da mãe em todos os sentidos, inclusive óssea. Tem
razão a solicitação para que as grávidas se alimentem corretamente, inclusive com
alimentos ricos em cálcio.
As grávidas podem ter um pouco mais de perda de cálcio pelo aumento do
número de vezes que urinam. O aumento de estrógeno e de peso corporal podem
ser fatores protetores deste cálcio. Muitos estudos ainda serão necessários até que
se saiba o que de fato pode causar essa rara alteração.
3.5 Perda de massa óssea durante a amamentação
Apesar de poder haver perda da densidade mineral óssea durante este
processo, trata-se de um estado temporário. Vários trabalhos mostram que, quando
ocorre esta perda durante a amamentação, existe uma recuperação integral da
massa óssea em até seis meses após o final do período. Apesar de a osteoporose
da gravidez ser temporária, em alguns casos em que já houve fratura de vértebra a
mãe pode ser orientada a não amamentar. Isso depende exclusivamente da
avaliação de seu ginecologista. Em alguns casos, é necessária a introdução de
medicamentos que diminuam a ação do osteoclasto (célula responsável pela retirada
de células do osso). Neste caso, a amamentação deve ser interrompida, pois ainda
não sabemos de que maneira esse medicamento se comportará no recém-nascido.
3.6 Osso de vidro por genética
Garoto afetado pelo tipo III da doença
Fonte: http://www.brasilescola.com/saude/ossos-vidro.htm
A osteogêneses imperfeita, conhecida como doença dos ossos de vidro, é
uma doença de origem genética que provoca alterações na produção de colágeno. É
detectada facilmente: manifesta-se através de um movimento brusco, tropeço, queda
e outros acidentes, provocando a quebra dos ossos.
Como se não bastasse, a quebra dos ossos traz uma terrível consequência: o
encurvamento dos ossos longos como os da coluna, pernas e braços. Além do
sintoma aparente da fratura, a doença pode se manifestar através da esclerótica
azulada, dentes acinzentados, formato do rosto triangular, deficiência auditiva,
dificuldade de locomoção, compressão do coração e pulmões (em casos graves),
sudorese e fragilidade muscular.
As fraturas geradas pela doença são os principais problemas, pois através
delas é que se inicia o processo de encurvamento dos ossos. As fraturas ocorrem
principalmente na infância por ser uma fase de descobrimentos, peraltices e de falta
de conhecimento do problema. Pode ser percebida quando a criança chora de
repente de forma alta, quando algum membro da criança não se movimenta ou está
com retenção de calor e inchaço.
Pode ser classificada como:
Tipo I: inclui pessoas aparentemente normais com poucas fraturas e
deformação nos ossos longos.
Tipo II: inclui pessoas que não resistem à doença e falecem logo após o
nascimento. É o tipo mais grave da doença.
Tipo III: inclui pessoas com um grau variando de moderado a grave,
caracterizado pelo formato do rosto, baixa estatura e deformidade nos ossos longos
Tipo IV: inclui pessoas que apresentam gravidade e características
heterogêneas da doença.
O tratamento é feito através de vários produtos nos quais os bifosfonatos e a
calcitonina se destacam por inibirem a reabsorção óssea, mas os melhores efeitos
são obtidos através da fisioterapia e da alimentação. Devem-se fazer exercícios,
independente do local e da hora, além de ingerir alimentos naturais e saudáveis,
evitando álcool, alimentos gordurosos, cafeína e refrigerantes.
3.7 Raquitismo e Osteomalacia
Raquitismo e osteomalacia são defeitos da mineralização óssea. O raquitismo
é caracterizado por anormalidades na formação na placa epifisária de crescimento,
com áreas não mineralizadas, desorganização da arquitetura celular e retardo na
maturação óssea.
A osteomalacia é caracterizada pela deficiente mineralização da matriz
osteóide do osso cortical e trabécula com acúmulo do tecido osteóide pouco
mineralizado. São processos que, em geral, ocorrem associados. Após o final do
crescimento, com o fechamento da cartilagem epifisária, apenas a osteomalacia
permanece. A falha do processo de mineralização tem como uma das principais
causas é a inadequada concentração extracelular de cálcio e fósforo, os dois
principais componentes minerais do osso, e a falta ou comprometimento da ação dos
elementos responsáveis pela sua absorção, particularmente a vitamina D. As
principais manifestações clínicas como as deformidades ósseas e o atraso no
crescimento, são semelhantes nos diferentes tipos de raquitismo e osteomalacia
existem características que são específicas. As causas são adquiridas ou
hereditárias e os recentes avanços em biologia molecular permitem a identificação
dos genes envolvidos e das mutações.
4 Definições de tecidos cartilaginosos
Cartilagem hialina: Se distingue devido à presença de uma matriz
transparente, amorfa e homogênea, e por toda a cartilagem hialina possui lacunas
em que são encontrados os condrócitos. Estas lacunas são envolvidas pela matriz
extracelular que é composta por matriz fundamental e poucas fibras de colágeno. É
esta cartilagem que forma a princípio o ‘molde’ do esqueleto do feto. Existem vários
tipos de colágenos:
Tipo 1 aparecem nos tendões, e pele.
Tipo2 aparece na cartilagem hialina e na cartilagem elástica presentes nos
discos intervertebrais, olhos e cartilagens.
Tipo 3 constitui fibras reticulares. Presentes nas trabéculas dos órgãos
hematopoiéticos colágeno.
Tipo 4 presente nos ossos tendões e sangue.
A matriz da cartilagem hialina possui fibras de colágeno tipo II imersas na
substância fundamental, amorfa. É encontrada na laringe, traqueia, brônquios,
extremidades de ossos que se articulam, no disco epifisário, no crescimento
longitudinal dos ossos.
Cartilagem elástica: Este tipo de cartilagem possui fibras elásticas é
semelhante a hialina, mas apresenta além das fibras colágenas, fibras elásticas
entrelaçadas que lhe conferem maior grau de elasticidade. Está presente, na orelha,
no septo nasal, na glote. pode ser encontrada isoladamente ou formar uma peça
cartilaginosa juntamente com a cartilagem hialina. Possui pericôndrio e conta com
crescimento aposicional, sendo esta um tipo de cartilagem menos propensa para
problemas degenerativos quando comparada com a hialina em relação a este
aspecto. Diferentemente da cartilagem hialina, a cartilagem elástica não se calcifica.
Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem: Apresenta grande quantidade de fibras
colágenas e é a mais resistente das três . Possui matriz extracelular com feixes
evidentes com espessas fibras de colágeno, e com grande quantidade de feixes, as
fibras colágenas seguem a orientação aparentemente irregular entre os condrócitos,
orientação que depende das forças que atuam sobre a fibrocartilagem. Não possui
pericôndrio e está presente em regiões em que é necessário resistir à compressão e
o desgaste, esse tecido é presente entre os ossos púbis da bacia, entre as vértebras,
no joelho, nos discos intervertebrais, em determinados locais em que há tendões que
se ligam aos ossos. A função da cartilagem intervertebral é separar uma vértebra da
outra, evitando o atrito entre elas e amortecendo os choques transmitidos a coluna
durante atividades como caminhar, correr.
5 Conclusão
Tecido ósseo é o principal constituinte do esqueleto uma das funções é o
suporte e a sustentação do corpo, proporciona apoio a musculatura esquelética
funcionando como depósito de fosfato de cálcio entre outros, se o osso for
descalcificado mantém a forma original, mais se torna fraco e quebradiço.
O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo formado por células e matriz. As
células são: osteócitos faz a escavação da matriz óssea, retira os sais de cálcio dos
ossos são responsáveis pela pela manutenção da matriz ossea.Osteoblastos.
Remodela joga sais de cálcio absorve e remodela o tecido participa da mineração da
matriz óssea depois de estar dentro da matriz o osteoblasto passa a ser chamado de
osteocitos.Osteoclastos uma das maiores células do nosso corpo, são gigantes por
ter vários núcleos no seu exterior se movem lacunas de HowShip são depressões
que não se percebe porque o osteoclastos faz a deposição.
Os ossos também envelhecem, existe a necessidade de substituição óssea
os osteócitos escavam a área lesada e o osteoclastos recompo m o osso.ẽ
Os ossos são todos os dias escavados afim de mante-los delgados com suas
características particulares de cada osso, então ocorre a escavação da matriz óssea
e a reabsorção d matriz óssea.
O osso é um dos componentes mais duros e fortes do nosso corpo tem rigidez
e resistência a pressão o osso precisa do músculo e músculo do osso.
6 Referências bibliográficas
AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: biologia das
células. 2 edição, São Paulo, Moderna, 2004.
http://dc337.4shared.com/doc/qfANxlK0/preview.html
www.mundoeducacao.com.br › Biologia › Histologia Animal Em cache - Similares
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27301999000600012&script=sci_arttext
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-esqueletico/sistema-esqueletico-31.php
7 Curiosidades
• Os ossos já estão presentes desde as primeiras semanas de vida no útero
materno e ficam completamente formados por volta dos 25 anos de idade. Mas a pa-
rada do crescimento é na adolescência, quando entram os hormônios da puberdade.
• Os bebês nascem com estruturas entre alguns ossos do crânio, chamadas
fontanelas, popularmente chamadas "moleiras". São estruturas frágeis que com o
passar dos anos tendem a desaparecer. Existem para permitir a passagem do bebê
pelo canal vaginal no parto e crescimento do encéfalo.
• Enquanto o esqueleto de um indivíduo adulto é formado geralmente por 206
ossos, o de um recém-nascido tem 270.
• O tecido ósseo é sensível a diversos fatores nutricionais principalmente duran-
te a fase de crescimento.
A deficiência de colágeno no organismo no organismo acarreta problemas como má
formação óssea rigidez muscular problemas com o crescimento, inflamação nas
juntas musculares entre outros e uma curiosidade do colágeno é que é usado na
fabricação de iogurtes , embutidos (salsicha presunto gelatinas,pudim, maria- mole e
em cosméticos)
A falta de proteínas na dieta acarreta uma deficiência dos aminoácidos necessários
para a síntese de colágeno pelos osteoblastos, enquanto a deficiência de cálcio leva
a uma calcificação incompleta da matriz orgânica produzida. A deficiência de cálcio
pode ser devida à carência desse mineral nos alimentos ou à falta de vitamina D,
que promove a absorção intestinal do mesmo. A vitamina D atua sobre o DNA
nuclear das células de revestimento do intestino delgado, induzindo à produção do
RNA mensageiro, responsável pela codificação da proteína transportadora de cálcio
através da membrana celular.
Em animais jovens a falta de cálcio causa o aparecimento do raquitismo. Nesta
doença a matriz óssea não se calcifica normalmente, de modo que as espículas
ósseas formadas pelo disco epifisário se deformam, por não suportarem as pressões
normais exercidas sobre elas pelo peso corporal e pela ação muscular. Em
consequência, os ossos não crescem normalmente e as extremidades dos ossos
longos tornam-se deformadas.
No adulto, a falta de cálcio causa a osteomalácia, que se caracteriza pela
calcificação deficiente da matriz óssea neoformada e descalcificação parcial da
matriz já calcificada, com a consequente fragilidade óssea. Porém, como no adulto
não mais existem as cartilagens de conjugação, não ocorrem as deformações dos
ossos longos nem o atraso do crescimento característico do raquitismo. A
osteomalácia pode aparecer durante a gravidez ou ser agravada por esta condição,
pois o feto em desenvolvimento utiliza consideráveis quantidades de cálcio.
Além do efeito já mencionado sobre a absorção intestinal do cálcio a vitamina D tem
um efeito direto sobre a ossificação, como foi demonstrado por experiências in vitro.
Mostrou-se que, nos meios de cultura ricos em cálcio, porém deficientes em vitamina
D, a calcificação não ocorre normalmente. Quando administrada em doses
excessivas, a vitamina D é tóxica, causando reabsorção óssea, aumento da taxa de
cálcio e fósforo no sangue e na urina e formação de cálculos renais contendo cálcio.
A vitamina A relaciona-se com a distribuição e atividade dos osteoblastos e
osteoclastos, influindo sobre o equilíbrio entre a produção e absorção de tecido
ósseo. Essa vitamina é necessária para que os ossos cresçam normalmente em
respostas aos fatores mecânicos que atuam sobre os mesmos. Esse efeito da
vitamina A, torna-se bem evidenciado quando, por falta dela, os ossos do crânio não
se desenvolvem convenientemente em resposta à pressão exercida pelo encéfalo
em crescimento. Como consequência ocorrem lesões do tecido nervoso central, o
que não se verifica no animais que recebem doses adequadas de vitamina A, pois
nestes a caixa craniana formada tem o tamanho exato para conter o encéfalo.
Na deficiência de vitamina A, os osteoblastos não sintetizam normalmente a matriz
óssea e o indivíduo não atinge a sua estatura normal. O excesso de vitamina A
acelera muito a ossificação do disco epifisário, mas não acelera igualmente o
crescimento da cartilagem desse disco. Em consequência, na hipervitaminose A, a
cartilagem de conjugação é substituída precocemente por tecido ósseo, cessando o
crescimento corporal do indivíduo. Assim, tanto a deficiência de vitamina A como sua
administração em doses tóxicas pode causar diminuição da estatura.
Outra vitamina que influencia diretamente o tecido ósseo é o ácido ascórbico
ou vitamina C, cuja deficiência dificulta a síntese de colágeno por todas as células do
organismo produtoras dessa proteína, inclusive os osteoblastos, e acarreta uma
diminuição no crescimento dos ossos. A consolidação das fraturas é prejudicada pela
deficiência de vitamina C.
Além do hormônio das paratireoides e da calcitonina produzida pela tireoide,
ambos já mencionados, diversos outros hormônios atuam sobre o tecido ósseo.
A parte anterior da hipófise produz o hormônio do crescimento, que estimula o
crescimento em geral, tendo efeito particularmente acentuado sobre a cartilagem
epifisária. A falta deste hormônio durante o crescimento do indivíduo produz o
nanismo hipofisário. Sua produção excessiva, como ocorre em alguns tumores da
hipófise, causa o gigantismo, quando se verifica na criança e a acromegalia, quando
aparece no adulto. No gigantismo há um desenvolvimento excessivo dos ossos
longos. No adulto, como o excesso do hormônio do crescimento atua quando já não
existe mais as cartilagens de conjugação, os ossos não podem mais crescer em
comprimento, mas crescem em espessura (crescimento perióstico), dando origem à
acromegalia, condição em que os ossos, principalmente os longos tornam-se muito
espessos.
Os hormônios sexuais, tanto o masculino (testosterona) como o feminino
(estrógeno), tem um efeito complexo sobre os ossos, sendo de um modo geral,
estimuladores da formação de tecido ósseo. Estes hormônios influem sobre o
aparecimento e desenvolvimento dos centros de ossificação. A maturação sexual
precoce ou a injeção de hormônios sexuais para o crescimento corporal, pois, nestes
casos, a cartilagem epifisária é substituída precocemente por tecido ósseo e o
indivíduo não atinge a sua estatura normal. Nos casos de desenvolvimento deficiente
das gônadas ou de castração de animais em crescimento, as cartilagens epifisárias
permanecem por tempo mais longo de modo que o indivíduo atinge estatura acima
do normal.